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Unidade II
3 ESTRUTURA DE GESTÃO DE SEGURANÇA PREVISTA NAS NORMAS
REGULAMENTADORAS
Vamos abordar o programa de prevenção de riscos ambientais, conhecido como PPRA, que fazia
parte da NR 9. Um programa importante, em que se buscava fazer a análise de riscos físicos, químicos e
biológicos, tanto de forma qualitativa quanto quantitativa.
Esse programa pedia para que ao fazer o levantamento dos riscos ambientais, os profissionais e
trabalhadores que participavam da sua elaboração tivessem a condição de identificar os riscos ambientais
na fase de antecipação e reconhecimento dos riscos e, assim, determinar as medidas de controle para
evitar que o risco ameaçasse a integridade física e a saúde do trabalhador.
Dessa forma, o programa previsto na NR 9 passou a fazer parte do PGR, que se tornou um programa
de gestão amplo e mais abrangente do que o antigo PPRA. Assim a NR 9 passou a ser responsável pela
identificação das exposições ocupacionais dos trabalhadores em relação aos agentes de riscos físicos,
químicos e biológicos, fazendo a avaliação dessas exposições e determinando as medidas de prevenção
e controle que devem ser implantadas.
As aplicações das medidas de prevenção estabelecidas através dessa norma devem ser adotadas
em todos os setores ou postos de trabalho onde foi identificada a exposição ocupacional a esses
agentes de risco.
O procedimento para identificar a exposição ocupacional desses agentes de riscos deverá considerar
os pontos a seguir conforme previsto no item 9.3.1 do novo texto da NR 9 – Avaliação e Controle das
Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos:
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Unidade II
a) descrição da atividade;
Após a análise preliminar das atividades de trabalho e dos dados já existentes em relação aos riscos
dos agentes físicos, químicos e biológicos, devem-se adotar medidas de prevenção.
Após a avaliação qualitativa, fazer avaliação quantitativa, quando for preciso, ou seja, as medições de
campo com os equipamentos necessários para quantificar o agente de risco em questão para a posterior
análise, conforme a NR 15 (BRASIL, 2019b), respeitando os limites de exposição e, na busca, quando
necessário, das medidas de controle e proteção coletiva. Somente por último verificar a aplicação de
equipamentos de proteção individual, quando as medidas anteriores não tiverem sido suficientes para
manter o ambiente salubre e seguro.
Observação
Lembrete
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SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE
As atualizações dos dois principais programas de segurança do trabalho que as empresas deveriam
cumprir, o PPRA e o PCMSO, agora fazem parte de um programa mais amplo incorporado à NR 1, que é
o PGR, o qual todas as empresas devem elaborar.
A comissão interna de prevenção de acidentes (Cipa) é prevista na NR 5, que orienta a forma como
ela deve ser composta, seu dimensionamento, as ações para o processo de eleição, o curso de formação
do cipeiros e seu funcionamento.
Cabe discorrer sobre a história da Cipa. Foi criada na década de 1970 com a aprovação das NRs a fim
de atender a uma requisição da OIT, que orientava sobre a necessidade de haver um órgão interno nas
empresas que trate das questões de segurança do trabalho junto com os trabalhadores.
Podemos dizer que a primeira geração da Cipa foi meramente burocrática e apenas visava o
preenchimento de documentos sem uma contribuição efetiva para melhorar as condições de trabalho,
em sua maior parte.
Mas a partir do momento em que passou a ser mais bem organizada e com trabalhadores mais
esclarecidos sobre o seu papel e suas responsabilidades, a Cipa se tornou um canal importante de
comunicação entre o “chão de fábrica” e a administração da empresa, permitindo mais agilidade na
solução de problemas e na melhoria dos ambientes de trabalho, oferecendo mais segurança e qualidade
de vida para todos.
O objetivo principal da Cipa é a prevenção de acidentes e doenças provocadas pelo trabalho, com a
constante preocupação em garantir que as atividades sejam executadas de forma segura, preservando
a vida e a saúde do trabalhador.
Saiba mais
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Unidade II
Uma característica importante da Cipa é ela ser composta por representantes dos empregados
eleitos por um processo de votação específico entre os trabalhadores e representantes da empresa,
designados pelo empregador.
O mandato dos membros eleitos da Cipa terá a duração de um ano, permitindo uma nova reeleição.
Em seguida, na Ficha de Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), será possível localizar a
Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE).
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SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE
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Unidade II
Figura 12 – Quadro II da NR 5
Consultando os Quadros II e III, cada CNAE está localizado em um determinado grupo. Por exemplo,
no quadro anterior (representado na figura 13), temos o CNAE 05.00.3, que faz parte da atividade
econômica de extração de carvão mineral e está agrupado no C-1.
Em posse do grupo, já se pode consultar o Quadro I da Cipa (figura 14 a seguir) para determinar o
seu dimensionamento.
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SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE
Figura 14
Assim que o grupo for localizado, deve-se verificar a quantidade de empregados que a empresa
possui para saber como dimensionar a Cipa. Por exemplo, se a empresa que citamos, de extração de
carvão mineral, tiver entre 37 empregados, consultando a tabela, teremos uma Cipa composta por um
representante dos trabalhadores, ou seja, eleito entre os colegas, e um indicado pela empresa. Lembrando
que a Cipa tem um membro efetivo e um suplente, assim, no exemplo que demos, teremos um membro
efetivo dos trabalhadores mais um suplente; e um membro efetivo do empregador mais um suplente,
totalizando quatro membros.
Agora que já temos o total de membros que compõem a Cipa, entre os dois indicados pelo
empregador, caberá a ele designar o presidente da Cipa e, aos empregados, designar, entre os titulares,
o vice-presidente da Cipa.
Em seguida, deve-se indicar quem será o secretário e o seu substituto. Todo o processo eleitoral
da posse dos cipeiros deve ser documentado, e os documentos armazenados de forma a ficarem à
disposição da fiscalização quando solicitado.
A Cipa deve ter reuniões ordinárias todo mês, cumprindo um calendário preestabelecido, sendo que
essas reuniões devem ocorrer durante o expediente normal da empresa em um local adequado a essa
atividade. Todas as reuniões devem ter uma ata com o conteúdo discutido, que deve ser assinada por
todos os presentes, e uma cópia encaminhada para todos os membros.
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Unidade II
• Uma denúncia de uma situação de risco grave ou iminente, necessitando que uma medida
corretiva de emergência seja aplicada.
Para os funcionários eleitos ou indicados para a Cipa, no prazo máximo de trinta dias, contados a
partir da data da posse, eles deverão passar por um processo de treinamento específico.
Esse treinamento deve ter um total de vinte horas distribuídas em períodos que não ultrapassem
oito horas diárias e deve ser realizado na empresa durante o expediente normal.
Observação
Uma das grandes responsabilidades da Cipa está em elaborar o mapa de riscos ambientais. Esse
mapa deve ser feito para toda a empresa, ou seja, todos os departamentos e locais da empresa devem
ser analisados considerando os riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e acidentes-tipo.
Lembrete
será um documento que deverá ficar afixado em local visível em cada setor, permitindo que todos
tenham acesso a essas informações e, dessa forma, possam se conscientizar sobre os riscos a que estão
expostos nesse determinado setor e a maneira correta de protegerem-se.
O mapa de riscos busca uma análise qualitativa dos agentes de riscos identificados no setor e permite
divulgar as informações das consequências que esse risco têm para a integridade física e a saúde do
trabalhador e, também, a forma que ele deverá agir seguindo os protocolos indicados para que se
mantenha em segurança. Assim, garantimos o binômio base da prevenção: o direito de saber versus o
dever de informar.
Após fazer um croqui ou usar uma planta do local em que o mapa de riscos está sendo elaborado,
os trabalhadores deverão pontuar onde se localiza cada risco, utilizando círculos que indicarão se ele
é pequeno, médio ou grande, identificado pelo tamanho desses círculos. Outra característica é usar as
cores que definem cada grupo de riscos, pintando o interior desses círculos.
Figura 15
Um mapa de riscos bem elaborado permite que todos os trabalhadores, ao consultarem as informações
nele, possam ter plena consciência dos riscos existentes nos seus ambientes de trabalho e das medidas
de proteção adotadas, como os equipamentos de proteção coletiva e de proteção individual necessários
para completar a sua proteção e garantir a sua segurança naqueles locais.
A Portaria n. 25, de 29 de dezembro de 1994, em seu anexo IV, estabelece os objetivos do mapa de
riscos, sendo:
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Unidade II
E também orienta sobre a forma que ele deve ser elaborado, permitindo alcançar um ótimo resultado
no final, pois as informações levantadas seguindo esse roteiro vão enriquecer os demais programas da
empresa, bem como confirmar se as ações adotadas estão sendo adequadas e suficientes para manter
os riscos sob controle:
2. Etapas de elaboração:
— as atividades exercidas;
— o ambiente.
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SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE
Observação
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Unidade II
Inicialmente, vamos falar dos exames médicos que fazem parte do PCMSO. Todos os empregados
sabem que para iniciar o trabalho em uma empresa, na sua contratação, tiveram que passar por um
exame médico para comprovar estarem aptos para exercer a função que vão assumir na empresa.
Esse exame é conhecido por “exame admissional”, é o primeiro que deve ser feito pelo empregado. Os
exames que fazem parte do PCMSO efetuam uma avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional,
bem como exame físico e mental do trabalhador. De acordo com a necessidade analisada pelo médico
do trabalho, alguns exames complementares poderão ser pedidos.
Após ter sido considerado apto no seu exame admissional, o trabalhador poderá assumir a sua
função na empresa e iniciar as suas atividades. Conforme a análise feita pelo médico, considerando o
cargo e as atividades exercidas pelo trabalhador, será determinada a frequência para o exame médico
periódico, atendendo o item 7.4.3.2 da NR 7 (BRASIL, 2020a), que descreve cada uma das situações,
orientando sobre a frequência do exame periódico.
O próximo exame admissional é o exame médico de retorno ao trabalho, que deve ser feito
obrigatoriamente no primeiro dia de retorno ao trabalho do empregado que permaneceu afastado
do seu posto por um período igual ou superior a trinta dias por motivo de doença ou acidente, seja
ocupacional ou não, ou mesmo para as mulheres que tiveram um parto, permitindo, assim, garantir que
esse empregado esteja apto a retornar a suas funções.
Temos também o exame médico de mudança de função, que deve ser realizado obrigatoriamente
antes da data de o empregado assumir a sua nova função. Esse exame é tão importante quanto o
exame admissional, pois, ao mudar de função, as rotinas de trabalho podem ser alteradas, as atividades
executadas e os riscos a que o empregado estará exposto.
Por fim, temos o exame médico demissional, que deve ser realizado em até dez dias após terminado
o contrato de trabalho. Esse exame é importante para garantir que não se demitirá um empregado
que virtualmente possa estar doente ou uma funcionária que esteja grávida, assegurando, assim, as
proteções que a lei prevê.
Todos esses exames resultam em um documento conhecido como “atestado de saúde ocupacional” (ASO),
que o médico deverá emitir em duas vias, permanecendo com a primeira arquivada na empresa. A segunda
via deve ser entregue obrigatoriamente ao trabalhador.
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SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE
• função;
• conclusão, se está apto ou inapto para assumir a função que queira exercer, exerce ou exerceu;
• a data e a assinatura do médico encarregado do exame com o respectivo carimbo contendo a sua
identificação e o número de inscrição no CRM.
Cabe lembrar que esse programa deve fazer parte de um conjunto maior de programas, atendendo
às necessidades do PGR. O PCMSO, por fim, vai avalizar as ações preventivas que, adotadas, caso as
medidas de prevenção utilizadas pela empresa não forem eficazes, serão identificadas no controle
médico de saúde ocupacional, nas situações de trabalhadores adoecendo ou se acidentando no exercício
da sua função.
É importante lembrar que tão grave quanto os acidentes de trabalho são as doenças ocupacionais,
pois elas geram sofrimento humano e custos para toda a sociedade, uma vez que, em muitos casos,
os tratamentos são prolongados, há necessidade de reabilitação para o trabalho, muitas vezes, com
limitações de atividades, ou mesmo resultam em aposentadoria especial.
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Unidade II
Saiba mais
Vamos abordar assuntos importantes para os profissionais que atuam com segurança privada, a
insalubridade e a periculosidade.
Encontraremos muitos esclarecimentos sobre essas duas questões na NR 15, que trata de atividades
e operações insalubres; bem como na NR 16, que trata de atividades e operações perigosas.
Caso esses limites sejam ultrapassados e estando o trabalhador exposto ao agente de risco, a lei
assegura-lhe a percepção de adicional conforme o grau de risco comprovado para essa exposição. O grau
de risco pode ser determinado como grau máximo, médio ou mínimo, concedendo então o adicional de
insalubridade, que será, respectivamente, 40%, 20% ou 10% de um salário mínimo da região em que o
trabalhador se encontra.
Em situações em que a exposição se faz por mais de um agente de risco, o adicional será considerado
o grau mais elevado.
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SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE
Cabe lembrar que a eliminação ou neutralização do agente de risco deverá ficar caracterizada através
de uma avaliação pericial do órgão competente, que vai comprovar a inexistência do risco à saúde do
trabalhador, caso contrário, o adicional permanecerá sendo pago.
O agente de risco mais comum encontrado nos ambientes de trabalho é o agente físico ruído.
No anexo 1 da NR 15, representado na figura a seguir, encontraremos a tabela com os limites de
tolerância e a disposição diária conforme o nível de pressão sonora existente no local.
Essa NR é a mais extensa de todas, pois agrega os limites de tolerância para todos os agentes de
riscos físicos, químicos e biológicos que possam causar danos à saúde do trabalhador.
A necessidade de comprovar a exposição ou não a esses riscos para um perito ou órgão competente
demonstra a obrigação de ter conhecimentos técnicos específicos para a correta análise e interpretação
de cada uma das situações. A fim de quantificar os agentes de risco e a sua intensidade, torna-se
indispensável o uso de equipamentos profissionais, os quais apenas um técnico habilitado será capaz de
operar corretamente para não interferir nos resultados ou na coleta de amostras que serão encaminhadas
a laboratórios específicos, que emitirão um laudo técnico a ser interpretado pelo perito.
O trabalhador, muitas vezes, opta por receber o adicional de insalubridade do que preservar a sua
saúde, uma postura que acaba mudando somente após adquirir uma doença e sentir os impactos que
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Unidade II
ela causará em sua vida. Portanto sempre recomendamos que devemos lutar para garantir ambientes de
trabalho salubres em vez de optar por pagamentos de adicional insalubridade.
Quanto à questão de periculosidade, torna-se mais complicado buscar eliminar a fonte de perigo
que provoca a situação de risco, pois, na maioria das vezes, ela faz parte do processo e não pode ser
eliminada do local.
Dessa forma, criam-se áreas classificadas onde esses materiais, produtos, equipamentos e instalações
que ofereçam periculosidade ficarão alocados com o uso de barreiras físicas e controles de acesso.
O acesso aos trabalhadores que terão permissão para entrar nessas áreas classificadas será limitado,
e eles terão o adicional de 30%, que vai incidir sobre o seu salário.
Observação
Mas ao optar pelo adicional periculosidade, caso ele também faça jus ao
adicional insalubridade, é conveniente que fique registrada e documentada
sua exposição a uma situação insalubre, pois esta poderá lhe dar direito a
uma aposentadoria especial no futuro.
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SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE
• são empregados das empresas prestadoras de serviços nas atividades de segurança privada ou que
integram o serviço orgânico de segurança privada devidamente registradas e autorizadas pelo
Ministério da Justiça, conforme Lei n. 7.102/1983 e suas alterações posteriores;
Quadro 1
Para analisar proteção e incêndios, devemos ir além do que apenas mencionar a NR 23, pois, após a
sua última atualização, ela foi reduzida a poucas páginas, a consulta aos procedimentos foi transferida,
devendo ser feita nas instruções técnicas do corpo de bombeiros.
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Unidade II
Alguns dados levantados nos anuários de acidentes de trabalho do Ministério do Trabalho, atual
Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia, revelam que aproximadamente 30 mil acidentes
causados por queimaduras graves ocorrem anualmente nos ambientes de trabalho (BRASIL, 2020c).
Mais da metade dessas ocorrências são registradas como “acidente-tipo”, e, na questão de gestão de
riscos, seriam situações evitáveis.
Observação
Para evitar essas ocorrências, torna-se evidente que devemos desenvolver sistemas de segurança
contra incêndios, mas o que é considerado um “sistema contra incêndio?”.
Se consultarmos a instrução técnica do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo (SÃO PAULO,
2019), vamos encontrar que o sistema contra incêndio é o conjunto de ações e recursos internos e
externos à edificação e a áreas de risco que permite controlar a situação de incêndio.
Podemos pesquisar em diversas outras fontes e vamos verificar, na maioria delas, que a segurança
contra incêndio está sempre limitada à proteção das edificações e ao ambiente urbano.
Com certeza, a questão é muito mais ampla e deve ser alvo de estudos e pesquisas que permitam
aprofundar o conhecimento sobre o tema, desenvolver tecnologias e materiais mais eficientes,
entre outros.
Então vamos iniciar pela compreensão do que deve ser considerado um incêndio. O incêndio é o fogo
sem controle. Quando está sob controle, chega até a fascinar o homem, trazer conforto, auxiliá‑lo em
diversas atividades e muito mais. Mas, quando está sem controle, provoca destruição, danos irreparáveis,
perdas de vidas, prejuízos financeiros e impactos econômicos, sociais e ao meio ambiente.
Frequentemente temos notícias de incêndios que ocorrem em florestas, reservas naturais, áreas rurais,
gerando grandes prejuízos ambientais e até mesmo afetando o clima, alterando o bioma, causando
diversas consequências, como diminuição dos níveis de precipitação, interrompendo o fluxo de veículos
nas estradas por falta de visibilidade, como na aviação, podendo até mesmo afetar a estabilidade das
aeronaves com as correntes de calor, interferindo nas atividades da população que dependia daquele
ecossistema, bem como prejudicando a sua saúde e provocando doenças respiratórias em consequência
da inalação dos gases e fumaça intensa (FIOCRUZ, 2013).
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SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE
Dessa forma, a segurança contra incêndio deve ser muito mais ampla, sendo a prática mais
atualmente aceita o conjunto de medidas adotadas para impedir que o fogo se torne destrutivo.
Assim, reduzimos o seu impacto e buscamos salvar vidas, bens e também proteger o meio ambiente.
Para alcançar isso, devem-se implantar práticas de planejamento que abrangem não só medidas de
proteção e combate, mas treinamento, educação, conscientização, pesquisas, investigações, segurança
de operações, entre outras.
Além disso, todas essas ações devem ser rotineiras, necessitando de práticas diárias e conhecimento
capazes de encontrar soluções adequadas às diversas situações que possam ocorrer.
Observação
São diversas as tragédias aqui no Brasil causadas por incêncio, mas podemos citar algumas que mais
marcaram a população, como:
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Unidade II
— causa: indefinida;
— consequência: 93 mortes.
— causa: curto-circuito;
— causa: indefinida;
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SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE
Há muitas outras tragédias que não ganharam tanta repercussão, mas ceifaram vidas e causaram
danos irreparáveis ao meio ambiente e/ou danos patrimoniais. Dessa forma, tratar da segurança
contra incêndios é importante e há necessidade de profissionais capacitados e habilitados para exercer
suas funções.
Muitas vezes, após grandes tragédias, torna-se comum preocupar-se com o tema e, assim, surgem
novas leis e normas para tratar do assunto. Existem diversas normas que abordam essas questões, vamos
citar algumas delas que devem ser de conhecimento de quem estuda o assunto.
No Brasil, temos a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que é signatária da Organization
for International Standardization (ISO), sendo que, quando encontramos uma norma NBR ISO, significa
que a norma foi traduzida de uma norma internacional com adaptações muito pequenas.
Os estados também podem criar regulamentação própria para atender a diversas situações.
O estado de São Paulo, através do Decreto n. 56.819, de 2011, se refere às instruções técnicas do
Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo e é complementado por elas, sendo que os demais estados
praticamente seguem a mesma regulamentação como referência, mudando um pouco a nomenclatura,
como ocorre em Goiás e no Espírito Santo, que as chamam de “normas técnicas”; o Paraná, de “norma
de procedimento técnico”; em Santa Catarina, de “instrução normativa”; mas praticamente todas têm
o mesmo conteúdo.
técnicas devem ser aplicáveis. Também se refere às responsabilidades do empregador, determinando que
ele deva providenciar informações sobre procedimentos de abandono, dispositivos e alarmes e, por fim,
orienta sobre as saídas de emergência (BRASIL, 2011).
Ao analisar as NRs, podemos citar outras normas que vão tratar o controle de incêndios e explosões,
como a NR 20, que se refere à Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis;
a NR 33, sobre Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados, bem como a NR 16, sobre
Atividades e Operações Perigosas.
Também podemos citar a Nacional Fire Protection Association (NFPA), que possui normas utilizadas
por vários países em todo o mundo, além do Brasil.
Mas vamos aprofundar um pouco mais nosso conhecimento sobre incêndios, explicando as suas
fases. Segundo Berto (1991) e Seito et al. (2008), temos três fases características:
• Fase de extinção: após terem sido consumidos em torno de 80% dos materiais combustíveis.
consumidos
Temperatura
ambiente inicial
Inflamação
generalizada
Tempo
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SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE
Da mesma forma, as medidas de segurança contra incêndios nas edificações são classificadas de
formas diferentes:
• medidas de proteção.
Essas medidas devem atuar em conjunto para que os riscos de incêndio permaneçam em níveis
aceitáveis, pois as duas se complementam. As medidas de prevenção visam evitar o início do incêndio,
ou seja, controlam esse risco, já as medidas de proteção estão voltadas a proteger a vida humana e os
bens materiais contra os efeitos nefastos do incêndio que já ocorre.
Conforme Berto (1991), os elementos que compõem um sistema global de segurança contra incêndio
são oito, apresentados no quadro a seguir.
Quadro 2
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Unidade II
A implantação das medidas de proteção já devem fazer parte do projeto inicial da edificação,
contemplando os aspectos construtivos, além de estarem adequadas à ocupação prevista para essa
edificação. Essas medidas estão separadas em duas categorias: passivas e ativas.
As medidas de proteção passiva visam permitir que todos os ocupantes sejam retirados da
edificação, com segurança, antes que a estrutura perca a sua integridade e possa entrar em colapso.
Suas características são:
Já as medidas de proteção ativas são as que respondem aos estímulos provocados pelo fogo,
automática ou manualmente, como:
Outro ponto importante é a forma como o incêndio se desenvolve e a associação ao sistema global
de segurança contra incêndio, conforme apresentado por Berto (1991) no esquema a seguir.
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SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE
desenvolvimento
do incêndio
Etapas do
Fontes de Foco de incêndio Crescimento do incêndio Propagação do incêndio
ignição
Rapidez,
Subsistemas
Precaução
Precaução Precaução eficiência e
Limitação do Extinção Limitação da Evacuação contra a
contra o contra o segurança nas
crescimento do inicial do propagação do segura do propagação do
início do colapso operações de
incêndio incêndio incêndio edifício incêndio entre
incêndio estrutural combate e
edifícios resgate
• manter o edifício íntegro, sem danos, sem ruína parcial e/ou total;
Para melhor compreensão dos requisitos funcionais que devem ser atendidos em cada etapa de um
incêndio, podemos consultar o quadro representado na figura a seguir elaborado por Berto (1991):
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Unidade II
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SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE
Precaução contra - Resistência ao fogo dos elementos estruturais - Manutenção preventiva e corretiva da
o colapso estrutural - Resistência ao fogo da envoltória do edifício proteção dos elementos estruturais e
de fachada
- Provisão de meios de acesso dos equipamentos de
combate às proximidades do edifício - Manutenção preventiva e corretiva dos
equipamentos de proteção destinados
- Provisão de equipamentos portáteis de combate ao combate
Rapidez, eficiência - Provisão de sistema de hidrantes e mangotinhos - Elaboração de planos de combate ao
e segurança das incêndio
operações de - Provisão de meios de acessos seguros da brigada ao
combate e resgate interior do edifício - Formação e treinamento de brigadas
de incêndio
- Provisão de sistema de controle do movimento
de fumaça - Disposição na entrada do edifício de
informações úteis ao combate
- Provisão de sinalização de emergência
Além dos elementos apresentados até aqui, que vão proporcionar maior segurança na prevenção
de incêndios, a elaboração e um plano de emergência não podem ser descartados. Temos a NBR 15219
(ABNT, 2020), que apresenta as diretrizes de dimensionamento da brigada de incêndio considerando os
recursos humanos e materiais disponíveis e a necessidade de profissionais capacitados para elaborar um
plano de emergência.
Outro ponto que também merece muita atenção é a formação da brigada de incêndio e, para essa
questão, deve-se consultar a NBR 14276 (ABNT, 2006), que apresenta os requisitos a serem observados
na formação de uma brigada de incêndio, bem como a hierarquia que deve compô-la.
• Classe B: materiais líquidos como gasolina, óleo diesel, álcool, óleos comestíveis e óleos lubrificantes.
Esse conhecimento é importante na hora da escolha do agente extintor, pois eles são diferentes para
cada classe de fogo.
Os extintores de água pressurizada são utilizados em incêndios de classe A e nunca devem ser
utilizados em incêndios associados a painéis ou redes elétricas enquanto estiverem energizados, devido
ao risco de eletrocussão.
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Unidade II
Extintores de pó químico seco podem ser utilizados em incêndios das classes A, B e C, dependendo
do tipo de agente inibidor que o pó apresente para a extinção de incêndio. O pó químico à base de
fosfato monoamônico é capaz de combater incêndios das classes A, B e C.
Como exemplo de materiais empregados em combates a incêndios de classe D, podem ser citadas
a areia e a limalha de ferro, sendo fundamental saber quais os meios apropriados de extinção para
determinada substância com propriedade pirofórica.
Há sistemas de extinção fixos à base de dióxido de carbono, misturas gasosas específicas ou ainda de
geração de espuma, este último empregado em combate a incêndios em tanques e reservatórios.
Outro conhecimento necessário para combater um incêndio está relacionado com a química do
fogo. Muitas pessoas já ouviram falar do triângulo do fogo, composto pelo combustível (material que
vai queimar), comburente (oxigênio) e calor (fonte de ignição), porém existe um quarto elemento:
reação em cadeia – a forma na qual a combustão se propaga de uma molécula para outra. É importante
compreender esse quarto elemento, pois uma das formas de bloquear a reação em cadeia é o uso
de pó químico.
Toda vez que desejamos extinguir o fogo, devemos eliminar um dos elementos que permitem a
combustão, dessa forma, cada procedimento tem uma finalidade específica nessa ação, sendo:
• Resfriamento: busca eliminar a fonte de ignição da reação, bem como inibir a liberação de
vapores e gases inflamáveis.
No quadro a seguir, pode-se observar melhor a aplicação de cada agente extintor e a forma como
age sobre os componentes da combustão.
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SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE
Quadro 4
Sistema de expulsão
Agente extintor Princípio de extinção Pressurização Pressurização
Autogeração Autoexpulsão indireta direta
Água Resfriamento X X
Soda-ácido Resfriamento X
Abafamento
Espuma química X
Resfriamento
Carga líquida Resfriamento X
Abafamento
Espuma mecânica X X
Resfriamento
Pó químico B/C Reação química X X
Reação química,
Pó químico A/B/C abafamento (para fogo X X
classe A)
Reação química
Pó químico D Abafamento X
Resfriamento
Abafamento
Gás carbônico (CO2) Resfriamento X X (A)
Reação química
Hidrocarbonetos Abafamento (para fogo X
halogenados classe A)
A – aplicável em ambientes de baixa temperatura
Além disso, a forma de propagação do fogo deve ser considerada no momento do combate.
A condução ocorre quando houver materiais que conduzirão o calor. Se calorias suficientes para outros
pontos forem levadas, poderão iniciar novos focos de incêndio. A convecção se dá onde os gases
aquecidos durante a combustão levam calorias suficientes por onde passam para iniciar a combustão
dos materiais que estão no seu caminho. A irradiação é a energia térmica que se propaga através de
ondas de calor, por exemplo, o calor do sol, que chega até nós pela irradiação.
Como pudemos observar, o assunto de proteção e prevenção de incêndios é amplo e exige profissionais
capacitados para atuar na elaboração dos sistemas de combate, de prevenção, de controle, entre outros
pontos. Não é uma atividade para ser exercida por leigos ou curiosos do assunto.
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Unidade II
Quadro 5
Normas Objetivo
ABNT NBR 5667-1:2006 – Hidrantes Fixa os requisitos mínimos para fabricação, inspeção e recebimento de
urbanos de incêndio de ferro fundido hidrantes de coluna urbanos de incêndio, de ferro fundido dúctil, para serem
dúctil. Parte 1: Hidrantes de coluna empregados em redes de abastecimento público de água
ABNT NBR 5667-2:2006 – Hidrantes Fixa os requisitos mínimos para fabricação, inspeção e recebimento de
urbanos de incêndio de ferro dúctil. hidrantes subterrâneos urbanos de incêndio, de ferro fundido dúctil, para
Parte 2: Hidrantes subterrâneos serem empregados em redes de abastecimento público de água
ABNT NBR 5667-3:2006 – Hidrantes Fixa os requisitos mínimos para fabricação, inspeção e recebimento de
urbanos de incêndio de ferro fundido hidrantes urbanos de incêndio de coluna com obturação própria, de ferro
dúctil. Parte 3: Hidrantes de Coluna fundido dúctil, para serem empregados em redes de abastecimento público
com obturação própria de água
ABNT NBR 6125:1992 – Chuveiro Prescreve método pelo qual devem ser executados os ensaios para chuveiros
automático para extinção de incêndio automáticos para extinção de incêndio
ABNT NBR 6135:1992 – Chuveiro Fixa condições técnicas mínimas a que devem satisfazer os chuveiros
automático para extinção de incêndio automáticos para extinção de incêndio
ABNT NBR 6479:1992 – Portas Prescreve método de ensaiar e avaliar o desempenho quanto à resistência ao
e vedadores – Determinação da fogo de componentes de construção destinados ao fechamento de aberturas
resistência ao fogo em paredes e lajes
ABNT NBR 8222:2005 – Execução
de sistemas de prevenção Fixa os requisitos específicos mínimos exigíveis para o projeto, instalação,
contra explosão de incêndio, por manutenção e ensaios de sistemas fixos automáticos de prevenção contra
impedimento de sobrepressões explosões e incêndios por impedimento de sobrepressões decorrentes de
decorrentes de arcos elétricos arcos elétricos internos em transformadores e reatores de potência
internos em transformadores e
reatores de potência
ABNT NBR 8660:1984 – Revestimento Prescreve método para a determinação da densidade crítica de fluxo de
ao piso – Determinação da densidade energia térmica de revestimentos de piso expostos à energia radiante
crítica de fluxo de energia térmica
ABNT NBR 8674:2005 – Execução
de sistemas fixos automáticos de Fixa os requisitos específicos mínimos exigíveis para o projeto, instalação,
proteção contra incêndio com água manutenção e ensaios de sistemas fixos automáticos de água nebulizada
nebulizada para transformadores e para proteção contra incêndio de transformadores e reatores de potência
reatores de potência
ABNT NBR 9441:1998 – Execução Fixa as condições exigíveis para elaboração de projetos, execução de
de sistemas de detecção e alarme de instalações, operação e manutenção de sistemas de detecção e alarme
incêndio de incêndio
ABNT NBR 9443:2002 – Extintor de Prescreve método de avaliação e determinação do desempenho, durante o
incêndio classe A – Ensaio de fogo em ensaio de fogo em engradado de madeira, do extintor, previsto para o uso no
engradado de madeira combate a fogo classe A
ABNT NBR 9444:2006 – Extintor de Prescreve o método de avaliação e determinação do desempenho, durante
incêndio classe B – Ensaio de fogo em o ensaio de fogo em líquido inflamável, do extintor previsto para o uso no
líquido inflamável combate a fogo classe B
ABNT NBR 9654:1997 - Indicador de Fixa condições exigíveis para indicadores de pressão destinados ao uso em
pressão para extintores de incêndio extintores de incêndio
74
SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE
Normas Objetivo
Fixa os requisitos mínimos para propriedades físico-químicas, bem como
de desempenho, para agentes químicos na forma de pó utilizados para
combate a incêndios nas classes de fogo A, B e C, para os seguintes
ABNT NBR 9695:2006 – Pó para produtos inibidores: bicarbonato de sódio (NaHCO3); bicarbonato de
extinção de incêndio potássio (KHCO3); fosfato monoamônio (NH4H2PO4). Aplica-se ao controle
de fabricação do pó embalado para comercialização e do pó contido em
extintores de incêndio
Prescreve método de ensaio, classifica e gradua quanto à resistência ao
ABNT NBR 10636:1989 – Paredes fogo, as paredes e divisórias sem função estrutural, não tratando, porém, da
divisórias sem função estrutural – toxicidade dos gases emanados pelo corpo de prova durante a realização
Determinação da resistência ao fogo dos ensaios
ABNT NBR 10720:1989 – Prevenção Fixa condições, requisitos gerais e elenco de medidas de prevenção e
e proteção contra incêndio em proteção contra incêndio em instalações aeroportuárias
instalações aeroportuárias
Especifica as características e os ensaios a que devem satisfazer os extintores
ABNT NBR 10721:2006 – Extintores de incêndio com carga de pó para classe de fogo BC e ABC. Aplica-se a
de incêndio com carga de pó extintores portáteis e não portáteis
Estabelece os requisitos mínimos para o projeto e a instalação de sistemas
ABNT NBR 10897:2007 – Proteção de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos, incluindo as
contra incêndio por chuveiro características de suprimento de água, seleção de chuveiros automáticos,
automático conexões, tubos, válvulas e todos os materiais e acessórios envolvidos em
instalações prediais
Fixa as características mínimas exigíveis para funções a que se destina o
ABNT NBR 10898:1999 – Sistema de sistema de iluminação de emergência a ser instalado em edificações, ou em
iluminação de emergência outras áreas fechadas sem iluminação natural
Fixa os requisitos exigíveis para fabricação, instalação, funcionamento e
ABNT NBR 11711:2003 – Portas e manutenção de portas e vedadores corta-fogo, de acionamento manual e
vedadores corta-fogo com núcleo de com sistemas de fechamento automático em caso de incêndio, dos tipos:
madeira para isolamento de riscos em portas e vedadores com dobradiças de eixo vertical; portas e vedadores
ambientes comerciais e industriais de correr; portas e vedadores tipo guilhotina de deslocamento vertical e
horizontal; vedadores com dobradiças de eixo horizontal e vedadores fixos
ABNT NBR 11715:2006 – Extintores Fixa as condições mínimas exigíveis a que devem satisfazer os extintores de
de incêndio com carga d’água incêndio com carga d’água
ABNT NBR 11716:2006 – Extintores Especifica as características e os ensaios a que devem satisfazer os extintores
de incêndio com carga de dióxido de de incêndio com carga de dióxido de carbono. Aplica-se a extintores
carbono (gás carbônico) portáteis e não portáteis
ABNT NBR 11742:2003 – Porta Fixa condições exigíveis de construção, instalação e funcionamento de porta
corta-fogo para saída de emergência corta-fogo do tipo de abrir com eixo vertical, para saída de emergência
ABNT NBR 11751:2006 – Extintores Fixa as condições mínimas exigíveis que devem satisfazer aos extintores de
de incêndio com carga para espuma incêndio com carga para espuma mecânica
mecânica
ABNT NBR 11762:2006 – Extintores Especifica as características e os ensaios a que devem satisfazer os extintores
de incêndio portáteis com carga de de incêndio portáteis com carga de halogenado para classes de fogo BC e ABC
halogenado
ABNT NBR 11785:1997 – Barras Fixa condições exigíveis na fabricação, segurança e funcionamento de barras
antipânico – Requisitos antipânico destinadas a saídas de emergência
ABNT NBR 11836:1992 – Detectores Fixa condições técnicas mínimas, métodos de ensaios e critérios de
automáticos de fumaça para proteção comportamento exigíveis a detectores automáticos de fumaça do tipo pontual
contra incêndio
75
Unidade II
Normas Objetivo
Fixa condições mínimas exigíveis para mangueiras de incêndio nos diâmetros
ABNT NBR 11861:1998 – Mangueira nominais de 40 mm a 65 mm e no comprimento de 15 m. É aplicável a
de incêndio – Requisitos e mangueiras de fibras sintéticas utilizadas em combate a incêndio. É aplicável
métodos de ensaio também para comprimentos superiores ao descrito, no caso de exigência
específica do consumidor
ABNT NBR 12232:2005 – Execução
de sistemas fixos automáticos de Fixa requisitos mínimos exigíveis para o projeto, instalação, manutenção
proteção contra incêndio com gás e ensaios de sistemas fixos automáticos de CO2, pelo método de
carbônico (CO2) em transformadores inundação total, com suprimento de gás em alta pressão, para proteção de
e reatores de potência contendo óleo transformadores e reatores de potência por abafamento
isolante
ABNT NBR 12252:1992 – Tática de Fixa condições exigíveis quanto à atuação dos serviços de salvamento e
salvamento e combate a incêndios contra incêndio de aeroportos, em casos de emergências aeronáuticas
em aeroportos
76
SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE
Normas Objetivo
ABNT NBR 13485:1999 – Fixa as condições mínimas exigíveis para a manutenção de terceiro nível
Manutenção de terceiro nível (vistoria) em extintores de incêndio
(vistoria) em extintores de incêndio
Fixa as condições mínimas exigíveis para dimensionamento, instalação,
ABNT NBR 13714:2000 – Sistemas manutenção, aceitação e manuseio, bem como as características, dos
de hidrantes e de mangotinhos para componentes de sistemas de hidrantes e de mangotinhos para uso exclusivo
combate a incêndio de combate a incêndio
ABNT NBR 13768:1997 – Acessórios Estabelece as condições exigíveis na fabricação, segurança e funcionamento
destinados à porta corta-fogo para de acessórios destinados a portas corta-fogo para saída de emergência
saída de emergência – Requisitos
ABNT NBR 13792:1997 – Proteção Fixa condições mínimas exigíveis para projeto, cálculo, instalação e
contra incêndio, por sistema de manutenção de sistemas de chuveiros automáticos para proteção contra
chuveiros automáticos, para áreas de incêndio de áreas de armazenamento em geral
armazenamento em geral
ABNT NBR 13859:1997 – Proteção Fixa critérios para proteção contra incêndio em subestações elétricas de
contra incêndio em subestações distribuição, nos tipos convencional e de uso múltiplo e compacta abrigada,
elétricas de distribuição subterrânea e de uso múltiplo
ABNT NBR 13860:1997 – Glossário de Define termos que devem ser adotados na normalização de segurança
termos relacionados com a segurança contra incêndio
contra incêndio
Estabelece um sistema para padronização do registro de dados dos trabalhos
operacionais de bombeiros, contendo os dados mínimos necessários para
ABNT NBR 14023:1997 – Registro de o seu processamento apropriado por órgãos competentes, para fins legais
atividades de bombeiros e estatísticos. Aplica-se a todos os órgãos que realizam e registram as
atividades desempenhadas por bombeiros, sejam estes federais, estaduais,
municipais, mistos, privados ou voluntários
Fixa as condições mínimas exigíveis para o projeto, construção e
desempenho de viaturas de combate a incêndio. Aplica-se às viaturas novas
para combate a incêndio urbano com bombeamento e apoio às operações
ABNT NBR 14096:1998 – Viaturas de associadas aos Corpos de Bombeiros públicos e privados. Esta viatura
combate a incêndio consiste em um veículo equipado com bomba de combate a incêndio,
tanque d’água, mangueiras e equipamentos. O veículo ainda pode ser
equipado com uma torre d’água opcional
Estabelece símbolos para serem utilizados nos projetos de proteção contra
incêndio nas áreas de arquitetura, engenharia, construção e áreas correlatas,
para prover detalhes sobre os equipamentos de proteção contra incêndio,
ABNT NBR 14100:1998 – Proteção combate ao fogo e meios de fuga em desenhos para projeto, construção,
contra incêndio – Símbolos gráficos reforma ou certificação (aprovação). Aplica-se a equipamentos portáteis
para projeto de extinção; sistemas fixos de extinção de incêndio; sistemas de hidrante;
outros equipamentos variados de extinção; equipamentos de controle
predial; dispositivos de alarme; sistemas de ventilação; rotas de escape e
zonas de risco de incêndio e explosão
Estabelece os requisitos mínimos para a composição, formação,
implantação e reciclagem de brigadas de incêndio, preparando-as para
ABNT NBR 14276:2006 – Brigada de atuar na prevenção e no combate ao princípio de incêndio, abandono de
incêndio – Requisitos área e primeiros-socorros, visando, em caso de sinistro, proteger a vida e
o patrimônio, reduzir as consequências sociais do sinistro e os danos ao
meio ambiente
77
Unidade II
Normas Objetivo
ABNT NBR 14277:2005 – Instalações Estabelece as condições mínimas para a padronização dos campos para
e equipamentos para treinamento de treinamentos de combate a incêndio. É aplicável no treinamento de brigadas de
combate a incêndio – Requisitos incêndio, de bombeiros e outros profissionais inerentes à área de incêndio
ABNT NBR 14349:1999 – União para Fixa os requisitos mínimos exigíveis e estabelece os métodos de ensaio para
mangueira de incêndio – Requisitos e uniões tipo engate rápido de empatação interna, nos diâmetros nominais de
métodos de ensaio 40 mm e 65 mm, utilizadas em mangueira de incêndio
Estabelece as condições a serem atendidas pelos elementos estruturais
e de compartimentação que integram os edifícios para que, em situação
de incêndio, seja evitado o colapso estrutural. Para os elementos de
ABNT NBR 14432:2001 – Exigências compartimentação, devem ser atendidos requisitos de estanqueidade e
de resistência ao fogo de elementos isolamento por um tempo suficiente para possibilitar fuga dos ocupantes
construtivos de edificações da edificação em condições de segurança; segurança das operações de
combate ao incêndio; e minimização de danos a edificações adjacentes e à
infraestrutura pública
Fixa as condições mínimas exigíveis para o projeto, construção e
desempenho de veículos para atendimento a emergências médicas e
resgate, descrevendo veículos que estão autorizados a ostentar o símbolo
“estrela da vida” e a palavra “resgate”, especificações mínimas, parâmetros
para ensaio e critérios essenciais para desempenho, aparência e acessórios,
ABNT NBR 14561:2000 – Veículos visando propiciar um grau de padronização para estes veículos. É objetivo
para atendimento a emergências também tornar estes veículos nacionalmente conhecidos, adequadamente
médicas e resgate construídos, de fácil manutenção e, quando contando com equipe
profissional adequada, funcionando eficientemente no atendimento a
emergências médicas e resgate ou em outros serviços móveis de emergência
médica. Este veículo deverá ser montado em chassi adequado para esta
aplicação. Estes veículos serão de tração traseira ou dianteira (4x2) ou tração
nas quatro rodas (4x4)
Estabelece os requisitos para determinar o número mínimo de bombeiros
ABNT NBR 14608:2007 – Bombeiro profissionais civis em uma planta, bem como sua formação, qualificação,
profissional civil reciclagem e atuação
Estabelece as especificações mínimas, parâmetros para ensaio e critérios
essenciais para projeto, desempenho e aparência, e proporciona um grau
de padronização para os esguichos para combate a incêndio. Aplica-se
ABNT NBR 14870:2002 – Esguichos a esguichos novos, portáteis, de jato regulável, para uso geral, para uso
de jato regulável para combate a marítimo ou indústrias químicas, petroquímicas e de petróleo, ou para uso
incêndio com mangueiras fixas a um sistema de tubulação. A menos que especificado
em contrário, estes requisitos aplicam-se a esguichos básicos; esguichos
de vazão constante; esguichos de vazão ajustável; esguichos de pressão
constante (automático)
Especifica uma metodologia para manter livres da fumaça, através da
ABNT NBR 14880:2002 – Saídas de pressurização, as escadas de segurança que se constituem na porção
emergência em edifícios – Escadas de vertical da rota de fuga dos edifícios, estabelecendo conceitos de
segurança – Controle de fumaça por aplicação, princípios gerais de funcionamento e parâmetros básicos para o
pressurização desenvolvimento do projeto
ABNT NBR 14925:2003 – Unidades Fixa os requisitos exigíveis para unidades envidraçadas resistentes ao fogo,
envidraçadas resistentes ao fogo para que contêm vidro transparente ou translúcido, para uso em edificações
uso em edificações
78
SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE
Normas Objetivo
Especifica os requisitos para salas-cofre e cofres para hardware resistentes
ABNT NBR 15247:2005 – Unidades de a incêndios. Ela inclui um método de ensaio para a determinação da
armazenagem segura – Salas-cofre e capacidade de salas-cofre e cofres para hardware para proteger conteúdos
cofres para hardware – Classificação sensíveis a temperatura e umidade, e os respectivos sistemas de hardware,
e métodos de ensaio de resistência contra os efeitos de um incêndio. Também especifica um método de ensaio
ao fogo para medir a resistência mecânica a impactos (ensaio de impacto) para
salas-cofre do tipo B e cofres para hardware
ABNT NBR 15281:2005 – Porta Fixa os requisitos exigíveis para construção, instalação, funcionamento,
corta-fogo para entrada de unidades desempenho e manutenção de portas corta-fogo com dobradiça de eixo
autônomas e de compartimentos vertical, para entrada de unidades autônomas e de compartimentos
específicos de edificações específicas de edificações
Estabelece os requisitos mínimos exigíveis para líquido gerador de espuma
ABNT NBR 15511:2008 – Líquido (LGE) utilizado no combate a incêndio em combustíveis líquidos, em
gerador de espuma (LGE), de baixa instalações como aeroportos, navios, refinarias, indústrias de petróleo,
expansão, para combate a incêndios petroquímicas, químicas e outras onde haja o manuseio, estocagem ou
em combustíveis líquidos produção de combustíveis líquidos utilizados em suas atividades
ABNT NBR 15661:2008 – Proteção Especifica os requisitos de segurança para prevenção e proteção contra
contra incêndio em túneis incêndio em túneis destinados ao transporte de passageiros e/ou cargas
ABNT ISO/TR 7240-14:2009 –
Sistemas de detecção e alarme de
incêndio – Parte 14: Diretrizes para Tem a intenção de ser utilizado como diretrizes gerais para a preparação
esboçar códigos de prática para de um código de prática para o projeto, instalação e uso de um sistema de
projeto, instalação e uso de sistemas detecção de incêndio e alarme de incêndio
de detecção e alarme de incêndios em
e ao redor de edificações
ABNT NBR 15647:2008 – Tubos e
conexões de poli (cloreto de vinila)
clorado (CPVC) para sistemas de Estabelece os requisitos de desempenho e durabilidade para tubos e
proteção contra incêndio por conexões de poli (cloreto de vinila) clorado (CPVC) para uso em sistemas de
chuveiros automáticos – Requisitos proteção contra incêndio por chuveiros automáticos
e métodos (Origem: PN 00:002.04-
001:2008)
ABNT NBR 15648:2008 – Tubos e Estabelece as exigências e recomendações mínimas para a instalação de
conexões de poli (cloreto de vinila) tubos e conexões de poli (cloreto de vinila) clorado (CPVC) para uso em
clorado (CPVC) para sistemas sistemas de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos,
de proteção contra incêndio em sistemas de tubos molhados, destinados para a aplicação em ocupações
por chuveiros automáticos – de risco leve, com chuveiros automáticos de resposta rápida conforme a
Procedimentos de instalação (Origem: ABNT NBR 10897
PN 00:002.04-002:2008)
79
Unidade II
Resumo
80
SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE
Exercícios
A figura a seguir é um exemplo do mapa de risco nos vários setores de uma empresa.
Mapa de riscos
Risco ergonômico
Risco mecânico
Risco físico Cont. RH Masc. Fem.
Risco químico Cozinha Diretoria
Risco ecológico Telemark.
WC
Recepção
Risco pequeno
TI
Depósito
Risco médio
Produção
CQ Logística
Figura 19
I – O mapa de riscos é uma ferramenta importante para que sejam tomadas medidas de proteção.
81
Unidade II
A) I, II e III.
B) I e II, apenas.
C) I, apenas.
D) II e III, apenas.
E) III, apenas.
Análise da questão
Justificativa: o mapa de risco dos ambientes da organização deve abarcar toda a empresa, ou seja,
todos os setores e todos os departamentos devem ser analisados com base nos riscos físicos, químicos,
biológicos etc.
Pelo mapa apresentado, vemos que os funcionários que atuam no setor de produção estão expostos
a mais variedades de riscos.
Questão 2. A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) de uma escola organizou a Semana
Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Sipat), com a realização de palestras, oficinas e outras
atividades. Entre elas, foram oferecidas consultas com uma nutricionista, que deu orientações sobre a
alimentação dos funcionários com base na sua avaliação corporal.
I – A consulta com a nutricionista não é uma atividade adequada a ser realizada em uma Sipat, uma
vez que a alimentação do funcionário não implica risco de acidente.
82
SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE
III – A educação alimentar só deve ser uma preocupação em casos de obesidade ou de ocorrência
de doenças crônicas, o que torna a consulta uma atividade de interesse restrito, que contempla apenas
uma parcela dos funcionários.
A) I e IV.
B) II e IV.
C) III e IV.
D) II e III.
E) I e III.
Análise da questão
Justificativa: a incorreta alimentação dos funcionários da escola pode ter como consequência riscos de
acidentes em virtude dos problemas físicos e de bem-estar que ela pode causar.
Os temas abordados nas atividades feitas na Sipat, realizada anualmente tanto na escola em
análise quanto em qualquer empresa, também englobam a promoção do bem-estar e da qualidade
de vida dos funcionários.
83