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EQUAÇÕES ANTROPOMÉTRICAS
Técnica de Faulkner
Apesar desta técnica ter sido originariamente desenvolvida para uma população de nadadores
canadenses e norte-americanos, houve uma grande difusão da mesma pelo Brasil, criando um forte
referencial para avaliação da gordura corporal em nossa população.
A técnica de Faulkner consiste na coleta das dobras cutâneas triciptal, subescapular, suprailiaca e
abdominal. Basta somar os resultados apurados, para em seguida aplicar o somatório na seguinte
equação:
Peso de Gordura
Com o percentual de gordura calculado é possível encontrar o peso de gordura, para isto emprega-
se a seguinte equação:
PG = % G x PCT
100
onde:
PG = peso corporal em gordura
PCT = peso corporal total
%G = percentual de gordura calculado
MCM = PCT — PG
onde:
MCM = massa corporal magra
PCT = peso corporal total
PG = peso corporal em gordura
Técnica de Jackson & Pollock 3DC (1978 e 1980)
Esta técnica apresenta os pontos de coleta da dobra cutânea diferenciada segundo o sexo. Para
homens, os pontos de dobra cutânea são: o peitoral, abdominal e coxa e para mulheres são: o tríceps,
suprailiaca e coxa. Com o resultado das três dobras cutâneas, realiza-se o somatório.
Onde:
X1 = ΣDC peitoral, adbominal e coxa.
X2 = ΣDC tríceps, supra-ilíaca e coxa.
X3 = idade em anos.
Conforme os autores, devido à complexidade dos cálculos matemáticos, foram elaboradas duas tabelas
onde os valores do somatório de dobras, sexo e idade, já são correlacionados a equação de Siri,
obtendo-se assim diretamente o %G.
Saúde ótima 10 a 25 % 18 a 30 %
Aptidão ótima 12 a 18 % 16 a 25 %
Obesidade limítrofe 22 a 27 % 30 a 34 %
Dados de Food and Nutrition Board: Recomended Dietary Allowances, 7ª ed. Foss & Keteyian, 2000,
p.404.
Abaixo da média 6 – 14 % 9 – 22 %
Média 15 % 23 %
Acima da média 16 – 24 % 24 – 31 %
Recomendações:
Antes do teste de composição corporal, explicar minuciosamente aos pais o propósito e os
procedimentos desta avaliação.
Instruir os alunos sobre conceitos e procedimentos para medir a composição corporal.
Manter guardados os dados sobre essas medidas ao longo do tempo, a fim de avaliar os efeitos
de interação do crescimento, maturação, dieta e atividade física nas mudanças da composição
corporal.
Medir apenas pontos padronizados e seguir procedimentos estabelecidos.
Se houver necessidade, pedir ao professor, enfermeira ou aos pais da criança que estejam
presentes durante o teste de composição corporal.
Assegurar confidencialidade, mostrando os resultados dos testes apenas para a criança e seus
pais.
Fornecer respostas pessoais e interpretações de grupo para os participantes.
Não usar os resultados da composição corporal com o propósito de avaliação.
Certificar-se de que a avaliação da composição corporal esteja se tornando uma experiência
positiva para cada criança. Não rotule, critique ou ridicularize as crianças durante qualquer fase
desse processo.
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
masculino
Branco 3,1 3,4 3,7 4,1 4,4 4,7 5,0 5,4 5,7 6,1 6,4 6,7
Negro 3,7 4,0 4,3 4,7 5,0 5,3 5,6 6,0 6,3 6,7 7,0 7,3
feminino
Branco 1,2 1,4 1,7 2,0 2,4 2,7 3,0 3,4 3,6 3,8 4,0 4,4
Negro 1,4 1,7 2,0 2,3 2,6 3,0 3,3 3,6 3,9 4,1 4,4 4,7
USO DE PERÍMETROS
Existe uma forma mais prática de avaliação da gordura corporal, que poderá ser realizada através do
uso da fita métrica, bastando para isso, saber o peso e estatura do avaliado. Esta técnica, desenvolvida
para pessoas Obesas, por Weltman e colaboradores (Pollock & Wilmore, 1993), apresenta equações que
permitem calcular o percentual de gordura (r = 0,54) para homens e para mulheres (r = 0,74) a partir
da media de duas medidas de circunferências do abdômen. Eles propuseram as seguintes equações:
Homens % G = 0,31457 (MED ABD) - 0,10969 (P) + 10,8336
Mulheres % G = 0,11077 (MED ABD) - 0,17666 (A) + 0,14354 (P) + 51,03301
onde: MED ABD = media de duas circunferências do perímetro abdominal em cm
A = estatura do sujeito
P = peso corporal
Protocolo de Penroe, Nelson e Fisher (1985), as medidas de perimetria de algumas partes específicas
do corpo humano podem ser usadas para diagnosticar o %G, onde se supõe que estas medidas tenham
uma relação positiva. Portanto, quando as perimetrias aumentam se supõe que os níveis de %G também
aumentem.
Perímetros dos homens: punho e abdômen
Perímetros das mulheres: abdômen e quadril.
Equações:
Homens MCM(kg)= 41,955+(1,038786*PC)-[(0,82816*(CA-CP)]
%G = (PC-MCM / PC) * 100
Lean et al (1995)
CRITÉRIO – IMC - HOMENS E MULHERES:
CLASSIFICAÇÃO HOMENS/MULHERES
BAIXO PESO < 18.5
NORMAL 18 - 24.5
SOBREPESO 25 - 29.9
I 30 - 34.9
II 35 - 39.9
III > 40
ACSM (2000)
Cálculo do IMC.
IMC(kg/m2) = MC / ES2
Onde:
MC = massa corporal (kg)
ES = estatura (m)
Equação básica de Matiegka, na qual o peso corporal total (PT) é a soma do peso de gordura (PG), peso
ósseo (PO), peso residual (PR) e peso muscular (PM).
80-73,41
PT = PG + PO + PR + PM
PG = %G X PC/100
PO: é estimado pela equação de Von Doblen modificada por Rocha
PO = 3,02 (H² X R X F X 400)0,712
Onde: PO: é determinado em kg.
H: estatura em metros.
R: diâmetro biestilóide rádio-ulnar em metros.
F: diâmetro biepicondiliano do fêmur em metros
O peso residual (PR) é obtido a partir de uma relação proposta por Wurch em relação ao peso corporal
total que é de 24,1% para homens e 20,9% para mulheres.
PR = PT X 24,1 (homens)
100
PR = PT X 20,9 (mulheres)
100
O peso muscular (PM) é definido pela equação derivada da fórmula básica de Matiegka, sendo
conhecidos os pesos de gordura, ósseo, residual e total.
PM = PT – (PG + PO + PR)
A análise da composição corporal através da impedância bio-elétrica tem como base a medida da
resistência total do corpo à passagem de uma corrente elétrica de 500 a 800 microA e 50kHz.
Os componentes corporais oferecem uma resistência diferenciada à passagem da corrente elétrica, os
ossos e a gordura, que contém uma pequena quantidade de água constituem um meio de baixa
condutividade, ou seja, alta resistência a corrente elétrica. No entanto a massa muscular e outros
tecidos ricos em água e eletrólitos são bons condutores, permitindo facilmente a passagem da corrente
elétrica.
O somatotipo é uma técnica de classificação da composição corporal. Sheldon dividiu a estrutura física
do ser humano em três condições diferenciadas: endomorfia, mesomorfia e ectomorfia, definindo
determinadas características físicas que as diferenciam entre si (De Rose, 1973)
Endomorfia
A endomorfia apresenta como principal característica da estrutura física, o arredondamento das
curvas corporais. Considera-se um indivíduo obeso um bom exemplo de mesomorfia plena, pois o relevo
muscular praticamente inexiste, mas aparece um grande volume abdominal, pescoço curto e ombros
quadrados.
Mesomorfia
A mesomorfia é considerado como o segundo componente do somatotipo de Sheldom. Dentre as
principais características destaca-se o grande relevo muscular aparente, com contornos predominantes
na região do trapézio, deltóide e abdominal, bem como uma estrutura óssea maciça, principalmente na
região do punho e antebraço.
Ectomorfia
Este terceiro componente pode ser identificado por uma linearidade corporal, com discreto volume
muscular e pequena presença de tecido gorduroso, podendo ser considerado como o componente da
magreza.
Categorias dos somatotipos, baseados nas áreas da somatocarta (Carter & Heath, 1990)
Central - os três componentes são iguais e não diferem em mais de uma unidade (menor ou igual
a 1) em relação aos outros dois, estando em torno de 3 e 4.
Endo-ectomórfico – o endomorfismo é dominante e o ectomorfismo é maior que o
mesomorfismo.
Endomorfismo balanceado – o endomorfismo é dominante e o mesomorfismo e ectomorfismo são
iguais (não diferem mais que 0.5)
Endo-mesomorfico – o endomorfismo é dominante e o mesomorfismo é maior que o
ectomorfismo.
Endomorfo-mesomorfo – o endomorfismo e o mesomorfismo são iguais (não diferem mais do que
0.5) e o ectomorfismo é menor.
Meso-endomorfico – o mesomorfismo é dominante e o endomorfismo é maior que o
ectomorfismo.
Mesomorfismo balanceado - o mesomorfismo é dominante e o endomorfismo e ectomorfismo são
iguais (não diferem mais que 0.5).
Meso-ectomorfico – o mesomorfismo é dominante e o ectomorfismo é maior que o
endomorfismo.
Ectomorfo-mesomorfo – o ectomorfismo e o mesomorfismo são iguais (não diferem em mais que
0.5) e o endomorfismo é menor.
Ecto-mesomorfico – o ectomorfismo é dominante e o mesomorfismo é maior que o
endomorfismo.
Ectomorfismo balanceado - o ectomorfismo é dominante e o mesomorfismo e o endomorfismo
são iguais (não diferem mais que 0.5).
Ecto-endomorfico – o ectomorfismo é dominante e o endomorfismo é maior que o
mesomorfismo.
Escala de classificação do endomorfismo e características (adiposidade relativa)
1 – 1,5 – 2 – 2,5 baixa adiposidade relativa; pouca gordura subcutânea; contornos musculares e ósseos
visíveis.
3 – 3,5 – 4 – 4,5 - 5 moderada adiposidade relativa; gordura subcutânea cobre os contornos
musculares e ósseos; aparência mais branda.
5,5 – 6 – 6,5 – 7 alta adiposidade relativa; gordura subcutânea abundante; tronco e extremidades
arredondadas; maior acúmulo de gordura na região do abdômen.
7,5 – 8 – 8,5 extremamente alta a adiposidade relativa; gordura subcutânea muito abundante e
grandes quantidades de gordura abdominal no tronco; concentração de gordura nas extremidades.
MESOMORFIA = 0,858 (U) + 0,601 (F) + 0,188 (B) + 0,161 (P) – 0,131 (E) + 4,50
Onde:
U = diâmetro biepicondiliano do úmero em cm;
F = diâmetro biepicondiliano do fêmur em cm;
B = perímetro corrigido do braço em cm; (valor obtido menos a dobra do tríceps)
P = perímetro corrigido da perna em cm; (valor obtido menos a dobra da panturrilha)
E = estatura do indivíduo em cm.
ECTOMORFIA = IP =
Após o calculo do IP, aplica-se o resultado nas seguintes equações:
Se:
IP for maior ou igual que 40, 75 Ecto = (IP x 0,732) – 28,58
IP for menor que 40,75 ou maior que 38,25 Ecto = (IP x 0,463) – 17,63
IP for menor ou igual a 38,25 Ecto = 1