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Evolução Animal
Evolução Animal
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1. Introdução
1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
1.1.2. Específicos
1.2.Metodologia
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2. Evolução Animal
O Reino Animalia ou Metazoa conta com mais de um milhão de espécies dispostas em mais
de 30 filos. Uma das características mais marcantes do reino é a capacidade de locomoção,
apesar de existirem também representantes sésseis (não se locomovem). Além disso, os animais
possuem células que formam tecidos, com exceção dos poríferos, que não possuem tecidos
verdadeiros.
No que diz respeito ao habitat, os animais também apresentam grande variabilidade, pois são
encontrados em ambientes aquáticos e também terrestres. Sua dieta também é variada, existindo
animais herbívoros, carnívoros, parasitas e até mesmo saprófagos (alimentam-se de cadáveres
de plantas e animais). Costuma-se dividir o Reino Animal em dois grandes grupos principais:
os vertebrados e os invertebrados. Esse primeiro grupo, apesar de ser o mais conhecido,
representa apenas 5% de todas as espécies de animais existentes. Os invertebrados, por sua vez,
agrupam o maior número de espécies, com cerca de 95%. Vale destacar que essa classificação
é artificial, sendo utilizada apenas para fins didáticos.
O reino Animalia, ou reino animal, agrupa espécies como os seres humanos, esponjas, águas-
vivas, estrelas-do-mar, cavalos, cachorros e tantas outras. Esse reino engloba cerca de 1,3
milhão de espécies conhecidas, mas pesquisadores acreditam que esse número seja muito maior,
podendo variar entre 10 a 20 milhões.
Ao contrário das plantas que são autótrofas e produzem seu próprio alimento utilizando a luz
do Sol, os animais são heterótrofos e tomam seu alimento do meio externo. Animais, dessa
forma, nutrem-se de plantas ou de outros animais que tenham comido plantas; têm assim acesso
à matéria orgânica produzida nos vegetais.
Para explorar seu ambiente e conseguir alimento, a maioria dos animais possui sistemas
locomotores. Mesmo seres fixos, como as esponjas (que durante muito tempo foram
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consideradas vegetais), promovem no interior de seu corpo correntes de água; isso permite que
partículas alimentares sejam constantemente trazidas até o animal.
Uma eficiente “pesquisa” do ambiente exige também a presença de órgãos dos sentidos, capazes
de recolherem as informações químicas, tácteis, luminosas e vibráteis do meio. À medida que
os animais se tomam mais complexos, seus sistemas sensoriais também se sofisticam.
Fica claro ainda que surge a necessidade de uma coordenação, que permita ligar a informação
recolhida pelos órgãos dos sentidos aos sistemas de locomoção, propiciando assim a captura do
alimento ou a fuga de predadores. A coordenação nos animais é efetuada pelos sistemas nervoso
e hormonal.
Todos os animais, além disso, precisam digerir o que comem, realizar trocas de gases para
permitir a respiração celular e eliminar substâncias tóxicas do metabolismo por meio da
excreção. Em conjunto, essas funções permitem que o animal se mantenha vivo.
Quanto ao aspecto reprodutivo, podemos encontrar espécies dioicas, com sexos separados, ou
espécies monoicas (hermafroditas) com os dois sexos no mesmo organismo. A reprodução pode
ser de forma sexuada, possibilitando maior variabilidade genética, ou assexuada.
Uma importante característica da maioria dos animais é a presença de um sistema nervoso, que
permite a integração entre as diversas partes do corpo e uma melhor relação com o ambiente.
As esponjas, entretanto, não possuem sistema nervoso.
A maioria dos animais apresenta simetria. A maior parte tem simetria bilateral, como o ser
humano; há, no entanto, animais com simetria radial, como as medusas, a anémona-do-mar e
as estrelas-do-mar.
Sãos mais trinta filos diferentes que classificam os animais, com nove principais. Esses filos
diferenciam os organismos dentro do reino maior que é o reino animália (Barnes, 2007).
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O Reino Animal está representado por 9 grandes filos, suas características gerais e alguns de
seus representantes mais comuns podem ser vistos na lista abaixo.
2.2.1. Poríferos
Os poríferos, representados pelas esponjas, são tidos por alguns autores não como animais
propriamente ditos, mas como membros de um grupo denominado Parazoa. Como o próprio
nome sugere os parazoários, apesar de serem multicelulares, são considerados por alguns
autores como um grupo próximo dos animais e que pode muito bem ter sido um dos ancestrais
dos atuais metazoários. Isto se deve a algumas razões:
São sésseis, e quando apresentam algum movimento, este é pouco detectável, ou se deve
às correntes de água;
Seus corpos são constituídos por massas de células, que ocupam uma matriz gelatinosa e
esponjosa, que é enrijecida pela presença de espículas que podem ser constituídas de carbonato
de cálcio, colagénio ou mesmo sílica. Estes animais podem ocorrer apresentar desde poucos
milímetros ou muitos metros de diâmetro, e podem ser encontrados em todos os oceanos e
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alguns rios, desde que estejam presentes materiais que possam servir de substrato para fixação,
tipo conchas, madeiras, rochas e metais. Embora a grande maioria das espécies de esponjas
ocorram em águas rasas, algumas como as esponjas de vidro podem ocorrer em águas
profundas.
As esponjas são encontradas sob basicamente três formas: asconoide, siconoide e leuconoide.
As asconoides são as mais simples. As diferenças entre esses grupos podem ser observadas
quando comparamos os sistemas de canais internos. As asconoides basicamente não possuem
canais internos, e a água passa pelos poros diretamente ao átrio da esponja. As do tipo siconoide
diferenciam-se das anteriores pelo facto de apresentarem uma parede bem mais espessa,
permitindo que ocorra a formação dos canais radiais, que são formados por coanócitos que
dirigem o fluxo d’água para a espongiocele. É interessante saber que normalmente nas primeiras
fases da vida, as esponjas siconoides podem apresentar-se como asconoides, sendo os canais
formados por evaginação posterior da parede do corpo da esponja. As esponjas leuconoides
podem ser consideradas como as mais complexas, pois apresentam câmaras flageladas, e
ampliam sensivelmente a superfície de contato com a água, o que possibilita um melhor
aproveitamento dela.
2.2.2. CNIDÁRIOS
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Fig. 3: A anêmona é um cnidário que possui tentáculos venenosos para captura de suas presas.
Fonte: https://planetabiologia.com/wp-content/uploads/2019/04/Caracter%C3%ADsticas-dos-
Cnid%C3%A1rios-Filo-Resumo.jpg
2.2.3. PLATELMINTOS
Os platelmintos são animais de corpo achatado sendo seus principais representantes a planária,
a tênia e o esquistossomo. Podem ser de vida livre, como a planária, ou parasitas, como a tênia e
o esquistossomo. São encontrados em ambientes terrestres, aquáticos ou no interior de um
hospedeiro. Possuem simetria bilateral e sistema digestório incompleto. A reprodução pode ser
sexuada e assexuada.
2.2.4. NEMATELMINTOS
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1.1.1. Nematelmintos
1.1.2. ANELÍDEOS
Os anelídeos, como o próprio nome já diz, apresentam o corpo cilíndrico e dividido em anéis.
Seus representantes são as minhocas e as sanguessugas. Podem habitar locais aquáticos
(marinhos ou de água doce) e terrestres. A maioria apresenta vida livre e poucos são parasitas,
como a sanguessuga. A simetria é bilateral e o sistema digestório é completo. Quanto à
reprodução, há representantes dioicos e monoicos que se reproduzem de forma sexuada.
1.1.3. MOLUSCOS
Os moluscos são animais de corpo mole e muitos organismos apresentam uma concha calcária
para a proteção. Seus representantes são encontrados em ambientes marinhos (polvo, lula e
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sépia), água doce (caramujos) e terrestres (caracol e lesma). O sistema digestório é completo e
a simetria é bilateral. Os animais podem ser dioicos e monoicos e realizam reprodução sexuada.
1.1.4. ARTRÓPODES
Em razão da grande diversidade de espécies que o grupo apresenta, podemos encontrar uma
grande variedade de hábitos alimentares com espécies de predadores, herbívoros e parasitas. O
sistema digestório é completo, apresentando boca e ânus. Quanto ao aspecto reprodutivo, a
grande maioria é dioica e se reproduz de forma sexuada. A simetria dos artrópodes é bilateral.
Os principais representantes dos artrópodes são: insetos (gafanhotos, grilos, baratas, moscas,
mosquitos e borboletas); aracnídeos (aranhas e escorpiões); crustáceos (camarão, siri, lagosta);
quilópodes (lacraias); diplópodes (piolho-de-cobra).
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Fig. 8: Nos artrópodes, com patas articuladas, encontramos os insetos.
1.1.5. EQUINODERMOS
1.1.6. CORDADOS
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alguns cordados primitivos, mas em sua maioria os cordados, também vertebrados, são
os peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.
Peixes: são animais que possuem a pele coberta por escamas. Sua respiração acontece
de maneira aeróbica, através dos brônquios. Exemplos dessa classe: tucunaré, lambari,
bagre, pirarucu, sardinha, cação, peixe-beta, tubarão.
Anfíbios: apresentam pele lisa, úmida, sem pelos, nem escamas. Assim como os peixes,
sua respiração é bronquial na fase larval. Quando crescem, sua respiração passa a ser
pulmonar. Exemplos de anfíbios: sapo, salamandra, rã, tritão.
Répteis: a pele desses animais é coberta por escamas. Outra característica importante é
serem pecilotérmicos, que consiste na incapacidade de regular a temperatura do próprio
corpo. A respiração deles é feita através dos pulmões. Exemplos dessa categoria:
tartarugas, cobras, serpentes, jacarés e iguanas.
Aves: seu corpo é coberto por penas e também possuem patas e asas. Nem todos
conseguem voar. Diferente dos répteis, as aves são homeotérmicas, isto é, conseguem
controlar a temperatura corporal.
Mamíferos: apresentam pelos em todo corpo. No caso dessa classe, a fêmea que
alimenta os filhotes com o leite de suas mamas. Os seres humanos se encaixam nessa
categoria. Também respiram pelo pulmão e conseguem regular a temperatura dos seus
corpos. Exemplos de mamíferos: boi, cachorro, girafa, macaco, tamanduá, leão, onça,
jaguatirica, baleia, lontra, hipopótamo, tigre, gato, urso, ariranha, etc.
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2. Considerações Finais
O estudo dos animais, na Biologia, é chamado de Zoologia. Ela tem como objecto de estudo os
nove filos principais, em termos de diversidade: o dos poríferos, cnidários, platelmintos,
nematelmintos, moluscos, anelídeos, artrópodes, equinodermos e cordados.
Para facilitar ainda mais o estudo, a Zoologia costuma ser, didaticamente, subdividida em
Zoologia dos Invertebrados e Zoologia dos Vertebrados. A primeira é responsável pelo estudo
dos animais que não possuem espinha dorsal e caixa craniana, ou seja: os oito primeiros listados
no parágrafo anterior; sendo os artrópodes os mais representativos. Quanto à Zoologia dos
Vertebrados, ela é responsável pelos conteúdos específicos do Filo Chordata, que é dividido em
três subfilos: o dos urocordados, cefalocordados e craniados.
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3. Referencias Bibliográficas
Barnes, R.S.K., Calow, P. & Olive, P.J.W. (2007). Os invertebrados. 2ª edição, São Paulo,
Editora Atheneu.
Brusca, C. & Brusca, G.J. (2007). Invertebrados. 2ª edição, Rio de Janeiro, Editora
Guanabara Koogan.
Hickman Jr., C.P., Roberts, L.S. & Larson, A. (2004). Princípios Integrados de Zoologia. 11ª
edição, Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan.
Nielsen, C. (1995). Animal evolution: interrelationships of the living phyla. Oxford: Oxford
Univerdity Press.
Ribeiro-Costa, C.S. & Rocha, R.M. (2006). Invertebrados – manuial de aulas práticas. 2ª
edição, Ribeirão Preto, Holos, Editora.
Ruppert, E.E., Fox, R.S. & Barnes, R.D. (2005). Zoologia dos Invertebrados. 7a edição, São
Paulo, Livraria Roca Ltda
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