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PARTE 2

Análise do estado nutricional do sujeito abaixo:

Nome: LSR Idade:22 Peso: 49,1 kg Estatura:


Sexo: feminino anos 164 cm

Perímetros: Dobras:
Perímetro braquial 21,7 cm Dobra cutânea tricipital 9 mm
Perímetro da 68,5 cm Dobra cutânea bicipital 2,4 mm
cintura (OMS):
Semienvergadura 82,5 cm Dobra cutânea 9,5 mm
subescapular
Perímetro do 31,9 cm Dobra cutânea da 19,8 mm
pescoço coxa

Perímetro do 87,5 cm Dobra cutânea peitoral 5,3 mm


quadril
Perímetro do 14,4 cm Dobra cutânea axilar 5,2 mm
punho média
Altura do joelho 51,1 cm Dobra cutânea supra- 5,5 mm
ilíaca
Dobra cutânea 8,1 mm
abdominal
PARTE 2

Peso ideal a partir do IMC e compleição física:


IMC desejado x estatura (m²)
Peso ideal= 21 x (1,64)²
Peso ideal= 56,48 kg
Compleição física (R) = Estatura (cm)/ perímetro do punho (cm)
R = 164 / 14,4
R = 11,38 (estrutura corporal pequena).

Adequação de peso e classificação do estado nutricional:


Adequação da massa corporal (%) = (peso atual x 100) / peso ideal
Adequação da massa corporal (%) = (49,1 kg x 100) / 56,48kg
Adequação da massa corporal (%) = 86,93%
O estado nutricional da voluntária de acordo com a adequação de peso é
desnutrição leve.

Cálculos para estimar a estatura a partir da aferição da altura do joelho e


semienvergadura, seguida dos cálculos para se estimar a estatura e análise
das diferenças nos resultados.
Estatura: 164 cm
Altura do joelho (Chumlea et al, 1985):
Mulher = [51,878 + (2,184 x altura do joelho em cm)]
Mulher = 51,878 + (2,184 x 51,1)
Mulher = 163,48 cm
Semienvergadura: 82,5 cm
A= 63,525 – 3,237 x Sexo – 0,06904 x I + 1,293 x m.e
*Em que: I= idade (anos); m.e= meia envergadura (cm); Sexo= masculino (1)
e feminino (2)
A = 63,525 – (3,237 x 2) – (0,06904 x 22) + (1,293 x 82,5)
A = 57,051 – 1,518 + 106,67
A = 162,20 cm
Todos os resultados estimados ficaram próximos da estatura real da
voluntária, sendo a altura do joelho aquele que mais se aproximou (com
apenas 0,5 cm de diferença) e em segundo lugar a semienvergadura com
PARTE 2

1,8 cm de diferença, ambos com valores abaixo da estatura aferida no


estadiômetro.

IMC e classificação:
IMC = massa corporal / estatura²
IMC = 49,1 / (1,64²)
IMC = 18,25 kg/m². A voluntária está com magreza grau I segundo a
classificação do IMC pela OMS, 1998.

Classificação segundo o perímetro da cintura (ponto OMS):


PC = 68,5 cm. A voluntária não possui risco de doenças associadas à
obesidade de acordo com seu perímetro da cintura (ponto OMS).

Perímetro do quadril: cálculo do RCQ (OMS, 1998) e RCE e suas


respectivas classificações.
PQ = 87,5 cm
PC = 68,5 cm
Estatura: 164 cm
Relação cintura/quadril = 68,5 cm/ 87,5 cm
RCQ = 0,78. A paciente também não possui risco de doenças
cardiovasculares e outras associadas a obesidade de acordo com os valores
indicados da relação cintura-quadril.
RCE = perímetro da cintura / estatura
RCE = 68,5 cm/ 164 cm
RCE = 0,41. Um RCE abaixo de 0,5 não indica excesso de gordura
abdominal, portanto, a paciente se enquadra nessa condição de excesso de
gordura abdominal.

Aferição e classificação do perímetro do pescoço.


P. pescoço: 31,9 cm
De acordo com o perímetro do pescoço, a classificação da voluntária está
adequada (<34 cm).
Índice de Conicidade e classificação:
PARTE 2

Para o cálculo do índice C, utilizaremos as medidas de peso, estatura e CC,


de acordo com Valdez, sendo calculado por meio da seguinte equação
matemática:

Índice C = 0,685 m / 0,109 x √ (49,1/1,64)


Índice C = 1,14
A paciente possui risco de desenvolver doenças cardiovasculares, pois seu
IC está acima de 1,18, valor máximo indicado para mulheres abaixo de 49
anos.

Perímetro do punho e avaliação da compleição física.


Perímetro do punho: 14,4 cm
A compleição física segundo o perímetro do punho da paciente é pequena,
pois está acima de 11.

Aferição do perímetro braquial e classificação estado nutricional; aferição da


dobra cutânea tricipital, seguida dos cálculos e classificação de cada um:
Perímetro braquial: 21,7 cm
Adequação da CB (%) = (CB obtida (m) / CB percentil 50) x 100
Adequação da CB (%) = (21,7 / 26,5) x 100
Adequação da CB (%) = 81,88 %. A classificação do estado nutricional da
voluntária segundo a circunferência do braço é desnutrição leve.
→ circunferência muscular do braço;
DCT = 9 mm
CMB (cm) = CB (cm) – π x (PCT (mm) / 10)
CMB (cm) = 21,7 – (3,14 x 0,9)
CMB (cm) = 21,41 cm
Adequação da CMB (%) = (CMB obtida em cm / CMB percentil 50) x 100
Adequação da CMB (%) = (21,41/ 20,7) x 100
Adequação da CMB (%) = 103,42 %. Segundo a CMB a paciente está
classificada em estado de eutrofia.
→ área muscular do braço;
PARTE 2

AMB (cm²) = CMB² (cm) / 12,56


AMB (cm²) = 21,41² / 12,56
AMB (cm²) = 36,49 cm². A classificação indica que a paciente está dentro da
normalidade.
→ área total do braço;
ATB (mm²) = PB² / (4. π)
ATB (mm²) = 21,7² / (4 x 3,14)
ATB (mm²) = 37,49
→ área de gordura do braço;
AGB (cm²) = CMB (cm) x [PCT (mm) / 10] / 2 – π X [PCT (mm) / 10] ² /4
AGB (cm²) = [21,41 x (9 / 10)] / 2 – 3,14 X [9 / 10] ² /4
AGB (cm²) = 9,63 – 0,63
AGB (cm²) = 9,0 cm². A AGB da voluntária está abaixo da P5, dessa forma
ela é classificada com déficit de gordura.
→ índice de gordura do braço;
IGB (%) = (AGB / ATB) x 100
IGB (%) = (7,86 / 37,49) x100
IGB (%) = 20,96 %

→ adequação da DCT.
Adequação da DCT (%): (DCT obtida (cm) / DCT do percentil 50) x 100
Adequação da DCT (%): (0,9 cm / 1,85 cm) x 100
Adequação da DCT (%): 48,64 %
Classificação da DCT segundo adequação é desnutrição grave.

Aferição das dobras cutâneas bicipital; subescapular; supra ilíaca e tricipital,


cálculo do % de gordura e classificação, segundo LOHMAN, 1992 e
POLLOCK; WILMORE, 1993. Avaliação, quando possível, da adequação
das dobras individualmente ou em somatórios
Dobra cutânea tricipital: 9 mm. A classificação do estado nutricional com a
DCT, de acordo com tabela Frisancho (1990), é de risco para desnutrição,
visto que o valor está entre P5 – P15, mais especificamente no limite mínimo
da P5.
Dobra cutânea bicipital: 2,4 mm
PARTE 2

Dobra cutânea subescapular: 9,5 mm. De acordo com a DCSE, o estado


nutricional da voluntária é eutrofia.
Dobra cutânea supra-ilíaca: 5,5 mm
Soma das dobras: 26,4 mm. A classificação do estado nutricional a partir da
soma das 4 dobras cutâneas (Lohman et al.) é “abaixo da média”.
Densidade Corporal (DC) com 4 dobras = 1,1599 – 0,0717 Log10 (TR + BI +
SE + SI)
DC = 1,1599 – 0,0717 Log10 (9 + 2,4 + 9,5 + 5,5)
DC = 1,1599 – 0,0717 Log10 (26,4)
DC = 1,057
% de gordura a partir da densidade corporal (LOHMAN, 1992 e POLLOCK;
WILMORE, 1993):
%G = (503/D) – 459
%G = (503/1,057) – 459
%G = 16,43 %

Aferição das 7 dobras necessárias para utilização das fórmulas de Jackson e


Pollock e cálculo da % de gordura usando esta metodologia. Cálculo da %
de gordura usado também a fórmula para 3 dobras analisando a diferença
entre os usos das duas fórmulas (3 e 7 dobras).
DCT: 9 mm DCX: 19,8 mm
DCP: 5,3 mm DC axilar média: 5,2 mm
DCSE: 9,5 mm DC abdominal: 8,1 mm
DCSI: 5,5 mm

DC – 7 dobras - Feminino
X1 = PE + AX + TR + SE + AB + SI + CX
X1 = 62,4
DC = 1,097 – 0,00046971 (X1) + 0,00000056 (X1) ² - 0,00012828 (Idade em
anos)
DC = 1,097 – 0,00046971 (62,4) + 0,00000056 (62,4) ² - 0,00012828 (22)
DC = 1,097 – 0,0293 + 0,00218 – 0,00282216
DC = 1,067
% de gordura = (503/D) – 459
PARTE 2

% de gordura = (503/1,067) – 459


% de gordura = 12,41

DC – 3 dobras – Feminino (tricipital (TR) – suprailíaca (SI) – coxa (CX)


X1 = 34,3
DC = 1,0994921 – 0,0009929 (X1) + 0,0000023 (X1) ² - 0,0001392 (Idade
em anos)
DC = 1,0994921 – 0,0009929 (34,3) + 0,0000023 (34,3) ² - 0,0001392 (22)
DC = 1,065
% de gordura = (503/1,065) – 459
% de gordura = 13,30

Avaliação da composição corporal (todos os componentes), segundo


bioimpedância bipolar e tetrapolar e suas classificações (quando aplicável).
Bipolar Classificação Tetrapolar Classificação
(Lohman (1991) (Lohman (1991)

Massa 49,3 49,1


corporal (kg)
Massa 40,6 21,2
muscular (kg)
% de gordura 13,2 Abaixo da 20 Acima da
média média
% de água 60 Indicativo de 58 Indicativo de
desidratação desidratação
Metabolismo 2024 1219
basal (kcal)

A massa corporal e o percentual de água medido nas duas bioimpedâncias


obtiveram valores próximos, cuja diferença é praticamente irrisória. Entretanto,
o percentual de gordura, a massa muscular e o metabolismo basal mensurados
foram extremamente discrepantes, podendo ser explicado pelo fato da
bioimpedância tetrapolar mensurar o % de gordura de forma mais completa no
corpo, enquanto a bipolar foca nas regiões inferiores, alterando
consequentemente os resultados da massa muscular e metabolismo basal.
PARTE 2

Averiguação das diferenças entre os instrumentos (bioimpedâncias e uso das


dobras) e se os valores são distintos dos valores verificados a partir das
dobras. Justifique
Bioimp. Bioimp. Antropometria Antropometria Antropometria
bipolar tetrapolar 3 dobras 4 dobras 7 dobras
% de 13,2 20 13,30 16,43 12,41
gordura

Os valores mais próximos de percentual de gordura foram obtidos pela


bioimpedância bipolar, antropometria com 3 dobras e antropometria com 7
dobras, já a antropometria com 4 dobras resultou em um percentual de gordura
que se aproximou mais da bioimpedância tetrapolar, contudo, o valor desta
ainda foi o mais discrepante dos encontrados para percentual de gordura,
talvez pelo não cumprimento de algumas das indicações prévias para a análise
da bioimpedância.

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