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SUMÁRIO
DA ORGANIZAÇÃO;
EXERCÍCIO DA COMISSÃO;
QUEM É O CIPEIRO?;
ATIVIDADES DO CIPEIRO;
REUNIÃO DA CIPA;
PASSOS DA REUNIÃO;
ACIDENTE DO TRABALHO;
DA CARACTERIZAÇÃO DO ACIDENTE;
AGENTES DE RISCOS;
CAMPANHAS DE SEGURANÇA;
Anexo NR 5
Rua Manuela Barbosa, 1 cobertura 2 – Méier – Rio de Janeiro - RJ.
Curso CIPA
1
CIPA CNPJ: 07.191.149/0001-44 Telefone: 3899-3797 – Telefax: 3899-0313
COPA
Medicina e Segurança no Trabalho
DA ORGANIZAÇÃO
5.6 A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com o
dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos
normativos para setores econômicos específicos. (205.004-8/ I2)
5.6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados.
5.6.2 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto,
do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados
interessados. (205.005-6/ I4)
5.6.3 O número de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a ordem decrescente de
votos recebidos, observará o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as
alterações disciplinadas em atos normativos de setores econômicos específicos. (205.006-4/ I2)
5.6.4 Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a empresa designará um
responsável pelo cumprimento dos objetivos desta NR, podendo ser adotados mecanismos de participação
dos empregados, através de negociação coletiva. (205.007-2/ I2)
5.7 O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma reeleição.
(205.008-0/ I2)
5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção de
Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua candidatura até um ano após
o final de seu mandato. (205.009-9/ I4)
5.9 Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas atividades
normais na empresa, sendo vedada a transferência para outro estabelecimento sem a sua anuência,
ressalvado o disposto nos parágrafos primeiro e segundo do artigo 469, da CLT. (205.010-2/ I4)
5.10 O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação necessária para a
discussão e encaminhamento das soluções de questões de segurança e saúde no trabalho
analisadas na CIPA. (205.011-0/ I2)
5.11 O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os representantes
dos empregados escolherão entre os titulares o vice-presidente. (205.012-9/ I1)
5.12 Os membros da CIPA, eleitos e designados serão, empossados no primeiro dia útil após o
término do mandato anterior. (205.013-7/ I2)
EXERCÍCIO DA COMISSÃO
QUEM É O CIPEIRO?
O cipeiro é um empregado eleito pelos colegas e/ou indicado pelo empregador. Sua função básica é
promover a prevenção de acidentes na empresa, propondo melhorias nas condições e relações de trabalho.
Tudo isso contribui diretamente para melhoria da qualidade de vida e produtividade.
Antigamente era tido como CHATO, aquele que estava sempre querendo ensinar o que e como fazer. Hoje a
história esta muito mudada. O cipeiro deve ser uma pessoa muito interessada no bem estar do outro e no
sucesso da empresa.
ATIVIDADES DO CIPEIRO
Conscientizar;
Assegurar;
Avaliar;
Participar;
Negociar;
Cuidar;
Investigar;
Orientar
REUNIÃO DA CIPA
A comissão interna de prevenção de acidentes – CIPA, tem assegurado uma reunião ordinária mensal,
para avaliar as atividades desenvolvidas pelo grupo que compõe a CIPA;
O calendário anual das reuniões ordinárias, constando dia, mês, hora e local de realização são
definidos na posse da CIPA;
Além desse calendário, o secretário, poderá divulgar convite aos membros e convidados, no dia
anterior a data prevista;
Para que uma reunião comece bem, a pontualidade é muito importante e deve ser levada a sério como
qualquer reunião de qualidade, produtividade ou outro assunto;
Os membros da CIPA devem prestigiar sempre a reunião estando sempre presentes, trazendo
anotadas as sugestões, problemas e soluções debatidas;
Estes assuntos devem ser exclusivamente relativos a segurança e medicina do trabalho, também
podendo ser tratadas questões de meio ambiente e poluição;
Todos têm direito de falar, argumentando com clareza no tempo previsto, e dando vez para que todos
possam participar, fazendo suas colocações e cumprindo seus deveres.
A assiduidade de todos os membros, demonstra a seriedade com que são tratados os assuntos
competentes a CIPA, demonstrando-se assim tanto para os trabalhadores como direção da empresa, que a
CIPA deve ser prestigiada e valorizada por todos.
PASSOS DA REUNIÃO
1) A reunião começa pela leitura da ata da reunião anterior;
2) O presidente comenta os assuntos resolvidos e os ainda pendentes, conforme os
contatos feitos com a direção da empresa;
3) Durante a reunião da empresa discutem-se os assuntos de rotina como uso de EPI,
mapeamento de risco, higiene, limpeza, análise de ocorrências, inspeções, plano de ação e todos que
possam contribuir para segurança dos trabalhadores;
4) Quando houver disponibilidade, aproveita-se para reciclagem do pessoal, fazendo-se
os estudos técnicos, sessões de vídeo e outros instrumentos de treinamento.
FINAL
A eficácia das reuniões vai depender do planejamento, organização e participação dos membros, trazendo
colaborações, apontando situações de risco e fazendo jus a responsabilidade delegada pelos seus colegas,
pois são os legítimos representantes da coletividade, na busca de constantes melhorias do ambiente de
trabalho.
ACIDENTE DO TRABALHO
Acidente do trabalho é uma ocorrência inesperada que interrompe ou interfere no processo normal de uma
atividade, ocasionando perda de tempo e/ou lesões nos trabalhadores e/ou danos materiais.
O acidente com dano material é o prenúncio de um acidente com vítima, no entanto, pode ser evitado
através de medidas preventivas.
ASPECTOS LEGAIS
Decreto n°611 de 21 de julho de 1992, trata do regulamento dos benefícios da Previdência Social, onde
estão definidos os conceitos legais de acidente do trabalho, doença profissional e os casos que equiparam-se
ao acidente do trabalho.
Decreto n°611 de 21/07/92 de acordo com as leis; 8213 de 24/0791; 8222 de 05/09/91; 8422 de 13/05/92
e 8444 de 20/07/92.
2° - Em caso excepcional. Constando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II
resultou de decisões especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a
Previdência Social deve considera-la acidente do trabalho.
Art. 141 – Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos deste capítulo:
I – O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido causa única, haja contribuído diretamente
para a morte do segurado, para a perda ou redução da sua capacidade para o trabalho ou produzindo lesão
que exija atenção médica para sua recuperação;
1° - Nos períodos destinados a refeição ou descanso ou por ocasião da satisfação de outras necessidades
fisiológicas, no local de trabalho ou durante este.
2° - Não é considerada agravação ou complicação de acidente de trabalho a lesão que, resultante de outra
origem, se associe ou se superponha às conseqüências do anterior.
3° - Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do início da
incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia
em que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro.
4° - Será considerado agravamento de acidente do trabalho aquele sofrido pelo acidentado quando estiver
sob a responsabilidade da reabilitação profissional.
DA CARACTERIZAÇÃO DO ACIDENTE
Art. 143 – O acidente do trabalho deverá ser caracterizado;
I – Administrativamente ao setor de benefícios do INSS, que estabelecerá nexo entre o trabalho exercido e o
acidente;
II – Tecnicamente, através de perícia médica do INSS, que estabelecerá o nexo causa e efeito entre:
a) O acidente e a lesão;
b) A doença e o trabalho;
c) A causa mortis e o acidente.
DAS PRESTAÇÕES
Art. 144 – Em caso de acidente do trabalho, o acidentado e os seus dependentes têm direito
independentemente de carência, às seguintes prestações:
I – Quanto ao segurado:
a) Auxílio doença;
b) Aposentadoria por invalidez;
c) Auxílio acidente;
II – Quanto ao dependente: Pensão por morte;
Esta aplicação possibilita cadastrar a "Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT" junto ao INSS, para
facilitar e agilizar o registro dos Acidentes de Trabalho e das Doenças Ocupacionais, pelo Empregador,
havendo ou não afastamento do trabalho por parte do acidentado.
A emissão da CAT, além de se destinar para fins de controle estatísticos e epidemiológicos junto aos órgãos
Federais, visa principalmente, a garantia de assistência acidentária ao empregado junto ao INSS ou até
mesmo de uma aposentadoria por invalidez.
Art. 169 – O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantido, pelo prazo mínimo de doze meses, a
manutenção de seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio acidentário,
independentemente da percepção do auxílio-acidente.
Art. 171 – As ações referentes às prestações por acidente do trabalho prescrevem em cinco anos,
observando o disposto no art.241, contados da data.
Art. 172 – O pagamento pela Previdência Social das prestações por acidente do trabalho não exclui a
responsabilidade civil da empresa ou outrem.
Além dos atos e condições inseguras tidos como causas primárias, há que se considerar também uma série
de outros fatores, que propiciem a ocorrência dos acidentes do trabalho.
MÉTODOS:
1) DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO
É uma representação gráfica que ajuda a identificar, explorar e mostrar as possíveis causas do acidente.
Exemplo: Perda do controle do veículo – Acidente do trabalho / trânsito.
2) 5S
É uma ferramenta de trabalho do sistema da QUALIDADE que visa superar velhos hábitos e inovar o
ambiente de trabalho.
O que significa 5S ? : É um grupo de palavras japonesas iniciadas com a letra S e que em português
significa:
SEIRI = SENSO DE UTILIZAÇÃO
SEITON = SENSO DE ORGANIZAÇÃO
SEISO = SENSO DE LIMPEZA
SEIKETSU = SENSO DE SAÚDE
SHITSUKE = SENSO DE AUTODISCIPLINA
SENSO DE ORGANIZAÇÃO (SEITON): É arrumar e determinar uma melhor disposição física dos objetos
que foram considerados necessários, possibilitando localiza-los de forma fácil e rápida.
* O que é utilizado com grande freqüência deve ficar no local de trabalho;
* O que é utilizado com média freqüência deve ficar próximo ao local de trabalho;
* O que é utilizado com baixa freqüência deve ficar num depósito próximo;
* Os documentos ou ferramentas de trabalho devem ser identificados com etiquetas, melhorando a
comunicação visual.
SENSO DE LIMPEZA (SEISO): Eliminar o lixo, sujeiras e tudo o que for necessário, mantendo o ambiente
sempre limpo.
* Limpe o local e todo o material usado por você;
* Oriente para não jogar nada no chão e não sujar. Habitue-se a fazer a coleta seletiva;
* Cuide de seus equipamentos, uniformes e material de trabalho.
SENSO DE SAÚDE (SEIKETSU):É ter a mente sadia, atenção, zelo com o corpo, local de trabalho, meio
ambiente e sua casa.
* Mantenha as condições ideais de uso dos sanitários, refeitórios, pias, bebedouros...
* Realize exames médicos periódicos
* Cuide de sua higiene corporal – Mantenha as roupas e calçados, bem cuidados, cabelos aparados, abarba
feita, unha aparada;
* Elimine fonte de perigos e riscos, zelando pela sua segurança.
INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
È a perda total da capacidade para o trabalho, por um período limitado de tempo (inferior a um ano). O
acidentado, depois de um tempo de afastamento do trabalho, retorna , fazendo normalmente as atividades
que realizava antes do acidente. Exemplo: Fratura simples de um membro.
Conceito de Risco
O ideal seria a ausência de riscos no ambiente de trabalho, porém, com o advento da tecnologia, novas
substâncias e materiais são constantemente criados, sendo necessárias máquinas mais potentes e processos
produtivos cada vez mais complexos.
O termo “Risco Ocupacional” possui várias formas de classificação e interpretação no campo da segurança
do trabalho. O que se pode concluir de imediato é que os riscos ocupacionais podem provocar efeitos
adversos à saúde e á integridade física do trabalhador.
Podemos apresentar os “Riscos Ocupacionais”, definidos da seguinte forma:
a) Riscos Ocupacionais: São condições adversas no ambiente de trabalho, apresentadas por aspectos
administrativos ou operacionais, que aumentam a probabilidade de ocorrer um acidente. Podemos citar,
como exemplo, a execução de uma tarefa com uma ferramenta ou equipamento inadequado ou defeituoso,
ausência de procedimento de permissão para trabalho perigoso ou treinamento;
b) Riscos Comportamentais : Envolvem os aspectos individuais do trabalhador, motivados por um despreparo
técnico, desequilíbrio psíquico ou de saúde. Estes aspectos são fatores limitantes para o trabalhador no
exercício de uma tarefa, independente da qualidade e da frequência do treinamento;
c) Riscos Ambientais: Estão definidos pela NR 09 (PPRA) e na NR 15 (Atividades e Operações Insalubres)
como sendo os agentes potenciadores de atividades e operações insalubres, descritos a seguir.
d) Riscos Ergonômicos: Estão definidos pela norma regulamentadora NR17
(Ergonomia) como aqueles decorrentes das condições de trabalho, envolvendo fatores biomecânicos
(postura, esforço e movimento), exigências psicofísicas do trabalho( esforço visual, atenção e raciocínio) ,
deficiência do processo (ritmo de produção, trabalho noturno ou em turno).
A Análise Preliminar de Risco – APR consiste em um estudo antecipado e detalhado de todas as fazes do
trabalho a fim de detectar os possíveis problemas que poderão acontecer durante a execução.
Depois de detectado os possíveis acidentes e problemas, devem ser adotados medidas de controle e
neutralização, essas medidas devem envolver toda equipe, criando um clima de trabalho seguro em conjunto.
A inspeção de segurança é o conjunto de ações que objetivam a detecção de riscos que possam causar
acidentes do trabalho e doenças profissionais, possibilitando assim, a determinação de medidas preventivas.
A CIPA como agente modificador do ambiente de trabalho, vai inspecionar as dependências da empresa,
visando detectar a presença de riscos potenciais, capazes de causarem acidentes.
Os fatores que poderão ser causas de acidentes, devem ser identificados através de observações e
levantamento de situações que proporcionam condições inseguras, colocando em risco a integridade física
e/ou mental do trabalhador, quase sempre presente nos ambientes de trabalho.
Normalmente apresentam-se como deficiências técnicas no projeto, na construção, nas instalações, nas
máquinas e nos processos produtivos.
2. Parcial: Quando são verificadas situações de risco em trabalhos específicos, em uma determinada
seção e em alguns tipos de maquinário ou equipamento. Como é uma inspeção dirigida, permite-se verificar
problemas com maior detalhamento. Ex: Inspeção na seção de solda, na rede elétrica, nas empilhadeiras.
3. Periódicas: É essencialmente preventiva. Há uma programação por tempo de trabalho ou por horas
de funcionamento de alguns equipamentos. Visam detectar desgastes, fadigas, super esforço e falhas
prematuras. Esta inspeção pode ser feita por ocasião das manutenções preventivas. Ex: Exame com líquido
penetrante para verificação de rachadura em eixos.
5. De rotina: É a inspeção diária realizada pelos membros da CIPA, durante a jornada de trabalho. É
rápida e da orientação quanto aos atos e condições inseguras. É muito importante que os próprios
trabalhadores façam inspeções em suas ferramentas, nas máquinas que operam e nos equipamentos que
utilizam. Ex: Alerta ao operário que não usa óculos de proteção facial, na operação de esmerilhamento.
6. Especial: Ocorre por ocasião de levantamentos realizados por especialistas usando instrumentos
como decibilímetro, luxímetro, bomba graviométrica e outros, para monitoramento de riscos. Existem
técnicas e procedimentos especiais para ambientes de trabalho e equipamentos. Ex: Medição do nível de
ruído e inspeção de vaso sob pressão.
7. Oficial: Quem realiza são os órgãos oficiais. A fiscalização faz vistorias nos locais de trabalho para
verificação do cumprimento da legislação. Ex: Um fiscal da DRT visita a empresa para levantamento das
condições de segurança.
AGENTES DE RISCOS
AGENTES FÍSICOS
Estes são representados pelas condições físicas no ambiente de trabalho, tais como vibração, radiação,
ruído, calor e frio que, de acordo com as características do posto de trabalho podem causar danos à saúde.
VIBRAÇÃO
Os problemas orgânicos motivados pela vibração, aparecem na grande maioria dos
casos após longo tempo de exposição. Nos casos de vibração de todo o corpo,
podem aparecer problemas renais e casos de fortes dores na coluna.
As vibrações localizadas nos braços e mãos, provocam deficiências circulatórias e
nas articulações.
Ex.:
Mangote vibrador de concreto;
Martelete pneumático
Compactador Pneumático
Motoserra
CALOR
Os trabalhadores expostos a trabalhos de fundição, siderurgia, indústria de
vidro, etc., são os mais propensos a problemas como, desidratação, cãibras e
em alguns casos de problemas com o cristalino como a catarata. Convém
esclarecer que os fatores comentados, geralmente aparecem devido a
exposição excessiva ao calor.
RUÍDO
Certas máquinas, equipamentos ou operações produzem um ruído agudo e constante. Estes níveis sonoros,
quando acima do limite de intensidade, conforme legislação específica e, de acordo com a duração de
exposição no ambiente de trabalho, provocam em princípio, a irritabilidade ou uma sensação de audição do
ruído mesmo estando em casa. Com o passar do tempo, o colaborador começa a falar mais alto ou
perguntar constantemente, por não ter entendido. Este é o início da surdez parcial, que com o tempo,
passará a ser total e irreversível.
FRIO
Rua Manuela Barbosa, 1 cobertura 2 – Méier – Rio de Janeiro - RJ.
Curso CIPA
11
CIPA CNPJ: 07.191.149/0001-44 Telefone: 3899-3797 – Telefax: 3899-0313
COPA
Medicina e Segurança no Trabalho
Os casos mais comuns que se destacam pela ação do frio são: dermatites, gripes, inflamações das amídalas
e da laringe, resfriados, algumas alergias, congelamento dos pés, mãos e problemas circulatórios, etc.
Geralmente essas ocorrências predominam em empresas, tais como: industrialização de pescados,
frigoríficos, indústria de alimentos congelados
RADIAÇÕES:
IONIZANTES
Causam quedas de cabelo, tumores, câncer de pele, leucemia e até a morte.
Estão presentes na radiação solar, nos procedimentos de radiologia e
gamografia, em usinas atômicas.
NÃO IONIZANTES
Causam queimaduras de pele e nos olhos, estão presentes nos processos de
soldagem, e em aparelhos de microondas, em fornos e sistema de
aquecimento. Estão geralmente relacionadas ao calor.
PRESSÕES ANORMAIS
Causam embolia, aneurisma, derrame. Está relacionada a serviços de mergulho, construção de túneis ou de
fundações submersas, de pontes, escavações de áreas de alicerces.
UMIDADE
Causam problemas na pele, fuga de calor do organismo. Pode ser proveniente de qualquer processo que
utilize água (lavagem de máquinas e ambientes, lavagem de alimentos), pintura de ambientes com
produção de vapor (estufas), ou também do próprio clima.
AGENTES QUÍMICOS
Os agentes químicos podem ser encontrados na forma gasosa, líquida, sólida e/ou pastosa. Quando
absorvidos pelo nosso organismo, produzem, na grande maioria dos casos, reações diversas, dependendo
da natureza, da quantidade e da forma da exposição à substância.
RISCOS QUÍMICOS:
POEIRAS
São partículas sólidas dispersas no ar por ação mecânica, ou seja, por ação do vento, de lixadeiras, serviços
de raspagem e abrasão, polimento, acabamento, escavação, colheita, etc.; dependendo do tamanho da
partícula, podem causar pneumoconiose(caso da sílica) ou até tumores de pulmão (caso do amianto); as
poeiras mais grossas causam alergias e irritações nas vias respiratórias.
FUMOS
São Partículas sólidas dispersas no ar, originadas da condensação de gases provenientes de alguma
queima, por exemplo, durante processos de soldagem. Também podem causar pneumoconiose (caso da
siderose, em siderúrgicas ou envenenamento por metais pesados(caso do saturnismo provocado pelo
chumbo em fundições).
NÉVOAS
São partículas líquidas dispersas no ar por ação mecânica, ou seja, por ação do vento, de jatos de esguicho,
de ”spray”, etc. Podem provocar os efeitos da umidade(ver riscos físicos), ou de outros efeitos diversos,
conforme a natureza do líquido que foi disperso, por exemplo, uma névoa de óleo de máquina pode
provocar dermatite se cair na pele da pessoa, ou pode causar problemas alérgicos e pulmonares se for
respirada.
GASES
São elementos ou substâncias que, na temperatura normal, estão no estado gasoso. Podem ser asfixiantes (
gás de cozinha, acetileno, argônio, gás carbônico) ou tóxicos (Monóxido de carbono, amônia, cloro)
VAPORES
São elementos ou substâncias que, em temperatura normal, estão no estado
líquido. Podem causar efeitos diversos, conforme sua natureza. Estão geralmente
relacionados aos efeitos da umidade(ver riscos físicos) e das neblinas.
NEBLINAS
São partículas líquidas dispersas no ar, originadas da condensação de gases provenientes de algum processo
térmico, por exemplo, cozimento de produtos alimentícios. Podem causar os efeitos da umidade (ver riscos
físicos), ou outros efeitos diversos, em razão da natureza do líquido que foi evaporado, por exemplo, uma
neblina de ácidos pode se formar dentro de um galpão galvanizado (tratamento superficial de metais)
irritando os olhos, a pele e as vias respiratórias dos colaboradores.
AGENTES BIOLÓGICOS
São microorganismos presentes no ambiente de Trabalho tais como: bactérias, fungos, vírus, bacilos,
parasitas e outros.
Esses microorganismos , na maioria, são invisíveis a olho nu. Estes agentes
biológicos são capazes de produzir doenças, deterioração de alimentos, mau
cheiro, etc. Apresentam muita facilidade de reprodução, além de contarem com
diversos processos de transmissão.
Os casos mais comuns de manifestação são:
Ferimentos e machucaduras que podem provocar infecções por tétano, hepatite,
tuberculose, micoses da pele, etc., podem ser levados por outros funcionários, para o ambiente de trabalho;
Diarréias causadas pela falta de asseio e higiene em ambientes de alimentação;
Alergias provocadas por bolor;
Pediculoses (piolhos e parasitas);
Escabiose (sarna), provocada por parasita.
AGENTES ERGONÔMICOS
Ergonomia é o conjunto de conhecimentos sobre o homem e seu trabalho. Tais conhecimentos são
fundamentais ao planejamento de tarefas, postos e ambientes de trabalho, ferramentas , máquinas e
sistema de produção a fim de que sejam utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência.
- Movimentação ininterrupta;
AGENTES DE ACIDENTES
Ordem e Limpeza
É sabido que no ambiente de trabalho muitos fatores de ordem física exercem influências de ordem
psicológica sobre as pessoas, interferindo de maneira positiva ou negativa no comportamento humano
conforme as condições em que se apresentam. Neste contexto, a ordem e a limpeza constituem um fator de
influência positiva no comportamento do trabalhador.
As pessoas que trabalham em um ambiente desorganizado sentem uma sensação de mal – estar que poderá
tornar-se uma agravante de um estado emocional já perturbado por outros problemas. Esse estado
psicológico poderá afetar o relacionamento dos colaboradores e expô-los ao risco de acidentes, além de
prejudicar a produção da empresa.
EPI e EPC
Enquanto os recursos de proteção coletiva procuram eliminar os riscos, os EPI’s só protegem o trabalhador.
ASPECTOS LEGAIS
a) EMPRESA
1. Comprar EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento;
2. Ser aprovado pelo Ministério do Trabalho e Emprego;
3. Treinar o trabalhador e conscientiza-lo de seu uso;
4. Dar condições para manutenção e higienização do equipamento;
5. Substituir o equipamento sempre que necessário;
6. Comunicar irregularidades ao Ministério do Trabalho e Emprego.
b) EMPREGADO
1. Usar o EPI, indicado a sua função;
2. Comunicar ao responsável da empresa quanto a irregularidade do produto.
A.1 – Capacete
a) Capacete de segurança para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio;
b) capacete de segurança para proteção contra choques elétricos;
c) capacete de segurança para proteção do crânio e face contra riscos
provenientes de fontes geradoras de calor nos trabalhos de combate a incêndio.
A.2 – Capuz
a) Capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica;
b) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra respingos de produtos químicos;
c) capuz de segurança para proteção do crânio em trabalhos onde haja risco de contato com partes
giratórias ou móveis de máquinas.
B.1 – Óculos
a) Óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;
b) óculos de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
c) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta;
d) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação infravermelha;
e) óculos de segurança para proteção dos olhos contra respingos de produtos químicos.
g) respirador purificador de ar motorizado para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas,
fumos e radionuclídeos.
E.1 – Vestimentas de segurança que ofereçam proteção ao tronco contra riscos de origem térmica,
mecânica, química, radioativa e meteorológica e umidade proveniente de operações com uso de água.
F.1 – Luva
a) Luva de segurança para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;
c) luva de segurança para proteção das mãos contra choques elétricos;
d) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes térmicos;
e) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes biológicos;
f) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes químicos;
g) luva de segurança para proteção das mãos contra vibrações;
h) luva de segurança para proteção das mãos contra radiações ionizantes.
F.3 – Manga
a) Manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra choques elétricos;
b) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes abrasivos e escoriantes;
c) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes cortantes e perfurantes;
d) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra umidade proveniente de operações
com uso de água;
e) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes térmicos.
F.4 – Braçadeira
a) Braçadeira de segurança para proteção do antebraço contra agentes cortantes.
F.5 – Dedeira
a) Dedeira de segurança para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes.
G.1 – Calçado
a) Calçado de segurança para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos;
b) calçado de segurança para proteção dos pés contra choques elétricos;
c) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes térmicos;
d) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes cortantes e escoriantes;
e) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações com uso
de água;
f) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra respingos de produtos químicos.
G.2 – Meia
a) Meia de segurança para proteção dos pés contra baixas temperaturas.
G.3 – Perneira
a) Perneira de segurança para proteção da perna contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes térmicos;
c) perneira de segurança para proteção da perna contra respingos de produtos químicos;
d) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes cortantes e perfurantes;
e) perneira de segurança para proteção da perna contra umidade proveniente de operações com uso de
água.
G.4 – Calça
a) Calça de segurança para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) calça de segurança para proteção das pernas contra respingos de produtos químicos;
c) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes térmicos;
d) calça de segurança para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações com uso de
água.
H.1 – Macacão
a) Macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra chamas;
b) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes
térmicos;
c) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra respingos de
produtos químicos;
d) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade
proveniente de operações com uso de água.
H.2 – Conjunto
a) Conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do tronco e
membros superiores e inferiores contra agentes térmicos;
b) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do tronco e
membros superiores e inferiores contra respingos de produtos químicos;
c) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do tronco e
membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de operações com uso de água;
d) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do tronco e
membros superiores e inferiores contra chamas.
I.2 – Cinturão
a) Cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura;
b) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda no posicionamento em trabalhos
em altura.
Nota: O presente Anexo poderá ser alterado por portaria específica a ser expedida pelo órgão nacional
competente e em matéria de segurança e saúde no trabalho, após observado o disposto no subitem 6.4.1.
CAMPANHAS DE SEGURANÇA
CAMPANHAS DE SEGURANÇA
Uma das atividades da CIPA é divulgar informações e gerar conhecimentos, o que pode ser conseguido
através das campanhas de segurança.
A busca permanente de melhorias no ambiente de trabalho é a meta dos programas de segurança e
qualidade.
OBJETIVOS
Despertar a consciência preventiva;
Criar atitudes cuidadosas na execução do trabalho;
Promover a saúde ocupacional;
Promover a qualidade de vida;
O QUE É A SIPAT ?
É a Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho, é a campanha mais divulgada, por ser exigida
por lei, muito embora nem sempre atinja os objetivos propostos. Cabe à CIPA a promoção deste evento,
que será anula e cuja data deve ser comunicada previamente a DRT.
CAMPANHAS PERÍODICAS
São programas desenvolvidos ao longo de cada ano. Os resultados são mais efetivos, pois o processo de
aprendizagem e mudança de comportamento tem que ser sistemático.
e) Reunião de segurança
f) Campanhas educativas
g) Meios promocionais e outros
A participação dos funcionários é fundamental para que, qualquer que seja a campanha, se obtenha o
sucesso esperado.
DST
São doenças sexualmente transmissíveis.
QUAIS SÃO:
Sífilis ou cranco duro;
Gonorréia ou pinga-pinga;
Cranco mole;
Codiloma ou crista de galo;
Herpes labial e Herpes genital;
Linfogranuloma inguinal;
Dovanose;
Tricomoníase genital;
Candidíase;
Escabiose ou sarna;
Hepatite B;
AIDS (HIV – virus).
ATENÇÃO!
DST e HIV podem estar em pessoas com ou sem sintomas.
IMPORTANTE! ! !
Ao identificar alguns desses sinais em seu corpo ou no parceiro (a), AMBOS devem procurar o médico.
As duas pessoas precisam ser tratadas!
NUNCA SE AUTOMEDIQUE!
AIDS/HIV
O que é AIDS? : Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.
Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas de uma ou mais doenças.
da Imunodeficiência: Incapacidade do organismo se defender contra agentes causadores de doenças.
Adquirida: Contaminação ao longo da vida.
O que é HIV?
Vírus da Imunodeficiência humana.
MEIOS DE TRANSMISSÃO
Sangue
Secreções Sexuais (esperma e secreção vaginal)
Leite materno
FORMAS DE TRANSMISSÃO
Relação Sexual (anal, vaginal, oral):
HOMEM MULHER
HOMEM HOMEM
MULHER MULHER
Transfusão de sangue não testado;
Compartilhamento de seringas;
Contatos com feridas expostas;
Gravidez, através da placenta;
Durante o parto;
Amamentação;
Manipulação de material contaminado;
MITOS E LENDAS
Onipotência;
Beleza;
Sou muito bem informado;
Proteção divina;
Redução de parceiros sexuais;
Abstinência sexual;
Conhecer o (a) parceiro (a);
Proteção do amor;
Purificação do amor;
Só transo com meu namorado (a);
Eu sou casado (a);
Fidelidade;
FORMAS DE PREVENÇÃO
Usar camisinha;
Evitar que seu filho (a) seja amamentado por terceiros. Sempre que necessário procure um banco de
leite;
Em caso de pessoas já portadoras, mesmo que a contaminação seja de ambos, fazer uso de
preservativo;
Evitar gravidez, caso seja portador do vírus.
DIREITOS TRABALHISTAS
Nenhuma empresa pode exigir o teste anti-HIV como condição de admissão do trabalhador;
Ninguém pode perder o emprego por estar com o vírus da AIDS;
Trabalhadores doentes de AIDS tem o direito a liberação do PIS e do FGTS, independente da rescisão
contratual. É só apresentar atestado médico, carteira de trabalho e RG à Caixa Econômica Federal.
O trabalhador com AIDS tem direito à auxílio doença, aposentadoria e a deixar pensão para seus
dependentes, mesmo se a doença de manifestar após a filiação;
Se nenhum destes fatores ocorrer em seu local de trabalho, une-se aos colegas e assegurem seus
direitos;
DIREITOS À SAÚDE
A Constituição Federal garante o atendimento de saúde gratuito a todo cidadão.
O exame anti-HIV pode ser feito pelo serviço de saúde. O resultado deste teste é confidencial.
Se o serviços de saúde se recusar a atende-lo, por você ser soro positivo, registre em boletim de
ocorrência na delegacia policial.
ANEXO
PORTARIA 3214 DE 08/06/1978 (52ª EDIÇÃO/2003 – EDITORA ATLAS S.A)
NR.05 – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES (205.000-5)
DO OBJETIVO
5.1 A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA - tem como objetivo a prevenção de acidentes e
doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a
preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
DA CONSTITUIÇÃO
5.2 Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento as empresas
privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta, instituições
beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que admitam
trabalhadores como empregados. (205.001-3/ I4)
5.3 As disposições contidas nesta NR aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores avulsos e às entidades
que lhes tomem serviços, observadas as disposições estabelecidas em Normas Regulamentadoras de setores
econômicos específicos. (205.002-1/ I4)
5.4 A empresa que possuir em um mesmo município dois ou mais estabelecimentos, deverá garantir a
integração das CIPA e dos designados, conforme o caso, com o objetivo de harmonizar as políticas de
segurança e saúde no trabalho.
5.5 As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecerão, através de membros de CIPA
ou designados, mecanismos de integração com objetivo de promover o desenvolvimento de ações de
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do ambiente e instalações de uso coletivo, podendo contar
com a participação da administração do mesmo.
DA ORGANIZAÇÃO
5.6 A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com o
dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos
normativos para setores econômicos específicos. (205.004-8/ I2)
5.6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados.
5.6.2 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do qual
participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados. (205.005-
6/ I4)
5.6.3 O número de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a ordem decrescente de votos
recebidos, observará o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações
disciplinadas em atos normativos de setores econômicos específicos. (205.006-4/ I2)
5.6.4 Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a empresa designará um responsável pelo
cumprimento dos objetivos desta NR, podendo ser adotados mecanismos de participação dos empregados,
através de negociação coletiva. (205.007-2/ I2)
5.7 O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma reeleição. (205.008-
0/ I2)
5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção de
Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua candidatura até um ano após o final
de seu mandato. (205.009-9/ I4)
5.9 Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas atividades normais na
empresa, sendo vedada a transferência para outro estabelecimento sem a sua anuência, ressalvado o
disposto nos parágrafos primeiro e segundo do artigo 469, da CLT. (205.010-2/ I4)
5.10 O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação necessária para a discussão
e encaminhamento das soluções de questões de segurança e saúde no trabalho analisadas na CIPA.
(205.011-0/ I2)
5.11 O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os representantes dos
empregados escolherão entre os titulares o vice-presidente. (205.012-9/ I1)
5.12 Os membros da CIPA, eleitos e designados serão, empossados no primeiro dia útil após o término do
mandato anterior. (205.013-7/ I2)
5.13 Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e seu substituto, entre os
componentes ou não da comissão, sendo neste caso necessária a concordância do empregador. (205.014-5/
I1)
5.14 Empossados os membros da CIPA, a empresa deverá protocolizar, em até dez dias, na unidade
descentralizada do Ministério do Trabalho, cópias das atas de eleição e de posse e o calendário anual das
reuniões ordinárias. (205.015-3/ I2)
5.15 A CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como não poderá ser desativada
pelo empregador, antes do término do mandato de seus membros, ainda que haja redução do número de
empregados da empresa, exceto no caso de encerramento das atividades do estabelecimento.
DAS ATRIBUIÇÕES
5.16 A CIPA terá por atribuição:
a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior
número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver;
b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e
saúde no trabalho;
c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem
como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;
d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a identificação de
situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores;
e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir
as situações de risco que foram identificadas;
f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;
g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os
impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos
trabalhadores;
h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde
considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores;
i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados à
segurança e saúde no trabalho;
j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e
convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho;
l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise das causas das
doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados;
m) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido na segurança
e saúde dos trabalhadores;
n) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;
o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prevenção de
Acidentes do Trabalho – SIPAT;
p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS.
5.17 Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários ao desempenho de suas
atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização das tarefas constantes do plano de trabalho.
(205.017-0/ I2)
DO FUNCIONAMENTO
5.23 A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário preestabelecido.
5.24 As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente normal da empresa e em local
apropriado. (205.019-6/ I2)
5.25 As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com encaminhamento de cópias para todos
os membros. (205.020-0/ I1)
5.26 As atas ficarão no estabelecimento à disposição dos Agentes da Inspeção do Trabalho - AIT. (205.021-
8/ I1)
5.27 Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:
a. houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação de medidas corretivas de
emergência; (205.022-6/ I4)
b. ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal; (205.023-4/ I4)
c. houver solicitação expressa de uma das representações. (205.024-2/ I4)
5.28 As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso.
5.28.1 Não havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociação direta ou com mediação, será
instalado processo de votação, registrando-se a ocorrência na ata da reunião.
5.29 Das decisões da CIPA caberá pedido de reconsideração, mediante requerimento justificado.
5.29.1 O pedido de reconsideração será apresentado à CIPA até a próxima reunião ordinária, quando será
analisado, devendo o Presidente e o Vice-Presidente efetivar os encaminhamentos necessários.
5.30 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando faltar a mais de quatro
reuniões ordinárias sem justificativa. (205.025-0/ I2)
5.31 A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida por suplente, obedecida à
ordem de colocação decrescente registrada na ata de eleição, devendo o empregador comunicar à unidade
descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego as alterações e justificar os motivos. (205.026-9/ I2)
5.31.1 No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indicará o substituto, em dois dias
úteis, preferencialmente entre os membros da CIPA. (205.027-7/ I2)
5.31.2 No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros titulares da representação dos
empregados, escolherão o substituto, entre seus titulares, em dois dias úteis.
DO TREINAMENTO
5.32 A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes, antes da
posse. (205.028-5/ I4)
5.32.1 O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo máximo de trinta dias,
contados a partir da data da posse. (205.029-3/ I4)
5.32.2 As empresas que não se enquadrem no Quadro I, promoverão anualmente treinamento para o
designado responsável pelo cumprimento do objetivo desta NR. (205.030-7/ I4)
5.33 O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes itens:
a. estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos originados do processo produtivo;
(205.031-5/ I2)
b. metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho;(205.032-3/I2)
c. noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos existentes na
empresa; (205.033-1/ I2)
d. noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e medidas de prevenção; (205.034-0/
I2)
e. noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à segurança e saúde no trabalho;
(205.035-8/ I2)
f. princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos; (205.036-6/ I2)
g. organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da Comissão. (205.037-
4 / I2)
5.34 O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no máximo oito horas diárias e será
realizado durante o expediente normal da empresa. (205.038-2/ I2)
5.35 O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade patronal, entidade de
trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos sobre os temas ministrados.
5.36 A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto à entidade ou profissional que
o ministrará, constando sua manifestação em ata, cabendo à empresa escolher a entidade ou profissional
que ministrará o treinamento.(205.039-0/ I2)
5.37 Quando comprovada a não observância ao disposto nos itens relacionados ao treinamento, a unidade
descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego, determinará a complementação ou a realização de
outro, que será efetuado no prazo máximo de trinta dias, contados da data de ciência da empresa sobre a
decisão.
DO PROCESSO ELEITORAL
5.38 Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos empregados na CIPA,
no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias antes do término do mandato em curso. (205.040-4/I4)
5.38.1 A empresa estabelecerá mecanismos para comunicar o início do processo eleitoral ao sindicato da
categoria profissional. (205.041-2/ I2)
5.39 O Presidente e o Vice Presidente da CIPA constituirão dentre seus membros, no prazo mínimo de 55
(cinquenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso, a Comissão Eleitoral – CE, que será a
responsável pela organização e acompanhamento do processo eleitoral.
5.39.1 Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será constituída pela empresa.
(205.042-0/ I2)
5.40 O processo eleitoral observará as seguintes condições:
a. publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização, no prazo mínimo de 55
(cinqüenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso; (205.043-9/ I3)
b. inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será de quinze dias; (205.044-
7/ I3)
c. liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento, independentemente de setores ou
locais de trabalho, com fornecimento de comprovante; (205.045-5/ I3)
d. garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição; (205.046-3/ I3)
e. realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do término do mandato da CIPA, quando
houver; (205.047-1/ I3)
f. realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de turnos e em horário que
possibilite a participação da maioria dos empregados. (205.048-0/ I3)
g. voto secreto; (205.049-8/ I3)
DISPOSIÇÕES FINAIS
5.51 Esta norma poderá ser aprimorada mediante negociação, nos termos de portaria específica.