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FAI – FACULDADE DE IPORÁ

BACHARELADO EM ENFERMAGEM

FERNANDA DUTRA RODRIGUES DE OLIVEIRA

DIABETES TIPO I E II

IPORÁ – GO
2022
FERNANDA DUTRA RODRIGUES DE OLIVEIRA

DIABETES TIPO I E II

Trabalho desenvolvido para a disciplina de Estágio


Supervisionado II hospitalar, como parte da
avaliação referente ao 9º Período do curso superior
de Enfermagem.

Docente: Enf. Esp. Kárita Araújo

IPORÁ – GO
2022
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................................ 3
2. DIABETES TIPO I.......................................................................................................... 3
3. DIABETES TIPO II......................................................................................................... 4
4. DIFERENÇA ENTRE A DIABETES TIPO I DA TIPO II.......................................... 5
5. SINAIS E SINTOMAS...................................................................................................... 5
6 PREVENÇÃO..................................................................................................................... 5
7. PREVENÇÃO.................................................................................................................... 6
8. CONCLUSÃO................................................................................................................... 6
9. REFERÊNCIAS................................................................................................................. 8
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1. INTRODUÇÃO

O diabetes é uma doença crônica que afeta a maneira como o corpo utiliza a glicose
contida nos alimentos. Isso ocorre devido à falta de insulina, um hormônio produzido pelo
pâncreas, responsável por levar a glicose até as células.
Como as pessoas com diabetes não conseguem produzir quantidades suficientes para
transformar e levar o açúcar para dentro de muitas das células do corpo, consequentemente
ocorre uma diminuição da geração de energia nessas células. Devido à falta ou escassez de
insulina, a glicose que não é capaz de entrar na célula sem esse hormônio acaba ficando presa
na corrente sanguínea, levando a um quadro de hiperglicemia, ou excesso de açúcar.
Existem dois tipos de diabetes: o diabetes tipo 1 e o diabetes tipo 2. Apesar do nome,
são doenças diferentes, que possuem duas coisas em comum: a deficiência na produção da
insulina e o excesso de açúcar no sangue. No entanto, como veremos a seguir, as razões por
que isso ocorre são diferentes. Para isso, precisamos entender quais são as diferenças entre o
diabetes tipo 1 e o diabetes tipo 2.

2. DIABETES TIPO I

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), os casos de diabetes tipo 1


representam entre 5% e 10% do total dos casos de diabetes. Ou seja: a incidência de diabetes
tipo 1 é muito menor do que a de diabetes tipo 2.
Outra característica importante do diabetes tipo 1 é que a doença costuma aparecer
durante a infância, mas também pode ser diagnosticada na adolescência ou até mesmo na
idade adulta.
Ao contrário do diabetes tipo 2, o diabetes tipo 1 não ocorre devido ao estilo de vida,
mas devido a um defeito no sistema imunológico, que ataca as células do pâncreas
responsáveis pela produção de insulina, impedindo que o pâncreas possa desempenhar a sua
função corretamente.
Como não existe cura para o diabetes tipo 1, é importante que ele seja controlado. Por
isso, pessoas com diabetes tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina, com o objetivo de
manter o controle da glicemia, além de outras medidas preventivas, incluindo o uso de
medicamentos, alimentação saudável e a prática de exercícios físicos.
O controle para diabetes tipo 1 é utilizado: insulina, medicamentos, dieta controlada,
exercícios físicos.
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Além disso, pessoas com diabetes tipo 1 estão mais suscetíveis a crises de
hipoglicemia, que podem acontecer de forma rápida e precisam ser tratadas imediatamente.

3. DIABETES TIPO II

O diabetes tipo 2 é uma doença crônica que pode ter origem genética, mas que, na
maioria dos casos, está relacionada ao estilo de vida.
O diabetes tipo 2 representa 90% dos casos de diabetes e é uma doença que vem
aumentando muito nos últimos anos, devido às alterações no estilo de vida, como alimentação
inadequada e sedentarismo.
Por se tratar de uma doença assintomática, muita gente não sabe que tem diabetes tipo
2. Isso aumenta o risco da doença, pois impede as pessoas de tomarem as medidas necessárias
para tratar a doença antes que ela se torne descompensada, o que costuma ocorrer alguns anos
após a pessoa começar a desenvolver a doença.
Como dissemos, no caso do diabetes tipo 2, no começo, o pâncreas até produz bastante
insulina, tentando vencer a dificuldade que esse hormônio encontra para agir nas células e
permitir a entrada de açúcar, mas, depois de algum tempo, o pâncreas entra numa espécie de
estafa, perdendo a capacidade de produzir quantidades suficientes de insulina para
metabolizar a glicose. Esse fato se deve a uma condição chamada resistência à insulina, que
ocorre tanto em pessoas com diabetes como em pessoas que possuem síndrome metabólica.
Pessoas que desenvolvem resistência à insulina têm a capacidade reduzida de utilizar a
glicose disponível, obrigando o pâncreas a produzir ainda mais insulina, uma vez que a
insulina disponível não pode ser aproveitada pelo organismo.
Esse fato acaba resultando em hiperglicemia, que é o acúmulo de glicose na corrente
sanguínea. A maneira correta de avaliar a presença de hiperglicemia é através do exame de
glicemia, que mede a quantidade de açúcar no sangue.
As principais causas do diabetes tipo 2 são as alterações no estilo de vida,
principalmente a dieta inadequada e o sedentarismo.
A obesidade também é considerada um importante fator de risco para o diabetes tipo
2, pois é esse excesso de gordura em alguns órgãos que causa a resistência à insulina. Foi
constatado que o excesso de gordura corporal está diretamente associado a várias doenças
metabólicas, como hipertensão, síndrome metabólica e diabetes tipo 2.
Por isso, é importante a presença de um nutricionista que oriente o paciente com
sobrepeso ou obesidade a se alimentar de forma adequada.
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Da mesma forma, um plano de exercícios físicos deve ser implementado, com o


objetivo de ajudar o diabético a controlar o peso e aumentar a massa muscular.

4. DIFERENÇA ENTRE A DIABETES TIPO I DA TIPO II

A principal diferença entre o diabetes tipo 1 e o diabetes tipo 2 é que o diabetes tipo 1
é uma doença autoimune que faz com o que pâncreas pare de produzir insulina
definitivamente. No diabetes tipo 2, o pâncreas ainda produz insulina; porém, além de ser
insuficiente, ela não pode ser plenamente metabolizada pelo organismo em decorrência da
resistência à insulina que ocorre nos órgãos e músculos.
Ou seja, a principal diferença entre os dois tipos de diabetes é a causa da doença. O
diabetes tipo 1 é uma doença de origem autoimune, onde anticorpos da própria pessoa
agridem as células produtoras de insulina. Normalmente isso acontece na infância ou
adolescência, e por isso é também chamado de Diabetes Juvenil. No caso do diabetes tipo 2,
há uma grande influência genética agravada pela obesidade e sedentarismo.

5. SINAIS E SINTOMAS

Os principais sinais e sintomas são:


- Excesso de urina;
- Sede constante;
- Perda de peso;
- Aumento da fome;
- Visão embasada;
- Cansaço.

6. TRATAMENTO

Para o tratamento do diabetes, de qualquer tipo, é necessário usar medicamentos


antidiabéticos que ajudam a diminuir as taxas de glicose no sangue, como Glibenclamida,
Gliclazida, Metformina ou Vildagliptina, por exemplo, ou mesmo a aplicação da própria
Insulina sintética. 
No diabetes tipo 1, as células do pâncreas não conseguem produzir Insulina, o que leva
ao acúmulo de glicose na circulação. Por isso, a principal forma de tratamento consiste na
aplicação de doses de Insulina sintética, diariamente, para que este hormônio faça o seu papel
de levar a glicose do sangue para os tecidos do corpo. 
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Existem diferentes tipos de insulina, divididos de acordo com a sua velocidade de


ação, que são as de ação lenta, intermediária, rápida ou ultra-rápida. Geralmente, o médico
combina 2 tipos de insulina, aplicadas cerca de 1 a 3 vezes por dia, às vezes mais, para que a
sua ação seja a mais parecida possível com a insulina produzida no organismo. 
O tratamento para diabetes tipo 2 costuma ser feito com medicamentos antidiabéticos
que podem atuar tanto aumentando a produção de insulina no pâncreas, melhorando a
sensibilidade do organismo à insulina, diminuindo a produção de glicose pelo corpo ou
mesmo diminuindo a absorção de glicose na alimentação. 
Alguns dos principais exemplos destes remédios são Metformina, Glibenclamida,
Gliclazida, Acarbose, Pioglitazona ou os mais novos como Vildagliptina, Sitagliptina
ou Exenatida, por exemplo. A ingestão ou aplicação destes remédios costuma ser feita de 1 a
3 vezes ao dia, a depender do tipo e da gravidade da doença. 
O tratamento para diabetes gestacional é orientado pelo obstetra e pelo
endocrinologista, e a principal forma de tratamento consiste na dieta pobre em carboidratos e
a prática regular de exercício físico moderado. No entanto, nos casos mais graves onde a
quantidade de açúcar no sangue é muito superior ao esperado, o médico poderá orientar uso
de antidiabéticos orais, como Metformina ou Glibenclamida, ou até mesmo a Insulina. 
O diabetes gestacional é detectado após as 22 semanas de gestação, e surge devido a
disfunções na produção e ação da insulina no organismo, em mulheres neste período.
Além de seguir as orientações de remédios indicados do médico, algumas dicas
naturais incluem utilizar linhaça, farinha da casca de maracujá e tomar o suco de laranja
regularmente porque estes alimentos ajudam a controlar a taxa de açúcar no sangue. 

7. PREVENÇÃO

A melhor forma de prevenir é praticando atividades físicas regularmente, mantendo


uma alimentação saudável e evitando consumo de álcool, tabaco e outras drogas.
Comportamentos saudáveis evitam não apenas o diabetes, mas outras doenças crônicas, como
o câncer.
A causa do tipo de diabetes ainda é desconhecida e a melhor forma de preveni-la é
com práticas de vida saudáveis (alimentação, atividades físicas e evitando álcool, tabaco e
outras drogas).

8. CONCLUSÃO
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O diabetes é uma doença crônica que precisa de tratamento médico. É importante ter
consciência de que o diabetes é uma doença grave, que precisa ser tratada cedo e levada a
sério, independentemente de sintomas, de modo a evitar suas possíveis complicações. 
O controle da glicemia é um ponto fundamental no tratamento da doença. Para isso, é
preciso considerar uma dieta adequada, a prática regular de exercícios físicos e o uso de
medicamentos, com ou sem injeções de insulina.
Pacientes obesos com diabetes tipo 2 com IMC acima de 30, que não estão
conseguindo controlar a doença, podem recorrer à cirurgia metabólica, um procedimento
seguro e aprovado pelo CFM, que apresenta uma grande chance de resolução definitiva
(quando utilizada na hora certa) ou uma grande melhoria no controle da doença, permitindo
reduzir as chances de complicações e mortalidade.
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9. REFERÊNCIAS

AZEVEDO, M. I. ; GROSS, J. L. Aspectos especiais da dieta no tratamento do diabetes


mellitus. Rev. Assoc. Méd Bras. v. 34, p.181-186, jul./set. 1990. BALDA.

PACHECO-SILVA A. Aspectos imunológicos do diabetes melito tipo 1. Rev. Assoc. Méd.


Bras. v. 45 n. 2 São Paulo, abr./jun. 1999.

BATISTA, M. C. R. et al. Avaliação dos resultados da atenção multiprofissional sobre o


controle glicêmico, perfil lipídico e estado nutricional de diabéticos atendidos em nível
primário. Rev. Nutr. v. 18 n. 2 Campinas, mar./abr. 2005.

BRASIL. IDB 2006a- Indicadores de morbidade e mortalidade - D.10 Taxa de prevalência


do diabetes mellitus. Brasília.

BRASIL. IDB 2006b Indicadores de mortalidade – C. 12. Taxa de mortalidade especifica por
diabetes melito. Sistema de informações de mortalidade. Brasília2006.

CERCATO, C. ; MANCINI, M. C. ; ARGUELLO, A. M. C. Hipertensão arterial, diabetes


melito e dislipidemia de acordo com o índice de massa corpórea: estudo em uma população
brasileira. Rev. Hosp. Clin. v. 59, n. 3. p. 113-117. São Paulo 2004.

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