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ESCOLA VITÓRIA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO

DAVI, DOMINGOS BRUNO, EDILENE, EMILLY BEATRIZ, GIOVANNA,


JOSEVANIA, LETÍCIA, LUCIENE, MARIA VITORIA, NÁTALE, TAYZZA

PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

Uberaba - MG
2023
Sumário
1. INTRODUÇÃO3

2. DESENVOLVIMENTO4
3. MUDANÇA DE PPRA PARA PGR 6
3.1 Análise de Acidente de trabalho – (AAT)8
3.2 Plano de Ação de Emergência (PAE)8
4. BENEFÍCIOS 8
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 10
6. REFERÊNCIAS11

1. Introdução

Nos últimos anos, questões relacionadas à saúde e segurança do trabalho


vem sendo abordada de forma gradativa no mundo. De acordo com a OIT, o Brasil
ocupa o quarto lugar no ranking mundial de mortes causadas por acidentes de
trabalho, mas antes de entrarmos no cenário atual, vamos voltar exatamente no ano
de 1944.
Com o intuito de tornar o ambiente de trabalho um espaço seguro para os
colaboradores, o Ministério do Trabalho instituiu em 1994, uma lei que obriga a
criação de mecanismos para proteger os trabalhadores de riscos de acidentes
ambientais. Surge assim, o PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais,
um programa que tem por base a NR 9.
O objetivo geral deste presente trabalho, é elaborar uma pesquisa onde
possamos ter uma visão clara e ampla a respeito de um documento tão primordial
que é a base para bons resultados quando se trata da saúde e segurança dos
trabalhadores
A Norma Regulamentadora 09 passou por 11 alterações ao longo do tempo e
sua nova alteração aconteceu através das publicações no Diário Oficial da União
(DOU) em 13 de março de 2020, com a proposta de novas condições de avaliação
do ambiente de trabalho. Além disso, passou a considerar outras formas de
insalubridade que podem estar comprometendo a saúde e o bem-estar dos
colaboradores.
Esta alteração visa garantir a saúde do colaborador faz com que, não só
tenha a preservação da vida, mas vendo também pelo lado econômico, evita que
haja gastos com indenizações ou auxílios acidentes, que saem tanto dos cofres
públicos, quanto da parte empregadora. Tendo em vista que é mais rentável,
garantir a saúde do colaborador, do que lidar com a sua perda ou invalidez, seja por
um período limitado ou não, o investimento em um ambiente menos propicio a
perigos é a melhor saída.

2. Desenvolvimento

O programa de prevenção de riscos ambientais – PPRA, tem como


objetivo estabelecer medidas para eliminar, reduzir e controlar os riscos existentes
em prol da integridade física e mental do colaborador. A NR 9 determina a
obrigatoriedade da elaboração e implementação do PPRA em todas as instituições
que admita empregadores como empregados e visa fazer exatamente o que diz na
imagem abaixo: antecipar, reconhecer, avaliar e controlar todos os riscos do
ambiente de trabalho.
De acordo com o PPRA, De acordo com a NR 9, são considerados riscos
ambientais:

● Agentes químicos, como gases e poeira de diversos tipos;

● Agentes físicos, como radiações ionizantes e não ionizantes,

ultrassom e infrassom, altas ou baixas temperaturas, ruído sonoro,


vibrações e pressão atmosférica anormal;

● Agentes biológicos, como vírus e bactérias, fungos, bacilos, parasitas,

dentre outros.
O MTE estabeleceu exigências mínimas para que o empregador elabore o
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. De acordo com a NR 9, os
profissionais devem seguir uma estrutura para elaborar o PPRA. Essa estrutura
deverá conter:
● Planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e

cronograma;

● Estratégia e metodologia de ação;

● Forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;

● Periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.

O PPRA, é um documento obrigatório, não tem como fugir. E se pensar


nisso, está sujeito à multa. A empresa que não elabora o PPRA estará sujeita no
mínimo a multa administrativa variável entre R$2.396,52 a R$6.708,08. A ser
aplicada pela auditoria fiscal do ministério do trabalho e emprego, além de outras
sanções legais a serem aplicadas. A emissão do documento é feita pelo Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, o SESMT
e caso sua empresa não tenha um, é permitida a contratação de um profissional
habilitado.
Pelo menos uma vez ao ano é necessário que seja feita uma análise geral
para avaliar o seu desenvolvimento e realizar alterações necessárias para
estabelecer novas metas e prioridades da empresa.
No documento, são informados os possíveis riscos que podem alterar a
integridade física do colaborador, sendo assim, quanto antes o risco for antecipado
menos danos serão sofridos como acidentes de trabalho e doenças ocupacionais
Para uma boa elaboração do PPRA, terá que seguir a seguinte orientação:

“9.3.1 A identificação das exposições ocupacionais aos


agentes físicos, químicos e biológicos deverá considerar:
a) descrição das atividades;
b) identificação do agente e formas de exposição;
c) possíveis lesões ou agravos à saúde relacionados às
exposições identificadas;
d) fatores determinantes da exposição;
e) medidas de prevenção já existentes; e
f) identificação dos grupos de trabalhadores expostos. “
3. Mudança de PPRA para PGR

A mudança foi anunciada com a publicação das novas normas NR-01


e NR-09, em versão atualizada em março de 2020 e passou a ser válida dia 3 de
janeiro de 2022, onde foi alterado o escopo da NR 01 e foi ampliado, passando a
tratar das disposições gerais e do Gerenciamento de Risco Ocupacional.
Automaticamente, a NR 09 perde o status de PPRA e muda para o PGR –
Programa de Gerenciamento de Riscos. A partir desta mudança, o PGR passa ter
uma abordagem mais técnica, sendo responsável por definir as metodologias
aplicadas à avaliação da exposição aos agentes ambientais, ou seja, dedicados a
méritos da higiene ocupacional fazendo que alcance todos os riscos ocupacionais se
estendendo até os riscos ergonômicos e de acidentes.
Vale lembrar que: O PPRA deixará de existir, mas a NR 09 não será extinta!
Ela seguirá fornecendo informações relacionadas a Higiene Organizacional sobre
qual forma será feita a identificação dos agentes, quais são os métodos a serem
utilizados nas avaliações. Também é importante lembrar que desde agosto de 2021
o PGR substituiu o Programa de Prevenção de Risco Ambientais (PPRA),portanto,
todos os PPRA’s em andamento perderão sua validade devendo ser promovido a
migração para o PGR.
A nova NR 01 trouxe um novo capítulo com uma abordagem mais
sistemática e com o intuito de integrar todos os riscos ocupacionais. Além disso,
criou o PGR que é a materialização do processo de Gerenciamento de Riscos
Ocupacionais – GRO, através de ações multidisciplinares e sistematizadas devendo
ser composto, no mínimo, por dois documentos:
a) Inventário de Riscos Ocupacionais, que compreende as etapas de
Identificação de Perigos e Avaliação de Riscos, de modo a estabelecer a
necessidade de medidas de prevenção;
b) Plano de Ação, onde se estabelecem as medidas de prevenção a serem
introduzidas, aprimoradas ou mantidas, de modo a eliminar, reduzir ou controlar os
riscos ocupacionais.
Para entendermos de uma melhor forma a ligação entre o PGR e o GRO,
vamos nos atentar a base legal. Vejamos o item da NR 01, onde diz que as
empresas devem gerenciar os riscos ocupacionais sobre sua responsabilidade:

“A organização deve implementar, por estabelecimento, o gerenciamento de


riscos ocupacionais em suas atividades.” (NR-01 item 1.5.3.1.)

Ou seja, a Gestão de Riscos Ocupacionais é o pontapé inicial do processo


de adoção de medidas para identificar, avaliar e prevenir acidentes e doenças
relacionadas aos agentes presentes no ambiente laboral ou até nas atividades
executadas neste mesmo ambiente.
Este gerenciamento segue a abordagem adotada pelo PDCA (Plan-Do-
Check-Act), que traduzindo para português, significa: planejar, executar, verificar e
agir que funciona da seguinte forma:

Além do Programa de Gerenciamento de Risco, a NR 01 apresenta:


3.1 Análise de Acidente de trabalho – (AAT)

O GRO prevê a obrigatoriedade de conduzir investigações relacionadas a acidentes


e doenças relacionadas a trabalho com o objetivo de identificar quais os fatores que
estão relacionados aos eventos, para que as medidas de prevenção existentes
possam ser revisadas ou, se necessário, que sejam introduzidos novos controles.
Desta forma, podem identificar a necessidade de melhorias de várias formas, como
por exemplo:

● Treinamentos;

● Aplicação de regras de limpeza e organização;

● Aquisição de equipamentos para tornar o trabalho mais seguro;

● Mudança de procedimento de trabalho.

3.2 Plano de Ação de Emergência (PAE)

A empresa deverá estabelecer, implementar e manter procedimentos de respostas


em situações de emergência, de acordo com os riscos, as características e as
circunstâncias das atividades. Ou seja, para cada cenário de emergência existente
na organização, como explosão, vazamentos, acidentes maiores, deve ser
elaborado o procedimento de resposta: primeiros socorros, encaminhamento de
acidentados, combate ao incêndio, isolamento, evacuação de área, e etc.
4. BENEFÍCIOS

É importante destacar que esta alteração será benéfica para todos os segmentos da
economia, pois farão seus planos de acordo com as diretrizes estabelecidas na NR
1, independentemente da área com a qual a empresa trabalha. Isso acaba com a
duplicação de planos de prevenção, diminui a burocracia e deixa mais claras as
regras que devem ser seguidas.
Além da redução de custos, o PGR não precisará ser renovado todos os anos, como
ocorre no antigo PPRA. Caso haja alguma mudança no ambiente de trabalho, será
necessário refazer o plano a qualquer momento e se não ocorrer mudanças, a
avaliação de riscos deverá ser revista: a cada dois ou três anos para empresas que
tenham certificações em sistema de gestão de Segurança e Saúde no Trabalho, um
incentivo para quem adota boas práticas.
5. Considerações Finais

O objetivo geral deste trabalho foi desenvolver uma pesquisa ampla a


respeito da antiga Norma Regulamentadora 09, que passou por grandes mudanças
ao longo dos anos em prol da saúde e segurança dos trabalhadores brasileiros.
Infelizmente o país está um tanto longe de reduzir os índices de acidentes causados
pelo trabalho, devido grande maioria ser sofrido por pessoas que não trabalham
dentro dos padrões legais. É de suma, importância que as fiscalizações sejam feitas
de forma mais rigorosa para que assim todos possam trabalhar em um salubre.
Nós, como futuros técnicos de segurança do trabalho, devemos nos atentar
a pequenos detalhes como este para que possamos colocar em prática tudo de
forma correta e dentro dos parâmetros legais.
6. Considerações Finais

Nota Técnica SEI nº51363/2021/ME. Disponível em:


https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/
secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/canpat-2/canpat-
2021/sei_me-19774091-nota-tecnica.pdf

NR-09 - AVALIAÇÃO E CONTROLE DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS


A AGENTES FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS. Disponível em:
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-
social/conselhos-e-orgaos-colegiados/ctpp/arquivos/normas-regulamentadoras/nr-
09-atualizada-2021-com-anexos-vibra-e-calor.pdf

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Série SmartLab de


Trabalho Decente 2023: Mortalidade no trabalho cresce em 2022 e acidentes
notificados ao SUS batem recorde. Disponível em:
https://www.ilo.org/brasilia/noticias/WCMS_874091/lang--pt/index.htm

MINISTÉRIO DO TRABALHO E PREVIDENCIA. Programa de Gerenciamento de


Riscos – PGR. Disponível em:
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/
secretaria-de-trabalho/inspecao/pgr

SISTEMA ESO. Análise de Acidente de Trabalho - AAT. Disponível em:


https://sistemaeso.com.br/blog/seguranca-no-trabalho/saiba-sobre-a-aat-analise-de-
acidentes-de-trabalho

PORTAL EDUCAÇÃO. Plano de Ação de Emergência – PAE. Disponível em:


http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/43058/plano-de-acao-
deemergencia-pae#ixzz3sKdsTeOb

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