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PETIÇÃO INICIAL
Livro Eletrônico
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Petição Inicial
Sumário
Maria Rafaela
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Petição Inicial. . .................................................................................................................................. 4
1. Petição Inicial: Como Fazer? O Passo a Passo....................................................................... 4
2. Petição Inicial: Como Já Foi Cobrado na Prova da OAB?...................................................... 6
3. Petição Inicial: Resolução de uma Prova Já Cobrada na Prova da OAB. . .......................... 8
4. Petição Inicial: Peça Inédita e Dicas de Resolução.. ............................................................15
5. Direito Material: a Relação de Emprego e Dicas Doutrinárias Essenciais para
Revisão e para Auxiliar na Resolução de Provas Subjetivas................................................ 23
6. Resolução de Questões da Prova de 2021. . .......................................................................... 36
7. Enunciado das Questões da Prova Prática Processual de 2019...................................... 39
8. Resolução de Questões da Prova de 2022........................................................................... 41
9. Enunciado e Dicas de Resolução das Questões da Prova Prática Processual de
2021.2................................................................................................................................................ 45
10. Enunciado e Dicas de Resolução das Questões da Prova Prática Processual de
2022..................................................................................................................................................46
Resumo............................................................................................................................................. 50
Mapas Mentais............................................................................................................................... 52
Referências...................................................................................................................................... 53
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Petição Inicial
Maria Rafaela
Apresentação
Olá!
Tudo bem contigo? Estudando firme e forte?
Eu vou me apresentar. Meu nome é Maria Rafaela de Castro. Atualmente sou Juíza do Tra-
balho no TRT 7a Região, doutoranda em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito do Porto
em Portugal, professora de preparatórios e faculdades aqui no Ceará, “a Terra do Sol” e faço
parte do Time do GRAN CURSOS.
Registro que estou muito feliz em estar aqui escrevendo esse livro digital para você atingir
o sucesso na carreira que sonha, pois a advocacia é uma belíssima carreira para os fortes.
O mais importante da minha apresentação é para te dizer que eu entendo sua dor e pressa
para ser aprovado na OAB. Também entendo que você quer o máximo de informações de for-
ma objetiva e clara, sem rodeios e que quer gabaritar a prova, bem como entender as nuances
da legislação. Veio ao lugar certo. Isso porque a maioria não tem muito tempo para estudar,
seja porque trabalha, faz estágio, tem aulas na faculdade, aquela preocupação com o TCC etc.
Eu te parabenizo por você estar lendo este material, pois isso significa que você foi aprova-
do na 1ª fase da OAB. Então, você já está com 50% da vitória. Vamos nos dedicar mais um pou-
co com a leitura dos nossos materiais, pois vai dar certo se houve compromisso e empenho.
Eu e toda a equipe do Gran estamos aqui para te dar o máximo de dicas, teorias, exercícios,
respondendo questões de provas anteriores e criando questões inéditas para que você sur-
preenda a Banca examinadora e não, o contrário.
Nesse ponto, esse material vai te ajudar a chegar ao êxito final e já estou feliz e motivada
em elaborar isso para você. Sendo assim, estude a matéria de direito do trabalho num formato
diferente.
E acredite: saber direito do trabalho é imprescindível para a sua aprovação. Não é possível
ir para as provas sem ler esse material. Então, aproveite!
Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Por favor: material
obrigatório! Então, pegue sua xícara de café (ou melhor, uma garrafa térmica gigante), o marca
texto, a caneta e se programe para ler tudo que preparei para você e ficar ligado no curso GRAN.
Por gentileza, se você curtiu essa aula, dê um feedback positivo lá no Fórum do Aluno. Se
tiver críticas construtivas, também use o fórum para melhorarmos o material, ok?
Vamos começar?
Maria Rafaela de Castro
@mrafaela_castro
@juizamariarafaela
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Petição Inicial
Maria Rafaela
PETIÇÃO INICIAL
1. Petição Inicial: Como Fazer? O Passo a Passo
A petição inicial é o instrumento da demanda e é ato inicial do processo. Portanto, precisa
preencher alguns requisitos obrigatoriamente. Na prova da OAB e na sua vida prática, é prefe-
rível apenas citar fontes e dispositivos, sem transcrições desnecessárias.
A redação deve ser mais clara e de fácil acesso. É preciso apontar os fatos realmente im-
portantes com os pedidos correlatos. Como requisitos devemos constar:
1. Endereçamento da petição inicial. A petição inicial deve indicar o juízo, o órgão ao qual
é dirigida no artigo 840 da CLT e artigo 319 do CPC. Aqui também você firma a competência
do juízo. Então o direcionamento, a depender da competência, pode ser direcionado ao juiz de
primeiro grau ou de tribunal. É preciso conhecer a competência originária.
2. Qualificação das partes. Deve indicar os dados pessoais mais importantes. Caso o autor
não dispuser dos dados de qualificação do reu, deve requerer ao juiz as diligências necessárias
a sua obtenção.
3. Exposição dos fatos e formulação de pedidos com os fundamentos jurídicos. É essen-
cial que apresente os fatos que embasam o pedido. O pedido deve ser formulado com as suas
especificações, nos termos do artigo 840 da CLT e artigo 319 do CPC.
4. Assinatura. Não pode constar a sua assinatura, sob pena de zerar a prova. Você deve
constar apenas o nome ADVOGADO.
O PULO DO GATO
Não assine na prova! Não ponha seu nome em nenhum lugar da prova! O caderno de textos de-
finitivos da prova prático-profissional não poderá ser assinado, rubricado e/ou conter qualquer
palavra e/ou marca que o identifique em outro local que não o apropriado (capa do caderno),
sob pena de ser anulado. Assim, a detecção de qualquer marca identificadora no espaço des-
tinado à transcrição dos textos definitivos acarretará a anulação da prova prático-profissional
e a eliminação do examinando. Ao texto que contenha outra assinatura, será atribuída nota 0
(zero), por se tratar de identificação do examinando em local indevido.
Na peça processual, não assine a prova. O que fazer? Quando da realização das provas prá-
tico-profissionais, caso a peça profissional e/ou as respostas das questões discursivas exijam
assinatura, o examinando deverá utilizar apenas a palavra “ADVOGADO...”.
5. Valor da causa. Aqui observar sobre a liquidação dos pedidos. Isso porque o valor da cau-
sa corresponde ao benefício econômico que o autor pretende obter. Em caso de vários pedidos
como é a regra trabalhista, deve-se somar todos os valores para fixação do valor da causa.
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Petição Inicial
Maria Rafaela
6. Requerimentos de provas e citação. O artigo 319 do CPC determina que a inicial deve
constar a indicação das provas para demonstrar a verdade dos fatos. No entanto, a CLT dispen-
sa esse requerimento.
7. Documentos indispensáveis à propositura: normas coletivas por exemplo. Isso está pre-
visto no artigo 787 da CLT e artigos 320 e 321 do CPC. A petição inicial deve ser acompanhada
dos documentos em que se fundar.
8. Tutela provisória. Se houver urgência no pedido, deve-se abrir um tópico para fins de pe-
dir seja a tutela de urgência ou de evidência, observando no momento da prova a inteligência
do artigo 311 do CPC.
Obs.: Acerca das situações em que, na petição inicial, pode ter pedido de tutela de urgência
ou de evidência, podemos dar como exemplos: liberação do FGTS e seguro desem-
prego; reintegração em caso de garantia provisória de emprego. Também pode ser no
caso de reintegração em caso de dispensa discriminatória. Também pode pedir multa
diária ou astreintes. No pedido de tutela, você deve demonstrar se preenche os requi-
sitos legais. Não pode simplesmente colocar o dispositivo e requerer. Deve ser algo
mais concreto até para o examinador saber que você consegue aplicar a teoria com
a prática.
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Petição Inicial
Maria Rafaela
Documentação essencial
Pedidos
Citação
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Petição Inicial
Maria Rafaela
No caso da prova prática, deverá postular a integração das gorjetas espontaneamente con-
cedidas pelos clientes à remuneração, na forma do Art. 457 da CLT e Súmula 354 TST. Veja que
aqui basta narrar na prova o correspondente legal e sumulado do TST. Não há necessidade de
transcrição. Entre os pedidos, deverá requerer a retificação de sua carteira profissional para
que conste a média das gorjetas recebidas, conforme prevê o Art. 29, § 1º, da CLT. Deverá re-
querer a devolução do desconto de contribuição sindical efetuado no mês de março, porque
não autorizado pelo trabalhador, em violação aos artigos 545, 578, 579 e 582, todos da CLT.
Novamente, basta fazer as devidas anotações dos dispositivos da CLT.
Deverá requerer o pagamento de horas extras pelo excesso de 8 horas diárias ou 44 horas
semanais previstas no Art. 7º, inciso XIII, da CRFB/88 e no Art. 58 da CLT. Deverá requerer o
pagamento de 20 minutos diários pela pausa alimentar concedida parcialmente, conforme o
Art. 71, § 4º, da CLT. Deverá requerer o pagamento do adicional noturno na jornada realizada a
partir das 22.00h, conforme o Art. 73 da CLT.
Deverá requerer a reintegração no emprego pela estabilidade não observada em razão
do acidente do trabalho, conforme o Art. 118 e o Art. 21, inciso II, alínea a, ambos da Lei n.
8.213/91, e Súmula 378, I e II, do TST. Deverá requerer a tutela de urgência ou evidência ou pro-
visória para a reintegração imediata do trabalhador, na forma do art. 294 ou 300 ou 311 CPC
(tutela provisória).
Deverá requerer o pagamento de indenização pelo gasto com a vacina antirrábica (dano
emergente), conforme o Art. 186, Art. 927 e 949, do CC. Deverá requerer o pagamento de inde-
nização por dano moral pelo acidente do trabalho, conforme os artigos 186 e 927 do CC e os
artigos 223-B, 223-C e 223-G, todos da CLT. Deverá requerer o pagamento do adicional de peri-
culosidade por trabalhar com motocicleta, na forma do Art. 193, § 4º, da CLT. Deverá requerer
o pagamento de honorários advocatícios, conforme Art. 791-A da CLT, principalmente, após
a Reforma Trabalhista, em que você pode pleitear, no caso, o percentual máximo. Formular o
encerramento da peça, reiterando a tutela de urgência ou evidência ou provisória para a rein-
tegração imediata do trabalhador e a procedência dos pedidos, com indicação de data, local,
advogado(a) e OAB. Sem assinar, por favor!
No ano de 2019, no exame XXVII, também foi exigido que o candidato redigisse uma peti-
ção inicial. Deverá ser redigida uma Petição Inicial de Reclamação Trabalhista endereçada ao
juízo do Trabalho de Sete Lagoas/MG. As partes deverão ser qualificadas.
No caso prática, o candidato deveria requerer a anulação da justa causa porque o trabalha-
dor não cometeu nenhuma das irregularidades previstas no Art. 482 da CLT, sendo da empresa
o ônus de comprovar a falta grave praticada pelo empregado, conforme Arts. 818, II, da CLT e
373, II, do CPC e, consequentemente, deve ser postulado o pagamento das verbas resilitórias
típicas: aviso prévio, 13º salário proporcional, férias proporcionais acrescidas de 1/3, formulá-
rios para saque do FGTS e indenização de 40% sobre o FGTS.
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Petição Inicial
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Deverá ser requerido o pagamento de horas extras com adicional de 50% pelo excesso de
jornada, das 20.00 às 5.00 h, conforme os Arts. 7º, inciso XIII, da CRFB/88 e 58 da CLT.
Lembre-se que se houver correspondência da matéria na CF/88, deve constar, necessa-
riamente, o dispositivo constitucional. Deverá ser requerido o pagamento de 40 minutos diá-
rios com adicional de 50% pelo intervalo intrajornada desrespeitado, conforme o Art. 71, §
4º, da CLT.
Deverá ser requerido o pagamento do adicional noturno de 20% sobre a jornada cumprida
a partir das 22.00h, conforme o Art. 73 da CLT. Deverá ser requerida a retificação da CTPS para
constar a verdadeira função exercida, conforme o Art. 29 da CLT e o Precedente Normativo
105 do TST, além da diferença salarial entre as funções de técnico de informática e auxiliar de
serviços gerais, conforme previsto na norma coletiva da categoria.
Deverá ser requerida indenização por dano moral pela anotação de penalidade na CTPS do
autor, conforme o Arts. 29, § 4º, da CLT, 223-C, CLT e 8º da Portaria 41 do Ministério do Trabalho.
Deverá ser requerida a devolução do desconto de FGTS, pois se trata de obrigação do
empregador, conforme os Arts. 15 da Lei n. 8.036/90, 27 Decreto 99684/90 e 7º, inciso III, da
CRFB/88. Deverá ser requerido o pagamento de honorários advocatícios, conforme o Art. 791-
A da CLT. Deverá ser requerida a procedência dos pedidos, a indicação das provas que a parte
pretende produzir e o valor atribuído à causa.
Não assine a prova. Faça o fechamento o mais formal possível.
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Petição Inicial
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com intervalo de 20 minutos para refeição; que 5) Na jornada apontada, verifique se existe
o local de trabalho era de difícil acesso e não supressão do intervalo intrajornada ou
servido por transporte público regular, pelo interjornada ou ambos. Verifica se ultrapassa
que a empresa fornecia o transporte para ir ao as 8 horas diárias e as 44 horas semanais
trabalho e voltar dele, de forma que Nelson para ver se é o caso de pedido de pagamento
demorava uma hora no trajeto de ida e outra de horas extras. Lembre que a Reforma
uma hora no de volta; que realizou exame Trabalhista suprimiu as horas in itinere.
médico na admissão; que Nelson tem uma irmã 6) Veja que provas documentais são
que trabalha na mesma sociedade empresária, mencionadas na abordagem do examinador,
exercendo a função de programadora de principalmente, para fins de fundamentar os
jogos digitais. O trabalhador exibe cópias seus pedidos. No caso da prova, o examinador
dos contracheques, nos quais há, na parte de trouxe os contracheques do obreiro autor
crédito, salário de R$ 1.200,00 e uma cota de e, ainda, da existência de uma convenção
salário-família; já na parte de descontos, há coletiva de trabalho. No caso de negociação
INSS, vale-transporte e FGTS. Nelson ainda coletiva, observe se são normas/regras mais
exibiu sua CTPS, na qual consta admissão favoráveis, aplicando o princípio da aplicação
em 17/12/2017 e saída em 28/04/2018, da norma/condição mais benéfica.
na função de auxiliar de serviços gerais; na 7) Veja se é o caso de discussão de dispensa
parte de anotações gerais, há anotação de por justa causa, na medida em que esse tema
que o empregado foi dispensado por justa é cobrado com certa frequência pela OAB.
causa em razão de conduta inadequada. Observe se essa discussão da dispensa por
Em pesquisa pela Internet, você localiza a justa causa vem acompanhada de pedido de
convenção coletiva da categoria de Nelson, danos morais, como no caso de anotação
com os pisos normativos para todas as funções indevida do motivo da dispensa.
desempenhadas na sociedade empresária Alfa, 8) Atenha-se ao que foi mencionado pelo
dentre elas os seguintes: auxiliar de serviços examinador. Não crie situações que não
gerais: R$ 1.200,00; técnico em informática: existem, pois isso pode te prejudicar.
R$ 1.800,00; programador: R$ 3.500,00; e 9) Veja que o examinador vem colocando
engenheiro de computação: R$ 6.000,00. pontos relacionados com os descontos que
Elabore a peça prático-profissional que melhor são feitos no contracheque do trabalhador.
defenda os interesses de Nelson, sem usar Deverá ser requerida a devolução do
dados ou informações que não estejam no desconto de FGTS, pois se trata de obrigação
enunciado. (Valor: 5,00) do empregador, conforme os Arts. 15 da Lei
n. 8.036/90, 27 Decreto 99684/90 e 7º,
inciso III, da CRFB/88.
10) Deverá ser requerido o pagamento de
honorários advocatícios, conforme o Art. 791-
A da CLT. Deverá ser requerida a procedência
dos pedidos, a indicação das provas que a
parte pretende produzir e o valor atribuído à
causa.
Excelentíssimo (a) Senhor (a) Juiz (a) da _____ Vara do Trabalho de Sete Lagoas/MG (DIRECIO-
NAMENTO DO JUÍZO)
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Ressalte-se que o ônus de comprovar a falta grave praticada pelo empregado, é da empresa,
conforme Arts. 818, II, da CLT e 373, II, do CPC e, consequentemente, deve ser postulado o
pagamento das verbas resilitórias típicas: aviso prévio, 13º salário proporcional, férias pro-
porcionais acrescidas de 1/3, formulários para saque do FGTS e indenização de 40% sobre o
FGTS. Observa-se que o obreiro agiu corretamente em suas atividades e, ainda, o comporta-
mento do empregador feriu a razoabilidade e a proporcionalidade exigidas.
Acerca da jornada do trabalhador no caso em comento, conforme narrado, percebe-se que havia
extrapolamento da jornada constitucionalmente permitida, o que leva ao direito ao recebimento
de horas extras, na medida em que não há nenhum banco de horas ou compensação de jorna-
da. Deverá ser requerido o pagamento de horas extras com adicional de 50% pelo excesso de
jornada, das 20.00 às 5.00 h, conforme os Arts. 7º, inciso XIII, da CRFB/88 e pelo artigo 58 da
CLT. A fundamentação jurídica está atrelada à narrativa fática desenvolvida. Logo, não pode o
empregador enriquecer indevidamente com o labor extraordinário do obreiro. O intrajornada
também foi descumprido, e, portanto, é devido o pagamento de 40 minutos diários com adicio-
nal de 50% pelo intervalo intrajornada desrespeitado, conforme o Art. 71, § 4º, da CLT.
Como a jornada do obreiro extrapolava o previsto na CF/88, ainda se observa que avançava
pela noite, concedendo ao obreiro o adicional noturno, pois a jornada avançava as 22 h. Dever
a ré proceder ao pagamento do adicional noturno de 20% sobre a jornada cumprida a partir das
22.00h, conforme o Art. 73 da CLT.
Pelo princípio da primazia da realidade sobre a forma, e, ainda, pelo princípio da proteção e a
súmula 12 do TST, nota-se que a atividade realmente desempenhada pelo obreiro não corres-
pondia ao que era anotado na CTPS.
E, com isso, deve a ré proceder com a devida retificação da CTPS para constar a verdadeira
função exercida, conforme o Art. 29 da CLT e o Precedente Normativo 105 do TST, além da dife-
rença salarial entre as funções de técnico de informática e auxiliar de serviços gerais, confor-
me previsto na norma coletiva da categoria. Afinal, com a juntada da CCT, nota-se o equívoco
da anotação, prejudicando o trabalhador no que tange à sua função e à sua remuneração.
Como a medida de justa causa aplicada pelo empregador foi indevida, o RH da empresa ainda
cometeu o grave erro de fazer anotações desabonadoras da conduta do obreiro e escrever tex-
tualmente a modalidade de ruptura contratual, o que gera um dano in re ipsa ao obreiro, geran-
do prejuízos de ordem moral e, ainda, um abuso do poder diretivo, ferindo frontalmente a CLT.
Diante desse cenário, reque-se o pagamento de indenização por dano moral pela anotação de
penalidade na CTPS do autor, conforme o Arts. 29, § 4º, da CLT, 223-C, CLT e 8º da Portaria 41
do Ministério do Trabalho.
Além dos sucessivos erros e afrontas à legislação trabalhista, a parte ré ainda fez descontos
indevidos no salário do obreiro, conforme se observa claramente na prova documentação em
anexo com essa petição inicial relacionada aos contracheques. Por isso, é justificado o pedido
de devolução do desconto de FGTS, pois se trata de obrigação do empregador, conforme os
Arts. 15 da Lei n. 8.036/90, 27 Decreto 99684/90 e 7º, inciso III, da CRFB/88.
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E, ainda, pelo exercício do direito de ação e diante da Reforma Trabalhista, deve o reclamado
arcar com os créditos trabalhistas e, ainda, honorários advocatícios sucumbenciais, conforme
o Art. 791-A da CLT.
III – DOS PEDIDOS
Diante da argumentação fática e jurídica requer-se ao douto juízo:
Pedidos declaratórios (é importante quando dividimos no raciocínio e também para o examina-
dor entender que temos uma lógica argumentativa e plena da prova e do que foi solicitado por
ele): que seja declarada nula a dispensa por justa causa e a real jornada do trabalhador, bem
como a sua função e salário realmente devidos. Que seja declarada que a dispensa do obreiro
foi sem justa causa, com o direito ao recebimento de todas as verbas rescisórias nesta moda-
lidade. Que seja declarada a situação de pobre na forma da lei, com a concessão das benesses
da gratuidade judicial.
Obrigação de fazer: que seja retificada a data da dispensa, fazendo constar o aviso prévio
indenizado proporcional, com a devida projeção, bem como retificada a função e o salário do
obreiro, conforme o princípio da primazia da realidade sobre a forma. Se não fizer a retifica-
ção no prazo determinado pelo juízo, já requer a aplicação da multa de R$5.000,00 em prol do
trabalhador, sem prejuízo da anotação pela Secretaria da Vara. Requer também a expedição
de alvarás para o obreiro movimentar sua conta vinculada do FGTS e receber o devido seguro
desemprego. (aqui se poderia colocar como pedido de tutela provisória a liberação do FGTS
e do seguro desemprego pela peculiar situação pandêmica em que o mundo está passando,
pelo fato do obreiro estar desempregado, ser arrimo de família etc.)
Obrigação de pagar: que a ré seja condenada a pagar, com juros e correção monetária, as
seguintes obrigações trabalhistas: aviso prévio, 13º salário proporcional, férias proporcionais
acrescidas de 1/3, formulários para saque do FGTS e indenização de 40% sobre o FGTS; paga-
mento de horas extras com adicional de 50% pelo excesso de jornada, das 20.00 às 5.00 h;
pagamento de 40 minutos diários com adicional de 50% pelo intervalo intrajornada desrespei-
tado, conforme o Art. 71, § 4º, da CLT; pagamento do adicional noturno de 20% sobre a jornada
cumprida a partir das 22.00h, conforme o Art. 73 da CLT e planilha em anexo; pagamento da
diferença salarial entre as funções de técnico de informática e auxiliar de serviços gerais, con-
forme previsto na norma coletiva da categoria;indenização por dano moral pela anotação de
penalidade na CTPS do autor no importe de R$10.000,00 (dez mil reais); devolução do descon-
to de FGTS, pois se trata de obrigação do empregador, conforme os Arts. 15 da Lei n. 8.036/90,
27 Decreto 99684/90 e 7º, inciso III, da CRFB/88; pagamento de honorários advocatícios, con-
forme o Art. 791-A da CLT. (colocar todos os pedidos condenatórios, não precisando colocar a
liquidação exata de todos os valores correspondentes).
Requer a citação da ré para responder no prazo legal e, na sua inércia, já requer a declaração
dos efeitos da revelia e da confissão ficta. Requer a realização de audiência, ocasião em que
produzirá todos os meios de provas orais, comprometendo-se a trazer as testemunhas inde-
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Para ficar mais fácil ainda de fixar vamos criar um mapa mental sobre o que não se
pode esquecer:
capricho nas provas que o examinador já
te proporciona no enunciado da questão
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Rui foi contratado pela empresa SO MEDICOS 1) Nesse caso, a questão trata de uma
e teve seu contrato de trabalho devidamente rescisão indireta do contrato de trabalho.
assinado na data correta antes da pandemia, Deve-se desenvolver a situação de que
na data de 01.01.2019, porém com o salário o empregador descumpriu regras básicas
a menor do que consta no acordo coletivo de trabalhistas como entregar EPI adequado
trabalho que ele levou ao seu escritório, junto para o desenvolvimento das atividades,
com todos os contracheques do pacto laboral. principalmente, sendo atividade de risco do
Como enfermeiro na época de COVID 19, trabalhador que é um enfermeiro num hospital
Rui precisou trabalhar em plantões seguidos privado atendendo pacientes com COVID 19.
sendo que não foi concedido intervalo para E, com isso, deve-se pleitear todos os direitos
suas refeições e descansos e nem obedecida a trabalhistas nesta modalidade, inclusive,
jornada 12 x 36. Apesar da situação pandêmica, aviso prévio indenizado, proporcional, com
o hospital não teve o cuidado de estabelecer um a devida projeção na CTPS do trabalhador
banco de horas ou de compensação de jornada. e anotação de baixa, com as liberações do
Além disso, Rui batia o ponto manualmente FGTS e do seguro desemprego.
em jornada britânica. Rui só tinha 10 min de 2) Também deve ser abordado que o salário
intrajornada e laborava, na prática, 24 horas do obreiro Rui está sendo pago de forma
folgando 24 horas. O ponto clímax foi quando o irregular, o que lhe assiste o direito de
hospital se recusou a trocar as máscaras N95 e pagamento de diferenças salariais e ainda
oferecer luvas adequadas. Temendo pela própria anotação na CTPS mediante retificação.
vida e contaminação de COVID 19 sendo que Observe que há prova documental referente
sua mãe de 85 anos morava com ele, deixou de ao ACT, aplicando-se o princípio da aplicação
trabalhar na data de 01.02.2021, procurando um da condição mais benéfica.
advogado para ver seus direitos.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Petição Inicial
Maria Rafaela
Excelentíssimo (a) Senhor (a) Juiz (a) da _____ Vara do Trabalho de Barreirinhas/Maranhão
(DIRECIONAMENTO DO JUÍZO)
Rui da Silva, brasileiro, casado, desempregado, CPF X, Rg Y, domiciliado e residente no seguinte
endereço (…), com procuração anexada aos autos, interpõe RECLAMAÇÃO TRABALHISTA em
face da ré SÓ MÉDICOS, pessoa jurídica de direito privado, com CNPJ ABC, cuja sede está loca-
lizada no endereço (….) em Barreirinhas/MA. (QUALIFICAÇÃO DAS PARTES)
I – SINOPSE FÁTICA
O reclamante foi empregado da sociedade empresária SÓ MÉDICOS, no período de 01/01/2019
a 01/02/2021, tendo exercido, na prática, a função de enfermeiro. Na data de 01/02/2021, o
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Petição Inicial
Maria Rafaela
reclamante teve seu último dia de trabalho, não conseguindo mais desempenhar suas ativi-
dades, haja vista a recusa do empregador em fornecer EPI para o labor, observando-se que a
atividade do reclamante se insere em alto risco, trabalhando em hospital que atende pacientes
com COVID 19.
Diante da recusa da ré em oferecer condições mínimas de trabalho, como máscaras N 95 e
luvas, o autor não mais retornou às suas atividades, com medo de adoecer, haja vista que sua
mãe de 85 anos mora com ele e esse fato era de conhecimento do empregador.
O término da relação foi a rescisão indireta, nada recebendo em relação às verbas rescisórias
até o presente momento, e, com isso, encontra-se desempregado.
Além rescisão indireta mediante o descumprimento reiterado do empregador em atender os
diversos comandos legais e constitucionais, verifica-se na CTPS do trabalhador que não foi
anotada a devida baixa.
A empresa ré cometia irregularidades quando do pagamento dos valores, principalmente,
porque, nos termos dos contracheques anexados com a petição inicial, o hospital descumpria
as regras impostas no acordo coletivo quanto ao valor do salário do enfermeiro e, ainda, des-
caracterizou a jornada de 12x36, quando, na verdade, o obreiro fazia jornada de 24x24, diverso
do que consta na CTPS e, com isso, a ré não fazia os devidos pagamentos das horas extras
trabalhadas.
O reclamante trabalhava com intervalo de 10 minutos para refeição, em contrariedade com
a legislação em vigente, verificando-se que além de extrapolar o regime do pacto de 12 x 36,
ainda, não se concedia sequer o intervalo de 1 hora, sobrecarregando o reclamante em jornada
extenuante, ocasionando-lhe um cansaço contínuo, acarretando diversos prejuízos nas varia-
das esferas de sua vida.
Além da anotação indevida do salário do reclamante, o empregador não anotou corretamente
o salário do autor, na medida em que há acordo coletivo de trabalho categoria, com os pisos
normativos para todas as funções desempenhadas no hospital. Com isso, em afronta ao prin-
cípio da primazia da realidade sobre a forma, as irregularidades devem ser supridas por preju-
diciais ao trabalhador, importando enriquecimento indevido do empregador.
II – FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Primeiramente, destaca-se o abuso do poder diretivo do empregador que incorreu em erro
grave no descumprimento de fornecimento de EPI para que o autor pudesse desempenhar
suas funções, recaindo clara situação de rescisão indireta, com a justificada resistência do
autor em permanecer nessa situação empregatícia abusiva.
Nesse azo, atrai-se a aplicação da rescisão indireta, pois, além de não fornecer condições
de trabalho, o réu cometeu diversas irregularidades como pagamento a menor de salários e,
sobretudo, descumprindo a jornada inicial pactuada de 12 x 36.
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Petição Inicial
Maria Rafaela
Além dos prejuízos financeiros, ainda se constata prejuízos morais, o que leva à compreensão
de clara situação de rescisão indireta, proporcionando ao obreiro o pagamento das verbas refe-
rentes ao aviso prévio indenizado, com a devida projeção na baixa da CTPS, a multa de 40% do
FGTS e liberação do seguro desemprego.
Ressalte-se que o ônus de comprovar a falta grave praticada pelo empregado, é da empresa,
conforme Arts. 818, II, da CLT e 373, II, do CPC e, consequentemente, deve ser postulado o
pagamento das verbas resilitórias típicas: aviso prévio, 13º salário proporcional, férias pro-
porcionais acrescidas de 1/3, formulários para saque do FGTS e indenização de 40% sobre o
FGTS. Observa-se que o obreiro agiu corretamente em suas atividades e, ainda, o comporta-
mento do empregador feriu a razoabilidade e a proporcionalidade exigidas.
Acerca da jornada do trabalhador no caso em comento, conforme narrado, percebe-se que
havia extrapolamento da jornada constitucionalmente permitida, o que leva ao direito ao rece-
bimento de horas extras, na medida em que não há nenhum banco de horas ou compensação
de jornada.
No caso em comento, apesar da situação pandêmica que admite certa flexibilização da jor-
nada, nota-se que a ré não cumpria uma jornada que ela mesma pactuou como 12 x 36, e não
concedia intervalo para o trabalhador fazer suas refeições, salvo 10 minutos.
Na realidade, o obreiro laborava em jornada 24 x 24, diverso do pactuado e não consta em
nenhum momento banco de horas ou compensação de jornada, sendo a anotação do horário
realizado de forma manual, sendo todos britânicos, invertendo o ônus da prova mais uma vez
em desfavor do Hospital demandado. E, portanto, aplica-se o teor da Súmula 338 do TST.
Deverá ser requerido o pagamento de horas extras com adicional de 50% pelo excesso de jor-
nada, e, ainda, deve ser considerado o abuso do poder diretivo, ocasionando um dano excessi-
vo ao obreiro, o que fundamenta o pedido de dano existencial pelo excesso de jornada 24 x 24,
destacadamente, em situação de stress ocasionado pela pandemia.
Sugere-se o pagamento de indenização pelo dano existencial o importe de dez mil reais. A
submissão habitual do empregado à jornada excessiva, por si só, caracterizava o dano existen-
cial, “que dispensa comprovação da existência e da extensão, sendo presumível em razão do
fato danoso. A fundamentação jurídica está atrelada à narrativa fática desenvolvida. Logo, não
pode o empregador enriquecer indevidamente com o labor extraordinário do obreiro, seja pela
supressão do intrajornada, seja pela descaracterização da jornada que fixou anteriormente e,
sobretudo, pelo cansaço ao obreiro sem precedentes, gerando diversos transtornos psicológi-
cos e em sua vida pessoal.
O intrajornada também foi descumprido, e, portanto, é devido o pagamento de 40 minutos diá-
rios com adicional de 50% pelo intervalo intrajornada desrespeitado, conforme o Art. 71, § 4º,
da CLT.
Nos termos do Acordo Coletivo do Trabalho juntado em anexo, nota-se que os pagamentos
salariais do obreiro eram inferiores ao piso fixado à função de enfermeiro. E, com isso, deve a
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Maria Rafaela
ré proceder com a devida retificação da CTPS para constar o verdadeiro salário, conforme o
Art. 29 da CLT e o Precedente Normativo 105 do TST, além da diferença salarial da função de
enfermeiro, conforme previsto na norma coletiva da categoria – o acordo coletivo de trabalho.
Como o reclamante foi submetido a risco de sua própria vida e integridade, além de colocar
em risco de morte sua mãe de 85 anos que mora com ele, verifica-se o comportamento ina-
propriado e injusto do empregador em não fornecer sequer o EPI ao obreiro, gerando um risco
de morte de uma doença nefasta como a COVID 19. Diante desse cenário, reque-se o paga-
mento de indenização por dano moral nos termos do artigo 223-C, CLT, sugerindo-se o valor de
R$10.000,00.
E, ainda, pelo exercício do direito de ação e diante da Reforma Trabalhista, deve o reclamado
arcar com os créditos trabalhistas e, ainda, honorários advocatícios sucumbenciais, conforme
o Art. 791-A da CLT.
O reclamante está desempregado e é arrimo de família, razão pela qual requer que seja deferi-
da a gratuidade judicial.
III – DOS PEDIDOS
Diante da argumentação fática e jurídica requer-se ao douto juízo:
Pedidos declaratórios (é importante quando dividimos no raciocínio e também para o exami-
nador entender que temos uma lógica argumentativa e plena da prova e do que foi solicitado
por ele): que seja declarada a rescisão indireta no caso concreto e a real jornada do trabalha-
dor, bem como o salário realmente devidos. Que seja declarada que a dispensa do obreiro foi
mediante rescisão indireta, com o direito ao recebimento de todas as verbas rescisórias nesta
modalidade. Que seja declarada a situação de pobre na forma da lei, com a concessão das
benesses da gratuidade judicial.
Obrigação de fazer: que seja anotada a data da dispensa, fazendo constar o aviso prévio inde-
nizado proporcional, com a devida projeção, bem como retificado o salário do obreiro, confor-
me o princípio da primazia da realidade sobre a forma. Se não fizer a retificação no prazo deter-
minado pelo juízo, já requer a aplicação da multa de R$5.000,00 em prol do trabalhador, sem
prejuízo da anotação pela Secretaria da Vara. Requer também a expedição de alvarás para o
obreiro movimentar sua conta vinculada do FGTS e receber o devido seguro desemprego. (aqui
se poderia colocar como pedido de tutela provisória a liberação do FGTS e do seguro desem-
prego pela peculiar situação pandêmica em que o mundo está passando, pelo fato do obreiro
estar desempregado, ser arrimo de família etc.)
Obrigação de pagar: que a ré seja condenada a pagar, com juros e correção monetária, as
seguintes obrigações trabalhistas: aviso prévio, 13º salário proporcional, férias proporcionais
acrescidas de 1/3, formulários para saque do FGTS e indenização de 40% sobre o FGTS; paga-
mento de horas extras com adicional de 50% pelo excesso de jornada, declarando-se a jornada
do obreiro, desde o começo do pacto laboral, como 24 x 24; pagamento de 50 minutos diários
com adicional de 50% pelo intervalo intrajornada desrespeitado, conforme o Art. 71, § 4º, da
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Maria Rafaela
CLT; pagamento da diferença salarial, conforme previsto na norma coletiva da categoria e refle-
xos em todas as verbas rescisórias;indenização por dano moral pelo dano existencial sofrido
pelo autor no importe de R$10.000,00 (dez mil reais); indenização pela situação de risco que
a empresa colocou o trabalhador com a recusa de EPI no importe de R$10.000,00 (dez mil
reais); pagamento de honorários advocatícios, conforme o Art. 791-A da CLT. (colocar todos os
pedidos condenatórios, não precisando colocar a liquidação exata de todos os valores corres-
pondentes).
Requer a citação da ré para responder no prazo legal e, na sua inércia, já requer a declaração
dos efeitos da revelia e da confissão ficta. Requer a realização de audiência, ocasião em que
produzirá todos os meios de provas orais, comprometendo-se a trazer as testemunhas inde-
pendentemente de intimação. Requer o recebimento da prova documental anexada com a pre-
sente peça e o deferimento de juntada de provas posteriores relacionadas a fatos novos ou
supervenientes.
Requer o deferimento da gratuidade judicial, tendo em vista o salário do obreiro na época em
que laborava e, pela atual conjuntura, encontrar-se desemprego, sem recursos.
Requer a procedência de todos os pedidos (não se diz procedência da ação), com a condena-
ção da ré em pagar tudo que está na planilha do PJE em anexo, além das custas processuais
e honorários advocatícios em 15% sobre o valor da condenação líquida (é sobre a condenação
líquida e, não bruta).
Requer que sejam recolhidos todos os encargos previdenciários e fiscais pelo empregador, ora
ré no processo.
Nestes termos, pede deferimento.
Dá-se à causa, nos termos da planilha, o importe de R$50.000,00 (imprescindível colocar o
valor da causa).
Localidade, data.
ADVOGADO (não coloque seu nome na peça)
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Petição Inicial
Maria Rafaela
O PULO DO GATO
Devemos fazer uma observação relevante. No caso em comento, temos que se exigia 10 obrei-
ros por estabelecimento para fins de ser obrigatório o controle de ponto. Houve mudança na
CLT para 20 obreiros por estabelecimento. Ocorre que a Súmula 338 do TST ainda está com
base na CLT antes da alteração legislativa e, sendo assim, ainda não foi cancelada a Súmula
ou alterada pelo TST, mas na questão de prova, deve ser feita a observação mencionada, des-
tacando-se, no entanto, que há Súmula do TST em sentido diverso da legislação e que ainda é
fomentada na prática trabalhista. Na questão inédita acima, como tratei de jornada britânica,
mencione e revise a seguinte súmula do TST: Nº 338 JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO.
ÔNUS DA PROVA. É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o regis-
tro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada
dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a
qual pode ser elidida por prova em contrário. II -A presunção de veracidade da jornada de tra-
balho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário.
III -Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos
como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser
do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir.
Na questão inédita acima, como tratei de jornada britânica, mencione e revise o conceito de
dano existencial, conforme notícia do TST: em 2020, a Subseção I Especializada em Dissídios
Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho excluiu da condenação imposta à Tropical
Transportes Ipiranga Ltda., de Ourinhos (SP), o pagamento de indenização de R$ 15 mil a um
motorista de caminhão por dano existencial. Por maioria, o colegiado entendeu que o empre-
gado não conseguiu comprovar prejuízo familiar ou social em razão da jornada considerada
extenuante. Processo n. E-RR-402-61.2014.5.15.0030.
O PULO DO GATO
Na questão inédita acima, como tratei de jornada britânica, mencione e revise o conceito
de dano existencial, conforme notícia do TST: em 2020, a Subseção I Especializada em Dis-
sídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho excluiu da condenação imposta à
Tropical Transportes Ipiranga Ltda., de Ourinhos (SP), o pagamento de indenização de R$ 15
mil a um motorista de caminhão por dano existencial. Por maioria, o colegiado entendeu que o
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Petição Inicial
Maria Rafaela
empregado não conseguiu comprovar prejuízo familiar ou social em razão da jornada conside-
rada extenuante. Processo n. E-RR-402-61.2014.5.15.0030
O PULO DO GATO
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Petição Inicial
Maria Rafaela
Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual
a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Não haverá distinções relativas
à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técni-
co e manual.
O PULO DO GATO
Na relação de emprego o trabalho prestado tem caráter infungível, pois quem o executa deve
realizá-lo pessoalmente, não podendo fazer-se substituir por outra pessoa, salvo se, excep-
cionalmente, o empregador concordar. Substituições eventuais com o consentimento do em-
pregador ou substituições previstas e autorizadas por lei ou por norma coletiva, como, por
exemplo, férias, licença gestante, são válidas e não afastam a característica da pessoalidade;
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Petição Inicial
Maria Rafaela
não eventualidade, há diversas teorias que explicam, mas no direito do trabalho para analisar
esse pressuposto, pode-se levar em consideração os fins do empreendimento que emprega;
a teoria do evento e a teoria da fixação jurídica. A teoria dos fins do empreendimento analisa
a não eventualidade de acordo com seus negócios jurídicos, os fins normais da empresa. A
teoria do evento leva em consideração determinado EVENTO/FATO. A teoria da fixação jurídica
leva em consideração se o trabalho se fixa ou não a uma fonte de trabalho, ou seja, a questão
da exclusividade. Essas teorias apenas são o ponto de partida para tratar da eventualidade
na relação de emprego. Cuidado que na LEI COMPLEMENTAR que regulamenta o doméstico,
existe norma específica da não eventualidade que, no artigo 1, caput, da LC 150/2015 dispõe
ao doméstico (e se aplica somente a eles) o seguinte:
Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subor-
dinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial
destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei.
PEGADINHA DA BANCA
Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua,
subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito
residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei. OU
SEJA, A PARTIR DE 3 DIAS SEMANAIS JÁ CONFIGURA RELAÇÃO DE EMPREGO. Não se esque-
ça: pela lei tem possuir 18 anos, no mínimo.
Desse modo, o novo preceito da CLT permite considerar subordinados profissionais que realizem
trabalho a distância, submetidos a meios telemáticos e informatizados de comando, controle e su-
pervisão. Esclarece a regra que os “meios telemáticos e informatizados de comando, controle e su-
pervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos do coman-
do, controle e supervisão do trabalhador alheio. Ora, essa equiparação se dá em face de dimensões
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Petição Inicial
Maria Rafaela
objetiva e também estrutural que caracterizam a subordinação, já que a dimensão tradicional (ou
clássica) usualmente não comparece nessas relações de trabalho à distância.
O PULO DO GATO
a subordinação é um conceito dinâmico. Logo, a subordinação que importa para a configu-
ração da relação de emprego é a SUBORDINAÇÃO JURÍDICA. Nesse ponto, a subordinação,
atualmente, atinge o trabalho home office, por meios telemáticos, serviços de trabalho externo,
que se pode controlar por todos os meios, inclusive, é possível falar em subordinação estru-
tural em que vários empregados estão na estrutura produtiva, como ocorreu, por exemplo, em
casos de “facções de empresas de roupas” que revendiam para as grandes marcas.
Essa subordinação se justifica, na medida em que se acredita que a nova organização produtiva
faça nascer a empresa rede, que desenvolve uma forma correlata de subordinação, ou seja, de
empresas interligadas em rede, que, ao final, irão beneficiar uma empregadora. Logo, havendo a
subordinação econômica entre a empresa prestadora de serviços com a tomadora, esta será tam-
bém responsável pelos empregados daquela, o que configura a subordinação reticular. Para seus
idealizadores, esta modalidade de subordinação poderá alcançar vários casos de alguns trabalha-
dores em situações especiais, estendendo a eles os direitos celetistas.
E) em que o trabalho deve ser pago – ONEROSIDADE. Significa o ponto econômico da força
de trabalho (contrapartida econômica pela prestação do serviço feito pelo trabalhador). Ora, se
o contrato de trabalho é bilateral implica concessões e obrigações recíprocas, razão pela qual
o trabalhador oferece sua mão de obra em troca de uma contraprestação econômica. O que
importa não é o quantum a ser pago, mas, sim, o pacto. Significa que existirá um pagamento
pelo serviço prestado. A forma e o tempo de pagamento são acertados pelas partes, podendo
ser quinzenal, semanal, mensal. Na verdade, não ultrapassa, geralmente, o mês. O pagamento
é “MEDIANTE SALÁRIO”.
Lembre-se que, para fins de caracterização do contrato de trabalho, as anotações da CTPS
geram apenas presunção juris tantum, ou seja, relativa. Isso significa que as anotações ali pre-
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sentes, podem ser elididas (descaracterizadas) por prova contrária, nos termos da Súmula 12
do TST, nos seguintes termos:
Súmula n. 12 do TST
CARTEIRA PROFISSIONAL (mantida)
As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado não geram
presunção juris et de jure”, mas apenas juris tantum”.
O PULO DO GATO
Alteridade que é justamente o risco do empreendimento é uma característica do EMPREGA-
DOR e, não, do empregado. A exclusividade na realização do trabalho também não é requisito
essencial para a caracterização do emprego. Cuidado com isso, porque é frequente em provas
cobrarem esses dois nomes: alteridade (risco do empreendimento) e exclusividade.
O trabalhador eventual é aquele que não preenche o requisito que tratamos acima da não
eventualidade.
Nesse caso, para desconfigurar a relação de emprego, o trabalho eventual é aquele que
não possui ânimo definitivo de continuar laborando, não se fixa a uma fonte de trabalho, de-
sempenha atividades de curto prazo, geralmente, laborando para um determinado evento e não
possui, em regra, relação com os fins do empreendimento.
Mas é preciso não confundir com o trabalhador intermitente que possui relação de empre-
go. Ele foi trazido pela Reforma Trabalhista, e, atualmente, ultrapassadas a MP 808, a literalida-
de para as provas é a seguinte na CLT:
Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especi-
ficamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo
ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em
contrato intermitente ou não
§ 1º O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de servi-
ços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência.
§ 2º Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado,
presumindo-se, no silêncio, a recusa.
§ 3º A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho inter-
mitente.
§ 4º Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo,
pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração
que seria devida, permitida a compensação em igual prazo
§ 5º O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o
trabalhador prestar serviços a outros contratantes.
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Petição Inicial
Maria Rafaela
§ 6º Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento imediato
das seguintes parcelas:
I – remuneração;
II – férias proporcionais com acréscimo de um terço;
III – décimo terceiro salário proporcional;
IV – repouso semanal remunerado; e
V – adicionais legais.
§ 7º O recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos valores pagos relativos a cada uma
das parcelas referidas no § 6º deste artigo.
§ 8º O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no período mensal e
fornecerá ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações.
§ 9º A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes,
um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo
empregador.
O PULO DO GATO
TRABALHADOR INTERMITENTE tem direitos trabalhistas e é regulamentado na CLT.
Nesse ponto, temos a reunião dos cinco elementos primordiais: PRESTAÇÃO DE TRABA-
LHO POR PESSOA FÍSICA; COM PESSOALIDADE; NÃO EVENTUALIDADE; ONEROSIDADE E SU-
BORDINAÇÃO.
Em continuidade, as partes devem ser capazes, o objeto do contrato de trabalho deve
ser lícito, possível, determinado ou determinável; forma contratual prescrita em lei e vonta-
de das partes em continuar juntas no desempenho de uma atividade mediante recebimento
de salários.
Dispõe a CF/88 no artigo 7, XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre
a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição
de aprendiz, a partir de quatorze anos.
Além disso, é preciso tratar do objeto, que pode deve ser lícito. Com isso, já adianto uma
matéria muito importante: trabalho ilícito x trabalho proibido.
Há uma peculiaridade que já abordei antes e que preciso enfatizar pela frequência da co-
brança em provas: POLICIAL MILITAR que, inclusive, deixei ao fim do material uma notícia
importante do TST. (Por coincidência até julguei um caso parecido quando estava no TRT 14).
Então, veja lá no anexo de jurisprudências. Não se esqueça da Súmula n. 386 do TST:
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Petição Inicial
Maria Rafaela
PEGADINHA DA BANCA
(STF) A justiça comum, federal ou estadual, é competente para julgar a abusividade de gre-
ve de servidores públicos celetistas da Administração pública direta, autarquias e funda-
ções públicas.
Vamos tratar com profundidade em outras aulas sobre o tema, mas é preciso destacar o
caso dos servidores administrativos irregulares, ou seja, aqueles que não fizeram concurso pú-
blico e ocupam cargos na Administração. Nesse ponto, existe uma súmula específica acerca
do tema do TST:
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Petição Inicial
Maria Rafaela
1) A Justiça do Trabalho não é mais competente para dirimir dissídio individual entre traba-
lhador e ente público se há controvérsia acerca do vínculo empregatício.
2) A lei que disciplina a contratação por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público (art. 37, inciso IX, da CF/1988) é suficiente para
deslocar a competência da Justiça do Trabalho para a Justiça Comum.
Logo, discussões sobre dúvidas se é contrato temporário ou não, quem vai resolver é a
Justiça Comum, Federal ou Estadual.
001. (INÉDITA/2020) Valentina ajuíza ação trabalhista na Justiça do Trabalho para discutir
controvérsia da relação de emprego com o Município de São Gonçalo do Amarante, aqui no
Ceará. Logo, ela pretende reconhecer o vínculo dela, mas há divergências sobre tais pontos.
Nesse sentido, o procedimento de Valentina está correto.
A resposta está errada, pois a OJ 205 do TST foi cancelada e, com isso, a Justiça do Trabalho
não é mais competente para dirimir dissídio individual entre trabalhador e ente público se há
controvérsia acerca do vínculo empregatício. Antes do cancelamento, a resposta estaria cor-
reta no gabarito. Veja que o centro da questão é CONTROVÉRSIA do vínculo entre o partes. Se
Valentina fosse celetista, a competência seria da Justiça do Trabalho.
Errado.
Foi cancelada a OJ 205 do TST. O STF entende o seguinte: 1) A Justiça do Trabalho não é mais
competente para dirimir dissídio individual entre trabalhador e ente público se há controvérsia
acerca do vínculo empregatício. 2) A lei que disciplina a contratação por tempo determinado
para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público (art. 37, inciso IX, da
CF/1988) é suficiente para deslocar a competência da Justiça do Trabalho para a Justiça Co-
mum. Logo, discussões sobre dúvidas se é contrato temporário ou não, quem vai resolver é a
Justiça Comum, Federal ou Estadual.
Errado.
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Petição Inicial
Maria Rafaela
Art. 3º O estágio, tanto na hipótese do § 1º do art. 2º desta Lei quanto na prevista no § 2º do mesmo
dispositivo, não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, observados os seguintes requisitos:
I – matrícula e frequência regular do educando em curso de educação superior, de educação profis-
sional, de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do ensino fundamental, na modali-
dade profissional da educação de jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino;
II – celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a ins-
tituição de ensino;
III – compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de
compromisso.
§ 1ºO estágio, como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter acompanhamento efetivo pelo
professor orientador da instituição de ensino e por supervisor da parte concedente, comprovado por
vistos nos relatórios referidos no inciso IV do caput do art. 7º desta Lei e por menção de aprovação
final.
§ 2º O descumprimento de qualquer dos incisos deste artigo ou de qualquer obrigação contida no
termo de compromisso caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do
estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária.
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Petição Inicial
Maria Rafaela
O PULO DO GATO
A manutenção de estagiários em desconformidade com esta Lei que estamos estudando ca-
racteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os
fins da legislação trabalhista e previdenciária. o estagiário poderá receber bolsa ou outra forma
de contraprestação que venha a ser acordada, sendo compulsória a sua concessão, bem como
a do auxílio-transporte, na hipótese de estágio não obrigatório. A eventual concessão de be-
nefícios relacionados a transporte, alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo
empregatício.
Art. 17. O número máximo de estagiários em relação ao quadro de pessoal das entidades conce-
dentes de estágio deverá atender às seguintes proporções:
I – de 1 (um) a 5 (cinco) empregados: 1 (um) estagiário;
II – de 6 (seis) a 10 (dez) empregados: até 2 (dois) estagiários;
III – de 11 (onze) a 25 (vinte e cinco) empregados: até 5 (cinco) estagiários;
IV – acima de 25 (vinte e cinco) empregados: até 20% (vinte por cento) de estagiários.
§ 1º Para efeito desta Lei, considera-se quadro de pessoal o conjunto de trabalhadores empregados
existentes no estabelecimento do estágio.
§ 2º Na hipótese de a parte concedente contar com várias filiais ou estabelecimentos, os quantita-
tivos previstos nos incisos deste artigo serão aplicados a cada um deles.
§ 3º Quando o cálculo do percentual disposto no inciso IV do caput deste artigo resultar em fração,
poderá ser arredondado para o número inteiro imediatamente superior.
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Petição Inicial
Maria Rafaela
§ 4º Não se aplica o disposto no caput deste artigo aos estágios de nível superior e de nível médio
profissional.
§ 5º Fica assegurado às pessoas portadoras de deficiência o percentual de 10% (dez por cento) das
vagas oferecidas pela parte concedente do estágio.
O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser acor-
dada, sendo compulsória a sua concessão, bem como a do auxílio-transporte, na hipótese de
estágio não obrigatório. A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, alimen-
tação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício.
O trabalhador avulso, aquele contratado com intervenção obrigatória do sindicato ou do ór-
gão gestor de mão de obra (OGMO), equipara-se ao trabalhador com vínculo empregatício, con-
figurando exceção, pois possui todos os direitos trabalhistas inerentes à relação de emprego.
O trabalhador avulso é diferente do eventual, pois o avulso atua no mercado mediante enti-
dade intermediária. No caso é o OGMO ou sindicato. O eventual trabalha sem a intermediação
seja do sindicato ou do OGMO. Essa é a principal diferença: AVULSO X EVENTUAL.
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Petição Inicial
Maria Rafaela
O PULO DO GATO
Associe a situação do avulso com o PORTUÁRIO E NÃO PORTUÁRIO. Aqui temos duas figuras
importantes: avulso portuário e não portuário.
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Petição Inicial
Maria Rafaela
O PULO DO GATO
Despenca em prova o artigo da CF/88: art. 7, inciso XXXIV – igualdade de direitos entre o tra-
balhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
Para ficar mais didática a exposição dessa matéria, farei uma tabela abaixo com as distin-
ções entre as duas categorias.
PORTUÁRIO – Lei 12.815/2013 NÃO PORTUÁRIO – Lei 12.023/2009
Intermediação do Sindicato ou do OGMO.
Pode contratar mediante as regras
previstas na CLT por tempo indeterminado.
O trabalho portuário de capatazia, estiva,
conferência de carga, conserto de carga,
bloco e vigilância de embarcações, nos Podem desenvolver atividades gerais de
portos organizados, será realizado por movimentação de mercadorias, como
trabalhadores portuários com vínculo cargas e descargas de mercadorias a
empregatício por prazo indeterminado e por granel e ensacados, por exemplo.
trabalhadores portuários avulsos. As regras da Lei 12.023/2009 não se
A contratação de trabalhadores portuários aplicam aos trabalho avulso portuário que
de capatazia, bloco, estiva, conferência de é regulado pela Lei 12.815/2013.
carga, conserto de carga e vigilância de
embarcações com vínculo empregatício
por prazo indeterminado será feita
exclusivamente dentre trabalhadores
portuários avulsos registrados.
PEGADINHA DA BANCA
A disposição da CF/88 no artigo 7, inciso XXXIV – igualdade de direitos entre o trabalhador
com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso vale para os portuários e não
portuários.
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Petição Inicial
Maria Rafaela
SUGESTÃO DE RESPOSTA
A) Você faz uma abordagem sobre o que seja teletrabalho e uma breve análise sobre esta nova
modalidade, regulamentada na CLT após a Reforma Trabalhista. Na sequência, responda que a
empregada não tem razão, pois é direito do empregador retornar do trabalho realizado em do-
micílio para o presencial, sendo desnecessária a concordância do empregado para mudança
do regime de teletrabalho para o presencial, conforme o Art. 75-C § 2º, da CLT. Você aqui pode
fazer alusão ao poder diretivo do empregador, principalmente, porque é sobre ele que recai o
risco do empreendimento. B) Você pode brevemente trazer as limitações constitucionais para,
na sequência, aduzir que nem todas as situações de uma relação de emprego se encaixam no
direito ao recebimento de horas extras, como é o caso do teletrabalho. A tese a ser apresenta-
da é a de que o teletrabalho não enseja pagamento de horas extras, estando excluído do regi-
me de duração horária, na forma do Artigo 62, inciso III, da CLT. O teletrabalho não gera horas
extras ou está excluído do regime de duração horária. Não havia aqui necessidade de tratar de
jurisprudência, na medida em que não existe qualquer regulamentação sobre o tema.
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Petição Inicial
Maria Rafaela
QUESTÃO 2
A sociedade empresária Madeiras de Lei Ltda. contratou você, como advogado(a), para defen-
dê-la em uma reclamação trabalhista proposta pelo ex-empregado Roberto. Após devidamente
contestada e instruída a demanda, a sentença foi prolatada, julgando o pedido procedente em
parte. A sociedade empresária pretende recorrer da sentença porque acha que nada deve ao
ex-empregado e questiona o valor dos custos desse recurso. Cientificada por você do valor das
custas e do depósito recursal, a sociedade empresária diz que está acumulando capital para
abrir novas filiais e ampliar sua rede, de modo que, no momento, em razão de suas prioridades
internas, só tem valor disponível para as custas. Considerando a narrativa dos fatos e os ter-
mos da CLT, responda às indagações a seguir. A) Indique a alternativa jurídica que viabilizaria a
interposição do recurso ordinário sem a necessidade de a sociedade empresária desembolsar
o numerário do depósito recursal, considerando que, pela narrativa, ela não é beneficiária de
gratuidade de justiça. Justifique. (Valor: 0,65) B) Se a sociedade empresária tivesse a recu-
peração judicial deferida pela Justiça Comum antes da sentença, como ficaria a questão do
depósito recursal para fins de interposição do recurso ordinário por ela desejado? Justifique.
(Valor: 0,60)
SUGESTÃO DE RESPOSTA
A) Nesse tipo de questão, faça uma introdução explicando o que é depósito recursal. Na CLT,
há dispositivos legais dos quais você pode fazer um resumo introdutório para mostrar ao exa-
minador que você entende o tema chave da pergunta. Se puder, estabeleça rapidamente, a dis-
tinção entre custas e depósito recursal e, aí enfrente a questão, aduzindo que a substituição ou
apresentação do depósito recursal em dinheiro por fiança bancária ou seguro garantia judicial,
na forma do Art. 899, § 11, da CLT é possível. B) Ainda sobre a temática, desenvolva a resposta
no sentido de que a sociedade empresária ficaria isenta do depósito recursal, na forma do Art.
899, § 10, da CLT. Não há necessidade de transcrição de dispositivos ou de indicação de juris-
prudência do TST sobre este tema.
QUESTÃO 3
Rezende, contratado em 05/04/2019 como cozinheiro no restaurante Paladar Supremo Ltda,
trabalhava de segunda à sexta-feira, das 16h às 00h, sem intervalo. Em 04/09/2019, Rezende
foi dispensado sem justa causa e ajuizou reclamação trabalhista postulando o pagamento de
1 hora diária com adicional de 50%, em razão do intervalo para refeição não concedido, além
da integração dessa hora com adicional de 50% ao 13º salário, às férias, ao FGTS e ao repouso
semanal remunerado. Considerando a situação apresentada e os termos da CLT, responda aos
itens a seguir.
a) Caso você fosse contratado pela empresa, que reconhece não ter concedido o intervalo para
refeição, que tese jurídica você poderia advogar em defesa dos interesses da reclamada para
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Petição Inicial
Maria Rafaela
reduzir eventual condenação? (Valor: 0,65) B) Caso a reclamação trabalhista proposta por Re-
zende não identificasse nenhum valor, mas apenas a indicação dos direitos que ele postulava,
que preliminar você advogaria em favor da empresa? (Valor: 0,60)
SUGESTÃO DE RESPOSTA
Seria importante você trazer para o examinador o conceito do intervalo intrajornada e as con-
sequências da sua supressão, principalmente, as mudanças da Reforma Trabalhista, princi-
palmente, acerca da natureza indenizatória. Na sequência, apontar a tese a ser apresentada
é a de que o intervalo para refeição devido, após o advento da Lei n. 13.467/17, tem natureza
indenizatória e, assim, não gera reflexo em outros direitos, conforme prevê o Art. 71, § 4º, da
CLT. No item B, sugiro que você fale que, na defesa dos interesses da empresa, deverá ser sus-
citada preliminar de inépcia para extinção do processo sem resolução do mérito porque não
houve indicação do valor na petição inicial, em desacordo com o que determina o Art. 840, §§
1º ou 3º, da CLT, Art. 852-B, I ou § 1º, da CLT, Art. 330, I ou § 1º, I ou II, do CPC ou Art. 337, IV, do
CPC. O TST tem um entendimento particular sobre isso a partir de 2020, mas você pode usar
o argumento acima.
QUESTÃO 4
Clotilde foi contratada, em 10/12/2019, pela sociedade empresária Viação Pontual Ltda., a títu-
lo de experiência, por 45 dias, recebendo o valor correspondente a 1,5 salário mínimo por mês.
Passado o prazo de 45 dias e não tendo Clotilde mostrado um bom desempenho no serviço, a
empregadora resolveu não dar prosseguimento ao contrato, que foi extinto no seu termo final.
Ocorre que o ex-empregador não pagou à Clotilde as verbas relativas ao rompimento contra-
tual, o que a levou a ajuizar reclamação trabalhista pedindo justamente essas verbas, que fo-
ram liquidadas na inicial e alcançaram o valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais). Na sentença,
e seguindo os pedidos formulados, considerando, ainda, que a sociedade empresária reconhe-
ceu que não pagou qualquer verba por estar em dificuldades financeiras, o juiz julgou proce-
dente o pedido e condenou a sociedade empresária ao pagamento de aviso prévio, 13º salário
proporcional, férias proporcionais acrescidas de 1/3, saldo salarial de 15 dias e honorários
advocatícios de 10% sobre o valor da execução, conforme rol de pedidos formulados na de-
manda. Diante da narrativa apresentada e dos termos da CLT, responda às indagações a seguir.
a) Caso você fosse contratado(a) pela sociedade empresária, que tese de mérito apresentaria
no recurso ordinário em relação ao objeto da condenação para tentar reduzi-lo? Justifique.
(Valor: 0,65)
b) Caso fosse necessário, quantas testemunhas, no máximo, a sociedade empresária poderia
conduzir à audiência na reclamação trabalhista de Clotilde? Justifique. (Valor: 0,60)
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Petição Inicial
Maria Rafaela
SUGESTÃO DE RESPOSTA
a) Aborde a diferença do conceito e consequências jurídicas do contrato por prazo indetermi-
nado e determinado. Dentre este último, trate das espécies e aprofunde na ideia do contrato
de experiência, com ênfase na CLT. A tese defensiva é a de que na extinção de contrato a
termo, como é o caso do contrato de experiência, não é devido o pagamento do aviso prévio,
conforme Art. 487 da CLT, pois o contrato foi encerrado no termo final previsto. Faça menção
da exceção da cláusula assecuratória de direito recíproco que não é o caso da questão para
“conquistar de vez o coração do examinador”.
B) Explique, rapidamente para o examinador, a diferença entre o rito sumaríssimo, sumário
e ordinário. Por fim, diga que, uma vez que o valor dos pedidos submete a causa ao procedi-
mento sumaríssimo, a sociedade empresária poderia conduzir, no máximo, duas testemunhas,
conforme o Art. 852-H, § 2º, da CLT.
O PULO DO GATO
Não adianta fazer respostas muito longas para não passar a ideia ao examinador que você
está enrolando para não responder. Mas também não responda muito diretamente, sem pas-
sar para ele uma pequena noção do assunto, demonstrando seu conhecimento. A grande dica
é o velho clichê do equilíbrio. Passe um pouco de conceitos, mas não se alongue tanto, pois
você ser mal interpretado pelo examinador. Então, as dicas nas respostas da prova de 2021
dão um “caminho das pedras” de como deveria ser a redação das questões subjetivas. Espero
muito ter ajudado.
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Petição Inicial
Maria Rafaela
e assou uma pizza de calabresa, sendo que o cliente era alérgico a esse produto (linguiça). Ao
ver a pizza errada, o cliente foi tomado de fúria incontrolável, começou a xingar e a ameaçar
Tito, e terminou por soltar seus cães de guarda, dando ordem para atacar o entregador. Tito
correu desesperadamente, mas foi mordido e arranhado pelos animais, sendo lesionado gra-
vemente. Em razão disso, ele precisou se afastar por 30 dias para recuperação, recebendo o
benefício previdenciário pertinente do INSS. Tito gastou R$ 30,00 na compra de vacina antirrá-
bica, que por recomendação médica foi obrigado a tomar, porque não sabia se os cachorros
eram vacinados. Em 20 de setembro de 2019, após obter alta do INSS, Tito retornou à empre-
sa e foi dispensado, recebendo as verbas rescisórias. Nos contracheques de Tito, constam,
mensalmente, o pagamento do salário mínimo nacional na coluna de créditos e o desconto
de INSS na coluna de descontos, sendo que no mês de março de 2019 houve ainda dedução
de R$ 31,80 a título de contribuição sindical, sem que tivesse autorizado o desconto. Tito foi à
CEF e solicitou seu extrato analítico, onde consta depósito de FGTS durante todo o contrato de
trabalho. Considerando que, em outubro de 2019, Tito procurou você, como advogado(a), para
pleitear os direitos lesados, informando que continua desempregado, elabore a peça proces-
sual pertinente. (Valor: 5,00)
EXAME XXVII
Nelson Aviz procura você, como advogado(a), afirmando que foi empregado da socie-
dade empresária Alfa Ltda. na sede desta, localizada em Sete Lagoas/MG, de 17/12/2017 a
28/04/2018, tendo exercido, na prática, a função de técnico de informática.
Nelson informa que foi despedido por justa causa, apesar de não ter feito nada de errado,
não recebendo qualquer indenização, mas apenas o saldo salarial do último mês; que a em-
presa não integrava, para fim algum, o salário-família que Nelson recebia; que trabalhava de
segunda-feira a sábado, das 20h às 5h, com intervalo de 20 minutos para refeição; que o local
de trabalho era de difícil acesso e não servido por transporte público regular, pelo que a empre-
sa fornecia o transporte para ir ao trabalho e voltar dele, de forma que Nelson demorava uma
hora no trajeto de ida e outra uma hora no de volta; que realizou exame médico na admissão;
que Nelson tem uma irmã que trabalha na mesma sociedade empresária, exercendo a função
de programadora de jogos digitais.
O trabalhador exibe cópias dos contracheques, nos quais há, na parte de crédito, salário de
R$ 1.200,00 e uma cota de salário-família; já na parte de descontos, há INSS, vale-transporte
e FGTS. Nelson ainda exibiu sua CTPS, na qual consta admissão em 17/12/2017 e saída em
28/04/2018, na função de auxiliar de serviços gerais; na parte de anotações gerais, há anota-
ção de que o empregado foi dispensado por justa causa em razão de conduta inadequada. Em
pesquisa pela Internet, você localiza a convenção coletiva da categoria de Nelson, com os pi-
sos normativos para todas as funções desempenhadas na sociedade empresária Alfa, dentre
elas os seguintes: auxiliar de serviços gerais: R$ 1.200,00; técnico em informática: R$ 1.800,00;
programador: R$ 3.500,00; e engenheiro de computação: R$ 6.000,00.
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Maria Rafaela
Elabore a peça prático-profissional que melhor defenda os interesses de Nelson, sem usar
dados ou informações que não estejam no enunciado. (Valor: 5,00)
003. Cícero é piloto da aviação comercial. Após deixar de trabalhar para uma determinada
companhia aérea brasileira, porque seus salários estavam atrasados e já contava com cinco
anos sem desfrutar férias, foi contratado por uma companhia aérea chinesa, que faz apenas
voos locais. Cícero ajuizou reclamação trabalhista em face da ex-empregadora, mas, no dia e
na hora designados para a audiência, ele não poderia estar presente, pois estava a trabalho na
China, em voo de longa duração, sem a possibilidade de acesso à internet. Ocorre que Cícero
tem pressa na solução do processo. Com base na hipótese apresentada, com fundamento na
CLT, responda, como advogado(a) de Cícero, aos itens a seguir.
a) Considerando que a Vara do Trabalho para qual o processo foi distribuído utiliza o sistema
de audiência fracionada, que medida você deverá adotar para evitar o adiamento da audiência
ou o arquivamento do processo? Fundamente. (Valor: 0,65)
b) Acerca da ruptura do contrato de trabalho, que tese jurídica você sustentaria na reclamação
trabalhista? Fundamente. (Valor: 0,60)
Art. 843. Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, indepen-
dentemente do comparecimento de seus representantes, salvo nos casos de Reclamatórias Plúri-
mas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindica-
to de sua categoria. (Redação dada pela Lei n. 6.667, de 3.7.1979)
§ 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que
tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.
§ 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível
ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que
pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.
Destaca-se, ainda, o teor do art. 844 da CLT:
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Petição Inicial
Maria Rafaela
004. Jorge Souza atua como auxiliar de produção em uma indústria alimentícia, recebendo
dois salários-mínimos mensais. Ainda com o contrato em vigor, Jorge ajuizou, no ano de 2020,
reclamação trabalhista contra o empregador, requerendo o pagamento de insalubridade em
grau mínimo, pois afirmou existir, no seu local de trabalho, um agente agressor à sua saú-
de. Designada audiência, as partes compareceram, e o juiz verificou que não era possível a
conciliação. Então, o magistrado determinou de ofício a realização de prova pericial e que a
sociedade empresária antecipasse os honorários do perito, afirmando que não reconsideraria
tal comando. Considerando a situação retratada, os ditames da CLT e o entendimento consoli-
dado do TST, responda às indagações a seguir.
a) Como advogado da sociedade empresária, que medida imediata você adotaria para evitar a
antecipação dos honorários periciais? Justifique. (Valor: 0,65)
b) Se a perícia confirmasse a insalubridade e, na sentença, o juiz condenasse a reclamada
ao pagamento do adicional desejado, na razão de 10% sobre o salário contratual do recla-
mante, que tese jurídica você adotaria no recurso, em defesa da empresa, para diminuir a
condenação? Justifique. (Valor: 0,60)
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b) A decisão do Magistrado está equivocada, cabendo no Recurso Ordinário sustentar que a base
de cálculo não é o salário contratual, mas sim o salário-mínimo vigente. No entanto, registre-se
entendimento de 2021 do TST que, embora o Supremo Tribunal Federal tenha estabelecido que a
base de cálculo para o adicional de insalubridade é o salário-mínimo, diz poder haver exceções a
essa regra, como nos casos em que o adicional é calculado, desde o início da relação trabalhista,
tendo como parâmetro o salário-base, conforme o TST. De qualquer forma, a tese pode ser encam-
pada no sentido de que o salário contratual não seria o parâmetro, o que diminuiria o quantum da
condenação, mas, sim, o salário-mínimo, com base na orientação do Supremo Tribunal Federal.
005. Você foi procurado, como advogado(a), por Hernani Gomes, que afirmou, em resumo,
ter adquirido um imóvel da sociedade empresária X, em 2000, onde reside com sua família,
e que, em setembro de 2021, recebeu a visita de um oficial de justiça informando a penhora
do imóvel, avaliado no ato em R$200.000,00, para pagamento de uma dívida trabalhista de
R$12.000,00. Hernani, que nunca foi proprietário ou sócio de empresa, e sequer sabia da exis-
tência de qualquer processo, procurou, pela internet, informação pelo número do processo
que estava no mandado e constatou que a penhora foi feita no bojo da execução trabalhista
de uma empregada que se ativou na sociedade empresária X de 2019 a 2020. Pelo fato de o
imóvel ter sido anteriormente da sociedade empresária X, o juiz deferiu a penhora sobre ele.
Sobre a hipótese apresentada, e considerando que Hernani jamais integrou o quadro societário
da executada, responda aos itens a seguir.
a) Que medida judicial você, agora contratado(a) por Hernani, adotaria para tentar levantar a
penhora sobre o bem imóvel? (Valor: 0,65)
b) Caso a medida judicial por você adotada fosse indeferida, que recurso você interporia para
tentar reverter a situação? (Valor: 0,60)
a) Efetuado o depósito ou a penhora, as partes têm cinco dias para impugnar o valor da dívida,
desde que o juiz não tenha aberto prazo para contestação antes de proferir a sentença de liqui-
dação ou que, aberto o prazo, na forma do § 2º, do art. 879, da CLT, a parte tenha impugnado sa-
tisfatoriamente. Já o recurso que pode ser interposto pelo executado é chamado de “embargos
à execução”. E, no caso de um terceiro, como é o caso da questão (ele não é parte no processo,
mas uma pessoa que adquiriu o imóvel da sociedade empresária), pode fazer uso dos embargos
de terceiros. Os embargos de terceiro têm natureza jurídica de ação possessória, sendo admissí-
veis quando houver a apreensão judicial de bem de propriedade de terceiro, como narra a ques-
tão. Uma das teses que pode suscitar, inclusive, é ser indevida a penhora porque sua situação
era a de terceiro de boa-fé e, ainda, do excesso de penhora, haja vista a discrepância do valor da
dívida e do imóvel. Pode, ainda, argumentar acerca da situação de bem de família.
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b) Após a decisão do juiz sobre quaisquer desses recursos, como se trata textualmente, nos
termos da questão, de uma EXECUÇÃO TRABALHISTA, é possível ingressar com um novo re-
curso, chamado de “Agravo de petição”, no prazo de oito dias. Esse recurso é julgado pelo Tri-
bunal Regional do Trabalho correspondente. No caso de execução trabalhista em curso, o cor-
reto recurso é o Agravo de Petição e, mesmo sendo embargos de terceiros, não cabe o Recurso
Ordinário. Logo, o recurso cabível em face da sentença que julga os embargos de terceiro é o
agravo de petição, conforme expressamente dispõe o art. 897, alínea “a”, da CLT. Há também
precedentes neste sentido no TST.
006. Ribamar trabalhou como atendente de loja na sociedade empresária Rei do Super Açaí
Ltda., de 06/02/2019 a 03/11/2021, quando foi desligado da sociedade. Ribamar não recebeu
qualquer indenização e, em razão disso, ele procurou você, como advogado(a), para requerer ju-
dicialmente o pagamento das verbas da saída e horas extras. Ajuizada a reclamação trabalhista,
a sociedade empresária apresentou contestação, afirmando que o motivo da extinção do contra-
to foi força maior, visto que sofreu muito com a pandemia de Covid-19, de modo que a indeniza-
ção, se cabível, deveria ser paga pela metade. Para ilustrar a situação, a ré informou que, dos 12
empregados que a sociedade empresária possuía à época dos fatos, atualmente, só restavam
5 funcionários. Para provar a alegação, exibiu as fichas de registro de seus empregados, que
confirmam o alegado, mas não juntou controles de ponto do reclamante. Considerando os fatos
narrados, a previsão legal e o entendimento consolidado do TST, responda aos itens a seguir.
a) Que argumento você apresentaria, em réplica, para tentar descaracterizar a tese de força
maior? Justifique. (Valor: 0,65)
b) De quem seria o ônus da prova de comprovar a jornada de trabalho e por qual razão? Justi-
fique. (Valor: 0,60)
a) Na defesa dos interesses do reclamante, deve-se sustentar que não se aplica a tese de força
maior porque não houve extinção do estabelecimento ou da empresa, como exige o art. 502 da CLT.
O dispositivo é claro em relação às hipóteses em que se aplica essa situação excepcional de resci-
são do contrato de trabalho. A força maior só existe quando a empresa tem a inviabilidade da sua
atividade econômica e não pode ser usada quando existe mera redução do quadro de funcionários.
b) O ônus da prova será do empregado, porque a reclamada contava com menos de 20 em-
pregados, sendo, então, desnecessário que ela mantivesse controle escrito dos horários de
entrada e saída deles, conforme o art. 74, § 2º, da CLT. No caso em liça, cabe ao autor fazer
uso de qualquer meio de prova para tais fins. Não há situação de inversão do ônus da prova.
Perceba--se que antes eram apenas 10 funcionários, mas houve alteração na CLT, aumentando
para o limite de 20 funcionários por estabelecimento.
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Trata-se de uma Reclamação Trabalhista (petição inicial).
Deverá requerer a distribuição à 170ª VT de Campinas em razão da dependência/prevenção,
com base no Art. 286, inciso II, do CPC.
Qualificação das partes
Fatos: concentrar-se na narrativa do contrato de trabalho (datas de admissão, data da dispen-
sa, modalidade de dispensa, salário e função); narrativa das irregularidades do empregador.
Direito: tratar da situação de assédio moral e sobre a rescisão indireta do contrato de trabalho,
fundamentando as verbas rescisórias que deveriam ser pagas por ocasião desse reconheci-
mento de ruptura contratual.
Dos pedidos: pagamento de 15 minutos diários pelo intervalo desrespeitado nos sábados, com
adicional de 50%, na forma do art. 71, § 4º, da CLT; a devolução da contribuição sindical descon-
tada, porque a autora não era sindicalizada e não autorizou o desconto, sendo então indevido; a
diferença de FGTS não depositado, conforme o art. 15 da Lei n. 8.036/1990 ou art. 27, do Decreto
n. 99.684/1990; indenização por dano moral pela conduta do supervisor, na forma do art. 223-B
e do art. 223-C, da CLT; a resolução ou despedida indireta ou “rescisão indireta” do contrato, dian-
te das irregularidades cometidas pelo empregador, conforme o art. 483, alíneas d ou e, da CLT,
e o pagamento das seguintes verbas: aviso prévio, do 13º salário proporcional, das férias pro-
porcionais +1/3, saque/levantamento do FGTS, indenização de 40% sobre o FGTS e acesso ao
seguro-desemprego. Ainda deve pleitear a responsabilidade subsidiária do tomador/contratante,
conforme a Súmula 331, inciso IV, do TST, e o art. 5º-A, § 5º, da Lei n. 6.019/1974.
Obs.: Deverá requerer a gratuidade de justiça com base no art. 790, §§ 3º e 4º, da CLT, pois
a trabalhadora relata insuficiência financeira e aufere salário inferior a 40% do limite
máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. Deverá requerer hono-
rários advocatícios, com base no art. 791-A da CLT.
001. Heitor Agulhas trabalhava na sociedade empresária Porcelanas Orientais Ltda. desde
26/10/2020, exercendo a função de vendedor na unidade localizada em Linhares/ES e rece-
bendo, em média, quantia equivalente a 1,5 salário-mínimo por mês, a título de comissão.
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Em janeiro de 2022, o dono do estabelecimento resolveu instalar mais duas prateleiras na loja
para poder expor mais produtos e, visando economizar dinheiro, fez a instalação pessoalmente.
As prateleiras foram afixadas logo acima do balcão em que trabalhavam os vendedores. Ocorre
que o dono da empresa tinha pouca habilidade manual, e, por isso, as prateleiras não foram fixa-
das adequadamente. No dia seguinte à instalação malfeita, com o peso dos produtos nelas co-
locadas, as prateleiras caíram com todo o material, acertando violentamente a cabeça de Heitor,
que estava logo abaixo fazendo um atendimento. Heitor desmaiou com o impacto, foi socorrido
e conduzido ao hospital público, onde recebeu atendimento e levou 50 pontos na cabeça, testa e
face, resultando em uma grande cicatriz que, segundo Heitor, passou a despertar a atenção das
pessoas, que reagiam negativamente ao vê-lo. Heitor teve o plano de saúde, que era concedido
pela sociedade empresária, cancelado após o dia do incidente e teve de usar suas reservas fi-
nanceiras para arcar com R$ 1.350,00 em medicamentos, para aliviar as dores físicas, além de
R$ 2.500,00 em sessões de terapia, pois ficou fragilizado psicologicamente depois do evento.
Heitor ficou afastado em benefício previdenciário por acidente do trabalho (auxílio por incapa-
cidade temporária acidentária, antigo auxílio-doença acidentário, código B-91), teve alta mé-
dica após 3 meses e retornou à empresa com a capacidade laborativa preservada, mas foi
dispensado, sem justa causa, no mesmo dia.
Heitor procura você, como advogado(a), querendo propor alguma medida judicial para defesa
dos seus direitos, pois está desempregado, sem dinheiro para se manter e sentindo-se injus-
tiçado porque ainda precisará de tratamento médico e suas reservas financeiras acabaram.
Além dos documentos comprobatórios do atendimento hospitalar e gastos, Heitor exibe a
CTPS devidamente assinada pela sociedade empresária e o extrato do FGTS, onde não cons-
tam depósitos nos 3 meses de afastamento pelo INSS. Como advogado de Heitor, elabore a
medida judicial em defesa dos interesses dele. (Valor: 5,00)
Obs.: A peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para
dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não
confere pontuação. Nos casos em que a lei exigir liquidação de valores, o examinan-
do deverá representá-los somente pela expressão “R$”, admitindo-se que o escritório
possui setor próprio ou contratado especificamente para tal fim. “Qualquer semelhança
nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência”.
Espelho de Provas
Trata-se de uma Reclamação Trabalhista (petição inicial)
Endereçamento para uma das Varas de Linhares/ES
Qualificação das partes
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Especificação das verbas rescisórias para a discriminação: FGTS com multa dos 40%, multas
dos arts. 467 e 477 da CLT; aviso prévio indenizado, período entre a data da demissão e o final
da garantia ao emprego, podendo ser pleiteado inclusive os reflexos em todas as verbas sala-
riais e rescisórias; férias vencidas e proporcionais com 1/3; 13º salário proporcional e integral;
danos morais, materiais, estéticos. A base de cálculo deve ser a média salarial, com base nas
comissões. Pode requerer, ainda, a expedição de alvará para o levantamento do FGTS e para se
habilitar junto ao órgão competente para fins de seguro-desemprego.
Obs.: Diante da situação econômica e de saúde do trabalhador, você pode pedir tutela de
urgência para fins de que o juízo libere o FGTS que está depositado na conta vinculada
do obreiro e, ainda, a expedição de alvará para seguro--desemprego. Não custa tentar!
Você também poderia ter pedido a reintegração e, na impossibilidade, a indenização
estabilitária. Ou já justificar a impossibilidade de reintegração e pedir a indenização
estabilitária. Em caso de dispensa sem justa causa por iniciativa do empregador, é
possível pedir judicialmente a reintegração ao emprego, com o pagamento de todas as
verbas que deixou de receber durante esse período. Normalmente, quando a dispensa
é ilegal, por desrespeito a esse período de estabilidade, é conferido o direito de rein-
tegração no emprego. Entretanto, há casos em que essa reintegração não é aconse-
lhável, em decorrência da quebra da confiança mútua entre empregado e empregador.
Mais dicas para sintetizar a ideia: Deverá requerer a responsabilidade civil do empregador
que, na hipótese apresentada, envolverá indenização pelos danos materiais (arts. 186, 927
e 949, todos do CC), morais (arts. 223-B, 223-C ou 223-G, todos da CLT, e arts. 186 e 927,
ambos do CC) e estéticos (arts. 223-B, 223-C ou 223-G, todos da CLT, ou arts. 186 ou 927,
ambos do CC). Deverá requerer o FGTS dos três meses de afastamento, porque o evento
foi um acidente de trabalho, conforme art. 15, § 5º, da Lei n. 8.036/1990. Deverá requerer a
reintegração, porque o ex-empregado possui estabilidade/garantia no emprego em virtude
do acidente do trabalho, conforme o art. 118, da Lei n. 8.213/1991, e a Súmula 378, inciso
II, do TST. Deverá requerer o restabelecimento do plano de saúde, conforme a Súmula 440
do TST. Deverá requerer a concessão de tutela de urgência, evidência ou provisória para a
reintegração imediata e restabelecimento incontinente do plano de saúde.
Se você gostou do nosso material, dê um feedback positivo. Qualquer dúvida, conte comigo no
Fórum do Aluno. Bons estudos!
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RESUMO
1) Na relação de emprego o trabalho prestado tem caráter infungível, pois quem o executa
deve realizá-lo pessoalmente, não podendo fazer-se substituir por outra pessoa, salvo se, ex-
cepcionalmente, o empregador concordar.
2) Substituições eventuais com o consentimento do empregador ou substituições previs-
tas e autorizadas por lei ou por norma coletiva, como, por exemplo, férias, licença gestante, são
válidas e não afastam a característica da pessoalidade.
3) Na relação de emprego, há subordinação jurídica do empregado ao empregador, ou seja,
a relação de dependência decorre do fato de que o empregado transfere ao empregador o
poder de direção e este assume os riscos da atividade econômica, passando a estabelecer
os contornos da organização do trabalho do empregado (poder de organização), a fiscalizar o
cumprimento pelo empregado das ordens dadas no exercício do poder de organização (poder
de controle), podendo, em caso de descumprimento pelo empregado das determinações, im-
por-lhe as sanções previstas no ordenamento jurídico (poder disciplinar).
4) Relação de emprego não é gratuita ou voluntária, ao contrário, haverá sempre uma pres-
tação (serviços) e uma contraprestação (remuneração). Assim, podemos afirmar que onerosi-
dade caracteriza-se pelo ajuste da troca de trabalho por salário. O que importa não é o quantum
a ser pago, mas, sim, o pacto, a promessa de prestação de serviço de um lado e a promessa
de pagamento do salário de outro lado, e o fato de o empregador deixar de pagar o salário não
afasta a existência de onerosidade.
5) Existe a OJ 199 do TST e uma notícia ao final do material: 199. JOGO DO BICHO. CON-
TRATO DE TRABALHO. NULIDADE. OBJETO ILÍCITO É nulo o contrato de trabalho celebrado
para o desempenho de atividade inerente à prática do jogo do bicho, ante a ilicitude de seu
objeto, o que subtrai o requisito de validade para a formação do ato jurídico. Consequência: a
relação de trabalho não é preservada para os efeitos trabalhistas e previdenciários.
6) No trabalho proibido, temos claramente a preservação dos direitos trabalhistas e previ-
denciários. É o caso do trabalho em condição insalubre, perigosa e noturna para os menores
de 18 anos.
7) Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação de
emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabimento
de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar.
8) A manutenção de estagiários em desconformidade com esta Lei que estamos estudan-
do caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos
os fins da legislação trabalhista e previdenciária.
9) O estagiário é diferente do menor aprendiz. O menor aprendiz tem uma relação de em-
prego, aplicando-se as regras trabalhistas e previdenciárias. O estagiário é segurado facultati-
vo da Previdência Social e o menor aprendiz é segurado obrigatório da Previdência Social.
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MAPAS MENTAIS
Documentação essencial
Pedidos
Citação
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REFERÊNCIAS
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: Ltr, 2011.
BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho (1943). Consolidação das Leis do Trabalho. Brasí-
lia: Senado, 1943.
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 11ª Ed. São Paulo: Editora Método, 2015.
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 19ª Ed. São Paulo: Editora LTr, 2019.
DELGADO, Maurício Godinho; DELGADO, Gabriela Neves. A Reforma Trabalhista no Brasil: Com
os comentários à Lei n. 13.467/2017. São Paulo: Editora LTr, 2017.
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