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Regime Próprio

Previdência Social –
RPPS
O Regime de Previdência dos Servidores Públicos, denominado
Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) tem suas políticas
elaboradas e executadas pela Secretaria de Previdência do Ministério
da Fazenda. Neste Regime, é compulsório para o servidor público do
ente federativo que o tenha instituído, com teto e subtetos definidos
pela Emenda Constitucional nº 41/2003. Excluem-se deste grupo os
empregados das empresas públicas, os agentes políticos, servidores
temporários e detentores de cargos de confiança, todos filiados
obrigatórios ao Regime Geral.

É um sistema de previdência, estabelecido no âmbito de cada ente


federativo, que assegure, por lei, a todos os servidores titulares de
cargo efetivo, pelo menos os benefícios de aposentadoria e pensão
por morte previstos no artigo 40 da Constituição Federal. São
intitulados de Regimes Próprios porque cada ente público da
Federação (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) pode ter o
seu, cuja finalidade é organizar a previdência dos servidores públicos
titulares de cargo efetivo, tanto daqueles em atividade, como
daqueles já aposentados e também dos pensionistas, cujos
benefícios estejam sendo pagos pelo ente estatal.
Desta forma, de um lado, temos o Regime Geral de Previdência
Social – RGPS, cuja gestão é efetuada pelo INSS, que vincula
obrigatoriamente todos os trabalhadores do setor privado e também
os servidores públicos não vinculados a regimes próprios de
previdência social e, por outro lado, temos vários regimes próprios de
previdência social cujas gestões são efetuadas, distintamente, pelos
próprios entes públicos instituidores. As normas básicas dos regimes
próprios estão previstas no artigo 40 da Constituição Federal, na Lei
9.717/98 e nas Portarias do Ministério da Previdência Social n°s
402/2008 (diretrizes gerais) e 403 (normas de atuária).

No Brasil, a União tem regime próprio para os seus servidores e os


Estados também. Já em relação aos municípios, existem muitos que
não instituíram regimes próprios. Desta forma, os servidores titulares
de cargos efetivos desses Municípios que não optaram por um
Regime Próprio, são vinculados obrigatórios do Regime Geral de
Previdência Social (INSS).

A Gestora do Regime Próprio de Previdência Social é a entidade ou


órgão integrante da estrutura da administração pública de cada ente
federativo que tenha por finalidade a administração, o gerenciamento
e a operacionalização do regime próprio, incluindo a arrecadação e
gestão de recursos e fundos previdenciários, a concessão, o
pagamento e a manutenção dos benefícios.

Constituem recursos previdenciários do RPPS: as contribuições do


ente federativo, dos segurados ativos, dos segurados inativos e dos
pensionistas; as receitas decorrentes de investimentos e patrimoniais;
os valores recebidos a título de compensação financeira, em razão
do § 9º do art. 201 da Constituição Federal; os valores aportados pelo
ente federativo; as demais dotações previstas no orçamento federal,
estadual, distrital e municipal; e outros bens, direitos e ativos com
finalidade previdenciária.

É comum, quando o tem é Previdência, imaginar que todas as


pessoas têm o mesmo tipo de contribuição ou cobertura. Na prática,
não funciona assim. Determinados setores têm regras previdenciárias
próprias, como é o caso do Judiciário e os militares. Isto torna temas
como a Reforma da Previdência ainda mais complexos. Inclusive por
causa da diferença entre o RPPS e o RGPS.

Os principais benefícios concedidos pelo RPPS são:

1) Aposentadoria por Invalidez

É o Benefício concedido ao servidor titular de cargo efetivo da União,


dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas
autarquias e fundações, que apresentar incapacidade permanente
para o trabalho, conforme definido em laudo médico pericial.

O valor do benefício será proporcional ao tempo de contribuição,


exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou
doença grave, contagiosa ou incurável, hipóteses em que os
proventos serão integrais.

2) Aposentadoria Compulsória
É o Benefício concedido ao servidor titular de cargo efetivo da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas
autarquias e fundações, que completar 70 (setenta) anos de idade.

Os proventos serão proporcionais ao tempo de contribuição.

3) Aposentadoria Voluntária

É o Benefício concedido ao servidor titular de cargo efetivo da União,


dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas
autarquias e fundações, que preencher, cumulativamente aos
requisitos mínimos exigidos de tempo de efetivo exercício no serviço
público, tempo de efetivo exercício no cargo efetivo em que se der a
aposentadoria, idade e tempo de contribuição, que ingressaram no
serviço público a partir de 2004, ou àqueles que não optaram pelas
regras dos arts. 2º e 6º da EC 41/03 ou do art. 3º da EC 47/04.

Há dois tipos: “Aposentadoria voluntária por idade e tempo de


contribuição” e “Por Idade”

3.1) Aposentadoria voluntária por idade

HOMEM / MULHER

65 anos de idade / 60 anos de idade

10 anos de carreira / 10 anos de carreira


05 anos no cargo efetivo que se der aposentadoria / 05 anos no
cargo efetivo que se der aposentadoria

Os proventos serão proporcionais ao tempo de contribuição.

3.2) Aposentadoria voluntária por tempo de contribuição e idade

HOMEM / MULHER

60 anos de idade / 55 anos de idade

35 anos de contribuição / 30 anos de contribuição

10 anos de carreira / 10 anos de carreira

05 anos no cargo efetivo que se der aposentadoria / 05 anos no


cargo efetivo que se der aposentadoria

Os proventos serão calculados considerando a média aritmética


simples das maiores remunerações utilizadas como base para as
contribuições do servidor aos regimes de previdência a que esteve
vinculado, correspondentes a 80% de todo o período contributivo
desde 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior,
respeitando, como teto, a remuneração do servidor no cargo efetivo
do mês em que se der a concessão do benefício.

Tem direito ao salário idêntico a última remuneração da ativa, se


ingressou no serviço público antes de 2003, bem como a paridade de
reajustes com os servidores ativos, quando, além dos requisitos
acima, tiver mais de 20 anos de efetivo exercício no serviço público.

4) Aposentadoria Especial

Embora seja comumente alegado que o servidor público não possui


direito a Aposentadoria Especial, o servidor exposto a agentes
insalubre químicos, físicos ou biológicos de forma habitual, possui
direito sim à Aposentadoria.

Há decisões judiciais favoráveis que concederam a Aposentadoria


Especial aos Servidores Públicos, seguindo a súmula vinculante 33
do STF, aplicando-se ao servidor público, no que couber, as regras
do regime geral da previdência social sobre aposentadoria especial.

Assim, aqueles que trabalharam expostos a agentes nocivos, têm


direito a se aposentarem após 25 anos de atividade especial no
serviço público.

São várias as profissões que estão enquadradas e aptas a pleitear


pelo benefício especial, podemos mencionar a título de exemplo:

 Médicos;

 Dentistas;

 Auxiliares de Enfermagem;

 Engenheiros;
 Guardas Municipais;

 Policiais (civil, militar, federal, rodoviário);

 Operadores de Raio-x e Químicos.

Diferenças entre RPPS e RGPS

As diferenças entre RGPS e RPPS. Em termos bem simples, o


RPPS é um regime de previdência; o RGPS é uma entidade gerida
pelo INSS.

Outra diferença é que o RGPS foi criado para beneficiar os


trabalhadores geridos pela CLT. O RPPS tem aplicação nas leis que
beneficiam servidores públicos.

O valor do benefício mais alto no RGPS é fixado pelo Governo


Federal, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC) acumulado no ano. Enquanto isso, no RPPS, o valor do teto é
a remuneração do chefe do Poder Executivo do entre federativo, seja
municipal, estadual ou federal.

O cálculo dos proventos no RGPS, os benefícios são calculados com


base na média aritmética das remunerações recebidas durante a vida
do trabalhador, mas, no RPPS, o servidor tem direito a
aposentadorias que correspondem ao último salário em seu cargo
efetivo.
Atividade extra

Nome da atividade: texto complementar

Link para atividade: https://www.gov.br/inss/pt-br/saiba-


mais/aposentadorias

Referência Bibliográfica

-ARAÚJO, Luis César G. de. Gestão de Pessoas: estratégias e


integração organizacional. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2006.

-CHIAVENATO, Idalberto. Remuneração, Benefícios e Relações de


Trabalho: como reter talentos na organização. 6ª ed. rev. e atual. São
Paulo: Manole, 2009.

- MARTINHO, Ana Luisa; LOUSÃ, Eva Petiz; SOARES. Rui;


MINEIRINHOS. Viviana.(ORG). Gestão de Desenvolvimento de
Recursos Humanos: Práticas emergentes. Vida Econômica, 2017.

- MARRAS, Jean Pierre. Administração de remuneração. 2 ed. – São


Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012.

- http://www.previdencia.gov.br

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