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Laura Beatriz de Almeida Alves

Instituição Senai - Cetind

Resumo das NRs

Lauro, BA
2023
NR 1 - DISPOSIÇÕES GERAIS e GERENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAIS
O objetivo desta Norma é estabelecer as disposições gerais, o campo de
aplicação, os termos e as definições comuns às Normas Regulamentadoras -
NR relativas a segurança e saúde no trabalho e as diretrizes e os requisitos
para o gerenciamento de riscos ocupacionais e as medidas de prevenção em
Segurança e Saúde no Trabalho – SST.

Responsabilidade do Empregador:

 Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre


segurança e saúde do trabalho;
 Informar aos trabalhadores;
 Elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde do trabalho, dando
ciência aos trabalhadores;
 Implementar medidas de prevenção, ouvir os trabalhadores, de acordo
com a seguinte ordem de prioridade;
I. Eliminação dos fatores de risco;
II. Adoção de medidas de proteção coletiva;
III. Adoção de medidas administrativas ou de organização do trabalho;
IV. Adoção de medidas de proteção individual;

Responsabilidade do trabalhador:

 Cumprir as disposições legais;


 Submeter-se aos exames médicos previstos nas NR;
 Colaborar com a organização na aplicação das NR;
 Usar equipamento de proteção individual fornecido pelo empregador;

Responsabilidade da Empresa / Organização:

 A organização deve implementar, por estabelecimento, o Gerenciamento


de Riscos Ocupacionais em suas atividades (GRO);
(Estabelecimento: local privado ou público, edificado ou não, móvel ou imóvel,
próprio ou de terceiros, onde a empresa ou a organização exerce exerce sua
atividades em caráter temporário ou permanente).
 O Gerenciamento de Riscos Ocupacionais deve construir o Programa de
Gerenciamento de Riscos – PGR
 A critério da organização, o PGR pode ser implementado por unidade
operacional, setor ou atividade;

GRO PGR
NR 2 – INSPEÇÃO PRÉVIA (REVOGADA)
A NR 2 versa sobre a Inspeção Prévia no que tange a liberação do
funcionamento de novos estabelecimentos. Ela diz, exatamente, que antes de
iniciar suas atividades, o estabelecimento deve solicitar a aprovação de suas
instalações ao órgão regional do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).
Mas acabou sendo revogada pela falta de estrutura dos órgãos fiscalizadores:
não havia profissionais suficientes para inspecionar todos os novos
estabelecimentos. Burocracia: a falta de fiscalização gerava burocracia inútil e
cara para as empresas que não cumpriam a norma e, por consequência, não
tinham o CAI emitido.

NR 3 – EMBARGO E INTERDIÇÃO

Embargo: implica a paralisação parcial ou total da obra;

Interdição: implica a paralisação parcial ou total da atividade, da máquina ou


equipamento, do setor de sérvio ou de estabelecimento;
 Embargo e interdição são medidas de urgência adotadas a partir da
constatação de condição ou situação de trabalho que caracterize grave
e iminente risco ao trabalhador;
 Considera-se grave e iminente risco toda condição ou situação de
trabalho que possa causar acidente ou doença com lesão grave ao
trabalhador;

A caraterização de grave ou eminente risco deve considerar:

a) A consequência, como o resultado ou resultado potencial esperado de


um evento; e
b) A probabilidade, como a chance de o resultado ocorrer ou estar
ocorrendo;
 O risco é expresso em termos de uma combinação das consequências
de um evento e a probabilidade de sua ocorrência.
 O Auditor Fiscal Do Trabalho deve adotar o embargo ou a interdição na
menor unidade onde for constatada situação de grave e iminente risco
 Na caracterização de grave e iminente risco ao trabalhador, o Auditor-
Fiscal do Trabalho deverá estabelecer o excesso de risco por meio da
comparação entre risco atual (situação encontrada) e o risco de
referência (situação objetivo).
Matriz de risco:
NR 4 – Serviços Especializados Em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho (SESMT)

Profissionais que compõem:

 Médico do Trabalho;
 Engenheiro de Segurança do Trabalho;
 Técnico de Segurança do Trabalho;
 Enfermeiro do Trabalho e Auxiliar ou Técnico em Enfermagem do
Trabalho;
I. O técnico de segurança do trabalho e o auxiliar de enfermagem do
trabalho deverão dedicar 8 horas por dia;
II. O engenheiro de segurança do trabalho, o médico do trabalho e o
enfermeiro do trabalho deverão dedicar no mínimo, 3 horas (tempo
parcial) ou 6 horas (tempo integral) por dia;
III. O médico do trabalho, a empresa poderá contratar mais de um
profissional, desde que cada um dedique, no mínimo, 3 horas de
trabalho, sendo necessário que o somatório das horas diárias
trabalhadas por todos seja de, no mínimo, 6 horas;
IV. Ao profissional especializado em Segurança e em Medicina do
Trabalho é vedado o exercício de outras atividades na empresa,
durante o horário de sua atuação nos Serviços Especializados e
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho;

Função dos integrantes do SESMT:

a) Aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do


trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os componentes, inclusive
máquinas e equipamentos, de modo a reduzir até eliminar os riscos ali
existentes à saúde do trabalhador;
b) Determinar a utilização de Equipamentos de Proteção Individual – EPI,
de acordo com o que determina a NR 6;
c) Colaborar, nos projetos e na implementação de novas Instalações
físicas e tecnológicas da empresa;
d) Responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao
cumprimento do disposto nas NR aplicáveis às atividades executadas
pela empresa e/ou estabelecimentos;
e) Manter permanentemente o relacionamento com a CIPA, valendo-se ao
máximo de suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e atende-la,
conforme dispõe a NR 5;
f) Promover a realização de atividades de conscientização, educação e
orientação do trabalho e doenças ocupacionais, tanto através de
campanhas quanto de programas de duração permanente;
g) Esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho
e doenças ocupacionais, estimulando-se em favor da prevenção;
h) Analisar e registrar em documentos específicos todos os acidentes
ocorridos na empresa ou estabelecimento, descrevendo a história e as
características do acidente e/ou doença ocupacional, os fatores
ambientais, as características do agente e as condições dos indivíduos
portadores de doença ocupacional ou acidentados;
i) Registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho,
doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no
mínimo, os quesitos descritos nos modelos de mapas constantes o
Quadros III, IV, V e VI;
j) Manter os registros por um período não inferior a 5 anos;
k) Fazer as atividades prevencionistas e o atendimento de emergência,
quando se tornar necessário;

Dimensionar o SESMT:

 O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de


Segurança e em Medicina do Trabalho vincula-se à gradação do risco
da atividade principal e ao número total de empregados do
estabelecimento, constantes dos Quadros I e II anexos, observadas as
exceções previstas nesta NR.
 Trocando em miúdos a NR quis dizer que o dimensionamento do
SESMT é feito com base no grau de risco da atividade (que consta no
Quadro I) e número total de empregados (Quadro II).

CNAE primário x secundário

 Quando se trata de dimensionamento de SESMT e CIPA e opção


natural é dimensionar pelo CNAE primário. Porém, se mais da metade
do quadro de empregados trabalhar no CNAE secundário, e se esse
secundário for maior de risco maior que o primário, devemos
dimensionar por ele. Isso é o que determina a própria determina, veja:
 4.2.2 As empresas que possuam mais de 50% (cinqüenta por cento) de
seus empregados em estabelecimentos ou setor com atividade cuja
gradação de risco seja de grau superior ao da atividade principal
deverão dimensionar os Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho, em função do maior grau de
risco, obedecido o disposto no Quadro II desta NR.

Estabelecimento

 Repare que a norma deixar claro “do estabelecimento”, ou seja, cada


estabelecimento deverá ter seu próprio dimensionamento. Se houver 5
estabelecimentos (unidades da empresa) deverá ter 5
dimensionamentos.

 Vale frisar que para frentes de serviço com menos de 1 empregados


dentro do mesmo estado e para casos de mais de uma empresa dentro
de 5 mil metros a empresa poderá adotar o dimensionamento em
somatório de dois ou mais estabelecimentos, segundo a NR 4 nos itens
4.2.1 e 4.2.3.
 Para fazer isso é necessário ir até o Quadro I descobrir qual grau de
risco da empresa. E depois disso no Quadro II (Dimensionamento do
SESMT) veremos o grau de risco da atividade.
 Fazendo um cruzamento entre grau de risco e quantidade de
funcionários se chega ao resultado.
NR 5 – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES (CIPA)

As organizações, órgãos públicos de administração direta e indireta, órgãos


dos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público. Que possuem
empregadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, devem
constituir e manter a CIPA.

 Grau de Risco x n. de empregados no estabelecimento

Atribuições:

 Identificação dos perigos de avaliação dos riscos e adoção de medidas


de prevenção.;
 Mapa de risco;
 Verificar ambientes e condições de trabalho;
 Plano de trabalho com ação preventiva em SST;
 Desenvolver e implementar;
 Acompanhar e analisar acidentes e doenças;
 Requisitar à organização as informações SST CAT;
 SESMT ou organização;
 Verificar ambientes e condições de trabalho;
 Anualmente SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes do
Trabalho);
 Desenvolver e implementar Anualmente;
Constituição:

Por estabelecimento Membros da organização e


dos empregados:

 Representantes dos  É vedada alteração de suas


empregados - voto secreto atividades normais,
transferência para outro
 Representante da estabelecimento;
organização – escolhido  Vedada a dispensa arbitrária
 Duração do mandato – 1 ano ou sem justa causa do
(1 reeleição) empregado desde o registro
 Não pode ter número de de sua candidatura até um
representantes reduzido
ano após o final de seu
 Vedada a dispensa arbitrária
mandato
ou sem justa causa do
empregado desde o registro
de sua candidatura até o ano
após o final de seu mandato
O treinamento deve contemplar, no mínimo, os seguintes itens:

a) estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos


originados do processo produtivo;
b) noções sobre acidentes e doenças relacionadas ao trabalho
decorrentes das condições de trabalho e da exposição aos riscos
existentes no estabelecimento e suas medidas de prevenção;
c) metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças
relacionadas ao trabalho;
d) princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de prevenção dos
riscos;
e) noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à
segurança e saúde no trabalho;
f) noções sobre a inclusão de pessoas com deficiência e reabilitados nos
processos de trabalho; e
g) organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das
atribuições da Comissão.

NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

Objetivo:

O objetivo desta Norma Regulamentadora – NR é estabelecer os requisitos


para aprovação , comercialização, fornecimento e utilização de Equipamentos
de Proteção Individual – EPI

Quando fornecer EPI:


1. quando comprovada pela organização a inviabilidade técnica da adoção
de medidas de proteção coletiva;
2. medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho;
3. utilização de Equipamento de Proteção Individual – EPI;

O que a organização considera para a escolha:

a) a atividade exercida;
b) as medidas de prevenção em função dos perigos identificados e dos
riscos ocupacionais avaliados;
c) o disposto no Anexo I (lista de EPI classificada de acordo com a parte de
proteger);
d) a eficácia necessária para o controle da exposição ao risco;
e) as exigências estabelecidas em normas regulamentadoras e nos
dispositivos legais;
f) a adequação do equipamento ao empregado e o conforto fornecido,
segundo avaliação do conjunto de empregados; e
g) a compatibilidade, em casos que exijam a utilização simultânea de
vários EPI, de maneira a assegurar as respectivas eficácias para
proteção contra os riscos existentes;

Comercialização:

O EPI, de fabricação nacional ou importado, só pode ser posto à venda ou


utilizado com a indicação do Certificação de Aprovação – CA expendido pelo
órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho.

CA – Documento emitido pelo ministério da economia (antigo ministério do


trabalho) que estabelece prazo de validade do produto, garante que foi
fabricado de acordo com as normas vigentes.

Responsabilidade da organização:

a) adquirir somente o aprovado pelo órgão de âmbito nacional competente


em matéria de segurança e saúde do trabalho;
b) orientar e treinar o empregado;
c) fornecer ao empregado, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em
perfeito estado de conservação e funcionamento
d) registrar o seu fornecimento ao empregado, podendo ser adotados
livros, fichas ou sistema eletrônico, inclusive, por sistema biométrico;
e) exigir seu uso
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica, quando
aplicáveis esses procedimentos, em conformidade com as informações
fornecidas pelo fabricante ou importador;
g) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; e
h) comunicar ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho qualquer irregularidade observada;
Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) adquirir o adequado a cada risco de atividade;


b) exigir seu uso
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional
competente em SST;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e
conservação
e) substituir imediatamente;

Cabe ao empregado quanto ao EPI:

a) usar, utilizando apenas para a finalidade a que se destina;


b) responsabilizar-se pelo guarda e conversação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para
o uso; e
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado;
NR 8 – EDIFICAÇÕES:

A NR 8 estabelece requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas


edificações para garantir segurança e conforto aos trabalhadores.

Segurança e saúde:

 altura de piso ao teto (pé direito) – código de obras;


 condições de segurança;
 conforto;
 salubridades.

Pé direito: altura entre o piso e o forro de um compartimento ou pavimento.

Condições de segurança: “estado, qualidade ou condição de quem ou do que


esta livre de perigos, incertezas, assegurado de danos e riscos eventuais;
situação em que nada há a temer”

Conforto: proteção, bem-estar, aconchego, comodidade, descanso, agasalho,


tranquilidade. Conforto térmico e rústico.

Salubridade: saudável, higiênico, sadio

Circulação (pisos, escadas, rampas e corredores):

 pisos sem saliências nem depressões;


 proteção que impeça queda em aberturas de piso e parede;
 construções que sustem as cargas a que se destinam;
 se houver risco de escorregamento empregar sistemas antiderrapantes;
 proteção de queda de pessoas e objetos;
 Proteção de queda de pessoas e objetos nos andares superiores;

Proteção contra Intempéries:

 As partes que separam a edificação da aérea externa “paredes” devem


observar as normas técnicas oficiais relativas a resistência ao fogo,
isolamento térmico, isolamento e condicionamento acústico, resistência
estrutural e impermeabilidade.
 Mau tempo ou quaisquer condições climáticas intensas (vento forte,
chuva torrencial, tempestade, furacão, seca, vendaval)
 Pisos e paredes, quando aplicável, devem ser impermeabilizados e
protegidos contra a imunidade.
 As coberturas dos locais de trabalho devem ser projetadas e construídas
conforme a necessidade do ambiente de modo a evitar insolação
excessiva ou falta de insolação.
NR 9 – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS:

A NR 9 trata do PPRA, ou Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. O


objetivo dessa norma é garantir a saúde e a integridade física do trabalhador.

Responsabilidade do empregador:

 desenvolver, implantar e manter o PPRA, além de designar um


responsável.
 seguir as determinações do PPRA, colaborar e reportar novos riscos por
ele detectados.

Na NR 9 apenas agentes químicos, físicos e biológicos devem ser


mencionados no PPRA. Riscos ergonômicos e risco de acidentes estão fora.

I. PPRA deve ser revisado anualmente (análise global do PPRA) e os


anteriores devem ser guardados por 20 anos. O documento final
chama-se “documento base”.
II. A CIPA deve ser envolvida, especialmente no levantamento dos
riscos (etapa 1) e na divulgação do programa (etapa 6).
III. O cronograma do PPRA deve incluir prazos para o desenvolvimento
das ações e seus responsáveis.

Hierarquia de controle:

primeiro tentar eliminar o risco (mudança de processo ou projeto), depois a


proteção coletiva, depois a proteção individual em último caso.

Nível de ação:

o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a


minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais
ultrapassem os limites de exposição.

Os riscos detectados devem ser monitorados, sempre quantitativamente, se


possível. Os dados devem ser mantidos também por 20 anos.

Em locais onde há várias empresas atuando, pode-se fazer um único PPRA


abrangendo os riscos existentes.

O mapa de riscos, da NR 5, pode servir de fonte de dados para o PPRA.

O objetivo da norma é determinar como identificar os espaços confinados para,


depois, reconhecer, avaliar, monitorar e controlar esses riscos.

O espaço confinado deve atender ao mesmo tempo todos os 3 requisitos


abaixo:

1. não foi projetado para ocupação humana contínua


2. possui meios limitados de entrada e saída
3. a ventilação existente é insuficiente (gerando atmosfera imprópria).

Responsabilidade do Empregador:

 deve definir um responsável pelo cumprimento da norma e identificar


todos os espaços confinados existentes.
 capacitar os funcionários que irão atuar nesses espaços, com
treinamentos práticos específicos.
 Garantir que só se entra no espaço confinado se for emitida a
Permissão de Entrada e Trabalho (PET) .
 encerrar os trabalhos caso riscos graves e iminentes sejam detectados.
 identificar, isolar e sinalizar os espaços confinados.
 avaliar e controlar riscos químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e
mecânicos.
 avaliar a atmosfera dentro do espaço confinado antes da entrada dos
trabalhadores.
 manter condições atmosféricas aceitáveis durante toda a realização do
trabalho, monitorando continuamente.
 implementar procedimento para a realização de trabalho em espaço
confinado.
 manter sinalização pertinente junto a entrada do espaço confinado. Ter
um cadastro de todos os espaços confinados da empresa. Manter a
PET em 3 vias.

Medidas pessoais:

 todos os trabalhadores devem ser treinados.


 não se pode trabalhar em espaço confinado sozinho, sem o vigia ou o
supervisor.
 a PET é emitida pelo supervisor que deve também assegurar que os
serviços de salvamento e emergência estão disponíveis, e também
encerrar a PET quando acabar o trabalho.

ATENÇÃO: 1 PET vale para 1 entrada.

NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE:

O objetivo é estabelecer requisitos e condições mínimas para a implementação


de sistemas preventivos e medidas de controle que resguardem a segurança e
a saúde de trabalhadores que interajam, direta ou indiretamente, com serviços
em eletricidade, instalações elétricas e/ou em suas proximidades.

Medidas de controle

 As empresas são obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados


de suas instalações elétricas com as especificações do sistema de
aterramento e dos demais equipamentos e dispositivos de proteção.
 No entanto, em casos de estabelecimentos com carga instalada superior
a 75 kW, deve ser constituído e mantido o Prontuário de Instalações
Elétricas (PIE) contendo todas as informações pertinentes às instalações
elétricas e aos trabalhadores.
 Informes, tais como, medidas de proteção coletiva e individual,
especificação de equipamentos e ferramentas disponíveis também
devem estar contidas no prontuário.

Sobre a segurança em projetos

1. O projeto deve estar sempre atualizado e acessível às partes


competentes, com o memorial descritivo contendo todas as informações
pertinentes às instalações elétricas.
2. devem ser contemplados dispositivos de desligamento de circuitos que
possuam recursos para impedimento de reenergização, incluindo,
quando possível, os de ação simultânea, aterramentos.
3. tratando-se das atividades de construção e manutenção, os espaços de
segurança devem ser considerados, assim como o que diz respeito ao
aspecto ergonômico e aos demais dispostos nas NRs de Saúde e
Segurança no Trabalho.

Segurança na construção, montagem, operação e manutenção

Sob a supervisão de um profissional autorizado, todas as atividades devem


ocorrer de forma a garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores, utilizando
equipamentos e ferramentas aprovadas compatíveis com a instalação elétrica.

devem ser considerados, também, todos os perigos e riscos adicionais


possíveis junto às suas respectivas medidas preventivas.

Segurança em instalações elétricas desenergizadas

10.5.1 Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas


liberadas para trabalho mediante os procedimentos apropriados, obedecida a
seqüência abaixo:

a) seccionamento;
b) impedimento de reenergização;
c) constatação da ausência de tensão;
d) instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos
condutores dos circuitos;
e) proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada
(Anexo II da NR 10);
f) instalação da sinalização de impedimento de reenergização.

10.5.2 O estado de instalação desenergizada deve ser mantido até a


autorização para reenergização, devendo ser reenergizada respeitando a
seqüência de procedimentos abaixo:
a) retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos;
b) retirada da zona controlada de todos os trabalhadores não envolvidos no
processo de reenergização;
c) remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das
proteções adicionais;
d) remoção da sinalização de impedimento de reenergização;
e) destravamento, se houver, e religação dos dispositivos de
seccionamento.

Segurança em instalações elétricas energizadas

Em instalações elétricas de baixa tensão, não são consideradas atividades


restritas as operações básicas, como ligar e desligar circuitos elétricos, desde
que utilizados materiais e equipamentos elétricos em perfeito estado de
conservação, adequados para operação.

Todavia, na ausência de impedimentos, as intervenções de complexidade


superior às operações básicas citadas anteriormente somente podem ser
realizadas por trabalhadores qualificados, habilitados, capacitados e
autorizados nas definições da NR 10.

Já o trabalhador que ingressar na zona controlada deverá respeitar distâncias


de segurança delimitadas e realizar procedimentos específicos.

NR 11 - TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE


MATERIAIS.

NR 11 tem por objetivo principal a prevenção de acidentes com alto potencial


de danos à saúde e segurança dos trabalhadores, sociedade, meio ambiente e
empresas, a partir da implementação de condições técnicas de segurança para
a realização das atividades.

Um acidente envolvendo o transporte, o manuseio, armazenamento ou


movimentação de carga, pode ocasionar graves riscos, incluindo óbitos ou
prejuízos imensuráveis.

A aplicação dos requisitos:

 elevadores
 guindastes
 transportadores industriais
 máquinas transportadoras
 ou qualquer tipo de equipamento destinado a movimentação ou
transporte de carga.

Responsabilidade do empregador:

 inspecionar periodicamente correntes, cordas, cabos de aço, roldanas e


ganchos, substituindo-as sempre que constar qualquer dano ou defeito.
 Instalar protetores de mão em carros manuais de transporte.
Prevenção de acidentes:

 transporte manual de cargas não deverá ultrapassar o limite de 60


metros. A partir de distâncias superiores a esta, deverá ser utilizado
carros de transporte manual ou tração mecanizada.
 o piso do armazém deverá ser construído de forma suportar o peso
do material, não pode ser escorregadio, sem aspereza e deve ser
mantido em perfeito estado de conservação.
 não deve ser realizado qualquer atividade de transporte ou
movimentação de materiais com o piso molhado.
 armazenamento de materiais deverá manter uma distância mínima
de 50 centímetros das paredes laterais do prédio. A disposição dos
materiais não pode ser feita de forma obstruir corredores, passagens,
saídas de emergência, equipamentos de combate a incêndio, etc.
 todos os equipamentos motorizados utilizados para a movimentação
ou transporte de materiais deverá ser equipamento com sinalizador
sonoro (buzina, alarme de ré, dentre outros).
 os operadores de equipamentos de transporte motorizados deverão
ser habilitados, portando os devidos documentos de identificação,
contendo fotografia e nome do trabalhador, e disposto em local
visível.

Responsabilidade do empregado:

 é responsável por fornecer os devidos treinamentos para o trabalhador


responsável pela utilização de equipamentos de transporte.
 utilização de equipamentos motorizados movidas a combustão interna
para transporte e movimentação de carga não deverá ser realizado em
ambientes fechados e de pouca ventilação, salvo em casos aonde exista
dispositivos neutralizadores, que anulem a emissão de gases tóxicos.
 todos os equipamentos deverão ser sinalizados com sua capacidade de
carga máxima de trabalho permitida.
 as atividades de carga e descarga manual de caminhões deverá ser
realizada com auxílio de ajudante. É vedado o transporte manual de
cargas através de pranchas que possuam vãos superiores a 1 metro ou
mais de extensão.
 atividades de transporte, elevação, manuseio, movimentação e
armazenamento de cargas estão entre os principais riscos de acidentes,
com consequências que podem ir de uma leve lesão ou baixos danos
materiais, até situações críticas, tais como óbitos, perdas de materiais
ou cargas e contaminação do meio ambiente.

NR-12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS:

O objetivo principal da NR 12 é proporcionar o uso seguro de máquinas e


equipamentos no ambiente de trabalho.

A NR 12 é uma das normas de segurança mais importantes e extensas, pois a


utilização de máquinas e equipamentos são um dos maiores fatores de risco
nos ambientes de trabalho.
Desta forma, a sua abrangência cobre não apenas o manuseio, mas todas as
outras características que devem ser analisadas, como o layout disposto dos
equipamentos no ambiente, a forma de ativação e desativação dos
equipamentos, quais as distâcias seguras que devem ser respeitadas entre
máquinas e equipamentos, guarda corpo dos equipamentos, meios de acesso
permanente e temporário, e os diversos tipos de máquinas e equipamentos.

As medidas de controle adotadas devem ter caráter:

Coletivo: medidas que atuam em reduzir ou eliminar os riscos do ambiente


de trabalho, proporcionada pelas máquinas ou equipamentos;

Individual: a utilização de EPIs

Administrativas: desenvolver e implementar procedimentos padrões de


segurança.

Responsabilidade do Empregador:

 Seguir os procedimentos de segurança adotados ao operar máquinas ou


equipamentos;
 não modificar as instalações de proteção e dispositivos de segurança;
 ao constatar qualquer defeito em dispositivos de segurança, comunicar
imediatamente o superior responsável para que sejam elaboradas
medidas corretivas.
 realizar os treinamentos necessários fornecidos pela empresa;
 deve-se sinalizar os locais aonde serão instalados máquinas e
equipamentos, utilizando-se de marcos, balizas ou outros meios de
demarcação.
 ao projetar as áreas de armazenamento e circulação de materiais, deve-
se reservar espaço adequado para a movimentação segura dos
trabalhadores. Os pisos devem possuir resistência para suportar os
pesos que serão alocados e as ferramentas devem ser organizadas
apropriadamente.
 devem ser considerados os riscos durante a análise de risco e a
elaboração das medidas de controle, sendo estes:

I. qualquer tipo de substância perigosa, de origem química ou biológica,


sendo este no estado sólido, liquido ou gasoso, que contenha potencial
de causar danos à saúde ou a integridade física do trabalhador;
II. Radiações ionizantes e não ionizantes;
III. Riscos físicos, tais como as vibrações, ruídos, calor e etc.
IV. Substâncias com potencial de causar explosões, tais como combustíveis
e inflamáveis.

 deve ser realizado a manutenção periódica nas máquinas e


equipamentos, sendo está determinada pelo fabricante ou profissional
qualificado. Todas as manutenções devem ser registradas.
 as máquinas, equipamentos e instalações devem ser devidamente
sinalizadas, com o objetivo de informar aos trabalhadores e terceiros
que transitam pelo local, sobre os riscos presentes e que estejam
expostos, quais são as instruções de operação e informações
necessárias para garantir sua saúde e segurança.
 todas as sinalizações devem ser destacadas nas máquinas e
equipamentos, sendo utilizado cores, símbolos, inscrições, sinais
luminosos, sonoros entre outras formas, e que sejam de fácil
visualização e identificação.

Treinamentos necessário:

 ser realizados antes que o trabalhador inicie suas atividades;


 não deve conter nenhum custo ao trabalhador;
 ser realizado durante a jornada de trabalho, contendo uma carga horária
mínima, definida pelo empregador.
 Os treinamentos devem ser ministrados por profissionais qualificados,
que se responsabilizarão pela criação e adequação de todo o conteúdo,
da carga horária e da avaliação dos trabalhadores.

NR-13 CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, TUBULAÇÕES E TANQUES METÁLICOS DE


ARMAZENAMENTO:

Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece requisitos mínimos para gestão


da integridade estrutural de caldeiras a vapor, vasos de pressão, suas
tubulações de interligação e tanques metálicos de armazenamento nos
aspectos relacionados à instalação, inspeção, operação e manutenção,
visando à segurança e à saúde dos trabalhadores

Exemplos de classificação de Vasos de Pressão

a) Para verificar se o vaso se enquadra na NR–13.

Máxima Pressão de Operação = 20,4Kgf/cm2

Para transformar para Kpa 20,4 = 2000,6 Kpa

0,010197

PxV = 2000,6 (Kpa) x 785 (m3)

PxV = ,0

PxV >> 8; portanto o vaso se enquadra na NR–13

b) Para determinar a categoria do vaso.

Produto Etileno = fluido inflamável = fluído classe “A”


Entrando na Tabela de Classe de Fluído:

PxV= 2,0006 (Mpa) x 785 (m3 ) = 1570,47 (portanto, PxV > 100)

Com PxV > 100 (constata-se na tabela que o vaso é da categoria I

Cartilha NR-13 para Caldeiras e Vasos de Pressão.

Classificação de Categoria de Caldeiras na NR–13:

a) caldeiras enquadradas na categoria “A”: são aquelas cuja pressão de

operação é igual ou superior a 1900 Kpa (19,98 Kgf/cm2).

b) caldeiras enquadradas na categoria “C”: são aquelas cuja pressão de

operação é igual ou inferior a 588 Kpa (5,99 Kgf/cm2) e o volume é

igual ou inferior a 100 (cem) litros.

c) caldeiras enquadradas na categoria “B”: são todas as caldeiras que não

se enquadram nas categorias anteriores.

OBS: o critério adotado pela NR para a classificação de caldeiras, leva em


conta a pressão de operação e o volume interno da caldeira. Esse conceito,
também é adotado por outras normas internacionais. Dessa forma, quanto
maior a energia, maiores serão os riscos envolvidos.

NR-13 para Caldeiras e Vasos de Pressão

Toda caldeira e vaso de pressão deve ter afixado em seu corpo em local de
fácil acesso e bem visível, placa de identificação com no mínimo as seguintes
informações:

 Fabricante;
 Ano de fabricação;
 Pressão máxima de trabalho admissível;
 Pressão de teste hidrostático;
 Capacidade de produção de vapor (Caldeira);
 Área de superfície de aquecimento (Caldeira);
 Código de projeto e ano de edição.

Ambas devem possuir a seguinte documentação:

a) Prontuário contendo as seguintes informações:

- Código do projeto e ano de edição


- Especificação dos materiais

- Procedimentos utilizados na fabricação, montagem, inspeção final e


determinação do PMTA.

- Conjunto de desenhos e demais dados necessários para monitoramento da


vida útil da caldeira/vasos de pressão.

- Características funcionais

- Dados dos dispositivos de segurança

- Ano de fabricação

- Categoria da caldeira/vaso de pressão

b) Registro de Segurança
c) Projeto de Instalação
d) Projeto de Alteração ou Reparo
e) Relatório de Inspeção.

Treinamento:

todo operador de caldeira deverá ter o mínimo 1º grau completo e possuir


treinamento de segurança na operação de caldeiras. Currículo mínimo para
treinamento:

I. Noções de grandezas físicas e unidades……………………………… 04


horas
II. Condições gerais de caldeiras……………………………………………….
08 horas
III. Operação de
caldeiras………………………………………………………….. 12 horas
IV. Tratamento de água e manutenção de caldeiras……………….. 08 horas
V. Prevenções contra explosões e outros riscos………………………. 04
horas
VI. Legislação e Normalização (NR–13)……………………………………. 04
horas

Obs: Todo operador de caldeira deve cumprir um estágio prático na operação


da própria caldeira que irá operar, o qual deve ser supervisionado,
documentado e ter duração mínima de 60 horas, para caldeiras de categoria
“B”.

O supervisor de estágio poderá ser:

- Encarregado de Operação;

- Engenheiro da Área de Caldeira;


- Operador mais experiente;

- Engenheiro Habilitado.

A inspeção de segurança:

1. deve ser realizada por profissional habilitado, emitindo relatório de


inspeção que passa a fazer parte da sua documentação.
2. uma cópia do relatório de inspeção deve ser encaminhada pelo
profissional habilitado, num prazo máximo de 30 dias a contar do
término da inspeção, a representação sindical da categoria profissional.
3. no caso dos vasos de pressão, a documentação deverá ficar arquivada
na área onde estão instalados os vasos, sempre a disposição para
consultados operadores, pessoal de manutenção representação sindical,
CIPA, etc.

NR-14 FORNOS:

Os fornos devem ser sólidos, coberto por material que possua reflexão, para o
que calor não ultrapasse o limite imposto pela NR-15. Devem portar chaminé,
para que haja uma boa dispersão dos gases queimados, mas de forma
reduzida para não poluir o ar. Aqueles que trabalham abasses de combustíveis
gasosos ou líquidos devem ter sistemas que previnam Explosões e Retrocesso
de Chamas. Devem estar instalados em locais seguros e confortáveis com
escadas resistentes para o trabalhador exercer sua atividade. E que também
se evite acúmulo de gases nocivos e calor para áreas vizinhas.

NR 15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES:

Limite de tolerância

Entende-se por “Limite de Tolerância”, para fins desta Norma, a concentração


ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de
exposição ao agente, que não causará danos à saúde do trabalhador, durante
a sua vida laboral.

Do percentual do adicional de insalubridade.

O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os


subitens do item anterior, assegura ao trabalhador a percepção de adicional,
iniciante sobre o salário mínimo da região, equivale a:

 40% para insalubridade de grau máximo;


 20% para insalubridade de grau médio;
 10% para insalubridade de grau mínimo;

Dica: O valor fixado sobe o salário mínimo da região. Por exemplo, se o


funcionário recebe R$1.000,00 de salário mínimo da região é de R$800,00, o
cálculo terá por base os R$800,00. Nesse exemplo, se a salubridade for de
grau mínimo, funcionário receberá R$80,00. Pois corresponde a 10% de
R$800,00.

No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, sera apenas


considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo
vedada a percepção cumulativa.

A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do


pagamento do adicional respectivo.

A eliminação ou neutralização de insalubridade ficará caracterizada através de


avaliação pericial por órgão competente, que comprove a inexistência de risco
à saúde do trabalhador.

Limite de tolerância para ruídos de impacto:

1. Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia


acústica de duração inferior a 1 segundo, a intervalos superiores a 1
segundo.
2. Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (db), com
medidor de nível de pressão sonora operando no circuito linear e circuito
de resposta para impacto

As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador.

O limite de tolerância para ruido do impacto sera de 130 dB(linear)

Limites de tolerância para exposição de calor:

1. A exposição de calor deve ser avaliada através do Índice de Bulbo


Úmido Termômetro de Globo (IBTUG), definido pelas equações que se
seguem:

DICA: para ambientes SEM carga solar, use-se menor. Ou seja IBUTG = 0,7
tbn + 0,3 tg.

Ambientes externos COM carga solar: IBTUG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg

DICA: para ambientes COM carga solar. Usa-se a formula maior. Ou seja,
IBTUG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg.

Onde;

tbn = temperatura de bulbo úmido solar

tg = temperatura do globo.

tbs = temperatura de bulbo seco


EXEMPLO: Em um ambiente de trabalho com carga solar foi encontrado o tbn
25ºC, tbs 28ºC e tg 30ºC. Qual o IBUTG?

RESPOSTA: 25 x 0,7 + 28 x 0,1 + 30 x 0,2 = 17,5 + 2,8 + 6 = 26,3

A duração do período de trabalho sob ar comprimido não poderá


ser superior:

8 horas, em pressões de trabalho de 0 a 1,0 kgf/cm2;

6 horas em pressões de trabalho de 1,1 a 2,5 kgf/cm2;

4 horas, em pressão de trabalho de 2,6 a 3,4 kgf/cm2.

Após a descompressão, os trabalhadores serão obrigados a permanecer, no


mínimo, por 2 horas, no canteiro de obra, cumprindo um período de
observação médica.

Para trabalhos sob ar comprimido, os empregados deverão


satisfazer os seguintes requisitos:

a. ter mais de 18 e menos de 45 anos de idade;


b. ser submetido a exame médico obrigatório, pré-admissional e
periódico, exigido pelas características e peculiaridades próprias
do trabalho;
c. ser portador de placa de identificação, de acordo com o modelo
anexo (Quadro I), fornecida no ato da admissão, após a
realização do exame médico.

Em relação à supervisão médica para o trabalho sob ar


comprimido, deverão ser observadas as seguintes condições:

a. sempre que houver trabalho sob ar comprimido, deverá ser


providenciada a assistência por médico qualificado, bem como
local apropriado para atendimento médico;
b. todo empregado que trabalhe sob ar comprimido deverá ter uma
ficha médica, onde deverão ser registrados os dados relativos aos
exames realizados;
c. nenhum empregado poderá trabalhar sob ar comprimido, antes
de ser examinado por médico qualificado, que atestará, na ficha
individual, estar essa pessoa apta para o trabalho;
d. o candidato considerado inapto não poderá exercer a função,
enquanto permanecer sua inaptidão para esse trabalho;
e. o atestado de aptidão terá validade por 6 meses;
f. fazem caso de ausência ao trabalho por mais de 10 dias ou
afastamento por doença, o empregado, ao retornar, deverá ser
submetido a novo exame médico.

Vibração

Caracteriza-se a condição insalubre caso seja superado o limite de exposição


ocupacional diária a VMB correspondente a um valor de aceleração resultante
de exposição normalizada (aren) de 5 m/s 2.

Caracteriza-se a condição insalubre caso sejam superados quaisquer dos


limites de exposição ocupacional diária a VCI:

a. valor da aceleração resultante de exposição normalizada (aren)


de 1,1 m/s 2;
b. valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 21,0 m/m/s 1,75.

Frio

As atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou


em locais que apresentem condições similares, que exponham os
trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão consideradas
insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.

Umidade

As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados,


com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos
trabalhadores, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de
inspeção realizada no local de trabalho.

Poeiras Minerais

Cabe ao empregador, após o término do contrato de trabalho envolvendo


exposição ao asbesto, manter disponível a realização periódica de exames
médicos de controle dos trabalhadores durante 30 anos.

Estes exames deverão ser realizados com a seguinte periodicidade:

a cada 3 anos para trabalhadores com período de exposição de 0 a 12 anos;

a cada 2 anos para trabalhadores com período de exposição de 12 a 20 anos;

anual para trabalhadores com período de exposição superior a 20 anos.

Manganés e Seus Compostos


O limite de tolerância para as operações com manganês e seus compostos
referente à extração, tratamento, moagem, transporte do minério, ou ainda a
outras operações com exposição a poeiras do manganês ou de seus
compostos é de até 5 mg/m3 no ar, para jornada de até 8 horas por dia.

O limite de tolerância para as operações com manganês e seus compostos


referente à metalurgia de minerais de manganês, fabricação de compostos de
manganês, fabricação de baterias e pilhas secas, fabricação de vidros
especiais e cerâmicas, fabricação e uso de eletrodos de solda, fabricação de
produtos químicos, tintas e fertilizantes, ou ainda outras operações com
exposição a fumos de manganês ou de seus compostos é de até 1 mg/m3 no
ar, para jornada de até 8 horas por dia.
NR 16 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS:

O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao


trabalhador a percepção de adicional de 30%, incidente sobre o salário, SEM
os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros
da empresa.

EXEMPLO: Um salário de 1.000 reais, terá um acréscimo de 30% de 1.000,


que é igual a 300. Portanto, o novo salário será de 1.300

É responsabilidade do empregador:

a caracterização ou a descaracterização da periculosidade, mediante LAUDO


TÉCNICO elaborado por Médico do Trabalho ou Engenheiro de Segurança do
Trabalho, nos termos do artigo 195 da CLT.

são consideradas atividades ou operações perigosas as executadas com


explosivos sujeitos a:

a. degradação química ou autocatalítica;


b. ação de agentes exteriores, tais como, calor, umidade, faíscas,
fogo, fenômenos sísmicos, choque e atritos.

Líquido Combustível

Para efeito desta Norma Regulamentadora considera-se líquido combustível


todo aquele que possua ponto de fulgor maior que 60ºC e inferior ou igual a
93ºC.

São Atividades e Operações Perigosas

I. Atividades e Operações Perigosas com Explosivos

São consideradas atividades ou operações perigosas as enumeradas no


Quadro n.° 1, seguinte:

II. Atividades e Operações Perigosas com Inflamáveis

inflamáveis

São consideradas atividades ou operações perigosas, conferindo aos


trabalhadores que se dedicam a essas atividades ou operações, bem como
aqueles que operam na área de risco adicional de 30%.

Grupos de Embalagem
Os líquidos inflamáveis classificam-se para fins de embalagens segundo 3
grupos, conforme o nível de risco:

* Grupo de Embalagens I – risco alto

* Grupo de Embalagens II – risco médio

* Grupo de Embalagens III – risco baixo

III. Atividades e Operações Perigosas com Exposição a


Roubos ou outras Espécies de Violência Física nas
Atividades Profissionais de Segurança Pessoal ou
Patrimonial

segurança pessoal

São considerados profissionais de segurança pessoal ou patrimonial os


trabalhadores que atendam a uma das seguintes condições:

a. empregados das empresas prestadoras de serviço nas atividades


de segurança privada ou que integrem serviço orgânico de
segurança privada, devidamente registradas e autorizadas pelo
Ministério da Justiça, conforme lei 7102/1983 e suas alterações
posteriores.
b. empregados que exercem a atividade de segurança patrimonial
ou pessoal em instalações metroviárias, ferroviárias, portuárias,
rodoviárias, aeroportuárias e de bens públicos, contratados
diretamente pela administração pública direta ou indireta.

IV. Atividades e Operações Perigosas com Energia Elétrica

energia elétrica

Têm direito ao adicional de periculosidade os trabalhadores:

a. que executam atividades ou operações em instalações ou


equipamentos elétricos energizados em alta tensão;
b. que realizam atividades ou operações com trabalho em
proximidade, conforme estabelece a NR-10;
c. que realizam atividades ou operações em instalações ou
equipamentos elétricos energizados em baixa tensão no sistema
elétrico de consumo – SEC, no caso de descumprimento do item
10.2.8 e seus subitens da NR10 – Segurança em Instalações e
Serviços em Eletricidade;
d. das empresas que operam em instalações ou equipamentos
integrantes do sistema elétrico de potência – SEP, bem como
suas contratadas, em conformidade com as atividades e
respectivas áreas de risco descritas no quadro I deste anexo.
Não é devido o pagamento do adicional nas seguintes
situações:

a. nas atividades ou operações no sistema elétrico de consumo em


instalações ou equipamentos elétricos desenergizados e
liberados para o trabalho, sem possibilidade de energização
acidental, conforme estabelece a NR-10;
b. nas atividades ou operações em instalações ou equipamentos
elétricos alimentados por extra-baixa tensão;
c. nas atividades ou operações elementares realizadas em baixa
tensão, tais como o uso de equipamentos elétricos energizados e
os procedimentos de ligar e desligar circuitos elétricos, desde que
os materiais e equipamentos elétricos estejam em conformidade
com as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos
competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas
internacionais cabíveis.

V. Atividades Perigosas em Motocicleta

atividade com motocicleta

a. a utilização de motocicleta ou motoneta exclusivamente no


percurso da residência para o local de trabalho ou deste para
aquela;
b. as atividades em veículos que não necessitem de emplacamento
ou que não exijam carteira nacional de habilitação para conduzi-
los;
c. as atividades em motocicleta ou motoneta em locais privados.
d. as atividades com uso de motocicleta ou motoneta de forma
eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual,
dá-se por tempo extremamente reduzido.

VI. Atividades e Operações Perigosas com Radiações


Ionizantes ou Substâncias Radioativas

radiações ionizantes

Não são consideradas perigosas, para efeito deste anexo, as atividades


desenvolvidas em áreas que utilizam equipamentos móveis de Raios X para
diagnóstico médico.

Áreas tais como emergências, centro de tratamento intensivo, sala de


recuperação e leitos de internação não são classificadas como salas de
irradiação em razão do uso do equipamento móvel de Raios X.
NR 17 - ERGONOMIA

Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a


adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos
trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e
desempenho eficiente.

As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento,


transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às
condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho.

Análise das Situações de Trabalho

A organização deve realizar a avaliação ergonômica preliminar (AEP) das


situações de trabalho que, em decorrência da natureza e conteúdo das
atividades requeridas, demandam adaptação às características
psicofisiológicas dos trabalhadores, a fim de subsidiar a implementação das
medidas de prevenção e adequações necessárias previstas nesta NR.

A avaliação ergonômica preliminar das situações de trabalho pode ser


realizada por meio de abordagens qualitativas, semiquantitativas, quantitativas
ou combinação dessas, dependendo do risco e dos requisitos legais, a fim de
identificar os perigos e produzir informações para o planejamento das medidas
de prevenção necessárias.

Levantamento, transporte e descarga individual de cargas

transporte manual de cargas

É vedado o levantamento não eventual de cargas que possa comprometer a


segurança e a saúde do trabalhador quando a distância de alcance horizontal
da pega for superior a 60 cm em relação ao corpo.

Mobiliário dos postos de trabalho

Sempre que o trabalho puder ser executado alternando a posição de pé com a


posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para
favorecer a alternância das posições.

Níveis de Ruído

A organização deve adotar medidas de controle do ruído nos ambientes


internos com a finalidade de proporcionar conforto acústico nas situações de
trabalho.

Níveis de Iluminamento
Em todos os locais e situações de trabalho internos, deve haver iluminação em
conformidade com os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos
locais de trabalho estabelecidos na NHO 11 da Fundacentro, versão 2018.

Trabalho dos Operadores de Checkout

É vedado promover, para efeitos de remuneração ou premiação de qualquer


espécie, sistema de avaliação do desempenho com base no número de
mercadorias ou compras por operador.

Treinamento e capacitação dos trabalhadores

Cada trabalhador deve receber treinamento inicial com duração mínima de 2


horas, até o 30º dia da data da sua admissão, e treinamento periódico anual
com duração mínima de 2 horas, ministrados durante sua jornada de trabalho.

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