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MANAUS
2024
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MANAUS
2024
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SUMÁRIO
1. Introdução...........................................................................................4
2. Contextualização do Abono Salarial..................................................5
3. Fundamentação teorica.......................................................................5
3.1 Definição do Abono Salarial ..........................................................5
3.2 Impacto Econômico......................................................................6
3.3 Comparação Internacional............................................................7
3.4 Desafios e Controvérsias..............................................................8
4. Resultados e Discussão...................................................................9
5. Conclusão........................................................................................10
6. Referências..........................................................................................12
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Introdução
Ele é um benefício anual concedido aos trabalhadores do setor privado e público, com
carteira assinada e que tenham registro no PIS há, no mínimo, cinco anos. Seu principal
objetivo é auxiliar trabalhadores que possam estar em situação de vulnerabilidade
social, assegurando o valor de um salário-mínimo.
Fundamentação Teórica
Além de servir como comprovante do número de inscrição no PIS, também serve para o
recebimento dos pagamentos a ele associados. O PIS foi criado pela Lei Complementar
07/70 (para beneficiar os empregados da iniciativa privada), enquanto o PASEP foi
criado pela Lei Complementar 08/70 (para beneficiar os servidores públicos). O
fundo PIS PASEP é administrado pelo Ministério da Fazenda, embora muitos
afirmem que a CAIXA foi o primeiro arrecadador. O fato é inverídico, a CAIXA era fiel
depositária, o governo criou a LEI e cada empresa arrecadava o dinheiro dos
trabalhadores e de si mesma e depositava em conta na CAIXA.
O Fundo de Participação, que na época era gerido pelo Conselho Monetário Nacional,
órgão vinculado ao Ministério da Fazenda que era é continua sendo responsável por
gerir o fundo, fica muito claro no artigo 11 da LEI COMPLEMENTAR Nº 7, DE 7 DE
SETEMBRO DE 1970. Na época o fundo era formado por duas parcelas e não quatro
como se costuma divulgar. Fato claríssimo no Art. 3º - O Fundo de Participação será
constituído por duas parcelas: (transcrito tal qual aqui).
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Mais tarde o PIS passou a ser arrecadado pela Secretaria da Receita Federal e passou
por várias reformas legais: em 1988, por intermédio de Decretos-lei (2.445, de 29-6-88
e 2.449 de 21-07-88) foi eliminado o PIS Repique, mas em compensação passou-se a
incluir no faturamento outras receitas operacionais, procurando tributar as empresas que
possuíam grandes ganhos financeiros em função da hiperinflação brasileira. Essa
mudança acarretou reação dos contribuintes, pois na mesma época havia sido
criado o Finsocial (atual COFINS), que também tinha como base as Receitas. Além
disso, o Decreto-lei não era o instrumento adequado para se legislar sobre tributos.
Houve uma série de ações na Justiça que culminaram com a declaração de
inconstitucionalidade da citada reforma pelo STF - Supremo Tribunal Federal. Após
esse fato, o Governo editou medida provisória (1.676) tentando continuar com a
cobrança sobre as receitas operacionais, o que também gerou protestos, sob a tese de
que medida provisória não poderia alterar a lei complementar de 1970. A medida
provisória foi convertida na Lei n° 9.718 de 27 de novembro de 1998. Muitas empresas
voltaram a recolher o PIS sem faturamento, serviços e o PIS Repique, com base na LC
07/70, via ação judicial, até que fosse aprovada uma lei complementar que resolvesse a
questão, dentro da nova ordem constitucional instaurada em 1988.
II - estejam cadastrados, há pelo menos cinco anos (art. 4°, § 3°, da Lei
Complementar n° 26, de 11 de setembro de 1975) no Fundo de Participação PIS-
Pasep ou no Cadastro Nacional do Trabalhador.
Art. 2° O abono será pago pelo Banco do Brasil S.A. e pela Caixa Econômica
Federal, mediante:
II - saque em espécie; ou
Vale uma comparação do valor do salário mensal apurado nos EUA, conforme o
relatório de emprego de dezembro/12 e no Brasil, conforme o IBGE, em abril/2016. Já
no Brasil, conforme o IBGE, o salário médio na industria foi de R$: 1768,20 em abril
de 2012. Aqui vale uma observação: o salário na indústria é o mais alto dentre todos os
outros setores de atividade elencados na pesquisa. Contudo, apesar dos dos períodos
diferençiados da comparação (dezembro/12 para os EUA e abril/12 para o
Brasil), percebe-se uma diferença gritante entre a remuneração média auferida pelo
trabalhador nos dois países. O salário mensal do norte-americano equivale a 3,78 vezes
o do brasileiro. Conclui-se que para o período de 1 mês (4 semanas) o ganho do
trabalhador norte-americano tenha sido de US$ 3.274,74 em dezembro.
Conforme observado ao longo deste texto, a renda média domiciliar total per capita dos
beneficiários do abono, considerando-se os domicílios que contêm ao menos um
beneficiário, representa um valor em torno de 12% menor que a renda média per capita
do conjunto dos domicílios brasileiros. Ademais, um quarto dos titulares não possuem
sequer ensino fundamental completo e menos de 10% frequentaram o ensino superior.
Seus vínculos empregatícios estão sujeitos a instabilidades intrínsecas ao próprio
mercado de trabalho brasileiro: dois terços estão empregados nos setores de serviços e
comércio, marcados historicamente por altos índices de rotatividade; e cerca de 40%
trabalham em empresas de pequeno porte, com no máximo dezenove empregados. Com
isso, o valor anual médio do benefício é em torno de 0,79 SM, pois boa parte dos
beneficiários (43%) não consegue manter seus vínculos ao longo do ano de referência.
Ressalta-se ainda que o conjunto desses dados se refere a um cenário pré-pandêmico. Os
impactos perversos na dinâmica econômica e social do país com a chegada da pandemia
de covid-19 em 2020 deixam o cenário analítico ainda mais nebuloso e delicado.18
Logo, quaisquer análises sobre sua efetividade ou proposta de alteração de seu
arcabouço normativo, ou até mesmo discussões sobre a extinção do programa,19
precisam estar ancoradas em um conjunto fidedigno de informações que não apenas
abranjam suas relações processuais intrínsecas, mas também levem em conta,
fundamentalmente, toda a heterogeneidade social que caracteriza seu universo de
beneficiários.20 Este atinge diretamente mais de 20 milhões de famílias que estão
longe de ser cidadãos “privilegiados” no mercado de trabalho brasileiro, como alguns
autores que tratam do tema costumam dizer, pois vivem em condições próximas à
pobreza e sujeitas a uma série de instabilidades em suas inserções laborais. Tais
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condições também se diferem de acordo com a própria dinâmica regional do mercado de0
trabalho, fazendo com que o benefício do abono – que possui valor idêntico para todo o
território nacional – tenha peso distinto na composição da renda familiar entre as
regiões brasileiras.
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Ter exercido atividade remunerada para Pessoa Jurídica, durante pelo menos 30 dias,
consecutivos ou não, no ano-base considerado para apuração; - Ter seus dados
informados pelo empregador (Pessoa Jurídica) corretamente na Relação Anual de
Informações Sociais (RAIS)/eSocial.
Impacto Econômico
Os cálculos do Índice de Gini da renda domiciliar per capita (onde se inclui todas as
fontes de renda da PNAD Contínua anual de 2017) mostram que a política de abono
salarial contribui para a redução da desigualdade. Caso não houvesse a política de
abono, o Gini aumentaria de 0,5475 para 0,5497. Ou seja, o abono é uma política
progressiva em termos de distribuição de renda quando medida pelo Gini. Mas a
reforma da previdência propõe manter o benefício para quem ganha até 1 salário
mínimo, o que ameniza efeito concentrador de renda. Ainda assim, ao aplicar as regras
para o abono da PEC 6/2019, o índice de Gini aumenta de 0,5475 para 0,5489. Portanto,
a mudança do abono contribui para o aumento da desigualdade social medida pelo Gini.
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Conclusão
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS