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NORMAS REGULAMENTADORAS 1, 3, 4, 5 , 6 e 32

NORMA REGULAMENTADORA – 1
DISPOSIÇÕES GERAIS E GERENCIAMENTO DE RISCOS

1.2 Campo de aplicação


1.3 Competências e estruturas
1.4 Direitos e deveres
1.5 - Gerenciamento de riscos ocupacionais
1.6 – Da prestação de informação Digital
1.7 – Capacitação e treinamento em Segurança e Saúde no trabalho
1.8 Tratamento diferenciado ao Microempreendedor Individual - MEI, à
Microempresa - ME e à Empresa de Pequeno Porte – EPP
1.9 Disposições finais
Anexo I e anexo II
NORMA REGULAMENTADORA – 1
DISPOSIÇÕES GERAIS E GERENCIAMENTO DE RISCOS

A norma regulamentadora 1, tem como objetivo estabelecer as disposições


gerais, o campo de aplicação, os termos e as definições comuns ás normas
regulamentadoras – NR, relativas a segurança e saúde no trabalho e as diretrizes
e os requisitos para o gerenciamento de riscos ocupacionais e as medidas de
prevenção em segurança e saúde no trabalho – SST.
1.2 Campo de aplicação e 1.3 Competências e estruturas
As Nr’s obrigam nos termos da lei, empregadores e empregados, urbanos e rurais,
nos termos previstos em lei aplica-se o disposto das NR’s a outras relações jurídicas,
tais como convenções e acordos coletivos de trabalho.
A Secretaria de Trabalho - STRAB, por meio da Subsecretaria de Inspeção do
Trabalho - SIT, são os órgão de âmbito nacional que formulam ou propõe diretrizes,
promovem campanhas nacional de prevenção de acidente do trabalho, fiscalizam do
cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre Segurança e Saúde no
Trabalho - SST em todo o território nacional.
1.4 Direitos e deveres
Cabe ao empregador:
Cumprir e fazer cumprir as leis e normas de segurança e saúde no trabalho
Informar os trabalhadores sobre os riscos ocupacionais e medidas de prevenção
Elaborar ordens de serviço sobre segurança
Permitir a fiscalização e análise de acidentes
Disponibilizar informações à Inspeção do Trabalho e implementar medidas de prevenção em
ordem de prioridade:
Eliminação dos fatores de risco
Proteção coletiva
Medidas administrativas ou de organização do trabalho e proteção individual.
1.4 Direitos e deveres
Cabe ao trabalhador:
Cumprir as normas e regulamentos de segurança e saúde no trabalho
submeter-se a exames médicos
colaborar com a organização e usar equipamentos de proteção individual
Permitir a fiscalização e análise de acidentes
A recusa injustificada a cumprir essas obrigações é considerada uma falta
O trabalhador pode interromper suas atividades caso identifique uma situação de risco grave e
iminente, devendo informar imediatamente ao superior hierárquico. Se comprovada a situação de
risco, não é permitida a volta dos trabalhadores às atividades sem as medidas corretivas necessárias.
1.5 Gerenciamento de riscos ocupacionais
Este item estabelece que o gerenciamento de riscos ocupacionais deve ser utilizado para prevenção e
gerenciamento de riscos no trabalho, enquanto a caracterização de atividades insalubres ou perigosas deve seguir
as NR-15 e NR-16. As empresas devem implementar um Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) em seus
estabelecimentos, que pode ser atendido por sistemas de gestão, desde que cumpram as exigências previstas nesta
NR e em dispositivos legais de segurança e saúde no trabalho. O PGR deve contemplar ou estar integrado com
planos, programas e outros documentos previstos na legislação de segurança e saúde no trabalho.
1.5 Gerenciamento de riscos ocupacionais
1.6 Da prestação de informação digital e digitalização de documentos
A nova NR 1 simplifica e moderniza, ao incorporar a possibilidade de toda prestação de informações relativas
à SST poder ser em formato digital, conforme modelo a ser aprovado pela Secretaria de Trabalho (STRAB), ouvida
a Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), inclusive as declarações das instalações de estabelecimento novo
para os fins do que dispõe o Art. 160 da CLT.

Na esteira da modernização e da desburocratização, a norma passou a admitir que todos os documentos


previstos em NR podem ser produzidos e armazenados em meio digital, desde que atendidos os requisitos
normativos. Com isso, documentos como Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), Programa de Gestão de Riscos
(PGR), Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), podem estar em meio digital com
certificado digital emitido no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil)

O novo texto da norma passou a permitir que todos os documentos relativos à SST podem estar em formato
digital ou serem digitalizados. Entretanto, a organização deve assegurar o acesso amplo e irrestrito à Inspeção do
Trabalho a qualquer tempo e, além disso, para aqueles documentos previstos em normas específicas, que devem
estar à disposição dos trabalhadores, a organização deve prover os meios de acesso a eles ou a seus
representantes
1.7 Capacitação e treinamento em Segurança e Saúde no Trabalho
O empregador é responsável por promover a capacitação e treinamento dos trabalhadores de acordo com as NR
aplicáveis à atividade desenvolvida pela empresa. A capacitação deve ser composta por treinamento inicial,
periódico e eventual.
Ao término de cada treinamento, deve ser emitido um certificado contendo informações relevantes, como o
nome do trabalhador, conteúdo programático, carga horária, data e local de realização do treinamento, nome e
qualificação dos instrutores e assinatura do responsável técnico pelo treinamento. O certificado deve ser
disponibilizado ao trabalhador e uma cópia deve ser arquivada pela empresa.
1.8 Tratamento diferenciado ao Microempreendedor Individual - MEI, à
Microempresa - ME e à Empresa de Pequeno Porte - EPP
De acordo com a norma, o MEI está dispensado da elaboração do PGR. As microempresas e
empresas de pequeno porte de grau de risco 1 e 2 que não identificarem exposições ocupacionais a
agentes físicos, químicos e biológicos, em conformidade com a NR-9, e que declararem as informações
digitais na forma do subitem 1.6.1, ficam dispensadas da elaboração do PGR. No entanto, não
desobriga a empresa da realização dos exames médicos e emissão do Atestado de Saúde Ocupacional
(ASO).
Anexo I da NR-01
Fala sobre termos e definições referente aos agentes físicos, químicos e biológicos. Canteiro de obra,
empregado, empregador, estabelecimento, evento perigoso, obra, Ordem de serviço, organização, prevenção,
responsável técnico pela capacitação do treinamento ou elaboração de laudos.

Anexo II da NR-01
Abrange diretrizes e requisitos mínimos para utilização da modalidade de ensino a distância e semipresencial,
em como deve ser a estruturação, requisitos operacionais e administrativo e requisitos tecnológicos.
Ordem de serviço
NR-3 – EMBARGO E INTERDIÇÃO
Tem como objetivo classificar os riscos graves e iminentes dos locais de trabalho. Além
disso, estabelece diretrizes técnicas sobre quais circunstâncias deve haver embargo ou
interdição de uma atividade.
NR-3 – EMBARGO E INTERDIÇÃO
Para a aplicação de um embargo ou uma interdição, a NR 3 analisa a possibilidade
de risco de um empreendimento. Para ser embargado ou interditado, a atividade precisa
apresentar risco grave e iminente a qualquer situação de trabalho que exponha o
trabalhador ou grupo de trabalhadores à exposição de uma doença grave ou acidente grave.
Tendo em vista que a responsabilidade pela segurança do colaborador e deve ser
primordial, e que os mesmos devem estar em condições adequadas para a realização de
suas tarefas. A paralisação não afeta na remuneração dos colaboradores. Ou seja, eles
continuam recebendo por suas atividades, mesmo sem trabalhar.
Dessa forma, para passar por uma inspeção de forma tranquila sem o risco de ter suas
atividades paralisadas, basta estar em conformidade com as exigências normativas de saúde
e segurança do trabalho, seja com base nas NRs ou pelo texto legal da Consolidação das Leis
do Trabalho – CLT.
A interdição implica a paralisação parcial ou total da atividade, da máquina ou
equipamento, do setor de serviço ou do estabelecimento.
Já embargo implica a paralisação parcial ou total da obra.
NORMA REGULAMENTADORA – 4
SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO – SESMT

A norma regulamentadora 4 estabelece a obrigatoriedade de contratação de


profissionais da área de segurança e saúde do trabalho de acordo com o número
de empregados e a natureza do risco da atividade econômica da empresa. Estes
profissionais são os responsáveis pela elaboração, planejamento e aplicação dos
conhecimentos de engenharia de segurança e medicina do trabalho nos
ambientes laborais, visando garantir a integridade física e a saúde dos
trabalhadores.
NORMA REGULAMENTADORA – 4
SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO – SESMT
4.2 O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança
e em Medicina do Trabalho vincula-se à gradação do risco da atividade principal e
ao número total de empregados do estabelecimento, constantes dos Quadros I e
II, anexos, observadas as exceções previstas nesta NR.
4.4 Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho devem ser compostos por Médico do Trabalho, Engenheiro de
Segurança do Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do
Trabalho e Auxiliar ou Técnico em Enfermagem do Trabalho, obedecido o Quadro
II desta NR.
4.4.1 Os profissionais integrantes do SESMT devem possuir formação e registro
profissional em conformidade com o disposto na regulamentação da profissão e
nos instrumentos normativos emitidos pelo respectivo Conselho Profissional,
quando existente.
NORMA REGULAMENTADORA – 4
SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO – SESMT
4.5 A empresa que contratar outra(s) para prestar serviços em estabelecimentos
enquadrados no Quadro II, anexo, deverá estender a assistência de seus Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho aos
empregados da(s) contratada(s), sempre que o número de empregados desta(s),
exercendo atividade naqueles estabelecimentos, não alcançar os limites previstos
no Quadro II, devendo, ainda, a contratada cumprir o disposto no subitem 4.2.5.
4.10 Ao profissional especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho é
vedado o exercício de outras atividades na empresa, durante o horário de sua
atuação nos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho.
NORMA REGULAMENTADORA – 4
SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO – SESMT
4.12 Compete aos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho:
a) aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do
trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive
máquinas e equipamentos, de modo a reduzir até eliminar os riscos ali existentes
à saúde do trabalhador;
b) determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação
do risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo trabalhador, de
Equipamentos de Proteção Individual - EPI, de acordo com o que determina a NR
6, desde que a concentração, a intensidade ou característica do agente assim o
exija;
c) colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas
instalações físicas e tecnológicas da empresa, exercendo a competência disposta
na alínea "a";
NORMA REGULAMENTADORA – 4
SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO – SESMT
d) responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento do
disposto nas NR aplicáveis às atividades executadas pela empresa e/ou seus
estabelecimentos;
e) manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de
suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la, conforme dispõe a NR
5;
f) promover a realização de atividades de conscientização, educação e orientação
dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças
ocupacionais, tanto através de campanhas quanto de programas de duração
permanente;
g) esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e
doenças ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção;
NORMA REGULAMENTADORA – 4
SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO – SESMT
h) analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes
ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos
de doença ocupacional, descrevendo a história e as características do acidente
e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e
as condições do(s) indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou
acidentado(s);
i) registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças
ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no mínimo, os quesitos
descritos nos modelos de mapas constantes nos Quadros III, IV, V e VI, devendo o
empregador manter a documentação à disposição da inspeção do trabalho
NORMA REGULAMENTADORA – 4
SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO – SESMT
j) manter os registros de que tratam as alíneas "h" e "i" na sede dos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho ou
facilmente alcançáveis partir da mesma, sendo de livre escolha da empresa o
método de arquivamento e recuperação, desde que sejam asseguradas
condições de acesso aos registros e entendimento de seu conteúdo, devendo ser
guardados somente os mapas anuais dos dados correspondentes às alíneas "h" e
"i" por um período não inferior a 5 (cinco) anos;
l) as atividades dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho são essencialmente
prevencionistas, embora não seja vedado o atendimento de emergência, quando
se tornar necessário. Entretanto, a elaboração de planos de controle de efeitos
de catástrofes, de disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios e
ao salvamento e de imediata atenção à vítima deste ou de qualquer outro tipo de
acidente estão incluídos em suas atividades.
NORMA REGULAMENTADORA – 4
SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO – SESMT
4.13 Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho deverão manter entrosamento permanente com a CIPA, dela valendo-se
como agente multiplicador, e deverão estudar suas observações e solicitações,
propondo soluções corretivas e preventivas, conforme o disposto no subitem
5.14.1. da NR 5.
4.17 Os serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho de que trata esta NR deverão ser registrados no órgão regional do MTb.
NORMA REGULAMENTADORA – 4
SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO – SESMT
4.17.1 O registro referido no item 4.17 deverá ser requerido ao órgão regional do
MTb e o requerimento deverá conter os seguintes dados:
a) nome dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia
de Segurança e em Medicina do Trabalho;
b) número de registro dos profissionais na Secretaria de Segurança e Medicina do
Trabalho do MTb;
c) número de empregados da requerente e grau de risco das atividades, por
estabelecimento;
d) especificação dos turnos de trabalho, por estabelecimento;
e) horário de trabalho dos profissionais dos Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.
NORMA REGULAMENTADORA – 4
QUADRO I – RELAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS
COM CORRESPONDENTE GRAU DE RISCO
Riscos Algumas atividades

1 Bancos, escritórios, administrativos

2 Telemarketing, escolas, bibliotecas, serviços


domésticos

3 Saúde, limpeza em prédios, vigilância, transporte,


petróleo, agrícola

4 Produção florestal, Extração de carvão, minério de


metais pesados, fábricas em geral
NORMA REGULAMENTADORA – 4
QUADRO II – DIMENSIONAMENTO DOS SESMT
NORMA REGULAMENTADORA – 4
QUADRO III – ACIDENTES COM VÍTIMA
NORMA REGULAMENTADORA – 5
COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA

A norma regulamentadora 5 estabelece os parâmetros e os requisitos da CIPA


tendo por objetivo a prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho,
de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação
da vida e promoção da saúde do trabalhador.
NORMA REGULAMENTADORA – 5
COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA

5.1 Objetivo
5.2 Campo de aplicação
5.3 Atribuições
5.4 Constituição e estruturação
5.5 Processo eleitoral
5.6 Funcionamento
5.7 Treinamento
5.8 CIPA das organizações contratadas para prestação de serviços
5.9 Disposições finais
5.2 Campo de aplicação

As organizações e os órgãos públicos da administração direta e indireta, bem


como os órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público, que
possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
devem constituir e manter CIPA.
5.3 Competências e estruturas
5.3.1 A CIPA tem por atribuição:
Este item estabelece as atribuições na CIPA (Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes) que incluem acompanhar o processo de identificação de perigos e
avaliação de riscos, registrar a percepção dos riscos dos trabalhadores através do
mapa de risco ou outra técnica apropriada, verificar os ambientes e condições de
trabalho para identificar riscos, elaborar e acompanhar plano de trabalho para ações
preventivas em segurança e saúde no trabalho, e participar do desenvolvimento e
implementação de programas relacionados à segurança e saúde no trabalho.
Além das atribuições já mencionadas, a CIPA também tem como responsabilidade
acompanhar a análise dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, propor
medidas para solucionar problemas identificados, requisitar informações relacionadas
à segurança e saúde dos trabalhadores, propor análises de condições de trabalho com
riscos graves e iminentes, interromper atividades até a adoção de medidas corretivas e
promover a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT) em
conjunto com o SESMT.
5.3 Competências e estruturas
5.3.2 Cabe à organização:
A empresa deve proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários para o
desempenho de suas atribuições, permitir a colaboração dos trabalhadores nas ações
da CIPA e fornecer informações quando requisitadas. Também cabe aos
trabalhadores indicar situações de risco e apresentar sugestões para melhorias das
condições de trabalho.
5.3.4 Cabe ao Presidente da CIPA:
O Presidente da CIPA é responsável por convocar os membros para as reuniões e
coordenar as discussões, enquanto o Vice-Presidente o substitui em caso de
ausência. Juntos, eles coordenam e supervisionam as atividades da comissão,
garantindo o alcance dos objetivos propostos, e divulgam as decisões tomadas para
todos os trabalhadores do estabelecimento.
5.4 Constituição e estruturação
A CIPA é constituída por representantes da organização e dos empregados de
acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I da NR 5, ressalvadas as
disposições para setores específicos.
Os representantes da organização serão designados e os dos empregados serão
eleitos em escrutínio secreto.
O mandato é de um ano, permitida uma reeleição.
A organização designa o Presidente e os representantes eleitos dos empregados
escolhem o Vice-Presidente.
Os membros são empossados no primeiro dia útil após o término do mandato
anterior e a organização deve fornecer cópias das atas de eleição e posse aos
membros.
Quando solicitada, a organização deve encaminhar a documentação referente ao
processo eleitoral da CIPA no prazo de 10 dias.
5.4 Constituição e estruturação
A CIPA não pode ter o número de representantes reduzido ou ser desativada antes
do término do mandato.
A organização não pode prejudicar as atribuições do integrante eleito da CIPA nem
transferi-lo sem sua anuência.
É vedada a dispensa sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção da
CIPA até um ano após o final de seu mandato.
Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a organização nomeará
um representante da organização para auxiliar nas ações de prevenção em segurança
e saúde no trabalho.
A nomeação de empregado como representante da NR-05 deve ser formalizada
anualmente pela organização e não impede seu ingresso na CIPA.
5.5 Processo eleitoral
O processo eleitoral da CIPA deve ser convocado pelo empregador com pelo menos 60 dias antes do término
do mandato em curso.
O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA devem constituir a comissão eleitoral, que será responsável pela
organização e acompanhamento do processo.
O processo eleitoral deve seguir uma série de condições, incluindo a publicação e divulgação de edital de
convocação da eleição, inscrição individual, liberdade de inscrição para todos os empregados, garantia de
emprego até a eleição para todos os empregados inscritos, realização da eleição em dia normal de trabalho e com
voto secreto, apuração dos votos em horário normal de trabalho, e organização da eleição por meio de processo
que garanta segurança, confidencialidade e precisão do registro dos votos.
Caso haja uma participação inferior a 50% dos empregados na votação, a comissão eleitoral deve prorrogar o
período de votação para o dia seguinte.
5.5 Processo eleitoral
Se a participação continuar abaixo de um terço dos empregados no segundo dia de votação, a
comissão eleitoral deve prorrogar novamente, e a votação será considerada válida com a participação
de qualquer número de empregados.
As denúncias sobre o processo eleitoral devem ser protocolizadas na unidade descentralizada de
inspeção do trabalho, e em caso de anulação da votação, a organização deve convocar uma nova
votação no prazo de 10 dias, garantindo as inscrições anteriores.
Se a anulação ocorrer antes da posse dos membros da CIPA, o mandato anterior será prorrogado
até a complementação do processo eleitoral.
5.6 Funcionamento
A CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) realiza reuniões ordinárias
mensais ou bimestrais, de acordo com o grau de risco da empresa, podendo ser
presenciais ou remotas, e com atas assinadas pelos presentes.
As deliberações devem ser disponibilizadas a todos os integrantes da CIPA e
empregados. As reuniões extraordinárias são realizadas em caso de acidente grave ou
solicitação de uma das representações.
O secretário da CIPA é responsável por redigir a ata, e o membro titular perde o
mandato se faltar a mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa.
A vacância definitiva do cargo será suprida por um suplente, obedecendo a ordem
de colocação decrescente que consta na ata de eleição.
Se não houver mais suplentes, a organização deve realizar uma eleição
extraordinária. As decisões da CIPA são preferencialmente por consenso e, caso não
haja, deve-se regular o procedimento de votação e o pedido de reconsideração da
decisão.
5.7 Treinamento
A NR-5 estabelece que as empresas devem criar e manter a Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes (CIPA), que é formada por representantes dos empregados e
empregadores.
A norma também estipula que os membros da CIPA devem passar por
treinamento antes da posse, com carga horária mínima que varia de acordo com o
grau de risco da empresa.
O treinamento deve contemplar temas como ambiente de trabalho, acidentes e
doenças relacionadas ao trabalho, higiene e prevenção de riscos, legislação
trabalhista e previdenciária, entre outros.
A carga horária pode ser realizada em formato presencial ou a distância, desde
que atenda aos requisitos da NR-1. O integrante do SESMT não precisa passar pelo
treinamento da CIPA.
5.7 Treinamento
5.7.3 O treinamento realizado há menos de 2 (dois) anos contados da conclusão do curso pode ser
aproveitado na mesma organização, observado o estabelecido na NR-1.
5.7.4 O treinamento deve ter carga horária mínima de:
a) 8 (oito) horas para estabelecimentos de grau de risco 1;
b) 12 (doze) horas para estabelecimentos de grau de risco 2;
c) 16 (dezesseis) horas para estabelecimentos de grau de risco 3; e
d) 20 (vinte) horas para estabelecimentos de grau de risco 4.
5.8 CIPA das organizações contratadas para prestação de serviços
O item 5.8 da NR-5 estabelece que as organizações contratadas para prestação de
serviços devem constituir CIPA centralizada quando o número total de empregados
na unidade da federação se enquadrar no Quadro I da NR-5.
Caso contrário, deve ser nomeado um representante da NR-5 para cumprir os
objetivos da norma.
No entanto, se a organização contratada exercer suas atividades em
estabelecimento de contratante enquadrado em grau de riscos 3 ou 4 e o número
total de seus empregados no estabelecimento da contratante se enquadrar no
Quadro I, deve constituir CIPA própria neste estabelecimento.
A nomeação do representante deve ser feita entre os empregados que exercem
suas atividades no estabelecimento.
A organização contratante deve exigir da organização prestadora de serviços a
nomeação do representante da NR-5 e convidá-la para participar da reunião da CIPA
da contratante.
5.9 Disposições finais
O item 5.9 da NR-5 estabelece que a contratante deve adotar medidas para
informar as contratadas, suas CIPA e trabalhadores sobre os riscos presentes nos
ambientes de trabalho e medidas de prevenção.
Além disso, toda documentação referente à CIPA deve ser mantida no
estabelecimento por 5 anos e o redimensionamento da CIPA deve ser feito na
próxima eleição em caso de alteração do grau de risco do estabelecimento.
NORMA REGULAMENTADORA – 5
Quadro I – Dimensionamento da CIPA
NR06 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

● Considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, o dispositivo


ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, concebido e
fabricado para oferecer proteção contra os riscos ocupacionais
existentes no ambiente de trabalho.
● ECPI ≠ EPI

● Os EPIs possuem Certificado de Aprovação de Equipamentos de


Proteção Individual expedido pelo MTE.
NR06 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

http://caepi.mte.gov.br/internet/ConsultaCAInternet.aspx
NR06 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

http://caepi.mte.gov.br/internet/ConsultaCAInternet.aspx
NR06 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
NR06 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

• Os EPIs escolhidos para determinada função devem ser


selecionados a partir da:
○ Atividade exercida e sobre os riscos apresentados;
○ Exigências das NRs vigentes;
○ Adequação e conforto do colaborador;
○ Compatibilidade em utilização simultânea.

• 6.5.2.2 A seleção do EPI deve ser realizada após organização com


SESMT, CIPA ou organização de colaboradores.
NR06 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
NR06 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
NR06 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

RESPONSABILIDADES DO EMREGADOR
• Utilizar apenas EPIs com CA válido;
• Orientar e treinar o empregado;
• Fornecer EPI gratuitamente, adequado ao risco, em perfeito estado
de conservação e armazenar o seu registro;
• Exigir o uso;
• Responsabilizar-se sobre higienização e manutenção periódica;
• Substituir quando danificado ou extraviado;
• Comunicar ao MTE sobre irregularidades;
• Manter embalagem original ou identificar informações.
NR06 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
NR06 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
NR06 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

RESPONSABILIDADES DO COLABORADOR
• Utilizar EPI fornecido pelo empregador;
• Utilizar apenas na finalidade a que se destina;
• Responsabilizar por limpeza, guarda e destinação;
• Comunicar o empregador quando extraviado, danificado ou
impróprio para uso.
NR32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM
SERVIÇOS DE SAÚDE

• Tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas


de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como
daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.

• Entende-se por serviços de saúde qualquer edificação destinada à prestação de


assistência à saúde da população, e todas as ações de promoção, recuperação,
assistência, pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade.

Publicação: 16/11/2005
Última alteração: 31/07/2019
NR32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM
SERVIÇOS DE SAÚDE
32.2.2.1 Além do previsto no PPRA (PGR-NR09), deve-se realizar a
identificação dos riscos biológicos mais prováveis, em função da localização
geográfica e da característica do serviço de saúde e seus setores.

32.2.3.1 Além das atribuições do PCMSO descrito na NR07, deve integrar:

* O reconhecimento e a avaliação dos riscos biológicos;


* A localização das áreas de risco;
* A relação contendo a identificação nominal dos trabalhadores, sua função, o
local em que desempenham suas atividades e o risco a que estão expostos;
* A vigilância médica dos trabalhadores potencialmente expostos;
* O programa de vacinação.
NR32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS
DE SAÚDE
32.2.3.3 Caso haja exposição acidental aos agentes biológicos, devem ser descritos
(PCMSO), procedimentos a serem adotados para diagnóstico, acompanhamento e
prevenção da soroconversão e das doenças, descontaminação do local de trabalho,
tratamento médico de emergência, responsáveis por medidas pertinentes, relação dos
estabelecimentos que podem prestar assistência aos colaboradores e formas de remoção
para atendimento.

32.2.4.1.1 Em caso de exposição acidental ou incidental, medidas de proteção devem ser


adotadas imediatamente, mesmo que não previstas no PPRA.

32.2.4.3 Todo local onde exista possibilidade de exposição ao agente biológico deve ter
lavatório
exclusivo para higiene das mãos provido de água corrente, sabonete líquido, toalha
descartável e lixeira provida de sistema de abertura sem contato manual.
NR32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM
SERVIÇOS DE SAÚDE
NR32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM
SERVIÇOS DE SAÚDE
• 32.2.4.3.2 O uso de luvas não substitui
o processo de lavagem das mãos, o
que deve ocorrer, no mínimo, antes e
depois do uso das mesmas.

• 32.2.4.4 Os trabalhadores com feridas


ou lesões nos membros superiores só
podem iniciar suas atividades após
avaliação médica obrigatória com
emissão de documento de liberação
para o trabalho.
NR32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM
SERVIÇOS DE SAÚDE
• 32.2.4.6 Todos trabalhadores com possibilidade de exposição a agentes biológicos
devem utilizar vestimenta de trabalho adequada e em condições de conforto.

• 32.2.4.6.2 Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os


equipamentos de proteção individual e as vestimentas utilizadas em suas
atividades laborais.

• 32.2.4.7 Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, descartáveis ou não,


deverão estar à disposição em número suficiente nos postos de trabalho, de
forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição
NR32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM
SERVIÇOS DE SAÚDE
NR32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM
SERVIÇOS DE SAÚDE
• 32.9.2 Todo equipamento deve ser submetido à prévia descontaminação para
realização de manutenção.
NR32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM
SERVIÇOS DE SAÚDE
• 32.4.7 Cada trabalhador da instalação
radiativa deve ter um registro
individual atualizado, o qual deve ser
conservado por 30 (trinta) anos após
o término de sua ocupação

• 32.4.8 O prontuário clínico individual


previsto pela NR-07 deve ser mantido
atualizado e ser conservado por 30
(trinta) anos após o término de sua
ocupação.
NR32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM
SERVIÇOS DE SAÚDE
• 32.10.10 Nos procedimentos de
movimentação e transporte de
pacientes deve ser privilegiado o uso
de dispositivos que minimizem o
esforço realizado pelos trabalhadores.

• 32.10.12 Os trabalhadores dos serviços


de saúde devem ser capacitados para
adotar mecânica corporal correta, na
movimentação de pacientes ou de
materiais, de forma a preservar a sua
saúde e integridade física;
NR32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM
SERVIÇOS DE SAÚDE

Além da aplicabilidade apresentada, a NR32 conta com


regras, especificações e responsabilidades sobre areas
indiretas da assistência à saúde, radiações ionizantes,
quimioterápicos etc.

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