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Medicina e Segurança no Trabalho

SUMÁRIO

 INTRODUÇÃO À SEGURANÇA NO TRABALHO;

 HISTÓRICO DA EVOLUÇÃO LEGAL DA PREVENÇÃO DE ACIDENTES;

 ORGANIZAÇÃO DA CIPA E OUTROS ASSUNTOS NECESSÁRIOS AO EXERCÍCIO DAS


ATRIBUIÇÕES DA COMISSÃO;

 DA ORGANIZAÇÃO;

 EXERCÍCIO DA COMISSÃO;

 QUEM É O CIPEIRO?;

 ATIVIDADES DO CIPEIRO;

 REUNIÃO DA CIPA;

 PASSOS DA REUNIÃO;

 ACIDENTE DO TRABALHO;

 DO ACIDENTE DE TRABALHO E DA DOENÇA PROFISSIONAL;

 DA CARACTERIZAÇÃO DO ACIDENTE;

 COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO-CAT;

 CONCEITO PREVENCIONISTA E CONDIÇÕES PREDISPONENTES PARA O ACIDENTE;

 METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO;

 NOÇÕES SOBRE ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO DECORRENTES DE EXPOSIÇÃO AOS


RISCOS EXISTENTES DA EMPRESA;

 ESTUDO DO AMBIENTE, DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO, RISCOS ORIGINADOS DO


PROCESSO PRODUTIVO;

 ANÁSILE PRELIMINAR DO RISCO;

 ANTECIPAÇÃO DOS RISCOS;

 RECONHECIMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS;

 TIPOS DE INSPEÇÃO DE SEGURANÇA;

 AGENTES DE RISCOS;

 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI;

 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC;

 SELEÇÃO DOS EPI’s

 CAMPANHAS DE SEGURANÇA;

 NOÇÕES SOBRE AS DST’s / AIDS E MEDIDAS DE PREVENÇÃO;

 Anexo NR 5
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INTRODUÇÃO À SEGURANÇA NO TRABALHO


Segurança no trabalho é o conjunto de medidas administrativas, técnicas, legais, médicas, educacionais e
psicológicas e, portanto, multidisciplinares, empregadas na prevenção de acidentes do trabalho e doenças
profissionais.

HISTÓRICO DA EVOLUÇÃO LEGAL DA PREVENÇÃO DE ACIDENTES


A preocupação com a segurança do trabalho existe desde a idade da pedra, onde o homem se preocupa em
vestir roupa para proteger o corpo.
A história nos mostra que a prevenção de acidentes veio evoluindo muito, e seguindo características de cada
época.
NO MUNDO
 1919 – Tratado de Versalhes: Criação da Organização Internacional do Trabalho – OIT.
NO BRASIL
 1944 – Lei 7036: Lei do acidente do trabalho;
 1953 – Portaria 155: Regulamentação da CIPA;
 1964 – Lei 299: Incorporação da CIPA a CLT;
 1977 – Lei 6514: Regulamentação da CIPA, torna-se âmbito trabalhista;
 1978 – Portaria 3214: Regulamentação da Normas Regulamentadoras;
 1983 – Portaria 33: Limite de empregados para composição da CIPA;
 1994 – Portaria 24: Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional – PCMSO;
 1994 – Portaria 11: Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais – PPRA:
 1995 – Portaria 04: Programa de Controle do Meio Ambiente de Trabalho – PCMAT;
 1996 – Portaria 08: Alteração do PCMSO;
 1999 – Portaria 08/02/99: Nova CIPA.

ORGANIZAÇÃO DA CIPA E OUTROS ASSUNTOS NECESSÁRIOS AO EXERCÍCIO DAS ATRIBUIÇÕES DA


COMISSÃO

DA ORGANIZAÇÃO
5.6 A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com o
dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos
normativos para setores econômicos específicos. (205.004-8/ I2)
5.6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados.
5.6.2 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto,
do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados
interessados. (205.005-6/ I4)
5.6.3 O número de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a ordem decrescente de
votos recebidos, observará o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as
alterações disciplinadas em atos normativos de setores econômicos específicos. (205.006-4/ I2)
5.6.4 Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a empresa designará um
responsável pelo cumprimento dos objetivos desta NR, podendo ser adotados mecanismos de participação
dos empregados, através de negociação coletiva. (205.007-2/ I2)
5.7 O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma reeleição.
(205.008-0/ I2)
5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção de
Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua candidatura até um ano após
o final de seu mandato. (205.009-9/ I4)
5.9 Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas atividades
normais na empresa, sendo vedada a transferência para outro estabelecimento sem a sua anuência,
ressalvado o disposto nos parágrafos primeiro e segundo do artigo 469, da CLT. (205.010-2/ I4)
5.10 O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação necessária para a
discussão e encaminhamento das soluções de questões de segurança e saúde no trabalho
analisadas na CIPA. (205.011-0/ I2)
5.11 O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os representantes
dos empregados escolherão entre os titulares o vice-presidente. (205.012-9/ I1)
5.12 Os membros da CIPA, eleitos e designados serão, empossados no primeiro dia útil após o
término do mandato anterior. (205.013-7/ I2)

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EXERCÍCIO DA COMISSÃO
QUEM É O CIPEIRO?

O cipeiro é um empregado eleito pelos colegas e/ou indicado pelo empregador. Sua função básica é
promover a prevenção de acidentes na empresa, propondo melhorias nas condições e relações de trabalho.
Tudo isso contribui diretamente para melhoria da qualidade de vida e produtividade.
Antigamente era tido como CHATO, aquele que estava sempre querendo ensinar o que e como fazer. Hoje a
história esta muito mudada. O cipeiro deve ser uma pessoa muito interessada no bem estar do outro e no
sucesso da empresa.

ATIVIDADES DO CIPEIRO
 Conscientizar;
 Assegurar;
 Avaliar;
 Participar;
 Negociar;
 Cuidar;
 Investigar;
 Orientar

REUNIÃO DA CIPA
 A comissão interna de prevenção de acidentes – CIPA, tem assegurado uma reunião ordinária mensal,
para avaliar as atividades desenvolvidas pelo grupo que compõe a CIPA;
 O calendário anual das reuniões ordinárias, constando dia, mês, hora e local de realização são
definidos na posse da CIPA;
 Além desse calendário, o secretário, poderá divulgar convite aos membros e convidados, no dia
anterior a data prevista;
 Para que uma reunião comece bem, a pontualidade é muito importante e deve ser levada a sério como
qualquer reunião de qualidade, produtividade ou outro assunto;
 Os membros da CIPA devem prestigiar sempre a reunião estando sempre presentes, trazendo
anotadas as sugestões, problemas e soluções debatidas;
 Estes assuntos devem ser exclusivamente relativos a segurança e medicina do trabalho, também
podendo ser tratadas questões de meio ambiente e poluição;
 Todos têm direito de falar, argumentando com clareza no tempo previsto, e dando vez para que todos
possam participar, fazendo suas colocações e cumprindo seus deveres.
 A assiduidade de todos os membros, demonstra a seriedade com que são tratados os assuntos
competentes a CIPA, demonstrando-se assim tanto para os trabalhadores como direção da empresa, que a
CIPA deve ser prestigiada e valorizada por todos.

PASSOS DA REUNIÃO
1) A reunião começa pela leitura da ata da reunião anterior;
2) O presidente comenta os assuntos resolvidos e os ainda pendentes, conforme os
contatos feitos com a direção da empresa;
3) Durante a reunião da empresa discutem-se os assuntos de rotina como uso de EPI,
mapeamento de risco, higiene, limpeza, análise de ocorrências, inspeções, plano de ação e todos que
possam contribuir para segurança dos trabalhadores;
4) Quando houver disponibilidade, aproveita-se para reciclagem do pessoal, fazendo-se
os estudos técnicos, sessões de vídeo e outros instrumentos de treinamento.

FINAL
A eficácia das reuniões vai depender do planejamento, organização e participação dos membros, trazendo
colaborações, apontando situações de risco e fazendo jus a responsabilidade delegada pelos seus colegas,
pois são os legítimos representantes da coletividade, na busca de constantes melhorias do ambiente de
trabalho.

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ACIDENTE DO TRABALHO

Acidente do trabalho é uma ocorrência inesperada que interrompe ou interfere no processo normal de uma
atividade, ocasionando perda de tempo e/ou lesões nos trabalhadores e/ou danos materiais.
O acidente com dano material é o prenúncio de um acidente com vítima, no entanto, pode ser evitado
através de medidas preventivas.

ASPECTOS LEGAIS
Decreto n°611 de 21 de julho de 1992, trata do regulamento dos benefícios da Previdência Social, onde
estão definidos os conceitos legais de acidente do trabalho, doença profissional e os casos que equiparam-se
ao acidente do trabalho.
Decreto n°611 de 21/07/92 de acordo com as leis; 8213 de 24/0791; 8222 de 05/09/91; 8422 de 13/05/92
e 8444 de 20/07/92.

DO ACIDENTE DE TRABALHO E DA DOENÇA PROFISSIONAL

Art. 140 – Considera-se acidente do trabalho, nos termos do art.139:


I – Doença Profissional – Produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho.
II – Doença do Trabalho – Adquirida ou desencadeada em função das condições especiais em que o
trabalho é realizado.
 1° - Não serão consideradas como doenças do trabalho:
a) doença degenerativa;
b) a inerente ao grupo etário;
c) a que não produz incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurados habitantes de regiões em ela se desenvolva, salvo por
comprovação de que resultou de exposição ou contato direto com determinado pela natureza do trabalho;

 2° - Em caso excepcional. Constando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II
resultou de decisões especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a
Previdência Social deve considera-la acidente do trabalho.

Art. 141 – Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos deste capítulo:
I – O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido causa única, haja contribuído diretamente
para a morte do segurado, para a perda ou redução da sua capacidade para o trabalho ou produzindo lesão
que exija atenção médica para sua recuperação;

II – O acidente sofrido pelo segurado no local e horário de trabalho, em conseqüência de:


a) Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;
b) Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada com o trabalho;
c) Ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho;
d) Ato de pessoa privada do uso da razão;
e) Desabamento, inundação, incêndio e outros fortuitos decorrente de força maior.

III – A doença proveniente da contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;

IV – O acidente sofrido, ainda que fora do local e horário de trabalho;


a) Na execução de uma ordem ou na realização de serviços sob a autoridade da empresa;
b) Na prestação espontânea de qualquer serviço a empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar
proveito;
c) Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiado por esta;
d) No percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela.

 1° - Nos períodos destinados a refeição ou descanso ou por ocasião da satisfação de outras necessidades
fisiológicas, no local de trabalho ou durante este.

 2° - Não é considerada agravação ou complicação de acidente de trabalho a lesão que, resultante de outra
origem, se associe ou se superponha às conseqüências do anterior.

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 3° - Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do início da
incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia
em que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro.

 4° - Será considerado agravamento de acidente do trabalho aquele sofrido pelo acidentado quando estiver
sob a responsabilidade da reabilitação profissional.

DA CARACTERIZAÇÃO DO ACIDENTE
Art. 143 – O acidente do trabalho deverá ser caracterizado;
I – Administrativamente ao setor de benefícios do INSS, que estabelecerá nexo entre o trabalho exercido e o
acidente;
II – Tecnicamente, através de perícia médica do INSS, que estabelecerá o nexo causa e efeito entre:
a) O acidente e a lesão;
b) A doença e o trabalho;
c) A causa mortis e o acidente.

DAS PRESTAÇÕES
Art. 144 – Em caso de acidente do trabalho, o acidentado e os seus dependentes têm direito
independentemente de carência, às seguintes prestações:
I – Quanto ao segurado:
a) Auxílio doença;
b) Aposentadoria por invalidez;
c) Auxílio acidente;
II – Quanto ao dependente: Pensão por morte;

DAS DIPOSIÇÕES DIVERSAS RELATIVAS AO ACIDENTE DO TRABALHO


Art. 145 – os benefícios previstos nos incisos I e II do art. 144 serão concedidos, mantidos, pagos e
reajustados na forma e no prazo deste regulamento, salvo no que este capítulo estabelecer de forma
diferente.

COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO-CAT

A CAT deverá ser emitida no período de 24hs após a ocorrência do acidente;

Esta aplicação possibilita cadastrar a "Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT" junto ao INSS, para
facilitar e agilizar o registro dos Acidentes de Trabalho e das Doenças Ocupacionais, pelo Empregador,
havendo ou não afastamento do trabalho por parte do acidentado.

A emissão da CAT, além de se destinar para fins de controle estatísticos e epidemiológicos junto aos órgãos
Federais, visa principalmente, a garantia de assistência acidentária ao empregado junto ao INSS ou até
mesmo de uma aposentadoria por invalidez.

Art. 169 – O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantido, pelo prazo mínimo de doze meses, a
manutenção de seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio acidentário,
independentemente da percepção do auxílio-acidente.

Art. 171 – As ações referentes às prestações por acidente do trabalho prescrevem em cinco anos,
observando o disposto no art.241, contados da data.

Art. 172 – O pagamento pela Previdência Social das prestações por acidente do trabalho não exclui a
responsabilidade civil da empresa ou outrem.

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CONCEITO PREVENCIONISTA E CONDIÇÕES PREDISPONENTES PARA O ACIDENTE


Acidente do trabalho é uma ocorrência inesperada que interrompe ou interfere no processo normal de uma
atividade, ocasionando perda de tempo e/ou lesões nos trabalhadores e/ou danos materiais.
O acidente com dano material é o prenúncio de um acidente com vítima, no entanto, pode ser evitado
através de medidas preventivas.

Além dos atos e condições inseguras tidos como causas primárias, há que se considerar também uma série
de outros fatores, que propiciem a ocorrência dos acidentes do trabalho.

METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO


A investigação (análise) de acidentes tem como finalidades:
 Desenvolver o histórico;
 Entender e definir a causa;
 Estabelecer recomendações corretivas e/ou preventivas;
 Identificar se houve uso de EPI e se os mesmos contribuíram para atenuar a gravidade da lesão;
 Identificar os participantes da análise.
CARACTERÍSTICA DA INVESTIGAÇÃO
Isso deve ser explicado a todos, a fim de assegurar a cooperação e evitar a atribuição de culpa e/ou criar
embaraços, fatos verdadeiros poderão ser escondidos ou o próprio acidente completamente encoberto. A
investigação do acidentes deve ser feita conforme a NR-5, item 5.16 alíneas C e L, da portaria 3214/78 do
MTE. A investigação é uma pesquisa sistemática da verdade sobre o acidente:

O FATO  A CAUSA  O EFEITO  CORREÇÃO / PREVENÇÃO

MÉTODOS:
1) DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO
É uma representação gráfica que ajuda a identificar, explorar e mostrar as possíveis causas do acidente.
Exemplo: Perda do controle do veículo – Acidente do trabalho / trânsito.
2) 5S
É uma ferramenta de trabalho do sistema da QUALIDADE que visa superar velhos hábitos e inovar o
ambiente de trabalho.
O que significa 5S ? : É um grupo de palavras japonesas iniciadas com a letra S e que em português
significa:
SEIRI = SENSO DE UTILIZAÇÃO
SEITON = SENSO DE ORGANIZAÇÃO
SEISO = SENSO DE LIMPEZA
SEIKETSU = SENSO DE SAÚDE
SHITSUKE = SENSO DE AUTODISCIPLINA

SENSO DE UTILIZAÇÃO (SEIRI): É identificar o que é necessário e desnecessário no seu local de


trabalho.
* Retire todos os objetos do ambiente e retorne somente aqueles realmente necessários;
* O material desnecessário deve ser vendido ou enviado para sucata oi lixo;

SENSO DE ORGANIZAÇÃO (SEITON): É arrumar e determinar uma melhor disposição física dos objetos
que foram considerados necessários, possibilitando localiza-los de forma fácil e rápida.
* O que é utilizado com grande freqüência deve ficar no local de trabalho;
* O que é utilizado com média freqüência deve ficar próximo ao local de trabalho;
* O que é utilizado com baixa freqüência deve ficar num depósito próximo;
* Os documentos ou ferramentas de trabalho devem ser identificados com etiquetas, melhorando a
comunicação visual.

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SENSO DE LIMPEZA (SEISO): Eliminar o lixo, sujeiras e tudo o que for necessário, mantendo o ambiente
sempre limpo.
* Limpe o local e todo o material usado por você;
* Oriente para não jogar nada no chão e não sujar. Habitue-se a fazer a coleta seletiva;
* Cuide de seus equipamentos, uniformes e material de trabalho.

SENSO DE SAÚDE (SEIKETSU):É ter a mente sadia, atenção, zelo com o corpo, local de trabalho, meio
ambiente e sua casa.
* Mantenha as condições ideais de uso dos sanitários, refeitórios, pias, bebedouros...
* Realize exames médicos periódicos
* Cuide de sua higiene corporal – Mantenha as roupas e calçados, bem cuidados, cabelos aparados, abarba
feita, unha aparada;
* Elimine fonte de perigos e riscos, zelando pela sua segurança.

SENSO DE AUTODISCIPLINA (SHITSUKE): É respeitar, cumprir e manter acordos, obedecendo as


normas e regulamentos obedecidos.
* Faça com que os quatros primeiros S’s se transformem em ação;
* Respeite prazos de entregas e regulamentos;
* Contribua com ações positivas;
* Ensine como fazer trabalho;
* Elogie as tarefas bem executas;
* Atenda o cliente interno e externo com cortesia;
* Conserve os bens da empresa.
3) Plano de ação (5W e 1H).
Técnica levantamento e planejamento de atividades através de perguntas básicas:
WHAT (O QUE) …………………………………… explicar objetos, conteúdo
WHY (PORQUE) …………………………………… listar causas, indicar finalidades
WHERE (ONDE) …………………………………… local da atuação da ocorrência
WHO (QUEM) ……………………………………… indicar o responsável
WHEN (QUANDO) ……………………………… definir cronograma
HOW (COMO)……………………………………… mecanismo, critérios, meios , formas

NOÇÕES SOBRE ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO DECORRENTES DE EXPOSIÇÃO AOS RISCOS


EXISTENTES DA EMPRESA

Análise dos acidentes do trabalho:

ACIDENTE SEM AFASTAMENTO


Quando o acidentado pode retornar a sua função normal, no mesmo dia ou no dia seguinte, no horário
regular.

ACIDENTE COM AFASTAMENTO


Pela sua gravidade provoca incapacidade temporária, permanente ou morte.

INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
È a perda total da capacidade para o trabalho, por um período limitado de tempo (inferior a um ano). O
acidentado, depois de um tempo de afastamento do trabalho, retorna , fazendo normalmente as atividades
que realizava antes do acidente. Exemplo: Fratura simples de um membro.

INCAPACIDADE PARCIAL OU PERMANENTE


Ocorre pela redução, por toda vida, da capacidade para o trabalho. Ex: perda de uma mão.

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ESTUDO DO AMBIENTE, DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO, RISCOS ORIGINADOS DO PROCESSO


PRODUTIVO

Reconhecimento dos Riscos


O reconhecimento dos riscos ambientais abrange o estudo do processo de trabalho e da possível produção e
dispersão dos agentes que possam oferecer riscos à saúde e a segurança dos trabalhadores.

Conceito de Risco
O ideal seria a ausência de riscos no ambiente de trabalho, porém, com o advento da tecnologia, novas
substâncias e materiais são constantemente criados, sendo necessárias máquinas mais potentes e processos
produtivos cada vez mais complexos.
O termo “Risco Ocupacional” possui várias formas de classificação e interpretação no campo da segurança
do trabalho. O que se pode concluir de imediato é que os riscos ocupacionais podem provocar efeitos
adversos à saúde e á integridade física do trabalhador.
Podemos apresentar os “Riscos Ocupacionais”, definidos da seguinte forma:
a) Riscos Ocupacionais: São condições adversas no ambiente de trabalho, apresentadas por aspectos
administrativos ou operacionais, que aumentam a probabilidade de ocorrer um acidente. Podemos citar,
como exemplo, a execução de uma tarefa com uma ferramenta ou equipamento inadequado ou defeituoso,
ausência de procedimento de permissão para trabalho perigoso ou treinamento;
b) Riscos Comportamentais : Envolvem os aspectos individuais do trabalhador, motivados por um despreparo
técnico, desequilíbrio psíquico ou de saúde. Estes aspectos são fatores limitantes para o trabalhador no
exercício de uma tarefa, independente da qualidade e da frequência do treinamento;
c) Riscos Ambientais: Estão definidos pela NR 09 (PPRA) e na NR 15 (Atividades e Operações Insalubres)
como sendo os agentes potenciadores de atividades e operações insalubres, descritos a seguir.
d) Riscos Ergonômicos: Estão definidos pela norma regulamentadora NR17
(Ergonomia) como aqueles decorrentes das condições de trabalho, envolvendo fatores biomecânicos
(postura, esforço e movimento), exigências psicofísicas do trabalho( esforço visual, atenção e raciocínio) ,
deficiência do processo (ritmo de produção, trabalho noturno ou em turno).

ANÁSILE PRELIMINAR DO RISCO

A Análise Preliminar de Risco – APR consiste em um estudo antecipado e detalhado de todas as fazes do

trabalho a fim de detectar os possíveis problemas que poderão acontecer durante a execução.

Depois de detectado os possíveis acidentes e problemas, devem ser adotados medidas de controle e

neutralização, essas medidas devem envolver toda equipe, criando um clima de trabalho seguro em conjunto.

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ANTECIPAÇÃO DOS RISCOS


Visa prevenir a ocorrência de riscos potenciais decorrentes da implantação de novas áreas, de novas
unidades de trabalho, de modificações de instalações, de layout ou de procedimentos operacionais.

RECONHECIMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS


Consideram-se riscos ambientais, tudo que têm potencial para gerar acidentes ou doenças do trabalho, em
função de sua natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição. Dividem-se em agentes físicos,
químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes.
A norma Regulamentadora NR 09, no subitem * 9.1.1 trata dos riscos ambientais, onde estabelece a
obrigatoriedade da elaboração e implementação do PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, na
qual a CIPA têm a sua participação conforme está previsto na NR 09, subitem * 9.2.2.1.
* 9.1.1 Esta Norma Regulamentadora – NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação,
por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando a preservação da saúde e da integridade dos
trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento e avaliação e consequentemente controle da
ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em
consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
* 9.2.2.1 O documento base e suas alterações e complementações deverão ser apresentados e discutidos na
CIPA, quando existente na empresa, de acordo com a NR-5, sendo sua cópia anexada a ata desta comissão.

ENTÃO, COMO FAZER PARA EVITAR OS ACIDENTES?

Conhecer o Ambiente Conhecer os Riscos e os


de Trabalho Meios de Evitá-los
Máquina perigosa ..................................................Proteção das máquinas
Produtos químicos .................................................Exaustão local
Acidentes Ocorridos ...............................................Aproveitamento correto da área de produção
Doenças ocorridas .................................................Substituição de produtos nocivos

A inspeção de segurança é o conjunto de ações que objetivam a detecção de riscos que possam causar
acidentes do trabalho e doenças profissionais, possibilitando assim, a determinação de medidas preventivas.
A CIPA como agente modificador do ambiente de trabalho, vai inspecionar as dependências da empresa,
visando detectar a presença de riscos potenciais, capazes de causarem acidentes.
Os fatores que poderão ser causas de acidentes, devem ser identificados através de observações e
levantamento de situações que proporcionam condições inseguras, colocando em risco a integridade física
e/ou mental do trabalhador, quase sempre presente nos ambientes de trabalho.
Normalmente apresentam-se como deficiências técnicas no projeto, na construção, nas instalações, nas
máquinas e nos processos produtivos.

ETAPAS DE UMA INSPEÇÃO


 Observação;
 Informação;
 Registro;
 Encaminhamento;
 Acompanhamento.

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TIPOS DE INSPEÇÃO DE SEGURANÇA


1. Geral: Abrange todas as seções, trabalhos, processos, instalações, enfim toda a empresa, buscando
levantar problemas genéricos. Este tipo de inspeção requer uma equipe maior para sua execução, fornece
um perfil de todos os aspectos de segurança e higiene do trabalho. Ex: Inspeção de levantamento de todos
os riscos.

2. Parcial: Quando são verificadas situações de risco em trabalhos específicos, em uma determinada
seção e em alguns tipos de maquinário ou equipamento. Como é uma inspeção dirigida, permite-se verificar
problemas com maior detalhamento. Ex: Inspeção na seção de solda, na rede elétrica, nas empilhadeiras.

3. Periódicas: É essencialmente preventiva. Há uma programação por tempo de trabalho ou por horas
de funcionamento de alguns equipamentos. Visam detectar desgastes, fadigas, super esforço e falhas
prematuras. Esta inspeção pode ser feita por ocasião das manutenções preventivas. Ex: Exame com líquido
penetrante para verificação de rachadura em eixos.

4. Eventual: É realizada de maneira imprevista, buscando encontrar irregularidades, levando-se em


conta o fator surpresa. Quase sempre é para a constatação do cumprimento de normas específicas. Ex:
Vistoria quanto ao uso de protetores auditivos.

5. De rotina: É a inspeção diária realizada pelos membros da CIPA, durante a jornada de trabalho. É
rápida e da orientação quanto aos atos e condições inseguras. É muito importante que os próprios
trabalhadores façam inspeções em suas ferramentas, nas máquinas que operam e nos equipamentos que
utilizam. Ex: Alerta ao operário que não usa óculos de proteção facial, na operação de esmerilhamento.

6. Especial: Ocorre por ocasião de levantamentos realizados por especialistas usando instrumentos
como decibilímetro, luxímetro, bomba graviométrica e outros, para monitoramento de riscos. Existem
técnicas e procedimentos especiais para ambientes de trabalho e equipamentos. Ex: Medição do nível de
ruído e inspeção de vaso sob pressão.

7. Oficial: Quem realiza são os órgãos oficiais. A fiscalização faz vistorias nos locais de trabalho para
verificação do cumprimento da legislação. Ex: Um fiscal da DRT visita a empresa para levantamento das
condições de segurança.

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AGENTES DE RISCOS

AGENTES FÍSICOS

Estes são representados pelas condições físicas no ambiente de trabalho, tais como vibração, radiação,
ruído, calor e frio que, de acordo com as características do posto de trabalho podem causar danos à saúde.

VIBRAÇÃO
Os problemas orgânicos motivados pela vibração, aparecem na grande maioria dos
casos após longo tempo de exposição. Nos casos de vibração de todo o corpo,
podem aparecer problemas renais e casos de fortes dores na coluna.
As vibrações localizadas nos braços e mãos, provocam deficiências circulatórias e
nas articulações.
Ex.:
 Mangote vibrador de concreto;
 Martelete pneumático
 Compactador Pneumático
 Motoserra

CALOR
Os trabalhadores expostos a trabalhos de fundição, siderurgia, indústria de
vidro, etc., são os mais propensos a problemas como, desidratação, cãibras e
em alguns casos de problemas com o cristalino como a catarata. Convém
esclarecer que os fatores comentados, geralmente aparecem devido a
exposição excessiva ao calor.

RUÍDO
Certas máquinas, equipamentos ou operações produzem um ruído agudo e constante. Estes níveis sonoros,
quando acima do limite de intensidade, conforme legislação específica e, de acordo com a duração de
exposição no ambiente de trabalho, provocam em princípio, a irritabilidade ou uma sensação de audição do
ruído mesmo estando em casa. Com o passar do tempo, o colaborador começa a falar mais alto ou
perguntar constantemente, por não ter entendido. Este é o início da surdez parcial, que com o tempo,
passará a ser total e irreversível.

FRIO
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Os casos mais comuns que se destacam pela ação do frio são: dermatites, gripes, inflamações das amídalas
e da laringe, resfriados, algumas alergias, congelamento dos pés, mãos e problemas circulatórios, etc.
Geralmente essas ocorrências predominam em empresas, tais como: industrialização de pescados,
frigoríficos, indústria de alimentos congelados

RADIAÇÕES:

IONIZANTES
Causam quedas de cabelo, tumores, câncer de pele, leucemia e até a morte.
Estão presentes na radiação solar, nos procedimentos de radiologia e
gamografia, em usinas atômicas.

NÃO IONIZANTES
Causam queimaduras de pele e nos olhos, estão presentes nos processos de
soldagem, e em aparelhos de microondas, em fornos e sistema de
aquecimento. Estão geralmente relacionadas ao calor.

PRESSÕES ANORMAIS
Causam embolia, aneurisma, derrame. Está relacionada a serviços de mergulho, construção de túneis ou de
fundações submersas, de pontes, escavações de áreas de alicerces.

UMIDADE
Causam problemas na pele, fuga de calor do organismo. Pode ser proveniente de qualquer processo que
utilize água (lavagem de máquinas e ambientes, lavagem de alimentos), pintura de ambientes com
produção de vapor (estufas), ou também do próprio clima.

AGENTES QUÍMICOS

Os agentes químicos podem ser encontrados na forma gasosa, líquida, sólida e/ou pastosa. Quando
absorvidos pelo nosso organismo, produzem, na grande maioria dos casos, reações diversas, dependendo
da natureza, da quantidade e da forma da exposição à substância.

RISCOS QUÍMICOS:

POEIRAS
São partículas sólidas dispersas no ar por ação mecânica, ou seja, por ação do vento, de lixadeiras, serviços
de raspagem e abrasão, polimento, acabamento, escavação, colheita, etc.; dependendo do tamanho da
partícula, podem causar pneumoconiose(caso da sílica) ou até tumores de pulmão (caso do amianto); as
poeiras mais grossas causam alergias e irritações nas vias respiratórias.

FUMOS
São Partículas sólidas dispersas no ar, originadas da condensação de gases provenientes de alguma
queima, por exemplo, durante processos de soldagem. Também podem causar pneumoconiose (caso da
siderose, em siderúrgicas ou envenenamento por metais pesados(caso do saturnismo provocado pelo
chumbo em fundições).

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NÉVOAS
São partículas líquidas dispersas no ar por ação mecânica, ou seja, por ação do vento, de jatos de esguicho,
de ”spray”, etc. Podem provocar os efeitos da umidade(ver riscos físicos), ou de outros efeitos diversos,
conforme a natureza do líquido que foi disperso, por exemplo, uma névoa de óleo de máquina pode
provocar dermatite se cair na pele da pessoa, ou pode causar problemas alérgicos e pulmonares se for
respirada.

GASES
São elementos ou substâncias que, na temperatura normal, estão no estado gasoso. Podem ser asfixiantes (
gás de cozinha, acetileno, argônio, gás carbônico) ou tóxicos (Monóxido de carbono, amônia, cloro)

VAPORES
São elementos ou substâncias que, em temperatura normal, estão no estado
líquido. Podem causar efeitos diversos, conforme sua natureza. Estão geralmente
relacionados aos efeitos da umidade(ver riscos físicos) e das neblinas.

NEBLINAS
São partículas líquidas dispersas no ar, originadas da condensação de gases provenientes de algum processo
térmico, por exemplo, cozimento de produtos alimentícios. Podem causar os efeitos da umidade (ver riscos
físicos), ou outros efeitos diversos, em razão da natureza do líquido que foi evaporado, por exemplo, uma
neblina de ácidos pode se formar dentro de um galpão galvanizado (tratamento superficial de metais)
irritando os olhos, a pele e as vias respiratórias dos colaboradores.

SUBSTÂNCIAS, COMPOSTOS OU PRODUTOS QUÍMICOS EM GERAL:


Seus efeitos estão relacionados à natureza de sua composição , podendo ser corrosivos, cáusticos,
irritantes, alergênicos, etc. Como exemplo por exemplo pode-se citar os ácidos, os álcalis (soda),
detergentes, desumidificantes, sabões, dentro de uma lista infindável de produtos.

Existem meios básicos de penetração de tóxicos no corpo humano:

Por Via Respiratória


Nas operações de transformação de um produto, pelo processamento industrial,
dispersam-se na atmosfera substâncias, tais como : gases, vapores névoa, fumos e
poeiras.

Ex.: pintura, pulverização, ácidos, fumos de solda.

Esses elementos penetram no organismo, pela via respiratória, atingindo desde as


vias aéreas superiores até os alvéolos e o tecido pulmonar , originando casos de
asma, bronquites, pneumoconiose (alteração da capacidade respiratória, devido à
inalação de poeiras).

Por Via Cutânea


Por contatos com a pele, que absorve a substância tóxica.
A pele tem várias funções e entre elas a principal é a proteção contra agressões externas. Entretanto, há
vários grupos de substâncias químicas que penetram, principalmente, pelos poros. Desta maneira, algumas
substâncias e vapores têm o poder de fixar-se no tecido adiposo subcutâneo.
Uma vez atingida, a substância tóxica entra na circulação sangüínea, provocando alterações, as quais
poderão criar quadros de anemia, alterações nos glóbulos vermelhos e problemas na medula óssea.
O fígado, por exemplo, tem propensão a assimilar o chumbo, mercúrio, arsênico, etc. O benzeno fixa-se na
medula óssea e pode provocar leucemia. A substância, uma vez fixada no órgão de afinidade, inicia
distúrbios no organismo, prejudicando seriamente a saúde.

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Por Via Digestiva


Pela Ingestão, ao engolir, acidentalmente, o tóxico.
Um agente químico absorvido tanto pela via respiratória, cutânea ou
digestiva, pode depositar-se em qualquer órgão do corpo humano. Alguns
metais como cobre e mercúrio podem fixar-se nos rins, criando uma
insuficiência renal. Outro caso é o monóxido de carbono que afeta as células
do coração. Nas intoxicações por chumbo, monóxido de carbono, arsênico,
ocorrem problemas neurológicos.
Normalmente a ingestão de substâncias tóxicas pode ser considerada um
caso acidental.

Desta maneira, poucos são os casos de doenças profissionais citadas dentro


destas condições.
Os poucos casos encontrados são de manifestação dentária, da mucosa ao longo do tubo digestivo e do
fígado. Certos hábitos, tais como roer unhas ou limpá-las com os dentes, são as principais causas de
ingestão de substâncias tóxicas assim como fumar ou alimentar-se nos locais de trabalho.
Há ainda outras vias de acesso, como a serosa (ouvidos), conjuntival (olhos) parenteral (agulha de injeção)
e dental (cáries).

AGENTES BIOLÓGICOS

São microorganismos presentes no ambiente de Trabalho tais como: bactérias, fungos, vírus, bacilos,
parasitas e outros.
Esses microorganismos , na maioria, são invisíveis a olho nu. Estes agentes
biológicos são capazes de produzir doenças, deterioração de alimentos, mau
cheiro, etc. Apresentam muita facilidade de reprodução, além de contarem com
diversos processos de transmissão.
Os casos mais comuns de manifestação são:
Ferimentos e machucaduras que podem provocar infecções por tétano, hepatite,
tuberculose, micoses da pele, etc., podem ser levados por outros funcionários, para o ambiente de trabalho;
Diarréias causadas pela falta de asseio e higiene em ambientes de alimentação;
Alergias provocadas por bolor;
Pediculoses (piolhos e parasitas);
Escabiose (sarna), provocada por parasita.

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AGENTES ERGONÔMICOS

Ergonomia é o conjunto de conhecimentos sobre o homem e seu trabalho. Tais conhecimentos são
fundamentais ao planejamento de tarefas, postos e ambientes de trabalho, ferramentas , máquinas e
sistema de produção a fim de que sejam utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência.

Os casos mais comuns de problemas ergonômicos são:


Esforço Físico intenso

- Levantamento constante de pesos (mesmo dentro dos limites)

- Acionamento freqüente dos músculos;

- Movimentação ininterrupta;

Podem causar fadiga excessiva, levando a problemas crônicos de saúde como


enfraquecimento muscular, alterações articulares e quedas de reservas de energia
do corpo.

Levantamento e transporte manual de peso


Sendo o peso excessivo e o caminho para o seu transporte inadequado. Cada pessoa tem um limite de peso
que pode levantar, transportar e descarregar, deve haver exame médico adequado para se apurar a
capacidade de cada um.

Exigência de Postura Inadequada


Conforme o serviço que se vai executar, poderá surgir uma posição inadequada para o corpo, como
trabalhar constantemente em pé e parado (ou com pouca movimentação), trabalhar constantemente
sentado em móveis sem regulagem, dobrar o corpo de maneira excessiva (manutenção de maquinário),
podem causar desvios de coluna vertebral, distensões, luxações, cãibras, deformações musculares, etc.

Controle rígido de produtividade


Os métodos de trabalho deixam uma margem muito pequena ou quase inexistente, para que haja adaptação
do sistema produtivo ao desgaste progressivo do organismo humano durante uma jornada de trabalho, por
exemplo, no começo do dia, um trabalhador consegue produzir 200 peças/hora, no final do dia, seu
rendimento será menor, porém a programação de produção não leva isto em conta, exigindo uma
sobrecarga do organismo.

Imposição de ritmos excessivos.


Está relacionado a velocidade com que o trabalho se realiza, exigindo rapidez do colaborador, este, então,
fica com uma tendência a “mecanizar” seus atos, provocando respostas inadequadas de vício de
procedimento, dentro disso, reside uma grande chance de causar acidentes, além do desgaste orgânico.

Outras situações causadores de “stress” físico e/ou psíquico:


- Iluminação inadequada
- Ruído perturbador
- Jornadas de trabalho prolongadas
- Excesso de responsabilidade
- Trabalho em turnos diurno e noturno

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AGENTES DE ACIDENTES

Arranjo físico inadequado


Máquinas em posições inadequadas;
Móveis sem boa localização
Materiais mal dispostos.
O acidente pode ocorrer devido à confusão causada pelo mau aproveitamento do espaço no local de
Trabalhado.

Ordem e Limpeza
É sabido que no ambiente de trabalho muitos fatores de ordem física exercem influências de ordem
psicológica sobre as pessoas, interferindo de maneira positiva ou negativa no comportamento humano
conforme as condições em que se apresentam. Neste contexto, a ordem e a limpeza constituem um fator de
influência positiva no comportamento do trabalhador.

As pessoas que trabalham em um ambiente desorganizado sentem uma sensação de mal – estar que poderá
tornar-se uma agravante de um estado emocional já perturbado por outros problemas. Esse estado
psicológico poderá afetar o relacionamento dos colaboradores e expô-los ao risco de acidentes, além de
prejudicar a produção da empresa.

Ex.: Passagens obstruídas com tábuas, caixotes, produtos acabados, etc.;


Obstáculos que impedem o trânsito normal das pessoas por entre máquinas ou corredores

Obstáculos onde se pode facilmente tropeçar ou escorregar;

Chão sujo de graxa, combustíveis ou substâncias químicas.

Máquinas e Equipamentos sem Proteção


- Correias
- Polias
- Correntes
- Esteiras
- Eixos rotativos.

Outras situações de Risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes:


- Falta de Treinamento
- Equipamentos de Segurança Inadequados
- Falta de Manutenção Eletricidade
- Probabilidade de Incêndio ou Explosão
- Ferramentas Inadequadas ou defeituosas.

ASSUNTOS NECESSÁRIOS AO EXERCÍCIO DA COMISSÃO


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EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI


Equipamento de proteção individual visa proteger a integridade física e a saúde do trabalhador contra riscos
existentes no local de trabalho. Atenuam a ação do agente agressivo contra o trabalhador, porém os riscos
continuam a existir.

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC


Recursos de proteção coletiva que previne os riscos nas suas origens neutralizando/ minimizando a ação do
agente agressivo. Ex: extintores, exaustores, etc.

QUANDO USAR EPI – NR.6


Quando os recursos de ordem geral não trouxeram resultados satisfatórios, quando não houver outras
medidas aplicáveis ou enquanto se aguarda uma solução definitiva para determinados riscos.

EPI e EPC
Enquanto os recursos de proteção coletiva procuram eliminar os riscos, os EPI’s só protegem o trabalhador.

SELEÇÃO DOS EPI’s


 Deve ser criteriosa, levando-se em conta os riscos, condições de trabalho, parte do corpo a proteger e
o trabalhador;
 Os EPI’s deverão apresentar as seguintes características: Proteção adequada, eficiência, conforto,
resistência, praticidade e facilidade de manutenção.

ASPECTOS LEGAIS

a) EMPRESA
1. Comprar EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento;
2. Ser aprovado pelo Ministério do Trabalho e Emprego;
3. Treinar o trabalhador e conscientiza-lo de seu uso;
4. Dar condições para manutenção e higienização do equipamento;
5. Substituir o equipamento sempre que necessário;
6. Comunicar irregularidades ao Ministério do Trabalho e Emprego.

b) EMPREGADO
1. Usar o EPI, indicado a sua função;
2. Comunicar ao responsável da empresa quanto a irregularidade do produto.

CLASSIFICAÇÃO DOS EPI’s


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A - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA

A.1 – Capacete
a) Capacete de segurança para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio;
b) capacete de segurança para proteção contra choques elétricos;
c) capacete de segurança para proteção do crânio e face contra riscos
provenientes de fontes geradoras de calor nos trabalhos de combate a incêndio.

A.2 – Capuz
a) Capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica;
b) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra respingos de produtos químicos;
c) capuz de segurança para proteção do crânio em trabalhos onde haja risco de contato com partes
giratórias ou móveis de máquinas.

B – EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE

B.1 – Óculos
a) Óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;
b) óculos de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
c) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta;
d) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação infravermelha;
e) óculos de segurança para proteção dos olhos contra respingos de produtos químicos.

B.2 – Protetor facial


a) Protetor facial de segurança para proteção da face contra impactos de partículas volantes;
b) protetor facial de segurança para proteção da face contra respingos de produtos químicos;
c) protetor facial de segurança para proteção da face contra radiação infravermelha;
d) protetor facial de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa.

B.3 – Máscara de Solda


a) Máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas volantes;
b) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação ultravioleta;
c) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação infravermelha;
d) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra luminosidade intensa.

C – EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA

C.1 – Protetor auditivo


a) Protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora
superiores ao estabelecido na NR – 15, Anexos I e II;
b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora
superiores ao estabelecido na NR – 15, Anexos I e II;
c) protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora
superiores ao estabelecido na NR – 15, Anexos I e II.

D – EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA


D.1 – Respirador purificador de ar
a) Respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas;
b) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas e fumos;
c) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e
radionuclídeos;
d) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra vapores orgânicos ou gases ácidos
em ambientes com concentração inferior a 50 ppm (parte por milhão);
e) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra gases emanados de produtos
químicos;
f) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra partículas e gases emanados de
produtos químicos;

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g) respirador purificador de ar motorizado para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas,
fumos e radionuclídeos.

D.2 – Respirador de adução de ar


a) respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido para proteção das vias respiratórias em
atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde e em ambientes confinados;
b) máscara autônoma de circuito aberto ou fechado para proteção das vias respiratórias em atmosferas com
concentração Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde e em ambientes confinados;

D.3 – Respirador de fuga


a) Respirador de fuga para proteção das vias respiratórias contra agentes químicos em condições de escape
de atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde ou com concentração de oxigênio menor que 18 %
em volume.

E – EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO

E.1 – Vestimentas de segurança que ofereçam proteção ao tronco contra riscos de origem térmica,
mecânica, química, radioativa e meteorológica e umidade proveniente de operações com uso de água.

F – EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES

F.1 – Luva
a) Luva de segurança para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;
c) luva de segurança para proteção das mãos contra choques elétricos;
d) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes térmicos;
e) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes biológicos;
f) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes químicos;
g) luva de segurança para proteção das mãos contra vibrações;
h) luva de segurança para proteção das mãos contra radiações ionizantes.

F.2 – Creme protetor


a) Creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes químicos, de acordo
com a Portaria SSST nº 26, de 29/12/1994.

F.3 – Manga
a) Manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra choques elétricos;
b) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes abrasivos e escoriantes;
c) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes cortantes e perfurantes;
d) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra umidade proveniente de operações
com uso de água;
e) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes térmicos.

F.4 – Braçadeira
a) Braçadeira de segurança para proteção do antebraço contra agentes cortantes.

F.5 – Dedeira
a) Dedeira de segurança para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes.

G – EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES


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G.1 – Calçado
a) Calçado de segurança para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos;
b) calçado de segurança para proteção dos pés contra choques elétricos;
c) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes térmicos;
d) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes cortantes e escoriantes;
e) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações com uso
de água;
f) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra respingos de produtos químicos.

G.2 – Meia
a) Meia de segurança para proteção dos pés contra baixas temperaturas.

G.3 – Perneira
a) Perneira de segurança para proteção da perna contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes térmicos;
c) perneira de segurança para proteção da perna contra respingos de produtos químicos;
d) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes cortantes e perfurantes;
e) perneira de segurança para proteção da perna contra umidade proveniente de operações com uso de
água.

G.4 – Calça
a) Calça de segurança para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) calça de segurança para proteção das pernas contra respingos de produtos químicos;
c) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes térmicos;
d) calça de segurança para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações com uso de
água.

H – EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO

H.1 – Macacão
a) Macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra chamas;
b) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes
térmicos;
c) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra respingos de
produtos químicos;
d) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade
proveniente de operações com uso de água.

H.2 – Conjunto
a) Conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do tronco e
membros superiores e inferiores contra agentes térmicos;
b) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do tronco e
membros superiores e inferiores contra respingos de produtos químicos;
c) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do tronco e
membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de operações com uso de água;
d) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do tronco e
membros superiores e inferiores contra chamas.

H.3 – Vestimenta de corpo inteiro


a) Vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra respingos de produtos químicos;
b) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de operações com
água.

I – EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL

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I.1 – Dispositivo trava-queda


a) Dispositivo trava-queda de segurança para proteção do usuário contra quedas em operações com
movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de segurança para proteção contra
quedas.

I.2 – Cinturão
a) Cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura;
b) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda no posicionamento em trabalhos
em altura.
Nota: O presente Anexo poderá ser alterado por portaria específica a ser expedida pelo órgão nacional
competente e em matéria de segurança e saúde no trabalho, após observado o disposto no subitem 6.4.1.

CAMPANHAS DE SEGURANÇA

CAMPANHAS DE SEGURANÇA
Uma das atividades da CIPA é divulgar informações e gerar conhecimentos, o que pode ser conseguido
através das campanhas de segurança.
A busca permanente de melhorias no ambiente de trabalho é a meta dos programas de segurança e
qualidade.

OBJETIVOS
 Despertar a consciência preventiva;
 Criar atitudes cuidadosas na execução do trabalho;
 Promover a saúde ocupacional;
 Promover a qualidade de vida;

O QUE É A SIPAT ?
É a Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho, é a campanha mais divulgada, por ser exigida
por lei, muito embora nem sempre atinja os objetivos propostos. Cabe à CIPA a promoção deste evento,
que será anula e cuja data deve ser comunicada previamente a DRT.

CAMPANHAS PERÍODICAS
São programas desenvolvidos ao longo de cada ano. Os resultados são mais efetivos, pois o processo de
aprendizagem e mudança de comportamento tem que ser sistemático.

RECURSOS PARA CAMPANHAS


a) Cartazes
Interessantes
Positivos
Coloridos
Locais visíveis
b) Concursos
Educativos
Psicológicos
c) Divulgação de acidentes
Sempre com o objetivo de promover a análise e solução de problemas estabelecendo uma conduta
preventiva.
d) Caixa de sugestões

e) Reunião de segurança
f) Campanhas educativas
g) Meios promocionais e outros
A participação dos funcionários é fundamental para que, qualquer que seja a campanha, se obtenha o
sucesso esperado.

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NOÇÕES SOBRE AS DST’s / AIDS E MEDIDAS DE PREVENÇÃO

DST
São doenças sexualmente transmissíveis.
QUAIS SÃO:
 Sífilis ou cranco duro;
 Gonorréia ou pinga-pinga;
 Cranco mole;
 Codiloma ou crista de galo;
 Herpes labial e Herpes genital;
 Linfogranuloma inguinal;
 Dovanose;
 Tricomoníase genital;
 Candidíase;
 Escabiose ou sarna;
 Hepatite B;
 AIDS (HIV – virus).

SINAIS QUE PODEM IDENTIFICAR AS DST’s


FERIDAS VERRUGAS CORRIMENTOS
No pênis No pênis No pênis
No ânus No ânus No ânus
Na vagina Na vagina Na vagina

ATENÇÃO!
DST e HIV podem estar em pessoas com ou sem sintomas.
IMPORTANTE! ! !
Ao identificar alguns desses sinais em seu corpo ou no parceiro (a), AMBOS devem procurar o médico.
As duas pessoas precisam ser tratadas!
NUNCA SE AUTOMEDIQUE!

AIDS/HIV
O que é AIDS? : Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.
Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas de uma ou mais doenças.
da Imunodeficiência: Incapacidade do organismo se defender contra agentes causadores de doenças.
Adquirida: Contaminação ao longo da vida.
O que é HIV?
Vírus da Imunodeficiência humana.

MEIOS DE TRANSMISSÃO
 Sangue
 Secreções Sexuais (esperma e secreção vaginal)
 Leite materno

FORMAS DE TRANSMISSÃO
 Relação Sexual (anal, vaginal, oral):
HOMEM  MULHER
HOMEM  HOMEM
MULHER  MULHER
 Transfusão de sangue não testado;
 Compartilhamento de seringas;
 Contatos com feridas expostas;
 Gravidez, através da placenta;
 Durante o parto;
 Amamentação;
 Manipulação de material contaminado;

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FATORES QUE AUMENTAM OS RISCOS DE CONTAMINAÇÃO PELO HIV


 Álcool;
 Drogas;
 Presença de outra DST;
 Quantidade de exposições;
 Freqüência de exposições;
 Tempo de exposição;
 Lesões na boca e nos órgãos genitais;
 Período Menstrual;

COMO O VÍRUS NÃO É TRANSMITIDO


 Doando sangue;
 Picadas de insetos;
 Alimentos;
 Beijos, abraços e carícias;
 Não é absorvido pela pele;
 Banheiras, piscinas e saunas;
 Utensílios de cozinha, lousas e talheres;
 Camas e cadeiras;
 Meios de transporte;
 Cinemas, teatros e outros ambientes;
 Roupas em geral;

MITOS E LENDAS
 Onipotência;
 Beleza;
 Sou muito bem informado;
 Proteção divina;
 Redução de parceiros sexuais;
 Abstinência sexual;
 Conhecer o (a) parceiro (a);
 Proteção do amor;
 Purificação do amor;
 Só transo com meu namorado (a);
 Eu sou casado (a);
 Fidelidade;

FORMAS DE PREVENÇÃO
 Usar camisinha;
 Evitar que seu filho (a) seja amamentado por terceiros. Sempre que necessário procure um banco de
leite;
 Em caso de pessoas já portadoras, mesmo que a contaminação seja de ambos, fazer uso de
preservativo;
 Evitar gravidez, caso seja portador do vírus.

DIREITOS TRABALHISTAS
 Nenhuma empresa pode exigir o teste anti-HIV como condição de admissão do trabalhador;
 Ninguém pode perder o emprego por estar com o vírus da AIDS;
 Trabalhadores doentes de AIDS tem o direito a liberação do PIS e do FGTS, independente da rescisão
contratual. É só apresentar atestado médico, carteira de trabalho e RG à Caixa Econômica Federal.
 O trabalhador com AIDS tem direito à auxílio doença, aposentadoria e a deixar pensão para seus
dependentes, mesmo se a doença de manifestar após a filiação;
 Se nenhum destes fatores ocorrer em seu local de trabalho, une-se aos colegas e assegurem seus
direitos;
DIREITOS À SAÚDE
 A Constituição Federal garante o atendimento de saúde gratuito a todo cidadão.
 O exame anti-HIV pode ser feito pelo serviço de saúde. O resultado deste teste é confidencial.

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 Se o serviços de saúde se recusar a atende-lo, por você ser soro positivo, registre em boletim de
ocorrência na delegacia policial.

ANEXO
PORTARIA 3214 DE 08/06/1978 (52ª EDIÇÃO/2003 – EDITORA ATLAS S.A)
NR.05 – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES (205.000-5)

DO OBJETIVO
5.1 A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA - tem como objetivo a prevenção de acidentes e
doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a
preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.

DA CONSTITUIÇÃO
5.2 Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento as empresas
privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta, instituições
beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que admitam
trabalhadores como empregados. (205.001-3/ I4)
5.3 As disposições contidas nesta NR aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores avulsos e às entidades
que lhes tomem serviços, observadas as disposições estabelecidas em Normas Regulamentadoras de setores
econômicos específicos. (205.002-1/ I4)
5.4 A empresa que possuir em um mesmo município dois ou mais estabelecimentos, deverá garantir a
integração das CIPA e dos designados, conforme o caso, com o objetivo de harmonizar as políticas de
segurança e saúde no trabalho.
5.5 As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecerão, através de membros de CIPA
ou designados, mecanismos de integração com objetivo de promover o desenvolvimento de ações de
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do ambiente e instalações de uso coletivo, podendo contar
com a participação da administração do mesmo.

DA ORGANIZAÇÃO
5.6 A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com o
dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos
normativos para setores econômicos específicos. (205.004-8/ I2)
5.6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados.
5.6.2 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do qual
participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados. (205.005-
6/ I4)
5.6.3 O número de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a ordem decrescente de votos
recebidos, observará o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações
disciplinadas em atos normativos de setores econômicos específicos. (205.006-4/ I2)
5.6.4 Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a empresa designará um responsável pelo
cumprimento dos objetivos desta NR, podendo ser adotados mecanismos de participação dos empregados,
através de negociação coletiva. (205.007-2/ I2)
5.7 O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma reeleição. (205.008-
0/ I2)

5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção de
Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua candidatura até um ano após o final
de seu mandato. (205.009-9/ I4)
5.9 Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas atividades normais na
empresa, sendo vedada a transferência para outro estabelecimento sem a sua anuência, ressalvado o
disposto nos parágrafos primeiro e segundo do artigo 469, da CLT. (205.010-2/ I4)
5.10 O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação necessária para a discussão
e encaminhamento das soluções de questões de segurança e saúde no trabalho analisadas na CIPA.
(205.011-0/ I2)
5.11 O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os representantes dos
empregados escolherão entre os titulares o vice-presidente. (205.012-9/ I1)

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5.12 Os membros da CIPA, eleitos e designados serão, empossados no primeiro dia útil após o término do
mandato anterior. (205.013-7/ I2)
5.13 Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e seu substituto, entre os
componentes ou não da comissão, sendo neste caso necessária a concordância do empregador. (205.014-5/
I1)

5.14 Empossados os membros da CIPA, a empresa deverá protocolizar, em até dez dias, na unidade
descentralizada do Ministério do Trabalho, cópias das atas de eleição e de posse e o calendário anual das
reuniões ordinárias. (205.015-3/ I2)
5.15 A CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como não poderá ser desativada
pelo empregador, antes do término do mandato de seus membros, ainda que haja redução do número de
empregados da empresa, exceto no caso de encerramento das atividades do estabelecimento.

DAS ATRIBUIÇÕES
5.16 A CIPA terá por atribuição:
a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior
número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver;
b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e
saúde no trabalho;
c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem
como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;
d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a identificação de
situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores;
e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir
as situações de risco que foram identificadas;
f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;
g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os
impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos
trabalhadores;
h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde
considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores;
i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados à
segurança e saúde no trabalho;
j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e
convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho;
l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise das causas das
doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados;
m) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido na segurança
e saúde dos trabalhadores;
n) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;
o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prevenção de
Acidentes do Trabalho – SIPAT;
p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS.

5.17 Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários ao desempenho de suas
atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização das tarefas constantes do plano de trabalho.
(205.017-0/ I2)

5.18 Cabe aos empregados:


a. participar da eleição de seus representantes;
b. colaborar com a gestão da CIPA;
c. indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e apresentar sugestões para melhoria das
condições de trabalho;
d. observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto à prevenção de acidentes e
doenças decorrentes do trabalho.
5.19 Cabe ao Presidente da CIPA:
a. convocar os membros para as reuniões da CIPA;
b. coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT, quando houver, as decisões
da comissão;
c. manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;
d. coordenar e supervisionar as atividades de secretaria;
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e. delegar atribuições ao Vice-Presidente;

5.20 Cabe ao Vice-Presidente:


a. executar atribuições que lhe forem delegadas;
b. substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus afastamentos temporários;
5.21 O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, terão as seguintes atribuições:
a. cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvimento de seus trabalhos;
b. coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos propostos sejam
alcançados;
c. delegar atribuições aos membros da CIPA;
d. promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver;
e. divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento;
f. encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA;
g.constituir a comissão eleitoral.
5.22 O Secretário da CIPA terá por atribuição:
a. acompanhar as reuniões da CIPA e redigir as atas apresentando-as para aprovação e assinatura dos
membros presentes;
b. preparar as correspondências; e
c. outras que lhe forem conferidas.

DO FUNCIONAMENTO
5.23 A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário preestabelecido.
5.24 As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente normal da empresa e em local
apropriado. (205.019-6/ I2)
5.25 As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com encaminhamento de cópias para todos
os membros. (205.020-0/ I1)
5.26 As atas ficarão no estabelecimento à disposição dos Agentes da Inspeção do Trabalho - AIT. (205.021-
8/ I1)
5.27 Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:
a. houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação de medidas corretivas de
emergência; (205.022-6/ I4)
b. ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal; (205.023-4/ I4)
c. houver solicitação expressa de uma das representações. (205.024-2/ I4)
5.28 As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso.
5.28.1 Não havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociação direta ou com mediação, será
instalado processo de votação, registrando-se a ocorrência na ata da reunião.
5.29 Das decisões da CIPA caberá pedido de reconsideração, mediante requerimento justificado.
5.29.1 O pedido de reconsideração será apresentado à CIPA até a próxima reunião ordinária, quando será
analisado, devendo o Presidente e o Vice-Presidente efetivar os encaminhamentos necessários.
5.30 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando faltar a mais de quatro
reuniões ordinárias sem justificativa. (205.025-0/ I2)

5.31 A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida por suplente, obedecida à
ordem de colocação decrescente registrada na ata de eleição, devendo o empregador comunicar à unidade
descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego as alterações e justificar os motivos. (205.026-9/ I2)
5.31.1 No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indicará o substituto, em dois dias
úteis, preferencialmente entre os membros da CIPA. (205.027-7/ I2)
5.31.2 No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros titulares da representação dos
empregados, escolherão o substituto, entre seus titulares, em dois dias úteis.

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DO TREINAMENTO
5.32 A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes, antes da
posse. (205.028-5/ I4)
5.32.1 O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo máximo de trinta dias,
contados a partir da data da posse. (205.029-3/ I4)
5.32.2 As empresas que não se enquadrem no Quadro I, promoverão anualmente treinamento para o
designado responsável pelo cumprimento do objetivo desta NR. (205.030-7/ I4)
5.33 O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes itens:
a. estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos originados do processo produtivo;
(205.031-5/ I2)
b. metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho;(205.032-3/I2)
c. noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos existentes na
empresa; (205.033-1/ I2)
d. noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e medidas de prevenção; (205.034-0/
I2)
e. noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à segurança e saúde no trabalho;
(205.035-8/ I2)
f. princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos; (205.036-6/ I2)
g. organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da Comissão. (205.037-
4 / I2)
5.34 O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no máximo oito horas diárias e será
realizado durante o expediente normal da empresa. (205.038-2/ I2)
5.35 O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade patronal, entidade de
trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos sobre os temas ministrados.
5.36 A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto à entidade ou profissional que
o ministrará, constando sua manifestação em ata, cabendo à empresa escolher a entidade ou profissional
que ministrará o treinamento.(205.039-0/ I2)
5.37 Quando comprovada a não observância ao disposto nos itens relacionados ao treinamento, a unidade
descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego, determinará a complementação ou a realização de
outro, que será efetuado no prazo máximo de trinta dias, contados da data de ciência da empresa sobre a
decisão.

DO PROCESSO ELEITORAL
5.38 Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos empregados na CIPA,
no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias antes do término do mandato em curso. (205.040-4/I4)
5.38.1 A empresa estabelecerá mecanismos para comunicar o início do processo eleitoral ao sindicato da
categoria profissional. (205.041-2/ I2)
5.39 O Presidente e o Vice Presidente da CIPA constituirão dentre seus membros, no prazo mínimo de 55
(cinquenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso, a Comissão Eleitoral – CE, que será a
responsável pela organização e acompanhamento do processo eleitoral.
5.39.1 Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será constituída pela empresa.
(205.042-0/ I2)
5.40 O processo eleitoral observará as seguintes condições:
a. publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização, no prazo mínimo de 55
(cinqüenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso; (205.043-9/ I3)
b. inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será de quinze dias; (205.044-
7/ I3)
c. liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento, independentemente de setores ou
locais de trabalho, com fornecimento de comprovante; (205.045-5/ I3)
d. garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição; (205.046-3/ I3)
e. realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do término do mandato da CIPA, quando
houver; (205.047-1/ I3)
f. realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de turnos e em horário que
possibilite a participação da maioria dos empregados. (205.048-0/ I3)
g. voto secreto; (205.049-8/ I3)

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h. apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento de representante do


empregador e dos empregados, em número a ser definido pela comissão eleitoral; (205.050-1/ I3)
i. faculdade de eleição por meios eletrônicos;( 205.051-0/ I3)
j. guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por um período mínimo de cinco
anos. (205.052-8/ I3)
5.41 Havendo participação inferior a cinqüenta por cento dos empregados na votação, não haverá a
apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá organizar outra votação, que ocorrerá no prazo máximo de
dez dias. (205.053-6/ I2)
5.42 As denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocolizadas na unidade descentralizada do MTE,
até trinta dias após a data da posse dos novos membros da CIPA.
5.42.1 Compete a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego, confirmadas
irregularidades no processo eleitoral, determinar a sua correção ou proceder a anulação quando for o caso.
5.42.2 Em caso de anulação a empresa convocará nova eleição no prazo de cinco dias, a contar da data de
ciência , garantidas as inscrições anteriores. (205.054-4/ I4)
5.42.3 Quando a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA, ficará assegurada a prorrogação do
mandato anterior, quando houver, até a complementação do processo eleitoral. (205.055-2/ I4)
5.43 Assumirão a condição de membros titulares e suplentes, os candidatos mais votados. (205.056-0/ I4)
5.44 Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço no estabelecimento. (205.057-
9/ I4)
5.45 Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de eleição e apuração, em ordem
decrescente de votos, possibilitando nomeação posterior, em caso de vacância de suplentes. (205.058-7/
I2)

DAS CONTRATANTES E CONTRATADAS


5.46 Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços, considera-se estabelecimento,
para fins de aplicação desta NR, o local em que seus empregados estiverem exercendo suas atividades.
5.47 Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo estabelecimento, a CIPA ou designado da
empresa contratante deverá, em conjunto com as das contratadas ou com os designados, definir
mecanismos de integração e de participação de todos os trabalhadores em relação às decisões das CIPA
existentes no estabelecimento.
5.48 A contratante e as contratadas, que atuem num mesmo estabelecimento, deverão implementar, de
forma integrada, medidas de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, decorrentes da presente NR, de
forma a garantir o mesmo nível de proteção em matéria de segurança e saúde a todos os trabalhadores do
estabelecimento.(205.059-5/ I4)
5.49 A empresa contratante adotará medidas necessárias para que as empresas contratadas, suas CIPA, os
designados e os demais trabalhadores lotados naquele estabelecimento recebam as informações sobre os
riscos presentes nos ambientes de trabalho, bem como sobre as medidas de proteção adequadas.(205.060-
9/ I4)
5.50 A empresa contratante adotará as providências necessárias para acompanhar o cumprimento pelas
empresas contratadas que atuam no seu estabelecimento, das medidas de segurança e saúde no trabalho.

DISPOSIÇÕES FINAIS

5.51 Esta norma poderá ser aprimorada mediante negociação, nos termos de portaria específica.

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