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TÓPICOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO

TRABALHO

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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 4
2. SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO -
SESMT...................................................................................................................................................... 5
2.1 Base Legal................................................................................................................................ 5
2.2 Dimensionamento................................................................................................................... 5
2.3 Atribuições .............................................................................................................................. 7
3. COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO A ACIDENTES - CIPA............................................................. 9
3.1 Base Legal................................................................................................................................ 9
3.2 Dimensionamento e Composição ........................................................................................... 9
3.2 Atribuições ............................................................................................................................ 12
3.3 Treinamento.......................................................................................................................... 15
3.4 Mapa de Risco ....................................................................................................................... 16
3.5 Processo Eleitoral .................................................................................................................. 19
3.6 Contratantes e Contratadas .................................................................................................. 20
4. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ................................................................................. 21
4.1 Definição e Utilização............................................................................................................ 21
4.2 Gratuidade e Registro ........................................................................................................... 22
4.3 Seleção de EPI ....................................................................................................................... 24
4.4 Responsabilidades................................................................................................................. 25
4.5 Do treinamento ..................................................................................................................... 26
4.6 Anexo I................................................................................................................................... 27
REFERÊNCIAS......................................................................................................................................... 29

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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1. INTRODUÇÃO

Nesta apostila serão abordadas matérias específicas de grupos de constituição


obrigatória que colaboram com a saúde e segurança do empregado, com os quais o
profissional da Saúde e Segurança do Trabalho estarão intimamente ligados em sua
vida profissional.

Serão tratados o dimensionamento e atribuições dos Serviços Especializados


Em Engenharia De Segurança E Em Medicina Do Trabalho (SESMT), da Comissão
Interna de Prevenção a Acidentes (CIPA). E a seleção de EPI que é matéria afeta aos
dois grupos.

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2. SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM
MEDICINA DO TRABALHO - SESMT

2.1 Base Legal

O Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do


Trabalho (SESMT), tem sua previsão legal na Norma Regulamentadora 04,
estabelecida na portaria Portaria MTb nº 3.214, de 08 de junho de 1978, que
regulamenta o disposto no Art. 162 da Consolidação das Leis Trabalhistas.
Sendo obrigatório para as empresas que possuam empregados regidos pela
CLT, de acordo com os critérios estabelecidos. Como se pode ser visto na redação:

4.1. As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração


direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam
empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
manterão, obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde
e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.

Sua principal função é reduzir os perigos e riscos do ambiente de trabalho


preservando a saúde do trabalhador.

2.2 Dimensionamento

Em seu dimensionamento, o SESMT considera duas variáveis, primeiro o grau


de risco da atividade, estabelecido no Quadro I, anexo a NR 4 (Figura 1), que utiliza a
Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE) relacionando-o a um valor de
risco. E o número de empregados, de acordo com o Quadro II (Figura 2).

Observe-se que deve ser considerado o CNAE da atividade principal da


empresa, entretanto, tendo está uma atividade secundária, na qual mais de 50% dos
empregados estejam alocados, e que tenha uma classificação de risco maior, o
SESMT será dimensionado de acordo com a classificação maior.

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Figura 1 - Recorte do Quadro I da NR 4

Fonte: Portaria MTb nº 3.214, de 08 de junho de 1978.

Figura 2 - Quadro II da NR 4

Fonte: Portaria MTb nº 3.214, de 08 de junho de 1978.

Por regra o SESMT deve ser dimensionado para cada estabelecimento,


definido na NR 1, Portaria SEPRT nº 6.730, de 9 de março de 2020, texto vigente a
partir de 09/03/2021, como “local privado ou público, edificado ou não, móvel ou
imóvel, próprio ou de terceiros, onde a empresa ou a organização exerce suas
ativadas em caráter temporário ou permanente.”.

A NR traz nos seus itens 4.2.1 e subitens, regra específica a ser aplicada no
caso de canteiros de obras, ou frente de trabalho. Quando estes possuírem menos de
1000 empregados, situados no mesmo estado, não serão considerados como
estabelecimento em separado, mas como integrantes da empresa principal,
permitindo assim que engenheiros de segurança do trabalho, médicos do trabalho e
enfermeiros do trabalho possam ficar centralizado.

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Já os técnicos de segurança do trabalho e auxiliares de enfermagem do
trabalho terão seu dimensionamento regular, por canteiro de obras ou frente de
trabalho.

O SESMT poderá ser estabelecido de forma centralizada, desde que os


estabelecimentos da empresa não estejam a mais de 5 km do local em que se
encontra. Neste caso o dimensionamento do mesmo considerará o somatório de
empregados e a classificação de risco, como se fosse um.

Caso a empresa possua vários estabelecimentos, estando uns obrigados a


constituir o SESMT e outros não, a assistência especializada será prestada de forma
centraliza, quando os serviços especializados localizarem-se no mesmo Estado,
Território ou Distrito Federal, item 4.2.4.

Há a possiblidade de que as atividades do SESMT sejam realizadas por


empresa contratada, neste caso, a empresa contratada deverá dimensionar o serviço
de acordo com a atividade da empresa contratante.

2.3 Atribuições

O SESMT trabalha para garantir a integridade do empregado, sendo focado na


preventiva no ambiente ocupacional, utilizando a expertise de seus membros no
melhoramento do ambiente de trabalho, suas competências estão descritas no item
4.12, a saber:

a) aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do


trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive
máquinas e equipamentos, de modo a reduzir até eliminar os riscos ali
existentes à saúde do trabalhador;

b) determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a


eliminação do risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo
trabalhador, de Equipamentos de Proteção Individual-EPI, de acordo com o
que determina a NR 6, desde que a concentração, a intensidade ou
característica do agente assim o exija;

c) colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas


instalações físicas e tecnológicas da empresa, exercendo a competência
disposta na alínea "a";

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d) responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento
do disposto nas NR aplicáveis às atividades executadas pela empresa e/ou
seus estabelecimentos;

e) manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo


de suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la, conforme
dispõe a NR 5;

f) promover a realização de atividades de conscientização, educação e


orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e
doenças ocupacionais, tanto através de campanhas quanto de programas de
duração permanente;

g) esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e


doenças ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção;

h) analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes


ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os
casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as características do
acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais, as
características do agente e as condições do(s) indivíduo(s) portador(es) de
doença ocupacional ou acidentado(s);

i) registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho,


doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no mínimo,
os quesitos descritos nos modelos de mapas constantes nos Quadros III, IV,
V e VI, devendo a empresa encaminhar um mapa contendo avaliação anual
dos mesmos dados à Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho até o
dia 31 de janeiro, através do órgão regional do MTb;

j) manter os registros de que tratam as alíneas "h" e "i" na sede dos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho ou
facilmente alcançáveis a partir da mesma, sendo de livre escolha da empresa
o método de arquivamento e recuperação, desde que sejam asseguradas
condições de acesso aos registros e entendimento de seu conteúdo, devendo
ser guardados somente os mapas anuais dos dados correspondentes às
alíneas "h" e "i" por um período não- inferior a 5 (cinco) anos;

l) as atividades dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em


Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho são essencialmente
prevencionistas, embora não seja vedado o atendimento de emergência,
quando se tornar necessário. Entretanto, a elaboração de planos de controle
de efeitos de catástrofes, de disponibilidade de meios que visem ao combate
a incêndios e ao salvamento e de imediata atenção à vítima deste ou de
qualquer outro tipo de acidente estão incluídos em suas atividades.

O SESMT pode lançar mão de programas internos e/ou campanhas de


conscientização que visem a prevenção de acidentes e doenças do trabalho.

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3. COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO A ACIDENTES - CIPA

3.1 Base Legal

A Comissão Interna de Prevenção a Acidentes é regulamentada na Norma


Regulamentadora 05, estabelecida na portaria Portaria MTb nº 3.214, de 08 de junho
de 1978, que normatiza o disposto nos Art. 163, 164 e 165 da Consolidação das Leis
Trabalhistas.
A CIPA tem por objetivo a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais,
conforme item 5.1:
5.1 A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como
objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de
modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação
da vida e a promoção da saúde do trabalhador.

3.2 Dimensionamento e Composição

Diferente do SESMT a CIPA é composta por número paritário de membros,


parte eleita pelos empregados e parte escolhida pela empresa. E assim como o
SESMT considera o número de empregados e o CNAE da empresa. Essa
classificação, pode ser vista nos Quadros I, II e III anexos a norma.

Como pode ser visto, na linha superior está indicando o número de empregados
no estabelecimento e na primeira coluna a classificação (Figuras 4 e 5), quando
cruzadas as informações grupos x número de empregados, temos o dimensionamento
da CIPA.

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Figura 3 – Recorte do Quadro I da NR 5

Fonte: Portaria MTb nº 3.214, de 08 de junho de 1978.

Figura 4 – Recorte do Quadro II da NR 5

Fonte: Portaria MTb nº 3.214, de 08 de junho de 1978.

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Figura 5 – Recorte do Quadro II da NR 5

Fonte: Portaria MTb nº 3.214, de 08 de junho de 1978.

Ressalta-se que a CIPA tem uma composição paritária, por tanto, os valores
localizados na tabela, deverão ser multiplicados por dois, cujas vagas serão
preenchidas por aqueles que forem eleitos pelos empregados e aqueles indicados
pelo empregador.

Exemplo, caso tenhamos uma empresa classificada em C-1, cuja número de


empregados seja 70, a CIPA será composta por três membros eleitos, três membros
indicados e suplentes.

Os membros da CIPA que represente o empregador serão por este indicados,


podendo permanecer na comissão por mais de dois mandatos consecutivos.

Os representantes dos trabalhadores serão eleitos, em escrutínio secreto, no


qual podem participar todos os empregados, de acordo com sua vontade. Os eleitos
poderão ser reconduzidos apenas uma vez, ou seja, pode ter até dois mandatos
seguidos.

Dentro os representantes do empregador, será escolhido por este o


Presidente da comissão. E dos representantes dos empregados será escolhido,
dentre os titulares, o Vice-Presidente da comissão.

Quando não houver enquadramento no Quadro I, a empresa deverá indicar um


funcionário que fará as vezes da comissão.

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3.2 Atribuições

As atribuições da CIPA são definidas a no item 5.16 da norma.

“5.16 A CIPA terá por atribuição:

a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a


participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde
houver;”

Não compete a CIPA realizar avaliações quantitativas dos riscos, está e função
do SESMT, ou responsável pelo PPRA. A CIPA realiza a avaliação qualitativa para
elaboração do mapa de riscos.

“b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de


problemas de segurança e saúde no trabalho;”

A CIPA deverá elaborar o plano de trabalho a ser seguido, com objetivos,


metas, cronograma de execução etc. O plano é estabelecido de acordo com a visão
da comissão, que proativamente pretende colaborar, de acordo com suas
possiblidades, nas condições do ambiente de trabalho.

“c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção


necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;”

Uma vez que a realidade laboral é próxima aos empregados que as executam,
a participação da CIPA na elaboração de controles de risco torna-se de grande valia,
mesmo as vezes não possuindo o conhecimento técnico, seus membros dispões de
suas experientes cotidianas como contribuição.

“d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho


visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e
saúde dos trabalhadores;”

A CIPA deverá de forma proativa e periódica realizar entrevistas com os


empregados, avaliação das condições inspeções. Não há norma relativa a esta
periodicidade, devendo constar no plano de trabalho elaborado.

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“e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu
plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;”

Aqui, assim como nos planos de gestão, fica estabelecido que a CIPA deverá
em todos as reuniões, analisar o cumprimento dos objetivos estabelecidos no plano
de trabalho. Traçando novas estratégias caso, seja necessário, para o cumprimento
satisfatório do que foi programado.

“f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;”

É função da CIPA a divulgar a todos os empregados que laborem na empresa


as informações relativas à Saúde e Segurança do trabalho.

“g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo
empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de
trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores;”

A colaboração entre os entes atuantes na Saúde e Segurança do Trabalho é


fundamental para que o SESMT, quando necessário, conheça e avalie novos risco
que possam ter sido introduzidos no ambiente de trabalho.

“h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina


ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos
trabalhadores;”

Risco grave e iminente é a situação que aquele que expõe o trabalhador a


possibilidade de acidente ou doença com lesão grave.

“i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros


programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;”

O plano de trabalho da CIPA deve estar alinhado com os programas de


prevenção adotados pela empresa, colaborando em suas melhorias,
desenvolvimento, implantação e divulgação.

Além disso, é previsto que o relatório do “Programa de Controle Médico da


Saúde Ocupacional” seja discutido com a CIPA.

“7.6.5 O relatório analítico deve ser apresentado e discutido com os


responsáveis por segurança e saúde no trabalho da organização, incluindo a
CIPA, quando existente, para que as medidas de prevenção necessárias seja
adotadas na organização”

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“j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como
cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e
saúde no trabalho;”

Observe-se que aqui, tem-se como função da CIPA uma atividade


eminentemente técnica, por isso, faz-se necessário que seus membros sejam
treinados para que possam desenvolver suas atividades.

“l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da


análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução
dos problemas identificados;”

Tarefa importante a ser realizada pelos membros da CIPA é a investigação dos


acidentes e doenças, buscando sua causa real, para que se possa implementar
mecanismos de segurança que evitem sua repetição no futuro.

Fica claro, portanto, que o treinamento aos membros da CIPA deve


compreender também a utilização das ferramentas necessárias a esta análise.

“m) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham


interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;”

A função proativa da CIPA na prevenção deve leva-la a buscar conhecimento


dos assuntos relativos à saúde e segurança do trabalho. E aqui, fica garantido o
acesso da comissão a informações afetas a matéria.

“n) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;”

A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é obrigatória para os casos de


acidentes e doenças profissionais, a não emissão da CAT é sujeita a multa.

o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna


de Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT;

A SIPAT deve ser realizada anualmente, como forma de promover a Saúde e


Segurança do Trabalho dentro da empresa.

p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção


da AIDS.

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As Campanhas de Prevenção a AIDS costumam ocorrer na mesma semana
em que ocorre a SIPAT, mas não é uma obrigação.

São temas comuns a SIPAT: Ergonomia, Prevenção de Acidentes, AIDS e


ISTs, Primeiros Socorros, Doenças Ocupacionais etc.

3.3 Treinamento

A CIPA, como componente proativo na SST, deverá receber treinamento


adequada para o cumprimento de suas funções. Este treinamento deverá ser
promovido pelo empregador a todos os membros da CIPA, titulares e suplentes, antes
da posse, mesmo em caso de reeleição.

No caso de primeiro mandato da CIPA, este treinamento ocorrerá em não mais


do que 30 dias após a posse. Caso a empresa não se enquadre no Quadro I, o
empregado designado deverá receber o treinamento correspondente.

“5.32 A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA,


titulares e suplentes, antes da posse.

5.32.1 O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo


máximo de trinta dias, contados a partir da data da posse.

5.32.2 As empresas que não se enquadrem no Quadro I, promoverão


anualmente treinamento para o designado responsável pelo cumprimento do
objetivo desta NR.”

O treinamento deverá ocorrer no horário de expediente, tendo carga horária de


20 horas, sendo no máximo 8 horas diárias. Embora a redação da atualização da
norma, realizada em 2019, não traga a especificação quanto a quem está apto a
realizar os treinamentos da CIPA, podem ser considerados os profissionais que
possuam conhecimento sobre o tema: SESMT da empresa, empresa terceirizada,
entidade de trabalhadores etc.

São matérias obrigatórias ao treinamento aquelas relativas a avaliação do


ambiente de trabalho, produção, acidentes de trabalho, doenças ocupacionais,
legislação trabalhista e previdenciárias, higiene do trabalho, funcionamento da
comissão e noções sobre AIDS, conforme item 5.33:

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“5.33 O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os
seguintes itens:
a) estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos
originados do processo produtivo;

b) metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do


trabalho;

c) noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição


aos riscos existentes na empresa;

d) noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e


medidas de prevenção;

e) noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à


segurança e saúde no trabalho;

f) princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos


riscos;

g) organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das


atribuições da Comissão.”

3.4 Mapa de Risco

O mapa de riscos é uma representação gráfica das condições de trabalho em


um local específico, que demonstra por meio de círculos coloridos a intensidade dos
riscos presentes.

As cores utilizadas são padronizadas para cada um dos riscos e os círculos


podem ter três tamanhos diferentes, quanto maior, maior será o a graduação deste
risco (tabela 1).

O mapa de riscos é uma avaliação qualitativa e subjetiva, não apresentando a


acurácia de uma aferição.

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Tabela 1 – Simbologia do Mapa de Riscos

Fonte: https://maiscontroleerp.com.br/mapa-de-risco/

Conforme pode ser visto:

Verde: simboliza riscos físicos como calor, frio, radiação ionizante ou não, ruídos,
umidade, pressão atmosférica ou vibração;

Vermelho: indica a presença de riscos químicos como produtos industrializados,


vapores diversos, gases, névoa e outros similares;

Marrom: riscos biológicos, principalmente micro-organismos;

Amarelo: riscos ergonômicos, ou seja, todos os que se relacionam com algum tipo de
esforço físico intenso ou exposição prolongada a posições potencialmente lesivas às
articulações;

Azul: sinaliza riscos de acidentes com máquinas e equipamentos e o potencial risco


de não usar Equipamento de Proteção Individual (EPI).

Podem ser acrescentadas informações na legenda dos Mapas de riscos


conforme figura 6, com o objetivo de facilitar sua compreensão pelo público em geral.

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Figura 6 – Mapa de Riscos Exemplificativo.

Fonte: http://trabalhadoresdaebserh.blogspot.com/2015/11/mapas-de-riscos-do-hupaa-sostcipa.html

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3.5 Processo Eleitoral

Os membros da CIPA são escolhidos em eleição, de voto facultativo em que


podem votar e serem votados todos os empregados da empresa, independente da
área de atuação.

Os prazos mínimos para convocação de eleições, constituição de comissões,


publicação de edital, divulgação e inscrições pode ser visto no quadro a baixo, bem
como na redação da norma.

Tabela 2 – Cronograma Eleitoral

Fonte: https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-5?view=default

“5.40 O processo eleitoral observará as seguintes condições:

a) publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização,


no prazo mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias antes do término do mandato
em curso;

b) inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição


será de quinze dias;

c) liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento,


independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de
comprovante;

d) garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição; (205.046-3/ I3)


e) realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do término
do mandato da CIPA, quando houver;

f) realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários


de turnos em horário que possibilite a participação da maioria dos
empregados.

g) voto secreto;

h) apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento


de representante do empregador e dos empregados, em número a ser
definido pela comissão eleitoral;

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i) faculdade de eleição por meios eletrônicos;

j) guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por


um período mínimo de cinco anos.”

Caso deseje, os prazos podem ser alterados, desta forma, deve-se ter sempre
como marco o fim do mandato e cumprindo os prazos mínimos.

3.6 Contratantes e Contratadas

Para o dimensionamento da CIPA de empreiteiras ou prestadoras de serviço,


calcula-se o número de funcionários de cada estabelecimento no qual os empregados
prestem serviço.

“5.46 Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços,


considera-se estabelecimento, para fins de aplicação desta NR, o local em
que seus empregados estiverem exercendo suas atividades.

5.47 Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo


estabelecimento, a CIPA ou designado da empresa contratante deverá, em
conjunto com as das contratadas ou com os designados, definir mecanismos
de integração e de participação de todos os trabalhadores em relação às
decisões das CIPA existentes no estabelecimento.

5.48 A contratante e as contratadas, que atuem num mesmo


estabelecimento, deverão implementar, de forma integrada, medidas de
prevenção de acidentes e doenças do trabalho, decorrentes da presente NR,
de forma a garantir o mesmo nível de proteção em matéria de segurança e
saúde a todos os trabalhadores do estabelecimento.

5.49 A empresa contratante adotará medidas necessárias para que as


empresas contratadas, suas CIPA, os designados e os demais trabalhadores
lotados naquele estabelecimento recebam as informações sobre os riscos
presentes nos ambientes de trabalho, bem como sobre as medidas de
proteção adequadas.

5.50 A empresa contratante adotará as providências necessárias para


acompanhar o cumprimento pelas empresas contratadas que atuam no seu
estabelecimento, das medidas de segurança e saúde no trabalho.”

Os itens 5.47 a 5.50 tratam da responsabilidade solidária entre contratantes e


contratada em relação a Saúde e Segurança do Trabalho. É expressa a
obrigatoriedade da troca de informações com a contratada sobre os riscos presentes
no estabelecimento.

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4. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

4.1 Definição e Utilização

O EPI é todo equipamento, bem como qualquer complemento ou acessório,


destinado a ser utilizado pelo trabalhador para proteger-se de riscos a segurança e
saúde no trabalho, conforme a norma.

“6.1 Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora – NR,


considera-se Equipamento de Proteção Individual – EPI, todo dispositivo ou
produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de
riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

6.1.1 Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo


aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado
contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam
suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.”

Embora o item 6.1 utilize a palavra “todo”, são apenas considerados EPI
aqueles equipamentos que possuam Certificado de Aprovação (CA), ou seja, uma vez
que o equipamento disponibilizado ao empregado não possua CA, não será
considerado como equipamento de proteção. Por sua vez, submeterá a empresa, as
ações legais derivadas do não fornecimento de EPI.

A consulta ao CA está disponível no site: https://consultaca.com/, ou em site


oficial: http://caepi.mte.gov.br/internet/ConsultaCAInternet.aspx.

“6.2 O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou


importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do
Certificado de Aprovação – CA, expedido pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e
Emprego.”

É importante frisar que o EPI é o de menor efetividade para a proteção do


trabalhador, devendo ser evitado sempre que for possível a aplicação de outro método
de controle.

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Figura 7: Eficácia de controles

Sua utilização é estabelecida na norma para:

“6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI


adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento,
nas seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção


contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do
trabalho;

b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;


e,

c) para atender a situações de emergência.”

Ou seja, o EPI não deve ser considerado como solução para SST mas uma
solução temporária até que outro método possa ser aplicado trazendo maior
segurança ao empregado.

4.2 Gratuidade e Registro

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A distribuição do EPI é de obrigação do empregador de forma gratuita a todos
os empregados. Embora de forma geral possa se estabelecer uma periodicidade de
troca do EPI, este deve ser substituído sempre que estiver danificado, for perdido ou
de alguma forma sua utilização não seja adequada.

O empregador, deve manter registro de fornecimento atualizado da


distribuição do EPI a cada empregado, podendo adotar a forma que julgar mais
adequada.

Figura 8: Formulário Básico de EPI

Fonte: https://pt.slideshare.net/fabio16121985/ficha-de-epi

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Este formulário é a comprovação de que o equipamento correto foi ofertado ao
empregado conforme legislação e servirá como documento probatório em eventuais
fiscalizações e demandas judiciais.

4.3 Seleção de EPI

A seleção de EPI é um trabalho conjunto entre empregador e empregados. Ao


empregador cabe a seleção técnica do equipamento, e aos empregados, cabe
informar sobre a eficácia e adequação ao trabalho do equipamento designado.

O empregado na execução de suas atividades tem ciência de problemas que


possam surgir da utilização de EPI, por exemplo, equipamentos de reduzem o campo
de visão, ou os movimentos, podem oferecer mais riscos ao empregado. Os EPIs,
sempre que possível devem ser de fácil utilização e com ajustes e regulagens para se
adequar a cada empregado.

Cabe ao empregador, através do SESMT, quando houver, com colaboração da


CIPA, ou quem lhe faça as vezes, definir o(s) EPI(s) a serem utilizados pelos
empregados, de acordo com os riscos apresentados no ambiente de trabalho em que
desenvolvem sua função.

É importante observar que o EPI deve ser adequado ao par: local e função. Isso
quer dizer que nem todos os empregados utilizarão os mesmos equipamentos mesmo
estando dentro do mesmo estabelecimento.

“6.5 Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em


Medicina do Trabalho - SESMT, ouvida a Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes - CIPA e trabalhadores usuários, recomendar ao empregador o EPI
adequado ao risco existente em determinada atividade.

6.5.1 Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador


selecionar o EPI adequado ao risco, mediante orientação de profissional
tecnicamente habilitado, ouvida a CIPA ou, na falta desta, o designado e
trabalhadores usuários.”

Retirada do Guia Geral para a Seleção de Equipamentos de Proteção Individual


(EPI), elabora pelo Instituto Português de Qualidade, a figura 9 apresenta o
fluxograma para escolha do EPI.

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Figura 9: Fases do processo de seleção de EPI.

4.4 Responsabilidades

Empregador e empregado têm responsabilidades quanto aos EPI(s), algumas


já exploradas anteriormente, mas a norma determina:
“6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI :

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;

b) exigir seu uso;

c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional


competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;

d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e


conservação;

e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;

f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,

g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros,


fichas ou sistema eletrônico.

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6.7 Responsabilidades dos trabalhadores:

6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI:

a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;

c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para


uso; e,

d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.”

Dentre obrigações do empregador, existem aquelas que são internas, como


aquisição, fornecimento, treinamento, fiscalização de uso etc. E aquelas externas, que
são registro e comunicação de irregularidade no EPI.

Já para o empregado, as obrigações são menores, guarda, conservação,


utilização de uso, comunicação de irregularidades.

A lei não torna facultativo o uso de EPI, é uma obrigação que deve ser
fiscalizada pelo empregador e cumprida pelo empregado. A não observação desde
quesito pode resultar ao empregador em perdas financeiras como multas e processos.

Existem quatro modalidades possíveis de punições aplicáveis aos


empregados, sendo elas a advertência verbal, advertência escrita, a suspensão
disciplinar e a pena de demissão chamada de rescisão por justa causa. Que podem
ser aplicadas como forma disciplinar.

4.5 Do treinamento

Conforme já exposto, é função do empregador treinar o empregado no uso


correto dos EPI(s) que serão necessários à sua função. Este treinamento deve ocorrer
antes do início do exercício da função, com registro de sua aplicação. Podem ministrar
treinamento profissionais ligados ao SESMT, CIPA, empresa contratada etc.

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4.6 Anexo I

O anexo I da norma traz quais são os tipos de proteção, sendo proteções


para cabeça, olhos e face, auditiva, respiratória, tronco membros superiores,
membros inferiores, corpo inteiro, contra quedas.

Área do Corpo a
Exemplo de Perigo Grupo de EPI
Proteger

- Capacete
- Materiais em Queda
- Capuz

- Poeiras - Óculos de Proteção


- Cavaco - Protetor facial

- Abafadores
- Ruído

- Poeiras
- Respiradores
- Gases
- Vapores

- Luvas
- Temperaturas Extremas
- Creme Protetor
- Elementos Cortantes
- Manga
- Agentes Químicos
- Braçadeira

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- Elementos Cortantes, - Calçado
Perfurantes ou Abrasivos - Meia
- Temperaturas Extremas - Perneira

- Macacão
- Vestimenta de Corpo
- Queda
Inteiro
- Umidade
- Colete a prova de balas
- Temperatura Extrema
- Cinto trava quedas

*Incluídos tronco e queda


Fonte: Elaborado pelo autor.

A tabela anterior traz exemplos de EPI(s), área de proteção e perigos


possíveis.

Há uma vasta gama de equipamentos disponíveis, que devem ser avaliados e


dentre eles, escolhido, aquele que melhor se enquadre na situação de trabalho a
que estão expostos os empregados.

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REFERÊNCIAS

Manual da Cipa, Escola Nacional de Inspeção do Trabalho, Portaria MTPS 510, de


29/04/2016, Disponível em: <https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-
e-saude-no-trabalho/sst-menu/sst-normatizacao/sst-nr-portugues?view=default>.
Acesso em 15 de fev. de 2021.

NR-4 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, Escola Nacional de Inspeção


do Trabalho, Portaria MTPS 510, de 29/04/2016, Disponível em:
<https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-
menu/sst-normatizacao/sst-nr-portugues?view=default>. Acesso em 15 de fev. de
2021.

NR-5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, Escola Nacional de Inspeção


do Trabalho, Portaria SEPRT 915, de 30/07/2019, Disponível em:
<https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-
menu/sst-normatizacao/sst-nr-portugues?view=default>. Acesso em 15 de fev. de
2021.

NR-6 – Equipamento de Proteção Individual - EPI, Escola Nacional de Inspeção do


Trabalho, Portaria MTPS 510, de 29/04/2016, Disponível em:
<https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-
menu/sst-normatizacao/sst-nr-portugues?view=default>. Acesso em 15 de fev. de
2021.

PORTUGAL, Instituto Português da Qualidade, Guia Geral para a Seleção de


Equipamentos de Proteção Individual (EPI), 2016.

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