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Apostila NR-05 CIPA 2021/22 Atualizada

TREINAMENTOS EM SEGURANÇA NO TRABALHO

Facilitador: Everton F. Porto Reg. MTE:202/RO


NR 01– Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos
Ocupacionais

Objetivo
O objetivo desta Norma é estabelecer as disposições gerais, o campo de aplicação, os termos e as
definições comuns às Normas Regulamentadoras - NR relativas à segurança e saúde no trabalho e
as diretrizes e os requisitos para o gerenciamento de riscos ocupacionais e as medidas de prevenção
em Segurança e Saúde no Trabalho - SST.
Para fins de aplicação das Normas Regulamentadoras - NR, consideram-se os termos e definições
constantes no Anexo I.
As NRs obrigam, nos termos da lei, empregadores e empregados urbanos e rurais.
As NR são de observância obrigatória pelas organizações e pelos órgãos públicos da
administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário e
Ministério Público, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
A observância das NR não desobriga as organizações do cumprimento de outras disposições que,
com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados
ou Municípios, bem como daquelas oriundas de convenções e acordos coletivos de trabalho.
Competências e estrutura
A Secretaria de Trabalho - STRAB, por meio da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho - SIT, é
o órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho para:
a) formular e propor as diretrizes, as normas de atuação e supervisionar as atividades da área
de segurança e saúde do trabalhador;
b) promover a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho - CANPAT;
c) coordenar e fiscalizar o Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT;
d) promover a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre
Segurança e Saúde no Trabalho - SST em todo o território nacional;
e) participar da implementação da Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho -
PNSST; e
f) conhecer, em última instância, dos recursos voluntários ou de ofício, das decisões proferidas
pelo órgão regional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, salvo disposição
expressa em contrário.
Cabe ao trabalhador:
a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no
trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador; b)
submeter-se aos exames médicos previstos nas NR;
c) colaborar com a organização na aplicação das NR; e
d) usar o equipamento de proteção individual fornecido pelo empregador.
Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao cumprimento do
disposto nas alíneas do subitem anterior.
O trabalhador poderá interromper suas atividades quando constatar uma
situação de trabalho onde, a seu ver, envolva um risco grave e iminente para a
sua vida e saúde, informando imediatamente ao seu superior hierárquico.
Comprovada pelo empregador a situação de grave e iminente risco, não poderá ser exigida a volta dos
trabalhadores à atividade enquanto não forem tomadas as medidas corretivas.
Gerenciamento de riscos ocupacionais
Para fins de caracterização de atividades ou operações insalubres ou perigosas, devem ser
aplicadas as disposições previstas na NR-15 – Atividades e operações insalubres e NR-16 –
Atividades e operações perigosas.
Responsabilidades
A organização deve implementar, por estabelecimento, o gerenciamento de riscos ocupacionais em
suas atividades.
O gerenciamento de riscos ocupacionais deve constituir um Programa de Gerenciamento de Riscos
PGR.
A critério da organização, o PGR pode ser implementado por unidade operacional, setor ou
atividade.
O PGR pode ser atendido por sistemas de gestão, desde que estes cumpram as exigências previstas
nesta NR e em dispositivos legais de segurança e saúde no trabalho.
O PGR deve contemplar ou estar integrado com planos, programas e outros documentos previstos na
legislação de segurança e saúde no trabalho.
Capacitação e treinamento em Segurança e Saúde no Trabalho
O empregador deve promover capacitação e treinamento dos trabalhadores, em conformidade com o disposto
nas NR.
Ao término dos treinamentos inicial, periódico ou eventual, previstos nas NR, deve ser emitido certificado
contendo o nome e assinatura do trabalhador, conteúdo programático, carga horária, data, local de realização do
treinamento, nome e qualificação dos instrutores e assinatura do responsável técnico do treinamento.
A capacitação deve incluir: a) treinamento inicial;
b) treinamento periódico; e
c) treinamento eventual.
O treinamento inicial deve ocorrer antes de o trabalhador iniciar suas funções ou de acordo
com o prazo especificado em NR.
O treinamento periódico deve ocorrer de acordo com periodicidade estabelecida nas NR ou, quando não
estabelecido, em prazo determinado pelo empregador.

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NR 04 – Serviços Especializados em Segurança e em Medicina do
Trabalho - SESMT
Dimensionamento do SESMT

O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do


Trabalho vincula-se à gradação do risco da atividade principal e ao número total de empregados
do estabelecimento, constantes dos Quadros I e II, anexos, observadas as exceções previstas nesta
NR.

Para fins de dimensionamento, os canteiros de obras e as frentes de trabalho com menos de 1 mil
empregados e situados no mesmo estado, território ou Distrito Federal NÃO serão considerados
como estabelecimentos, mas como integrantes da empresa de engenharia principal responsável,
a quem caberá organizar os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho.

As empresas que possuam mais de 50% de seus empregados em estabelecimentos ou setor com
atividade cuja gradação de risco seja de grau superior ao da atividade principal deverão
dimensionar os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, em
função do maior grau de risco, obedecido o disposto no Quadro II desta NR.
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SESMT centralizado

A empresa poderá constituir Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do


Trabalho (SESMT) centralizado para atender a um conjunto de estabelecimentos pertencentes a ela, desde que a
distância a ser percorrida entre aquele em que se situa o serviço e cada um dos demais não ultrapasse a 5.000
metros, dimensionando-o em função do total de empregados e do risco, de acordo com o Quadro II, anexo, e o
subitem 4.2.2.

Composição do SESMT

Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), devem ser


compostos por:

1. Médico do trabalho;

2. Engenheiro de segurança do trabalho;

3. Enfermeiro do trabalho;

4. Técnico em segurança do trabalho;

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5. Auxiliar ou técnico em enfermagem do trabalho.
A empresa que contratar outra(s) para prestar serviços em estabelecimentos enquadrados no
Quadro II, anexo, deverá estender a assistência de seus Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho aos empregados da(s) contratada(s),
sempre que o número de empregados desta(s), exercendo atividade naqueles estabelecimentos,
não alcançar os limites previstos no Quadro II, devendo, ainda, a contratada cumprir o disposto
no subitem.

SESMT comum

Quando a empresa contratante e as outras por ela contratadas não se enquadrarem no


Quadro II, anexo, mas que pelo número total de empregados de ambos, no estabelecimento,
atingirem os limites dispostos no referido quadro, deverá ser constituído um serviço
especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) comum, nos
moldes do item 4.14.

A empresa que contratar outras para prestar serviços em seu estabelecimento pode
constituir SESMT comum para assistência aos empregados das contratadas, sob gestão
própria, desde que previsto em Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho.
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Carga horária do Técnico em segurança do trabalho e auxiliar de enfermagem do trabalho

O técnico de segurança do trabalho e o auxiliar de enfermagem do trabalho deverão dedicar 8 horas por
dia para as atividades dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho,
de acordo com o estabelecido no Quadro II, anexo.

Carga horária do engenheiro, médico e enfermeiro do trabalho

O engenheiro de segurança do trabalho, o médico do trabalho e o enfermeiro do trabalho deverão dedicar,


no mínimo, 3 horas tempo parcial ou 6 horas tempo integral por dia para as atividades dos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, de acordo com o estabelecido no
Quadro II, anexo, respeitada a legislação pertinente em vigor.

A empresa poderá contratar mais de um 1 médico?

Relativamente ao médico do trabalho, para cumprimento das atividades dos Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho em tempo integral, a empresa poderá contratar mais
de um profissional, desde que cada um dedique, no mínimo, 3 horas de trabalho, sendo necessário que
o somatório das horas diárias trabalhadas por todos seja de, no mínimo, 6 hora
Compete ao SESMT:

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➢ Aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do trabalho ao ambiente de
trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas e equipamentos, de modo a reduzir até
eliminar os riscos ali existentes à saúde do trabalhador;
➢ Determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação do risco e este persistir,
mesmo reduzido, a utilização, pelo trabalhador, de Equipamentos de Proteção Individual – EPI, de acordo
com o que determina a NR 6, desde que a concentração, a intensidade ou característica do agente assim o
exija;
➢ Colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas instalações físicas e tecnológicas
da empresa, exercendo a competência disposta na alínea “a”;
➢ Responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento do disposto nas normas
aplicáveis às atividades executadas pela empresa e/ou seus estabelecimentos;
➢ Manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de suas observações, além de
apoiá-la, treiná-la e atendê-la, conforme dispõe a NR 5;
➢ Promover a realização de atividades de conscientização, educação e orientação dos trabalhadores para a
prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, tanto através de campanhas quanto de
programas de duração permanente;
➢ Esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e doenças ocupacionais,
estimulando-os em favor da prevenção;
➢ Analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes ocorridos na empresa ou
estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as

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características do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente
e as condições do(s) indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s);
➢ Registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças ocupacionais e agentes
de insalubridade, preenchendo, no mínimo, os quesitos descritos nos modelos de mapas constantes nos
Quadros III, IV, V e VI, devendo o empregador manter a documentação à disposição da inspeção do
trabalho;
➢ Manter os registros de que tratam as alíneas “h” e “i” na sede dos Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho ou facilmente alcançáveis a partir da mesma, sendo
de livre escolha da empresa o método de arquivamento e recuperação, desde que sejam asseguradas
condições de acesso aos registros e entendimento de seu conteúdo, devendo ser guardados somente os
mapas anuais dos dados correspondentes às alíneas “h” e “i” por um período não inferior a 5 anos;
➢ As atividades dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e
em Medicina do Trabalho são essencialmente prevencionistas, embora não seja vedado o
atendimento de emergência, quando se tornar necessário. Entretanto, a elaboração de planos de controle
de efeitos de catástrofes, de disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios e ao salvamento e
de imediata atenção à vítima deste ou de qualquer outro tipo de acidente estão incluídos em suas
atividades.

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Da comunicação de acidente do trabalho - CAT

A comunicação será feita ao INSS por intermédio do formulário CAT, preenchido em 4


vias, com a seguinte destinação:

1ª via – ao INSS;

2ª via – à empresa;

3ª via – ao segurado ou dependente;

4ª via – ao sindicato de classe do trabalhador;

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NR 05 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
DO OBJETIVO
Esta norma regulamentadora - NR estabelece os parâmetros e os requisitos da Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes - CIPA tendo por objetivo a prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, de modo a
tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e promoção da saúde do trabalhador.
Campo de aplicação
As organizações e os órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como os órgãos dos Poderes
Legislativo, Judiciário e Ministério Público, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT, devem constituir e manter CIPA.
Atribuições
A CIPA tem por atribuição:
a) acompanhar o processo de identificação de perigos e avaliação de riscos bem como a adoção de medidas
de prevenção implementadas pela organização;
b) registrar a percepção dos riscos dos trabalhadores, em conformidade com o subitem 1.5.3.3 da NR-01, por
meio do mapa de risco ou outra técnica ou ferramenta apropriada à sua escolha, sem ordem de preferência,
com assessoria do Serviço Especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, onde houver;

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c) verificar os ambientes e as condições de trabalho visando identificar situações que possam trazer riscos para
a segurança e saúde dos trabalhadores;
d) elaborar e acompanhar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva em segurança e saúde no
trabalho;
e) participar no desenvolvimento e implementação de programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;
f) acompanhar a análise dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, nos termos da NR-1 e propor,
quando for o caso, medidas para a solução dos problemas identificados;
g) requisitar à organização as informações sobre questões relacionadas à segurança e saúde dos
trabalhadores, incluindo as Comunicações de Acidente de Trabalho - CAT emitidas pela organização,
resguardados o sigilo médico e as informações pessoais;
h) propor ao SESMT, quando houver, ou à organização, a análise das condições ou situações de trabalho nas
quais considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores e, se for o caso, a
interrupção das atividades até a adoção das medidas corretivas e de controle; e
i) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prevenção de
Acidentes do Trabalho - SIPAT, conforme programação definida pela CIPA.

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Constituição e estruturação
A CIPA será constituída por estabelecimento e composta de representantes da organização e dos
empregados, de acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as disposições
para setores econômicos específicos.
A CIPA das organizações que operem em regime sazonal devem ser dimensionadas tomando-se por base a
média aritmética do número de trabalhadores do ano civil anterior e obedecido o Quadro I desta NR.
Os representantes da organização na CIPA, titulares e suplentes, serão por ela designados.
Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do qual
participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados.
A organização designará dentre seus representantes o Presidente da CIPA, e os representantes eleitos dos
empregados escolherão dentre os titulares o vice-presidente.
O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 ano, permitida 1 reeleição.
Os membros da CIPA, eleitos e designados serão empossados no 1º dia útil após o término do mandato
anterior.
Processo eleitoral
Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos empregados na CIPA, no
prazo mínimo de 60 dias antes do término do mandato em curso.

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O processo eleitoral deve observar as seguintes condições:
a) publicação e divulgação de edital de convocação da eleição e abertura de prazos para inscrição de candidatos,
em locais de fácil acesso e visualização, podendo ser em meio físico ou eletrônico;
b) inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será de 15 dias corridos;
c) liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento, independentemente de setores ou locais
de trabalho, com fornecimento de comprovante em meio físico ou eletrônico; d) garantia de emprego até a
eleição para todos os empregados inscritos;
e) publicação e divulgação da relação dos empregados inscritos, em locais de fácil acesso e visualização,
podendo ser em meio físico ou eletrônico;
f) realização da eleição no prazo mínimo de 30 dias antes do término do mandato da CIPA, quando houver;
e em horário que possibilite a participação da maioria dos empregados do
estabelecimento; h) voto secreto;
i) apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com
acompanhamento de representante da organização e dos empregados,
em número a ser definido pela comissão eleitoral, facultado o
acompanhamento dos candidatos; e

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j) organização da eleição por meio de processo que garanta tanto a segurança do sistema como a
confidencialidade e a precisão do registro dos votos.
Havendo participação inferior a 50% dos empregados na votação, não haverá a apuração dos votos e a
comissão eleitoral deverá prorrogar o período de votação para o dia subsequente, computando-se os votos já
registrados no dia anterior, a qual será considerada válida com a participação de, no mínimo, 1/3 dos
empregados.
Funcionamento
A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário
preestabelecido.
A critério da CIPA, nas Microempresas - ME e Empresas de Pequeno
Porte - EPP, graus de risco 1 e 2, as reuniões poderão ser bimestrais.
As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes.
O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente,
quando faltar a mais de 4 reuniões ordinárias sem justificativa.
Os prazos da eleição extraordinária serão reduzidos à metade dos
prazos previstos no processo eleitoral desta NR.

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No caso de afastamento definitivo do presidente, a organização
indicará o substituto, em 2 dias úteis, preferencialmente entre os
membros da CIPA.
Treinamento
A organização deve promover treinamento para o representante
nomeado da NR-5 e para os membros da CIPA, titulares e
suplentes, antes da posse.
O treinamento de CIPA em 1º mandato será realizado no prazo
máximo de 30 dias, contados a partir da data da posse.
O treinamento realizado há menos de 2 anos contados da
conclusão do curso pode ser aproveitado na mesma
organização, observado o estabelecido na NR-1.
O treinamento deve ter carga horária mínima de:
a) 8 horas para estabelecimentos de grau de risco 1;
b) 12 horas para estabelecimentos de grau de risco 2;
c) 16 horas para estabelecimentos de grau de risco 3; e
d) 20 horas para estabelecimentos de grau de risco 4.

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NR 06 – Equipamento de Proteção Individual - EPI
Definição de EPI

Considera-se Equipamento de Proteção


Individual - EPI, todo dispositivo ou produto,
de uso individual utilizado pelo trabalhador,
destinado à proteção de riscos suscetíveis
de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho.

Certificado de aprovação - CA

O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser


posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação – CA, expedido
pelo órgão NACIONAL competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do
Ministério do Trabalho e Emprego.

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Quem deve fornecer o EPI?

A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em


perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

➢ Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos
de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;

➢ Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,

➢ Para atender a situações de emergência.

Recomendação para o uso

Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho –


SESMT, ouvida a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA e trabalhadores
usuários, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada
atividade.

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Cabe ao EMPREGADOR quanto ao EPI:

• Adquirir o adequado ao risco de cada atividade;

• Exigir seu uso;

• Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional


competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;

• Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;

• Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; • Responsabilizar-se pela

higienização e manutenção periódica; e,

• Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

• Registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema
eletrônico.

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Cabe ao EMPREGADO quanto ao EPI:

• Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

• Responsabilizar-se pela guarda e conservação;

• Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio


para uso; e,

• Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

Para fins de comercialização o Certificado de Aprovação – CA concedido aos EPI terá validade:

➢ De 5 anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua conformidade
avaliada no âmbito do SINMETRO;

➢ Do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO, quando for o caso.

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Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa
fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador,
o lote de fabricação e o número do CA.

Cabe ao órgão NACIONAL competente em matéria de segurança e saúde no trabalho:

➢ Cadastrar o fabricante ou importador de EPI;

➢ Receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de EPI;

➢ Estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de EPI;

➢ Emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador;

➢ Fiscalizar a qualidade do EPI;

➢ Suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora; e, Cancelar o CA.

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Completo
Cabe ao órgão REGIONAL do MTE:

➢ Fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI;

➢ Recolher amostras de EPI; e,

➢ Aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumprimento


desta NR.

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NR-09 - AVALIAÇÃO E CONTROLE DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS A
AGENTES FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS
Objetivo
Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os requisitos para a avaliação das exposições ocupacionais a
agentes físicos, químicos e biológicos quando identificados no Programa de Gerenciamento de Riscos PGR,
previsto na NR-1, e subsidiá-lo quanto às medidas de prevenção para os riscos ocupacionais.
Campo de Aplicação
As medidas de prevenção estabelecidas nesta Norma se aplicam onde houver exposições ocupacionais aos
agentes físicos, químicos e biológicos.
A abrangência e profundidade das medidas de prevenção dependem das características das exposições e das
necessidades de controle.
Identificação das Exposições Ocupacionais aos Agentes Físicos, Químicos e Biológicos
A identificação das exposições ocupacionais aos agentes físicos, químicos e biológicos deverá considerar:
a) descrição das atividades;
b) identificação do agente e formas de exposição;

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c) possíveis lesões ou agravos à saúde relacionados às exposições identificadas;
d) fatores determinantes da exposição;
e) medidas de prevenção já existentes; e
f) identificação dos grupos de trabalhadores expostos.
Disposições Transitórias
Enquanto não forem estabelecidos os Anexos a esta Norma, devem ser adotados para fins de medidas de
prevenção:
a) os critérios e limites de tolerância constantes na NR-15 e seus anexos;
b) como nível de ação para agentes químicos, a metade dos limites de tolerância;
c) como nível de ação para o agente físico ruído, a metade da dose.
Na ausência de limites de tolerância previstos na NR-15 e seus anexos, devem ser utilizados como referência
para a adoção de medidas de prevenção aqueles previstos pela American Conference of Governmental Industrial
Higyenists - ACGIH.
Considera-se nível de ação, o valor acima do qual devem ser implementadas ações de controle sistemático de
forma a minimizar a probabilidade de que as exposições ocupacionais ultrapassem os limites de exposição.

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ANEXO I da NR-09 VIBRAÇÃO
Medidas de Prevenção Objetivos
Estabelecer os requisitos para a avaliação da exposição ocupacional às Vibrações em Mãos e Braços - VMB e
às Vibrações de Corpo Inteiro - VCI, quando identificadas no Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR,
previsto na NR-01, e subsidiá-lo quanto às medidas de prevenção.
Disposições Gerais
As organizações devem adotar medidas de prevenção e controle da exposição às vibrações mecânicas que
possam afetar a segurança e a saúde dos trabalhadores, eliminando o risco ou, onde comprovadamente não
houver tecnologia disponível, reduzindo-o aos menores níveis possíveis.
No processo de eliminação ou redução dos riscos relacionados à exposição às vibrações mecânicas devem ser
considerados, entre outros fatores, os esforços físicos e aspectos posturais.
A organização deve comprovar, no âmbito das ações de manutenção preventiva e corretiva de veículos,
máquinas, equipamentos e ferramentas, a adoção de medidas que visem o controle e a redução da exposição a
vibrações.
Avaliação quantitativa da exposição dos trabalhadores às VMB
O nível de ação para a avaliação da exposição ocupacional diária à vibração em mãos e braços VMB
corresponde a um valor de aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 2,5 m/s2.

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O limite de exposição ocupacional diária à vibração em mãos e braços VMB corresponde a um valor de
aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 5 m/s2. Avaliação quantitativa da exposição
dos trabalhadores às VCI
O nível de ação para a avaliação da exposição ocupacional diária à vibração de corpo inteiro VCI corresponde a
um valor da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 0,5m/s2, ou ao valor da dose de vibração
resultante (VDVR) de 9,1m/s175.
O limite de exposição ocupacional diária à vibração de corpo inteiro VCI corresponde ao:
a) valor da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 1,1 m/s2 ; ou
b) valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 21,0 m/s175.
Para fins de caracterização da exposição, a organização deve comprovar a avaliação dos dois parâmetros
acima descritos.

NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade

Prontuário de Instalações Elétricas (Isso é muito sério)

Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter o


Prontuário de Instalações Elétricas.
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Das medidas de proteção coletiva

As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a desenergização


elétrica conforme estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o emprego de tensão de
segurança.

Na impossibilidade de implementação do estabelecido no subitem 10.2.8.2. Devem ser


utilizadas outras medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das partes vivas,
obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático de alimentação, bloqueio
do religamento automático.

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Desenergizadas obedecida a sequência: Reenergizadas obedecida a sequência:

1º seccionamento;
1º retirada das ferramentas;

2º impedimento de reenergização;
2º retirada dos trabalhadores;

3º ausência de tensão;
3º remoção do aterramento temporário;

4º aterramento temporário;
4º remoção da sinalização;

5º proteção dos elementos energizados;


5º destravamento e religação.

6º instalação da sinalização.
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Segurança em instalações elétricas energizadas

As intervenções em instalações elétricas com tensão igual ou superior a 50 Volts em corrente alternada ou
superior a 120 Volts em corrente contínua somente podem ser realizadas por trabalhadores qualificados.

Do trabalhador qualificado

É considerado trabalhador qualificado aquele que comprovar conclusão de curso específico na área elétrica
reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino.

Do profissional legalmente habilitado

É considerado profissional legalmente habilitado o trabalhador previamente qualificado e com registro no


competente conselho de classe. Do trabalhador capacitado

É considerado trabalhador capacitado aquele que atenda às seguintes condições, simultaneamente:

• receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado e autorizado; e


• trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado.

EXTRA-BAIXA TENSÃO (EBT):


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- Menor 50 volts corrente alternada;
- Menor 120 volts corrente contínua.

BAIXA TENSÃO (BT):

- Superior 50 volts e menor igual a 1000 volts corrente alternada;


- Superior a 120 volts e menor igual a 1500 volts corrente contínua.

ALTA TENSÃO (AT):

- Superior a 1000 volts em corrente alternada; - Superior a 1500 volts em


corrente contínua.

Esta NR não é aplicável a instalações elétricas alimentadas por extra-baixa tensão.

Treinamento
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Curso básico: Segurança em instalações e
serviços com eletricidade – Para os
trabalhadores autorizados: carga horária
mínima – 40h.

Curso Complementar: segurança no sistema


elétrico de potência (SEP) e em suas
proximidades.
É pré-requisito para frequentar este curso complementar, ter participado, com
aproveitamento satisfatório, do curso básico definido anteriormente. Carga horária
mínima – 40h.

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NR 17 - ERGONOMIA
Objetivo

Esta Norma Regulamentadora - NR visa estabelecer as diretrizes e os requisitos que permitam a adaptação
das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar
conforto, segurança, saúde e desempenho eficiente no trabalho. Avaliação das situações de trabalho
A organização deve realizar a avaliação ergonômica preliminar (AEP) das situações de trabalho que, em
decorrência da natureza e conteúdo das atividades requeridas, demandam adaptação às características
psicofisiológicas dos trabalhadores, a fim de subsidiar a implementação das medidas de prevenção e
adequações necessárias previstas nesta NR.
A avaliação ergonômica preliminar das situações de trabalho pode ser realizada por meio de abordagens
qualitativas, semiquantitativas, quantitativas ou combinação dessas, dependendo do risco e dos requisitos
legais, a fim de identificar os perigos e produzir informações para o planejamento das medidas de prevenção
necessárias.
A avaliação ergonômica preliminar das situações de trabalho deve ser registrada pela organização.
A organização deve realizar Análise Ergonômica do Trabalho - AET da situação de trabalho quando:
a) observada a necessidade de uma avaliação mais aprofundada da situação;
b) identificadas inadequações ou insuficiência das ações adotadas;
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c) sugerida pelo acompanhamento de saúde dos trabalhadores, nos termos do Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional - PCMSO e da alínea “c” do subitem 1.5.5.1.1 da NR 01; ou
d) indicada causa relacionada às condições de trabalho na análise de acidentes e doenças relacionadas ao
trabalho, nos termos do Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR.
A AET deve abordar as condições de trabalho, conforme estabelecido nesta NR, incluindo as seguintes etapas:
a) análise da demanda e, quando aplicável, reformulação do problema;
b) análise do funcionamento da organização, dos processos, das situações de trabalho e da atividade;
c) descrição e justificativa para definição de métodos, técnicas e ferramentas adequados para a análise e sua
aplicação, não estando adstrita à utilização de métodos, técnicas e ferramentas específicos; d)
estabelecimento de diagnóstico;
e) recomendações para as situações de trabalho analisadas; e
f) restituição dos resultados, validação e revisão das intervenções efetuadas, quando necessária, com a
participação dos trabalhadores.
As Microempresas – ME e Empresas de Pequeno Porte – EPP enquadradas como graus de risco 1 e 2 e o
Microempreendedor Individual – MEI não são obrigados a elaborar a AET, mas devem atender todos os demais
requisitos estabelecidos nesta NR, quando aplicáveis.

38
Organização do trabalho
A organização do trabalho, para efeito
desta NR, deve levar em consideração:
a) as normas de produção;
b) o modo operatório, quando aplicável;
c) a exigência de tempo;
d) o ritmo de trabalho;
e) o conteúdo das tarefas e os instrumentos e meios técnicos
disponíveis; e
f) os aspectos cognitivos que possam comprometer a segurança e
a saúde do trabalhador.
Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos
seguintes requisitos mínimos:
a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida;
b) sistemas de ajustes e manuseio acessíveis;
c) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento;
39
d) borda frontal arredondada; e
e) encosto com forma adaptada ao corpo para proteção da região lombar.
Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados em pé, devem ser colocados assentos com
encosto para descanso em locais em que possam ser utilizados pelos trabalhadores durante as pausas.

NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos


de Saúde
Para fins de aplicação desta NR entende-se por serviços de saúde qualquer edificação destinada à prestação de
assistência à saúde da população, e todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em
saúde em qualquer nível de complexidade.

Consideram-se Agentes Biológicos os microrganismos, geneticamente modificados ou não; as culturas de células; os


parasitas; as toxinas e os príons.

O PPRA deve ser reavaliado 1 vez ao ano e:

a) sempre que se produza uma mudança nas condições de trabalho, que possa alterar a exposição aos agentes
biológicos;
b) quando a análise dos acidentes e incidentes assim o determinar.

40
Em toda ocorrência de acidente envolvendo riscos biológicos, com ou sem afastamento do trabalhador, deve ser
emitida a Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT.

Todo local onde exista possibilidade de exposição ao agente biológico deve ter lavatório exclusivo para higiene das
mãos provido de água corrente, sabonete líquido, toalha descartável e lixeira provida de sistema de abertura sem contato
manual.

Os quartos ou enfermarias destinadas ao isolamento de pacientes portadores de doenças infectocontagiosas


devem conter lavatório em seu interior. (Detalhe nesta nota: Se aplica a todos os ambientes congêneres)

O uso de luvas não substitui o processo de lavagem das mãos, o que deve ocorrer, no mínimo, antes e depois
do uso das mesmas.

Os trabalhadores com feridas ou lesões nos membros superiores só podem iniciar suas atividades após
avaliação médica obrigatória com emissão de documento de liberação para o trabalho.

O empregador deve vedar:

a) a utilização de pias de trabalho para fins diversos dos previstos;

b) o ato de fumar, o uso de adornos e o manuseio de lentes de contato nos postos de trabalho;

41
c) o consumo de alimentos e bebidas nos postos de trabalho;

d) a guarda de alimentos em locais não destinados para este fim;

e) o uso de calçados abertos.

A vestimenta deve ser fornecida sem ônus para o empregado.

Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos de proteção


individual e as vestimentas utilizadas em suas atividades laborais.

Os Equipamentos de Proteção Individual – EPI, descartáveis ou não, deverão estar à disposição em


número suficiente nos postos de trabalho, de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou
reposição.

O empregador deve assegurar capacitação aos trabalhadores, antes do início das atividades e de
forma continuada, devendo ser ministrada:

a) sempre que ocorra uma mudança das condições de exposição dos trabalhadores aos agentes
biológicos;
42
b) durante a jornada de trabalho;

c) por profissionais de saúde familiarizados com os riscos inerentes


aos agentes biológicos.

Perfurocortantes

Os trabalhadores que utilizarem objetos perfurocortantes devem ser


os responsáveis pelo seu descarte.

As empresas que produzem ou comercializam materiais perfurocortantes


devem disponibilizar, para os trabalhadores dos serviços de saúde,
capacitação sobre a correta utilização do dispositivo de segurança.

Da vacinação dos trabalhadores

A todo trabalhador dos serviços de saúde deve ser fornecido, gratuitamente, programa de
imunização ativa contra tétano, difteria, hepatite B e os estabelecidos no PCMSO.

43
Sempre que houver vacinas eficazes contra outros agentes biológicos a que os trabalhadores
estão, ou poderão estar, expostos, o empregador deve fornecê-las gratuitamente.

Toda trabalhadora gestante só será liberada para o trabalho em áreas com


possibilidade de exposição a gases ou vapores anestésicos após autorização por
escrito do médico responsável pelo PCMSO, considerando as informações contidas
no PPRA (Apenas consultivo, pois esta NR já foi revogada).

Toda trabalhadora com gravidez confirmada deve ser afastada das atividades com
radiações ionizantes, devendo ser remanejada para atividade compatível com seu nível
de formação.

Para os recipientes destinados a coleta de material perfurocortante,


o limite máximo de enchimento deve estar localizado 5 cm abaixo do
bocal.

44
Os recipientes de transporte com mais de 400 litros de capacidade devem possuir
válvula de dreno no fundo.

Agentes biológicos

Os agentes biológicos são classificados em:

CLASSE DE RISCO 1: baixo risco individual para o trabalhador e para a coletividade, com baixa
probabilidade de causar doença ao ser humano.

CLASSE DE RISCO 2: risco individual moderado para o trabalhador e com baixa probabilidade de
disseminação para a coletividade. Podem causar doenças ao ser humano, para as quais existem meios eficazes
de profilaxia ou tratamento.

CLASSE DE RISCO 3: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade de disseminação para a
coletividade. Podem causar doenças e infecções graves ao ser humano, para as quais nem sempre existem
meios eficazes de profilaxia ou tratamento.

CLASSE DE RISCO 4: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade elevada de
disseminação para a coletividade. Apresenta grande poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro.

45
Acidente de trabalho
Conceito prevencionista
Podem causar doenças graves ao ser humano, para as quais não existem meios eficazes de profilaxia ou
tratamento.
Acidente de trabalho é qualquer ocorrência não programada, inesperada ou não, que interfere ou interrompe o
processo normal de uma atividade, trazendo como consequência isolada ou simultaneamente perda de tempo,
dano material ou lesões ao homem.

Conceito legal ou previdenciário

Conforme dispõe o art. 19 da Lei nº Lei 8.213/91, “acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do
trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11
desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução,
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”.

Doença profissional

Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a
determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência
Social;
46
Exemplo: orientadores das aeronaves nos aeroportos que adquirem surdez. Pois a doença está relacionada a sua
profissão.

Doença do trabalho

Doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que
o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.
Exemplo: se uma secretaria que trabalha no escritório deste aeroporto adquire surdez é um exemplo de doença
do trabalho. Pois não está relacionada a sua profissão. Seria o caso se ela adquirir uma doença proveniente de
digitar.

Equipara-se a acidente de trabalho

O art. 21 da Lei nº 8.213/91 equipara ainda a acidente de trabalho:

I – o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para
a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija
atenção médica para a sua recuperação;

II – o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;


47
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; d) ato de pessoa
privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;
III – a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;

IV – o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:

a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;


b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar
proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus
planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado,
inclusive veículo de propriedade do segurado;

Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades
fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.

48
Não são consideradas como doença do trabalho:

a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo
comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.
Da Comunicação De Acidente Do Trabalho - CAT

A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido para reconhecer tanto um


acidente de trabalho ou de trajeto bem como uma doença ocupacional.

Acidente de trajeto

Aquele sofrido no deslocamento residência para trabalho vice versa e que venha a provocar lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a perda ou redução permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho ou em último caso a morte.

49
Quando comunicar o acidente do trabalho?

A empresa é obrigada a informar à Previdência Social todos os acidentes de trabalho ocorridos


com seus empregados, mesmo que não haja afastamento das atividades, até o 1º dia útil seguinte ao
da ocorrência. Em caso de morte, a comunicação deverá ser imediata.

A empresa que não informar o acidente de trabalho dentro do prazo legal estará sujeita à aplicação
de multa. (Conforme disposto nos Artigos 286 e 336 do Decreto 3.048/99).

Se a empresa não fizer o registro da CAT quem


poderá fazer?

Se a empresa não fizer o registro da CAT:

O próprio trabalhador; - O dependente;

- A entidade sindical;

50
- O médico ou a autoridade pública (magistrados, membros do Ministério Público e dos serviços
jurídicos da União e dos estados ou do Distrito Federal e comandantes de unidades do Exército, da
Marinha, da Aeronáutica, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar), poderão efetivar a qualquer
tempo o registro deste instrumento junto à Previdência Social, o que não exclui a possibilidade
da aplicação da multa à empresa.

51
Proteção Contra Incêndio
É dever do empregador
O empregador deve providenciar para todos os trabalhadores informações sobre:

a) utilização dos equipamentos de combate ao incêndio;

b) procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com


segurança;

c) dispositivos de alarme existentes.

Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número


suficiente e dispostas de modo que aqueles que se encontrem nesses
locais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de
emergência.

As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas ou
sinais luminosos, indicando a direção da saída.
NENHUMA saída de emergência deverá ser fechada à chave ou presa durante a jornada de trabalho.
As saídas de emergência podem ser equipadas com dispositivos de travamento que permitam fácil abertura
do interior do estabelecimento.

Da largura mínima

A largura mínima das aberturas de saída deverá ser de 1,20 m.

As saídas devem ser dispostas de tal forma que, entre elas e qualquer local de
trabalho, não se tenha de percorrer distância maior que 15 metros nos de risco
grande e 30 metros de risco médio ou pequeno.

As saídas e as vias de circulação NÃO devem comportar escadas nem degraus; as


passagens serão bem iluminadas.

Todas as portas de batente, tanto as de saída como as de comunicações internas,


devem:

a) abrir no sentido da saída;


b) situar-se de tal modo que, ao se abrirem, não impeçam as vias de passagem.
NENHUMA porta de entrada, ou saída, ou de emergência de um estabelecimento ou local de
trabalho, deverá ser fechada a chave, aferrolhada, ou presa durante as horas de trabalho.

Durante as horas de trabalho, PODERÃO ser fechadas com dispositivos de segurança, que
permitam a qualquer pessoa abri-las facilmente do interior do estabelecimento, ou do local de
trabalho.

Em hipótese alguma as portas de emergência deverão ser fechadas pelo lado externo, mesmo
fora do horário de trabalho.

Das escadas

Todas as escadas, plataformas e patamares deverão ser feitos com materiais incombustíveis e
resistentes ao fogo.
Portas corta-fogo

As caixas de escadas deverão ser providas de portas corta-


fogo, fechando-se automaticamente e podendo ser abertas
facilmente pelos 2 lados.

Classes de fogo

Será adotada, para efeito de facilidade na aplicação das presentes


disposições, a seguinte classificação de fogo:

Classe A – são materiais de fácil combustão com a propriedade


de queimarem em sua superfície e profundidade , e que deixam
resíduos, como: tecidos, madeira, papel, fibras, etc.;

Classe B – são considerados inflamáveis os produtos que


queimem somente em sua superfície, NÃO deixando resíduos,
como óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc.;
Classe C – quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados como motores, transformadores,
quadros de
distribuição, fios, etc.;

Classe D – elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio.


Extintores

➢ O extintor tipo “Espuma” será usado nos fogos de Classe A e B;

➢ O extintor tipo “Dióxido de Carbono” será usado,


preferencialmente, nos fogos das Classes B e C, EMBORA possa
ser usado também nos fogos de Classe A em seu início;

➢ O extintor tipo “Químico Seco” usar-se-á nos fogos das Classes


B e C;

➢ O extintor tipo “Água Pressurizada“, ou “Água-Gás“, deve ser


usado em fogos da Classe A;
➢ Método de abafamento por meio de areia (balde areia) poderá ser usado como variante nos fogos das
Classes B e D;

➢ Método de abafamento por meio de limalha de ferro fundido poderá ser usado como variante nos fogos da
Classe D.
A água nunca será empregada:

a) nos fogos da Classe B, salvo quando pulverizada sob a forma de neblina;

b) nos fogos da Classe C, salvo quando se tratar de água pulverizada;

c) nos fogos da Classe D;

Localização dos extintores

Os extintores deverão ser colocados em locais:

a) de fácil visualização;

b) de fácil acesso;
c) onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso.

Locais dos extintores

Os locais destinados aos extintores devem ser assinalados por um círculo vermelho ou por uma seta larga,
vermelha, com bordas amarelas.
Condução

Tipo de propagação do calor que consiste na transferência de energia térmica entre as partículas que
compõe o sistema. Por exemplo: coloca-se uma das extremidades de uma barra metálica na chama de
fogo. Após alguns instantes, percebe-se que a outra extremidade também esquenta, mesmo estando fora
da chama de fogo.

Convecção

É o tipo de propagação do calor que ocorre nos fluidos em geral em decorrência da diferença de
densidade entre as partes que formam o sistema. Por exemplo: na geladeira os alimentos são resfriados
dessa forma.
Irradiação

A condução e a convecção são formas de propagação de calor que para


ocorrer é necessário que haja meio material, contudo, existe uma forma
de propagação de calor que NÃO necessita de um meio material
(vácuo) para se propagar, esta é a irradiação térmica. Esse tipo de
propagação do calor ocorre através dos raios infravermelhos que são
chamadas ondas eletromagnéticas.
Fixar critérios para o registro, comunicação, estatística e análise de acidentes do trabalho, suas causas
e consequências, aplicando-se a quaisquer atividades laborativas.

Definições

Acidente Do Trabalho: Ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o


exercício do trabalho, que provoca lesão pessoal ou de que decorre risco próximo ou remoto dessa lesão;
NBR 14.280 – Cadastro de Acidentes do Trabalho
Objetivo
O acidente inclui tanto ocorrências em relação a um momento determinado, quanto ocorrências ou
exposições contínuas ou intermitentes, que só podem ser identificadas em termos de período de tempo
provável.

Acidente Sem Lesão: É o acidente que não causa lesão pessoal;

Acidente De Trajeto: Acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de
trabalho ou desta para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade
do empregado;
Acidente Impessoal: Acidente cuja caracterização independe de existir acidentado, não
podendo ser considerado como causador direto da lesão pessoal;

Agente Do Acidente: Coisa, substância ou ambiente que, sendo inerte à condição ambiente
de insegurança tenha provocado o acidente;
Fonte Da Lesão: Coisa, substância, energia ou movimento do corpo que diretamente
provocou a lesão;

Causas do acidente

Fator Pessoal De Insegurança: Causa


relativa ao comportamento humano, que pode levar à
ocorrência do acidente ou a prática do ato inseguro.

Ato Inseguro: Ação ou omissão que,


contrariando preceito de segurança, pode
causar ou favorecer a ocorrência de acidente;

Condição Ambiente De Insegurança: É a condição do meio que causou o


acidente ou contribuiu para a sua ocorrência;
Doença Do Trabalho: Doença decorrente do exercício continuado ou intermitente
de atividade laborativa, capaz de provocar lesão por ação imediata;

Doença Profissional: Doença do trabalho causada pelo exercício de atividade


específica, constante em relação oficial;

Lesão Com Afastamento (Lesão com perda de tempo ou incapacitante) - Lesão pessoal
que impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que
resulte incapacidade permanente;

Lesão Sem Afastamento (Lesão não incapacitante ou lesão sem perda de tempo) – Lesão
pessoal que não impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente,
desde que não haja incapacidade permanente;

Dias Perdidos: Dias corridos de afastamento do trabalho em virtude de lesão pessoal, exceto
o dia do acidente e o dia de volta ao trabalho;
Dias Debitados: Dias que se debitam, por incapacidade permanente por morte, para o cálculo
do tempo computado;

Tempo Computado: Tempo contado em “dias perdidos, pelos acidentados, com incapacidade
temporária total” mais os “dias debitados pelos acidentados vítimas de morte ou incapacidade
permanente, total ou parcial”;
Horas-homem De Exposição Ao Risco (horas-homem) – Somatório das horas durante as
quais os empregados ficam à disposição do empregador, em determinado período;

EXEMPLO: No mês de agosto de 2017, na empresa alfa, durante 25 dias, 10 funcionários


trabalharam 8 horas por dia.

HHT = 25 x 10 x 8 = 2000

Taxa De Frequência De Acidentes: Número de Acidentes por milhão de horas-homem de


exposição ao risco, em determinado período;

EXEMPLO: No mês de agosto de 2017, na empresa alfa, ocorreram 5 acidentes.

TF = N x 1.000000 TF = 5 x 1.000000 TF = 5.000000 TF = 2500


HHT 2000 2000
Taxa De Gravidade: Tempo computado por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em
determinado período;

EXEMPLO: No mês de agosto de 2017, na empresa alfa, o funcionário João, sofreu um acidente, que
o deixou afastado do serviço por 3 dias.

TG = T x 1.000000 TG = 3 x 1.000000 TG = 3.000000 TG = 1500


HHT 2000 2000

Custo Segurado: Total das despesas cobertas pelo seguro de acidente do trabalho;

Custo Não Segurado: Total das despesas não cobertas pelo seguro de acidente do trabalho e, em
geral, não facilmente computáveis, tais como as resultantes da interrupção do trabalho, do afastamento
do empregado de sua ocupação habitual, de danos causados a equipamentos e materiais, da
perturbação do trabalho normal e de atividades assistências não seguradas;

Acidentes De Trajeto: Devem ser tratados à parte, não sendo incluído no cálculo usual das taxas
de frequência e de gravidade;
Assédio moral no trabalho: o que caracteriza em 6 exemplos
Não há exagero em dizer que inúmeros funcionários já passaram por situações de assédio moral no
trabalho ou presenciaram alguma. Relatos de humilhação e uma série de episódios constrangedores,
de pleno desconforto, dentro das organizações, são mais comuns do que pensamos.
Por outro lado, existem leis trabalhistas de proteção contra esses atos. Elas permitem que os
empregados reivindiquem e tenham seus danos morais reparados diante da Justiça do Trabalho.
Mas antes de ingressar na Justiça, é sempre bom entender quais casos que caracterizam assédio
moral no trabalho. Através deste artigo, você vai tirar essa dúvida sobre o tema e também entender
quais as consequências para o empregador e empregado. Continue a leitura do conteúdo e saiba
mais.
O que é assédio moral no trabalho?

Assédio moral no trabalho é um tipo de violência que consiste em expor a pessoa a diversas situações
humilhantes, vexatórias e de perseguição, atingindo a dignidade e honra do empregado
frequentemente.
Tais condutas desvalorizam e isolam o trabalhador em seu ambiente de trabalho, podendo causar
muitos danos físicos e psicológicos na pessoa.
O assédio moral geralmente é praticado pelas chefias, porém também pode partir de colegas de
trabalho, com o mesmo intuito de desvalorização do indivíduo.
O que caracteriza o assédio moral no trabalho?

Primeiro, é importante deixar claro que as situações precisam ser recorrentes e não episódios
esporádicos.
Outro ponto importante a ressaltar é que cobranças no ambiente corporativo sempre vão existir, mas a
forma com que isso acontece, seus excessos, extrapolando as barreiras da relação entre empregador
e empregado, pode acabar gerando assédio moral.
Mas agora você pode estar se perguntando quais as atitudes que, de fato, representam casos de
assédio moral no trabalho. Veja a lista que fizemos com algumas delas.
Forçar o empregado a pedir demissão
Impor metas inalcançáveis
Brincadeiras que levam ao constrangimento
Xingamentos e agressões verbais
Humilhações em ambientes públicos ou privados
Ameaçar punir ou demitir
Aplicar punições injustas
Atribuir apelidos pejorativos
Passar instruções erradas para prejudicar
Não dar instruções necessárias
Não passar nenhuma atividade
Essas atitudes são apenas alguns exemplos de como pode se configurar situações de assédio moral
no trabalho. Agora vamos aprofundar um pouco mais em alguns exemplos acima, para você ter um
entendimento ainda melhor.
Metas abusivas

Estipular metas para os funcionários e adotar formas de premiação é normal e não há nada de errado
nisso. O problema é quando a cobrança para alcançar essas metas se torna abusiva.
Um exemplo disso é o gestor falar, de maneira recorrente, que se você não atingir os objetivos será
demitido da empresa. Ou te perseguir e perguntar a cada momento quantas vendas você realizou para
bater o número estipulado. Nesses casos temos eventos que claramente caracterizam assédio moral.
Forçar o funcionário a pedir demissão

Esse talvez seja o assédio mais comum cometido nas empresas. Ocorre quando um gestor ou colega
de trabalho age de forma a desestabilizar o funcionário, que chega ao ponto de pedir demissão, pois
não enxerga mais nenhuma alternativa.
Uma situação recorrente dentro desse tipo de assédio é aquela típica frase que, em um primeiro
momento, parece até inofensiva: Se você está achando ruim, pode pedir as contas.
Mas independente da situação, se o funcionário está sendo forçado a pedir demissão é considerado
assédio moral.
Apelidos pejorativos e xingamentos

Muitas vezes os apelidos não são vistos como brincadeira para aqueles que passam por isso. Até
porque há duas situações bem diferentes: uma é pessoas próximas o chamarem de alguma
denominação que você mesmo dá essa permissão. A outra é terem colocado algum apelido que faz
com que você se sinta mal.
De qualquer forma, xingamentos no local de trabalho, apelidos pejorativos ou pessoas que o tratam
mal pode ser caracterizado como assédio.
Não passar nenhum trabalho ao funcionário

Já pensou ficar diariamente, praticamente todo o expediente, olhando para a tela do computador ou
para o teto, sem ter absolutamente nada para fazer? Pois isso acontece e não é algo incomum.
Essa prática pode ocorrer em casos em que o empregador quer que o empregado peça demissão.
Para isso, o deixa sem atividades, no ócio.
Não permitir que os funcionários exerçam seus direitos

Pressionar ou tentar convencer o empregado a não exercer seus direitos é caracterizado como assédio
moral. Isso ocorre, por exemplo, quando a empresa não permite que os empregados tirem seus dias
de férias.
Outro exemplo, este mais comum de acontecer, é não deixar que o empregado falte ao trabalho
mesmo apresentando atestado médico e demais justificativas legais.
No entanto, lembre-se: o assédio moral no trabalho acontece com o objetivo de diminuir e desmoralizar
o empregado. Caso a organização decida não dar férias, alegando que se trata de uma questão
econômica, esse cenário não pode ser caracterizado como assédio moral, embora a empresa possa
sofrer punições por isso.
Reclamações excessivas e sem motivos

Receber críticas por algo que fez errado faz parte. É normal e nos ajuda a evoluir. Porém, nesse caso,
o problema consiste em reclamar de tudo o que o funcionário faz, o tempo todo, e sem nenhum motivo
aparente a não ser a perseguição.
Outra situação, e bem comum, é apontar os defeitos do funcionário na frente de toda a equipe,
diminuindo e levando a pessoa ao constrangimento.
O que fazer em caso de assédio moral no trabalho?

A vítima de assédio moral no trabalho precisa guardar todas as provas e informações da maneira mais
detalhada possível, de preferência apresentando data e horário. Pode ser áudio, texto, testemunhas,
entre outras. Ter a ajuda de colegas que já passaram pela mesma situação também é interessante.
Esse é o primeiro passo.
Outra atitude é comunicar o assédio ao setor responsável da empresa ou para a chefia de quem está
assediando. Fora da organização, é importante realizar denúncia ao Ministério Público do Trabalho e
avaliar quais são as chances de entrar na Justiça para reparar os danos.
Consequências do assédio moral para o trabalhador

O assédio moral pode trazer consequências ruins para os dois lados, tanto empregado quanto
empregador. Mas agora vamos explicar o que essa situação pode causar ao funcionário.
O empregado que é vítima de assédio moral no trabalho pode ficar desmotivado, apresentar um nível
de estresse muito alto e até mesmo abandonar o emprego.
Em casos mais graves, pode causar danos à saúde mental da pessoa, ao ponto de gerar sérios
prejuízos em suas relações e até mesmo comprometer sua capacidade para desempenhar o trabalho.
No entanto, as empresas também sofrem consequências por conta de situações de assédio moral.
saiba quais são elas no próximo tópico.
E quais são as consequências para as empresas?

A conduta de quem comete assédio moral pode se encaixar nos crimes contra a honra, assim como
injuria e difamação. Pelo art. 483 da CLT, algumas formas de assédio moral dão o direito do
empregado sair da empresa por rescisão contratual indireta.
Se a empresa não tomar alguma providência em relação ao fato, a vítima poderá fazer uma denúncia
perante o Ministério Público do Trabalho ou o sindicato que representa sua categoria.
Além disso, o empregado pode ingressar na Justiça do Trabalho. Se o assédio moral for comprovado,
receberá a indenização dos danos morais e materiais. A empresa deverá responder sobre os atos
sofridos pelo empregado dentro de suas dependências.
Com relação aos valores da indenização, o juiz irá definir dependendo do caso. Não existe quantia
predeterminada. Mas fato é que deve ser suficiente para advertir fortemente a empresa, com o objetivo
de alertar que essas situações não voltem a acontecer.
Além desses prejuízos, a produtividade é afetada por conta do desânimo do funcionário. A rotatividade
de empregados também aumenta, bem como a falta por atestados médicos e aposentadorias antes do
tempo. Sem contar com o aumento de erros operacionais, acidentes de trabalho, dano para a imagem
da organização e multas administrativas.
Como provar o assédio moral no trabalho?

A produção de provas para assédio moral pode se dar por muitas formas como e-mail, mensagens de
celular por áudio ou texto, troca do local em que exerce as atividades,
testemunhas que presenciaram os fatos e tudo o que venha a comprovar os ocorridos.
Você não precisa esperar uma rescisão de contrato para ingressar na Justiça. Entretanto, sempre
tenha o auxílio de um bom advogado. Só o profissional poderá orientá-lo da melhor maneira possível
diante do caso.
FIM!!!
MUITO OBRIGADO!!!!
Vocês Foram D+!!!!!
Ctt Whts: (69) 99200-0910
E-mail: equimico@gmail.com
Everton Farias Porto - Higienista Ocupacional
Químico Industrial
Farmacêutico Generalista

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