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conforme previsto no artigo 201, II, da Carta Magna Bra-
sileira, sendo que o pagamento não é realizado diretamente
pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas sim
pela Caixa Econômica Federal, mediante disponibilidade de
recursos oriundos do Fundo de Amparo ao Trabalhador.
Essa é a estrutura mínima organizacional para compreensão
dos trâmites financeiros, para que o benefício do seguro-
-desemprego possa ser disponibilizado ao trabalhador que
se enquadrar no critério da involuntariedade.
Já, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT)
possui natureza financeiro-contábil, vinculado ao Ministé-
rio do Trabalho e Emprego (MTE), destinado ao custeio
do Programa Seguro-Desemprego, do Abono Salarial e
dos programas de desenvolvimento econômico, tendo por
principal fonte de renda a contribuição realizada para o
Programa de Integração Social (PIS), criado pela Lei Com-
plementar n.º 07, de 07 de setembro de 1970, e para o Pro-
grama de Formação do Patrimônio do Servidor Público
(PASEP), instituído pela Lei Complementar n.º 08, de 03
de setembro de 1970.
Cabe aqui nos reportar ao que dispõe o artigo 239
da Constituição Federal:
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08, de 03 de dezembro de 1970, passa, a partir da pro-
mulgação desta Constituição, a financiar, nos termos
que a lei dispuser o programa do seguro-desemprego e
o abono de que trata o § 3.º deste artigo.
§ 1º. Dos recursos mencionados no “caput” des-
te artigo, pelo menos quarenta por cento serão destina-
dos a financiar programas de desenvolvimento econô-
mico, através do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social, com critérios de remuneração que
lhes preservem o valor.
§ 2º. Os patrimônios acumulados do Programa
de Integração Social e do Programa de Formação do
Patrimônio do Servidor Público são preservados, man-
tendo-se os critérios de saque nas situações previstas
nas leis específicas, com exceção da retirada por motivo
de casamento, ficando vedada a distribuição da arreca-
dação de que trata o “caput” deste artigo, para depósito
nas contas individuais dos participantes.
§ 3º. Aos empregados que percebam de empre-
gadores que contribuem para o Programa de Integra-
ção Social ou para o Programa de Formação do Patri-
mônio do Servidor Público, até dois salários mínimos
de remuneração mensal, é assegurado o pagamento de
um salário mínimo anual, computado neste valor o ren-
dimento das contas individuais, no caso daqueles que
já participavam dos referidos programas, até a data da
promulgação desta Constituição.
§ 4º. O financiamento do seguro-desemprego
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receberá uma contribuição adicional da empresa cujo
índice de rotatividade da força de trabalho superar o
índice médio da rotatividade do setor, na forma esta-
belecida por lei.
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4.4. O Programa do Seguro-Desemprego
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trabalhadores, dentre outros, contando com a participação
das Comissões de Empregos locais, se houver.
De acordo com o artigo 3º da Lei n.º 7.998/90, tem
direito a perceber o benefício do seguro-desemprego o tra-
balhador dispensado sem justa causa, mesmo que de modo
indireto, que comprove:
I - ter recebido salários de pessoa jurídica ou de
pessoa física a ela equiparada, relativos a: (Redação dada pela
Lei nº 13.134, de 2015)
a) pelo menos 12 (doze) meses nos últimos
18 (dezoito) meses imediatamente anteriores à data
de dispensa, quando da primeira solicitação; (Incluído
pela Lei nº 13.134, de 2015)
b) pelo menos 9 (nove) meses nos últimos
12 (doze) meses imediatamente anteriores à data de
dispensa, quando da segunda solicitação; e (Incluído
pela Lei nº 13.134, de 2015)
c) cada um dos 6 (seis) meses imediata-
mente anteriores à data de dispensa, quando das
demais solicitações; (Incluído pela Lei nº 13.134, de
2015)
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6.367, de 19 de outubro de 1976, bem como o abono de
permanência em serviço previsto na Lei nº 5.890, de 8 de
junho de 1973;
IV - não estar em gozo do auxílio-desemprego; e
V - não possuir renda própria de qualquer natureza
suficiente à sua manutenção e de sua família.
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pintor, escritor, escultor e outras que lhes possam ser
assemelhadas;
II – Profissões, ocupações e prestação de servi-
ços não comerciais;
III – Agentes, representantes e outras pessoas
sem vínculo empregatício que, tomando parte em atos
de comércio, não os pratiquem, todavia, por conta pró-
pria;
IV – Serventuários da justiça, como tabeliães,
notários, oficiais públicos e outros;
V – Corretores, leiloeiros e despachantes, seus
prepostos e adjuntos;
VI – Exploração individual de contratos de
empreitada unicamente de lavor, qualquer que seja a
natureza, quer se tratem de trabalhos arquitetônicos,
topográficos, terraplanagem, construções de alvenaria
e outras congêneres, quer de serviços de utilidade pú-
blica, tanto de estudos quanto de construções;
VII – Exploração de obras artísticas, didáticas,
científicas, urbanísticas, projetos técnicos de construção,
instalações ou equipamentos, salvo quando não explora-
dos diretamente pelo autor ou criador do bem ou da obra.
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temporário; o avulso que trabalha por meio de entidade de
classe; o pescador profissional que exerça atividade de forma
artesanal ou em regime de economia familiar; o empregado
doméstico, desde que o empregador tenha optado pelo reco-
lhimento ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT),
em sua Convenção n.º 102, artigo 24, item 03, disciplina,
porém, que há um tempo de espera de sete dias para que o
cidadão tenha acesso ao benefício do seguro-desemprego:
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disponibilizado a partir do oitavo dia após o desemprego
involuntário.
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go e o tempo de serviço do trabalhador nos 36 (trinta e
seis) meses que antecederem a data de dispensa que
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c) 5 (cinco) parcelas, se o trabalhador compro-
var vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa
física a ela equiparada de, no mínimo, 24 (vinte e qua-
tro) meses, no período de referência; (Incluído pela Lei nº
13.134, de 2015)
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seguro-desemprego resultar em valores decimais, o va-
lor a ser pago deverá ser arredondado para a unidade
inteira imediatamente superior. (Incluído pela Lei nº
13.134, de 2015)
§ 5º O período máximo de que trata o caput po-
derá ser excepcionalmente prolongado por até 2 (dois)
meses, para grupos específicos de segurados, a critério
do Codefat, desde que o gasto adicional representado
por esse prolongamento não ultrapasse, em cada se-
mestre, 10% (dez por cento) do montante da reserva
mínima de liquidez de que trata o § 2º do art. 9º da Lei
no 8.019, de 11 de abril de 1990. (Incluído pela Lei nº
13.134, de 2015)
§ 6º Na hipótese de prolongamento do período
máximo de percepção do benefício do seguro-desempre-
go, o Codefat observará, entre outras variáveis, a evolução
geográfica e setorial das taxas de desemprego no País e
o tempo médio de desemprego de grupos específicos de
trabalhadores. (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)
§ 7º O Codefat observará as estatísticas do mer-
cado de trabalho, inclusive o tempo médio de perma-
nência no emprego, por setor, e recomendará ao Mi-
nistro de Estado do Trabalho e Emprego a adoção de
políticas públicas que julgar adequadas à mitigação da
alta rotatividade no emprego. (Incluído pela Lei nº
13.134, de 2015)."
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