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VANTAGENS E DESVANTAGENS DA SISTEMATIZAÇÃO DA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PARA A PRÁTICA CLÍNICA DO


ENFERMEIRO
Santos, DTR , Berwanger DC, Matos FGOA, Alves DCI, Ansolin AGA.

Universidade Estadual do Oeste do Paraná. E-mail:


djuliaberwanger@hotmail.com

Introdução: A prática de enfermagem sistematizada permite a identificação


das necessidades de cuidado manifestadas e/ou referidas pelos clientes e
familiares em sua totalidade, além e proporcionar diálogo com os demais
membros da equipe de saúde para a concretização e melhorias do cuidado,
compondo uma tática adequada a uma prática centrada na pessoa e não
somente nas tarefas ou na doença. A implementação da Sistematização da
Assistência de Enfermagem (SAE), nas instituições de saúde, proporciona
autonomia, valorização e qualificação profissional e individualização e
humanização da assistência ao cliente. Contudo, na prática os enfermeiros
estão deixando de valorizar sua profissão, realizando atividades/tarefas
administrativas e a assistência prestada é fundamentada apenas nas análises
médicas, contribuindo, então, para estagnação da profissão. Objetivo:
Identificar as vantagens e as desvantagens relacionadas à realização da SAE
na prática clínica do enfermeiro. Metodo: Trata-se de estudo descritivo com
análise quantitativa dos dados, desenvolvido nas unidades de internação de
um hospital da região oeste do Paraná que tinha a SAE implantada ou em
processo de implantação. A coleta de dados foi realizada por meio de
entrevista individual aos enfermeiros que aceitaram voluntariamente participar
do estudo, totalizando 29 sujeitos de estudo. As entrevistas foram realizadas
nos setores de atuação de cada enfermeiro, no período de outubro de 2013 a
março de 2014. A pesquisa foi desenvolvida de acordo com as normas da
Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde e tem parecer favorável do
Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados e Discussões: Os achados do
estudo demonstraram inúmeras vantagens obtidas com a realização da SAE
tanto para a enfermagem, quanto para a instituição e para o cliente e sua
família. Os enfermeiros entrevistados apontaram 10 (100%) eventos
considerados vantajosos decorrentes da ação sistematizada de enfermagem: o
cuidado individualizado, humanizado e integral para os clientes (n=28; 96,5%);
direcionamento da prática e favorecimento a tomada de decisão (n=27; 93,2%);
avanços na qualidade da assistência (n=26; 89,7%); otimização dos registros e
recuperação de dados (n=25; 86,2%); valorização profissional (n=24; 82,7%);
melhoria na condição de saúde dos clientes (n=24; 82,7 %); autonomia
profissional (n=23; 79,3%); maior interação da equipe de enfermagem (n=23;
79,3%); satisfação do usuário (n=20; 68,9%) e favorecimento do controle de
custos e de auditoria (n=15; 51,7%). As desvantagens levantadas pelos
enfermeiros entrevistados foram: necessidade de acompanhamento sequencial
do paciente (n=01; 33,3%), necessidade de quantitativo suficiente de
enfermeiros para a realização da SAE (n=01; 33,3%) e necessidade de tempo
suficiente para avaliar, prescrever, realizar as condutas necessárias e registrar
as respostas do pacientes no prontuário (n=01; 33,3%), mas na verdade, as
mesmas se caracterizam como “dificuldades” para a realização da SAE e não
como “desvantagens” da realização da mesma. Conclusão: a realização da
SAE traz inúmeros benefícios para a enfermagem, para a equipe
multiprofissional, para a instituição e principalmente para o paciente e sua
família. No entanto, o simples fato de realizar a SAE não garante que o cuidado
prestado seja qualificado. É necessário que haja comprometimento de toda
equipe de enfermagem para tornar a prática da SAE uma realidade.

Palavras-chave: Enfermagem, Cuidados de Enfermagem, Planejamento de


Assistência ao Paciente, Avaliação de Enfermagem, Processos de
Enfermagem.
LISTA DE SIGLAS

AE- Auditoria de Enfermagem

CEP- Comitê de Ética em Pesquisa

CIPE- Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem

COFEN- Conselho Federal de Enfermagem

HUOP- Hospital Universitário do Oeste do Paraná

NANDA- North American Nursing Diagnosis Association

NANDA-I – North American Nursing Diagnosis Association-Internacional

NIC- Nursing Intervention Classification

NNN- NANDA-NIC-NOC
NOC- Nursing Outcomes Classification

RJ- Rio de Janeiro

SAE- Sistematização da Assistência de Enfermagem

SUS- Sistema Único de Saúde

TCLE- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UNIOESTE- Universidade Estadual do Oeste do Paraná

UTI- Unidade de Terapia Intensiva

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – Caracterização dos enfermeiros que atuavam no hospital em


estudo (N = 29) quanto à idade, gênero, conteúdo sobre SAE na graduação,
conhecimento sobre SAE e realização da SAE no cotidiano de trabalho.
Cascavel, 2014..................................................................................................29

TABELA 2 – Distribuição das vantagens identificadas na realização da SAE


pelos enfermeiros entrevistados. Cascavel, 2014.............................................31

TABELA 3 – Distribuição das desvantagens identificadas na realização da SAE


pelos enfermeiros entrevistados. Cascavel, 2014.............................................43
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 8
2. ASPECTOS CONCEITUAIS ................................................................................... 13
2.1 A UTILIZAÇÃO DA SAE NA PRÁTICA CLÍNICA DO ENFERMEIRO ............... 13
2.2 ETAPAS DA SAE ............................................................................................. 14
2.3 CLASSIFICAÇÕES DE ENFERMAGEM .......................................................... 16
3) OBJETIVO ............................................................................................................. 19
4. METODOLOGIA ..................................................................................................... 20
4.1 TIPO DE ESTUDO ........................................................................................... 20
4.2 LOCAL DE ESTUDO ........................................................................................ 20
4.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA DE ESTUDO........................................................ 21
4.4 COLETA DE DADOS ....................................................................................... 21
4.5 INSTRUMENTO DE COLETA DOS DADOS .................................................... 22
4.6 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS.................................................. 22
4.7 QUESTÕES ÉTICAS........................................................................................ 23
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES: .......................................................................... 24
5.1 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA ................................................................ 24
5.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS DA IMPLANTAÇÃO DA SAE NA PRÁTICA
CLÍNICA ................................................................................................................. 25
5.2.1 Vantagens da Realização da SAE na Prática Clínica ................................ 25
5.2.1.1 Cuidado humanizado, individualizado e integral: ............................... 26
5.2.1.2 Direcionamento da prática e favorecimento da tomada de decisão ... 28
5.2.1.3 Avanços na qualidade da assistência prestada ................................. 29
5.2.1.4 Otimização dos registros e recuperação de dados ............................ 30
5.2.1.5 Valorização profissional..................................................................... 31
5.2.1.6 Melhoria na condição de saúde dos clientes ..................................... 33
5.2.1.7 Autonomia profissional ...................................................................... 33
5.2.1.8 Maior interação da equipe de enfermagem ....................................... 35
5.2.1.9 Satisfação do usuário ........................................................................ 36
5.2.1.10 Favorecimento do controle de custos e de auditoria ........................ 36
5.2.2 DESVANTAGENS DA REALIZAÇÃO DA SAE NA PRÁTICA CLÍNICA .... 37
6 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 40
APÊNDICES ............................................................................................................... 53
APÊNDICE I: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido .................................. 54
APENDICE II: Instrumento de Coleta de Dados ..................................................... 55
ANEXOS .................................................................................................................... 56
Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa................................................................64
8

INTRODUÇÃO

A enfermagem organiza-se e expressa sua ação no cuidado ao


indivíduo em vários ambientes, envolvendo aspectos físicos, psicológicos e
sociais da natureza humana. O estado de saúde e o bem-estar das pessoas
são objetos de preocupação desta profissão. Portanto, o exercício da
enfermagem tem como maior finalidade, agir especificamente em favor das
pessoas (REPPETTO; SOUZA, 2005).

A enfermagem vem se desenvolvendo dentro de um contexto histórico


de produção política, econômica e social, o que determina o modelo das
práticas em saúde. Inicialmente a enfermagem era praticada por freiras, as
quais prestavam cuidados aos doentes sem qualquer conhecimento científico,
apenas com experiências anteriores. Segundo Tannure e Pinheiro (2010), a
partir do século XIX, Florence Nightingale preocupou-se com a questão teórica
na enfermagem, argumentando que a profissão requeria conhecimentos
distintos dos da medicina. Assim idealizou uma profissão embasada em
reflexões e questionamentos, tendo por objetivo edificá-la sob uma estrutura de
conhecimentos científicos diferentes do modelo biomédico.

Mesmo com a influência de Florence Nightingale, a enfermagem


exerceu ações, por muito tempo, de modo intuitivo, não sistematizado, dando
enfoque maior na doença e não ao paciente como um todo. Desse modo, a
enfermagem quase estagnou centrada no modelo biomédico (SOUZA, 1984
apud TANNURE; PINHEIRO, 2010).

Ainda segundo o autor acima citado, após guerras mundiais,


desenvolvimento da educação e da ciência, modificações socioeconômicas e
políticas e revoluções feministas, as enfermeiras norte-americanas sentiram a
necessidade de questionar e refletir sobre a situação profissional em que
estavam inseridas. Então, iniciou-se o aprimoramento na educação de
enfermagem para, assim, alcançar a melhoria na qualidade do cuidado
prestado à população. E ainda, perceberam a necessidade de desenvolver um
corpo de conhecimentos específicos e organizados para a enfermagem.
9

Iniciaram-se, então, a partir da década de 1950, a elaboração das


Teorias de Enfermagem para definir conceitos, descrever, explicar e determinar
o campo de domínio da profissão. Na metade da década de 1960, Wanda de
Aguiar Horta, primeira enfermeira brasileira a falar da teoria no campo
profissional, elaborou a Teoria das Necessidades Humanas Básicas, e propôs
às enfermeiras brasileiras uma assistência sistematizada que introduziu no
Brasil uma nova visão de enfermagem (HORTA, 1979). É neste contexto que a
SAE começa a ser utilizada como método científico para organizar o cuidado.

Wanda de Aguiar Horta inspirou-se na Teoria da motivação humana de


Maslow (necessidades fisiológicas, segurança, amor, estima e autorrealização),
esta, fundamentada nas necessidades psicobiológicas, psicossociais e
psicoespirituais, para desenvolver seus estudos (VARGAS; FRANÇA, 2007).

A partir das décadas de 1970 e 1980, iniciou-se, no Brasil, a aplicação


do Processo de Enfermagem nas instituições de saúde e no ensino de
enfermagem (NEVES; SHIMIZU, 2010). Horta, portanto, propôs as primeiras
tentativas de sistematizar os cuidados de enfermagem no país, porém foi só
em 1986, com a Lei n° 7.498/86 que regulamenta o Exercício Profissional da
Enfermagem, a consulta e a prescrição de enfermagem passaram a ser
atividades privativas do enfermeiro (MANGUEIRA et al., 2012).

A SAE passou a ser obrigatoriedade em todas as instituições de saúde


no Brasil após o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) estabelecer a
Resolução n° 272/2002 (COFEN, 2002). Em 2009, o mesmo reformula e amplia
a obrigatoriedade da SAE e a implementação do Processo de Enfermagem
(PE) para todos os ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado
profissional de Enfermagem, por meio da Resolução n° 358/2009 (COFEN,
2009; MANGUEIRA et al., 2012).

A Lei do Exercício Profissional (Lei nº 7.498/86), que regulamenta a


prática de enfermagem e propõe a sistematização do cuidado, por si só não
garante a mudança da prática assistencial. Faz-se necessária a discussão
ampla acerca dos referenciais do cuidado em saúde e dos modelos de gestão
10

(CASTILHO; RIBEIRO; CHIRELLI, 2009). Esses autores, acrescenta ainda, pg.


283, que para a efetivação da SAE,

[...] há necessidade de um apoio institucional, identificando que [...] a


implantação do processo de enfermagem exige autonomia e
responsabilidade [...] e que é imprescindível que as instituições de
saúde propiciem todas as condições necessárias para executar de
maneira efetiva a SAE. É fundamental que a instituição reconheça a
SAE, cuja documentação deve constar no prontuário do paciente e
fazer parte da rotina de trabalho para que a sistematização seja
valorizada pelos profissionais da equipe de saúde. Existência de
recursos humanos adequados foi outra condição citada por alguns
autores para que haja disponibilidade da equipe de enfermagem para
a implantação da SAE, além da elaboração de manuais e rotinas para
[...] racionalizar o trabalho [..]

Como já mencionado, a implantação da SAE constitui uma exigência


para as instituições de saúde, tanto públicas como privadas de todo o Brasil.
Apesar disso, a prática profissional cotidiana tem demonstrado que o PE ainda
não se encontra totalmente implantado nos serviços de saúde, como também
muitas dificuldades são encontradas na implementação desse processo
(MEDEIROS; SANTOS; CABRAL, 2012).

O planejamento da assistência de enfermagem é uma atividade


privativa do enfermeiro, o qual ao executá-la, deve levar em consideração a
avaliação do cliente e suas necessidades, assegurando o cuidado de forma
integral e sistematizada (FELIX; RODRIGUES; OLIVEIRA, 2009). A ausência
de planejamento nas atividades compromete a gerência e pode gerar
necessidade de realização de atividades que não obtiveram êxito. O uso da
SAE permite economia de tempo uma vez que evita refazer tarefas por falta de
planejamento (ANDRADE; VIEIRA, 2005).

Para trabalhar com a SAE é necessário utilizar um referencial teórico


adequado, ter boa interação da equipe multidisciplinar, ser adaptada de acordo
com a realidade de cada instituição e ter como principal foco a qualidade da
assistência e a segurança ao paciente. A SAE proporciona à enfermagem
autonomia profissional, utilizando bases científicas e teóricas que só serão
alcançadas com a aplicação sistemática do PE (RODRIGUES et al., 2007).

Segundo Truppel et al. (2009) não apenas os benefícios diretos ao


paciente são observados com a utilização da SAE, mas, também, os benefícios
11

voltados à instituição e aos demais profissionais da equipe de saúde. Os


gastos com erros e desperdícios de tempo resultantes de um ambiente de
trabalho desorganizado são minimizados, há valorização na comunicação entre
os profissionais e as informações são documentadas para posterior utilização
na assistência, no ensino e na pesquisa.

Mesmo com os benefícios advindos da utilização da SAE, observa-se


que alguns enfermeiros não a utilizam, pois tomam decisões não pautadas no
raciocínio clínico e também, não se preocupam com a qualidade dos registros
referentes ao planejamento do cuidado. A cientificidade profissional, aqui no
Brasil, só será integral quando forem utilizados instrumentos científicos que
tragam embasamento para a prática assistencial (TRUPPEL et al., 2009).

A implementação da SAE na prática clínica de enfermagem é o início


de um processo lento, dinâmico e gradual, que precisa vencer resistências,
temores, crenças e barreiras associadas à política e filosofia institucional e de
enfermagem. Desta forma, a metodologia escolhida para o desenvolvimento
desse processo é de extrema importância, pois a sua construção, de forma
lenta, gradual e dinâmica, transmite uma mudança de paradigmas no modo de
ser e compreender o papel do enfermeiro na prática assistencial (BACKES;
SCHWARTZ, 2005).

A SAE é uma metodologia de trabalho que objetiva promover a


qualidade da assistência de enfermagem prestada ao paciente (TRUPPEL et
al., 2009). Além de organizar e sistematizar o trabalho da equipe de
enfermagem, esse método de trabalho contribui para a criação de um plano de
eficácia de custos, auxilia na comunicação de enfermagem diminuindo a
margem de erros cometidos pelos profissionais e acima de tudo elabora
cuidados ao indivíduo e não apenas à doença (AMANTE; ROSSETTO;
SCHNEIDER, 2009).

Diante do exposto, acreditamos ser importante saber o grau de


conhecimento dos profissionais de enfermagem atuantes no hospital em estudo
sobre esse a SAE e quais as vantagens e desvantagens do seu uso na prática
clínica de enfermagem.
12

A questão norteadora do estudo foi: Quais são as vantagens e as


desvantagens da realização da SAE na prática clínica de enfermagem de um
hospital escola?

A hipótese de estudo foi: O emprego da SAE na prática clínica traz


inúmeras vantagens tanto para os pacientes, como para os profissionais da
equipe de saúde e para a instituição onde ela é realizada, não havendo
desvantagens decorrentes da utilização da SAE.
13

2. ASPECTOS CONCEITUAIS

2.1 A utilização da SAE na prática clínica do enfermeiro

A SAE é uma estratégia de organizar e sistematizar o cuidado através


de métodos científicos com o objetivo de identificar situações de saúde-doença
e as necessidades de cuidado de enfermagem. Esse método de trabalho
direciona as intervenções para a promoção, prevenção, recuperação e
reabilitação da saúde do indivíduo, família e comunidade (TRUPPEL et al.,
2009).

Para a utilização desse método, o profissional necessita de


conhecimento científico e pensamento crítico, focando nos objetivos e
idealizando resultados no intuito de atender todas as necessidades do paciente
e da sua família. A SAE exige do enfermeiro constante atualização, habilidades
e experiência. É portanto, um modo de exercer a profissão com autonomia à
partir de bases técnico-científicas (SILVA et al., 2011).

Como um instrumento de ação privativo do enfermeiro, a SAE


possibilita desenvolver ações no planejamento do cuidado do paciente,
proporcionando, assim, o cuidado individualizado (TRUPPEL et al., 2009) e
com intervenções satisfatórias, garantindo a assistência ao cliente nos serviços
de saúde. Desta maneira a SAE organiza e qualifica o trabalho do enfermeiro
(SILVA; GARANHANI; GUARIENTE, 2014).

A enfermagem como profissão faz parte do contexto econômico,


político, social e cultural, que determina suas práticas e condiciona seu
processo de trabalho (SILVA; FIGUEREDO, 2010). A profissão de enfermagem
surgiu do desenvolvimento e da evolução das práticas de saúde no decorrer do
tempo. A enfermagem executava suas atividades com base em normas e
rotinas estabelecidas, sem refletir sua atuação, seguindo o modelo biomédico,
dando enfoque apenas na doença e não no paciente como um todo. Além
disso, o enfermeiro praticava o cuidado com base na doença, executava
14

ordens e regras e realizava procedimentos padronizados, tornando sua


assistência repetitiva. Essa situação é minimizada quando o enfermeiro passa
a ver o paciente como um todo, considerando os aspectos sociais, espirituais,
emocionais e fisiológicos, e adota um método de trabalho baseado em
conhecimento científico (MARQUES et al., 2008).

Segundo Dias et al. (2011), a SAE é uma ferramenta relevante para a


melhoria do desempenho institucional e necessária para a efetividade dos
princípios e valores da política de saúde. Segundo Sporandio e Évora (2005)
apud Dias et al. (2011), a SAE colabora para a definição do papel do
enfermeiro, pois através dela o profissional aplica seus conhecimentos técnico-
científicos e humanos na assistência ao ser humano.

Os registros das anotações de enfermagem realizados de forma


inadequada e o não planejamento das ações de enfermagem, comprometem a
documentação dos cuidados prestados, além de gerar perdas para a instituição
de saúde. A implantação da gestão de qualidade possibilita melhorias
estruturais e organizacionais e maior satisfação pelos usuários e profissionais
da saúde. A realização da SAE proporciona esses avanços na qualidade da
assistência prestada que beneficiará usuários e equipe mutuamente (DIAS et
al., 2011).

2.2 Etapas da SAE

A SAE é um método de operacionalização do PE, sendo, o PE, um


instrumento metodológico que orienta a assistência de enfermagem ao
paciente e permite a documentação da prática profissional (COFEN, 2009).
Portanto, SAE/PE é a aplicação prática de um modelo assistencial de
enfermagem na assistência ao paciente.

Segundo o Art. 2º da Resolução do COFEN (2009), o PE organiza-se


em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes, sendo
15

elas: Coleta de dados (Histórico de Enfermagem), Diagnóstico de Enfermagem,


Planejamento de Enfermagem, Implementação e Avaliação de Enfermagem.

Na primeira etapa, conhecida como “coleta de dados” ou “histórico de


enfermagem” ou “investigação”, é feita a coleta de informações sobre a pessoa,
a família e o ambiente social em que está inserido, visando a adaptação à
unidade de tratamento, a percepção do paciente em relação ao processo
saúde-doença e a identificação de problemas (HORTA,1979). Os dados devem
ser coletados por meio da entrevista, do prontuário do paciente e do exame
físico (CHAVES, 2009). Por meio do exame físico o enfermeiro realiza a
inspeção, a ausculta, a palpação e a percussão de forma criteriosa para o
levantamento de dados sobre o estado clínico do paciente e validar as
informações colhidas no histórico de enfermagem (COFEN, 2002). Esta
primeira etapa é fundamental para a determinação da condição de saúde do
indivíduo (TANNURE; PINHEIRO, 2010). A avaliação dos dados coletados
permite identificar os diagnósticos de enfermagem reais e potenciais, que
consiste na segunda etapa do PE (CHAVES, 2009).

Na segunda etapa do PE, como o próprio nome indica, é feita a


identificação dos diagnósticos de enfermagem que o indivíduo, família ou
comunidade possam ter. É importante que o enfermeiro tenha capacidade de
análise, de julgamento e de síntese ao interpretar os dados coletados
(CHAVES, 2009; TANNURE; PINHEIRO, 2010).

Na terceira etapa do PE ocorre o planejamento da assistência de


enfermagem que será prestada ao indivíduo, família ou comunidade. São
estabelecidos os cuidados necessários para atender os diagnósticos de
enfermagem identificados e alcançar os resultados de saúde desejados
(CHAVES, 2009; TANNURE; PINHEIRO, 2010).

A quarta etapa do PE consiste na implementação da assistência de


enfermagem que foi planejada na etapa anterior, na forma de prescrição de
enfermagem (TANNURE; PINHEIRO, 2010). Consiste no conjunto de medidas
tomadas pelo enfermeiro, que direciona a assistência de enfermagem ao
paciente de forma individualizada, objetivando: prevenção, promoção,
proteção, recuperação e manutenção da saúde (COFEN, 2002).
16

A quinta e última fase do PE é a avaliação de enfermagem. Nessa


etapa deve-se refletir sobre a assistência prestada, avaliando as respostas dos
pacientes, a obtenção dos resultados esperados e verificando se a prescrição
de cuidados precisa ser revista (CHAVES, 2009; TANNURE; PINHEIRO,
2010).

Com a utilização PE é possível sistematizar o cuidado e prestá-lo de


forma individualizada. Assim, podemos avaliar a progressão do processo de
recuperação do paciente, fazendo mudança nos planos de cuidado quando
necessário.

2.3 Classificações de Enfermagem

O enfermeiro, em todos os contextos culturais no decorrer do tempo,


sempre apresentou dificuldades na linguagem ao descrever os cuidados
prestados, o que resulta em diferentes compreensões de um mesmo fenômeno
(SILVA; MALUCELLI; CUBAS, 2008).

A enfermagem evoluiu, desenvolvendo inúmeras teorias e modelos de


classificações de diagnósticos, intervenções e resultados (BARROS, 2009).

Uma classificação é um conjunto de „caixas‟ onde coisas podem ser


colocadas para então realizar-se algum tipo de trabalho – burocrático ou de
produção de conhecimento. “Nas ciências e profissões, as classificações são
aplicadas para separar, codificar e ordenar os fenômenos de interesse e têm
impactos importantes para o desenvolvimento das próprias ciências e
profissões” (BOWKER; STAR, 2000 apud CRUZ, 2007, p.21).

As classificações de enfermagem tem por objetivo, a unificação de uma


linguagem para descrever os cuidados prestados para os pacientes, permitindo
comparações espaciais e temporais. Ao descrever os cuidados, a enfermagem
representa seu conhecimento e para permitir comparações, os dados devem
17

estar organizados de forma a garantir maior eficiência no processo de


armazenamento, recuperação e análise (CRUZ, 2007).

Os elementos centrais a serem classificados estão definidos no


contexto do processo de enfermagem e têm por base o entendimento
de que há decisões fundamentais no cuidar. As decisões
fundamentais do processo de enfermagem são as decisões sobre os
diagnósticos, as intervenções e sobre os resultados sensíveis às
intervenções. Os diagnósticos correspondem à decisão sobre quais
são as necessidades de cuidados do paciente ou da pessoa sob
cuidados de enfermagem; as intervenções correspondem à decisão
sobre quais são as melhores intervenções para atender àquela
necessidade; e os resultados correspondem à decisão sobre quais
são os resultados que se deseja obter com as intervenções ou quais
são os resultados que foram obtidos com as intervenções
selecionadas. Diagnósticos, intervenções e resultados são os
elementos de que tem tratado o movimento de classificações na
enfermagem. (CRUZ, 2007, p.22).

As classificações de diagnósticos, intervenções e resultados estão


sendo construídas, modificadas e aperfeiçoadas desde a década de 1970
(BARROS, 2009).

Atualmente as classificações mais utilizadas são: a North American


Nursing Diagnosis Association-International (NANDA-I), criada em 1982, que
classifica os diagnósticos de enfermagem de acordo com a Taxonomia II,
contendo 13 domínios, 47 classes e 235 diagnósticos (NANDA, 2015).

A Nursing Interventions Classification (NIC), por sua vez, foi lançada


em 1992 e está em sua sexta edição, apresenta 7 domínios e 30 classes com
554 intervenções com mais de 13.000 ações/ atividades (BULECHEK et al.,
2013).

A Nursing Outcomes Classification (NOC), iniciada em 1991, em sua


quinta edição traz 490 resultados agrupados em 31 classes e sete domínios
(MOORHEAD et al., 2014).

A NANDA-I desenvolveu uma terminologia comum denominada


NANDA-NIC-NOC (NNN), para relacionar diagnósticos, intervenções e
resultados. Estas classificações também compõem os termos que constituem a
CIPE (DOCHTERMAN; JONES, 2003 apud BARROS, 2009).

A Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE),


organizada pelo Conselho Internacional de Enfermeiras em 1989, está sendo
18

desenvolvida como um marco unificador dos diversos sistemas de classificação


em enfermagem, permitindo a configuração cruzada dos termos das
classificações existentes e de outras que forem desenvolvidas (NÓBREGA;
GARCIA, 2005).

A busca por uma classificação universal na enfermagem está em


processo de construção. No Brasil, a utilização dos diferentes sistemas de
classificação está no início. O uso dessas terminologias permite a identificação
de padrões de cuidados, que podem ser utilizados por enfermeiros em
qualquer parte do mundo (NÓBREGA; GARCIA, 2005).
19

3) OBJETIVO

Identificar as vantagens e as desvantagens relacionadas à realização da


SAE na prática clínica do enfermeiro.
20

4. METODOLOGIA

4.1 Tipo de Estudo

Trata-se de um estudo descritivo e transversal com análise quantitativa


dos dados.
Segundo Aragão (2011) o estudo descritivo busca descrever a realidade.
Consiste em um método fundamental para explorar assuntos pouco conhecidos
e é muito utilizado na área da saúde para descrever algum fator ou patologia
durante um período determinado. Ainda segundo o autor é uma ferramenta de
gestão muito importante, pois através de estudos descritivos é possível tabular
dados e os transformar em indicadores que compõem uma série histórica.

A pesquisa quantitativa centra-se na objetividade. É influenciada pelo


positivismo, por isso considera que a realidade só pode ser compreendida com
base na análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos
padronizados e neutros. A pesquisa quantitativa recorre à linguagem
matemática para descrever as causas de um fenômeno, as relações entre
variáveis, entre outros (GERHARDT; SILVEIRA, 2009).

4.2 Local de estudo

O presente estudo foi desenvolvido nas unidades de internação de um


hospital escola localizado na região oeste do Paraná que tem a SAE
implantada ou em processo de implantação.

Trata-se de um hospital de médio porte, com 195 leitos, que atende as


seguintes especialidades: Clínica médica (13 leitos), clínica cirúrgica (15 leitos),
Ginecologia e Obstetrícia (44 leitos), Pediatria (26 leitos), Neurologia e
ortopedia (26 leitos), Cardiovascular (6 leitos) e Psiquiatria (17 leitos). Possui
21

ainda atendimento complementar em : Unidade de Terapia Intensiva (UTI)


Neonatal (10 leitos), UTI Geral (15 leitos), UTI Pediátrica (05 leitos), Unidade
de Cuidados Intermediários (UCI) (10 leitos) e Pronto Socorro (PS) (08 leitos),
sendo o único hospital público das Regiões Oeste e Sudoeste do Paraná com
100% de seus leitos destinados a pacientes do Sistema Único de
Saúde (SUS). Segundo informações disponibilizadas no site do hospital, é
considerado hospital referência dessa região, com uma média mensal de 833
internações (UNIOESTE, 2012).

No referido hospital vem sendo desenvolvido desde 2009 um projeto de


extensão que busca à implantação da SAE na prática clínica de enfermagem.
Segundo dados repassados pela direção de enfermagem da instituição em
estudo, a equipe de enfermagem possui um total de 432 (100%) profissionais,
sendo 86 (20%) enfermeiros assistenciais; 332 (76,8%) técnicos de
enfermagem e 14 (3,2%) enfermeiros em setores administrativos.

4.3 População e Amostra de Estudo

A amostra de estudo foi composta pelos enfermeiros que trabalhavam


nas unidades de internação que tinha a SAE implantada ou em processo de
implantação, que concordaram em participar do referido estudo, por meio da
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE
(APENDICE I).

Dos 66 enfermeiros que deveriam compor a população de estudo,


apenas 29 concordaram em participar do mesmo. Os principais motivos para a
não participação na pesquisa foram: falta de tempo para participar da pesquisa
e falta de interesse sobre o assunto.

4.4 Coleta de dados


22

A coleta de dados foi realizada entre os meses de outubro de 2013 e


março de 2014. Primeiramente, foi entrado em contato com todos os
enfermeiros coordenadores das unidades de internação do hospital em estudo
que tinha a SAE implantada ou em processo de implantação para que fosse
feita a apresentação do estudo, sendo elas: PS, UTI Geral I e II, UTI Pediátrica,
UTI Neonatal, UCI, Centro Cirúrgico (CC), Hemodinâmica, Centro Obstétrico
(CO), Maternidade, Pediatria, Clínica Médica e Cirúrgica, Neurologia e
Ortopedia e Psiquiatria.

Juntamente com os enfermeiros coordenadores das unidades que fariam


parte do estudo, foi feito o levantamento do número de enfermeiros que
participariam do estudo. Ficou estabelecido que a população do estudo seria
composta por 66 enfermeiros, visto que haviam vários enfermeiros em licenças
e em férias, no entanto, apenas 29 enfermeiros concordaram em participar do
estudo por meio da assinatura do TCLE (APÊNDICE 1).

A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista. As mesmas foram


realizadas nos setores de atuação de cada enfermeiro entrevistado para que os
mesmos pudessem responder as perguntas dentro de sua disponibilidade de
tempo.

4.5 Instrumento de Coleta dos Dados

O questionário utilizado durante a entrevista foi elaborado pelos


pesquisadores, com base nos achados da literatura e continha perguntas
abertas e fechadas sobre a caracterização da amostra e sobre aspectos que
buscavam explorar o assunto pesquisado (APÊNDICE 2).

4.6 Análise e Interpretação dos Dados


23

Os dados da entrevista foram analisados e as informações foram


transcritas para uma planilha eletrônica do programa Microsoft Office Excel
2007, sendo representadas estatisticamente por meio de tabelas.

4.7 Questões Éticas

A pesquisa foi desenvolvida de acordo com as normas da Resolução


196/96 do Conselho Nacional de Saúde e submetida ao Comitê de Ética em
Pesquisa (CEP) da Universidade do Oeste do Paraná (UNIOESTE), obtendo
parecer favorável nº 131/2013 – CEP (ANEXO 1). As informações foram
utilizadas exclusivamente para a execução da pesquisa e a divulgação dos
achados foi feita garantindo o anonimato dos sujeitos da pesquisa.
24

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES:

5.1 Caracterização da amostra

Retirei parágrafo

Com relação à caracterização da amostra, foram avaliadas 05 variáveis:


idade, gênero, conteúdo sobre SAE na graduação, conhecimento sobre a SAE
e realização da SAE no trabalho.

A Tabela 1 apresenta os dados de caracterização dos 29 (100%)


enfermeiros que atuavam nas unidades de internação do hospital em estudo.

Tabela 1 - Caracterização dos enfermeiros que atuavam no hospital em estudo


(N = 29) quanto à idade, gênero, conteúdo sobre SAE na graduação,
conhecimento sobre SAE e realização da SAE no trabalho. Cascavel, 2014.
Descrição Freq. Absoluta Freq. Relativa
Idade
20-29 anos 03 10,3%
30-39 anos 20 68,9%
40-49 anos 05 17,3%
50-59 anos 01 3,5%
Gênero
Masculino 06 20,7%
Feminino 23 79,3%

Conteúdo sobre SAE na graduação


Sim 27 93,2%
Não 02 6,8%
Conhecimento sobre SAE
Pequeno 08 27,6%
Moderado 18 62,1%
Grande 03 10,3%
Realização da SAE no trabalho
Sim 13 44,8%
Não 16 55,2%

A maioria dos entrevistados tinha idade entre 30 a 39 anos (n=20;


68,9%), era do sexo feminino (n=23; 79,3%), tinha recebido conteúdo sobre
SAE na graduação (n=27; 93,2%), tinha moderado conhecimento sobre a SAE
(n=18; 62,1%) e não realizava a SAE no seu cotidiano de trabalho (n=16;
55,2%).
25

Estudo realizado por Santos e Padilha (2005) envolveu 116 (100%)


enfermeiros de vários hospitais do município de São Paulo onde a maioria
(49,7%) também tinha idade entre 30 e 40 anos. Da mesma forma, no estudo
de Menzani e Bianchi (2009), realizado em unidades de pronto socorro das 5
regiões brasileiras, com um total de 143 enfermeiros, os autores verificaram
que 71,1% dos enfermeiros tinham menos de 40 anos de idade.

Com relação ao sexo, assim como no presente estudo, Menzeni e


Bianchi (2009), Pereira et al. (2012) e Silva e Ferreira (2011) também
verificaram a predominância do sexo feminino na categoria de enfermeiros

Com relação a ter recebido ou não conteúdo de SAE na graduação, no


estudo desenvolvido por Krauzer e Gelbcke (2011) em um hospital de Santa
Catarina, os autores verificaram que todos os enfermeiros entrevistados tinham
recebido concepções teóricas e filosóficas da profissão e realizavam a SAE
ainda no período de graduação. No entanto, no estudo de Silva et al. (2011),
dos 73 (100%) enfermeiros entrevistados, apenas 24 (32,9%) tinham
conhecimento sobre a SAE anteriormente ao treinamento realizado no estudo.

Luiz et al. (2010) apontou em seu estudo que a dificuldade para a


realização da SAE inicia-se já no ensino na graduação.

Com relação à realização da SAE no cotidiano de trabalho, assim como


observado no presente estudo, Nunes (2009), apontou que o despreparo e a
falta de interesse dos profissionais de enfermagem tornam-se obstáculos à
efetiva execução da SAE nas instituições, além da falta de preparo e de
motivação impedir a adesão dos profissionais ao processo de implementação,
fazendo com que apenas cumpram normas estabelecidas pela instituição.

5.2 Vantagens e desvantagens da implantação da SAE na prática clínica

5.2.1 Vantagens da realização da SAE na prática clínica


26

A Tabela 2 apresenta a frequência das vantagens pré-selecionadas no


instrumento de coleta de dados elaborado à partir da literatura, resultantes da
realização da SAE na prática clínica.

Tabela 2 - Distribuição das vantagens identificadas na realização da SAE pelos


enfermeiros entrevistados. Cascavel, 2014.

Vantagens da realização da SAE N %

Cuidado humanizado, individualizado e integral 28 96,5

Direcionamento da prática e favorecimento da 27 93,2


tomada de decisão

Avanços na qualidade da assistência prestada 26 89,7

Otimização dos registros e recuperação de dados 25 86,2

Valorização profissional 24 82,7

Melhoria na condição de saúde dos clientes 24 82,7

Autonomia profissional 23 79,3

Maior interação da equipe de enfermagem 23 79,3

Satisfação do usuário 20 68,9

Favorecimento do controle de custos e de auditoria 15 51,7

Cada aspecto considerado vantajoso pelos enfermeiros entrevistados


foi analisado e discutido separadamente.

5.2.1.1 Cuidado humanizado, individualizado e integral:

Quase a totalidade dos enfermeiros entrevistados (96,5%) responderam


que o cuidado humanizado, individualizado e integral é uma vantagem
decorrente do uso da SAE na prática clínica.
27

A enfermagem foca seus estudos e práticas no cuidado individualizado e


integral dos clientes e para isso utiliza-se de tecnologias e relações
interpessoais para organizar e planejar as demandas desses cuidados. O uso
da SAE na prática clínica oferece ao enfermeiro uma possibilidade de organizar
seu trabalho com base em uma filosofia e em um método que prioriza a
individualidade do cuidado (LUIZ et al., 2010).

De acordo com Menezes, Priel e Pereira (2011) a assistência


individualizada é uma vantagem alcançada com a realização da SAE, pois ela
oferece subsídios para o desenvolvimento de métodos interdisciplinares e
metodologias humanizadas de cuidado.

Braccialli et al., (2009) afirmam que a SAE realizada de forma correta


proporciona uma melhor avaliação do paciente, enfocando o cuidado individual
nas necessidades de saúde específicas de um determinado indivíduo, olhando
seu contexto de vida e entornos, ou seja, a individualidade do paciente inserido
em uma família e em uma comunidade. Também coloca o cuidado integral
voltado para o ser humano como sujeito e não como objeto, portanto não há
como conceder um cuidado integral se o ser humano não for visto por
completo.

Castilho, Ribeiro e Chirelli (2009) afirmam que a SAE contribui para um


cuidado integral ao paciente por ser um processo articulador, que oferece um
cuidado individual e contínuo. Cabe destacar que os autores consideram
cuidado integral como a forma de organizar o trabalho, prestando todos os
cuidados de enfermagem a um paciente ou grupo de pacientes.

O cuidado humanizado só será alcançado quando os profissionais de


saúde perceberem o ser humano não apenas como um ser com necessidades
biológicas, mas como um agente biopsicossocial e espiritual, com direitos a
serem respeitados, devendo ser garantida sua dignidade ética (BARBOSA;
SILVA, 2007). Ainda segundo as autoras, humanizar envolve respeitar a
individualidade do ser humano e para cuidar de forma humanizada, o
profissional de saúde, que presta os cuidados mais próximos ao paciente, deve
ser capaz de entender a si mesmo e ao outro, ampliando esse conhecimento
28

na forma de ação e tomando consciência dos valores e princípios que norteiam


essa ação.

Segundo Oliveira (2001) apud Bedin, Ribeiro e Barreto (2005) humanizar


é colocar a cabeça e o coração ao realizar qualquer procedimento com o
cliente, é entregar-se de maneira sincera e leal ao outro e saber ouvir com
ciência e paciência as palavras e os silêncios.

Para humanizar o cuidado, o enfermeiro precisa desenvolver ações


diferenciadas superando os modelos tecnicistas e mecanicistas. O paciente
precisa de espaço para questionar e refletir sobre suas dúvidas aumentando o
conhecimento sobre sua doença e o enfermeiro precisa compreender o
paciente diante da complexidade da sua condição, sabendo ouvir. As
intervenções devem ter um caráter compreensivo e humanizado, respeitando a
realidade e os sentimentos do paciente (CORSO et al., 2013).

5.2.1.2 Direcionamento da prática e favorecimento da tomada de decisão

A vantagem da realização da SAE relacionada ao direcionamento da


prática e favorecimento da tomada de decisão foi citada por 27 (93,2%)
enfermeiros entrevistados.

Por meio da realização da SAE, os enfermeiros fazem julgamentos


críticos e diagnósticos de enfermagem, podendo então planejar, implementar e
avaliar as suas ações (MEDEIROS; SANTOS; CABRAL, 2012).

Segundo Bork (2005) apud Lima, Bastos e Oliveira (s/d), a SAE favorece
a melhora da prática assistencial com base no conhecimento, no pensamento e
na tomada de decisão clínica com o suporte de evidências científicas, obtidas a
partir da avaliação dos dados subjetivos do indivíduo, da família e da
comunidade. Ao planejar a assistência, o enfermeiro busca promover um
cuidado integral que atenda as necessidades biopsicossociais do paciente,
29

buscando desenvolver ações demandadas do desenvolvimento do


conhecimento construído na relação enfermeiro-paciente.

Pimpão et al., (2010) ressaltam que a prescrição de enfermagem


direciona as ações da equipe de enfermagem para a correta execução dos
cuidados, atendendo as necessidades básicas do ser humano.

A SAE é um método de trabalho que tem sustentação nos modelos


teóricos aplicados à prática, dando origem a uma metodologia que sistematiza
as ações e organiza, direciona a prática e melhora a qualidade da assistência,
além de proporcionar visibilidade e segurança para a equipe de enfermagem
(MEDEIROS; SANTOS; CABRAL, 2012).

5.2.1.3 Avanços na qualidade da assistência prestada

A vantagem relacionada aos avanços na qualidade da assistência


prestada foi citada por 26 (89,7%) enfermeiros entrevistados.

Segundo Medeiros, Santos e Cabral (2012) a SAE proporciona


benefícios diretos ao cliente, pois promove melhorias na qualidade da
assistência prestada por meio do desenvolvimento de relações humanizadas
entre enfermeiros e usuários e da valorização de princípios éticos.

Segundo Nascimento et al., (2008) a SAE manifesta-se como estratégia


para o cuidado em saúde. Configura-se como um processo dinamizador da
assistência de enfermagem a partir do momento em que os discursos indicam
mudanças nas ações da equipe, como complementariedade ao trabalho. A
SAE representa um importante instrumento técnico-científico capaz de
assegurar a qualidade e a continuidade da assistência.

Aumentar a qualidade na assistência de enfermagem por meio da


realização da SAE pode ser um dos maiores avanços na utilização dessa
metodologia, visto que são inúmeros os estudos que evidenciam a importância
30

e os benefícios gerados não só ao paciente, como também à enfermagem


(TANNURE; PINHEIRO, 2010).

Gabriel et al., (2010) ressaltam que a realização da SAE é um dos


fatores que interferem na qualidade da assistência prestada. Os outros fatores
são: competência técnica, cuidado holístico e humanizado, promoção do
autocuidado, gerenciamento adequado da equipe e unidades, valorização do
trabalho em equipe e a satisfação de todos os atores envolvidos no cuidado. A
busca contínua da melhoria da qualidade da assistência deve ser um processo
dinâmico e exaustivo de identificação dos fatores intervenientes no processo de
trabalho da equipe de enfermagem.

O uso da SAE no cotidiano de trabalho do enfermeiro é essencial para


que se possa desenvolver uma assistência de qualidade, segura, dinâmica,
competente e organizada, além de favorecer a avaliação dos resultados da
assistência prestada ao cliente (AMANTE; ROSSETTO; SCHNEIDER, 2009).

Segundo Maya e Simões (2011) o enfermeiro ainda não desempenha


no seu cotidiano de trabalho algumas de suas competências, como é o caso da
não realização da SAE de modo satisfatório, o que acaba comprometendo a
qualidade da assistência prestada e provocando um distanciamento do
preconizado pela academia e pela legislação vigente.

5.2.1.4 Otimização dos registros e recuperação de dados

A vantagem relacionada à otimização dos registros e recuperação de


dados foi citada por 25 (86,2%) enfermeiros entrevistados.

Segundo Garcia e Nóbrega (2009), a SAE representa um método para


desenvolver de forma sistemática a prática profissional, facilitando o cuidado e
oferecendo condições para desenvolver este cuidado, além de favorecer a
documentação da assistência prestada. O uso da SAE facilita o preenchimento
31

dos registros e o armazenamento dos dados relacionados ao cliente


(OLIVEIRA et al., 2008).

As etapas do processo de enfermagem devem ser registradas no


prontuário do paciente, sendo este considerado um documento legal, e isto
proporciona segurança para o enfermeiro e para a sua equipe (MEDEIROS;
SANTOS; CABRAL, 2012).

A SAE permite o desenvolvimento de uma linguagem padronizada de


enfermagem, o que facilita a comunicação e a informação dos julgamentos dos
enfermeiros sobre as respostas dos seres humanos aos problemas de saúde e
processos vitais (VASCONCELOS et al., 2011).

A comunicação entre os membros da equipe de saúde é mais efetiva


através dos registros da sistematização do cuidado. Estes contribuem também
para a avaliação da eficácia dos cuidados prestados ao cliente, podendo,
assim, melhorar o nível da assistência. O desenvolvimento das fases da SAE
deve ser documentado no prontuário do paciente, pois permite que todos os
membros da equipe de saúde fiquem cientes das ações adotadas e dos
resultados obtidos através desses cuidados prestados ao paciente (PONTES;
LEITÃO; RAMOS, 2008).

Ao registrar as informações e ações realizadas com os pacientes, em


seus respectivos prontuários, os enfermeiros garantem que houve uma
contribuição da enfermagem na recuperação desses pacientes, além de serem
dados que poderão ser analisados posteriormente. Esses facilitam a realização
de pesquisas e ainda podem atender à produção de informação para fins de
avaliação de qualidade e de resultados do cuidado de saúde prestada aos
clientes (BARRA; SASSO, 2011).

5.2.1.5 Valorização profissional

A vantagem relacionada à valorização profissional foi citada por 24


(82,7%) enfermeiros entrevistados.
32

Segundo Krauzer e Gelbcke (2011) em estudo realizado em um


hospital de Santa Catarina, os enfermeiros citaram inúmeras vezes como
potencialidades da aplicação da SAE, a valorização e o reconhecimento da
enfermagem como profissão.

Luiz et al. (2010) afirmam que com a implantação da SAE haverá maior
valorização profissional, não só pela distinção e reconhecimento do trabalho da
enfermagem por outros profissionais, mas pela satisfação de seu trabalho
proporcionar bons resultados aos pacientes.

Backes et al. (2005) relata que em sua pesquisa realizada em um


hospital filantrópico, a SAE foi apontada como um processo de qualificação
profissional que promove a valorização e o reconhecimento da assistência de
enfermagem prestada.

A SAE permite a valorização e o reconhecimento da enfermagem como


profissão, mas para isso, é necessário que o enfermeiro saiba gerenciar e
treinar sua equipe frente às aplicações das ações sistematizadas (CASTRO;
CAIXETA, 2012).

O enfermeiro é reconhecido pelos demais profissionais da saúde como


sendo um profissional articulador e integrado dos diferentes saberes,
principalmente por estar em contato direto com os pacientes e por detectar com
maior facilidade as alterações que ocorrem ao longo do dia. Nessa perspectiva,
as subcategorias que fazem parte desta categoria veem a SAE como um canal
de informações entre os membros da equipe de saúde e desta maneira, o
enfermeiro vem conquistando uma crescente valorização e inserção nos
diferentes serviços de saúde (NASCIMENTO et al., 2008).

Segundo Pivotto, Lunardi Filho e Lunardi (2004) a implantação da SAE


é uma necessidade que favorece a definição, a diferenciação e a valorização
da profissão e dos profissionais da enfermagem.

A SAE consiste em uma estratégia que os enfermeiros dispõem para


aplicar seus conhecimentos técnico-científicos na assistência ao paciente e
caracterizar sua prática profissional, colaborando para a definição do seu papel
(Dias et al., 2011).
33

5.2.1.6 Melhoria na condição de saúde dos clientes

A vantagem relacionada à melhoria na condição de saúde dos clientes


foi citada por 24 (82,7%) enfermeiros entrevistados.

A realização da SAE favorece a identificação de situações de


saúde/doença por meio de métodos e estratégias de trabalho científico,
contribuindo para a promoção, prevenção e recuperação da saúde do
indivíduo, da família e/ou da comunidade, promovendo melhorias na condição
de saúde dos envolvidos nesse processo (MARQUES et al., 2008).

Quando a assistência é planejada, é possível diagnosticar as


necessidades do cliente favorecendo uma prescrição adequada dos cuidados
de enfermagem (ANDRADE; VIEIRA, 2005).

Segundo Araújo et al. (1996) apud Nóbrega e Silva (2009, p 19):

[...] o processo de enfermagem possui um enfoque holístico;


ajuda a assegurar que as intervenções sejam elaboradas para
o indivíduo e não apenas para a doença; apressa os
diagnósticos e o tratamento dos problemas de saúde potenciais
e vigentes, reduzindo a incidência e a duração da
hospitalização; promove a flexibilidade do pensamento
independente; melhora a comunicação e previne erros,
omissões e repetições desnecessárias.
Com a realização da SAE é possível conhecer a história do paciente
inserido em um contexto familiar ou comunitário, podendo assim, melhorar a
qualidade da atenção à saúde através da discriminação de problemas que
demandam cuidados do enfermeiro e da sua equipe. Assim, espera-se que,
com a correta realização da SAE, seja possível que o indivíduo assistido tenha
melhora na autoestima, identificação de novos valores, espiritualidade,
efetivação da busca pela saúde, adaptação psicossocial e, consequentemente,
mudança de vida (TEIXEIRA et al., 2015).

5.2.1.7 Autonomia profissional


34

A vantagem relacionada à autonomia profissional foi citada por 23


(79,3%) enfermeiros entrevistados.

A realização da SAE proporciona ao enfermeiro valorização


profissional, autonomia, reconhecimento da assistência de enfermagem, além
de qualificar o profissional e propiciar cientificidade à profissão (CASTILHO;
RIBEIRO; CHIRELLI, 2009).

Além de promover a autonomia profissional, a realização da SAE pode


concretizar a proposta de promover, manter e restaurar o nível de saúde do
paciente (PEIXOTO et al., 1996 apud NÓBREGA; SILVA, 2009).

Segundo Silva et al. (2012) a SAE é um importante instrumento de


trabalho para o enfermeiro, pois oferece autonomia profissional e por meio
desse método de trabalho, o enfermeiro consegue avaliar a qualidade dos
cuidados prestados ao paciente e também consegue gerenciar e treinar a
equipe de enfermagem frente à aplicação de ações sistematizadas.

[...] o benefício para o paciente está na qualidade da


assistência prestada pela equipe de enfermagem, que possui
autonomia para desenvolvê-la. A assistência individualizada é
uma prerrogativa da SAE e pressupõe a participação do
paciente no processo de cuidado. O respeito à individualidade
do paciente é pontuado, sendo destacado que o cuidado
individualizado articula uma relação favorável com a equipe
multiprofissional, paciente e família favorecendo a
humanização da assistência. Neste sentido, estar vulnerável é
imprescindível para permitir a participação, mesmo se
mantendo a autonomia do cuidado (MENEZES, PRIEL e
PEREIRA, 2011; pag. 955).

Com o uso da SAE, a autonomia do enfermeiro torna-se mais explícita,


visto que torna possível a aplicação de seus conhecimentos na prática clínica,
conquistando o reconhecimento profissional pela qualidade do cuidado
prestado ao indivíduo, família ou comunidade (MENEZES; PRIEL; PEREIRA,
2011). No entanto, é preciso que a enfermagem tenha conhecimentos
aprofundados e atitudes assertivas para resguardar sua autonomia, seu caráter
e sua competência na realização da assistência de enfermagem (VENTURINI;
MATSUDA; WAIDMAN, 2009).
35

5.2.1.8 Maior interação da equipe de enfermagem

A vantagem relacionada à maior interação da equipe de enfermagem foi


citada por 23 (79,3%) enfermeiros entrevistados.

A realização da SAE favorece uma maior integração e uma maior


interação da enfermeira com o paciente, com a família e/ou com a comunidade.
Promove também maior interação com a equipe multidisciplinar, aumentando
assim a qualidade da assistência prestada (FELIX; RODRIGUES; OLIVEIRA,
2009).
Cruz e Almeida (2010) afirmam que para a implementação da SAE, é
importante que haja uma adequada interação da equipe de enfermagem, pois
esta interfere efetivamente nos resultados da realização da SAE. O trabalho em
equipe representa a competência na relação interpessoal e compreende
elementos como liderança e comunicação. Isso contribui para uma melhor
interação com o paciente e promove ações mais resolutivas.

Um dos desafios para a implementação da SAE é justamente a


sensibilização da equipe de enfermagem, pois é um pré-requisito importante
para a sua efetividade. Por isso é muito importante que o enfermeiro promova
reuniões com a sua equipe e elabore um plano de ações que incluam a
sensibilização da equipe para que percebam a importância dessa metodologia
e aprendam os meios para viabilizar a execução do processo de enfermagem
(HERMIDA, 2004; CRUZ; ALMEIDA, 2010).

Durante o processo da sistematização do cuidado, é importante que


haja liderança e comunicação entre o enfermeiro e sua equipe em prol da
maior efetividade das prescrições de enfermagem, que se tornam ações logo
em seguida, favorecendo a assistência prestada ao cliente (SILVA; MOREIRA,
2010; NASCIMENTO et al., 2008).
36

Segundo Mascarenhas et al. (2011), a adequada implementação da


SAE exige uma adequada integração dos membros da equipe de enfermagem
e também destes com as demais profissões da área da saúde.

5.2.1.9 Satisfação do usuário

A vantagem relacionada à satisfação do usuário foi citada por 20


(68,9%) dos enfermeiros entrevistados.

Penedo e Spiri (2014), em estudo realizado em um hospital


universitário, revelam que a realização da SAE proporciona uma visão holística,
permitindo um cuidado de qualidade e integral que permite avaliar os pacientes
por meio da detecção de problemas e patologias importantes, e dessa maneira
os pacientes demonstram satisfação, pois são assistidos em sua singularidade.

Em estudo realizado por Nascimento et al. (2008), profissionais da


saúde reconhecem a importância da SAE para a equipe multiprofissional e para
o paciente; Ressaltaram a importância das informações no prontuário,
perceberam a SAE como forma de organizar e orientar o cuidado prestado e
ressaltaram que a realização da SAE gera satisfação ao paciente.

A avaliação da satisfação do cliente tem sido adotada por algumas


instituições de saúde que utilizam a SAE como estratégia para obter
informações relacionadas à qualidade da assistência prestada ao mesmo, e
essas informações são utilizadas para melhor organizar o serviço (LYU et al.,
2013).

5.2.1.10 Favorecimento do Controle de custos e de auditoria

A vantagem relacionada ao controle de custos e de auditoria foi citada


por 15 (51,7%) dos enfermeiros entrevistados.

Segundo Santos e Santos (2012) ao analisar artigos referentes à SAE


e à auditoria de enfermagem, pode-se perceber a estreita relação entre os
assuntos e a importância dos registros de enfermagem para transmitir
informações de forma segura e eficaz, mantendo a continuidade do cuidado
37

nos diferentes turnos de trabalho e, também, para subsidiar pesquisas,


auditorias e processos jurídicos.

Para uma auditoria de qualidade, é necessário que seja prestada uma


assistência de qualidade ao cliente, visto que a auditoria avalia o conjunto de
atividades desenvolvidas pela equipe de trabalho (SANTOS; SANTOS, 2012).

A SAE regula tempos, movimentos e materiais necessários para a


prática dos cuidados e permite que o plano seja refeito, quando isto
se fizer necessário. A AE, por sua vez, é a referência para a
avaliação custo-benefício, desafio que não pode ser esquecido, como
um instrumento de controle da qualidade da assistência prestada.
Como atividades complementares a SAE e a AE consagram a
excelência do atendimento em si, melhorando o gerenciamento do
cuidado (BLANK; SANCHES; LEOPARDI, 2013, p. 235).

Menezes e Bucchi (2011) afirmam que a SAE é um instrumento


concreto que contribui para a coleta de dados em uma auditoria de contas.
Enfoca a visão contábil e financeira visando à sustentação econômica do
hospital e identifica falhas no serviço de enfermagem e na assistência ao
cliente, fornecendo dados para a melhoria da qualidade do cuidado de
enfermagem. Portanto, a auditoria de qualidade oportuniza o desenvolvimento
profissional, pois o enfermeiro consegue avaliar seu trabalho por meio dos
indicadores de assistência, estabelecendo critérios e consequente geração de
novos conhecimentos.

Quando os registros de enfermagem são realizados corretamente, de


maneira sistematizada, proporcionam visibilidade e garantem a continuidade do
cuidado prestado, além de fornecer dados para subsidiar pesquisas para fins
de faturamento, auditoria e para identificar o profissional diante da realização
de suas ações (SANTOS; LACERDA; OLIVEIRA JÚNIOR, 2015).

5.2.2 Desvantagens da realização da SAE na prática clínica


38

Dos 29 (100%) enfermeiros que participaram do estudo, apenas 03


(10,3%) apontaram que a realização da SAE na prática clínica causa algum
evento desvantajoso.

A Tabela 3 apresenta as desvantagens apontadas pelos enfermeiros


entrevistados, resultantes da realização da SAE na prática clínica.

Tabela 3 - Distribuição das desvantagens identificadas na realização da SAE


pelos enfermeiros entrevistados. Cascavel, 2014.

Desvantagens da realização da SAE N %


Necessidade de acompanhamento sequencial do paciente. 01 33,3
Necessidade de quantitativo suficiente de enfermeiros para a 01 33,3
realização da SAE.
Necessidade de tempo suficiente para avaliar, prescrever, realizar 01 33,3
as condutas necessárias e registrar as respostas do pacientes.

As desvantagens levantadas pelos enfermeiros entrevistados são na


verdade, itens necessários para a realização da SAE. De acordo com a
realidade vivenciada pela maioria dos hospitais brasileiros, é escasso o número
de enfermeiros assistenciais, o que acaba dificultando a operacionalização da
SAE na prática clínica. Mas isso se caracteriza como “dificuldades” para a
realização da SAE e não como “desvantagens” da realização da mesma.

Conforme dados levantados por Rodrigues et al. (2007), as enfermeiras


da UTI de um Hospital Geral de Santa Catarina alegam não existir
desvantagens relacionadas à realização da SAE.

Em estudo realizado por Vasconcelos et al. (2011), dos 18 (100%)


enfermeiros entrevistados, 08 (44,4%) apontaram a falta de tempo como
principal desvantagem para a realização da SAE. Da mesma forma, 01 (5,5%)
entrevistado apontou a falta de profissionais como desvantagem da realização
da mesma. Os autores enfatizaram ser necessário ter força de vontade e
disposição para superar as barreiras que permeiam a realização da SAE.

Segundo Silva e Moreira (2010), em estudo realizado com enfermeiros


que fazem cuidados paliativos à pacientes oncológicos em um hospital da
cidade de Rio de Janeiro (RJ), foi apontado que a SAE favorece a utilização do
39

tempo disponível para a assistência de forma adequada, com objetivação,


qualificação e humanização das ações, assim, o cuidado é pensado de forma
que o enfermeiro tenha disponibilidade de tempo para ajudar o paciente à partir
das relações empáticas construtivas. O enfermeiro deve prezar pelo cuidado
interativo, complementar e interdisciplinar.

Apesar da SAE oferecer ao profissional de enfermagem uma


possibilidade de organizar seu trabalho com base em um método que prioriza o
cuidado individualizado, os enfermeiros enfrentam algumas dificuldades para a
sua implementação, como a falta de tempo, de conhecimento teórico, de
exercício prático e de recursos humanos, além da organização de espaços
para a discussão do assunto desde a graduação (LUIZ et al., 2010).

Segundo os dados coletados e os dados repassados pela direção de


enfermagem do hospital em estudo, há uma sobrecarga de trabalho para a
enfermagem em todos os setores do hospital por falta de funcionários, tanto
auxiliares e técnicos de enfermagem quanto de enfermeiros. Além do
quantitativo reduzido, ainda há vários servidores afastados por acidente de
trabalho, com restrição de atividades, em férias ou em licenças. Todos esses
fatores contribuem para dificultar o bom andamento do hospital como um todo.

Durante a coleta de dados, além das “dificuldades” citadas, como


necessidade de dar sequencia ao tratamento, a falta de funcionário e a falta de
tempo, era perceptível a resistência, o descaso e o desinteresse de alguns
enfermeiros com relação à SAE. Tal fato pode explicar o reduzido número de
participantes no estudo, visto que em 05 meses de coleta apenas 44 % dos
enfermeiros (n=29) concordaram em participar da pesquisa.

De acordo com Pivotto, Lunardi Filho e Lunardi (2004), os enfermeiros


tem consciência da não realização das atividades assistenciais, por priorizar
atividades burocráticas e administrativas, sobrecarregando-se de funções que
não são ou não precisariam ser de sua competência. A falta de
comprometimento e de responsabilidade em sua função privativa faz dos
enfermeiros os maiores responsáveis pela não realização de todas as etapas
da SAE.
40

Felix, Rodrigues e Oliveira (2009) acrescentam que ao pensar em


desvantagens da prática de enfermagem sistematizada há uma desvalorização
da própria profissão, colaborando para sua estagnação. Pode-se perceber este
fato em instituições em que a equipe de enfermagem guia-se apenas pela
prescrição médica, fazendo parecer ser desnecessária a prescrição de
enfermagem.

Santos e Santos (2012) reforçam que não há desvantagens no uso da


SAE na prática clínica visto que a realização da mesma promove um cuidado
humanizado, aumenta a qualidade da assistência prestada ao paciente e ainda
proporciona baixo custo para a instituição.

A realização da SAE no ambiente de trabalho do enfermeiro trás


inúmeras vantagens, como podemos perceber no decorrer deste trabalho.
Permite que o enfermeiro coloque na prática, através da assistência, todo seu
conhecimento científico e assim é reconhecido pelos profissionais da
enfermagem e também por outros trabalhadores da saúde. A maioria dos
enfermeiros reconhecem o valor que a SAE tem para a profissão, para a
instituição e principalmente para o paciente, mas ainda assim enfrentam muitas
dificuldades para a sua realização, como apontaram no presente trabalho.

6 CONCLUSÃO

A SAE consiste em um método científico de trabalho que relaciona a


teoria de enfermagem com a prática assistencial. A realização da SAE permite
que o enfermeiro tome decisões baseadas em fatos, direcionando as suas
ações e otimizando o trabalho da enfermagem. Por meio da realização da SAE
é possível oferecer um cuidado minucioso e sistematizado

Assim como evidenciado pelo presente estudo, a literatura científica


mostra que a realização da SAE traz inúmeros benefícios para a enfermagem,
para a equipe multiprofissional, para a instituição e principalmente para o
paciente e sua família.
41

No entanto, o simples fato de realizar a SAE não garante que o cuidado


prestado seja individualizado e qualificado (GUIMARÃES et al., 2002; VALL;
SILVA, 2003; ARAUJO et al., 1996 apud CASTILHO; RIBEIRO; CHIRELLI,
2009). É necessário que haja comprometimento de toda equipe de
enfermagem, que o enfermeiro tenha profundo conhecimento teórico e prático
de todas as etapas que constituem o processo de enfermagem e que a
instituição onde ocorra o cuidado viabilize a realização da SAE, garantindo um
adequado número de profissionais enfermeiros e oferecendo condições
adequadas de trabalho.

É importante relatar que senti algumas dificuldades durante a realização


da coleta de dados. Encontrei certa “resistência” por parte de alguns
enfermeiros quando apresentava o tema da pesquisa. Além das dificuldades
normalmente citadas na literatura para a implantação e implementação da SAE
(falta de funcionário, falta de tempo, falta de estrutura), identificamos certo
“descaso” ou “desinteresse” por parte de alguns enfermeiros com a realização
da SAE.

É preciso refletir e discutir conjuntamente sobre os obstáculos que a


grande maioria dos enfermeiros encontra frente a operacionalização da SAE
para que seja possível a mudança dessa realidade.

Como acadêmica de enfermagem, esta pesquisa contribuiu para o meu


crescimento profissional, fortalecendo a minha concepção de que a SAE é
extremamente importante para a realização de uma assistência humanizada e
também para a qualificação e o reconhecimento profissional do enfermeiro.
42

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53

APÊNDICES
54

APÊNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


55

APENDICE 2

INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: IMPLANTAÇÃO NA PRÁTICA


CLÍNICA DE UM HOSPITAL ESCOLA

Dados de caracterização da amostra:


1) Nome:_________________________
2) Sexo: F ( ) M ( )
3) Idade: ___________
4) Na sua formação, foi abordado a SAE? Sim ( ) Não ( )
5) Você considera que seu conhecimento sobre SAE é:
( ) Nulo ( ) Pequeno ( ) Moderado ( ) Grande
6) Você desenvolve a SAE no seu trabalho? ( ) Sim ( )

7) Quais são as vantagens que você encontra ao realizar a SAE?


Cuidado humanizado, individualizado e integral
Avanços na qualidade da assistência prestada
Autonomia profissional
Valorização profissional
Satisfação do usuário
Melhoria na condição de saúde dos clientes
Otimização dos registros e recuperação dos dados
Favorece o controle de custos e auditoria
Direcionamento da prática e favorecimento da tomada de decisão
Maior interação da equipe de Enfermagem

Outros:____________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

8) Quais são as desvantagens de realizar a SAE no seu local de trabalho?


__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
56

ANEXOS
57

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