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1. INTRODUÇÃO........................................................................................................2
1.1. Objectivos.............................................................................................................2
1.1.1. Geral..................................................................................................................2
1.1.2. Específicos........................................................................................................2
1.2. Metodologia..........................................................................................................2
3. Conclusão.................................................................................................................9
4. Referencias.............................................................................................................10
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1. INTRODUÇÃO
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
1.1.2. Específicos
1.2. Metodologia
A metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica, em fontes como artigos, livros
e sites. Segundo Gil (2002, p. 4) “a pesquisa bibliográfica obtém os dados a partir de
trabalhos publicados por outros autores, como livros, obras de referência, periódicos, teses e
dissertações”.
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2. Definição de conceitos História e Historiografia
Segundo Giordani (2008: 9), a palavra História é de origem grega, sendo a sua forma
original Histriae e passou através do latim para a grande parte dos idiomas modernos. Este
termo, para os gregos, significava investigação ou inquéritos. Entretanto, nos tempos que
correm, este conceito é utilizado tanto para designar a narrativa dos acontecimentos como a
própria série deles.
Georges Lefebvre (1971), um dos grandes historiadores do século XX, definiu história
nos seguintes termos: “A história é a memória do género humano, o que lhe dá consciência de
si mesmo, isto é, da sua identidade no tempo, desde a sua origem; é, por consequência, o
relato do que, no passado, dará uma nova recordação dos homens”. Mas a realidade não se
estrutura só no tempo, mas também no espaço que o homem modifica e dele se apropria.
Segundo Besselaar (1958: 29), a história é a ciência dos actos humanos do passado e
dos vários factores que neles influíram, vistos na sua sucessão temporal.
Para Bernheim (sd : 15), a ciência histórica estuda e expõe os fatos do
desenvolvimento do homem nas suas manifestações (singulares, típicas e colectivas) como ser
social no tempo e no espaço.
Historiografia é o produto do conhecimento histórico obtido racionalmente, ou seja,
obedecendo às regras metodológicas e de cognição da história com pretensões de
cientificidade (RÜSEN, 1995). Para ele, as “formas de apresentação” do conhecimento
histórico são fundamentos da ciência histórica, ou seja, a historiografia é “parte integrante da
pesquisa histórica, cujos resultados se enunciam, pois, na forma de um ‘saber redigido’”
(RÜSEN, 2001:46).
Neste sentido, historiografia seria a construção narrativa dos resultados da pesquisa
histórica, realizada a partir do controle metódico de investigação empírica e de crítica
documental. É ela que dá forma e feitio histórico aos elementos empíricos (objectivos) da
pesquisa, inserindo-os na vida prática, atribuindo-lhes sentidos e significados.
A história da historiografia não se reduz ao estudo das principais obras históricas de
cada época ou civilização, compreende também trabalhos de metodologia, publicação de
documentos, ensino de história e apreciação de obras literárias de teor histórico. Portanto, está
ligada às correntes de pensamento de um determinado período histórico. Cada etapa de
desenvolvimento da sociedade corresponde a uma forma própria de encarar e fazer a história,
ou seja um tipo de historiografia.
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2.1. Historiografia Moçambicana
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2.2.1. Abordagem da História do período anterior ao século XV
A partir do século XV, graças aos contactos com os europeus aparece uma literatura
histórica que para além de raras, não inspiram muita confiança porque são da autoria dos
europeus que retratavam aspectos culturais e políticos das sociedades moçambicanas.
Os primeiros relatos referem-se ao vale do Zambeze e todo litoral de Moçambique
como primeiros locais com quem os europeus entraram em contacto. É de grande importância
para este período o “diário de bordo” da viagem de Vasco da Gama da autoria do Álvaro
Velho (Newitt, 1981).
A maioria dos estudiosos da História de Moçambique são unânimes em reconhecer
que a historiografia colonial deixou uma base fragilíssima em termos de estrutura de fontes. A
documentação deste período é rica em descrições de natureza etnográfica, memória de
viajantes e legislação colonial, apresentando tendências para um registo fraco das lutas
populares contra o sistema colonial, da introdução desse sistema e do seu impacto na
formação social moçambicana, tornando muito difícil a reconstituição da História.
Depois da segunda Guerra Mundial, as circunstâncias e a atmosfera política
estimularam o aparecimento de uma literatura marcada por uma rejeição da cultura colonial.
São exemplos dessa tendência os poemas de Noémia de Sousa, José Craveirinha, João Dias,
João Albazine etc.
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Surgiu uma geração de estudiosos nacionais que procurou romper com a historiografia
herdada do colonialismo, tentando fazer uma problematização.
Notabilizou se, neste contexto, a ligação profunda do governo moçambicano as
ideologias marxistas- leninistas. Uma vez que a independência de Moçambique era vista
como Revolução socialista de Moçambique, enquadrada na visão ideológica supracitada e
ligada aos pressupostos patrióticos, a história teve que ser o veículo de consolidação dos
valores da independência e da nação. Deste modo, ela caracteriza se pela defesa da criação do
Homem Novo, e estava ao serviço directo do estado Moçambicano e fundamentalmente a
nação (Bragança & Wallerstein, 1978 (II): 34).
Neste sentido pode se afirmar que a situação foi semelhante ao senário ocorrido na
Europa na época moderna. Entre tanto a investigação não é muito profunda, sobretudo no que
diz a cultura, a religião e a economia de Moçambique.
A partir da década de 1980 a historiografia sobre Moçambique revelou duas
tendências principais: uma claramente nacionalista, fortemente enraizada no novo pais, e
outra, integrada nas correntes historiográficas internacionais.
De facto, nos anos oitenta do século passado, acentuou se em Moçambique como nos
outros países africanos a influência de uma historiografia nacionalista- marxista cujo principal
propósito era a conceptualização das dinâmicas e movimentos que contribuíram para a
independência e formação da nacionalidade, como as acções da resistência e implantação
colonial, que das etnias que foram remetidas para um plano secundário (Copper, 1999, pp.1-
29). E segundo ideário nacionalista, as sociedades tribais não teriam um pensamento
específico da nação moçambicana. Exemplo são manuais oficiais da FRELIMO para a
História de Moçambique. Na introdução escreve-se:
“o método que vamos usar para estudar a História de Moçambique, será um método que se
vai adaptar às condições actuais da luta do povo moçambicano revolucionário. Todas as
histórias que têm sido escritas sobre Moçambique baseiam-se na acção que os portugueses
exerceram sobre o nosso país. Com isto queremos dizer que a história de Moçambique até
aqui tem sido relatada colonização portuguesa e, por isso, a partir da data em que eles
chegaram a Moçambique. A história que fica ante da colonização e quase totalmente
desconhecida’’ (Frelimo,c.1977, caps. VII-VIII).
No contexto escolar, é o período em que se lançam as bases para a elaboração dos
futuros manuais de história, o que marcou uma ruptura com o sistema de educação colonial.
Como consequência, em 1978 surge o primeiro manual de história para 5ª e 6ª Classes,
intitulado “África: Das origens ao século XV”.
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Em 1982 foi publicada a primeira obra de História de Moçambique intitulada:
“História de Moçambique: Primeiras Sociedades Sedentárias e o Impacto dos mercadores
(200/300 – 1886) da autoria de Historiadores ligados à Universidade Eduardo Mondlane.
Dessa data em diante multiplicaram-se as publicações de historiadores nacionais focalizando
eixos temáticos como por exemplo: Resistências, prazos do vale do Zambeze, tráfico de
escravos, movimentos de libertação nacional entre outros.
No que diz respeito a pesquisadores da História de Moçambique destaca se Carlos
Serra, Aquino Bragança, António Rita Ferreira, José Capela, João B. Coelho, entre outros.
A História de Moçambique também foi estudada por indivíduos não moçambicanos e
que segundo alguns autores apresentam alguma profundidade nos seus trabalhos
relativamente aos pesquisadores moçambicanos. A justificação pretende se ao contexto
político- histórico vivido em Moçambique. Neste sentido destacam- se: Malyn Newitte, Rene
Pellessier, Gerhard Liesepan, Bertil Egero e dupla Abrhamson e Nilson entre outros.
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Em 1991, estudiosos ligados ao Centro de Estudos africanos publicaram uma
colectânea de artigos intitulada: “ Moçambique 16 anos de Historiografia: Focos, Problemas,
Metodologias, Desafios para a década de 90”. Esta obra em termos práticos apresenta os
problemas que um estudioso da História de Moçambique pode enfrentar na reconstituição do
processo histórico de Moçambique. Ensaia também algumas tentativas metodológicas para
compensar a extrema escassez de fontes.
Há ainda muitos aspectos por se estudar em Moçambique, alguns dos quais deixam
transparecer ser bastante sensíveis. Neste sentido temas como a Luta de Libertação, os heróis
de Moçambique, os reaccionários e os revolucionários, morte de Eduardo Mondlane e de
Samora Machel, a Guerra dos 16 anos, são assuntos que aparecem na actualidade cobertos de
muitas questões. Todavia, é preciso ter em conta que a historiografia de Moçambique assenta
se nos pressupostos epistemológicos da ciência histórica e que apesar de novos dados que
aparecem e não ser tomada de animo leve.
Segundo Curtin e Terence Ranger (1980), os desafios da Historiografia de
Moçambique assim como de África em geral são:
Procurar identidade através da reunião de elementos dispersos de uma memória
colectiva;
Revalorizar as descobertas recentes que a história e a arqueologia acumularam,
pondo a descoberto civilizações inteiras;
Explicar o papel motor desempenhado por Moçambique na História universal.
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3. Conclusão
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4. Referencias
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