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Índice
Introdução......................................................................................................................1

1.Tema...........................................................................................................................2

2.Justificativa.................................................................................................................2

3.Problematização.........................................................................................................2

4.Objectivos...................................................................................................................3

4.1.Objectivo Geral.......................................................................................................3

4.2.Objectivos Específicos............................................................................................3

5.Hipóteses....................................................................................................................4

6.Metodologia................................................................................................................4

7.Tipos de pesquisa.......................................................................................................4

7.1.Quanto a abordagem................................................................................................4

7.2.Quanto aos objectivos..............................................................................................4

7.3.Quanto aos procedimentos de recolha de dados......................................................5

7.4.Método de pesquisa.................................................................................................5

7.5.Técnicas de colectas de dados.................................................................................5

7.5.1.Questionário.........................................................................................................5

7.5.2.Entrevista..............................................................................................................5

7.5.3.Observação...........................................................................................................6

8.População e amostra...................................................................................................6

9.Revisão de Literatura..................................................................................................6

10.Resultados Esperados...............................................................................................7

11.Cronograma..............................................................................................................8

12.Orçamento................................................................................................................8

Referências bibliográficas...........................................................................................10
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Introdução
A História participa do desenvolvimento científico e tecnológico com importantes
contribuições específicas, cujas consequências têm alcance económico, social e político.
A sociedade e seus cidadãos interagem com o conhecimento histórico por diferentes
meios. A tradição cultural difunde saberes, fundamentados em um ponto de vista
histórico e científico ou baseados em crenças populares.

É lamentável quando se ouve “eu odeio história”, e mais lastimável ainda é lembrar que
essa disciplina dispõe de todos os requisitos para estar entre as mais simpatizadas por se
tratar de uma ciência do quotidiano. No entanto, poucos são os alunos que realmente se
apropriam desse saber. Isto é comprovado nos altos índices de reprovação que
demonstram um baixo nível de aproveitamento.

Tendo como finalidade identificar os impactos de visitas em lugares históricos no


ensino da História como um método de investigação, surge este projecto que será
baseado em dados documentais e do campo pela escola Secundária de Angoche, o
presente projecto de pesquisa apresenta na parte inicial: introdução, justificativa da
escolha do tema, problematização e por fim referencial teórico, de realçar também da
precisão do tempo que será gasto para a pesquisa, juntamente com orçamento e as
referências bibliográficas.
2

1.Tema
Segundo Castilho, Borges, & Pereira, (2014, p. 65) "o tema define o assunto a ser
tratado. Pode equivaler ou não a título do projeto ou da pesquisa, deve ter um
significado preciso." Assim sendo, é o tema escolhido:
 Visita de estudo em lugares históricos e o seu impacto no processo de ensino e
aprendizagem. Caso da Escola Secundária de Angoche.

2.Justificativa
Para Lakatos & Marconi (1992) Justificativada é a parte do trabalho que apresenta
respostas à questão do porquê da realização da pesquisa. É de suma importância para
conseguir financiamento para a pesquisa e para demonstrar a relevância da mesma.

A forte motivação ao tema em destaque, é devido um episódio marcante que tive


quando fazia 12ª classe na Escola Secundária de Liúpo, no qual meu professor de
história havia proposto uma visita em locais históricos do distrito de Liúpo para poder
fazer a exploração das informações históricas que o povo local possuía sobre o distrito.
No fim da excursão, verifiquei que a história na realidade não era tão difícil como
pensava antes e que o problema estava na maneira única que eu recebia aula (através de
abstração e memorização passiva). Na realidade no decorrer do curso, verifiquei que
aquele fenômeno estava ligado a questão da metodologia. Vários professores no ensino
da História usam métodos abstrativos e memorização passiva de cronologia e factos
históricos mesmo existindo métodos concretizadores como a visita em locais históricos,
o que leva a frustração dos alunos e ao pressuposto de que a história não é ciência para
compreensão e possui palavras fixas que um aluno deverá memorizar passivamente.
Portanto, tudo aponta o motivo que levou a escolha do tema foi a procura de
fundamentar o porquê da excursão ser um método de ensino da história muito eficiente
e com um espaço privilegiado no PEA da história.

3.Problematização
“Problema é uma questão que envolve intrinsecamente uma dificuldade teórica ou
prática, para a qual se deve encontrar uma solução”. A primeira etapa de uma pesquisa é
a formulação do problema, que deve ser na forma de perguntas (Cervo & Bervian, 2002,
p. 84).

A disciplina de história como uma ciência a ser ensinada acarreta dificuldades


especificas assim como qualquer disciplina. Ela reúne uma série de características que a
3

transformam em um campo de aprendizagem com dificuldades especiais. Das quais


encontramos as seguintes: dificuldades hermenêuticas que são inerentes a todo processo
de transmissão de conhecimentos1 geralmente e especificamente da história pelo facto
da compreensão dos fenómenos históricos pressupor o domínio de conhecimento
extremamente abstractos e a utilização de variáveis e relações que dificilmente podem
ser isoladas, pois fenomenologicamente é impossível reproduzir os fatos do passado.
Por estes factos, o senso comum especula que, a História é uma matéria que não
necessita ser compreendida, mas sim memorizada. A memória neste sentido, seria
preponderante acima da própria compreensão dos factos históricos. Portanto, a pergunta
fundamental para este fenômeno metodológico do ensino da história é, qual é a melhor
via que faz com que o ensino da história parta da compreensão e não da memória e
quais são os seus impactos que fazem com que a história seja uma disciplina adaptável
as capacidades dos alunos pela concretização e representatividade.

4.Objectivos
Segundo Cervo & Bervian (2002), os objectivos definem a natureza do trabalho, o tipo
de problema, o material a colectar.

4.1.Objectivo Geral
O objectivo geral refere-se a uma visão global e abrangente do tema de pesquisa. Ele
está relacionado com o conteúdo intrínseco dos fenómenos, dos eventos ou das ideias
estudadas (Lakatos & Marconi, 1992). Neste contexto a pesquisa terá como objectivo
geral:
 Conhecer quais são os impactos da visita em lugares históricos no processo de
enisno e aprendizagem da disciplina de história.
4.2.Objectivos Específicos
De acordo com Lakatos & Marconi (1992), os objectivos específicos apresentam um
carácter mais concreto. A sua função é intermediária e instrumental porque auxilia no
alcance do objectivo geral. A pesquisa apresentará como objectivos específicos as
seguintes:
 Contextualizar a problemática da Metodologia de Ensino de História.

1
A história como uma disciplina implica a análise e a explicação de uma totalidade social passada, o que
faz com que o círculo hermenêutico tenha cada vez mais raios exorbitantes em função da compreensão
dos alunos.
4

 Identificar factores que fazem com que a visita em lugares históricos seja uma boa
estratégia no ensino da História.
 Descrever os factores que indicam que a abstração e memorização passiva dos
factos históricos responsável pela saturação dos alunos na aprendizagem da História.
5.Hipóteses
Na óptica de Rudio (1980) hipótese é uma suposição que se faz na tentativa de explicar
o que se desconhece. Portanto, eis as seguintes hipóteses da pesquisa do tema:
H1: a melhor via para transformar o ensino da história uma tarefa simples é através e
promoção de visita em lugares históricos.
H2: a visita em lugares históricos é uma estratégia fundamental para a redução da
abstracao dos factos históricos;
H3: A visita em lugares históricos é um meio fundamental para implantar o gosto do
aluno pela História por ser além de método de ensino, mas também ser um meio para
entretenimento educacional.
6.Metodologia
Segundo Gil (1999, p. 162), “metodologias são os procedimentos a serem seguidos na
realização da pesquisa”.

7.Tipos de pesquisa
7.1.Quanto a abordagem
Quando a abordagem a pesquisa será qualitativa, visto que o pesquisador usará a
subjectividade que não pode ser traduzida em número, na pesquisa propriamente dita irá
se explicar sobre a visita de estudo em lugares históricos e o seu impacto no processo de
ensino e aprendizagem.
Segundo Oliveira (2011, p. 25)"pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como fonte
directa de dados e o pesquisador como seu principal instrumento."

7.2.Quanto aos objectivos


Lakatos & Marconi (2001) consideram que existem, basicamente, três tipos de pesquisa
cujos objectivossão diferentes: pesquisa exploratória, descritiva e experimental.
Quanto aos objectivos será do tipo explicativa, porque visa explicar sobre a visita de
estudo em lugares históricos e o seu impacto no processo de ensino e aprendizagem.
5

Segundo Gil (1999), a pesquisa explicativa tem como objectivo básico a identificação
dos factores que determinam ou que contribuem para a ocorrência de um fenómeno.
7.3.Quanto aos procedimentos de recolha de dados
A pesquisa de campo caracteriza-se pelas investigações em que, além da pesquisa
bibliográfica e/ou documental, se realiza colecta de dados junto a pessoas, com o
recurso de diferentes tipos de pesquisa (pesquisa ex-post-facto, pesquisa-acção,
pesquisa participante,) (Fonseca, 2002).

A pesquisa será de campo, visto que o pesquisador realizará a colecta de dados juntos
das pessoas, ou seja, a pesquisa será feita no local onde ocorrem os fenómenos.

7.4.Método de pesquisa
Quanto ao método de pesquisa usar-se-á método indutivo que consistirá na observação
de factos particulares, neste caso a visita de estudo em lugares históricos e o seu
impacto no processo de ensino e aprendizagem caso particular da Escola Secundária de
Angoche.
7.5.Técnicas de colectas de dados
As técnicas de colecta de dados são um conjunto de regras ou processos utilizados por
uma ciência, ou seja, corresponde à parte prática da colecta de dados (Lakatos &
Marconi, 2001).
Para a recolha de dado usar-se-à as técnicas de questionário, entrevista, observação e
consulta bibliográfica.
7.5.1.Questionário
“Conjunto de questões pré-elaboradas, sistemáticas e sequencialmente dispostas em
itens que constituem o tema da pesquisa, com o objectivo de suscitar dos informantes
respostas por escrito ou verbalmente sobre assunto que os informantes saibam opinar ou
informar” (Chizzotti, 2000, p. 34).
Questionário consistirá na colecta de dados através de questões que serão dirigidas à
alunos daquela instituição de ensino.
7.5.2.Entrevista
“A entrevista é um encontro entre duas ou mais pessoas, afim de uma delas obtenha
informações a respeito de um determinado assunto mediante a uma conversação de
natureza Profissional” (Chizzotti, 2000, p. 36).
6

Neste sentido, a Entrevista consistirá num diálogo que será dirigido aos professores de
disciplina de História e ao director da Escola Secundária de Angoche.
7.5.3.Observação
Segundo Cervo & Bervian (2002, p. 27), “observar é aplicar atentamente os sentidos
físicos a um amplo objecto, para dele adquirir um conhecimento claro e preciso”.
Neste sentido na pesquisa será usada observação que consistirá no uso dos sentidos para
observar e registar os dados e que permitirá a confrontação desses dados observados
com os que serão recolhidos através de entrevista.

8.População e amostra
O universo da pesquisa será constituído por todos alunas do 2o ciclo grupo “A” (11a –
12a) da Escola Secundária de Angoche.
Para Servir de amostra serão seleccionadas apenas duas (2) turmas: uma da 11ª, e 12 a,
respectivamente e em cada turma serão escolhidos aleatoriamente doze (12) alunos para
o questionário, três (3) professores da disciplina de História e Director da escola,
totalizando uma amostra de quarenta (40) pessoas.

9.Revisão de Literatura
Visita de estudo no ensino da História
As visitas de estudo têm sido consideradas atividades relevantes, senão mesmo
fundamentais, no processo de ensino aprendizagem, reunindo o consenso de
professores, alunos, autores de livros de texto, investigadores em desenvolvimento
curricular e responsáveis por instituições de natureza muito diversa, desde museus,
jardins zoológicos e botânicos, parques urbanos e naturais, a fábricas e empresas .
(Almeida, 1998, p. 19)
Geralmente as visitas de estudo são uma estratégia muito fundamental para o processo
de desenvolvimento integral dos alunos e estudantes de qualquer nível acadêmico pois
elas são “como facilitadoras da aquisição de conhecimentos por proporcionarem um
clima de aprendizagem mais descontraído, aspeto que se reflete na motivação dos
alunos, que passam a ficar mais disponíveis para aprender”2
Portanto:
As Visitas de Estudo conferem oportunidades para reforçar ou expandir as indicações
que constam do currículo escolar dos alunos, permitindo que estes aprendem para além
do que este recomenda. Também referiram que ao contribuir para que os alunos alterem
o seu contexto de aprendizagem e rotinas diárias desperta, nos mesmos, interesse,
motivação e curiosidade em descobrir mais sobre determinado tema em estudo. Neste
sentido, Kisiel (2005), constatou que para os docentes, proporcionar aos alunos
experimentarem novas aprendizagens, constitui um impacto positivo no
2
Almeida, 1998, p.19
7

desenvolvimento de aprendizagens futuras, na medida que possibilitam que aprendam


de forma divertida, propiciam aprendizagens facilmente recordadas, e promovem a
aprendizagem ao longo da vida ao demonstrar – lhes que é possível aprenderem para
além do contexto sala de aula, entre amigos e familiares.3

Visitas de estudo e seus impactos no ensino aprendizagem da História


Dentre os impactos da visita de estudo, destacamos os seguintes:
 Reforçar a aprendizagem efectuada durante a realização da Visita de Estudo;
 Incentivar o trabalho colaborativo entre alunos e professores para a
concretização de um trabalho conjunto na construção de um novo conhecimento;
 Estreitar relações de convívio e promover o diálogo entre alunos e professores;
 Despertar a curiosidade e o interesse dos alunos para prosseguirem o propósito
da actividade durante a realização da Visita de Estudo;
 Desafiar os alunos a estenderem os seus conhecimentos a situações diferentes do
contexto sala de aula e, como tal, a desenvolverem-se conceptualmente;
 O desenvolvimento pessoal dos alunos, onde estes podem transpor as suas
experiências vividas durante a actividade, para o seu meio familiar atendendo a
todo um conjunto de variáveis que caracterizam o seu dia a dia;
 Desenvolver destrezas concernentes à escrita, anotação, organização,
sistematização e comunicação da reflexão e da consolidação dos conhecimentos
aprendidos aos restantes colegas.”
10.Resultados Esperados
Com a execução da pesquisa com eficiência e eficácia espera-se conhecer os impactos
fundamentais da visita em lugares históricos o ensino da História.

3
Oliveira, 2008 p. 23
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11.Cronograma
Na perspectiva de Belo (2005, p. 21)“ cronograma é a precisão do tempo que será gasto
na realização do trabalho de acordo as actividades a serem cumpridas.”

Mês/2018-2021

Actividades de pesquisa Outubro Novembro Dezembro Janeiro

Escolha de tema

Revisão Bibliográfico e Elaboração do


Projecto

Elaboração de instrumentos da pesquisa

Contactos preliminares com a escola e


levantamento de dados (Trabalho de campo)

Análise e Interpretação dos resultados e


compilação da monografia final

Entrega

Fonte: O autor, 2021


12.Orçamento
Na óptica de Oliveira (2011, p. 22) orçamento e a parte de um plano financeiro
estratégico que compreende a previsão de receitas e despesas futuras para administração
de determinado exercício.

Ordem Designação Quantidade Preço Unitário (MZN) Preço Total (MZN)

01 Resma 02 200,00 400,00

02 Esferográfica 10 10 ,00 100,00

03 Lápis 05 5 ,00 25,00

04 Computador 01 18000,00 18000,00

05 Borracha 05 5,00 25,00

06 Arquivos 03 60,00 180,00


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07 Impressão 04 50 200

08 Encadernação 04 25 100

Total 19030,00

Fonte: O autor, 2021


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Referências bibliográficas
Bibliografia é o conjunto de elementos que identificam as obras consultadas e/ou citadas
no texto (Olivera, 2011, p. 17).

BELLO, J. L. P. (2005) Metodologia científica; Rio de Janeiro, Brasil: Belo Horizonte;


Castilho, A. P., Borges, N. M., & Pereira, V. T. (2014). Manual de metodologia
científica. ILES/ULBRA.

GIL, A. C. (1999), Métodos e Técnicas de Pesquisa Social, S. Paulo, Brasil: Editora


Alves..

Lakatos, E. M. & Marconi, M. A. (1992). Metodologia de Trabalho Científico. (6ª ed.)


são Paulo, Brasil: Atlas.

ALMEIDA, António José Correia de (1998) – Visitas de Estudo: Conceções e Eficácia


na Aprendizagem. Lisboa: Livros Horizonte.
OLIVEIRA, M. M. G. T. (2008). As Visitas de Estudo e o ensino e a aprendizagem das

Ciências Físico- Químicas: um estudo sobre concepções e práticas de professores e


alunos. Dissertação apresentada para o Instituto de Educação e Psicologia da
Universidade do Minho para obtenção do grau de mestre, orientada por Doutor Luís
Gonzaga Pereira Dourado. In
http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/8326/1/Disserta
%C3%A7%C3%A3o%20Manuela%20Teixeira.pdf

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