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FAI – FACULDADE DE IPORÁ

BACHARELADO EM ENFERMAGEM

FERNANDA DUTRA RODRIGUES DE OLIVEIRA

CIPA E SEGURANÇA OCUPACIONAL DENTRO DO AMBIENTE


HOSPITALAR – TIPOS DE ACIDENTE DE TRABALHO

IPORÁ – GO
2022
FERNANDA DUTRA RODRIGUES DE OLIVEIRA

CIPA E SEGURANÇA OCUPACIONAL DENTRO DO AMBIENTE


HOSPITALAR – TIPOS DE ACIDENTE DE TRABALHO

Trabalho desenvolvido para a disciplina de Estágio


Supervisionado II hospitalar, como parte da
avaliação referente ao 9º Período do curso superior
de Enfermagem.

Docente: Enf. Esp. Kárita Araújo

IPORÁ – GO
2022
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................................ 3
2. O QUE É A CIPA?........................................................................................................... 3
3. QUAIS SÃO AS ATIVIDADES PRINCIPAIS DA CIPA?.......................................... 3
4. COMO FAZER PARTE DA CIPA?........................................................................ 4
5. BENEFÍCIOS DA CIPA.................................................................................................. 5
6. SEGURANÇA OCUPACIONAL DENTRO DO AMBIENTE HOSPITALAR........ 5
7. TIPOS DE RISCOS OCUPACIONAIS......................................................................... 6
8 TIPOS DE ACIDENTES DE TRABALHO HOSPITALAR......................................... 6
9. CONCLUSÃO................................................................................................................... 7
10. REFERÊNCIAS.............................................................................................................. 8
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1. INTRODUÇÃO

O ambiente hospitalar é um local de cuidado e assistência aos pacientes, que estão ali
com o objetivo de tratar enfermidades e curá-las, na medida do possível. Apesar de ser
destinado à manutenção, recuperação e prevenção da saúde, o hospital oferece diversos riscos
para a segurança dos pacientes, dos profissionais de saúde e de outros funcionários.
Os gestores dos hospitais precisam, então, reconhecer e identificar as ameaças para
estabelecer ações de conscientização e de prevenção junto ao corpo clínico e aos pacientes —
dessa maneira, a saúde pode ser garantida.
A CIPA tem como missão promover mais segurança no ambiente de trabalho. Sob
regulamentação da NR5, seu intuito é evitar acidentes e prejuízos à saúde dos profissionais. A
CIPA desempenha um papel vital em uma organização. Isso porque essa comissão atua com
intuito de garantir o desempenho das atividades sem qualquer tipo de risco — seja à saúde ou
de contrair doenças ocupacionais. Assim, o objetivo central dessa comissão é fiscalizar
a segurança dos trabalhadores. Além disso, a equipe também deve agir na prevenção de
acidentes e doenças do trabalho, promovendo qualidade de vida para todos os colaboradores.

2. O QUE É A CIPA?

A CIPA é a sigla de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Esse grupo é


composto pelos próprios funcionários da empresa. Dessa forma, além de desempenharem suas
atividades rotineiras, devem atuar de maneira voluntária na prevenção e manutenção da saúde
de seus colegas.
Para que isso seja possível, a equipe deve seguir alguns passos para alcançar seus
objetivos. São eles:
- Definir quais são as condições de risco na empresa;
- Observar se elas estão em desacordo;
- Relatar as condições do ambiente de trabalho;
- Criar planos de ação para regularizar os itens em não conformidade.

3. QUAIS SÃO AS ATIVIDADES PRINCIPAIS DA CIPA?

A CIPA é responsável pela execução de algumas atividades internas na organização. A


principal delas envolve inspecionar e evidenciar os riscos à saúde e segurança existentes no
ambiente de trabalho. Assim, o intuito é, principalmente, evitar doenças ocupacionais — que
podem levar ao afastamento de funcionários. Para isso, a comissão deve observar, solicitar,
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planejar e propor medidas preventivas. Além disso, cabe à comissão estabelecer um plano
estratégico junto ao SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina
do Trabalho). Este, por ser composto por profissionais especializados na área, é o órgão apto a
colocar em prática as melhorias.
Nesse sentido, a CIPA também atua na orientação dos colaboradores. É seu papel
distribuir materiais e promover treinamentos que discutam o tema. Dessa forma, será possível
introduzir na empresa uma cultura de prevenção de acidentes.
Em outras palavras, suas principais atividades são:
- Avaliar e expor as condições de risco nos ambientes de trabalho;
- Realizar vistorias periódicas nos setores, para analisar suas condições e identificar
melhorias;
- Solicitar medidas para neutralizar ou mesmo extinguir os riscos;
- Requerer ao SESMT a interrupção das atividades quando forem detectados riscos
iminentes à saúde dos profissionais;
- Debater os acidentes ocorridos, solicitando medidas que previnam novas ocorrências;
- Orientar os profissionais quanto à prevenção de acidentes;
- Promover, em conjunto com o SESMT, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes
(SIPAT), para fins educacionais práticos.
Também cabe à comissão fiscalizar a utilização de Equipamentos de Proteção
Individual (EPI), para as atividades que exigem o uso de EPIs, como limpeza e zeladoria, e
outros. Outro ponto que deve ser avaliado regularmente são as condições de trabalho dentro
dos escritórios. Itens como iluminação e móveis são exemplos do que deve ser monitorado
pelos membros da CIPA.

4. COMO FAZER PARTE DA CIPA?

Os membros da CIPA são eleitos pelos próprios colegas por meio de uma votação
secreta. Além disso, os próprios empregadores devem convocar as eleições. Estas devem ser
realizadas com o mínimo de 60 dias antes do término do mandato vigente.
Todos os funcionários da empresa, independentemente do setor ou tempo de casa,
podem se candidatar. Os mandatos terão duração de 1 ano e os escolhidos podem ser eleitos
novamente. Um ponto importante é que quem é selecionado para a CIPA não pode ser
demitido sem justa causa. Esse item é válido desde o período de registro da candidatura até
um ano após o encargo.
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Por outro lado, a gestão também deve ter seu representante dentro dessa comissão.
Contudo, esse membro não é eleito por votação, mas sim designado a exercer a função pelo
empregador.

5. BENEFÍCIOS DA CIPA

Uma gestão bem-sucedida da CIPA traz inúmeros benefícios para uma empresa.
Afinal, ela transmite a preocupação em garantir a segurança de todos os seus colaboradores.
Conheça abaixo quais são as principais vantagens:
1. Melhores condições de trabalho;
2. Menor número de acidentes;
3. Maior conformidade com normas e regulamentos;
4. Aumento da credibilidade da empresa junto à sociedade;
5. Melhoria do clima organizacional;
6. Aumento da produtividade;
7. Redução de custos;
8. Fortalecimento da cultura de segurança;

6. SEGURANÇA OCUPACIONAL DENTRO DO AMBIENTE HOSPITALAR

Os acidentes de trabalho no ambiente hospitalar têm o potencial de provocar sérios


danos à saúde do trabalhador, com incapacitações temporárias e permanentes. Dessa forma, é
necessário instituir medidas de prevenção para evitar a ocorrência de acidentes de trabalho no
ambiente hospitalar. Os gestores e os profissionais devem estar conscientes dos riscos
existentes e das possíveis consequências da falta de cuidado e prevenção. Diante de tantas
situações que podem causar problemas, a nossa dica é atuar na prevenção. Afinal, é sempre
mais fácil impedir que algo do tipo aconteça que lidar com as suas consequências. Por isso é
necessário utilizar algumas boas práticas:
- Classifique as áreas de risco;
- Conheça e respeite as normas de segurança;
- Distribua e utilizar os EPIs;
- Elimine ruídos hospitalares corretamente;
- Siga as normas da Anvisa;
- Oriente os colaboradores;
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7. TIPOS DE RISCOS OCUPACIONAIS

Além das preocupações legais em definir os riscos existentes no ambiente hospitalar, é


importante inventariá-los de forma objetiva e racional. Para tanto, é preciso ressaltar algumas
definições de termos que servirão de base para indicarmos e conhecermos os riscos existentes
no ambiente hospitalar.
“Risco é uma ou mais condições de uma variável com potencial necessário para causar
danos. Esses danos podem ser entendidos como lesões a pessoas, danos a equipamentos e
instalações, danos ao meio ambiente, perda de material em processo, ou redução da
capacidade de produção”. Risco “expressa uma probabilidade de possíveis danos dentro de
um período de tempo ou número de ciclos operacionais”.
Pode significar ainda “incerteza quanto à ocorrência de um determinado evento” ou a
“chance de perda que uma empresa está sujeita na ocorrência de um acidente ou série de
acidentes”. Como foi dito, a palavra “risco” indica, normalmente, a possibilidade de
existência de perigo. Fica melhor definida, quando se lhe acrescentam alguns advérbios que
traduzem especificamente a natureza do risco, como por exemplo: risco de choque elétrico
(risco físico), risco de incêndio (químico), risco de queda (ergonômico), risco de
contaminação por hepatite B e HIV (risco biológico). De modo a comentar as definições
legais dos agentes potenciais de danos à saúde do trabalhador, citamos os itens que seguem,
encontrados na NR-9 da Portaria nº 3214/78:
a) Consideram-se agentes físicos, dentre outros: ruídos, vibrações, temperaturas
anormais, pressões anormais, radiações ionizantes, radiações não-ionizantes, iluminação e
umidade.
b) Consideram-se agentes químicos, dentre outros: névoas, neblinas, poeiras, fumaça,
gases e vapores.
c) Consideram-se agentes biológicos, dentre outros: bactérias, fungos, "rickettsia",
helmintos, protozoários e vírus.
d) Consideram-se, ainda, como riscos ergonômicos, para efeito das Normas
Regulamentadoras da Portaria 3.214, os agentes ergonômicos e outras condições de
insegurança existentes nos locais de trabalho capazes de provocar lesões à integridade física
do trabalhador.

8. TIPOS DE ACIDENTES DE TRABALHO HOSPITALAR


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No ambiente hospitalar os acidentes de trabalho estão relacionados a vários fatores de


risco, geralmente vinculados ao desempenho dos trabalhadores e às condições laborais. Diante
dessa realidade, é fundamental ter um olhar cada vez mais cuidadoso para as políticas de
prevenção. Elas incluem, entre outras medidas, o uso correto e responsável dos equipamentos
de proteção individual (EPIs). Aliás, uma série de acidentes poderia ser evitada se essa
questão fosse levada mais a sério. Alguns tipos mais frequentes de acidentes hospitalares:
- Corte e laceração;
- Quedas;
- Contaminação por fluídos corpóreos;
- Exposição a agentes físicos;
- Exaustão metal;
- Outros.

9. CONCLUSÃO

Por mais que uma empresa invista em palestras ou treinamentos de segurança, os


resultados só acontecem realmente se os funcionários entenderem a importância do que está
sendo debatido.
Como a CIPA, em sua maioria, é formada por trabalhadores, a disseminação e a
aceitação das informações são mais fáceis e adequadas. 
Os participantes da comissão podem e devem conversar com os seus colegas. Assim,
passam a fortalecer a cultura de segurança entre todos. Desta forma, irão garantir maior
interesse e respaldo para a existência da CIPA.
O risco de acidentes é uma constante no cotidiano de trabalho. Por isso, a qualidade de
vida dos trabalhadores é uma preocupação fundamental das organizações que já conquistaram
ou estão em busca de resultados cada vez mais positivos.
Dessa forma, assegurar a correta implementação da CIPA é uma das maneiras mais
inteligentes de impulsionar a produtividade do seu negócio.
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10. REFERÊNCIAS

ASFAHL, C. R. Gestão de segurança do trabalho e de saúde ocupacional. São Paulo:


Reichmann e Autores Editores, 2005.

FORTUNA, C. M. et al. Alguns aspectos do trabalho em saúde: os trabalhadores e os


processos de gestão. Saúde em Debate: Revista do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde, v.
26, n. 62, p. 272-281, 2002.
REZENDE, M. P. Agravos à saúde de auxiliares de enfermagem resultantes da exposição
ocupacional aos riscos físicos. 2003. 127 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem
Fundamental) - Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.

BULHÕES, I. Riscos do trabalho de enfermagem. Rio de Janeiro: Folha Carioca, 1998.

COHN. A. et al. Acidentes de Trabalho: uma forma de violência. São Paulo: Brasiliense,
1985.

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