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Introdução Cipa
Ao longo da história, é possível notar que os países mais
desenvolvidos e com melhor qualidade de vida são aqueles que
apostaram na força de trabalho, e os que mais contribuem para isso
são os trabalhadores. No entanto, sem leis que promovessem a
prevenção e fiscalização, os números de acidentes, doenças e mortes
causadas em ambiente de trabalho eram muito elevados. Dessa
forma, houve a necessidade de assegurar normas de proteção para
os trabalhadores.
No século XVIII, na Inglaterra, surge a Revolução Industrial, um
movimento que iria mudar toda a concepção em relação aos trabalhos
realizados, e aos acidentes e doenças profissionais que deles
provinham. Como a produção estava em primeiro lugar, não havia
limites de horas de trabalho ou critério para o recrutamento de mão-
de-obra. Homens, mulheres e até mesmo crianças eram selecionadas
sem qualquer exame inicial quanto à saúde e ao desenvolvimento
físico ou qualquer outro fator humano.
As máquinas eram projetadas inadequadamente, não oferecendo
qualquer segurança ao usuário. Dessa forma, o número de acidentes
de trabalho crescia assustadoramente e a morte de crianças era
frequente.
Com isso, foram surgindo os primeiros movimentos operários contra
as péssimas condições de trabalho e ambientes insalubres. Após
muitas revoltas, começaram então a surgir as primeiras leis de
proteção ao trabalho, que inicialmente se voltavam apenas para
crianças e mulheres. É possível perceber, com isso, que a motivação
para todas as leis foram os trabalhadores que através da não
aceitação do que era imposto, lutaram para conseguir melhorias e
qualidade de vida.
O Brasil há muito tempo tem se destacado no cenário mundial por
apresentar elevados índices de acidentes do trabalho, tendo até
mesmo o título de campeão de acidentes do trabalho na década de
1970. Desde então, várias mudanças ocorreram e ainda vêm
ocorrendo na legislação, sendo aplicadas punições mais severas,
além do aumento dos esforços para melhorar a segurança e a
qualidade de vida nos locais de trabalho.
Em decorrência da contínua evolução tecnológica e mudanças nas
relações trabalhistas, surge no Brasil a Legislação de Segurança do
Trabalho que compõe-se de Normas Regulamentadoras, outras leis
complementares, como portarias e decretos e também as convenções
Internacionais da Organização Internacional do Trabalho (OIT),
aprovadas pelo Brasil. Essas normas regulamentadoras e outras leis
complementares surgem para melhorar a segurança, integridade
física e qualidade de vida dos trabalhadores.
As regulamentações de proteção ao trabalhador têm sua origem na
Constituição Federal que, ao relacionar os direitos dos trabalhadores,
incluiu entre eles o cuidado e preservação da sua saúde e segurança
por meio de normas específicas.
As Normas Regulamentadoras, também chamadas de NR, são
disposições complementares ao capítulo V da Consolidação das Leis
do Trabalho - CLT, consistindo em obrigações, direitos e deveres a
serem cumpridos por empregadores e trabalhadores com o objetivo
de garantir um ambiente de trabalho seguro e salubre, prevenindo a
ocorrência de doenças e acidentes de trabalho.
A elaboração e revisão das normas é realizada pela Comissão
Tripartite que é composta por representantes do governo, de
empregadores e de empregados, tendo como base a CLT. As
empresas privadas, públicas, órgãos públicos da administração direta
e indireta, bem como os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário
que possuam empregados conduzidos pela Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT são obrigados a verificar e aplicar as NRs de forma
eficaz.
Desta forma, todos os trabalhadores têm direito a um trabalho seguro
e saudável sendo necessário estar sempre atento aos itens
fundamentais dispostos em cada norma para compreender a
importância de sua aplicabilidade no ambiente de trabalho.
NR 5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE
ACIDENTES: Estabelece os parâmetros e os requisitos da
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, tendo por
objetivo a prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao
trabalho, de modo a tornar compatível, permanentemente, o
trabalho com a preservação da vida e promoção da saúde do
trabalhador.
NR 6 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI:
Esta norma estabelece os requisitos para aprovação,
comercialização, fornecimento e utilização de Equipamentos de
Proteção Individual - EPI.
NR 7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE
OCUPACIONAL - PCMSO: Esta NR estabelece diretrizes e
requisitos para o desenvolvimento do Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO nas organizações, com
o objetivo de proteger e preservar a saúde de seus empregados
em relação aos riscos ocupacionais, conforme avaliação de
riscos do Programa de Gerenciamento de Risco - PGR da
organização.
NR 8 – EDIFICAÇÕES: Esta NR estabelece requisitos que
devem ser atendidos nas edificações para garantir segurança e
conforto aos trabalhadores.
NR 9 - AVALIAÇÃO E CONTROLE DAS EXPOSIÇÕES
OCUPACIONAIS A AGENTES FÍSICOS, QUÍMICOS E
BIOLÓGICOS: Esta NR estabelece os requisitos para a
avaliação das exposições ocupacionais a agentes físicos,
químicos e biológicos quando identificados no Programa de
Gerenciamento de Riscos - PGR, previsto na NR-1, e subsidiá-
lo quanto às medidas de prevenção para os riscos
ocupacionais.
NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM
ELETRICIDADE: Esta Norma Regulamentadora estabelece os
requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de
medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir
a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou
indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços
com eletricidade.
NR 11 - TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E
MANUSEIO DE MATERIAIS: Essa é uma norma que trata
da segurança para operação de elevadores, guindastes,
transportadores industriais e máquinas transportadoras.
NR-12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS: Esta NR e seus anexos definem referências
técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para
resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores e
estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e
doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de
máquinas e equipamentos, e ainda à sua fabricação,
importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer
título, em todas as atividades econômicas.
NR-13 CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, TUBULAÇÕES E
TANQUES METÁLICOS: Esta NR fornece os requisitos
relativos à instalação, operação e manutenção de caldeiras e
vasos de pressão, com a finalidade de prevenir a ocorrência de
acidentes do trabalho.
NR-14 FORNOS: estabelece requisitos para a operação de
fornos com segurança.
NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES: Esta NR
define as atividades, operações e agentes insalubres e
estabelece os limites de tolerância dessas atividades e prevê
medidas preventivas com a finalidade de proteger a saúde dos
trabalhadores.
NR 16 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS: Esta NR
estabelece os procedimentos nas atividades exercidas pelos
trabalhadores que manuseiam e/ou transportam explosivos ou
produtos químicos, classificados como inflamáveis, substâncias
radioativas e serviços de operação e manutenção.
NR 17 – ERGONOMIA: Esta Norma Regulamentadora visa
estabelecer as diretrizes e os requisitos que permitam a
adaptação das condições de trabalho às características
psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar
conforto, segurança, saúde e desempenho eficiente no trabalho.
NR 18 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO: Esta NR tem o objetivo de
estabelecer diretrizes de ordem administrativa, de planejamento
e de organização, que visam à implementação de medidas de
controle e sistemas preventivos de segurança nos processos,
nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da
construção.
NR 19 – EXPLOSIVOS: Esta NR tem o objetivo de estabelecer
os requisitos e as medidas de prevenção para garantir as
condições de segurança e saúde dos trabalhadores em todas as
etapas da fabricação, manuseio, armazenamento e transporte
de explosivos.
NR 20 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM
INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS: Esta NR estabelece
requisitos mínimos para a gestão da segurança e saúde no
trabalho contra os fatores de risco de acidentes provenientes
das atividades de extração, produção, armazenamento,
transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e
líquidos combustíveis.
NR 21 – TRABALHOS A CÉU ABERTO: Esta NR estabelece
requisitos mínimos para os trabalhos realizados a céu aberto,
sendo obrigatória a existência de abrigos, ainda que rústicos,
capazes de proteger os trabalhadores contra intempéries.
NR 22 - SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA
MINERAÇÃO: Esta NR tem por objetivo disciplinar os preceitos
a serem observados na organização e no ambiente de trabalho,
de forma a tornar compatível o planejamento e o
desenvolvimento da atividade mineira com a busca permanente
da segurança e saúde dos trabalhadores.
NR 23 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS: Esta NR dispõe que
todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de
incêndios, em conformidade com a legislação estadual e as
normas técnicas aplicáveis.
NR 24 - CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS
LOCAIS DE TRABALHO: Esta NR estabelece as condições
mínimas de higiene e de conforto a serem observadas pelas
organizações, devendo o dimensionamento de todas as
instalações regulamentadas por esta NR ter como base o
número de trabalhadores usuários do turno com maior
contingente.
NR 25 - RESÍDUOS INDUSTRIAIS: Esta NR estabelece os
critérios para eliminação de resíduos industriais dos locais de
trabalho, através de métodos, equipamentos ou medidas
adequadas, de forma a evitar riscos à saúde e à segurança do
trabalhador.
NR 26 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA: Esta NR estabelece
que devem ser adotadas cores para segurança em
estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e
advertir acerca dos riscos existentes.
NR 27 - REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE
SEGURANÇA DO TRABALHO: ANULADA.
NR 28 - FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES: Esta NR estabelece
os procedimentos a serem adotados pela fiscalização
trabalhista de segurança e medicina do trabalho tanto no que
diz respeito à concessão de prazos às empresas para a
correção das irregularidades técnicas, como também no que
têm relação às multas por infração às normas regulamentadoras
de segurança e medicina do trabalho
NR 29 - NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA E
SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO: Esta norma tem por
objetivo estabelecer as medidas de prevenção em Segurança e
Saúde no trabalho portuário e as diretrizes para a
implementação do gerenciamento dos riscos ocupacionais nos
ambientes de trabalho alcançados por esta NR.
NR 30 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO AQUAVIÁRIO:
Esta norma regulamentadora e seu anexo estabelecem
requisitos para a proteção e o resguardo da segurança e da
saúde no trabalho aquaviário, disciplinando medidas a serem
observadas nas organizações e nos ambientes de trabalho para
a prevenção de possíveis lesões ou agravos à saúde.
NR 31 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA
AGRICULTURA, PECUÁRIA SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO
FLORESTAL E AQUICULTURA: Esta NR tem por objetivo
estabelecer os preceitos a serem observados na organização e
no ambiente de trabalho rural, de forma a tornar compatível o
planejamento e o desenvolvimento das atividades do setor com
a prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho
rural.
NR 32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS
DE SAÚDE: Esta NR tem por finalidade estabelecer as
diretrizes básicas para a implementação de medidas de
proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços
de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de
promoção e assistência à saúde em geral.
NR-33 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM ESPAÇOS
CONFINADOS: Esta Norma tem como objetivo estabelecer os
requisitos para a caracterização dos espaços confinados, os
critérios para o gerenciamento de riscos ocupacionais em
espaços confinados e as medidas de prevenção, de forma a
garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que
interagem direta ou indiretamente com estes espaços
NR 34 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO, REPARAÇÃO E DESMONTE
NAVAL: Esta NR estabelece os requisitos mínimos e as
medidas de proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente
de trabalho nas atividades da indústria de construção,
reparação e desmonte naval.
NR-35 TRABALHO EM ALTURA: Esta Norma fornece os
requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho
em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a
execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta
atividade.
NR-36 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM
EMPRESAS DE ABATE E PROCESSAMENTO DE CARNES E
DERIVADOS: O objetivo desta Norma é estabelecer os
requisitos mínimos para a avaliação, controle e monitoramento
dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria
de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao
consumo humano, de forma a garantir permanentemente a
segurança, a saúde e a qualidade de vida no trabalho, sem
prejuízo da observância do disposto nas demais Normas
Regulamentadoras.
NR-37 - SEGURANÇA E SAÚDE EM PLATAFORMAS DE
PETRÓLEO: Esta norma estabelece os requisitos de segurança,
saúde e condições de vivência no trabalho a bordo de
plataformas de petróleo em operação na costa brasileira.
Desta forma, podemos compreender que as normas se estabelecem
com diferentes objetivos e campos de aplicação, sempre com o intuito
de garantir a segurança dos trabalhadores durante suas atividades.
CIPA Grau de Risco III
Apresentação da Norma Regulamentadora Nº5
SUMÁRIO
5.1 Objetivo
5.2 Campo de aplicação
5.3 Atribuições
5.4 Constituição e estruturação
5.5 Processo eleitoral
5.6 Funcionamento
5.7 Treinamento
5.8 CIPA das organizações contratadas para prestação de serviços
5.9 Disposições finais Anexo I - CIPA da Indústria da Construção
5.1 Objetivo
5.1.1 Esta norma regulamentadora - NR estabelece os parâmetros e os
requisitos da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA tendo
por objetivo a prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho,
de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a
preservação da vida e promoção da saúde do trabalhador.
5.2 Campo de aplicação
5.2.1 As organizações e os órgãos públicos da administração direta e
indireta, bem como os órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário e
Ministério Público, que possuam empregados regidos pela Consolidação
das Leis do Trabalho - CLT, devem constituir e manter CIPA. 5.2.2 Nos
termos previstos em lei, aplica-se o disposto nesta NR a outras relações
jurídicas de trabalho.
5.3 Atribuições
5.3.1 A CIPA tem por atribuição:
a) acompanhar o processo de identificação de perigos e avaliação de
riscos bem como a adoção de medidas de prevenção implementadas pela
organização;
b) registrar a percepção dos riscos dos trabalhadores, em conformidade
com o subitem 1.5.3.3 da NR-01, por meio do mapa de risco ou outra
técnica ou ferramenta apropriada à sua escolha, sem ordem de preferência,
com assessoria do Serviço Especializado em Segurança e em Medicina do
Trabalho - SESMT, onde houver;
c) verificar os ambientes e as condições de trabalho visando identificar
situações que possam trazer riscos para a segurança e saúde dos
trabalhadores;
d) elaborar e acompanhar plano de trabalho que possibilite a ação
preventiva em segurança e saúde no trabalho;
e) participar no desenvolvimento e implementação de programas
relacionados à segurança e saúde no trabalho;
f) acompanhar a análise dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho,
nos termos da NR-1 e propor, quando for o caso, medidas para a solução
dos problemas identificados;
5.4.3 Os representantes da organização na CIPA, titulares e suplentes,
serão por ela designados.
5.4.4 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão
eleitos em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de
filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados.
5.4.5 A organização designará dentre seus representantes o Presidente da
CIPA, e os representantes eleitos dos empregados escolherão dentre os
titulares o vice-presidente. 5.4.6 O mandato dos membros eleitos da CIPA
terá a duração de um ano, permitida uma reeleição.
5.4.7 Os membros da CIPA, eleitos e designados serão empossados no
primeiro dia útil após o término do mandato anterior.
5.4.8 A organização deve fornecer cópias das atas de eleição e posse aos
membros titulares e suplentes da CIPA.
5.4.9 Quando solicitada, a organização encaminhará a documentação
referente ao processo eleitoral da CIPA, podendo ser em meio eletrônico,
ao sindicato dos trabalhadores da categoria preponderante, no prazo de
até 10 (dez) dias.
5.4.10 A CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem
como não poderá ser desativada pela organização, antes do término do
mandato de seus membros, ainda que haja redução do número de
empregados, exceto no caso de encerramento das atividades do
estabelecimento.
5.4.11 É vedada à organização, em relação ao integrante eleito da CIPA:
a) a alteração de suas atividades normais na organização que prejudique o
exercício de suas atribuições; e
b) a transferência para outro estabelecimento, sem a sua anuência,
ressalvado o disposto nos parágrafos primeiro e segundo do art. 469 da
CLT.
5.4.12 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado
eleito para cargo de direção da CIPA desde o registro de sua candidatura
até um ano após o final de seu mandato.
5.4.12.1 O término do contrato de trabalho por prazo determinado não
caracteriza dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito
para cargo de direção da CIPA.
5.4.13 Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I e não for
atendido por SESMT, nos termos da Norma Regulamentadora n° 4 (NR-04),
a organização nomeará um representante da organização dentre seus
empregados para auxiliar na execução das ações de prevenção em
segurança e saúde no trabalho, podendo ser adotados mecanismos de
participação dos empregados, por meio de negociação coletiva.
5.4.13.1 No caso de atendimento pelo SESMT, este deverá desempenhar
as atribuições da CIPA.
5.4.13.2 O microempreendedor individual - MEI está dispensado de nomear
o representante da NR-05. 5.4.14 A nomeação de empregado como
representante da NR-05 e sua forma de atuação devem ser formalizadas
anualmente pela organização. 5.4.15 A nomeação de empregado como
representante da NR-05 não impede o seu ingresso na CIPA, quando da
sua constituição, seja como representante do empregador ou como dos
empregados.
5.5 Processo eleitoral
5.5.1 Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos
representantes dos empregados na CIPA, no prazo mínimo de 60
(sessenta) dias antes do término do mandato em curso.
5.5.1.1 A organização deve comunicar, com antecedência, podendo ser por
meio eletrônico, com confirmação de entrega, o início do processo eleitoral
ao sindicato da categoria preponderante.
5.5.2 O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA constituirão dentre seus
membros a comissão eleitoral, que será a responsável pela organização e
acompanhamento do processo eleitoral.
5.5.2.1 Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a comissão eleitoral
será constituída pela organização.
5.5.3 O processo eleitoral deve observar as seguintes condições:
a) publicação e divulgação de edital de convocação da eleição e abertura
de prazos para inscrição de candidatos, em locais de fácil acesso e
visualização, podendo ser em meio físico ou eletrônico;
b) inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para
inscrição será de 15 (quinze) dias corridos;
c) liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento,
independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de
comprovante em meio físico ou eletrônico;
d) garantia de emprego até a eleição para todos os empregados inscritos;
e) publicação e divulgação da relação dos empregados inscritos, em locais
de fácil acesso e visualização, podendo ser em meio físico ou eletrônico;
f) realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do
término do mandato da CIPA, quando houver;
g) realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários
de turnos e em horário que possibilite a participação da maioria dos
empregados do estabelecimento;
h) voto secreto;
i) apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com
acompanhamento de representante da organização e dos empregados, em
número a ser definido pela comissão eleitoral, facultado o
acompanhamento dos candidatos; e
j) organização da eleição por meio de processo que garanta tanto a
segurança do sistema como a confidencialidade e a precisão do registro
dos votos.
5.5.4 Havendo participação inferior a cinquenta por cento dos empregados
na votação, não haverá a apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá
prorrogar o período de votação para o dia subsequente, computando-se os
votos já registrados no dia anterior, a qual será considerada válida com a
participação de, no mínimo, um terço dos empregados.
5.5.4.1 Constatada a participação inferior a um terço dos empregados no
segundo dia de votação, não haverá a apuração dos votos e a comissão
eleitoral deverá prorrogar o período de votação para o dia subsequente,
computando-se os votos já registrados nos dias anteriores, a qual será
considerada válida com a participação de qualquer número de
empregados.
5.5.4.2 A prorrogação referida nos subitens 5.5.4 e 5.5.4.1 deve ser
comunicada ao sindicato da categoria profissional preponderante.
5.5.5 As denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocolizadas
na unidade descentralizada de inspeção do trabalho, até 30 (trinta) dias
após a data da divulgação do resultado da eleição da CIPA.
5.5.5.1 Compete à autoridade máxima regional em matéria de inspeção do
trabalho, confirmadas irregularidades no processo eleitoral, determinar a
sua correção ou proceder a anulação quando for o caso.
5.5.5.2 Em caso de anulação somente da votação, a organização
convocará nova votação no prazo de 10 (dez) dias, a contar da data de
ciência, garantidas as inscrições anteriores.
5.5.5.3 Nos demais casos, a decisão da autoridade máxima regional em
matéria de inspeção do trabalho determinará os atos atingidos, as
providências, e os prazos a serem adotados, atendidos os prazos previstos
nesta NR.
5.5.5.4 Quando a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA,
ficará assegurada a prorrogação do mandato anterior, quando houver, até a
complementação do processo eleitoral.
5.5.6 Assumirão a condição de membros titulares e suplentes os
candidatos mais votados.
5.5.7 Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de
serviço no estabelecimento.
5.5.8 Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de
eleição e apuração, em ordem decrescente de votos, possibilitando
nomeação posterior, em caso de vacância de suplentes.
5.6 Funcionamento
5.6.1 A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário
preestabelecido.
5.6.1.1 A critério da CIPA, nas Microempresas - ME e Empresas de
Pequeno Porte - EPP, graus de risco 1 e 2, as reuniões poderão ser
bimestrais.
5.6.2 As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas na organização,
preferencialmente de forma presencial, podendo a participação ocorrer de
forma remota.
5.6.2.1 A data e horário das reuniões serão acordadas entre os seus
membros observando os turnos e as jornadas de trabalho.
5.6.3 As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes.
5.6.3.1 As atas das reuniões devem ser disponibilizadas a todos os
integrantes da CIPA, podendo ser por meio eletrônico.
5.6.3.2 As deliberações e encaminhamentos das reuniões da CIPA devem
ser disponibilizadas a todos os empregados em quadro de aviso ou por
meio eletrônico.
5.6.4 As reuniões extraordinárias devem ser realizadas quando:
a) ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal; ou b) houver solicitação de
uma das representações.
5.6.5 Para cada reunião ordinária ou extraordinária, os membros da CIPA
designarão o secretário responsável por redigir a ata.
5.6.6 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente,
quando faltar a mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa.
5.6.7 A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será
suprida por suplente, obedecida a ordem de colocação decrescente que
consta na ata de eleição, devendo os motivos ser registrados em ata de
reunião.
5.6.7.1 Caso não existam mais suplentes, durante os primeiros 6 (seis)
meses do mandato, a organização deve realizar eleição extraordinária para
suprir a vacância, que somente será considerada válida com a participação
de, no mínimo, um terço dos trabalhadores.
5.6.7.1.1 Os prazos da eleição extraordinária serão reduzidos à metade
dos prazos previstos no processo eleitoral desta NR.
5.6.7.1.2 As demais exigências estabelecidas para o processo eleitoral
devem ser atendidas.
5.6.7.2 No caso de afastamento definitivo do presidente, a organização
indicará o substituto, em dois dias úteis, preferencialmente entre os
membros da CIPA.
5.6.7.3 No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros
titulares da representação dos empregados, escolherão o substituto, entre
seus titulares, em dois dias úteis.
5.6.7.4 O mandato do membro eleito em processo eleitoral extraordinário
deve ser compatibilizado com o mandato dos demais membros da
Comissão.
5.6.7.5 O treinamento de membro eleito em processo extraordinário deve
ser realizado no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados a partir da data
da posse.
5.6.8 As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso.
5.6.8.1 Não havendo consenso, a CIPA deve regular o procedimento de
votação e o pedido de reconsideração da decisão.
5.7 Treinamento
5.7.1 A organização deve promover treinamento para o representante
nomeado da NR-5 e para os membros da CIPA, titulares e suplentes, antes
da posse.
5.7.1.1 O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no
prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados a partir da data da posse.
5.7.2 O treinamento deve contemplar, no mínimo, os seguintes itens:
a) estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos
originados do processo produtivo;
b) noções sobre acidentes e doenças relacionadas ao trabalho decorrentes
das condições de trabalho e da exposição aos riscos existentes no
estabelecimento e suas medidas de prevenção;
c) metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças
relacionadas ao trabalho;
d) princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de prevenção dos
riscos;
e) noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à
segurança e saúde no trabalho;
f) noções sobre a inclusão de pessoas com deficiência e reabilitados nos
processos de trabalho; e
g) organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das
atribuições da Comissão.
5.7.3 O treinamento realizado há menos de 2 (dois) anos contados da
conclusão do curso pode ser aproveitado na mesma organização,
observado o estabelecido na NR-1.
5.7.4 O treinamento deve ter carga horária mínima de:
a) 8 (oito) horas para estabelecimentos de grau de risco 1;
b) 12 (doze) horas para estabelecimentos de grau de risco 2;
c) 16 (dezesseis) horas para estabelecimentos de grau de risco 3; e
d) 20 (vinte) horas para estabelecimentos de grau de risco
4. 5.7.4.1 A carga horária do treinamento deve ser distribuída em no
máximo 8 (oito) horas diárias.
5.7.4.2 Para a modalidade presencial deve ser observada a seguinte carga
horária mínima do treinamento:
a) 4 (quatro) horas para estabelecimentos de grau de risco 2; e
b) 8 (oito) horas para estabelecimentos de grau de risco 3 e 4. 5.7.4.3 A
carga horária do treinamento dos estabelecimentos de grau de risco 1 e do
representante nomeado da NR-05 podem ser realizadas integralmente na
modalidade de ensino à distância ou semipresencial, nos termos da NR-
01.
5.7.4.4 O treinamento realizado integralmente na modalidade de ensino à
distância deve contemplar os riscos específicos do estabelecimento nos
termos do subitem 5.7.2. 5.7.4.5 O integrante do SESMT fica dispensado
do treinamento da CIPA.
5.8 CIPA das organizações contratadas para prestação de serviços
5.8.1 A organização de prestação de serviços deve constituir CIPA
centralizada quando o número total de seus empregados na Unidade da
Federação se enquadrar no Quadro I desta NR.
5.8.1.1 Quando a organização contratada para prestação de serviços a
terceiros exercer suas atividades em estabelecimento de contratante
enquadrado em grau de riscos 3 ou 4 e o número total de seus empregados
no estabelecimento da contratante se enquadrar no Quadro I desta NR,
deve constituir CIPA própria neste estabelecimento, considerando o grau
de risco da contratante.
5.8.1.1.1 A organização contratada está dispensada da constituição da
CIPA própria no caso de prestação de serviços a terceiros com até 180
(centro e oitenta) dias de duração.
5.8.1.2 O número total de empregados da organização contratada para
prestação de serviços, para efeito de dimensionamento da CIPA
centralizada, deve desconsiderar os empregados alcançados por CIPA
própria.
5.8.2 A organização contratada para prestação de serviços, quando
desobrigada de constituir CIPA própria, deve nomear um representante da
NR-5 para cumprir os objetivos desta NR se possuir 5 (cinco) ou mais
empregados no estabelecimento da contratante. 5.8.2.1 A nomeação de
representante da NR-05 em estabelecimento onde há empregado membro
de CIPA centralizada é dispensada.
5.8.2.2 O estabelecido no subitem 5.8.2 não exclui o disposto no subitem
5.4.13 quanto ao estabelecimento sede da organização contratada para a
prestação de serviços.
5.8.2.3 A nomeação do representante da organização contratada para a
prestação de serviços deve ser feita entre os empregados que exercem
suas atividades no estabelecimento.
5.8.3 A organização contratada para a prestação de serviços deve garantir
que a CIPA centralizada mantenha interação entre os estabelecimentos nos
quais possua empregados.
5.8.3.1 A organização deve garantir a participação dos representantes
nomeados da NR-05 nas reuniões da CIPA centralizada.
5.8.3.2 A organização deve dar condições aos integrantes da CIPA
centralizada de atuarem nos estabelecimentos que não possuem
representante nomeado da NR-05, atendido o disposto no subitem 5.6.2.
5.8.4 O representante nomeado da NR-05 das organizações contratadas
para a prestação de serviço deve participar de treinamento de acordo com
o grau de risco da contratante.
5.8.5 A CIPA da prestadora de serviços a terceiros constituída nos termos
do subitem 5.8.1.1 será considerada encerrada, para todos os efeitos,
quando encerradas as suas atividades no estabelecimento.
5.8.6 A organização contratante deve exigir da organização prestadora de
serviços a nomeação do representante da NR-05 prevista no subitem
5.8.2.
5.8.7 A contratante deve convidar a contratada para participar da reunião
da CIPA da contratante, com a finalidade de integrar as ações de
prevenção, sempre que as organizações atuarem em um mesmo
estabelecimento.
5.8.7.1 A contratada deve indicar um representante da CIPA ou o
representante nomeado da NR05 para participar da reunião da CIPA da
contratante.
5.9 Disposições finais
5.9.1 A contratante adotará medidas para que as contratadas, suas CIPA,
os representantes nomeados da NR-05 e os demais trabalhadores lotados
naquele estabelecimento recebam informações sobre os riscos presentes
nos ambientes de trabalho, bem como sobre as medidas de prevenção, em
conformidade com o Programa de Gerenciamento de Riscos, previsto na
NR-01.
5.9.2 Toda a documentação referente à CIPA deve ser mantida no
estabelecimento à disposição da inspeção do trabalho pelo prazo mínimo
de 5 (cinco) anos.
5.9.3 Em havendo alteração do grau de risco do estabelecimento, o
redimensionamento da CIPA deve ser efetivado na próxima eleição.
ANEXO I da NR-5
CIPA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
Sumário
1. Objetivo
2. Campo de Aplicação
3. Disposições Gerais
1. Objetivo
1.1 Este anexo estabelece requisitos específicos para a Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes - CIPA da indústria da construção.
2. Campo de Aplicação
2.1 As disposições estabelecidas neste Anexo se aplicam às organizações
previstas no subitem 18.2.1 da Norma Regulamentadora nº 18 -
CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA INDÚSTRIA
DA CONSTRUÇÃO.
3. Disposições Gerais
3.1 A organização responsável pela obra deve constituir a CIPA por
canteiro de obras quando o número de empregados se enquadrar no
dimensionamento previsto no Quadro I da NR05, observadas as
disposições gerais dessa Norma.
3.1.1 Quando o canteiro de obras não se enquadrar no dimensionamento
previsto no Quadro I da NR-05, a organização responsável pela obra
deverá nomear entre seus empregados do local, no mínimo, um
representante para cumprir os objetivos da NR-05.
3.1.2 A organização responsável pela obra está dispensada de constituir
CIPA por frente de trabalho.
3.1.3 Quando existir frente de trabalho, independentemente da quantidade
de empregados próprios no local, a organização responsável pela obra
deverá nomear, entre seus empregados, no mínimo, um representante, que
exerça suas atividades na frente de trabalho ou no canteiro de obras, para
cumprir os objetivos da NR-05.
3.1.3.1 O representante nomeado da NR-05 da organização responsável
pela obra pode ser nomeado como representante para mais de uma frente
de trabalho.
3.2 Havendo no canteiro de obras ou na frente de trabalho organização
prestadora de serviços a terceiros, essa deve nomear, no mínimo, um
representante da NR-05, quando possuir cinco ou mais empregados
próprios no local.
3.2.1 A nomeação do representante da NR-05 da organização prestadora
de serviços a terceiros, no canteiro de obras ou na frente de trabalho, deve
ser feita entre os empregados que obrigatoriamente exercem suas
atividades no local.
3.2.2 A organização responsável pela obra deve exigir da organização
prestadora de serviços a terceiros que presta serviços no canteiro de obras
ou na frente de trabalho a nomeação do representante da NR-05, quando
essa alcançar o mínimo previsto no item 3.2.
3.2.3 A organização que presta serviços a terceiros nos canteiros de obras
ou frentes de trabalho, quando o dimensionamento se enquadrar no Quadro
I da NR-05, considerando o número total de empregados nos diferentes
locais de trabalho, deve constituir uma CIPA centralizada.
3.2.3.1 O dimensionamento da CIPA centralizada da organização
prestadora de serviços a terceiros nos canteiros de obras ou frentes de
trabalho deve levar em consideração o número de empregados da
organização distribuídos nos diferentes locais de trabalho onde presta
serviços, tendo como limite territorial, para o dimensionamento da CIPA
Centralizada, a Unidade da Federação.
3.2.3.1.1 A organização deve garantir que a CIPA centralizada mantenha
interação entre os canteiros de obras e frentes de trabalho onde atua na
Unidade da Federação.
3.3 Obras com até 180 (cento e oitenta) dias de duração estão dispensadas
da constituição da CIPA, devendo a Comunicação Prévia de Obra ser
enviada ao sindicato dos trabalhadores da categoria preponderante do
local, no prazo máximo de 10 (dez) dias, a partir de seu registro eletrônico
no Sistema de Comunicação Prévia de Obras - SCPO.
3.3.1 Para obras com até 180 (cento e oitenta) dias de duração, a
organização responsável pela obra deverá nomear, no mínimo, um
representante da NR-05, aplicando-se o disposto no subitem 3.1.2 quando
existir frente de trabalho.
3.3.2 Para obras com até 180 (cento e oitenta) dias de duração, havendo
no canteiro de obras ou na frente de trabalho organização prestadora de
serviços a terceiros, essa deverá nomear, no mínimo, um representante da
NR-05, quando possuir cinco ou mais empregados próprios no local. 3.4 A
escolha do representante nomeado da NR-05 compete à organização,
observado o disposto nos itens 5.4.14 e 5.4.15. 3.4.1 A organização deve
fornecer ao representante nomeado da NR-05 cópia da sua nomeação.
3.5 Os membros da CIPA do canteiro de obras devem participar de
treinamento, conforme estabelecido nessa Norma.
3.5.1 O representante nomeado da NR-05 deve participar de treinamento
com carga horária mínima de oito horas, considerando o disposto no item
1.7 da NR-01 e observadas as disposições gerais dessa Norma, com o
seguinte conteúdo:
a) noções de prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho;
b) estudo do ambiente e das condições de trabalho, dos riscos originados
no processo produtivo e das medidas de prevenção, de acordo com a etapa
da obra; e
c) noções sobre a legislação trabalhista e previdenciária relativas à
segurança e saúde no trabalho.
3.5.1.1 A validade do treinamento do representante nomeado da NR-05
deverá atender ao disposto nessa Norma, podendo ser, dentro do prazo de
validade e para a organização que promoveu o treinamento, aproveitado
em diferentes canteiros de obras ou frentes de trabalho.
3.5.1.2 É permitida a convalidação do treinamento do representante
nomeado da NR-05 por diferentes organizações, desde que atendido o
disposto no item 1.7 da NR-01. 3.6 A organização responsável pela obra
deve coordenar, observadas as disposições gerais dessa Norma, o trabalho
da CIPA, quando existente no canteiro de obras, e, quando aplicável, do
representante nomeado da NR-05.
3.6.1 A organização responsável pela obra deve promover a integração
entre a CIPA, quando existente, e o representante nomeado da NR-05,
quando aplicável, no canteiro de obras e na frente de trabalho, observadas
as disposições gerais dessa Norma.
3.6.2. A participação dos membros da CIPA e do representante nomeado
da NR-05 nas reuniões, para cumprir os objetivos dessa Norma, deve
atender ao disposto em sua parte geral.
3.7 A CIPA do canteiro de obras será considerada encerrada, para todos os
efeitos, quando as atividades da obra forem finalizadas.
3.7.1 Consideram-se finalizadas as atividades da obra, para os efeitos de
aplicação do disposto nessa Norma, quando todas as suas etapas previstas
em projetos estiverem concluídas.
3.7.2 A conclusão da obra deverá ser formalizada em documento próprio
pelo responsável técnico da obra e cuja cópia deve ser encaminhada -
física ou eletronicamente - ao sindicato da categoria dos trabalhadores
predominante no estabelecimento.
Menu
Doença do trabalho: adquirida ou
desencadeada em função de condições
especiais em que o trabalho é realizado e que
com ele se relacione diretamente, desde que
constante na relação elaborada pela
Previdência Social. São causadas pelas
condições de trabalho, tais como: dermatoses
causadas por cal e cimento ou problemas de
respiração causadas pela inalação de poeira
etc.
Tipos de CAT
As Comunicações de Acidente de Trabalho feitas perante o INSS
devem se referir às seguintes ocorrências:
CAT inicial: irá se referir ao acidente do
trabalho típico, de trajeto, doença ocupacional
ou óbito imediato;
CAT de reabertura: será utilizada para casos
de reiní cio de tratamento ou afastamento por
agravamento de lesã o de acidente do trabalho
ou doenç a profissional ou do trabalho que já
tenham sido comunicados anteriormente ao
INSS.
1. o acidente e a lesão;
2. a doença e o trabalho; e
3. a causa mortis e o acidente.
CIPA Grau de Risco III
Cadastro da Comunicação de Acidentes de trabalho
Como se faz o registro da CAT?
O registro da CAT é feito exclusivamente por meio digital, não sendo
possível o protocolo do documento nas Agências da Previdência
Social. Para comodidade do empregador ou do empregado que for
comunicar a ocorrência, o INSS permite o Registro da CAT de forma
online, desde que preenchidos todos os campos obrigatórios. O
sistema responsável também permite gerar o formulário da CAT em
branco para, em último caso, ser preenchido de forma manual.
Deverão ser emitidas quatro vias da CAT, sendo:
1ª via ao INSS
2ª via ao segurado ou dependente
3ª via ao sindicato de classe do trabalhador
4ª via à empresa.
Passo a passo para o preenchimento da CAT
O formulário da CAT é dividido em 5 quadros a serem preenchidos:
A CAT deve ser emitida não apenas para acidentes de trabalho, mas
também em caso de ocorrência de doenças profissionais. É
importante acrescentar que a CAT é emitida em quatro vias, sendo
uma para a empresa, uma para o INSS, uma para o empregado
acidentado ou seu dependente e outra para o sindicato que o
representa. A não emissão de CAT sujeita a empresa à multa, nos
termos da lei.
Uma das atribuições da CIPA é promover anualmente a Semana
Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho - SIPAT, que deve
tratar do macrotema Saúde e Segurança do Trabalho e contar com a
participação de todas as pessoas da empresa, de todos os cargos e
atividades e de membros das famílias dos funcionários, caso a
empresa concorde. A melhor maneira de incentivar os funcionários da
empresa a participarem da SIPAT é torná-los responsáveis por ela
mediante a coleta de opiniões sobre o que deve ser feito e a
colaboração na execução de atividades de preparação.
A CIPA pode aproveitar o evento da SIPAT para realizar outra
atribuição muito importante: a campanha de prevenção da AIDS. A
AIDS é uma grande preocupação do governo e das empresas,
portanto, a CIPA é obrigada a participar das campanhas de prevenção
e elaborar atividades que devem ser desenvolvidas durante a
conscientização. A SIPAT não tem obrigação de englobar a
campanha, mas pode conter o assunto.
Os membros da CIPA devem ter comportamento exemplar com
relação à segurança do trabalho, uma vez que são exemplos para
todos os demais funcionários da empresa. Suas práticas diárias são
observadas, analisadas e questionadas, pois eles exercem liderança
entre os trabalhadores
Presidente
O presidente da CIPA é o representante do empregador dentro da
comissão, a ele cabem as seguintes atribuições:
Assim como em todo o tipo de reunião, é importante que o presidente
esteja atento ao tempo e foque nas questões definidas na pauta
elaborada previamente por ele, juntamente com o(a)
Secretário(a). Alguns pontos-chave para uma boa reunião da CIPA
são:
Assegurar que as atas das reuniões cheguem ao empregador e enviar
relatórios periodicamente sobre a situação da empresa são formas
simples de manter o empregador informado sobre o andamento dos
trabalhos da CIPA.
Vice-Presidente
O Vice-Presidente é o representante dos empregados, escolhido
dentre os que foram eleitos por voto direto. Ele é responsável por:
Presidente e o Vice-Presidente
Secretário
É importante que o prevencionista esteja sempre atento às datas de
reuniões e participe ativamente, levando contribuições e ideias que
possam colaborar na criação de novos projetos. O trabalhador deve
sempre realizar suas atribuições de forma organizada e divulgar seus
resultados para que mais pessoas vejam o trabalho da CIPA e sua
função.
Empregados
Gravidade:
A gravidade busca determinar os efeitos que o problema pode causar
na empresa, na tarefa ou no setor se não for solucionado. Essa
avaliação pode ser qualitativa ou até quantitativa, mas lembramos
que a CIPA deve estabelecer somente análises qualitativas. A Matriz
de Prioridades GUT busca determinar, por exemplo, uma situação de
risco grave e que poderia provocar um acidente ou que resultaria em
óbito. O nível para determinar a gravidade varia de um a cinco,
observando os seguintes critérios:
Sem gravidade
Pouco grave
Grave
Muito grave
Extremamente grave
Urgência
A urgência leva em consideração o prazo para resolver um
determinado problema. Quanto menor for o tempo indicado, mais
urgentemente o problema deverá ser resolvido. Podemos considerar
problemas urgentes, por exemplo, aqueles acidentes de trabalho que
poderiam gerar multas pesadas ou que podem levar a óbito. A
pontuação equivale às seguintes atribuições:
Pode esperar
Pouco urgente
Urgente
Muito urgente
Tendência
Na tendência é avaliada a probabilidade do problema se agravar com
o passar do tempo se nada for feito para solucioná-lo. Devemos
avaliar se o problema ficará pior aos poucos ou rapidamente. Desta
forma, serão considerados tais itens:
Agora que foram apresentados os significados de cada conceito e o
que cada número indica, vamos entender como aplicar esta matriz.
Será necessário identificar um problema ou risco, definir através dos
conceitos apresentados a sua gravidade, a necessidade de resolver o
problema e a consequência se nada for feito, para então realizar um
cálculo simples que indicará a prioridade para resolver este problema.
O cálculo é feito da seguinte forma: gravidade x urgência x tendência.
Imagine que você precisa determinar medidas de segurança numa
empresa do ramo de construção civil e observe abaixo como deverá
ser feita a matriz de prioridades, considerando alguns acidentes
prováveis de acontecer em uma obra.
A CIPA deve:
A SIPAT pode envolver gincanas, elas aproximam o público ao evento
e são uma ferramenta ótima para tornar o evento marcante. São mais
recomendadas atividades que não envolvam uma carga elevada de
exercícios físicos, e é preciso que a CIPA leve em consideração o
perfil do seu público. Além disso, podem ser feitas peças teatrais,
lembrando que o tema sempre tem que ter relação com a Segurança
do Trabalho.
O planejamento da SIPAT envolve um trabalho que deverá ser
realizado durante o ano. Por isso, é fundamental que nas reuniões
ordinárias da CIPA, a SIPAT sempre esteja entre os assuntos. Tudo
deve ser debatido e planejado e ser colocado em prática com
antecedência, ficando somente alguns detalhes para os meses
próximos ao evento.
Ruí do;
Vibraç õ es;
Radiaç ã o ionizante;
Radiaç ã o nã o ionizante;
Temperaturas extremas;
Pressõ es anormais; e
Umidade.
Ruí do: É definido como um som indesejá vel, produto das atividades
diá rias. O som representa as vibraç õ es mecâ nicas da maté ria por
onde ocorre o fluxo de energia na forma de ondas sonoras.
Vibraç ã o: É qualquer movimento que o corpo executa em torno de
um ponto fixo. Esse movimento pode ser regular, do tipo ondular, ou
irregular, quando nã o segue um padrã o determinado.
Radiaç ã o ionizante: É a emissã o de energia em diversos ní veis,
desde a visí vel, passando pelo ultravioleta, raios X, raio gama e
partí culas alfa e beta.
Radiaç ã o nã o ionizante: Dependendo da sua frequê ncia, pode ser
apenas refletida ou absorvida sem consequê ncias, porém, à medida
que aumenta, pode provocar contraç õ es cardí acas, debilitaç ã o do
sistema nervoso central, catarata ou até mesmo a morte. O fator
determinante é o tempo de exposiç ã o.
Temperaturas extremas: frio e calor.
poeiras;
fumos;
névoas;
neblinas;
gases;
vapores;
poeiras minerais;
poeiras de madeira;
poeiras em geral.
Etapas do GRO/PGR
A relação do GRO com o PGR, giram em torno de cinco etapas
estabelecidas pela NR-01, sendo elas:
Levantamento preliminar de perigos;
Identificação de perigos;
Avaliação dos riscos ocupacionais;
Definição e implementação dos controles dos
riscos; e
Monitoramento e melhoria do desempenho em
Saúde e Segurança no Trabalho - SST.
Por fim, a organização deve adotar as medidas necessárias para
melhorar o desempenho em Segurança e Saúde no Trabalho - SST. O
processo de identificação de perigos e avaliação de riscos
ocupacionais deve considerar o disposto nas Normas
Regulamentadoras e demais exigências legais de segurança e saúde
no trabalho.
O PGR deve conter, no mínimo, os seguintes documentos:
a) inventário de riscos; e
b) plano de ação.
Os documentos integrantes do PGR devem ser elaborados sob a
responsabilidade da organização, respeitado o disposto nas demais
Normas Regulamentadoras, datados e assinados. Os documentos
integrantes do PGR devem estar sempre disponíveis aos
trabalhadores interessados ou seus representantes e à Inspeção do
Trabalho.
Inventário de riscos ocupacionais
Os dados da identificação dos perigos e das avaliações dos riscos
ocupacionais devem ser consolidados em um inventário de riscos
ocupacionais. O Inventário de Riscos Ocupacionais deve contemplar,
no mínimo, as seguintes informações:
a) caracterização dos processos e ambientes de trabalho, que seriam
as tarefas desempenhadas, atividades rotineiras, local de trabalho,
como por exemplo:
Uma Empresa de Mineração que compreende as seguintes etapas:
Escoramento de teto, perfuração de frente, detonação, transporte de
materiais e topografia de subsolo. As atividades são exercidas no
subsolo.
b) caracterização das atividades, que seriam as características das
atividades realizadas, como por exemplo:
Setor de frente de serviços: realiza escoramento, topografia de
subsolo, perfuração, detonação, carregamento do minério através de
máquinas e transporte e manutenção de máquinas e equipamentos.
c) descrição de perigos e de possíveis lesões ou agravos à saúde dos
trabalhadores, com a identificação das fontes ou circunstâncias,
descrição de riscos gerados pelos perigos, com a indicação dos
grupos de trabalhadores sujeitos a esses riscos, e descrição de
medidas de prevenção implementadas; vamos seguir com o exemplo
da empresa de mineração:
d) dados da análise preliminar ou do monitoramento das exposições a
agentes físicos, químicos e biológicos e os resultados da avaliação
de ergonomia nos termos da NR-17;
f) critérios adotados para avaliação dos riscos e tomada de decisão.
Seguindo o exemplo: Enclausuramento do funcionário através do uso
de abafadores adequados, tipo concha ou plug que melhor se
adaptaram às condições de operação, permitindo uma redução de
aproximadamente 25% do nível de ruído. O serviço médico da
empresa adota o monitoramento através de exames audiométricos
periódicos.
O inventário também pode ser utilizado como uma ferramenta
administrativa que:
É necessário que o inventário de riscos ocupacionais seja mantido
atualizado. O histórico das atualizações deve ser mantido por um
período mínimo de 20 anos ou pelo período estabelecido em
normatização específica.
Plano de ação
1. Identificação
2. Comunicação dos riscos presentes nos
ambientes de trabalho.
Por fim, a identificação dos riscos deve ser feita pela CIPA a partir da
percepção dos trabalhadores, em conformidade com a NR-1.
Contudo, considerando a relevância e eficácia do mapa de risco
nessa tarefa de identificação, nos próximos temas iremos nos
aprofundar um pouco sobre essa ferramenta. Mas lembrando que fica
a cargo da CIPA, com assessoria do SESMT, definir a ferramenta
mais apropriada para identificar os riscos de um ambiente de trabalho
CIPA Grau de Risco III
Implementação do Mapa de Risco
Observação;
Percepção;
Criatividade;
Visão global;
Objetividade;
Poder de síntese;
Bom senso;
Capacidade de comunicação;
Receptividade à segurança;
Educação;
Descrição;
Persistência;
Capacidade de organização; e
Simpatia.
O mapa de risco deve ser feito na planta do local, mas se não for
possível obtê-la, isto não deverá ser um obstáculo, pode ser feito um
desenho simplificado, um esquema ou croqui do local.
Exemplo de planta:
Exemplo de esquema:
Exemplo de croqui:
Agentes causadores de risco
São capazes de causar danos à saúde e à integridade física do
trabalhador em função de sua natureza, intensidade, suscetibilidade e
tempo de exposição. Os agentes que causam riscos à saúde dos
trabalhadores e que costumam estar presentes nos locais de trabalho
são agrupados em cinco tipos, classificado por cores:
Inserção dos Círculos
Os círculos podem ser desenhados ou colados. O importante é que os
tamanhos e as cores correspondam aos graus e tipos. Os riscos
serão simbolizados conforme sua gravidade, em cores, por círculos
de três tamanhos conforme o tipo de risco:
Conhecer o processo de trabalho no local analisado:
Trabalhadores: Verificar o número, sexo, idade, jornada de trabalho
e os treinamentos profissionais e de segurança já realizados.
Instrumentos e materiais de trabalho: Verificar as atividades
exercidas e o ambiente.
Identificar os agentes de riscos existentes no local analisado:
Realizar uma inspeção em toda edificação, levantando os riscos de
acidentes, físicos, químicos, biológicos e ergonômicos. Conhecer os
levantamentos ambientais já realizados no local é muito importante
nessa etapa do levantamento.
Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia:
Identificar os indicadores de saúde:
Para ter certeza de que o mapeamento dos riscos ambientais foi feito
adequadamente e contemplou todos os aspectos, é recomendado
solicitar aos funcioná rios das á reas que preencham um questioná rio
complementar, o qual permitirá que se conheç a a visã o de cada
trabalhador sobre os riscos existentes em suas atividades e áreas. O
conjunto de respostas fornecidas nos questioná rios permite a
checagem do mapeamento de riscos e a realiza ç ã o de ajustes sobre
aspectos de seguranç a que nã o haviam sido identificados.
Elaborando o mapa de riscos sobre a planta baixa da empresa
Definir se o mapa de risco será da área total da empresa ou separado
por setor. Após essa escolha, na planta da área definida, deve-se
indicar por meio de círculo:
Após essa etapa, o mapa de risco deve ser discutido e aprovado pela
CIPA. Além disso, caso haja o SESMT, este também deve participar
deste processo. O mapa deve ser fixado em cada local analisado, de
forma claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores.
No caso das empresas do setor de construção, o mapa de riscos do
estabelecimento deve ser realizado por etapa de execução dos
serviços, devendo ser revisto sempre que um fato modificar a
situação de riscos estabelecida.
Modelo de um Mapa de Risco em um Setor Laboratorial de
Análises Clínicas:
Grave:
o perda de visão;
o amputação ou esmagamentos;
o lesão ou doença que causam a perda
permanente de funções orgânicas (Por
exemplo: perdas auditivas);
o queimaduras que atinjam toda a face ou
mais de 30% da superfície corporal do
trabalhador;
o fraturas que necessitem de intervenção
cirúrgica ou que tenham elevado risco de
causar incapacidade permanente; e
o outros agravos que resultem em
incapacidade para as atividades
habituais por mais de trinta dias.
Consequências ao trabalhador
Um acidente de trabalho pode levar o trabalhador a se ausentar da
empresa por algumas horas, o que é chamado de acidente sem
afastamento. É o que ocorre, por exemplo, quando o acidente resulta
em um pequeno corte no dedo e o trabalhador retorna ao trabalho em
seguida.
Outras vezes, um acidente pode deixar o trabalhador impedido de
realizar as atividades por dias seguidos, meses, ou de forma
definitiva. Caso o trabalhador acidentado não retorne ao trabalho
imediatamente ou até a jornada seguinte, se tem o chamado acidente
com afastamento, que pode resultar na incapacidade temporária, ou
na incapacidade parcial e permanente ou, ainda, na incapacidade
total e permanente para o trabalho. Acompanhe mais detalhes dessas
incapacidades a seguir:
Além disso, o trabalhador ainda pode sofrer com danos físicos,
emocionais, psíquicos e morais, como:
Consequências à empresa
As empresas perdem social e financeiramente com os acidentes.
Entre os custos mais óbvios estão:
Consequências a sociedade
Além dos trabalhadores e empresas que podem ser diretamente
afetados pelos acidentes e doenças ocupacionais, a sociedade em
geral também é atingida. Geralmente, os trabalhadores que estão em
melhor condição física e estão em maior número dentro da população
economicamente ativa, acabam sendo os afetados por algum tipo de
acidente ou doença ocupacional. Ou seja, esses trabalhadores
afetados, em sua maioria, sustentam famílias e exercem papéis
importantes dentro das empresas, o que afeta diretamente a
sociedade.
A necessidade de socorro, medicações e cirurgias urgentes acabam
tomando mais leitos dos hospitais e exigindo muitas vezes apoio e
suporte familiar que pode afetar a atividade laboral de outros
membros da família e ou da comunidade. Consequentemente, isso
prejudica o desenvolvimento do país, principalmente no setor
econômico. O aumento de benefícios previdenciários a serem pagos e
a redução da população economicamente ativa contribuem para este
impacto, além do aumento de impostos, taxas e do próprio seguro.
Um dos agentes físicos são as vibrações, em que a aç ã o repetida
desse movimento no corpo pode sobrecarregar e prejudicar n ã o
somente o sistema nervoso perifé rico, mas també m o sistema
nervoso central. O trabalhador precisa estar exposto à vibração por
vá rios anos para que ocorram mudanç as em seu estado de saú de,
como uma sensaç ã o de desconforto e mau humor, má influência no
desempenho ou oferecer risco à saú de e seguranç a. Alguns efeitos
mais danosos provocados pela vibração, são:
Nos sintomas agudos o benzeno pode provocar edema pulmonar em
inalaç ã o a altas concentraç õ es por ele ser irritante. Outros efeitos
estã o relacionados à intoxicaç ã o do sistema nervoso central,
causando, de acordo com a quantidade absorvida, a alteração do
estado de consciência seguido de sonolê ncia, tonturas, ná useas,
taquicardia, dificuldade respirató ria, tremores, convulsõ es e morte.
Adulterações neuropsicoló gicas e neuroló gicas também podem surgir
como alteraç õ es da:
Atenç ã o;
Memó ria;
Habilidade motora; e
Raciocí nio ló gico.
O controle dos agentes quí micos deve ser feito tanto no ambiente
como no trabalhador, são eles:
Substituição do produto;
Mudanças ou alterações do processo;
Enclausuramento da operação;
Isolamento ou segregação da operação;
Sistema de ventilação;
Utilização de EPI;
Monitoramento individual;
Testes de vedação;
Implementação de um Programa de Proteção Respiratória;
entre outros.
Lenç os de papel;
Papel higiê nico;
Curativos;
Absorventes;
Preservativos;
Fraldas descartá veis; e
Seringas e agulhas descart á veis utilizadas em tratamento domiciliar
de doentes.
É muito comum ouvirmos os termos LER/DORT, essas siglas foram e
ainda são muito utilizadas para caracterizar sí ndromes relacionadas
ao trabalho. Atualmente alguns tribunais e entidades médicas
consideram estes termos desatualizados, pois abrangem um grande
número de doenças não apenas relacionadas a esforços físicos
durante o trabalho, mas também a fatores psicológicos influenciados
pela questão social e cultural. Porém, como estes termos ainda são
muito conhecidos e utilizados, iremos empregá-los neste curso. A
LER ou DORT se caracterizam pela ocorr ê ncia de vá rios sintomas
simultâneos ou nã o, como:
Para que os fatores possam ser considerados de risco para a
ocorrê ncia de LER/ DORT, é importante observar a
sua intensidade, duraç ã o e frequê ncia. Muitos trabalhadores relatam
também que sentem uma dormência, sensa ç ã o de diminuiç ã o de
forç a, edema e enrijecimento muscular, falta de firmeza nas m ã os,
entre outros.
Tratamento de LER/DORT
Como em qualquer outro caso, quanto mais precoce o diagn ó stico e o
iní cio do tratamento adequado, maiores são as possibilidades de
ê xito. Os medicamentos analgé sicos e anti-inflamatórios sã o ú teis no
combate à dor aguda e inflamação. As terapias corporais de
relaxamento, alongamento e reeducaç ã o postural tê m sido de
extrema importâ ncia. Assim como a hidroterapia, a terapia
ocupacional tem se mostrado bastante importante na conquista da
autonomia dos trabalhadores acometidos por essa síndrome.
Outra opção é a giná stica laboral, que compreende exercí cios
específicos de alongamento, fortalecimento muscular, coordenaç ã o
motora e relaxamento, sendo o objetivo principal a prevenç ã o e a
diminuiç ã o dos casos de LER/DORT. Os exerc í cios devem ser
realizados no pró prio local de trabalho, com sessõ es de cinco, dez ou
15 minutos.
De um modo geral, todas as doenç as ocupacionais sã o possí veis de
prevenir, iniciando pela higiene ocupacional que é a ciê ncia e arte
dedicada ao reconhecimento, avaliaç ã o e controle dos riscos
ambientais originados nos locais de trabalho e pass í veis de causar
danos à saú de dos trabalhadores.
Reconhecer os agentes ambientais que afetam a sa ú de dos
trabalhadores é a primeira etapa, em seguida, é realizada a avalia ç ã o
desses agentes, que pode ser qualitativa ou quantitativa. Na terceira
etapa sã o realizadas as medidas de controle dos agentes ambientais
reconhecidos e avaliados pelos processos anteriores.
Para todos os agentes ambientais existem medidas de controle que
devem ser adotadas, priorizando a sua efici ê ncia, ou seja, em
primeiro lugar são adotadas as medidas que se referem à fonte dos
agentes, seguidas das que se referem ao percurso e finalmente as
relativas aos trabalhadores. Uma forma de impedir que as doenças
não prejudiquem os trabalhadores é através da prevenção, que se
apresenta em três fases:
Tosse;
Febre;
Coriza;
Dor de garganta;
Dificuldade para respirar;
Perda de olfato;
Alteração do paladar;
Distúrbios gastrintestinais como náuseas,
vômitos, diarreia;
Cansaço;
Diminuição do apetite;
Falta de ar.
A NR-17 é a Norma que trata da Ergonomia e tem como objetivo
estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de
trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de
modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e
desempenho eficiente. Conforme a Norma, as condições de trabalho
incluem aspectos relacionados:
O ser humano, ao desenvolver um trabalho, envolve o físico e o
mental. O trabalho mental não se opõe ao trabalho físico, eles se
complementam e dizem respeito a todos os aspectos do trabalho
humano.
A ergonomia cognitiva, també m conhecida como engenharia
psicoló gica, pode ser definida como o ramo da ergonomia que se
preocupa com os aspectos mentais do trabalho, como percep ç ã o,
memó ria, raciocí nio e resposta motora.
Ela visa adequar as exigências cognitivas da atividade ao
trabalhador, facilitando a solução tecnologica, compreensão e
desenvolvimento das atividades à s necessidades e caracterí sticas
dos colaboradores.
Os estudos sobre a ergonomia cognitiva surgiram na década de 1960,
quando o psiquiatra Louis Le Guillant percebeu que os telefonistas
reclamavam muito de dores de cabeça e tinham mudanças repentinas
de humor.
Tais problemas não desapareciam com o fim do expediente, pelo
contrário, seguiam para fora do trabalho. Além disso, Guillant notou
que outros trabalhadores, de outras atividades que não apresentavam
grande esforço físico em si, também apresentavam as mesmas
queixas.
Este é o ponto da ergonomia cognitiva. Se por um lado a ergonomia
física possui ações em prol do bem-estar físico de pessoas que
executam trabalhos que exigem força e movimentos repetitivos do
corpo, a ergonomia cognitiva tem sua atuação em relação ao
desgaste mental e ao esforço de ações cerebrais rotineiras.
Objetivos da ergonomia cognitiva:
Recrutamento e seleção
Deve-se avaliar o perfil do candidato e verificar a compatibilidade
com o perfil exigido pela vaga, essa verificação é realizada com a
aplicação de testes psicológicos específicos que avaliam o nível
de atenção, memória, inteligência, raciocínio lógico, entre outros
fatores.
Treinamento e desenvolvimento
Realizar programas de treinamento e desenvolvimento onde os
colaboradores terão a oportunidade de aprimorar seus
conhecimentos, bem como desenvolver novas habilidades e
competências que irão contribuir para uma performance de
excelência.
Administração do Tempo
Conforme vamos executando atividades dentro da empresa, a
tendência é que a nossa atenção tenha uma queda,
como alternativa podemos buscar maneiras eficientes de otimizar e
organizar o nosso tempo, outra alternativa para solucionar esse
problema é promover pequenas pausas para que retorne a atenção no
nível máximo.
Ginástica laboral
Como forma de colocar o colaborador em movimento, a ginástica
laboral é uma atividade física que contribui para o aumento da
memória, atenção e bom humor dos colaboradores, servindo também
para evitar doenças como LER ou DORT.
Ambiente organizado
Tendo em vista que o nosso local de trabalho é onde passamos
grande parte de nosso dia e até mesmo de nossa vida, é fundamental
mantê-lo organizado. Caso contrário, ele pode impactar diretamente
em nossa atenção, criando estímulos que tiram o nosso foco do
trabalho, trazendo, com isso, uma sensação indesejada de estresse.
Efeitos dos Riscos Cognitivos:
Carga mental de trabalho
Dependendo da atuação ou das exigências, pode ocorrer uma
elevada carga mental de trabalho. Isso faz com que o colaborador se
sinta mais pressionado a entregar resultados, além de deixá-lo
sobrecarregado. Em níveis extremos, leva à Síndrome de Burnout
(distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema) ou Esgotamento,
que faz com que o funcionário não seja capaz de desempenhar as
suas funções.
Transtornos psicológicos
Outro risco cognitivo que tem a ver com o desenvolvimento de
questões que afetam diretamente o psicológico. De acordo com ISMA-
BR (International Stress Management Association no Brasil), o Brasil
tem a segunda população mais estressada, com o trabalho sendo a
principal causa. E segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o
país lidera o ranking na América Latina quando a depressão e a
ansiedade são os temas principais. Se o ambiente de trabalho não
tiver a ergonomia adequada, essas tendências são fortalecidas.
Perda de foco
A falta de motivação e a baixa percepção sobre o próprio trabalho
ainda conduz o profissional ao risco de não conseguir manter o foco e
a atenção. Diante da procrastinação, ele encontra menos facilidade
para cumprir tarefas específicas, bem como obedecer prazos e certas
exigências.
Dificuldade de aprendizado
A capacidade cognitiva também pode ser comprometida a ponto de o
colaborador ter dificuldade para aprender e consolidar novas
informações. Isso é prejudicial tanto para o desenvolvimento da
carreira quanto para a atuação na organização. Incapaz de reter
novos conhecimentos, o profissional corre o risco de não acompanhar
as transformações do mercado.
Incapacidade de tomar decisões
Além de tudo, talvez o colaborador não seja capaz de decidir de
maneira assertiva e pontual. Isso é especialmente grave no caso de
gestores e líderes, mas pode acontecer em menor escala. A paralisia
sobre qual caminho seguir compromete o próprio profissional, bem
como aqueles que dependem dele.
Conforme a NR-17, as condições ambientais de trabalho devem estar
adequadas às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à
natureza do trabalho a ser executado. Nos locais de trabalho onde
são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e
atenção constantes, como por exemplo: salas de controle,
laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de
projetos, são recomendadas algumas condições de conforto, como o
conforto acústico e térmico.
]
A respeito do conforto acústico em locais de solicitação intelectual e
atenção constantes, a norma discorre que os níveis de ruído devem
estar de acordo com o estabelecido na NBR 10152 - Acústica —
Níveis de pressão sonora em ambientes internos a edificações.
Apesar disso, a NR-17 diz que para as atividades que possuam essas
características mas não apresentam equivalência ou correlação com
aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível de ruído aceitável para
efeito de conforto será de até 65 dB. Esta recomendação faz com que
a NR-17 se difira da NR-15 quando fala dos níveis de ruído, já que no
Anexo I, sobre Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou
Intermitente da NR-15, apresenta como exposição máxima para o
trabalhador, 85 dB durante oito horas.
É importante lembrar que, acima desses n í veis, o ruí do pode
provocar lesõ es no sistema auditivo do trabalhador, que é a chamada
Perda Auditiva Induzida por Ruí do, ou (PAIR), sendo necessário
tomar algumas providências para que o trabalhador não seja
prejudicado. Nos ambientes de trabalho em que s ã o executadas
atividades que requeiram atenç ã o e solicitaç ã o intelectual, o ruí do
prové m principalmente do esforç o vocal das pessoas, que é
necessá rio à execuç ã o de suas atividades.
Em grandes centros, o ruí do externo vindo de avenidas ou aeroportos
é um dos maiores problemas para a manuten ç ã o do conforto acú stico
do trabalhador que executa atividades intelectuais, pois muitas
edificaç õ es nã o possuem tratamento acú stico adequado, como
divisó rias acú sticas ou tratamento acú stico em paredes, janelas,
tetos e pisos. A respeito do conforto térmico, a NR-17 faz as
seguintes recomendações:
Além do Conforto Térmico e Acústico, a NR-17 ainda determina que
em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, seja
ela natural ou artificial, geral ou suplementar, mas que seja
apropriada à natureza da atividade. Outra recomendação é que a
iluminação suplementar ou geral deve ser projetada e instalada de
forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e
contrastes excessivos, sendo que a iluminação geral deve ser
uniformemente distribuída e difusa.
O ofuscamento é a sensaç ã o visual produzida por á reas brilhantes
dentro do campo de visã o. Pode ser causado por reflexo em
superfí cies especulares, que seria o ofuscamento refletido. A
iluminâ ncia muito alta pode levar a ofuscamento e, portanto, deve ser
limitada, para evitar erros, acidentes e fadigas visuais. O
ofuscamento desconfortá vel surge de luminá rias brilhantes ou
janelas. Por isso, para proteger o ofuscamento reflexivo, deve-se:
Por meio do grande número de queixas em ambulatórios médicos e
afastamento de trabalhadores em empresas, existe uma preocupação
maior com as características e necessidades dos trabalhadores. Em
consequência, surge a ergonomia, uma ciência que estuda a
adaptação do trabalho ao homem, propiciando conforto, bem estar
físico e mental ao trabalhador. A perspectiva ergonômica tende a
desenvolver postos de trabalho que reduzem as exigências
biomecânicas e cognitivas, procurando colocar o trabalhador em uma
boa postura de trabalho.
A grande diferença entre as características corporais da população
leva a dimensionamentos inadequados dos postos de trabalho,
provocando esforços musculares estáticos e movimentos exagerados
dos membros superiores, membros inferiores e o tronco. Posturas
inadequadas e alcances forçados podem provocar dores musculares
resultando na queda de produtividade. É importante entender que não
adianta realizar o movimento correto, como, por exemplo, sentar em
uma cadeira, pois é preciso também que essa mesma cadeira tenha
as medidas de altura e encosto apropriados. Ou seja, a ergonomia é
mais abrangente que isso quando se trata dos postos de trabalho,
uma ferramenta utilizada pela ergonomia, é a antropometria, que
estuda as medidas físicas do corpo humano.
Atualmente, diversos setores da sociedade necessitam de um estudo
das medidas para poder ajustar os produtos e locais para os diversos
tipos de pessoas, como, por exemplo: as roupas, indústrias
automotivas, e aeronáuticas. As várias características humanas,
como etnias, sexo, faixa etária, entre outros, determinam diferentes
medidas antropométricas determinantes para se projetar qualquer
ambiente adequado de trabalho.
Do ponto de vista industrial, o ideal seria fabricar um único tipo de
produto padronizado, pois isto reduziria os custos. No entanto, do
ponto de vista do usuário, isto nem sempre proporciona conforto e
segurança. Desta forma, os estudos antropométricos possibilitam o
desenvolvimento de um único tipo de mobiliário para ser utilizado por
diversos biotipos. Geralmente, as pessoas realizam diversas
mudanças posturais quando permanecem por muito tempo na posição
sentada. Isto, porque frequentes variações de posturas aliviam não só
as pressões sobre o disco vertebral nutrindo a coluna, mas também
as tensões dos músculos dorsais de sustentação, o que reduz a
fadiga muscular.
Quando se fala em ergonomia, outro fator importante é a postura
adotada pelo trabalhador. É necessário que fique claro, que postura é
um termo geral que é definido como uma posição ou atitude do corpo
ou disposição relativa das partes do corpo para uma atividade
específica, de forma a realizá-la com menor gasto de energia. O
trabalho de digitação pode ser considerado simples do ponto de vista
intelectual, repetitivo após a aprendizagem, passando a ser
automatizado, muitas vezes levando o indivíduo que o desenvolve, ao
desinteresse e falta de estímulos para sua realização. Em trabalhos
assim, por menor que seja, sempre há utilização de carga mental para
que o trabalho seja executado com qualidade. Qualidade esta, que
pode ser comprometida se o ambiente não for adequado podendo
causar problemas visuais, posturais e musculares.
A NR-17, que trata da Ergonomia, diz que sempre que o trabalho
puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve
ser planejado ou adaptado para esta posição. Para trabalho manual
sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas,
escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador
condições de boa postura, visualização e operação, devendo atender
aos seguintes requisitos mínimos:
Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos
seguintes requisitos mínimos de conforto:
A partir da análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido
suporte para os pés, que se adapte ao comprimento da perna do
trabalhador para as atividades em que os trabalhos devam ser
realizados sentados. Já para os trabalhos realizados em pé, devem
ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser
utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas. Para os
trabalhos que necessitam também a utilização dos pés, além dos
requisitos estabelecidos anteriormente os pedais e demais comandos
para acionamento pelos pés devem ter posicionamento e dimensões
que possibilitem fácil alcance, ângulos adequados entre as diversas
partes do corpo do trabalhador, em função das características e
peculiaridades do trabalho a ser executado. Nas atividades que
envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia ou
mecanografia deve:
Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados
com terminais de vídeo devem observar o seguinte:
Desta forma, mesmo que o mobiliário esteja conforme às
características psicofisiológicas dos trabalhadores ainda há uma
questão importante: como garantir que os trabalhadores utilizem o
mobiliário de forma correta? Neste caso, é necessário que os
trabalhadores saibam, na teoria e na prática, a forma correta e como
manusear o mobiliário que utilizam, sendo de vital importância o
processo de educação e treinamento. Em todo e qualquer processo, a
educação e em paralelo o treinamento é uma ferramenta
imprescindível, pois sem ela não existe possibilidade de mudança de
hábitos, nem de evolução pessoal.
Idade do trabalhador;
Duração da atividade;
Excesso de peso da carga transportada;
Movimentos e extensão do corpo realizados
com o peso do material; e
Aos efeitos causados através da atividade,
como possíveis problemas na coluna.
Sendo assim, essas medidas visam à proteção não só de
trabalhadores envolvidos com a atividade principal, que será
executada e que gerou o risco, como também a proteção de outros
funcionários, que possam executar atividades paralelas nas
redondezas ou até de passantes, cujo percurso pode levá-los à
exposição ao risco existente.
As Normas regulamentares do Ministério do Trabalho que fazem
referência ao uso do equipamento de proteção coletiva são a NR-04 e
a NR-09. Segundo a NR-04, quando houver o SESMT (Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho) na empresa, este ficará responsável por, aplicar o seu
conhecimento em saúde e segurança do trabalho (SST) para reduzir
ou, se possível, eliminar os riscos existentes em todos os ambientes
de uma determinada empresa.
Já a NR-09, por sua vez, discorre sobre o PGR (Programa de
Gerenciamento de Riscos). De acordo com essa norma, durante o
processo de identificação dos riscos, é necessário que sejam
descritas todas as medidas de controle já existentes, incluindo, por
exemplo, o uso do EPC e do EPI (Equipamento de Proteção
Individual).
De acordo com a NR-01, a utilização do EPC e de outras medidas de
segurança coletiva, devem ser vistas como prioritárias pelas
empresas, enquanto o uso do EPI, este deve ser adotado apenas em
último caso.
Desta forma os Equipamentos de Proteção Coletiva deve ser adotado
ANTES dos Equipamento de Proteção Individual. Em geral os EPC
são mais eficientes do que o EPI e ainda tem a vantagem de não
fornecer incômodo ao trabalhador.
A empresa sempre que puder optar entre EPI e EPC deve optar pelo
EPC, a longo prazo sai bem mais em conta. Além disso, pode-se
evitar os desgastes na relação que ocorrem entre direção e
funcionários da empresa por causa da imposição pelo uso do EPI.
As empresas que não cumprem o previsto pelas normas
regulamentadoras podem ser multadas e penalizadas – no mínimo,
por descumprirem com a hierarquia obrigatória das medidas de
proteção. Em caso de acidentes, elas ainda pode responsabilizadas
por nexo de causalidade.
A sinalização de segurança é considerada um dos principais
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC).
Quando falamos de sinalização de segurança a primeira coisa que
vem em nossas cabeças são as Placas de sinalização, porém, a
sinalização é muito mais que isso.
Além das placas a sinalização também é realizada por:
cones,
sons,
fitas e/ou correntes de sinalização
Um sistema contra incêndio é um conjunto de elementos manuais
e/ou automáticos, que tem por objetivo detectar e/ou combater um
incêndio na sua fase inicial, evitando sua propagação.
Entre este conjunto de elementos, os mais utilizados são:
Iluminação de emergência
Detectores
Alarme de incêndio
Sinalização de emergência
Extintores
Hidrantes e mangotinhos
Chuveiros automáticos
Outros sistemas de extinção automática de
incêndio
Os dispositivos antiderrapantes são aplicados com o objetivo de
evitarem acidentes decorrentes a quedas por meio de escorregões.
Infelizmente, escorregões são umas das causas mais frequentes de
acidentes nas empresas. As quedas fatais devido a escorregões e
tropeços matam centenas de pessoas anualmente. Porém, medidas
simples podem ser tomadas para reduzir o risco.
Devem ser utilizados materiais antiderrapantes nos pisos, escadas,
rampas, corredores e passagens dos locais de trabalho onde houver
perigo de escorregamento.
Ao projetar, construir ou reformar os ambientes de trabalho, os
responsáveis devem solicitar e utilizar os materiais antiderrapantes
nos locais necessários.
Existem, muitos tipos de antiderrapantes que são utilizados para
evitarem acidentes. Alguns são aplicados após observar sua
necessidade, que não havia sido considerada ao projetar, construir ou
reformar os ambientes.
O que praticamente diferencia as coberturas isolantes rígidas das
flexíveis, é o material utilizado para sua fabricação, sendo que as
coberturas rígidas são geralmente fabricadas com polipropileno ou
polietileno de alta rigidez dielétrica e as flexíveis são fabricadas com
borracha.
Grade de perímetro
O objetivo das proteções de máquinas e equipamentos é eliminar,
neutralizar ou minimizar os riscos aos quais os profissionais podem
estar expostos. Este objetivo é alcançado através de medidas
técnicas e operacionais preventivas, que devem ser adequadas a
cada situação e necessidade. O importante é que nenhum trabalhador
execute suas atividades expondo-se aos riscos.
Para isso, as proteções necessitam oferecer uma barreira que impeça
os riscos de acidentes, como a entrada das mãos, dedos ou até
mesmo a entrada acidental de um trabalhador na zona de perigo.
Outra preocupação seria a respeito dos riscos físicos, como nos
casos de ruídos de máquinas que podem prejudicar a saúde dos
trabalhadores.
A proteção de máquinas e equipamentos é uma barreira mecânica ou
eletroeletrônica que impede o acesso às zonas de perigo, ou seja,
protege dos mecanismos que oferecem perigo para as pessoas.
Devendo estas proteções serem preservadas, de forma a impedir que
os trabalhadores burlem os mecanismo de segurança.
Vale lembrar que máquinas e equipamentos em movimento são
particularmente perigosos. Mesmo movendo-se lentamente, os eixos
podem pegar roupas, cabelos, dedos e mãos dos trabalhadores, vindo
a causar sérias lesões que podem ser evitadas com uma proteção
adequada e sinalizações para lembrar os funcionários dos perigos
existentes.
Portanto, sempre que for projetado ou selecionado algum tipo de
proteção para uma máquina em particular, a mesma deve ser
adequada. Além disso, é importante avaliar o risco proveniente de
vários perigos presentes na máquina e as categorias previstas de
pessoas em risco.
Desta forma, deve-se ter em mente uma visão global de todo o
processo, as pessoas envolvidas diretamente e indiretamente, bem
como os riscos potenciais inerentes às atividades, devendo ser
adotados diversos sistemas de segurança interligados para garantir a
máxima segurança de todos. Dependendo das características das
máquinas e equipamento são necessárias diversas proteções. De um
modo geral podemos dizer que as proteções são compostas por:
Proteções Fixas;
Proteções Móveis; e
Dispositivos de segurança.
A ventilação é o processo que retira ou fornece ar por meios naturais
ou mecânicos em um recinto. Sendo um dos métodos disponíveis
para controle de um ambiente ocupacional. De um modo geral, um
sistema de ventilação deve garantir a renovação do ar interno e o
controle de temperatura.
Existem duas formas de ventilação, podendo
ser: Natural ou Mecânica.
A ventilação natural ocorre através das janelas, aberturas, elementos
vazados e etc.. que permitem que o ar circule naturalmente pelo
ambiente. A ventilação mecânica ocorre através da utilização de
motores ou mecanismos, como por exemplo: ventiladores, exaustores
e etc. Através da ventilação mecânica ocorre a insuflação ou a
exaustão do ar. Insuflação significa injeção de ar ou seja entrada do
ar, já a exaustão significa a retirada do ar.
Um ventilador pode insuflar ar em um ambiente, tomando ar externo,
ou exaurir ar desse mesmo ambiente para o exterior. Quando um
ventilador funciona no sentido de exaurir ar de um ambiente é
comumente chamado de exaustor. No ambiente Industrial, a
ventilação tem como principal objetivo reduzir e eliminar a exposição
de trabalhadores a contaminantes químicos presentes no ambiente de
trabalho como por exemplo névoas, gases ou vapores.
Deste modo a ventilação é a medida mais efetiva na promoção da
qualidade de vida em ambientes prejudiciais ao ser humano. A
ventilação também é bastante utilizada para realizar o controle de
temperatura, geralmente em ambientes quentes, que precisam
possuir ventilação para manter a qualidade e saúde dos
trabalhadores.
Portanto, a aplicação de sistemas de ventilação previne doenças
profissionais causadas pela concentração de pó suspenso no ar,
gases venenosos ou tóxicos ou partículas nocivas, bem como garante
uma qualidade e condições de trabalho.
Já sabemos que o conceito da ventilação se baseia na movimentação
do ar, porém, quando se trata de ventilação industrial, esta deve ser
planejada para que se possa atingir objetivos específicos no ambiente
de trabalho.
A movimentação do ar pode ocorrer através de meios mecânicos ou
naturais, tendo em vista que deve-se observar a dinâmica entre
pressão positiva e pressão negativa no ambiente.
Em um ambiente de pressão atmosférica comum, a insuflação e a
exaustão provocam uma pequena variação da pressão (considerada
desprezível). Dessa forma, a insuflação é chamada de pressão
positiva e a exaustão de pressão negativa. Métodos de ventilação que
são geralmente aplicados na indústria:
Ter um ambiente bem iluminado faz com que a visualização do
ambiente seja clara, fazendo com que as pessoas que ali estejam
consigam se movimentar com segurança e realizar as suas tarefas
com maior eficiência e de forma segura, sem que haja a fadiga visual
que pode vir a prejudicar a sua visão.
Falar de qualidade de iluminação no ambiente (principalmente de
trabalho) é também falar de saúde. Isso porque o olho humano se
adapta a iluminação do ambiente, abrindo as pupilas quando a
iluminação é baixa (por exemplo em uma grande sala com apenas
uma luminária) ou pela sensibilidade da retina quando percebe um
fator de iluminação alto (por exemplo quando saímos de um ambiente
fechado e vamos para a área externa em um dia ensolarado).
Quando o olho humano precisa se adaptar constantemente, acaba
causando uma sobrecarga nos olhos, tornando a visão difícil, o que
pode dificultar tarefas cotidianas (leitura de um texto) , causar
acidentes (estar em uma sala onde a iluminação não permita ver um
objetivo que está próximo) , e até mesmo ocasionar alguma
deficiência permanente na visão. Sendo assim, um ambiente com boa
iluminação se torna essencial.
Definir o que é uma iluminação de qualidade está ligado a muito
fatores, desde a maneira como a luz é fornecida, características da
cor, ofuscamento, luz natural no ambiente e mesmo o objetivo para o
qual o ambiente foi construído assim como as tarefas nele
desenvolvidas, por exemplo a iluminação necessária em um escritório
é diferente da iluminação de um centro cirúrgico.
Por tanto uma iluminação inadequada no ambiente profissional pode
prejudicar a saúde física e psicológica do funcionário, além de afetar
seu rendimento e acabar provocando um acidente de trabalho.
Em falar de iluminação, não podemos esquecer da iluminação de
emergência, que deve seguir as normas e planejamento para
padronizar a segurança e instalação da iluminação de emergência em
ambiente fechados, para acionamento de iluminação complementar
no caso de falta de energia elétrica. Facilitando a movimentação das
pessoas no ambiente e evitando acidentes.
A Norma Regulamentadora NR-17 define: Os tipos, onde e como a
iluminação deve ser instalada, o tempo que as luminárias devem
permanecer em funcionamento, as fontes que alimentam as
luminárias (ou seja como as baterias são carregadas), entre outros
critérios.
A aplicação é fundamental para garantir tanto a segurança dos
usuários, pois permite a eles se locomover para abandonar o espaço
em segurança, bem como facilitar o trabalho de profissionais de
resgate no caso de um acidente, mantendo assim a segurança da
edificação como um todo.
O trabalho em altura é definido pela NR-35 como toda atividade
executada acima de 2 metros de altura, onde existe risco de queda. A
norma define ainda que todo trabalho em altura deve ser planejado,
organizado e executado por trabalhador capacitado e autorizado.
Cabe ao empregador, garantir meios para que o trabalho seja
realizado com total segurança.
A proteção do trabalhador neste caso, se dá por meio dos
equipamentos de proteção Coletiva (EPC) e individual (EPI). Para
garantir que o trabalho seja realizado com total segurança e respeitar
a Norma Regulamentar, todo o trabalho em altura deve possuir um
Sistema de proteção contra quedas, e todo o trabalhador deve ser
capacitado com o curso da NR-35.
Os Sistemas de Proteção Contra Quedas - SPQ, são sistemas
destinados a eliminar o risco de queda dos trabalhadores ou a
minimizar as consequências da queda. Lembrando que estes
sistemas devem ser projetados por profissional legalmente habilitado
e instalados por profissionais capacitados.
Na utilização do sistema de proteção contra quedas, devem ser
considerados dois tipos de sistemas, o 1º é o sistema de proteção
coletiva contra quedas - SPCQ, que podem ser barreiras de proteção,
redes de proteção, telas, grades entre outros. Quando esse for
impossível de ser instalado ou insuficiente para a segurança total,
deverá ser adotado o sistema de proteção individual contra quedas-
SPIQ. O sistema de proteção individual contra quedas – SPIQ é
basicamente constituído dos seguintes elementos:
sistema de ancoragem;
elemento de ligação;
equipamento de proteção individual.
O sistema de Ancoragem
Quando falamos em trabalho em altura, certamente um dos pontos
mais importantes para a segurança é a ancoragem. Ancorar
corresponde ao ato de amarrar, prender ou sustentar algo ou um
equipamento em algum lugar, proporcionando estabilidade. No
trabalho em altura, a ancoragem consiste em manter o trabalhador
conectado e estável, evitando uma possível queda, através de um
sistema onde cordas e cabos de aço são sustentados por estruturas.
O sistema de ancoragem corresponde a um conjunto de
componentes, integrante de um sistema de proteção individual contra
quedas, ou seja, o sistema de proteção individual é conectado ao
sistema de ancoragem. Por exemplo, o cinturão de segurança(1) é
preso ao ponto de ancoragem (3), através de um elemento de ligação
(2). Este ponto de ligação pode ser um talabarte, trava-queda guiado
ou trava-queda retrátil, entre outros. Lembrando que o tipo de
elemento de ligação dependerá da realidade e necessidade do
trabalho.
Linha de Vida ou Linha de Ancoragem
A linha de vida ou Linha de Ancoragem é um sistema fixo ou
temporário de proteção contra quedas para profissionais que
necessitam de maior movimentação nos trabalhos em altura. Os
sistemas de linha de vida temporários são aqueles montados,
utilizados e desmontados de acordo com os trabalhos a serem
executados. Os fixos são aqueles projetados, instalados e que
permanecem na estrutura.
Vale lembrar que é necessário ter no mínimo sempre 2 pontos de
ancoragem para ser instalada a linha de vida e o tipo de ancoragem
depende não apenas das atividades a serem desenvolvidas mas
também do material que irá suportar os mesmos. A linha de vida pode
ser considerada um equipamento de proteção coletiva, visto que pode
suportar vários trabalhadores ao mesmo tempo, sendo que a
quantidade dependerá do projeto realizado e recomendações do
fabricante.
Além disso, as linhas de vida podem ser verticais ou horizontais, de
acordo com o tipo serviço e movimentação necessária. Seja na
construção civil, energia, offshore ou na indústria em geral, cada
ambiente oferece condições e desafios únicos. Existem inúmeros
equipamentos, ferramentas e métodos de trabalho diferentes, o que
gera riscos variados para o trabalhador em altura.
É por isso que todo Sistema de Proteção Contra Quedas precisa de
um projeto detalhado, específico para cada local e operação,
obedecendo a todas as normas aplicáveis. O projeto deve ser
personalizado e realizado por profissional legalmente habilitado, onde
deverão ser analisados fatores como materiais utilizados, altura da
estrutura, formas de fixação, coeficientes de segurança, entre outros.
Para que uma empresa possa conhecer todos os equipamentos de
proteção individual que devem ser fornecidos aos seus funcionários,
é necessário elaborar um estudo dos riscos ocupacionais. Esse tipo
de trabalho, facilita a identificação dos perigos dentro de uma planta
industrial, por exemplo, e ajuda a empresa a reduzi-los ou neutralizá-
los.
Além de orientar sobre as normas de segurança no trabalho, o
empregador deve exigir e fiscalizar o uso do EPI - Equipamento de
Proteção Individual. Até porque, a recusa do empregado em utilizar o
equipamento, não exime a culpa do empregador quanto aos danos
causados ao trabalhador em eventual acidente.
Os EPIs devem ser utilizados durante todo o expediente de trabalho,
seguindo todas as determinações da organização. Conforme a NR-06
o empregador está obrigado a fornecer aos empregados,
gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de
conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa
proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças
profissionais e do trabalho;
b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo
implantadas; e
c) Para atender a situações de emergência.
Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional e
observado o disposto no subitem 6.3, o empregador deve fornecer
aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o disposto no
Anexo I da NR-6.
Conforme o Art. 157 da CLT
Cabe às empresas:
I. Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do
trabalho;
II. Instruir o empregado, através de ordens de serviço, quanto às
precauções a serem tomadas no sentido de evitar acidentes do
trabalho ou doenças profissionais.
A empresa que não cumpre as normas regulamentadoras pode ser
multada, inclusive no caso de acidente no trabalho, pode caracterizar
responsabilidade por nexo de causalidade.
Para a Justiça do Trabalho, somente a comprovação de que o
empregado recebeu o equipamento de proteção, por escrito (através
de ficha de entrega de EPI), não retira do empregador o pagamento
de uma eventual indenização, pois, a norma estabelece que o
empregador deva garantir o seu uso, através de fiscalização e de
medidas coercitivas, quando for o caso.
Quando tratamos das atribuições nas empresas, cabe ao trabalhador:
Se o empregador comprovar a situação de grave e iminente risco, ele
não poderá exigir o retorno dos trabalhadores à atividade enquanto
não forem tomadas as medidas corretivas. Todo trabalhador, ao ser
admitido ou quando mudar de função que implique em alteração de
risco, deve receber informações sobre:
Os Equipamentos de proteção individual (EPI’s) são ferramentas de
trabalho que visam proteger a saúde do trabalhador, reduzindo
possíveis riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o
exercício de uma determinada atividade. O uso deste tipo de
equipamentos , deverá ser contemplado sempre que não for possível
tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que
se desenvolve a atividade.
Além disso, o EPI também é usado para garantir que o profissional
não será exposto a doenças ocupacionais, que podem comprometer a
capacidade de trabalho e de vida dos profissionais durante e depois
da fase ativa de trabalho. O uso dos equipamentos de proteção é
determinado por uma norma técnica NR 6, que estabelece que os
EPIs sejam fornecidos de forma gratuita ao trabalhador para o
desempenho de suas funções dentro da empresa.
O simples fornecimento dos equipamentos de proteção individual não
garante a proteção da saúde do trabalhador. Incorretamente
utilizados, os EPI’s podem comprometer ainda mais a sua segurança.
O uso correto dos EPI é um tema que vem evoluindo rapidamente e
exige a reciclagem contínua dos profissionais através de
treinamentos e do acesso às informações atualizadas.
Bem informado, os profissionais poderão adotar medidas cada vez
mais econômicas e eficazes para proteger a saúde dos trabalhadores,
além de evitar problemas trabalhistas. Infelizmente, Há muitos mitos
sobre os EPI’s o que acaba causando a não utilização dos mesmos:
como:
EPI’s são desconfortáveis:
O operário não usa EPI
EPI’s são caros
Em relação a fala de que os EPI’s são desconfortáveis:
Realmente , os EPI’s eram muito desconfortáveis no passado,
mas atualmente existem EPI’s confeccionados com materiais
leves e confortáveis. A sensação de desconforto está associada
a fatores como a falta de treinamento e ao uso incorreto.
Sobre a fala de que O operário não usa EPI: o trabalhador
recusa-se a usar os EPI’s somente quando não foi
conscientizado do risco e da importância de proteger sua
saúde. O bom profissional exige os EPI’s para trabalhar.
Em relação ao mito de que EPI’s são caros: Estudos
comprovam que os gastos com EPI representam em média
menos de 0,05% dos custos de uma obra. O uso dos EPI’s é
obrigatório e o não cumprimento da legislação pode acarretar
em multas e ações trabalhistas.
Acreditamos que o desenvolvimento da percepção do risco aliado a
um conjunto de informações e regras básicas de segurança são as
ferramentas mais importantes para evitar a exposição e assegurar o
sucesso das medidas individuais de proteção a saúde do trabalhador.
A NR-06 lista os Equipamentos de Proteção Individual, subdividindo
em grupos, como por exemplo, proteção de cabeça, olhos e face,
auditiva, respiratória, tronco, membros superiores, membros
inferiores, corpo inteiro e contra quedas com diferencial de nível.
Acompanhe a seguir a descrição de cada uma destas classificações:
Inflamabilidade
Transmissão de força
Penetração no topo
Requisitos de isolamento elétrico
Inflamabilidade
Para testar a inflamabilidade do capacete, é colocada uma chama de
ensaio em contato com o casco, criando uma nova chama no próprio
capacete. Esta nova chama deve se extinguir em até cinco segundos
após a remoção da chama de ensaio, ou seja, a utilizada para testá-
lo.
Transmissão de força
Para entender esse teste, é preciso conhecer duas definições: a de
cabeça-padrão e a de newtons:
Cabeça-padrão é um dispositivo em formato
semelhante ao de uma cabeça, utilizado nos
ensaios com capacetes. Elas são feitas em
materiais, dimensões e pesos específicos para
cada tipo de teste, servindo como suporte.
Um newton corresponde à força exercida sobre
um corpo de massa igual a 1 kg, que lhe induz
uma aceleração de 1 m/s² na mesma direção e
sentido da força. Em outras palavras, newton é
a forma usada para medir a força do impacto
que um objeto com determinado peso gera ao
cair de certa altura.
No caso, é medida a força do impacto do míssil de teste na superfície
do capacete, e o capacete deve absorver essa força sem passá-la
para a cabeça-padrão.
Em questão à transmissão de força, o capacete de segurança deve
ser ensaiado de acordo com requisitos específicos e não pode
transmitir uma força superior a 4.450 Newton para a cabeça-padrão
utilizada nos testes. O ensaio é realizado repetidas vezes, para cada
sessão de testes deve ser calculada a média das forças máximas
transmitidas nos ensaios individuais. O valor da média não pode ser
superior a 3.780 Newton.
Penetração no topo
O punção é uma estrutura metálica pontuda que serve para perfurar o
capacete durante os testes de penetração. Para o teste, deve-se
seguir as recomendações específicas de peso e formato dos
equipamentos e, assim, deixar que o punção caia de determinada
altura com a ponta sobre o capacete, de forma que a aceleração seja
compatível com a especificada na norma. O punção não pode entrar
em contato com o topo da cabeça-padrão durante o teste, do
contrário, o capacete não será aprovado.
Requisitos de isolamento elétrico
Capacetes de segurança Classe G e Classe E devem atender aos
requisitos de isolamento elétrico, ou seja, cada um deve ser ensaiado
com sua respectiva voltagem especificada na norma. O objetivo do
teste é verificar se o capacete transmite um nível de eletricidade além
do aceitável para o crânio do usuário, se esse for o caso, ele não é
aprovado. O capacete de segurança Classe C não é ensaiado para
isolamento elétrico.
Uso adequado dos capacetes
Descarte
O capacete não deve ser utilizado se:
Alguns empregos que estão disponíveis no mercado atualmente
podem no caso de fábricas e construções, por exemplo, causar danos
aos funcionários, como lesões na cabeça, danos nos olhos, na face e
nos demais membros.
Sendo assim, para evitar estes acidentes, o ideal é se proteger
devidamente com equipamentos de proteção individual
especializados. Dentro do funcionamento de uma fábrica existem
alguns tipos de máquinas que podem atingir os funcionários no rosto
e nos olhos, como é o caso de farelos e pequenas partes de
substâncias que são emitidas pela máquina, tais substâncias quando
entram em contato com os olhos chegam até a cegar o trabalhador,
recomenda-se então, que sejam utilizados equipamentos corretos de
segurança para essas regiões.
Importância da proteção dos olhos
Os olhos são uma das regiões mais sensíveis de todo o nosso corpo
e por isso merecem atenção redobrada em serviços em indústrias e
construções, onde pequenas porções de matéria, ou mesmo faíscas e
gases, podem atingi-los. O que ressalta a importância do uso de
equipamentos de segurança, que servem para protegê-los não
somente de partículas, mas de outros fatores, como luminosidade
intensa, radiação ultravioleta e radiação infravermelha.
Os óculos protetores protegem os olhos de areia, fagulhas, gases,
pancadas, pó, vento e energia radiante. Não somente o trabalhador
que faz o serviço deve estar com os óculos de proteção, mas também
todos que o cercam.
O trabalhador que faz uso de óculos de grau não está dispensado do
equipamento de proteção dos olhos, no EPI pode ser feita a correção
óptica necessária ou até mesmo o uso de óculos de sobreposição
(óculos de sobrepor). É importante frisar que o uso dos óculos de
grau é proibido por apresentarem o risco de serem estilhaçados e
entrarem em contato com os olhos.
É fundamental lembrar que os olhos são áreas muito sensíveis do
corpo, logo, exigem um cuidado maior para evitar queimaduras e
perfurações do globo.
Importância da proteção da face
A face em si é tão importante quanto à proteção dos olhos, deve-se
então, ser usados EPI’S em locais que possam oferecer riscos ao
trabalhador.
Os protetores faciais visam dar proteção à face e ao pescoço contra
impacto de partículas volantes, respingos de líquidos prejudiciais,
protegendo contra ofuscamento e calor radiante.
Estes EPI’S são recomendados quando a projeção de partículas
volantes oferece maior risco, como no caso de operadores de
equipamentos em madeireiras, em serralherias, na aplicação de
defensivos; apicultura; jateamento; riscos químicos e biológicos.
O ouvido é uma região muito sensível do corpo e está exposto a
diversos riscos no nosso dia a dia, seja no lazer ou nas tarefas
profissionais. Porém, no ambiente de trabalho existem limites de
tolerância para evitar futuras complicações e ameaças à saúde do
trabalhador. O ruído é o principal risco existente que ameaça a saúde
da audição nos locais de trabalho. Por isso, entendemos que
respeitar as normas de segurança é essencial para a proteção
auditiva eficaz e para a prevenção dos riscos existentes.
Prevenir as doenças ocupacionais faz parte do dia a dia dos
profissionais da segurança do trabalho, a avaliação dos riscos e a
atenuação dos ruídos são de extrema importância para escolher o
equipamento de proteção auditiva ideal. Quando um ambiente de
trabalho ultrapassa os limites de tolerância que a norma determina, é
obrigação do empregador fornecer o EPI adequado para aquela
atividade.
Ao ser exposto a ruídos contínuos, o nosso ouvido reage produzindo
um zumbido, que a curto prazo não parece ser um problema, porém, a
longo prazo, esses barulhos podem causar perdas auditivas até
mesmo permanentes. De acordo com a NR 6, atuando juntamente
com a NR 15, ela determina que a empresa deve disponibilizar tanto
os EPI’s para proteção auditiva, quanto um treinamento para que a
proteção seja total.
Segundo a NR 15, os níveis de ruídos contínuos ou intermitentes
devem ser medidos em decibéis, com instrumento de nível de pressão
sonora. As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do
trabalhador.
A avaliação quantitativa é realizada através dos equipamentos de
medição para avaliar os riscos ocupacionais existentes nos locais de
trabalho, neste caso, o ruído. Os equipamentos utilizados para avaliar
o risco do ruído podem ser: decibelímetro e dosímetro.
O decibelímetro é utilizado para registrar os picos do ruído, já o
dosímetro é recomendado para qualificar e definir a dose de uma
jornada inteira de trabalho, calculando a média de ruído correta.
A NBR 16077 estabelece o método de cálculo do nível de pressão
sonora, com o objetivo de fornecer a proteção auditiva por meio de
abafadores de ruídos ou outros protetores auriculares. Este método é
definido através do nível de redução de ruído (NRR).
A estimativa do nível de pressão sonora na orelha protegida pode ser
calculada por dois métodos, o método longo e o método simplificado:
O método longo leva em conta o espectro do ruído presente no
ambiente e deve ser utilizado quando os dados necessários para
cálculo puderem ser medidos conforme o nível de pressão sonora
equivalente da exposição. Caso contrário, deve ser utilizado o método
simplificado, que é uma aproximação calculada, baseada em um
número único de atenuação do protetor auditivo.
O profissional deve averiguar se o NRR que o EPI possui é
compatível com os ruídos produzidos no ambiente de trabalho, para
que a proteção auditiva através dos protetores auriculares seja
realizada de maneira eficaz.
Através destes dados, são estabelecidos limites de tolerância para
ruído contínuo ou intermitente. Sendo assim, é disposta uma tabela
que apresenta níveis de ruídos decibéis e seu limite máximo
permissível por dia, como, por exemplo: quando em contato com 85
decibéis, o trabalhador deverá ficar exposto no máximo a 8 horas.
Segundo a norma regulamentadora NR15, qualquer atividade
comercial que ultrapasse os 85 decibéis em uma jornada de trabalho
de oito horas é considerada insalubre. Isso porque ruídos acima
deste nível podem prejudicar não somente a saúde auditiva do
funcionário, como também afetar a produtividade.
Ambientes como construções e fábricas muitas vezes apresentam
componentes contaminantes no ar, que podem prejudicar o corpo
humano quando inalados. Para isso existem os equipamentos de
proteção respiratória (EPR), ou respiradores, que tem como objetivo
prevenir que o trabalhador se exponha a substâncias perigosas por
meio da inalação e também ao ar com pouco oxigênio. Porém, o uso
desses equipamentos é considerado o último recurso na hierarquia
das medidas de controle e deve ser adotado somente após cuidadosa
avaliação dos riscos.
Quando não for possível prevenir a exposição de substâncias
perigosas ao local, o controle de exposição adequado deve ser
alcançado, se possível, pela adoção de outras medidas de controle
que não o uso de respiradores. Medidas como substituição das
substâncias por outras menos tóxicas, confinamento da operação,
sistema de ventilação local ou redução do tempo de exposição devem
ser consideradas.
No entanto, existem situações nas quais ainda pode ser necessário o
uso de um respirador, como quando as medidas de proteção coletiva
implementadas não forem suficientes, enquanto as mesmas estiverem
sendo implementadas, ou ainda em casos de caráter emergencial,
garantindo uma completa proteção ao trabalhador contra os riscos
existentes no ambiente de trabalho.
Qualquer modificação, mesmo que pequena, pode afetar de modo
significativo o desempenho do respirador e invalidar a sua aprovação.
Portanto, estes equipamentos só devem ser colocados em uso
quando possuírem o certificado de aprovação e sua utilização estiver
em conformidade com os requisitos legais.
Contaminantes
Partículas Sólidas
Fumos: são gerados termicamente, geralmente em processos de
soldagem ou fundição. O material sólido é aquecido e torna-se um
vapor, que, por sua vez, condensa e volta a ser um sólido, dessa vez
dividido em pequenas partículas.
Partículas Líquidas
Alguns autores consideram as partículas líquidas geradas pela
condensação do vapor como neblina, diferenciando-a da névoa.
Vapores: São resultantes da vaporização de líquidos para formar
gases menos densos que as névoas em condições normais de
temperatura e pressão.
Partículas Gasosas
Gases: substâncias que, em condições normais de pressão e
temperatura, estão no estado gasoso, como dióxido de enxofre, gás
carbônico e amônia.
Partículas Radioativas
Dependendo da química envolvida em cada tipo de partícula, sua
inalação em grande quantidade pode causar doenças respiratórias,
alergias e irritações nas vias aéreas. Nos casos mais graves, a
exposição prolongada pode levar a danos a diversos órgãos,
convulsões e até a morte.
Desta forma, é fundamental utilizar respiradores em ambientes que
apresentam contaminantes para não ocasionar riscos à saúde durante
a realização das atividades.
Esse equipamento pode ser caracterizado quanto à sua proteção e quanto à
sua estrutura. As luvas protegem contra diferentes riscos, como:
De uma forma geral, as luvas usadas por trabalhadores nas mais variadas
áreas devem estar em perfeito estado e não possuir buracos e nem cortes.
Todo profissional que precisar usar luvas de segurança no trabalho deve usar
de acordo com o tamanho de suas mãos. O material da luva vai de acordo com
a necessidade e é escolhido pelo profissional de segurança do trabalho. No
caso das luvas sofrerem algum dano, é necessário falar com o responsável e
trocar o equipamento.
Existe um grande número de riscos para os trabalhadores em
diversas empresas, um deles seria a respeito dos pés, que podem vir
através da queda ou rolamento de materiais pesados, riscos elétricos,
substâncias quentes ou corrosivas, e até mesmo uma área
escorregadia, sendo assim, é recomendável o uso de EPI’s para
evitar transtornos e acidentes.
No entanto, mesmo sabendo da importância do uso dos calçados para
cada atividade específica, alguns trabalhadores ainda não utilizam de
forma correta ou até deixam de usar, por isso, é necessário que tenha
algum funcionário responsável por fiscalizar se estão utilizando, se
usam de forma adequada e se armazenam conforme as exigências.
Como sabemos, o perigo que o trabalhador está exposto se liga
diretamente com a atividade que ele exerce, neste caso, quando
tratamos das principais consequências, podemos citar as seguintes:
Luxação
Torção
Escoriação
Corte
Fratura
Esmagamento
Amputação
Queimaduras
Levando em consideração todas as lesões, é notável que o uso do
EPI não pode ser ignorado.
Exemplos de EPI para proteção dos pés
São diversos os equipamentos de proteção para os pés, entre eles
estão:
Material do EPI
Para adquirir os calçados e estabelecer a segurança dos
trabalhadores, o empregador precisa se basear no ambiente em que
todos estão disponibilizados, escolhendo o material correto que pode
ser um dos seguintes:
Couro: Estes EPI’s são resistentes a água,
duradouros e de fácil manutenção. São mais
pesados e menos ventilados que os de malha
de nylon, mas costumam ter mais durabilidade,
por isso, são uma ótima escolha para
condições de trabalho mais difíceis.
As duas categorias citadas não excluem os outros problemas que
podem acontecer como: calos ou unhas encravadas. Apesar de não
serem lesões extremamente graves, costumam causar desconforto e
dor, fazendo com que o trabalhador não esteja nas melhores
condições para evitar novos riscos.
Piso para conforto dos pés
Trabalhar por longa duração em pisos que são inflexíveis e duros
pode causar desconforto, para este caso, calçados com solas grossas
e isolantes ou palmilhas absorventes de choques podem aliviar essa
sensação, outras opções são uma boa escolha, como o tapete anti-
fadiga que em algumas situações e áreas poderão ser utilizados
tomando cuidado em sua instalação para que os trabalhadores não
corram perigo de escorregar ou tropeçar.
Para diminuir o perigo de deslizamento, se utiliza pavimentos
antiderrapantes, mas como podem fazer com que os pés dos
trabalhadores escorreguem para frente dentro dos calçados causando
uma sensação de queimação, é recomendado palmilhas
antiderrapantes para aliviar o incômodo.
Maneiras de armazenar e manter o EPI de proteção para os pés
Quando o trabalhador deixar de utilizar seu EPI, deve escolher um
local arejado, longe do calor e da umidade para guardar até que seja
necessário fazer o uso novamente, ele sempre deve estar amarrado.
Nunca deve ser utilizado como “chinelo”, ou seja, com o calcanhar
para fora, o EPI não pode ter nada alterado, como ser cortado,
furado, costurado ou até pintado. O calçado não deve permanecer
estocado por mais de 180 dias, para os de borracha, o prazo máximo
de estocagem são 12 meses.
O usuário não deve fazer o contínuo, pois contribui para o
aparecimento de fungos, bactérias e mau cheiro, o suor absorvido
deve ser eliminado naturalmente, o EPI deve ser secado longe de
secadoras de roupas, aquecedores, caldeiras, estufas, fogões e até
mesmo longe do sol. A forma adequada de secar o calçado é na
temperatura ambiente e na sombra, para eliminar a sujeira poderá ser
utilizado um pano úmido e limpo, após secar, no caso de calçados de
couro, é só aplicar algum produto de engraxe ou conservação
específico.
Inspeções gerais;
Inspeções parciais;
Inspeções de rotina;
Inspeções periódicas;
Inspeções eventuais;
Inspeções oficiais; e
Inspeções especiais.
Inspeções Gerais
São feitas em todos os setores da empresa e abrangem todos os
aspectos de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho. Dessas
verificações podem participar engenheiros, técnicos de segurança,
assistentes sociais e membros da CIPA. Além disso, essa inspeção
pode ser realizada no início do mandato da CIPA.
Inspeções Parciais
São limitadas a determinadas áreas, setores ou atividades, onde já se
sabe que existem problemas, seja por reclamações dos trabalhadores
ou ocorrência de doenças e acidentes do trabalho. Neste caso, deve
ser uma inspeção mais detalhada e criteriosa.
Inspeções de Rotina
Este procedimento cabe aos encarregados dos setores de segurança,
aos membros da CIPA, ao pessoal que cuida da manutenção de
máquinas, equipamentos e condutores de energia. É muito importante
que os próprios trabalhadores também façam verificações em suas
ferramentas, nas máquinas que operam e nos equipamentos que
utilizam. Normalmente, em verificações de rotina, são mais
procurados os riscos que se manifestam com mais frequência e que
constituem as causas mais comuns de acidentes.
Inspeções Periódicas
Como ocorrem desgastes dos materiais utilizados na produção, essas
inspeções são feitas com frequência regular, em data e local
previamente agendados, elas são destinadas a descobrir riscos que o
uso de ferramentas, de máquinas, de equipamentos e de instalações
energéticas podem provocar. Algumas dessas inspeções são
determinadas por lei, principalmente a de equipamentos perigosos,
como caldeiras e equipamentos de segurança como extintores.
Inspeções Eventuais
Não tem data ou período determinados, podem ser feitas por vários
técnicos e visam solucionar problemas considerados urgentes.
Inspeções oficiais
São aquelas realizadas por agentes de órgãos oficiais e das
empresas de seguro.
Inspeções Especiais
Informação
Registro
Registrar os itens observados em formulários
especiais, como relatórios de inspeção; e
Deve constar o que foi observado, o local de
observação e as recomendações.
Encaminhamento
Acompanhamento
Temperamento
Preocupação
Emoção
Surdez;
Insuficiência visual;
Daltonismo; e
Analfabetismo
Manutenção da Saúde;
Eliminação das causas de doenças
profissionais;
Aumento da produtividade;
Propor as medidas preventivas de acordo com
os riscos encontrados; e
Controle das exposições inadequadas à
agentes ambientais.
Etapas da Higiene do Trabalho
Para que a Higiene do Trabalho tenha total eficácia, ela deve conter
os seguintes passos:
Antecipação;
Reconhecimento;
Avaliação; e
Controle.
Os termos avaliação e controle designam principalmente as
monitorações que serão conduzidas no ambiente de trabalho.
Eliminação do risco;
Sinalização e Bloqueio do risco; e
Neutralização do risco, sendo que a
Neutralização se subdivide em outras três
etapas chamadas de proteção contra o risco,
isolamento do risco e enclausuramento do
risco.
Esgotadas as possibilidades de adoção de medidas de proteção
coletivas, ou como forma de complementação destas medidas, a
empresa poderá adotar as medidas de proteção individual
(EPI). Prevenir o colaborador de qualquer função que ofereça riscos à
saúde e bem-estar é uma das maiores responsabilidades das
empresas atualmente. Entende-se por riscos ocupacionais no
trabalho, todas as situações de perigo em que a pessoa contratada
está exposta e que faz parte da função que ela irá assumir.
O Órgão Responsável pela Segurança e Saúde dos Trabalhadores
tem uma classificação para cada um dos riscos ocupacionais e separa
por: físico, químico, biológico, ergonômico ou acidental, que são
divididos em dois grupos. O primeiro grupo é o dos operacionais, que
são riscos relacionados a acidentes, já o segundo grupo é o de riscos
comportamentais ou ambientais, que são os riscos físicos,
ergonômicos, químicos e biológicos. Observe a seguir as medidas
preventivas para alguns exemplos de agentes biológicos, químicos e
físicos.
Medidas Preventivas para Agentes Biológicos
Médicos;
Dentistas;
Lixeiros;
Agricultores;
Açougueiros; e
Veterinários.
Medidas Preventivas para Agentes Físicos
Temos diversos riscos físicos, como: ruído, calor, frio, vibrações,
radiações, entre outros. Para exemplificar como poderiam ser feitas
as medidas preventivas em uma empresa, vamos considerar o ruído.
Para empresas que possuem esse tipo de risco, a mesma deve ter um
Programa de Conservação Auditiva - PCA, que será basicamente
composto de:
Medidas de Controle na Fonte
O ruído pode ser combatido por medidas de controle na fonte de sua
produção, como:
Eliminação ou substituição por máquinas mais
silenciosas;
Modificação no ritmo de funcionamento da
máquina;
Aumento da distância da fonte emissora e
redução da concentração de máquinas;
Implantação de programas de manutenção
preventiva;
Alteração na fonte emissora; e
Cabines isolantes.
Medidas de controle na trajetória
O ruído também pode ser combatido pelo controle na trajetória,
adotando as seguintes ações:
Medidas de controle no trabalhador
Por fim, uma das medidas que pode ser executada, são as medidas
de controle no trabalhador, que no caso do ruído pode ser por meio
da:
Agentes Químicos
Quando tratamos dos agentes químicos, consideramos os produtos ou
substâncias que podem penetrar no organismo pelas vias:
Esses foram alguns exemplos de como a Higiene do Trabalho pode
prevenir ou eliminar doenças e riscos à saúde do trabalhador. No
entanto, é necessário ter em mente que, independente do setor ou
atividade deve-se:
A Análise Preliminar de Risco (APR) é uma técnica que consiste em
identificar eventos perigosos, suas causas e consequências e
estabelecer medidas de controle de forma preliminar, sendo utilizada
como primeira abordagem do objeto de estudo. Em um grande
número de casos ela é suficiente para estabelecer medidas de
controle de riscos.
É muito importante que na identificação dos riscos eles sejam
controlados conforme exige as normas regulamentadoras de cada
atividade, por exemplo, quando houver uso de Máquinas e
Equipamentos, o objetivo da APR, além de conhecer a tarefa, é
verificar se os mesmos estão em conformidade com a NR 12 -
Máquinas e Equipamentos, quando o trabalho a ser realizado tiver
risco de eletricidade, é preciso estar em conformidade com a NR-10,
e assim por diante. O foco da APR são todos os perigos ou eventos
indesejáveis.
É necessário realizar uma avaliação qualitativa dos riscos
associados, identificando, desta forma, aqueles que requerem
priorização. Além disso, são sugeridas medidas preventivas ou
mitigadoras dos riscos, a fim de eliminar as causas ou reduzir as
consequências dos cenários de acidente identificados. O grau de
risco é determinado por uma matriz de risco gerada por profissionais
com maior experiência na unidade, orientada pelos técnicos que
aplicam a análise.
A APR deve ser sempre desenvolvida com a participação dos
trabalhadores e implantada antes da execução de determinadas
atividades, seja para trabalhos realizados pela própria empresa ou
através de empresas contratadas.
Responsabilidades do SESMT (Serviço Especializado em
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho)
SESMT e Supervisores responsáveis pelo trabalho
Desenvolvimento
A análise preliminar de risco (APR) deve ser minuciosamente
estudada e elaborada de maneira compreensível a todos envolvidos.
Para a elaboração de uma boa análise preliminar de risco é
recomendável sempre buscar o máximo de informações com o
supervisor e a equipe responsável pela realização do trabalho, é
muito importante sempre realizar uma visita ao local onde o trabalho
será executado.
Dessa forma, se obtêm mais detalhes sobre o serviço, facilita na
compreensão para melhorar o desenvolvimento da APR - Análise
Preliminar de Risco.
Envolvidos na realização da Tarefa
É importante a participação de toda equipe de trabalho na elaboração
da análise preliminar de risco – APR, dessa forma passam a conhecer
os procedimentos de trabalho, os riscos identificados e os controles
necessários à prevenção de acidentes.
Os acidentes são materializações dos riscos associados com as
atividades, com os procedimentos, projetos, instalações, máquinas e
os equipamentos. Para reduzir a frequência de acidentes, é preciso
avaliar e controlar os riscos e responder às seguintes perguntas:
O que pode acontecer errado?
Quais são as causas básicas dos eventos não desejados?
Quais são as consequências?
A análise de riscos se constitui em um conjunto de métodos e
técnicas, que aplicados a uma atividade proposta ou existente
identificam e avaliam, qualitativa e quantitativamente, os riscos que
essa atividade representa para a população vizinha, ao meio
ambiente e à própria empresa.
A utilização de técnicas e de métodos específicos para a análise de
riscos ocupa cada vez mais, o espaço nos programas sobre
segurança e gerenciamento ambiental das indústrias, como evidência
da preocupação destas, dos governos e de toda a sociedade com
respeito aos temas relacionados à segurança e ao meio ambiente.
Os principais resultados de uma análise de riscos são:
Identificação de cenários de acidentes;
As frequências esperadas de ocorrência destes acidentes;
Magnitude das possíveis consequências.
Deve-se incluir nas medidas de prevenção de acidentes e nas
medidas para controle, as consequências dos acidentes para os
trabalhadores, para as pessoas que vivem ou trabalham próximo às
instalações e/ou para o meio ambiente.
Você já observou o que acontece quando enfileirarmos pedras de um
dominó e depois empurramos uma delas? Todas as demais, na
sequência, acabam caindo, até derrubar a última pedra. Podemos
imaginar que algo semelhante acontece quando um acidente de
trabalho ocorre. Dessa forma, a lesão sofrida por um trabalhador, no
exercício de suas atividades profissionais, obedece a uma sequência
de quatro fatores, sendo:
1. O ambiente social;
2. Causa pessoal;
3. Causa mecânica; e
4. Acidente.
Vamos entender detalhadamente cada um desses fatores a seguir:
Medidas de prevenção contra os fatores de risco
Para adotar medidas efetivas na prevenção de acidentes, é
necessária a realização de análises no contexto de trabalho. A partir
dessas análises, é possível desenvolver medidas para frear os
fatores de risco, como por exemplo:
É indicado que as empresas possuam grupos de pessoas
responsáveis pela aplicação dessas medidas de prevenção, como:
Acidentado;
Testemunhas;
Supervisão direta.
Combustão
Combustão é uma reação química, na qual uma substância
combustível reage com o oxigênio, e se ativada pelo calor (elevação
de temperatura), emite energia luminosa (fogo), mais calor e outros
produtos (Fumaça e gases, por exemplo).
A combustão pode ser classificada em:
1. Combustão Lenta: Ocorre quando a oxidação de uma
determinada substância não chega provocar calor para a
ignição e liberação de energia luminosa nem aumento de
temperatura. Ex.: ferrugem, respiração, etc.
2. Combustão Viva: Ocorre quando a reação química de oxidação
atinge o ponto de ignição e libera energia luminosa e calor sem
aumento significativo de pressão no ambiente. Ex.: Queima de
materiais comuns diversos.
3. Combustão Muito Viva: Ocorre quando a reação química de
oxidação libera energia e calor numa velocidade muito rápida
com elevado aumento de pressão no ambiente. Ex.: Explosões
de gás de cozinha, Dinamite, etc.
Para fins didáticos, nesse curso, adota-se o triângulo do fogo como
elemento de estudo da combustão, atribuindo-se, a cada lado, um dos
elementos essenciais à combustão.
Combustíveis sólidos
Os combustíveis sólidos, quando expostos ao calor, sofrem
decomposição, liberando vapores num processo chamado pirólise
(decomposição química de uma substância mediante a ação do calor).
Esses vapores em contato com o oxigênio do ar numa concentração
adequada, formam uma mistura inflamável, que na presença de uma
fonte de ignição (faísca, chama, centelha), se inflamam.
Os combustíveis sólidos têm forma e tamanho definidos. Esta
propriedade afeta significativamente o modo como estes combustíveis
se incendeiam. A posição do combustível sólido afeta sua forma de
queima, pois quanto mais área exposta ao oxigênio melhor a queima
e a propagação do fogo.
Combustíveis líquidos
Combustíveis gasosos
COMBUSTÍVEL CONCENTRAÇÃO
Propano 5% a 17%
Hidrogênio 4% a 75%
Acetileno 2% a 80%
A atmosfera é composta por 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e
1% de outros gases, por isso, em ambientes com a composição
normal do ar, a queima desenvolve-se com velocidade e de maneira
completa e notam-se chamas.
A combustão consome oxigênio do ar num processo contínuo e
gradativo, diminuindo a porcentagem do mesmo no ambiente. Quando
a porcentagem do oxigênio do ar do ambiente diminuir de 21% para a
faixa compreendida entre 16% e 8%, a queima tornar-se-á mais lenta,
surgindo brasas e não mais chamas.
Quando o oxigênio contido no ar do ambiente atingir concentrações
menores de 8% é provável a extinção da combustão. Os combatentes
de fogo devem ficar atentos e lembrar que materiais que não
queimam facilmente nos níveis normais de oxigênio poderão queimar
com rapidez em atmosferas enriquecidas com o mesmo.
Um desses materiais é o conhecido Nomex (material resistente ao
fogo que é utilizado na fabricação de roupas de aproximação e
combate ao fogo) que em ambientes normais não se inflama, no
entanto, arde rapidamente em atmosferas com concentrações de 31%
de oxigênio. Essas situações podem ocorrer em indústrias químicas,
ambientes hospitalares e até, em domicílios que haja equipamentos
portáteis para oxigenioterapia.
O calor é o componente energético do tetraedro do fogo, é uma forma
de energia em trânsito, geralmente decorrente de uma diferença de
temperatura entre corpos. O calor é o fator preponderante para dar
origem a um incêndio, mantê-lo e intensificar sua propagação. É,
portanto, uma forma de energia que eleva a temperatura, sendo
gerado pela da transformação de outra energia, através de processos
físicos ou químicos.
Processos químicos
Energia química: a quantidade de calor gerado pelo processo de
combustão;
Energia nuclear: o calor gerado pela fissão ou fusão de átomos.
Processos físicos
Energia elétrica: o calor gerado pela passagem de eletricidade
através de um condutor, como um fio elétrico ou um aparelho
eletrodoméstico;
Energia mecânica: o calor gerado pelo atrito de dois corpos.
Uma fonte de calor pode ser qualquer elemento que inflame os gases
do combustível. Na prática, pode ser uma chama, uma fagulha (faísca
ou centelha) ou ainda uma superfície aquecida.
Alguns efeitos físicos e químicos do calor são a elevação da
temperatura, o aumento de volume do corpo aquecido, mudanças no
estado físico ou químico da matéria.
O calor também produz efeitos fisiológicos, como queimaduras,
desidratação, insolação, fadiga, lesões no aparelho respiratório e até
a morte.
Riscos da variação de volume e de temperatura
O calor age sobre os corpos, produzindo, variações de volume e
temperatura, trazendo alguns riscos, como:
Dilatação de sólidos: O aço e o concreto dilatam com o calor e isso
pode provocar falha estrutural e desabamento numa edificação.
Dilatação de corpos líquidos: A dilatação em líquidos pode provocar
o transbordamento.
Dilatação de corpos gasosos: A dilatação dos corpos gasosos
envazados (cilindros) pode provocar a ruptura dos mesmos, se não
possuírem válvulas de alivio de pressão.
Variações bruscas de temperaturas: Durante o combate ao incêndio
o aquecimento e o resfriamento pela água pode causar dilatação e
contração dos materiais gerando riscos de colapso nos mesmos.
A Reação em Cadeia ocorre quando os elementos de combustível,
comburente e calor, que isoladamente não provocam um incêndio,
interagem entre si e geram uma combustão que se auto mantém. No
entanto, é necessário que haja uma ignição para que o processo de
combustão se inicie.
Classes de Incêndio
Tipos de Extintores
Unidade Unidade
CO AB
Água Espuma BC FE36 Extintora Extintora
2 C
Classe K Classe D
Não Não
(conduz (conduz Sim Sim Sim Sim Não Não
Equipamentos corrente) corrente)
Elétricos e
Energizados
Não Não
Pó de (conduz (conduz Não Não Não Não Não Sim
Alumínio, corrente) corrente)
Magnésio,
Zircônio,
Potácio,
Titânio
Óleo, Gordura
Em contato com superfícies quentes, este pó não adere a superfície,
o que permite fácil limpeza após a extinção do fogo. Este tipo de
extintor age por abafamento, podendo ser também utilizado em
princípio de incêndios de classes A, porém somente em seu início.
Quando o extintor de Pó Químico é utilizado em princípio de incêndio
de Classe C mesmo sendo indicado, ele pode danificar o equipamento
que está pegando fogo ou até mesmo equipamentos próximos, devido
aos resíduos que se espalham no ambiente.
Técnicas de Utilização
O extintor de pó químico especial é composto de substâncias como o
cloreto de sódio para abafar fogo em metais inflamáveis. São os
únicos capazes de apagar incêndios da classe D. Criam uma crosta
sobre o metal flamejante e evitam seu contato com o oxigênio
É o agente extintor indicado para incêndios da Classe D.
Age por abafamento.
Primeiros socorros são as primeiras providências tomadas no local do
acidente. É o atendimento inicial e temporário até a chegada de um
socorro profissional. Geralmente, presta-se atendimento no próprio
local. As providências a serem tomadas inicialmente são:
Uma rápida avaliação da cena e vítima;
Aliviar as condições que ameacem a vida ou
que possam agravar o quadro da vítima, com a
utilização de técnicas simples;
Acionar corretamente um serviço de
emergência local;
Atuar conforme o seu conhecimento;
Assistir a vítima até que chegue o socorro
médico.
Anualmente, milhares de pessoas se acidentam nas ruas, nas
rodovias, em casa e no trabalho. Geralmente, são quedas,
queimaduras, envenenamentos, cortes, choques e situações que
exigem, na maioria das vezes, socorro imediato.
É importante lembrar que, como adulto, a pessoa é responsável pela
própria segurança e, muitas vezes, também pela segurança de
terceiros, principalmente de crianças e de idosos. Eles precisam e
devem ser protegidos.
Apesar das medidas de segurança comumente adotadas e dos
cuidados que as pessoas têm com as próprias vidas, nem todos os
acidentes podem ser evitados, porque nem todas as causas podem
ser controladas. Assim, os riscos de acidente fazem parte do
cotidiano, o que requer a presença de indivíduos treinados para atuar
de forma rápida.
Cada vez se investe mais na prevenção e no atendimento às vítimas.
No entanto, por mais que se aparelhem hospitais e prontos-socorros,
ou se criem os Serviços de Resgate e SAMU’s (Serviços de
Atendimento Móvel de Urgência) sempre vai haver um tempo até a
chegada do atendimento profissional.
Nesse período, os únicos presentes são aqueles envolvidos no
acidente e os que estavam ou passaram pelo local. Somente a equipe
especializada é composta por socorristas, ou seja, socorrista é
aquele que está preparado, treinado e habilitado a fazer os primeiros
socorros e transporte de acidentados.
A pessoa que presta os primeiros socorros, em casos de acidentes ou
males súbitos, deve ter conhecimento das primeiras medidas a serem
tomadas. Esta função é importante, pois pode manter a vítima viva
até a chegada do socorro adequado, bem como não ocasionar outras
lesões ou agravar as já existentes. Sendo assim, é preciso agir com
bom senso, tolerância, calma e ter grande capacidade de
improvisação.
Prestar os primeiros socorros é uma atitude humana, que requer
coragem e o conhecimento das técnicas adequadas em face de ser
capaz de auxiliar numa emergência. O socorro imediato evita que um
ferimento se agrave, que uma simples fratura se complique, ou que
um desmaio resulte na morte do acidentado.
É comum que as pessoas se sintam incomodadas e até não gostem
de socorrer um estranho. No entanto, não se deve esquecer que
qualquer pessoa, inclusive família ou amigos, também podem ser
vítimas de acidentes e de mal súbito.
Os primeiros socorros, ou socorro básico de urgência, são as
medidas iniciais e imediatas dedicadas à vítima, fora do ambiente
hospitalar, executadas por qualquer pessoa treinada, para garantir a
vida, proporcionar bem-estar e evitar agravamento das lesões
existentes.
O conhecimento e a aplicação dos primeiros socorros têm como
objetivo fundamental salvar vidas. Se a pessoa não tiver condições
emocionais de prestar socorro direto à vítima, deve procurar por
alguém que a auxilie no atendimento e, em seguida, acionar os
serviços especializados: médicos, ambulâncias, SAMU e bombeiros.
Não se deve deixar uma vítima sem uma palavra de apoio ou um
gesto de solidariedade, nem deixar de adotar os procedimentos
cabíveis.
Existem várias maneiras de ajudar num acidente, até um simples ato
de chamar assistência especializada como ambulância e bombeiros,
sendo de suma importância para o atendimento adequado. Ao
solicitar ajuda, a pessoa deve procurar passar o máximo de
informações, como endereço do acidente, ponto de referência, sexo
da vítima, idade aproximada, tipo de acidente e número de vítimas.
Prestar os primeiros socorros não significa somente fazer respiração
artificial, colocar um curativo em um ferimento ou levar uma pessoa
ferida para o hospital. Significa chamar a equipe especializada
(Bombeiros, SAMU), dar suporte a alguém que está ferido e
tranquilizar os que estão assustados ou em pânico.
É importante entender que quem presta socorro deve saber que não é
sua tarefa realizar o diagnóstico, mas sim, ocupar-se em prover os
cuidados necessários para o suporte básico à vida. Sendo assim,
existem algumas regras básicas que devem ser seguidas em qualquer
situação de emergência, que são:
Observação
A observação é a primeira ação que uma pessoa que está preparada
e treinada em primeiros socorros deve fazer num atendimento de
emergência. É preciso realizar uma observação detalhada da cena,
certificando-se de que o local em que se encontra a vítima está
seguro e analisando a existência de riscos, como desabamentos,
atropelamentos, colisões, afogamento, eletrocussão, agressões, entre
outros.
Mas fique atento, socorrer alguém pode ser perigoso. Não descuide
de sua segurança pessoal e não corra riscos em resgates heróicos.
Somente depois de assegurar-se da segurança da cena é que a
pessoa deve se aproximar da vítima para prestar assistência. Não
adianta tentar ajudar e, em vez disso, se tornar mais uma vítima.
Lembre-se: primeiro você, depois as demais pessoas e, por último, a
vítima.
Após a avaliação da cena, identificando os riscos existentes e
verificando que não há ameaças, a pessoa que irá prestar os
primeiros socorros poderá se aproximar da vítima. A observação da
vítima pode revelar vários fatos como:
Batimentos cardíacos;
Fraturas;
Umidade da pele;
Alterações de temperatura (alta ou baixa).
Diálogo
Sempre que possível, deve-se interagir com a vítima, procurando
acalmá-la e, ao mesmo tempo, avaliar as condições desta enquanto
conversa. A tentativa de diálogo com a vítima pode permitir perceber:
Nível de consciência;
Sensação e localização da dor;
Incapacidade de mover o corpo ou partes dele;
Perda ou sensibilidade em alguma parte do corpo.
Uma vez definida e analisada a situação, a ação deve ser dirigida
para:
Pedido de ajuda qualificada e especializada;
Avaliação das vias aéreas;
Avaliação da respiração e dos batimentos cardíacos;
Prevenção do estado de choque;
Aplicação de tratamento adequado para as lesões menos
graves;
Preparação da vítima para remoção segura;
Providências para transporte e tratamento médico (dependendo
das condições).
A pessoa que presta os primeiros socorros deve lembrar que sua
tarefa se restringe sempre em só prestar o socorro básico de
urgência. Não deve fazer nada que não seja rigorosamente essencial
para a vida do acidentado, enquanto aguarda o auxílio médico.
Agir com calma e confiança – evitar o pânico;
Ser rápido, mas não precipitado;
Usar bom senso, sabendo reconhecer limitações;
Usar criatividade para improvisação;
Demonstrar tranquilidade, dando ao acidentado segurança;
Manter a atenção voltada para a vítima, quando estiver
interrogando-a;
Falar de modo claro e objetivo;
Aguardar a resposta da vítima;
Não atropelar com muitas perguntas;
Explicar o procedimento antes de executá-lo;
Responder honestamente às perguntas que a vítima fizer;
Usar luvas descartáveis para proteção contra doenças de
transmissão por sangue; e
Atender a vítima em local seguro (removê-la do local se houver
risco de explosão, desabamento ou incêndio).
Acidentes em locais em que há aglomeração de pessoas costumam
envolver um grande número de vítimas e, nesses casos, geralmente,
o atendimento é muito confuso. Estas urgências coletivas podem
acontecer em diversos locais, como igrejas, estádios, casas de
espetáculos, shows, protestos e em qualquer ambiente onde há um
grande volume de pessoas. Ao se deparar com uma urgência coletiva,
a pessoa deve tomar as seguintes medidas:
A parada cardíaca e a respiratória ocorrem de forma isolada por um
curto espaço de tempo, em questão de alguns instantes, uma acarreta
a outra, ocasionando, consequentemente, a parada
cardiorrespiratória, onde será necessário que a prestação de socorro
seja imediata. A parada cardiorrespiratória é a parada dos
movimentos cardíacos e respiratórios, ou seja, é a ausência das
funções vitais do cérebro e coração e a falta dos movimentos
respiratórios e batimentos cardíacos.
Esta é uma emergência de grande risco, pois leva à morte
rapidamente e, por isso, os primeiros atendimentos devem ser dentro
de no máximo 4 minutos a partir da ocorrência, já que após este
tempo as chances de recuperação são escassas. Uma vítima de
parada cardiorrespiratória é identificada por meio dos seguintes
sinais:
Inconsciência;
Ausência de batimentos cardíacos; e
Ausência de movimentos respiratórios.
A parada respiratória é a parada súbita da respiração, ou seja, a
parada dos movimentos de inspiração e expiração de ar. Com isso, há
falta de oxigênio nos tecidos do corpo, principalmente em órgãos
vitais, que necessitam de maior quantidade de oxigênio, como o
coração e o cérebro. A parada respiratória pode ocorrer por diversas
situações, como por exemplo em:
Afogamento;
Sufocação;
Aspiração excessiva de gases venenosos ou
vapores químicos;
Presença de corpos estranhos na garganta;
Choque elétrico;
Parada cardíaca;
Doenças do pulmão;
Trauma;
Obstrução de vias aéreas;
Overdose por drogas.
Se o tórax se expande;
Se há algum ruído de respiração;
Sentir na própria face se há saída de ar.
Inconsciência;
Tórax imóvel;
Ausência de saída de ar pelas vias aéreas (ou
seja, não apresenta saída de ar pelo nariz e
boca).
Muitas pessoas confundem ataque cardíaco com parada cardíaca,
pois o nome é muito similar. Vejamos a diferença entre ataque
cardíaco e parada cardíaca de forma mais detalhada:
Para termos uma ideia, segundo estudos, após uma parada
cardiorrespiratória sem atendimento instantâneo, a sobrevida é
diminuída em 10% para cada minuto de atraso na desfibrilação. Por
outro lado, a taxa de sobrevivência é de cerca de 98% quando o
atendimento ocorre em até 30 segundos à ocorrência, ou seja, a
desfibrilação é fundamental para salvar a vida da vítima. Por esse
motivo, a aquisição de um DEA (Desfibrilador Externo Automático),
nas empresas ou locais públicos é de extrema relevância.
Inúmeras pessoas morrem sem receber atendimento, pela demora do
socorro ou pela inabilidade das pessoas que presenciam o acidente,
algumas pessoas até mesmo atrapalhando aquelas que conhecem os
procedimentos a serem aplicados, em contrapartida outras pessoas
apresentam iniciativa de prestar os primeiros atendimentos a vítima e
transportar em veículo próprio e não aguarda um socorro adequado,
às vezes pela demora do Serviço Médico de Emergência ou por
despreparo, só que essa reação pode causar sequelas e levar à
vítima a morte.
O que vamos apresentar, baseia se no que há mais de atual nas
diretrizes internacionais, a respeito da ressuscitação cardiopulmonar
e Atendimento Cardiovascular de Emergência (ACE). baseia-se nas
novas diretrizes da Agência Americana do Coração (American Heart
Association), que é a referência mundial sobre o assunto, e teve um
processo de avaliação de evidências que envolveu 250 revisores de
39 países.
Segundo estas diretrizes, as vítimas que têm uma Parada
Cardiorrespiratória extra-hospitalar (PCREH), ou seja fora do
hospital, dependem da assistência da comunidade. Os socorristas
leigos precisam seguir os critérios de reconhecimento da Parada
Cardiorrespiratória (PCR), pedir ajuda e iniciar a reanimação
cardiopulmonar (RCP) e aplicar a desfibrilação (na nossa realidade,
se possível) ou seja, as diretrizes internacionais dizem que deve-se
haver um acesso público à desfibrilação (chamada de APD) até que
um time de serviço médico de emergência (SME) com formação
profissional assuma a responsabilidade e, em seguida, transporte o
paciente para um pronto-socorro ou um laboratório de hemodinâmica.
Por esse motivo é recomendado ter nas empresas e em locais com
grande movimentação de pessoas o Desfibrilador Externo Automático
(DEA) para que pessoas preparadas utilizá-lo em caso necessitem
prestar socorro em uma Parada Cardiorrespiratória.
Quando identificados qualquer um destes casos, devemos
rapidamente iniciar as manobras de ressuscitação cardíaca. A taxa de
sobrevida após uma parada cardiorrespiratória é diminuída em 10%
para cada minuto de atraso na desfibrilação. Porém, se a
desfibrilação for aplicada nos primeiros 30 segundos, a taxa de
sobrevida salta para 98%. Por isso, o conhecimento e treinamento
para a utilização do Desfibrilador Externo Automático - DEA é tão
importante.
As novas Diretrizes da Associação Americana do Coração - AHA,
recomendam a alteração em procedimentos de Suporte Básico de
Vida - SBV em adultos, no chamado de A-B-C da vida que priorizava
a liberação da via aérea, respiração e compressões torácicas. Este
procedimento foi alterado para C-A-B-D, onde devemos entender que:
Massagem cardíaca
A massagem cardíaca é uma manobra que objetiva garantir a
oxigenação dos órgãos quando ocorre uma parada cardiorrespiratória.
Nesta situação, não há bombeamento de sangue para os órgãos vitais
do corpo, como cérebro e coração, e estes acabam por entrar em
processo de necrose.
Em caso de suspeita de parada cardíaca (PCR), existe uma
sequência de passos que qualquer pessoa pode seguir para ajudar o
sangue a fluir até que a vítima tenha atendimento especializado. É
importante saber que o melhor resultado na tentativa de reanimar
uma pessoa em parada cardíaca é quando esse processo é realizado
nos primeiros cinco minutos do evento. Essa sequência foi descoberta
e revista ao longo dos anos. Vamos repassar agora toda a sequência
de procedimentos em caso de uma parada cardiorrespiratória e como
realizar a uma massagem cardíaca:
Podemos dizer que, até aqui, estas são ações padrão de qualquer
situação de emergência que apresente vítima inconsciente e
possivelmente com parada cardiorrespiratória, porém, haverá
diferentes situações que exigirão outros procedimentos como, por
exemplo: quando o socorrista leigo estiver sozinho ou houver dois ou
mais socorristas, e até mesmo quando estiver disponível ou não o
DEA.
A segunda forma, é mais indicada e consiste em levantar o queixo
juntamente com o maxilar, realizando uma melhor abertura das vias
aéreas, enquanto o outro socorrista realiza as massagens.
Lembrando que este procedimento de abertura das vias aéreas não é
obrigatório para socorristas leigos, porém, pode auxiliar na qualidade
da reanimação cardiopulmonar.
Como já sabemos, esse procedimento da massagem cardíaca e
revezamento dos socorristas deve ser contínuo até a chegada da
equipe especializada ou a vítima retornar com os sinais vitais e
consciência.
Como nesta situação temos mais socorristas, o DEA pode estar
distante, não haverá problema, mesmo o equipamento estando a uma
distância que leve vários minutos para trazê-lo, um socorrista pode ir
buscar, visto que os procedimentos iniciais da massagem cardíaca já
serão iniciados imediatamente por um outro socorrista. Isto não seria
possível se houvesse somente um socorrista, pois a vítima não
poderá ficar vários minutos aguardando assistência. Sendo assim,
caso o socorrista esteja só, o DEA deve estar próximo para ser
buscado.
Após divididas as funções de ligação, busca do DEA e início imediato
da massagem cardíaca, todos devem iniciar suas ações
imediatamente.
O socorrista que está designado a iniciar as compressões deve iniciá-
las imediatamente e continuar até a colocação do DEA. Se tiver um
terceiro socorrista, ele deve ligar para o Serviço de Emergência e, se
capacitado, pode abrir as vias aéreas da vítima e revezar as
compressões.
Quando o socorrista que foi buscar o DEA chegar, o mesmo deve
preparar o aparelho, retirando da embalagem, ligando e, se possível,
colocando as “pás” enquanto o outro socorrista continua a realizar as
compressões. Se for necessário parar as compressões, isto deve ser
feito no mínimo de tempo possível.
Após a colocação, os socorristas devem seguir as orientações do
DEA conforme já vimos. Provavelmente em segundos, o equipamento
irá solicitar para não tocar a vítima, e iniciará a realização das
análises, neste momento o socorrista deve se afastar e aguardar as
orientações do equipamento. Se o DEA informar que o choque não é
indicado, o socorrista deve voltar a fazer a massagem cardíaca até as
novas orientações do aparelho. Geralmente, o equipamento irá
realizar novas análises após 2 minutos.
Caso o equipamento informe “choque indicado”, os socorristas devem
continuar realizando a massagem até o aparelho carregar e indicar
que o mesmo pode ser aplicado ou que solicite para que se afaste da
vítima para aplicação do choque. Após a aplicação, deve ser
reiniciada imediatamente a massagem cardíaca até receber novas
orientações. Este procedimento deve ser contínuo até a vítima voltar
a consciência ou chegada da equipe especializada.
Sempre que o equipamento solicitar para não tocar na vítima para
fazer a análise, os socorristas podem realizar o revezamento. Os
riscos da realização da massagem são possíveis fraturas de costelas
e quando a vítima tiver um trauma devido a um acidente à massagem
poderá piorar a fratura que não havia sido identificada inicialmente.
Contudo, a probabilidade que a pessoa venha a óbito é maior caso
ela não receba a massagem.
Ventilações Artificiais
As ventilações, como já sabemos, não são obrigatórias para os
socorristas leigos, mas para fins didáticos e caso a pessoa se sinta
confortável e capacitada a realizá-la, o procedimento básico pode ser
feito de maneiras distintas.
Existem 3 formas de fazer uma ventilação artificial, podendo ser feita
através da Respiração Boca a Boca, válvula máscara, que é
conhecida como pocket mask, e a bolsa válvula máscara - BVM,
conhecida também como ambu.
Um socorrista leigo dificilmente terá alguma destas válvulas para
realização de ventilação artificial, por esse motivo iremos repassar os
conhecimentos relativos à respiração boca a boca. Para fazer a
ventilação artificial boca a boca, o primeiro passo a realizar é a
abertura das vias aéreas, levantando o queixo da vítima.
Feche o nariz da vítima enquanto o queixo dela permanece inclinado
para cima. Forme um selo sobre a boca da vítima com a sua própria.
Ou seja, você deve tapar completamente a boca da vítima com a sua.
Sopre forte por um segundo inteiro na boca da vítima. Conforme você
faz isso, observe para garantir que o peito dela sobe com a
respiração. Se isso não acontecer, significa que a ventilação de
resgate não está atingindo os pulmões. Para se certificar de que os
pulmões estão recebendo ar, incline o queixo da vítima e sopre
novamente. Nos casos de Parada Cardiorrespiratória, o protocolo
para profissionais capacitados é que intercale 30 compressões com 2
respirações. Lembrando que esta ação não é obrigatória para leigos,
pode ser realizada se o socorrista se sentir apto ou confortável com o
procedimento.