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Coordenação:
Prof. Dr. Almir Ferreira de Sousa
Prof. Dr. Adelino De Bortoli
Prof. Dr. Eduardo Armando
Orientação:
Prof. Ms. Iná Futino Barreto
SÃO PAULO
06 - 2013
Meu agradecimento inicial à minha orientadora Iná,
pelo encorajamento e condução em tantos ensinamentos,
As mestras:
Edith e Júlia
Aos familiares e amigos que direta e indiretamente me deram apoio e suporte, o meu
Muito Obrigada!
“Só fazemos melhor, aquilo que repetidamente insistimos em melhorar.
A busca da excelência não deve ser um objetivo, e sim um hábito.”
The main objective of this paper aimed to “check the consumer awareness and
perception of quality attributes of services offered by Clinical Laboratories, in
correlation with the best practices of PALC - Accreditation Program for Clinical
Laboratories”.
The results obtained confirm the hypothesis of the customer’s perception of the quality
services in Clinic Laboratories based on the requirements studied with the PALC
Norm, contributing directly to marketing researches and also to the best acceptance
and valorization of the Norm within the Clinical Laboratories.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................2
1.1 Situação-problema ______________________________________________ 4
1.2 Objetivos _____________________________________________________ 7
1.3 Justificativa ___________________________________________________ 7
1.4 A importância da Acreditação _____________________________________ 9
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................12
2.1 O Mercado de Laboratórios Clínicos _______________________________ 12
2.2 O Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos – PALC __________ 14
2.3 A Percepção de Qualidade por Parte do Cliente ______________________ 15
3 MÉTODO DE ESTUDO ............................................................................................20
3.1 Coleta de Dados Secundários_____________________________________ 20
3.2 Coleta de Dados Primários ______________________________________ 20
3.3 Limitações da Pesquisa _________________________________________ 22
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ...............................................................................24
REFERÊNCIAS ............................................................................................................35
APÊNDICE ....................................................................................................................39
TABELA DE REQUISITOS SELECIONADOS __________________________ 40
QUESTIONÁRIO APLICADO – 1ª PARTE _____________________________ 42
QUESTIONÁRIO APLICADO – 2ª PARTE _____________________________ 43
ANEXOS ........................................................................................................................44
2
1 – INTRODUÇÃO
A autora não seguiu a carreira de seu pai, mas a de Administradora de Empresas e se dedicou
à carreira profissional na administração do Laboratório. Em função da experiência e das
observações feitas nessas décadas, resolveu aprofundar a análise de características e de
mudanças mercadológicas neste setor.
Os Laboratórios Clínicos são parte da cadeia de assistência à saúde, com o papel de produzir e
fornecer informações diagnósticas no suporte às decisões clínicas. A realização de exames
laboratoriais ocorre em ambiente extremamente complexo, onde coexistem procedimentos,
equipamentos, tecnologia e conhecimento humano (SHCOLNIK, 2012), que se modificam
continuamente tanto por questões tecnológicas, científicas ou mesmo de mercado.
O grande movimento pela qualidade em laboratórios tem sido impulsionado por requisitos
legais e o de reconhecimento da qualidade via programas de acreditação.
qualidade, que vai além do cuidado com o processo analítico. Essa resolução aborda desde os
passos para a coleta de material até a emissão dos laudos. Além disso, o regulamento trata
ainda da Organização da Empresa, Recursos Humanos, Infraestrutura e Biossegurança dos
Laboratórios Clínicos. (QUALICHART, 2013).
Segundo Shcolnik (2000), o Programa de Acreditação para Laboratórios Clínicos (PALC) foi
instituído como resposta às persistentes alegações e várias evidências de más práticas,
inexistência de padrões e possibilidade de fraude nos processos laboratoriais. Erros
laboratoriais já vêm sendo estudados há muitos anos e confirmam a necessidade da prática de
controles e auditorias.
1.1 – Situação-problema
Para iniciar a contextualização deste cenário, o cliente é identificado como pessoa que compra
os serviços em medicina laboratorial, podendo ser o médico, a operadora de saúde ou mesmo
uma empresa. O consumidor, no caso de Laboratórios Clínicos, é o paciente ou o fornecedor
de uma determinada amostra biológica.
A seguir, ainda na fase pré-analítica são fornecidas e/ ou coletadas as amostras necessárias aos
exames a serem realizadas, por profissional técnico habilitado.
1.2 – Objetivos
Nesse contexto, a hipótese que norteia este trabalho é: Verificar se pode haver a percepção de
qualidade do consumidor final de serviços de Laboratórios Clínicos, em função da Norma
PALC – Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos da SBPC/ML.
Objetivos específicos:
• Identificar dentre os itens da Norma PALC, quais requisitos podem ser considerados
como importantes na percepção por qualidade na prestação de serviços, pelo
consumidor final destes serviços;
• Confirmar ou negar a existência de percepção de qualidade por parte do consumidor
final, nos requisitos escolhidos na Norma PALC.
Importante citar que foram pesquisados apenas 2(dois) laboratórios, e que as conclusões
dizem respeito a apenas esses 2(dois) laboratórios, não sendo possível nesta pesquisa fazer
extrapolações de minhas conclusões para os demais laboratórios.
1.3 – Justificativa
De tal forma, o laboratório precisa estar preparado, com a alta diretoria envolvida e
possibilitando a gestão da política de qualidade proposta pelo Programa de Certificação
PALC. O conjunto de normas da qualidade disciplina a organização, o funcionamento e as
condições sob as quais os exames no Laboratório Clínico são planejados, registrados,
realizados, monitorados, assinados, liberados, e as amostras e os laudos arquivados e
conservados (SANCET, 2013).
9
Como contribuição acadêmica e pratica, esta análise não só despertará, mas mostrará junto
aos mais diversos players, acadêmicos e práticos, a evolução do conceito qualidade na
prestação de serviços em Laboratórios Clínicos, para atender um mercado crescente e cada
vez mais exigente.
O Laboratório Clínico pode escolher o órgão acreditador, baseando-se em seu conceito junto
ao mercado, tempo de existência, e na capacitação técnica dos auditores do órgão acreditador.
Estes órgãos acreditadores incentivam todos os colaboradores do laboratório, a adotarem as
boas práticas que resultarão em qualidade reconhecida.
O programa PALC da SBPC/ML realiza auditorias “por pares”, ou seja por profissionais com
conhecimento e vivência na área de laboratórios, o que possibilita a troca de experiências
entre auditores e o laboratório auditado.
Este estudo utilizou dois Laboratórios Clínicos, ambos no Interior do Estado de São Paulo,
que cumprem o programa PALC da SBPC/ML e cujos dados estão descritos na tabela 1.
10
Unidades de atendimento 12 08
2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Dos mais de 15.000 Laboratórios Clínicos, apenas 106 estão acreditados pela Certificação
PALC da SBPC/ML. Destes acreditados menos de 10 são de iniciativa pública, ligados a
laboratórios centrais de hospitais públicos. (www.sbpc.org.br, consulta em 31/05/2013).
RECEITA PARTICIPAÇÃO NO
(R$ MILHÕES) MERCADO
Segundo Campana (2012), essa importante tendência de atuação integrada, como Centros
Diagnósticos proporciona alguns outros benefícios, como o conforto gerado ao paciente,
pautado no conceito One-stop-shop, isto é, em uma única visita a um prestador de serviços o
paciente encontra e realiza toda sua série de exames, reduzindo seu deslocamento, tempo de
ausência no trabalho, dias de jejum e preparos, entre outros.
A medicina laboratorial mudou bastante nos últimos anos. O avanço de tecnologias e a grande
pressão sobre os custos se traduzem na máxima fazer um número maior de exames com
menos equipamentos, pessoas, tempo, etc.. Estima-se que no Brasil, em 2011, essas
especialidades juntas realizaram 1,4 bilhão de exames, sendo as análises clínicas responsáveis
por cerca de 81% deste volume, a Anatomia Patológica por 2% e os 17% restantes realizados
na Radiologia (CAMPANA, 2012).
Diversos elementos que indicam maior utilização da medicina diagnóstica no futuro são
citados por Campana (2011). Em primeiro lugar, o envelhecimento e, por consequência, uma
grande modificação no perfil da população brasileira. Com o maior envelhecimento da
população, prevê-se maior prevalência de doenças crônicas, elevando a necessidade de
realização de exames por essa população. O impacto do envelhecimento da sociedade ocorre
também nos custos da saúde, onde acarretará a maior utilização dos serviços de saúde pela
população idosa projetando um aumento na utilização das operadoras de saúde e,
consequentemente, maior pressão por custos sob os prestadores de serviços.
14
Há também uma mudança no perfil do cliente consumidor, que passou a ser considerado um
fator decisivo na utilização da medicina. A facilidade de acesso à informação permite que o
usuário do mercado de saúde conheça e entenda mais das atualidades e evoluções na área
médica e também de sua condição como paciente.
Como citado na justificativa desse estudo, a norma PALC, tem como objetivo a melhoria de
qualidade de desempenho dos Laboratórios Clínicos, colocando à sua disposição subsídios
educativos apropriados e realizando avaliações imparciais e objetivas, através de profissionais
tecnicamente habilitados nas diversas áreas do laboratório.
As normas para Acreditação de Serviços de Saúde, segundo Meira (2012), geralmente são
desenvolvidas com envolvimento das comunidades científicas, técnicas e/ou clínicas, que
buscam definir as melhorias práticas baseadas nos princípios de gestão e melhoria contínua da
qualidade e segurança do paciente. Por esse motivo, as Normas de Acreditação tem foco mais
técnico, mas, em suas novas versões, tem acrescido itens que também se preocupam em
contribuir com a melhoria da gestão dos laboratórios, através de indicadores e análise crítica.
Por ter foco técnico, as auditorias são feitas por auditores que conhecem os processos
laboratoriais. A equipe de auditores e o tempo disponível para auditoria variam de acordo com
o tamanho da empresa, com a complexidade dos serviços prestados e número de unidades de
atendimento.
Sabe-se que as principais causas de erros ocorrem na fase pré-analítica, antes da análise
laboratorial, (fase descrita acima em 1.1), sobre a qual os laboratórios detêm menor controle,
por serem processos, que apesar de padronizados via software, dependem de fatores humanos
na sua execução.
15
A norma PALC está baseada em 17 (dezessete) itens que contemplam todas as atividades e
setores designados à completa operação de um Laboratório Clínico (vide Anexo I). A norma
preconiza documentação específica utilizada para o cumprimento do Programa. Essa
documentação é composta por Manuais e POPs - Procedimentos Operacionais Padrão,
documentos esses geridos e acompanhados pela estrutura de Gestão da Qualidade.
Dos 17 itens tratados na norma PALC, (ANEXO 1), foram escolhidos os seguintes itens:
Estes itens (reproduzidos na integra no ANEXO 2), contem 27 requisitos. Destes foram
escolhidos 12 requisitos que são relacionados à qualidade pela percepção do cliente, por se
tratarem de processos que ocorrem na fase pré-analítica, onde ocorre o contato direto do
cliente com a prestação de serviço.
Dos 17 itens, apenas os dois itens escolhidos e analisados, demonstram co-relação com a
percepção de qualidade do cliente consumidor final com a prestação de serviços no
Laboratórios Clínicos, uma vez que os outros itens tratam a funcionalidade do laboratório em
setores que não são de contato com o cliente consumidor final. Os itens escolhidos serão
analisados mais profundamente no capitulo Metodologia de Pesquisa.
Segundo Pedroso (2011), os usuários de medicina diagnóstica são os pacientes que realizam
seus exames. A maioria dos procedimentos é solicitada pelos médicos. A escolha pelo
prestador de serviços é realizada pelo usuário, influenciado pela recomendação dos médicos,
por outros usuários, e por proximidade ou facilidade de acesso. Por outro lado, as operadoras
de planos de saúde limitam a escolha, ao possibilitar o acesso somente aos prestadores
credenciados para o plano contratado.
16
Ainda, conforme Pedroso (2011), a percepção da experiência do serviço ocorre nos diferentes
pontos de contato com os usuários, seus responsáveis e acompanhantes, médicos e operadoras
de planos de saúde. A ilustração 2 ilustra um ciclo de experiência em serviços de medicina
diagnóstica.
Como um atributo competitivo de produção, podemos definir a qualidade como fazer certo da
primeira vez ou, então, manter os processos sob controle. Isto se aplica a rotinas técnicas
(repetições, por exemplo), controles internos de qualidade, processos de suporte etc., justifica
Campana (2011) ao atribuir parte das atividades em Medicina Laboratorial como vinculadas à
produção do resultado de exame.
Segundo Dal Forno (2005) a qualidade trás, como benefício maior, competitividade, melhoria
da imagem institucional, satisfação dos colaboradores, clima organizacional positivo, entre
outros. A avaliação da qualidade em serviços surge ao longo do processo de prestação, que
ocorre no encontro entre o cliente e um funcionário da linha de frente da empresa.
17
A satisfação do cliente, com a qualidade do serviço, pode ser definida pela comparação da
percepção do serviço prestado com a expectativa do serviço desejado. As cinco dimensões
que os clientes utilizam para julgar a qualidade dos serviços foram definidas inicialmente por
Parsu Parasuraman, Valerie Zeithalm e Leonard Berry, que são aplicáveis a diversos
contextos de serviços (ZEITHALM, BITNER, 2011, pg 150). Essas dimensões são definidas
como condutores da qualidade do serviço prestado, pois lidam com a percepção do cliente e
estão demonstradas na Ilustração 3 abaixo .
Ainda segundo Zeithalm e Bitner (2011), existe a tendência de se utilizar os termos satisfação
e qualidade em serviços como se tivessem o mesmo sentido, mas os pesquisadores tentam ser
mais precisos quanto ao significado e aplicação destes dois termos. Há o consenso de que os
dois conceitos são diferentes em seus agentes causais e os desfechos em que resultam, e que
qualidade do serviço percebido é um componente da satisfação do cliente. No caso de
serviços considerados puros (ZEITHALM, BITNER, 2011, pg 149), como é o caso de saúde,
serviços financeiros e educação, a qualidade em serviços é sempre o componente dominante
nas avaliações por parte do cliente.
É importante também frisar os aspectos citados por Kotler (1998), que definem o setor de
serviços. São aspectos que demonstram como ocorre o contato entre fornecedor do serviço e
consumidor e que devem ser observados na formulação das estratégias de treinamento e
manutenção dos critérios de qualidade, tais como:
Uma mudança significativa é observada no comportamento dos clientes, que começam a fazer
prevalecer seu direito de escolha para os serviços de saúde. Mais exigentes, eles passaram a
valorizar mais o atendimento em todas as suas fases (agendamento telefônico, recepção,
abertura de ficha etc.), assim como aumenta o grau de confiabilidade uma vez, que o serviço
de saúde cumpre ao entregar ao cliente aquilo que foi previamente acordado: o exame
solicitado por meio de uma metodologia determinada dentro de um prazo de entrega
contratado. (CAMPANA, et al,, 2011).
3 - MÉTODO DE ESTUDO
A metodologia utilizada para a extração da amostra foi do tipo intencional. Isto significa que
foram escolhidos dois laboratórios, intencionalmente, por terem tamanho médio em termos de
mercado. Na sala de cafezinho, os futuros entrevistados foram abordados aleatoriamente,
sendo o único filtro o de maioridade.
São dados obtidos em fontes públicas e publicados de livre acesso a qualquer pessoa. Este é o
caso dos dados relativos ao mercado de Laboratórios Clínicos, com utilização das fontes
ANS, ANVISA, SBPC, sites, entre outras mencionadas na listagem de referências. Estes
dados são os únicos disponíveis e gratuitos.
Trata-se de dados coletados especificamente para confirmar ou negar hipóteses como é o caso
da pesquisa realizada junto aos consumidores finais de serviços de Laboratórios Clínicos,
conforme questionários de pesquisa Parte 1 e 2 (Apêndices). São dados sob medida
específicos para este estudo. Os objetivos, a metodologia e os resultados de pesquisa estão
mostrados no capítulo 4 – Análise dos Resultados de Pesquisa.
Esta pesquisa foi realizada em dois laboratórios, (citados no capitulo 1, item 1.1), de médio
porte no interior do estado de São Paulo, ambos com certificação PALC. Também foram
21
analisados dados encontrados nos sites de cada laboratório, prêmios conquistados e outros
números e parâmetros de cada empresa, conforme Tabela 1 acima.
Foi aplicado questionário com os clientes nos dois laboratórios estudados, utilizando-se como
base a metodologia SERVQUAL (ZEITHAML, BITNER, 2011, p190) e adequando-se esse
modelo aos requisitos da Norma PALC, nos itens 8 e 17, escolhidos justamente por
apresentarem critérios que geram percepção de qualidade junto ao consumidor final de
Laboratórios Clínicos.
As questões foram baseadas nos 2 itens escolhidos da Norma PALC – versão 2010, conforme
descrição no ANEXO 1. Dos 17 itens, foram escolhidos os 2 itens abaixo descriminados.
Nestes 2 itens, foram escolhidos 12 requisitos que passaram a ser as principais áreas de
abordagem do questionário aplicado. As questões para o Laboratório Ideal foram elaboradas
com base nestes 12 requisitos da Norma PALC e estão descritas em quadro no Apêndice.
Também considero como limitação deste trabalho não ter como comparar os dados obtidos na
pesquisa com informações de Laboratórios não acreditados. A pesquisa foi realizada apenas
com Laboratórios acreditados, onde a cultura pela busca de melhoria continua já está engajada
nas rotinas de trabalho por parte de todo o grupo de colaboradores. Interessante seria poder
fazer este comparativo, com Laboratórios não acreditados, ou mesmo no processo de
certificação, verificando o nível de percepção do cliente em situações antes e depois da
acreditação.
24
Integralmente
Integralmente
Concordo
Concordo
Discordo
DI Discordo Integralmente
CI Concordo Integralmente
DI C CI
respostas
válidas
Total
QUESTÕES
1 2 3 4 5
Importante citar que houveram respostas não preenchidas, motivo pelo qual algumas questões
não totalizam quantidade 106 na somatória de questionários respondidos.
Integralmente
Concordo
Concordo
Discordo
DI C CI
Questões
Dados Percentuais
1 2 3 4 5 %
1 2 2 6 90 100
2 2 4 17 77 100
3 3 8 89 100
4 5 8 87 100
5 3 6 6 85 100
6 2 4 15 79 100
7 2 4 16 78 100
8 1 8 91 100
9 8 92 100
10 4 96 100
11 2 2 2 94 100
12 2 4 94 100
A análise dos dados levantados nos questionários que considera para o cliente um Laboratório
Ideal, nos permite concluir claramente o grau de concordância do cliente, visto os percentuais
atingidos nos níveis de 3 a 5, onde há a maior prevalênci, demonstrando que o cliente percebe
qualidade nos serviços prestados, conforme os requisitos propostos na Norma PALC,
conforme tabela 3 e também representados no Gráfico 1.
100
Porcentagem %
1. Discordo
90 Integralmente
80
2.
70
60
50 3. Concordo
40
30 4.
20
10 5. Concordo
Integralmente
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Questões
Conforme as proporções demonstradas acima, verificou-se que existe clara aderência entre os
requisitos listados pela Norma PALC e sua associação com a percepção do atributo qualidade
junto aos clientes-consumidores finais de Laboratórios Clínicos.
RESPOSTA
DI C CI
PONDE -
RAÇÃO
TOTAL
(N.A.)
QUESTÕES
1 2 3 4 5
Integralmente
Integralmente
Concordo
Concordo
Discordo
DI Discordo Integralmente
CI Concordo Integralmente
DI C CI
respostas
válidas
Total
QUESTÕES
1 2 3 4 5
Integralmente
Integralmente
Concordo
Concordo
Discordo
DI C CI
Questões
Dados Percentuais
1 2 3 4 5 %
1 2 98 100
2 9 2 13 11 65 100
3 8 12 81 100
4 100 100
5 4 2 94 100
6 4 2 94 100
7 2 4 8 86 100
8 6 4 90 100
9 4 96 100
10 2 4 94 100
11 4 2 6 11 77 100
12 5 12 8 75 100
100
Porcentagem %
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Questões
Também na análise obtida nos questionários dos Laboratórios pesquisados verificou-se que
existe clara aderência entre os requisitos listados pela Norma PALC e sua associação com a
percepção do atributo qualidade junto aos clientes-consumidores finais de Laboratórios
Clínicos.
Tabela 7 - Comparativo percentual (%) entre Laboratório IDEAL e Laboratórios para respostas
no nível 5 onde o cliente Concorda Integralmente
Questões
CI = Concorda Integralmente
100
90
80
70
Porcentagem %
60
50
Laboratório
40 IDEAL
30
Laboratórios
20
Pesquisados
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Questões
RESPOSTA
DI C CI
PONDE -
RAÇÃO
TOTAL
(N.A.)
QUESTÕES
1 2 3 4 5
Estes resultados serão mostrados aos gestores dos laboratórios utilizados na amostra e, além
disto, serão mostradas no próximo Congresso as SBPC/ML a ser realizado em São Paulo em
setembro/2013.
Finalmente estes resultados serviram para confirmar a hipótese proposta neste trabalho, que
identifica a existência de percepção de qualidade do consumidor final de serviços de
Laboratórios Clínicos, com base nos requisitos da Norma PALC – Programa de Acreditação
de Laboratórios Clínicos da Sociedade Brasileira de Patologia Clinica/Medicina Laboratorial.
34
5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Também não podemos deixar de considerar o fato de no Brasil apenas 106 Laboratórios
serem acreditados, num universo de mais de 15000 Laboratórios Clínicos, e que qualquer
estudo realizado na área certamente trará subsídios e possibilidades de novas metodologias
para verificação de ganhos na gestão como um todo, seja em processos, seja em resultados
apontados.
Portanto, é possível afirmar o quanto esta descoberta foi surpreendente, dado que todos
achavam que a acreditação não ajudava em nada na percepção do cliente. Com o resultado do
estudo nos dois Laboratórios, foi possível demonstrar a importância e relevância que pode ser
dada aos Programas de Acreditação, uma vez que é possível identificar a percepção de
qualidade por parte do cliente, baseado nos requisitos de verificação existentes na Norma
estudada. Assim, o resultado deste trabalho poderá ser mostrado aos gestores dos dois
laboratórios, identificando que sua pressuposição não se confirmou e também indicando quais
itens da pesquisa tiveram maior relevância.
Importante ressaltar que este estudo limitou-se a dois laboratórios acreditados pelo PALC. Por
outro lado permite que no futuro esta mesma metodologia, assim como outras pesquisas
possam ser utilizadas junto a laboratórios ainda não acreditados, ou mesmo como referência a
outros Programas de Acreditação no setor de serviços em saúde.
REFERÊNCIAS
BALLARATI, Carlos F. Palestra - Novas Perspectivas para o Mercado sob a Ótica do:
Comprador, Fornecedor, Prestador e Governo. Congresso Brasileiro de Gestão em Saúde
– IEPAS, 23/05/2013
DIAS, Sérgio. R. (Org.). Gestão de marketing. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2011
GLOSSÁRIO:
Medicina Laboratorial Ou Patologia Clínica, é uma especialidade médica que tem por
objetivo auxiliar profissionais de saúde de diversas
especialidades no diagnóstico e acompanhamento clínico de
estados de saúde e doença, através da análise de sangue, urina,
fezes e outros fluidos orgânicos (como líquor, líquido sinovial,
líquido ascítico, fluido seminal, etc).
NBR ISO 9000 Norma Brasileira que com um conjunto de normas técnicas
estabelece um modelo de gestão da qualidade para organizações
em geral
APÊNDICE
40
LABORATÓRIO IDEAL
Instruções: Baseado em sua experiência como cliente de Laboratório Clínico, pense sobre a natureza da
empresa que forneceria serviços em medicina laboratorial com excelente qualidade. Pense em um laboratório
com no qual você teria prazer em realizar seus exames, como um LABORATÓRIO IDEAL, excelente. Por
favor, para cada item demonstre a real necessidade dessa empresa de medicina laboratorial possuir as
características descritas. Se você sente que a característica não é de forma alguma essencial para um
laboratório, como a que você tem em mente, assinale 1 (). Caso você sinta que a característica é
absolutamente essencial para um laboratório, assinale 5 (). Caso o seu sentimento seja que a característica
está entre essas duas percepções assinale uma opção intermediária. Não há respostas certas ou erradas - tudo
que nós estamos interessados é em um número que reflita verdadeiramente seus sentimentos observando
laboratórios que poderiam fornecer excelente qualidade de serviço.
LEGENDA:
- concordo integralmente
- concordo 1 2 3 4 5
- discordo integralmente
1. O Laboratório ideal oferece uma requisição de serviço ou ordem de serviços 1 2 3 4 5
com perfeita identificação do cliente e dos exames a serem realizados?
2. Quando precisar realizar um exame com urgência, o Laboratório ideal vai 1 2 3 4 5
identificar essa urgência em sua Ordem de Serviço e no momento da coleta?
3. Quando tiver que receber instruções detalhadas para coleta de exame, o 1 2 3 4 5
Laboratório ideal irá lhe fornecer instruções por escrito de forma clara e
objetiva?
4. O Laboratório ideal solicita ao cliente documento que comprove sua 1 2 3 4 5
identificação para o cadastro?
5. O Laboratório ideal confirma sua identificação no momento da coleta? 1 2 3 4 5
LABORATÓRIO ESPECÍFICO
Instruções: O conjunto de afirmações a seguir refere-se à sua percepção sobre o Lab. __________. Para cada
uma das afirmações indique o quanto você acredita que o Lab. _________ atinge. Ou seja, caso você assinale o
1, isto quer dizer que você discorda totalmente que o Lab. _________ tenha alcançado esta característica; e caso
você assinale 5, isto quer dizer que você concorda totalmente que o Lab. _________ atingiu esta característica.
Você pode assinalar qualquer número intermediário que identifique sua percepção ou seu sentimento com
relação à afirmação.
LEGENDA:
- concordo integralmente
- concordo 1 2 3 4 5
- discordo integralmente
1. O Laboratório ofereceu uma requisição de serviço ou ordem de serviços com 1 2 3 4 5
identificação do seu nome, idade e dos exames a serem realizados?
ANEXOS
45
n° Requisitos
ITENS - NORMA PALC nº de
item requisitos analisados
1 Organização Geral e Gestão 7
11 Garantia da Qualidade 17
13 Gestão de Pessoal 9
TOTAL 147 12
Serão apenas reproduzidos como anexo, os itens que foram utilizados na pesquisa.
46
8.6 O Sistema de Gestão da Qualidade do laboratório deve Verificar se o cadastro de cada atendimento
47
transporte.
Fonte: Extraído da NORMA PALC - versão 2010 - SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA /
MEDICINA LABORATORIAL
50
Fonte: Extraído da NORMA PALC - versão 2010 - SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA /
MEDICINA LABORATORIAL