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CIPA SUPORTE
Jundiaí - 2010
© 2010 CIPA SUPORTE - JOÃO CARLOS PINTO FILHO
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A reprodução dessa publicação pode ser feita somente para uso exclusivo do titular do
CD-ROM CIPA Suporte. É vedada a distribuição ou compartilhamento dessa
publicação por qualquer meio sem prévia autorização. A violação dos direitos autorais
desta obra é crime e punível de acordo com o Código Penal e Lei de Direitos Autorais
em vigor. O autor acredita que todas as informações aqui apresentadas estão corretas
e podem ser utilizadas para qualquer fim legal. Entretanto, não existe qualquer
garantia, explícita ou implícita, de que o uso de tais informações conduzirá sempre ao
resultado desejado.
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APRESENTAÇÃO
Você foi escolhido ou eleito para integrar uma equipe e possui uma
importante missão: praticar prevenção de acidentes e doenças do trabalho.
Você não foi escolhido ao acaso, você é especial! Em você foram identificadas
características de liderança, representatividade, cooperação, preocupação com
o bem estar do próximo, entre outras. Tudo isso o torna a pessoa certa para
ser CIPEIRO.
Certamente, atuar como CIPEIRO, poderá não ser uma tarefa simples,
porém, em você, foram depositados os votos da empresa e de muitos
companheiros de trabalho, que assim como você almejam um ambiente de
trabalho mais seguro e sadio e melhores condições de trabalho.
Desejo, que esse trabalho possa contribuir para sua importante missão,
que inicia a partir de agora.
O Autor
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SUMÁRIO
Capítulo 1 - CIPA 8
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Capítulo 6 - Conceitos e Definições Aplicados à SST 55
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10.4.6. EPI para Proteção de Membros Superiores 92
10.4.7. EPI para Proteção de membros Inferiores 93
10.4.8. EPI para Proteção de Corpo Inteiro 95
10.4.9. EPI para Proteção contra Quedas em Locais com Diferença de Nível 96
10.5. Certificado de Aprovação de EPI 96
10.5.1. Validade dos Certificados de Aprovação para EPI 97
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1.1. O que é CIPA?
a) Comissão
b) Interna
c) Prevenção
d) Acidentes
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1.2. História da CIPA
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abstrata, mas que pode desenvolver um trabalho concreto, real. Dificuldades
poderão existir, visto que você nunca irá trabalhar sozinho. O cipeiro faz parte
de uma Comissão que, por sua vez, poderá esbarrar em outras áreas da
empresa. Isso porque o sucesso da atuação da CIPA depende de:
• Ter uma atitude receptiva com tudo quanto diz respeito à prevenção de
acidentes;
• Estar predisposto a participar do treinamento para membros da CIPA,
para adquirir conhecimentos específicos, necessários à sua atuação;
• Buscar e propor soluções para os problemas que porventura surjam,
como se isto dependesse especialmente dele.
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Equipamentos de Proteção Individual - EPI e cumprimentos dos procedimentos
e normas internas de segurança e saúde do trabalho.
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2.0. Informações Básicas para Consulta
2.1. Do Objetivo
2.2. Da Constituição
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nada que o impeça. Nessa situação, poderão ser candidatos também os
trabalhadores servidores públicos, mas deve ser garantido o número de vagas
estabelecidas para os empregados celetistas, naquele estabelecimento público.
O dimensionamento da CIPA, no caso, deverá considerar todos os
trabalhadores naquele estabelecimento, celetistas e estatutários. Não deve
englobar, entretanto, os prestadores de serviços que estejam em atividades no
estabelecimento e que sejam contratados por outra empresa.
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como empresa o sindicato ou o órgão gestor de mão de obra. A CIPA para as
atividades portuárias deve observar o que estabelece a NR 29.
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pelo espaço, ou por regras ou por finalidade. O item engloba a situação na qual
a administradora é ou não proprietária do estabelecimento.
2.3. Da Organização
Manual: A CIPA não segue mais critério do Grau de Risco mas ele ainda
permanece para outras NR. Os setores econômicos, que se encontram no
Quadro II, foram englobados por semelhança das atividades, em primeiro lugar,
e por critérios de semelhança de âmbitos de negociação coletiva. O
empregador pode reconduzir seus representantes para mais de dois mandatos.
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Item 5.6.2 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão
eleitos em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de
filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados.
Manual: O empregado, se assim desejar, poderá abster-se de votar na eleição
dos representantes da CIPA. Os suplentes, cujo quantitativo está estabelecido
no Quadro I, são aqueles eleitos com número de votos imediatamente inferior
aos titulares.
Item 5.7 O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano,
permitida uma reeleição.
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Item 5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado
eleito para cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes
desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.
Item 5.9 Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não
descaracterizem suas atividades normais na empresa, sendo vedada a
transferência para outro estabelecimento sem a sua anuência, ressalvado o
disposto nos parágrafos primeiro e segundo do artigo 469, da CLT.
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Item 5.12 Os membros da CIPA, eleitos e designados serão, empossados no
primeiro dia útil após o término do mandato anterior.
Manual: O livro de Atas não precisam mais existir, porém as Atas continuam
sendo obrigatórias. O procedimento deverá ser efetivado para todos os
mandatos.
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a) Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de
riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com
assessoria do SESMT, onde houver;
Manual: A CIPA não tem como atribuição fazer avaliações quantitativas para
identificação dos riscos. A atribuição de medir e quantificar é do SESMT, ou do
responsável pelo PPRA. A CIPA deve identificar os riscos para poder elaborar
o mapa de riscos que é uma metodologia de avaliação qualitativa e
subjetiva dos riscos presentes no trabalho.
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g) Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo
empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e
processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos
trabalhadores;
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n) Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a
Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT;
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e) Divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do
estabelecimento;
f) Encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA;
g) Constituir a comissão eleitoral.
2.5. Do Funcionamento
Item 5.25 As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com
encaminhamento de cópias para todos os membros.
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Manual: Denúncias provenientes da CIPA e dos trabalhadores. As situações
podem também se relacionar a eventos da natureza ou de situações de
entorno que possam afetar o estabelecimento. Podemos citar como exemplo a
suspeita de rompimento de barragem, a ocorrência iminente de inundação,
entre outros.
Manual: A mediação pode ser feita por pessoa ou entidade que conte com o
aceite das duas partes. Pode ser alguém da própria empresa, de um dos
sindicatos - quer representantes dos trabalhadores quer das empresas - pode
ser um membro das comissões tripartites ou bipartites, quando existentes, ou
mesmo o órgão regional do MTE.
Item 5.30 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente,
quando faltar a mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa.
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Item 5.31.1 No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador
indicará o substituto, em dois dias úteis, preferencialmente entre os membros
da CIPA.
2.6. Do Treinamento
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Manual: O treinamento da CIPA teve seu escopo transformado, visando a que
o trabalhador compreenda o processo produtivo e seus principais riscos.
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Item 5.35 O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa,
entidade patronal, entidade de trabalhadores ou por profissional que possua
conhecimentos sobre os temas ministrados.
Item 5.36 A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive
quanto à entidade ou profissional que o ministrará, constando sua
manifestação em ata, cabendo à empresa escolher a entidade ou profissional
que ministrará o treinamento.
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Manual: A comissão é responsável pelo processo. Deve acompanhar as
inscrições, divulgar os inscritos, rubricar as cédulas; acompanhar a votação;
guardar as cédulas caso a apuração não seja imediata; efetivar a apuração e
declarar os eleitos, titulares e suplentes.
Item 5.39.1 Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral
será constituída pela empresa.
Manual: As inscrições deve ser individuais e mantidas abertas por pelo menos
quinze dias, de forma a garantir a possibilidade de participação de todos os
empregados que assim o desejarem.
Manual: Como o artigo 10º dos ADCT define que a garantia de emprego deve
ser a partir da inscrição é implícito que ficam garantidos, transitoriamente, os
empregos de todos os candidatos, pois antes da eleição não se sabe quem vai
ser eleito.
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e) Realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do
término do mandato da CIPA, quando houver;
g) Voto secreto;
Item 5.41 Havendo participação inferior a cinqüenta por cento dos empregados
na votação, não haverá a apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá
organizar outra votação, que ocorrerá no prazo máximo de dez dias.
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Manual: Nesse caso são reabertos todos os prazos anteriormente definidos e
devem ser observadas novamente todas as regras estabelecidas.
Item 5.42.3 Quando a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA,
ficará assegurada a prorrogação do mandato anterior, quando houver, até a
complementação do processo eleitoral.
Item 5.44 Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de
serviço no estabelecimento.
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presentes nos ambientes de trabalho, bem como sobre as medidas de proteção
adequadas.
Item 5.51 Esta norma poderá ser aprimorada mediante negociação, nos termos
de portaria específica.
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3.1. O que é Segurança no Trabalho?
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• Em 1934 surge a segunda Lei de Acidentes do Trabalho no Brasil
(Decreto-Lei nº. 24.637 de 10/07). É reconhecida como acidente do
trabalho a doença profissional atípica.
• A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) é apresentada à nação em
1943.
• Em 1953, a Portaria nº. 155 regulamenta a atuação das Comissões
Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA), no Brasil.
• Em 1977, a Lei nº. 6.514, altera o Capitulo V do Titulo II da CLT, relativo
à Segurança e Medicina do Trabalho. O artigo 163 torna obrigatória a
constituição de CIPA.
• A Portaria nº. 3.214, de 08/06/1978, aprova as Normas
Regulamentadoras (NR) do Ministério do Trabalho, relativas à
Segurança e Medicina do Trabalho.
• Em 1992, através do Decreto nº. 611, da Presidência da Republica, dá
nova redação ao regulamento dos benefícios da Previdência Social
criando a estabilidade acidentária pelo período de 12 meses e torna
contravenção penal, punível com multa, a empresa que deixar de
cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho;
• Em 1999, a Portaria nº. 8, de 23 de fevereiro, da Secretaria de
Segurança e Saúde no Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego,
altera a Norma Regulamentadora nº. 05, que dispões sobre a Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes. O novo texto altera,
consideravelmente, a antiga redação. Destacamos os principais:
estabilidade dos suplentes eleitos, muda o dimensionamento da CIPA de
grau de risco para ramo de atividade, atribuições comuns para
presidente e vice, entre outras.
• Em 1999, através da Portaria nº. 5.051, de 26 de fevereiro é aprovado o
novo formulário para a CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho.
• Ainda em 1999, através da Portaria nº 4, de 6 de outubro, da Secretaria
de Inspeção, do MTE, são estabelecidos os códigos e normas de
infrações para os subitens da NR-05.
• Em 2001, pelo Decreto nº. 4.032, de 26 de novembro, altera o Decreto
nº. 3.048, de 06 de maio de 1999. Neste Decreto surge o termo Perfil
Profissiografico Previdenciário, pela primeira vez.
• Em 2002, a Instrução Normativa nº. 78, de 16 de julho, recomenda o
fornecimento do PPP a partir de 1º de janeiro de 2003.
• No ano de 2003, pelo Decreto nº. 4.882, de 18 de novembro, o
Regulamento da Previdência Social é alterado e passa a vigorar com
algumas alterações importantes, tais como: a redefinição de “trabalho
permanente”, recomenda que a metodologia de avaliações ambientais
sejam o estabelecido pela Fundacentro, altera o limite de exposição do
agente ruído para 85dB(A), determina que o INSS auditará a
regularidade e a conformidade das demonstrações ambientais.
• Em 2005, a Instrução Normativa nº. 86, de 3 de março, aprova a NR 31,
de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária,
Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura e dentre outros itens,
apresenta o dimensionamento da CIPATR.
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• Em 2006, através da Lei nº. 11.430, de 26 de dezembro, o NTEP – Nexo
Técnico Epidemiológico Previdenciário entre o trabalho e o agravo é
introduzido.
• No ano de 2007, o Decreto nº. 6.042, de 12 fevereiro, disciplina a
plicação, acompanhamento e avaliação do Fator Acidentário de
Prevenção (FAP) e do NTEP.
• Em 2009, através da Portaria nº. 84, de 4 de março, do Ministério do
Trabalho e emprego, é retirada a expressão “ato inseguro” e inserida a
seguinte redação “elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde
do trabalho, dando ciência aos empregados por meio de cartazes ou
meios eletrônicos”.
• Ao longo desse tempo, outras normas regulamentadoras (NR), foram
publicadas pelo Ministério do Trabalho. Atualmente, temos 33 normas
regulamentadoras de segurança e saúde do trabalho e outras em projeto
e/ou consulta pública.
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4.1. Definição Legal e Prevencionista de Acidente do Trabalho
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4.2. Classificação dos Acidentes do Trabalho
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4.2.2. Acidentes de Trajeto
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4.3. Equiparação a Acidente do Trabalho
Segundo a lei nº. 8.213, de 24 de junho de 1991, em seu artigo nº. 21,
equiparam-se a acidente do trabalho os seguintes casos:
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• Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar
prejuízo ou proporcionar proveito;
• Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando
financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da
mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado,
inclusive veículo de propriedade do segurado;
• No percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela,
qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de
propriedade do segurado.
• Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da
satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou
durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.
4.3.1. Incidentes
• Empregador;
• Sindicato;
• Médico;
• Segurado ou seus dependentes;
• Autoridade publica;
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a) Inicial: se refere à primeira comunicação de acidente ou doença do
trabalho.
b) Reabertura: deve ser emitida quando houver reinício de tratamento ou
afastamento por agravamento da lesão (acidente ou doença comunicado
anteriormente ao INSS.
c) Comunicação de Óbito: refere-se à comunicação do óbito, em
decorrência de acidente do trabalho, ocorrido após a emissão da CAT inicial.
Deverá ser anexada a cópia da Certidão de Óbito e, quando houver, do laudo
de necropsia. Os acidentes com morte imediata são comunicados por CAT
inicial.
A CAT constitui-se num documento com 63 campos para
preenchimento. São inseridas informações relativas ao emitente, ao
acidentado, informações relativas ao acidente ou doença, as testemunhas, ao
atestado médico, e completada com informações inseridas exclusivamente pelo
INSS. Sua emissão deve ser feita em 6 vias e devidamente entregues,
conforme segue:
• INSS
• à empresa
• ao segurado ou dependente
• ao sindicato de classe do trabalhador
• ao SUS – Sistema Único de Saúde
• à DRT – Delegacia Regional do Trabalho
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4.5. Custos dos Acidentes do Trabalho
onde:
e:
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onde:
• Graduação de gravidade;
• Quantidade de trabalhadores envolvidos;
• Extensão dos danos;
• Atividade desenvolvida;
• Processos de produção envolvidos na atividade;
• Características específicas do produto gerado pela empresa;
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consideradas as horas normais e extras. O cálculo é feito multiplicando-se o
numero de empregados da empresa pelas horas de trabalho durante o mês.
Considerando que a jornada de trabalho brasileira é de 8 horas diárias e 44
semanais.
Assim, durante o mês o numero de horas trabalhadas é de 220 horas
(44 x 5 semanas).
Exemplo:
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O quadro acima estabelece valores padronizados para os dias debitados
a serem considerados na estatística em razão da gravidade e a extensão da
incapacidade provocada pelo acidente. O referido quando foi proposto pela
ANSI tendo sido adorado pela maioria dos países.
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multiplicado por 1.000.000 dividindo-se pelo numero de horas-homem
trabalhadas por todos os que estão expostos ao risco durante o mesmo
período.
Onde:
Importante:
Exemplo:
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4.6.5. Taxa de Gravidade - TG
Onde:
G = taxa de gravidade
T = tempo computado
H = horas-homem de exposição ao risco
Exemplo:
Uma empresa “x” com 500 empregados e jornada normal de 220 horas
mensais, foram registrados 2(dois) acidentes, sendo que um deles provocou a
perda de uma das mãos.
T = tempo computado resultante da perda de uma mão é de 3.000 dias,
conforme quadro de dias debitados.
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4.7. Estatísticas Através dos Quadros da NR-4
50
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5.1. Legislação Trabalhista para Membros da CIPA
NR – 1 - Disposições Gerais
NR – 2 - Inspeção Prévia
NR – 3 - Embargo e Interdição
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NR – 4 - Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho -
SESMT
NR – 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
NR – 6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI
NR – 7 - Exames Médicos
NR – 8 - Edificações
NR – 9 - Riscos Ambientais
NR – 10 - Instalações e Serviços de Eletricidade
NR – 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
NR – 12 - Máquinas e Equipamentos
NR – 13 - Vasos Sob Pressão
NR – 14 - Fornos
NR – 15 - Atividades e Operações Insalubre
NR – 16 - Atividades e Operações Perigosas
NR – 17 - Ergonomia
NR – 18 - Obras de Construção, Demolição, e Reparos
NR – 19 - Explosivos
NR – 20 - Combustíveis Líquidos e Inflamáveis
NR – 21 - Trabalhos a Céu Aberto
NR – 22 - Trabalhos Subterrâneos
NR – 23 - Proteção Contra Incêndios
NR – 24 - Condições Sanitárias dos Locais de Trabalho
NR – 25 - Resíduos Industriais
NR – 26 - Sinalização de Segurança
NR – 27 - Registro de Profissionais
NR – 28 - Fiscalização e Penalidades
NR – 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho
Portuário
NR – 30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho
Aquaviário
NR – 31 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na
Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura
NR – 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde
NR – 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados
5.2.1. Auxílio-doença
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consecutivos (artigo 59 da Lei nº. 8.213/1991). Os acidentes de trabalho que
resultam numa incapacidade inferior a 16 dias não geram direito ao benefício,
cabendo à empresa, nesse caso, arcar com o pagamento do salário ao
trabalhador.
5.2.2. Auxílio-acidente
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55
6.0. Conceitos e Definições Aplicados à Segurança e Saúde do Trabalho
56
6.2. Medicina do Trabalho
6.3. Ergonomia
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Outras ações podem ser implementadas pelas organizações com o
objetivo de difundir a prevenção de acidentes e doenças no trabalho. Talvez, a
mais conhecida, seja a SIPAT – Semana Interna de Prevenção de Acidentes
do Trabalho.
As SIPAT’s são realizadas uma vez por ano, com apoio dos funcionários
e da CIPA, e consiste basicamente em um ciclo de 5 palestras abordando
temas específicos (incluindo AIDS/DST). Os temas são previamente definidos
pela CIPA em conjunto com os demais trabalhadores. Algumas empresas
realizam paralelamente à SIPAT eventos ou concursos com premiação aos
trabalhadores que se destacam com o objetivo de incentivar a participação do
maior numero possível de trabalhadores.
Há também a realização de campanhas internas sobre prevenção ao
tabagismo com estímulo ao abandono do vício por meio de ações que vão
desde a instrução através de palestras até o fornecimento de medicamentos e
tratamentos.
Empresas com riscos específicos também realizam eventos com
abordagem de temas que remetem especificamente aos riscos presentes em
seus setores produtivo.
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ACGIH (American Conference of Governmental Industrial
Hygienists) – norma americana;
NHO (Norma de Higiene Ocupacional) da FUNDACENTRO;
Os membros da CIPA ou Designados atuam exclusivamente com a
avaliação qualitativa, pois as avaliações quantitativas necessitam de
conhecimentos técnicos específicos.
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6.7. Insalubridade
6.8. Periculosidade
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6.9. Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP
61
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7.0. Riscos Ambientais
63
Tabela de Agrupamento dos Agentes por Grupo de Risco
64
7.2.1. Agentes Físicos
Vamos conhecer cada um dos principais agentes físicos que podem ser
nocivos ao trabalhador:
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• Ruído – o ruído é o agente físico mais conhecido pelo setor
prevencionista. O ruído torna-se um agente ou fator de risco nocivo ao
trabalhador quando seu nível (medido em dB(A)) ultrapassa os limites de
tolerância estabelecidos legalmente por normas nacionais e
internacionais. Seus efeitos podem se manifestar no comportamento
social dos indivíduos, distração no exercício das atividades laborais,
dores de cabeça, irritabilidade, fadiga e principalmente a perda auditiva
causada pelo ruído. A exposição dos trabalhadores ao agente ruído
pode ser nociva, considerando a relação nível de ruído por exposição ao
mesmo (conforme quadro abaixo), e deve ser analisada e tratada.
66
7.2.2. Agentes Químicos
67
• Neblina – são partículas liquidas produzidas pela condensação de
vapores e podem ser extremamente prejudiciais à saúde. Exemplo:
quando o elemento químico base é um anidrido sulfúrico, gás clorídrico
ou outro elemento com características corrosivas.
• Vapores – são dispersões de moléculas no ar que podem se condensar
para formar líquidos ou sólidos em condições normais de temperatura e
pressão. Exemplo: vapores de benzol, dissulfito de carbono, etc.
• Gases – são dispersões de moléculas que se misturam com o ar e
podem torna-lo tóxico, mas apenas se esses gases possuírem
elementos tóxicos em sua constituição. Exemplo: O GLP (Gás Liquefeito
de Petróleo) para uso doméstico ou industrial, o gás sulfidrico e o gás
cianídrico, etc.
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fabricação de tintas, etc. das vias respiratórias, lesões
pulmonares.
Irritação acompanhada de
corrosão das vias respiratórias,
Utilizado como dissolvente na degradação
Ácido Sulfúrico dermatites e lesões nos
de certos minérios.
pulmões, pneumonia química,
erosão dos dentes, náuseas, etc.
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7.2.3. Agentes Biológicos
70
7.2.4. Agentes Ergonômicos
71
dano físico) e/ou prejuízo material. Não devemos incluir no risco mecânico
todos os agentes dos demais riscos.
72
transmitidas aos colaboradores através de uma comunicação visual por meio
do uso de simbologia.
Legislação:
73
É importante saber que o Mapa de Riscos Ambientais deve ser realizado
sobre o layout da empresa. Para isso segue uma definição de planta e layout:
74
A confecção do Mapa de Riscos Ambientais pela CIPA pode ser
considerada como uma das tarefas mais difíceis, dentre as atribuições da
CIPA, pois a elaboração do referido mapa necessita de tempo, conhecimentos
de desenho arquitetônico, materiais diversos, etc.
O Mapa de Riscos Ambientais deve ser confeccionado com o máximo de
cuidado e capricho, pois além de ficar exposto aos funcionários, ficará também
visível aos visitantes da empresa.
75
76
8.0. Inspeções de Segurança
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8.1.2. Inspeções Periódicas
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79
9.0. Investigação e Análise de Acidentes
80
c) Análise do Ocorrido: consiste na análise dos fatos e seus efeitos
sobre os indivíduos, o grupo e a produção;
d) Proposição de Medidas: elaboração de medidas preventivas para
que o acidente não volte a ocorrer;
e) Verificação dos Resultados: acompanhamento da aplicação das
medidas com estudo dos resultados obtidos;
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1. Fator Pessoal de Insegurança:
Causa relativa ao comportamento humano, que pode levar à ocorrência
do acidente ou à prática do ato inseguro.
2. Ato Inseguro:
Ação ou omissão que, contrariando o preceito de segurança, pode
causar ou favorecer a ocorrência do acidente.
3. Condição Ambiental de Insegurança:
Condição do ambiente que causou o acidente ou contribuiu para sua
ocorrência.
O fato é que, no Brasil, constatar o Ato Inseguro, foi sempre uma busca
por culpados. A partir de março de 2009 essa busca por culpados começa a
ser mudada, pois a Portaria nº. 84 do MTE retirou da letra “b”, do item 1.7, da
NR 1, a referência ao Ato Inseguro, isto é, esse termo não existe mais na
legislação trabalhista.
Essa alteração trouxe um avanço muito grande, pois agora, os
prevencionistas deverão focar o alvo das causas, a raiz dos acidentes. Os
membros ou designados da CIPA constituem prevenconistas que devem
trabalhar com o objetivo da identificação das causas e raízes dos acidentes,
tornando-se imparcial em relação aos envolvidos.
Todo acidente de trabalho possui causas imediatas (ato inseguro e
condições inseguras), causas básicas (são causas de origem administrativa) e
principalmente causas gerenciais (segurança do trabalho deve ser um conjunto
ordenado de meios de ação com um resultado).
Para uma melhor compreensão das causas dos acidentes,
apresentamos algumas causas básicas:
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• Compra de equipamentos de qualidade inferior: analisar atentamente a
relação custo x benefício considerando a proteção requerida para o
desempenho de determinada tarefa;
• Sistema de recompensa inadequado: manter um clima negativo com
advertências, punições, ameaças, dispensas arbitrárias, ao invés de
elogiar, apoiar, dar atenção ao funcionário. A recompensa inadequada
cria um clima propicio para ocorrência de acidentes;
• Métodos ou procedimentos inadequados: utilizar procedimentos que ao
invés de facilitar o trabalho, podem complicá-lo. Um exemplo é
realização de trabalhos sem uma supervisão, onde cada trabalhador
executa a tarefa a seu exclusivo critério;
9.3.1. Negligência
9.3.2. Imprudência
9.3.3. Imperícia
• Menosprezar o risco;
• Pressa;
• Desejo íntimo de correr riscos (assume o risco);
• Machismo;
83
• Alcoolismo ou uso de drogas;
84
• Usar uma comunicação verbal compatível com o nível de entendimento
dos participantes;
• Os profissionais que ministrarão o treinamento deverão ter domínio
sobre os temas e experiência profissional de forma prática;
• Usar recursos audiovisuais como ferramentas para "prender" a atenção
dos participantes;
85
86
10.0. Equipamento de Proteção Individual - EPI
87
O empregador deve emitir ficha de controle de entrega de EPI para
assinatura do empregado que recebe o EPI, constituindo assim, um meio
documental comprobatório do fornecimento. O uso do EPI, pelo empregado,
deve ser fiscalizado pelo empregador e o empregado, quando do não uso
conforme instruções, fica sujeito às penalidades previstas na legislação de
segurança e saúde do trabalho.
Este documento deve conter as seguintes informações:
88
10.4.1. EPI para Proteção da Cabeça
10.4.1.2. Capuz
89
10.4.2.1. Óculos
90
10.4.3.1. Protetor Auditivo
91
10.4.5.1. Respirador Purificador de Ar
92
10.4.6.1. Luvas
10.4.6.3. Manga
10.4.6.4. Braçadeira
10.4.6.5. Dedeira
93
10.4.7.1. Calçados
10.4.7.2. Meia
10.4.7.3. Perneira
10.4.7.4. Calça
94
d) calça de segurança para proteção das pernas contra umidade proveniente
de operações com uso de água.
10.4.8.1. Macacão
10.4.8.2. Conjunto
95
b) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra umidade
proveniente de operações com água;
c) vestimenta condutiva de segurança para proteção de todo o corpo contra
choques elétricos.
10.4.9.2. Cinturão
96
• Responsabilizar-se pela manutenção da qualidade que deu origem ao
CA;
• Comercializar ou por à venda somente o EPI que possui o CA;
• Comunicar ao órgão nacional competente alterações de dados
cadastrais fornecidos;
• Comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional,
orientando sua utilização, manutenção, restrição, e demais referências;
• Providenciar a avaliação do EPI no âmbito do SINMETRO, quando
aplicável;
97
98
11.0. Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC
99
100
12.0. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS
101
• Infecções bucais, como aftas;
• Doenças das gengivas (gengivite);
• Infecções graves e persistentes por Herpes simplex;
• Verrugas genitais;
• Pele pruriginosa e escamosa;
• Perda de peso;
102
103
13.1. Prevenção Contra Incêndios
104
a) Combustível
105
A maioria dos materiais de origem orgânica, devem sofrer transformações
para a forma de vapores ou gases antes de ocorrer a combustão. O
combustível também é chamado de agente redutor.
b) Comburente
c) Calor
a) Ponto de fulgor
b) Ponto de combustão
c) Ponto de Ignição
106
13.1.3. Propagação do Fogo
a) Condução
b) Convecção
107
O incêndio que começou no segundo andar super aquece o ar neste
andar. O ar e os gases de incêndio super aquecidos sobem pelo poço do
elevador e aquecem materiais dois ou três andares acima. Estes materiais são
aquecidos até atingirem seu ponto ignição, entrando em combustão e gerando
novos focos de incêndio.
c) Radiação
108
13.1.4. Classes de Incêndio
Todo material que por ventura possa ser utilizado no combate ao fogo
podemos considerar como agente extintor. São certas substâncias químicas,
líquidas ou gasosas, que são utilizadas para extinção de um incêndio,
dispostas em aparelhos portáteis de utilização imediata (extintores), conjuntos
109
hidráulicos (hidrantes) e dispositivos especiais (sprinklers ou baterias fixas de
CO2).
a) Água
110
extinção em tanques ou recipientes contendo grandes quantidades de
inflamável.
b) Gás Carbônico
111
c) Pó químico seco – PQS
• Bicarbonato de sódio
• Bicarbonato de potássio
• Cloreto de potássio
• Uréia-bicarbonato de potássio
• Fosfato de monoamônio
112
• Para uma rápida e melhor formação da nuvem de pó recomenda-se logo
após o acionamento da pistola, realizar movimentos laterais com a mão,
como um pêndulo, realizando um trajeto em zig-zag;
• Outra forma de produzir a nuvem de pó, é dirigir o jato sólido para o
solo, nas proximidades do incêndio. A nuvem se forma próximo a parede
de chamas e é empurrada para dentro do incêndio à medida que o
brigadista avança, saturando o ambiente e extinguindo o fogo
rapidamente;
• Na extinção com PQS, como com qualquer outro agente extintor, é
importante notar que a vazão do agente influi decisivamente no sucesso.
Quando a vazão é pequena nenhuma quantidade de agente extintor é
capaz de controlar o incêndio;
• Se um aparelho extintor for insuficiente para garantir boa vazão de PQS,
em razão do volume do fogo, recomenda-se a utilização conjunta de
dois ou mais aparelhos;
• Há casos onde existe obstáculos na área do fogo, os quais seriam uma
barragem para o pó, atrás do qual o fogo não se extingue. Deve-se
então utilizar um segundo extintor para extinção dos focos secundários.
a) Resfriamento
113
b) Abafamento
114
c) Isolamento
115
13.2. Segurança no Trânsito
116
Há ainda as medidas administrativas:
• retenção do veículo;
• remoção do veículo;
• recolhimento do documento de habilitação (CNH ou Permissão para
Dirigir);
• recolhimento do certificado de licenciamento;
• transbordo do excesso de carga;
• entre outras;
• Riscos do meio ambiente: terra, sol, vento, tempestades, pó, ruído, etc;
• Riscos químicos: uso de defensivos agrícolas, corretivos, produtos
veterinários, combustíveis, etc;
• Ataques de animais: animais peçonhentos, venenosos, etc;
117
• Riscos mecânicos: resultantes do uso de ferramentas manuais, veículos,
implementos, etc;
118
13.4.1. Sistema Elétrico
119
13.4.2. Riscos em Instalações e Serviços em Eletricidade
a) Choque elétrico:
120
A extensão do dano do choque elétrico depende da magnitude da
corrente elétrica, do caminho por ela percorrido no corpo humano e do seu
tempo de duração. O risco de choque elétrico está presente em praticamente
todas as atividades executadas no setor elétrico, tais como: construção,
montagem, manutenção, reparo, inspeção, medição de sistema elétrico
potência (SEP) e poda de árvores em suas proximidades.
b) Arco elétrico:
c) Campo eletromagnético:
121
metálicos podendo provocar as necroses ósseas, assim como aos
trabalhadores portadores de aparelhos e equipamentos eletrônicos
(marcapasso, auditivos, dosadores de insulina, etc..), pois a radiação interfere
nos circuitos elétricos e poderão criar disfunções e mau funcionamento desses.
122
A NR-18 trata, especificamente, da segurança e saúde dos
trabalhadores na industria da construção civil. A atividade de construção civil
envolve as áreas de vivência, demolições, escavações, fundações, desmonte
de rochas, carpintaria, armações de aço, estruturas de concreto, estruturas
metálicas, trabalho em altura, movimentação e transporte de materiais e
pessoas, etc.
123
13.7.1. Prevenção de Riscos nas Operações Portuárias
• Incêndio ou explosão;
• Vazamento de produtos perigosos;
• Queda de homem ao mar;
• Condições adversas de tempo que afetem a segurança das operações
portuárias;
• Poluição ou acidente ambiental;
• Socorro a acidentados.
124
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- PONZETTO, GILBERTO. Mapa de Riscos Ambientais (NR-05) - 2ª Edição – São Paulo : Ltr,
2007.
- MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Legislação de Segurança e Medicina do
Trabalho.
- SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. Legislação de Segurança e Medicina do
Trabalho – 3ª Edição - Editora Saraiva, 2009.
- MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. Legislação Previdenciária.
- MENEZES, JOAO SALVADOR REIS. O acidente de trabalho em perguntas e respostas, 2ª
Edição – Ltr, 2003.
- TAVARES, João da Cunha. Tópicos de Administração aplicada à segurança do trabalho – ed
9 – Ed. Senac, 2009.
- CAMPOS, Armando. CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes;uma nova
abordagem. Ed 14. Ed. Senac, 2009.
- CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Uma nova abordagem – 14ª Edição –
Editora SENAC, 2009.
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