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FAI – FACULDADE DE IPORÁ

BACHARELADO EM ENFERMAGEM

FERNANDA DUTRA RODRIGUES DE OLIVEIRA

HIPERTENSÃO ARTERIAL

IPORÁ – GO
2022
FERNANDA DUTRA RODRIGUES DE OLIVEIRA

HIPERTENSÃO ARTERIAL

Trabalho desenvolvido para a disciplina de Estágio


Supervisionado II hospitalar, como parte da
avaliação referente ao 9º Período do curso superior
de Enfermagem.

Docente: Enf. Esp. Kárita Araújo

IPORÁ – GO
2022
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................................ 3
2. SINAIS E SINTOMAS..................................................................................................... 4
3. QUAIS SÃO AS CAUSAS?.............................................................................................. 4
4. COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?........................................................................... 5
5. TRATAMENTO................................................................................................................ 6
6. PREVENÇAO.................................................................................................................... 6
7. CONCLUSÃO.................................................................................................................... 6
8. REFERÊNCIAS................................................................................................................. 7
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1. INTRODUÇÃO

Chamamos de pressão alta ou hipertensão arterial (HA) quando a pressão que o sangue
faz na parede das artérias é muito forte e fica acima dos limites considerados normais para a
idade. Na maioria das vezes isto só é percebido quando se mede a pressão.
Para melhor entendimento, é importante conhecer o funcionamento do coração, que
trabalha como uma bomba que joga o sangue para frente quando se contrai (sístole),
esvaziando o coração e enchendo as artérias. Do outro lado do coração, o sangue volta pelas
veias enchendo novamente e o coração relaxado (diástole). Este movimento de vai e vem, sem
parar, é que nos mantém vivos e exerce uma pressão na contração, que é chamada sistólica ou
máxima e outra no enchimento do coração relaxado que tem o nome de diastólica ou mínima.
A pressão arterial é medida em milímetros (mm) ou centímetros (cm) de mercúrio
(Hg), sendo considerados ótimos os valores de 120 por 80 mmHg ou “12 por 8” cm de Hg.
Mas, quando esta pressão está persistentemente maior que 140 por 90 mmHg ou “14 por 9”
cm Hg ela é considerada alta e um médico deve ser consultado. Sempre que a pressão estiver
maior que 120 por 80 mmHg e menor que 140 por 90 mmHg, vale a pena fazer medidas
semestrais ou anuais para acompanhamento.
A maior parte das vezes esta pressão alta não tem uma única causa bem definida e
também não dá sintomas, por isso, é considerada um inimigo invisível. No entanto, sabemos
que a doença é de natureza hereditária (atinge vários membros da mesma família), aumenta
sua frequência com a idade, sedentarismo, ganho de peso e excesso de sal na comida.
Confirmada a pressão alta, a pessoa deverá fazer acompanhamento médico pelo resto de sua
vida para não ser prejudicada, sem mesmo saber que isso está ocorrendo.
A pressão alta sem tratamento pode causar lesões no coração (angina e infarto),
cérebro (derrame), rins (insuficiência renal) e vasos do organismo (entupimentos e cegueira).
Mas, isso só acontece com quem não dá bola para este diagnóstico. Modificando os hábitos de
vida, tais como fazer uma dieta saudável, retirar o excesso de sal da comida, fazer atividade
física adequada na maioria dos dias da semana, corrigir a obesidade, controlar o estresse,
parar de fumar e consumir álcool apenas em pequenas quantidades, ajudam muito no controle
da pressão alta.
Quando estas mudanças não são suficientes, seu médico receitará remédios
apropriados que serão prescritos e ajustados de acordo com sua tolerância e poder aquisitivo,
já que o governo distribui vários deles sem custo algum. O mais importante é acreditar que
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você tem uma doença silenciosa, mesmo sem nada sentir. Saiba que controlar esta doença
traiçoeira é o melhor caminho para se viver mais e melhor.

2. SINAIS E SINTOMAS

Os sintomas de hipertensão são raros e, por isso, essa doença é considerada silenciosa.
No entanto, existem alguns sintomas que podem aparecer durante uma crise hipertensiva, que
é quando a pressão sobe rapidamente de uma hora para outra, caracterizando-se por:
- Enjoo;
- Tontura;
- Dor de cabeça forte;
- Sangramento pelo nariz;
- Zumbido nos ouvidos;
- Dificuldade para respirar;
- Cansaço excessivo;
- Visão embaçada;
- Dor no peito;
- Perda de consciência;
- Ansiedade excessiva.
Por isso, caso sejam notados sintomas que façam suspeitar de hipertensão é importante
procurar o pronto-socorro mais próximo ou marcar uma consulta com o cardiologista, para
avaliar os sintomas, diagnosticar a hipertensão e iniciar o tratamento mais adequado.

3. QUAIS SÃO AS CAUSAS?

A hipertensão surge sempre que existe alguma alteração que cause dificuldade para o
sangue circular nos vasos sanguíneos, aumentando a pressão que o coração precisa fazer para
que o sangue circule corretamente pelo corpo. As causas da hipertensão podem ser
classificadas de acordo com a origem da doença e incluem dois tipos diferentes: 
1. Hipertensão essencial - a hipertensão essencial, também chamada de hipertensão
primária, é a causa mais comum de pressão alta, e geralmente se desenvolve ao longo do
tempo devido a alguns fatores como:
- Idade, sendo mais comum após os 65 anos;
- Hereditariedade, sendo mais comum em pessoas que têm história familiar de
hipertensão;
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- Falta de atividade física;


- Excesso de sal na alimentação;
- Tabagismo.
Além disso, esse tipo de hipertensão também pode ocorrer devido ao excesso de
estresse, podendo afetar pessoas de qualquer idade, até mesmo os mais jovens.  
2. Hipertensão secundária – a hipertensão secundária é um tipo de pressão alta que
aparece devido a outro problema de saúde e que tem tendência para surgir de forma repentina.
Alguns problemas de saúde que podem causar hipertensão secundária são:
- Diabetes;
- Obesidade;
- Doença nos rins, como insuficiência renal, glomerulonefrite ou pielonefrite;
- Infecção crônica nos rins;
- Defeitos congênitos no coração que ocorrem no nascimento do bebê; 
- Tumor na glândula suprarrenal;
- Alterações da tireoide como hipo ou hipertireoidismo;
- Apnéia do sono.
Além disso, a hipertensão secundária pode ocorrer por consumo excessivo de bebidas
alcoólicas, uso de drogas como anfetaminas ou cocaína e, até mesmo pelo uso de remédios
como corticóides ou anticoncepcionais orais.
Existe também a hipertensão gestacional, também chamada de hipertensão na
gravidez, é uma situação grave que pode ser causada por uma alimentação desequilibrada,
obesidade, diabetes, malformação da placenta ou primeira gravidez com mais de 35 anos, por
exemplo.
Esse tipo de hipertensão deve ser identificado e tratado rapidamente para evitar o
desenvolvimento de pré-eclâmpsia, que é uma situação grave e que pode resultar em coma e
colocar em risco a vida da mãe e do bebê.

4. COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?

O diagnóstico de hipertensão deve ser feito pelo cardiologista a partir dos sintomas, da
avaliação do histórico pessoal e familiar e de pelo menos 3 medidas da pressão arterial em 3
dias diferentes com intervalo de 1 semana entre as medições, podendo ser necessárias de 2 a 3
consultas para que o médico confirme que a pressão realmente se mantém alta.
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Além disso, o médico pode indicar a realização do exame MAPA, que utiliza um
aparelho para medir a pressão arterial em casa durante 24 horas, para verificar as alterações na
pressão e tentar identificar se existe algum fator nas atividades diárias que pode estar
causando o aumento da pressão.

5. TRATAMENTO

O tratamento da hipertensão deve ser sempre feito sob indicação do cardiologista e, no


caso da hipertensão secundária, o médico deve indicar o tratamento mais adequado,
direcionado para corrigir a doença ou problema que causou a pressão alta.
Já no caso da hipertensão primária, é fundamental fazer mudanças no estilo de vida
conforme orientação do médico, como praticar atividades físicas, evitar fumar ou fazer
alterações na alimentação, reduzindo o consumo de sal e aumentando a quantidade de
verduras, legumes e frutas. No entanto, quando as mudanças no estilo de vida não são
suficientes, o médico pode recomendar remédios para baixar a pressão arterial como
diuréticos ou betabloqueadores como furosemida ou propranolol.

6. PREVENÇAO

Para prevenir a hipertensão basicamente você deve adotar hábitos de vida saudáveis
como:
- Praticar exercício físico regularmente;
- Alimentação saudável;
- Evitar fumar e ingerir bebida alcoólica;
- Controlar o estresse;
- Controlar doenças como diabetes e hipertireoidismo;
- Consumir mais fibras.

7. CONCLUSÃO

A pressão alta surge com o aumento da idade ou de acordo com as causas


relacionadas. Com o tempo, o aumento dessa pressão sanguínea danifica os vasos de todo o
corpo, principalmente os pequenos vasos sanguíneos. O resultado são lesões em órgãos como
rins, olhos, cérebro e coração, se a doença não for diagnosticada e tratada a tempo.
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Porém, a hipertensão é uma doença silenciosa daí o fato de ser perigosa, pois na
maioria das vezes o indivíduo terá sintomas como dor de cabeça, tonteira, náuseas e vômitos
quando a pressão já está muito elevada (acima de 18 por 10) e a doença já está avançada.

8. REFERÊNCIAS

Mansur AP, Favarato D, Sousa MFM et al. Tendência do risco de morte por doenças
circulatórias no Brasil de 1979 a 1996. Arq Bras Cardiol, 2001; 76(6): 497–503.

Lessa I. Epidemiologia da hipertensão arterial sistêmica e da insuficiência cardíaca no Brasil.


Rev Bras Hipertens, 2001; 8: 383–92.

Ministério da Saúde. Análise da Estratégia Global para Alimentação Saudável, Atividade


Física e Saúde. Brasília, abril de 2004.

IV Diretriz Brasileira de Hipertensão. Hipertensão 2002;5:123-63. Disponível em


www.sbh.org.br/ documentos/index.asp.

Fuchs FD. Hipertensão arterial sistêmica. Em: Duncan BB, Schmidt MI, Giugliani E, eds.
3a. ed. Medicina Ambulatorial: condutas em atenção primária baseadas em evidências. Porto
Alegre: Artmed, 2004: 641-56.

MacMahon S; Cutler J; Brittain E; et al. Obesity and hypertension: epidemiological and


clinical issues. Eur. Heart J. 1987;8(suppl B):57-70.

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