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E.E CARLOS GOMES


EDUCAÇÃO FÍSICA

DIOGO CARDOSO E FRANCISCO KARLAN 1°B

DIABETES
EXERCÍCIO FÍSICO

SÃO PAULO
2021
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DIOGO CARDOSO E FRANCISCO KARLAN

DIABETES
EXERCÍCIO FÍSICO

Trabalho de Conclusão Bimestral,


apresentado a Disciplina de Educação
Física na Escola Estadual Carlos
Gomes de São Paulo, como parte dos
requisitos para conclusão do 4°
bimestre.

Orientadora: Prof. Estela

SÃO PAULO
2021
SUMÁRIO
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1. INTRODUÇÃO...................................................................................................4
2. DIABETES MELLITUS......................................................................................5
2.1 PRÉ-DIABETES.........................................................................................5
2.1.1 DIABETES TIPO 1....................................................................................5
2.1.1.1 DIABETES TIPO 2................................................................................5
2.1.1.1.1 DIABETES GESTACIONAL...............................................................6
3. EXERCÍCIO FÍSICO NO CONTROLE E MANUTENÇÃO DO DIABETES.......7
4. CONCLUSÃO....................................................................................................8
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................9

1. INTRODUÇÃO
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Segundo a International Diabetes Federation houve um crescimento alarmante na


prevalência de diabetes. Os dados da 9ª edição do Atlas de Diabetes da IDF
mostram que existem 463 milhões de adultos com diabetes em todo o mundo.

A prevalência global de diabetes atingiu 9,3%, com mais da metade (50,1%) dos
adultos não diagnosticados, com o diabetes tipo 2 sendo responsável por cerca de
90% de todas as pessoas com diabetes.

O diabetes é uma doença metabólica caracterizada por deficiência total ou parcial do


hormônio insulina, associadas ao aumento da mortalidade e ao alto risco de
complicações, causando disfunções e insuficiência de vários órgãos, especialmente
olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sanguíneos. Podem resultar os
distúrbios da secreção da insulina.

Como um tratamento não farmacológico, o exercício físico regular tem sido sugerido
com a intenção de melhorar o controle dos valores glicêmicos de indivíduos
diabéticos. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi revisar a literatura com a
intenção de verificar a importância da prática de exercício físico no controle e
manutenção da glicemia e melhora da qualidade de vida de indivíduos diabéticos.
Os estudos revisados demonstraram que o exercício físico pode diminuir as
concentrações de glicose sanguínea, melhorar a sensibilidade à insulina e até
mesmo diminuir o uso de medicamentos utilizados para controle sanguíneo.

2. DIABETES MELLITUS
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Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue


(hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio
insulina, que é produzido no pâncreas, pelas chamadas células beta. A função
principal da insulina é promover a entrada de glicose para as células do organismo
de forma que ela possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares. A falta
da insulina ou um defeito na sua ação resulta portanto em acúmulo de glicose no
sangue, o que chamamos de hiperglicemia.

2.1 PRÉ-DIABETES

A pré-diabetes é uma situação que antecede a diabetes e serve de alerta para evitar
a progressão da doença. A pessoa pode saber que é pré-diabética em um simples
exame de sangue, onde pode-se observar os níveis de glicose no sangue, ainda em
jejum. É considerado pré-diabetes quando a glicemia em jejum está entre 100 e 125
mg/dl. Pode-se definir a pré-diabetes como a condição em que o açúcar no sangue
está elevado, mas não o suficiente para ser classificado como diabetes do tipo 2.
Sem intervenção, é provável que se torne diabetes do tipo 2 em cerca de 10 anos.

2.1.1 DIABETES TIPO 1

Essa forma de diabetes é resultado da destruição das células beta pancreáticas por
um processo imunológico, ou seja, pela formação de anticorpos pelo próprio
organismo contra as células, beta levando a deficiência de insulina. Pode-se definir
que diabetes tipo 1 é uma doença crônica em que o pâncreas produz pouca ou
nenhuma insulina.

2.1.1.1 DIABETES TIPO 2

Nesta forma de diabetes está incluída a grande maioria dos casos (cerca de 90%
dos pacientes diabéticos). Nesses pacientes, a insulina é produzida pelas células
beta pancreáticas, porém, sua ação está dificultada, caracterizando um quadro de
resistência insulínica. Isso vai levar a um aumento da produção de insulina para
tentar manter a glicose em níveis normais. Quando isso não é mais possível, surge o
diabetes.
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Ao contrário do Diabetes Tipo 1, há geralmente associação com aumento de peso e


obesidade, acometendo principalmente adultos a partir dos 50 anos. Contudo, cada
vez mais, a o desenvolvimento do quadro em adultos jovens e até crianças. Isso se
deve, principalmente, pelo aumento do consumo de gorduras e carboidratos aliados
à falta de atividade física. Pode-se definir que diabetes tipo 2 é uma doença crônica
que afeta a forma como o corpo processa o açúcar do sangue (glicose). Com o
diabetes tipo 2, o corpo não produz insulina ou cria resistência à insulina.

2.1.1.1.1 DIABETES GESTACIONAL

Atenção especial deve ser dada ao diabetes diagnosticado durante a gestação. A


ele é dado o nome de Diabetes Gestacional. Pode ser transitório ou não e, ao
término da gravidez, a paciente deve ser investigada e acompanhada.. Na maioria
das vezes ele é detectado no 3º trimestre da gravidez, através de um teste de
sobrecarga de glicose. As gestantes que tiverem história prévia de diabetes
gestacional, de perdas fetais, má formações fetais, hipertensão arterial, obesidade
ou história familiar de diabetes não devem esperar o 3º trimestre para serem
testadas, já que sua chance de desenvolverem a doença é maior. Pode-se definir a
diabetes gestacional como altos níveis de açúcar no sangue que afetam gestantes.
Pessoas que desenvolvem diabetes gestacional correm maior risco de desenvolver
diabetes do tipo 2 posteriormente.
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3. EXERCÍCIO FÍSICO NO CONTROLE E MANUTENÇÃO DO DIABETES

Estudos demonstram os benefícios da atividade física no DM, tanto na manutenção


da glicemia, quanto no perfil lipídico dos portadores de diabetes. Exercícios físicos
regulares e uma dieta balanceada ajudam no controle e na prevenção da DM 2.
Recomenda-se atividade física moderada durante quatro horas semanais, dessa
forma pode-se reduzir o risco em 70% de diabetes tipo 2, além de prevenir outros
fatores de risco associados ao sedentarismo como a obesidade e a hipertensão.
Alguns estudos recomendam atividades aeróbicas. Entretanto, exercícios resistidos
apresentam bons resultados, principalmente para idosos no que tange a perda de
massa muscular nesses indivíduos.

De acordo com Ciolac (2004), estudos epidemiológicos e de intervenção


demonstram claramente que a prática regular de atividade física é eficaz para a
prevenção e controle do diabete do tipo 2.
Ciolac também afirma que o exercício exerce efeito oposto ao do sedentarismo,
aumentando o gasto calórico, melhorando o transporte e a captação de insulina,
onde tanto os exercícios aeróbicos quanto os resistidos promovem um aumento do
metabolismo basal conhecido como metabolismo de repouso, que é responsável por
60%a 70% do gasto energético total, contribuindo para a perda de peso, e
diminuição do risco de desenvolver diabetes, hipertensão e outras doenças.

A prescrição de atividade física em paciente portador de diabetes do tipo 2 não


representa dúvidas e é hoje, junto com perda de peso, uma das indicações das mais
apropriadas para corrigir a resistência à insulina e controlar a glicemia nesse tipo de
diabetes (que representa 90% dos casos), ainda mais se está associado à
obesidade.

Com isso conclui-se que os benefícios do exercício físico no controle e manutenção


do diabetes, está diretamente ligado aos exercícios regulares e uma dieta
balanceada, causando a manutenção da glicemia, aumentando o gasto calórico,
melhorando o transporte e captação de insulina, aumentando também o
metabolismo basal, também contribuindo para a perda de peso, e diminuição do
risco de desenvolver diabetes, hipertensão e outras doenças.
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4. CONCLUSÃO

Com essa revisão de literatura percebe-se que cada dia cresce o número de
diabéticos. Sendo assim, buscar estratégias de tratamento para a diabetes é
fundamental, uma vez que esta patologia gera grandes gastos a saúde pública.

Vários autores mostraram que o exercício físico pode auxiliar na melhora dos
valores glicêmicos tanto em efeito agudo como crônico.

Contudo, a maior eficiência da prática de exercícios físicos, seja o treinamento de


força ou o exercício aeróbio é observado quando é praticado de forma regular,
melhorando no diabético do tipo II o controle glicêmico, diminuindo o consumo de
medicamentos orais e/ou insulinas exógeno, melhora na sensibilidade á insulina,
melhora do condicionamento cardiorrespiratório, aumento da força muscular, previne
a perda da massa óssea decorrente da diabetes, aumento da taxa metabólica basal
e redução de tecido adiposo.

Destaca-se, ainda, para que esses benefícios aconteçam de forma eficaz, os


exercícios devem ser prescritos e acompanhados por um profissional de educação
física e, além disso, é preciso levar em conta que o diabético também precisa ser
acompanhado por um nutricionista, pois uma dieta balanceada é fundamental no
controle da diabetes mellitus do tipo II.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Exercício físico no controle do Diabetes Mellitus. [S. l.]: Leonardo Coelho, 2009.
Disponível em: https://www.efdeportes.com/efd138/exercicio-fisico-no-controle-do-
diabetes-mellitus.htm. Acesso em: 13 nov. 2021.

PRÉ-DIABETES:. [S. l.]: Dra. Clarisse Bezerra, 2021. Disponível em:


https://www.tuasaude.com/pre-diabetes/. Acesso em: 13 nov. 2021.

O QUE É DIABETES?. Site: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia,


2021. Disponível em: https://www.endocrino.org.br/o-que-e-diabetes/. Acesso em: 13
nov. 2021.

NÚMEROS DO DIABETES NO MUNDO. Site: Sociedade Brasileira de


Endocrinologia e Metabologia, 2021. Disponível em:
https://www.endocrino.org.br/numeros-do-diabetes-no-mundo/. Acesso em: 13 nov.
2021.

DIABETES mellitus (DM). Site: Erika F. Brutsaert, MD, New York Medical College,
2021. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-
hormonais-e-metab%C3%B3licos/diabetes-mellitus-dm-e-dist%C3%BArbios-do-
metabolismo-da-glicose-no-sangue/diabetes-mellitus-dm. Acesso em: 13 nov. 2021.

PAPEL da atividade física no tratamento do Diabetes Mellitus. Site: Centro de


Diabetes Curitiba, 2013. Disponível em:
http://www.centrodediabetescuritiba.com.br/artigos/papel-da-atividade-fisica-no-
tratamento-do-diabetes-mellitus-tipo-2/#:~:text=A%20atividade%20f%C3%ADsica
%20tem%20papel,os%20fatores%20de%20risco%20cardiovasculares. Acesso em:
13 nov. 2021.

DIABETES. Portal Fiocruz: Renata Augusta, 2015. Disponível em:


https://portal.fiocruz.br/noticia/diabetes-o-que-e. Acesso em: 15 nov. 2021.
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IMPORTÂNCIA do exercício físico para Diabéticos. Biblioteca virtual da saúde, 2009.


Disponível em: https://aps.bvs.br/aps/qual-a-importancia-do-exercicio-fisico-para-os-
diabeticos/. Acesso em: 15 nov. 2021.

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