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-Antes da Constituição Federal de 88 = Lei 5107/66 Estabeleceu o FGTS como regime opcional
para os trabalhadores, que poderiam escolher pelo regime de FGTS ou estabilidade decenal.
-Após a Constituição Federal de 88 = Conforme o seu art. 7, inciso III, o FGTS passou a substituir
o regime de estabilidade decenal, sendo agora um regime obrigatório (único) para o trabalhador.
(I) Despedida sem justa causa = É o rompimento do contrato de trabalho por iniciativa do empregador
sem que o trabalhador tenha cometido alguma falta grave, ou dado motivo, ou seja, é uma demissão por
uma causa que não encontra-se tipificada em lei.
-As despedidas sem justa causa resultam ao empregador o pagamento de indenização compensatória.
Respectiva indenização compensatória será calculada no valor de 40% dos valores depositados pelo
empregador no fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS) do empregado. Neste sentido prevê a lei:
Art. 18 da lei 8036/90 - Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do empregador, ficará
este obrigado a depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS os valores relativos aos depósitos
referentes ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior, que ainda não houver sido recolhido, sem
prejuízo das cominações legais. § 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa,
depositará este, na conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do
montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho,
atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros.
(II) Despedida com justa causa = É o rompimento do contrato de trabalho por iniciativa do empregador,
tendo como motivo a falta cometida pelo empregado. Respectivas faltas estão previstas em um rol
taxativo do art 482 da CLT, bastando a sua concretização para a formação da justa causa .
-As despedidas com justa causa não ensejam o pagamento de indenização compensatória.
(III) Despedida por culpa recíproca = É o rompimento do contrato de trabalho caracterizado pela
evidência de atos faltosos de ambos os sujeitos da relação de emprego. Somente o judiciário pode
certificar a existência de culpa recíproca, conforme o art 484 da CLT:
Art. 484 - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o tribunal de
trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade.
Art. 18. § 2º Quando ocorrer despedida por culpa recíproca ou força maior, reconhecida pela Justiça do
Trabalho, o percentual de que trata o § 1º será de 20 (vinte) por cento.
Art. 501 - Entende-se como força maior todo acontecimento inevitável, em relação à vontade do empregador,
e para a realização do qual este não concorreu, direta ou indiretamente.