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desde
26/10/2020, exercendo a função de vendedor na unidade localizada em Linhares/ES e
recebendo, em média, quantia equivalente a 1,5 salário-mínimo por mês, a título de
comissão. Em janeiro de 2022, o dono do estabelecimento resolveu instalar mais duas
prateleiras na loja para poder expor mais produtos e, visando economizar dinheiro, fez
a instalação pessoalmente. As prateleiras foram afixadas logo acima do balcão em que
trabalhavam os vendedores. Ocorre que o dono da empresa tinha pouca habilidade
manual, e, por isso, as prateleiras não foram fixadas adequadamente. No dia seguinte
à instalação malfeita, com o peso dos produtos nelas colocadas, as prateleiras caíram
com todo o material, acertando violentamente a cabeça de Heitor, que estava logo
abaixo fazendo um atendimento. Heitor desmaiou com o impacto, foi socorrido e
conduzido ao hospital público, onde recebeu atendimento e levou 50 pontos na
cabeça, testa e face, resultando em uma grande cicatriz que, segundo Heitor, passou a
despertar a atenção das pessoas, que reagiam negativamente ao vê-lo. Heitor teve o
plano de saúde, que era concedido pela sociedade empresária, cancelado após o dia
do incidente e teve de usar suas reservas financeiras para arcar com R$ 1.350,00 em
medicamentos, para aliviar as dores físicas, além de R$ 2.500,00 em sessões de
terapia, pois ficou fragilizado psicologicamente depois do evento. Heitor ficou afastado
em benefício previdenciário por acidente do trabalho (auxílio por incapacidade
temporária acidentária, antigo auxílio doença acidentário, código B-91), teve alta
médica após 3 meses e retornou à empresa com a capacidade laborativa preservada,
mas foi dispensado, sem justa causa, no mesmo dia. Heitor procura você, como
advogado(a), querendo propor alguma medida judicial para defesa dos seus direitos,
pois está desempregado, sem dinheiro para se manter e sentindo-se injustiçado
porque ainda precisará de tratamento médico e suas reservas financeiras acabaram.
Além dos documentos comprobatórios do atendimento hospitalar e gastos, Heitor
exibe a CTPS devidamente assinada pela sociedade empresária e o extrato do FGTS,
onde não constam depósitos nos 3 meses de afastamento pelo INSS. Como advogado
de Heitor, elabore a medida judicial em defesa dos interesses dele. (Valor: 5,00) Obs.:
a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para
dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não
confere pontuação. Nos casos em que a lei exigir liquidação de valores, o examinando
deverá representá-los somente pela expressão “R$”, admitindo-se que o escritório
possui setor próprio ou contratado especificamente para tal fim.
RASCUNHO
Estabilidade – acidente de trabalho – artigo 118 – Lei 8213/91 – Súmula 378, II,
TST
Danos materiais – 186 e 927 CC
Danos morais – artigo 223 B , C, G CLT
FGTS – artigo 15, § 5º, lei 8036/90
Plano de saúde Liminar – 440 TST Súmula
Danos estéticos – artigo 223 B, C e G CLT
Honorários advocatícios – 791 – A , CLT
Justiça gratuita – 790 § 3º, CLT
Petição inicial – 840 § 1º, CLT c/c 319 CPC – por força artigo 769 CLT
Há liminar – 300 CPC – reestabelecimento plano
Vara do trabalho de Linhares
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz do Trabalho da __ Vara do Trabalho de
Linhares – ES
(Espaço de 10 linhas)
I- DOS FATOS
O reclamante trabalhava na reclamada desde 26/10/2020, como vendedor
percebendo a quantia de 1,5 salário mínimo por mês. Em janeiro de 2022, o
proprietário da reclamada resolveu instalar prateleiras para expor mais
produtos de sua loja para vendedores. Ocorre que o fez mal feito de modo que
em um dia de trabalho todos os produtos caíram na cabeça de Heitor que com
o impacto desmaiou, sendo imediatamente conduzido ao hospital público. Ao
ser atendido, o reclamante levou 50 pontos na cabeça, testa e face, o que lhe
ocasionou uma grande cicatriz que passou a despertar reações negativas das
pessoas. Teve seu plano de saúde cortado imediatamente, fazendo com que
utilizasse suas poucas reservas para tratamento, gastando R$1350,00 em
medicamentos além de R$2500,00 em sessões de terapia devido seu abalo
emocional com ocorrido. Ficou afastado por três meses em razão de acidente
de trabalho, de modo que obteve alta médica após tal prazo e ao retornar ao
labor foi imediatamente dispensado sem justa causa. Por fim, no período em
que ficou afastado a reclamada deixou de recolher os pagamentos a título de
FGTS, conforme se comprova com a juntada de documentos.
III- DO DIREITO
III.a – Dos Danos Materiais
O reclamante teve que gastar suas economias tanto com remédios para aliviar
sua dor quanto com sessões de terapia, gastando o que não tinha.
O Código Civil, em seus artigos 186 e 927 determinam que é dever da parte
culpada por ilícito reparar o dano que causou a vítima, que nesta situação
despendeu cerca de R$3850,00.
Portanto requer a condenação da reclamada ao ressarcimento das despesas
no valor R$ 3850,00.
III. e – Do FGTS
O reclamante após sofrer acidente de trabalho, ficou afastado por três meses
com código B 91, nos termos dos documentos. Neste mesmo período a
reclamada deixou de recolher o FGTS conforme se comprova em extrato
anexo.
O § 5º, do artigo 15, da Lei 8036/90, determina que em casos de acidente de
trabalho é dever do empregador efetuar os recolhimentos a título de FGTS, o
que obviamente não foi feito pela reclamada.
Assim, requer a condenação da reclamada ao recolhimento destes três meses
a título de FGTS.