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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

INSTITUTO DE SAÚDE E BIOTECNOLOGIA

BACHARELADO EM ENFERMAGEM

LEONARDO DOS SANTOS CAVALCANTE


MILENA SOUTO MONTEIRO

ESTUDO CLÍNICO DE PACIENTE COM DIAGNÓSTICO DE PNM/ ITU/ HAS/


SEQUELA DE AVC

Coari - AM

2023
LEONARDO DOS SANTOS CAVALCANTE
MILENA SOUTO MONTEIRO

ESTUDO CLÍNICO DE PACIENTE COM DIAGNÓSTICO DE PNM/ ITU/ HAS/


SEQUELA DE AVC

Trabalho apresentado como requisito parcial para


obtenção de nota na disciplina de Sistematização
da Assistência de Enfermagem (SAE) no curso de
Enfermagem no Instituto de Saúde e Biotecnologia
da Universidade Federal do Amazonas (ISB/
UFAM).

Orientador: Prof. Enfermeiro Antônio Neto Nunes


Xavier.

Coari - AM

2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 3
2. OBJETIVO GERAL ................................................................................................... 4
2.2 Objetivos Específicos ............................................................................................. 4
3. METODOLOGIA ....................................................................................................... 5
4. HISTÓRICO DE ENFERMAGEM ............................................................................. 5
4.1 Identificação do Paciente: ...................................................................................... 5
4.2 Aspectos Demográficos e Socioeconômicos: ........................................................ 6
4.3 Hábitos Comportamentais e Culturais ................................................................... 6
4.4 Hábitos Alimentares ............................................................................................... 6
4.5 Queixas .................................................................................................................. 6
4.6 Histórico Atual de Doença:..................................................................................... 7
4.7 Histórico da Doença Pregressa: ............................................................................ 7
4.8 Exame Neurológico: ............................................................................................... 7
4.9 Exame de Cabeça e Pescoço ................................................................................ 8
4.10 Exame do Sistema Tegumentar ........................................................................... 8
4.11 Exame do Sistema Respiratório: .......................................................................... 8
4.12 Exame do Sistema Cardíaco: .............................................................................. 8
4.13 Exame do Sistema Músculo Esquelético: ............................................................ 8
4.14 Exame do Sistema Gastrointestinal: .................................................................... 9
4.15 Sinais Vitais: ........................................................................................................ 9
4.16 Exames Complementares: ................................................................................... 9
4.17 Tratamento Farmacológico: ............................................................................... 10
5. PNEUMONIA - PNM ............................................................................................... 10
5.1 Agente etiológico da pneumonia .......................................................................... 11
5.2 Transmissão ........................................................................................................ 11
5.3 Sinais e sintomas ................................................................................................. 11
5.4 Diagnóstico .......................................................................................................... 12
5.5 Tratamento........................................................................................................... 12
6. INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO – ITU ............................................................. 12
6.1 Agente etiológico ................................................................................................. 13
6.2 Causas ................................................................................................................. 13
6.3 Sinais e síntomas ................................................................................................. 14
6.4 Diagnóstico .......................................................................................................... 14
6.5 Tratamento........................................................................................................... 14
7. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA – HAS .................................................... 15
7.1 Causas ................................................................................................................. 15
7.2 Sinais e sintomas ................................................................................................. 15
7.3 Diagnóstico .......................................................................................................... 16
7.4 Tratamento........................................................................................................... 16
8. ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL – AVC .......................................................... 16
8.1 Sinais e sintomas ................................................................................................. 16
8.2 Diagnóstico .......................................................................................................... 17
8.3 Causas ................................................................................................................. 17
8.4 Tratamento........................................................................................................... 17
9. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE) ....................... 17
9.1 Diagnóstico de enfermagem ................................................................................ 17
9.1.1 Teorias aplicadas ao cuidado do paciente: ....................................................... 17
9.1.2 Riscos e lesões identificadas registradas continuamente na ficha Hospitalar da
SAE: ........................................................................................................................... 18
10. DIAGNÓSTICO, RESULTADO E INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM ................. 19
11.EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM ............................................................................. 22
12. PLANO DE ALTA .................................................................................................... 23
13. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 24
14. REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 25
3

1. INTRODUÇÃO

O estudo de caso é uma metodologia de pesquisa amplamente utilizada em


diversas áreas do conhecimento, no que consiste em uma análise detalhada de um
indivíduo, grupo, comunidade ou situação específica, visando compreender suas
características, contextos, problemas e possíveis soluções. Por meio de uma
abordagem sistemática, um estudo de caso permite explorar as complexidades e
nuances de um fenômeno, oferecendo uma visão e uma compreensão abrangente dos
elementos em questão.
Segundo Andrade, Selma Regina de et al (2017, p. 2), “Um estudo de caso
como método de pesquisa requer do pesquisador cuidados com o desenho do
protocolo, explicando os procedimentos formais e reconhecendo pontos fortes e
limitações do estudo. De um modo geral, a escolha por este método se torna
apropriada quando o pesquisador busca responder questões que expliquem
circunstâncias atuais de algum fenômeno social, na formulação de como ou por
que tal fenômeno social funciona”.

Sua importância reside na capacidade de proporcionar noções válidas e


conhecimentos práticos. Ao investigar uma situação real, é possível identificar e
analisar relações de causa e efeito, padrões de comportamento, desafios enfrentados e
estratégias de resolução. Essas informações podem ser fundamentais para a tomada
de decisões embasadas em evidências e para o desenvolvimento de práticas mais
eficientes. O estudo de caso contribui para a construção do conhecimento científico, ao
permitir os testes de teorias consequentemente a validação de hipóteses e ampliação
do entendimento em determinada área de estudo.
No contexto acadêmico da enfermagem, desempenha um papel crucial no
desenvolvimento dos estudantes. Ao presenciar situações reais ou simuladas, os
alunos aplicam os conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aula e vivencia os
desafios enfrentados na prática clínica. Quando o estudante participa de tais situações,
é permitido a ele que avalie, interprete e integre informações aplicando conceitos como
a Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC), aplicando intervenções
apropriadas que categorizam as ações de enfermagem de acordo com sua natureza e
propósito, A Classificação dos Resultados de Enfermagem (NOC), que oferece critérios
para mensurar os resultados alcançados e acompanhar o progresso do paciente ao
4

longo do tempo e de utilizar a Associação Norte-Americana de Diagnóstico de


Enfermagem (NANDA), como ferramentas essenciais na prática clínica para
padronizar a linguagem e facilitar a comunicação entre os profissionais de
enfermagem.
Dessarte, o estudo de caso proporciona aos discentes da graduação de
enfermagem a oportunidade de desenvolver habilidades práticas na utilização dessas
classificações, fortalecendo sua capacidade de planejar e implementar cuidados
individualizados e baseados em evidências, consolidando todo conhecimento teórico
obtido anteriormente, adquirindo confiança em suas habilidades e proporcionando
conhecimento técnico-científico por meio de pesquisas e desenvolvimento do estudo
de caso.
O presente estudo clínico originou-se da realização de estágio supervisionado no
Hospital Regional de Coari (HRC), com atuação central no setor da Clínica Médica
(CM) – Ala Masculina, no período de 31/05/2023 à 06/06/2023, no qual apresenta-se o
quadro clínico do paciente R.N.F.S internado no setor com o diagnóstico de PNM/ ITU/
HAS/ SEQUELA DE AVC, distinguindo suas principais necessidades e proporcionando
subsídios para estudos e elaboração de estratégias que solucione os problemas
identificados com enfâse ao bem-estar e qualidade de vida do paciente.

2. OBJETIVO GERAL

Tem-se como objetivo geral evidenciar o estudo de caso de um paciente


acamado da Clínica Médica (CM), com diagnóstico médico de PNM/ ITU/ HAS/
SEQUELA AVC, em que a assitência de enfermagem foi prestada durante o período de
estágio supervisionado do curso de Enfermagem na disciplina de Semiologia e
Semiotécnica de Enfermagem II, realizado no Hospital Regional de Coari (HRC).

2.2 Objetivos Específicos

• Descrever sobre a fisiopatologia das doenças;


• Identificar o paciente e suas queixas;
• Realizar o processo de Enfermagem;
• Evidenciar o tratamento realizado;
5

• Relatar a evolução de Enfermagem;


• Promover o plano de alta.

3. METODOLOGIA

O presente documento trata-se de um estudo clínico, de natureza descritiva.


coletado no Hospital Regional de Coari (HRC), localizado na estrada Coari-Mamiá,
bairro tauá-mirim, Coari-AM, entre os dias 31/05/2023 à 06/06/2023. Para realização do
estudo, foi selecionado um paciente acamado com diagnóstico médico de PNM, ITU,
HAS, SEQUELAS AVC, onde a entrevista seguiu um roteiro estruturado e
posteriormente foram realizados os exames físicos e a anamnese completa no
paciente. Com a coleta de informações tornou-se possível selecionar teorias de
enfermagem e realizar a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE),
fazendo o uso da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) para
construção dos diagnósticos de enfermagem, Nursing Outcomes Classification (NOC)
para a classificação dos resultados de enfermagem e Nursing Interventions
Classification (NIC) para as prescrições de enfermagem.
Gil (1999) explica que a pesquisa descritiva objetiva principalmente a descrição
das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de
relações entre as variáveis. Uma de suas características mais significativas está na
utilização de técnicas padronizadas de coletas de dados. Logo, Andrade (2002)
descreve que a pesquisa descritiva preocupa-se na observação dos fatos, em registrá-
los, analisá-los, classificá-los e interpretá-los.

4. HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
4.1 Identificação do Paciente:

• Nome: R.N.F.S
• Idade: 79 anos
• Sexo: Masculino
• Peso: 55 kg
• Altura: 152 cm
• Cor/Etnia: Pardo
• IMC: 23.81 – Normal
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• Estado Civil: União Estável


• Herdeiros: 13 filhos
• Setor: Clínica Médica
• Admissão: 25/05/2023

4.2 Aspectos Demográficos e Socioeconômicos:

• Residente de área urbana


• Residência de alvenaria
• Luz elétrica
• Saneamento básico
• Água encanada
• Ocupação anterior: Agricultor e Maçeneiro
• Ocupação atual: Aposentado
• Herdeiros: 13 filhos

4.3 Hábitos Comportamentais e Culturais

• Adepto por dieta pastosa com preferência por caldo, realizando 3 (três) refeições
diárias;
• Dificuldade com ingestão de água, sendo necessário a persistência por parte do
paciente;
• Acompanhante informa que o cliente aprecia ouvir sobre os filhos e leituras
realizadas por seu neto;
• Religião: Evangélica.

4.4 Hábitos Alimentares

• Café da manhã: Mingau;


• Almoço: Alimentos pastosos (preferência por caldos);
• Jantar: Alimentos pastosos.

4.5 Queixas
Paciente não verbaliza, comunica-se através de gestos, sendo necessário o
auxílio do acompanhante quanto aos relatos, sendo assim, foi identificado bastante
desconforto devido a presença de secreção nas mucosas nasais e orais, incômodo
com os acessos de administração de medicamento e com o uso das SNG, SVD,
cateter de oxigênio e com os instrumentos de contenção colocados devido as perdas
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de acesso. Além disso, foi relatado que o cliente sentia saudades de casa e com isso
chorou algumas vezes.

4.6 Histórico Atual de Doença:

• Cliente acompanhado de sua nora foi admitido na Clínica Médica (CM) – ala
masculina do Hospital Regional de Coari (HRC) no dia 25.05.2023 com
diagnóstico de PNM/ HAS/ ITU e SEQUELA DE AVC, não verbaliza, comunica-
se através de gestos;
• Constatou-se que o cliente é acamado e fazia uso de SNG, para alimentação,
SVD para eliminação de urina e respirava com suporte de O2 com cateter (4lt) e
fralda geriátrica para evacuação;
• Foi realizado sessões de aspiração para o alívio do desconforto nasal e oral,
visando a redução de secreções nas mucosas, evidenciando melhora quanto ao
congestionamento;
• A administração de suplementos e água através da SNG, no qual, ao decorrer
do tempo apresentou melhora na deglutição, observando movimentos mais
acentuados;
• A administração de uma série de medicamentos para tratar as doenças
diagnosticadas: PNM, HAS e ITU;
• Esvaziamento da bolsa coletora de urina, notou-se com o tempo, cor de urina
mais clara ao quadro anterior;
• Cliente recebeu alta no dia 06/06/2023 onde constatou-se melhora no seu
quadro de saúde e/ou diagnóstico.

4.7 Histórico da Doença Pregressa:

• Durante a entrevista o acompanhante relatou que o cliente fazia uso de bebida


alcoólica com frequência;
• Não seguia uma dieta balanceada, dessa forma, ingeria sal em grande
porporção;
• Seu primeiro AVC ocorreu quando tinha 54 anos e com o passar dos anos
apresentou agravos em seu estado, desencadeando mais quatro avc´s;
• O acompanhante não soube informar o ano ou idade do diagnóstico de HAS.

4.8 Exame Neurológico:


8

• Nível de Consciência aceitável


• Pupilas com formato arredondado, isocóricas e fotorreativas
• Hemiplegia
• Função sensitiva normal

4.9 Exame de Cabeça e Pescoço

• Crânio normocefálico
• Icterícia ocular
• Acuidade visual diminuída
• Lábios ressecados
• Mucosa oral com presença de lesões
• Dentição incompleta
• Tireoide palpável sem presença de nódulos

4.10 Exame do Sistema Tegumentar

• Normocorado
• Hidratado
• Higiene corporal satisfatória
• Unhas limpas e com um aspecto pálido

4.11 Exame do Sistema Respiratório:

• Normocorado
• Tórax funil ou infundibuliforme
• Movimentos respiratórios espontâneos
• Expansão torácica simétrica
• Murmúrios vesiculares com presença de roncos e sibilos
• Eupneico (17 ipm)

4.12 Exame do Sistema Cardíaco:

• Ictus cordis palpável


• Normotenso (130x80 mmHg)
• Normocárdico (99 bpm)
• Bulhas cardíacas audíveis normofonéticos em 2T

4.13 Exame do Sistema Músculo Esquelético:


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• Mobilidade prejudicada
• Força insatisfatória
• Sequela de AVC
• Hemiplegia do lado esquerdo

4.14 Exame do Sistema Gastrointestinal:

• Abdome plano
• Ausência de cicatrizes
• Ruídos hidroaéreos presentes
• Sem alterações à percussão
• Não relatou algia a palpação
• Eliminações intestinais presentes à noite em aspecto pastoso

4.15 Sinais Vitais:

• P.A: 150x80 mmHg


• Temperatura axilar: 35.6 ºC
• Saturação: 98 O²sat
• Pulso: 99 bpm
• Respiração: Eupneico (17 ipm)

Obs: Durante os três dias de acompanhamento com o paciente, o mesmo não


apresentou variações em seus sinais vitais, exceto pela P.A 130x80 mmHg no terceiro
dia de acompanhamento dos estagiários.

4.16 Exames Complementares:


Solicitado no dia 25/05/2023:
• Hemograma completo
• Ureia / Creatinina
• TGO (AST) TGP (ALT)
• EAS
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4.17 Tratamento Farmacológico:

MEDICAMENTOS UTILIZADOS NOS 13 DIAS DE INTERNAÇÃO


ITEM DESCRIÇÃO DOSE VIA INTERVALO HORÁRIO
01 DIETA HORAL - SNG - SND
PASTOSA
02 AVP - - - MANTER
03 SRL 500 ML EV 12/12H 04-14
04 VANCOMICINA D2 1G EV 12/12H 10-22
05 CEFEPIMA D2 1G EV 8/8H 10-18-02
06 ACEBROFILINA 10ML VO 12/12H 04-14
07 LOSARTANA 50MG VO 1/DIA 09
08 DIPIRONA 1G EV 6/6H 12-18-24-06
09 PLASIL 10MG EV 8/8 SN -
10 OMEPRAZOL 40MG EV EM JEJUM 06
11 SIMETICONA 40 GOTAS VO 8/8H 14-22-06
12 DIAZEPAM 10MG VO A NOITE 20
13 FLORAX 1 SACHE VO 12/12H 10-22
14 CATETER NASAL O² 4L/MIN - SN -
15 SSVV + CCGG - - 6/6H 12-18-24-06

5. PNEUMONIA - PNM
A pneumonia é uma inflamação do parênquima pulmonar causada por diversos
microrganismos, incluindo bactérias, micobactérias, fungos e vírus, onde ocorre as
trocas gasosas. Essa região deve está livres de substâncias que possam impedir o
contato do ar com o sangue, vale salientar que diferente da gripe que é altamente
infecciosa, os agentes causadores da pneumonia não são transmitidos facilmente
Os individuos com risco de pneumonia frequentemente apresentam distúrbios
subjacentes crônicos, doença aguda grave, imunossupressão em consequência de
doença ou medicamentos, imobilidade e outros fatores que interferem nos mecanismos
protetores pulmonares normais (SMELTZER et al, 2015, p. 27).
A pneumonia afeta todos os anos 450 milhões de pessoas em todo o mundo
(7% da população mundial), sendo a causadora de 4 milhões de mortes anuais. No
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inicio do século XX a pneumonia era uma das principais causas de morte e invalidez,
com taxas de mortalidade próximas de 30%. (OSLER, 1901, p. 20).
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) registra, anualmente, mais de 600
mil internações por Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC).

5.1 Agente etiológico da pneumonia


A streptococcus pneumoniae é a mais comum causadora da doença, é uma
bactéria, diplococos Gram-positivos, alfa-hemolíticos, aeróbicos e encapsulados, sendo
necessário para seu diagnóstico a coloração de Gram e cultura. No que diz respeito ao
tratamento contra esses agentes deve ser analisado a resistência e pode incluir
betalactâmicos, macrolídeos, pleuromutilina, fluoroquinolonas respiratórias e algumas
vezes vancomicinas.
É um microrganismo que necessita de cautela pois necessita da catalase para
crescer em placas de ágar, em laboratorio, sendo possível identificá-los por:
• Catalase-negativo;
• Diiplococos Gram-positivos em forma de lanceta;
• Alfa-hemólise em ágar-sangue;
• Sensibilidade à optoquina;
• Lise por sais biliares.

5.2 Transmissão
A transmissão da pneumonia ocorre através do contato com vírus, fungos ou
bactérias que causam a doença, essas presentes no ar, solo, nas fezes de pássaros
uma vez contaminados ou por meio da inalação de gotículas de saliva ou secreções
nasais liberadas quando o individuo infectado tosse ou espirra. Além disso, a doença
pode ser adquirida por meio da aspiração ou inalação de alimentos, bebidas ou
vômitos, ou ainda uso de ventilação mecânica em hospitais.
Ressalta-se que o paciente em questão fazia uso de sondas SNG, fazia uso
regularmente da aspiração em contato com mucosas (boca e nariz) e tinha cateter tipo
sonda para administração de oxigênio via nasal.

5.3 Sinais e sintomas


Os sintomas mais comuns da pneumonia são as febres entre 39ºC à 40ºC,
calafrios, respiração rápida e curta, tosse seca ou produtiva (catarro amarelo ou
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esverdeado), dores no peito ou no tórax, além de dispneia (dificuldade para respirar),


diarreias, vômitos, náuseas e fadiga. Sendo a febre fator comum com outras patologias
e podem estar ausente em pacientes com doença grave ou desnutrição, já que a febre
é uma resposta do próprio sistema imunológico para combater o agente patológico,
desde que o mesmo esteja em boas condições. Além disso, a tosse é frequentemente
ausente em crianças com menos de 2 meses de idade. Sintomas mais graves podem
incluir: cianose central, diminuição de sede, convulsões, vômitos persistentes e
diminuição do nível de consciência (Singh et al., 2011, p. 10).

5.4 Diagnóstico
O diagnóstico é feito basicamente a partir do histórico do paciente, de exames
clínicos e de raio-x do tórax. Outros exames complementares podem ser necessários
para identificar o agente causador da doença.

5.5 Tratamento
O tratamento depende do micro-organismo causador da enfermidade. Quando
não é tratada, a pneumonia pode evoluir para um quadro mais grave, podendo levar a
morte do paciente. Nos casos de pneumonias causadas por bactérias, os antibióticos
são os medicamentos mais indicados. A penicilina já foi a droga mais difundida no
tratamento das chamadas pneumonias comunitárias, mas a resistência das bactérias
ao medicamento tem demandado a adição de novos antibióticos para complementar as
terapias já utilizadas. Atualmente, para o combate no tratamento dessas pneumonias,
que comprometem pessoas previamente saudáveis, recomenda-se o uso de
macrolídeos (amoxacilina, azitromicina ou claritromicina). A resistência dos
pneumococos a antimicrobianos é um grave e crescente problema em todo o mundo
por comprometer a eficácia terapêutica, o que aumenta a importância da prevenção da
doença via vacinação.

6. INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO – ITU

A infecção do trato urinário (ITU) está entre as infecções bacterianas em adultos


mais comuns, principalmente em mulheres. Esta ocorre quando a flora normal da área
periuretral é substituída por bactérias uropatogênicas, que ascendem pelo trato
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urinário. A infecção ocorre devido a fatores ligados à virulência da bactéria e


suscetibilidade do hospedeiro, que permitem melhor aderência e colonização dos
micro-organismos. (Haddad, 2019, p. 5)
Mundialmente, a ITU é a segunda infecção mais detectada e tratada, perdendo
somente para as respiratórias, representando um problema frequente de saúde.
Esta acomete em sua maioria mulheres jovens com vida sexualmente ativa,
mulheres grávidas e mulheres em pré - menopausa, representando 5% a 0,7% das
notificações de infecções por ano (ARAUJO KL, QUEIROZ AC, 2012; COLOMB
SALUD AS, 2014).

6.1 Agente etiológico


A ITU é causada por bactérias, fungos e outros microorganismos que infectam o
trato urinário (rim, ureter, bexiga e uretra). Os principais micro-organismos envolvidos
são as bactérias Gram negativas, com a escherichia coli sendo a mais prevalente tanto
em indivíduos saudáveis como em pacientes com algum fator de risco como sonda
vesical ou em idosos. Essas bactérias estão normalmente presentes na flora intestinal.
O sexo feminino normalmente é mais afetado devido à proximidade da uretra com o
ânus e por ela ser muito mais curta que a uretra masculina. Quando não tratada
adequadamente a infecção pode causar complicações, levando a infecção dos rins e
das vias urinárias superiores, passando a ser denominada de pielonefrite. Outros gram
negativos importantes são a klebsiella, acinetobacter sp e pseudomonas sp.

6.2 Causas
A ITU pode ser adquirida através da falta de higiene adequada, histórico familiar,
baixa ingestão de agua, gestação, infecção hospitalar, atividade sexual e doenças
crônicas, tais como a diabetes.
Trazendo para o contexto do paciente em questão, sabemos que a ITU é
comum em todas as idades da vida, mas tende a surgir mais em idosos. Isto ocorre
porque, quando envelhecemos, a nossa imunidade tende a ficar mais baixa e,
consequentemente, a proliferação de microrganismos tende a aumentar. Além disso, o
paciente faz uso de fralda geriátrica, algo que também favoreceu para o
desencadeamento da ITU, devido ao favorecimento do aumento de bactérias. E
também devido a baixa ingestão de agua, uma vez que o mesmo apresenta relutância
para ingerir água.
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6.3 Sinais e síntomas

A infecção do trato urinário começa normalmente com um quadro localizado de


cistite (infecção da bexiga). O paciente começa com uma dor/queimação ao urinar
(disúria) muito incômoda, dor no baixo ventre e o aumento do número de vezes que
precisa urinar, só que paradoxalmente fazendo apenas "poucas gotinhas" de cada vez
(polaciúria, que ocorre devido à irritação da bexiga). Sangramento leve não é sinal de
gravidade e pode ocorrer. Por outro lado, febre associada, dor nas costas importante e
queda do estado geral necessitam de avaliação de um serviço de emergência, pois
indicam que a doença progrediu e atingiu os rins, causando uma pielonefrite.

6.4 Diagnóstico
O diagnóstico da ITU é representado pelo crescimento bacteriano igual ou acima
de 100.000 unidades formadoras de colônia por mililitro (mL) de urina (100.000
UFC/mL), preferencialmente de jato médio, com adequada assepsia da região anatô-
mica envolvida.
No caso da cistite, geralmente são necessários Urina rotina, Urocultura (Exame
definidor do diagnóstico), e Antibiograma. Estes dois últimos exames permitem saber
qual a bactéria específica está acometendo o paciente, e a qual antibiótico ela é
sensível. Mesmo que o tratamento seja iniciado antes dos seus resultados, o médico
poderá confirmar ou modificar sua decisão inicial, com respaldo adequado.
Já na pielonefrite, além destes exames já citados, podem ser necessários outros
exames: Hemocultura e exames de imagem (Ultrassonografia, Tomografia
computadorizada ou Ressonância Magnética). Reforçando que sempre, o exame
clínico pelo médico é fundamental para fundamentar a hipótese diagnóstica.

6.5 Tratamento
A escolha da terapia antimicrobiana para a ITU depende da apresentação da
infecção, ou seja, compatível com cistite ou pielonefrite. Depende também da pessoa
afetada (idosos, mulheres gestantes, adultos, crianças), do agente infeccioso, e da
própria evolução do quadro clínico. Portanto, para decisão do tratamento, o médico
baseia-se em dados laboratoriais e clínicos.
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7. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA – HAS


É uma doença crônica em que a pressão sanguínea nas artérias se encontra
constantemente elevada. A doença geralmente não causa sintomas. No entanto, a
longo prazo é um dos principais fatores de risco para uma série de doenças graves
como a doença arterial coronária, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca,
doença arterial periférica, incapacidade visual, doença renal crónica e demência.
A hipertensão arterial pode ser classificada como primária ou secundária. Cerca de
90–95% dos casos são primários, tendo origem em fatores não específicos genéticos e
de estilo de vida. Entre os fatores relacionados com o estilo de vida que aumentam o
risco de hipertensão estão o excesso de sal na dieta, excesso de peso, tabagismo e
consumo de álcool. Os restantes 5–10% dos casos são secundários, uma vez que têm
origem em causas identificáveis, como doença renal crônica, estenose da artéria renal,
doenças endócrinas ou uso de pílula contraceptiva.

7.1 Causas
A hipertensão, em 90% dos casos, é herdada dos pais por fatores genéticos.
Além disso, existem hábitos que influenciam nos níveis da pressão arterial. Na lista de
costumes prejudiciais estão: fumo, consumo elevado de álcool e bebidas alcoólicas e
falta de atividade física. Há, ainda, condições como obesidade, estresse e colesterol
em níveis elevados que podem desencadear a hipertensão. É importante destacar,
também, que a incidência da doença aumenta com a idade. Consequentemente,
idosos devem estar mais atentos e cuidadosos em relação à alimentação,
principalmente, em busca da prevenção.
A obesidade, o sedentarismo, o estresse, o tabagismo e quantidades excessivas
de álcool ou sódio (sal) na dieta podem desempenhar um papel no desenvolvimento da
hipertensão arterial em pessoas que têm uma tendência hereditária para desenvolvê-
la.

7.2 Sinais e sintomas


A hipertensão raramente é acompanhada de outros sinais ou sintomas, uma
parte significativa de hipertensos revela sofrer de dores de cabeça sobretudo na
occipital (parte posterior da cabeça) e durante a manhã, assim como vertigens,
zumbidos, distúrbios na visão ou mesmo episódios de desmaio. A hipertensão
apresenta sintomas apenas quando está em fase avançada. Os sinais incluem dores
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no peito e de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e


sangramento nasal.

7.3 Diagnóstico
O diagnóstico de hipertensão faz-se na presença de pressão sanguínea elevada
e persistente. Medir a pressão regularmente é a única maneira de diagnosticar a
hipertensão. Pessoas acima de 20 anos de idade devem medir a pressão ao menos
uma vez por ano. Se houver hipertensos na família, deve-se medir no mínimo duas
vezes por ano.

7.4 Tratamento
A primeira forma do tratamento da hipertensão é idêntica às alterações no estilo
de vida recomendadas na prevenção e incluem: alterações na dieta,exercício físico, e
controle do peso. Se a pressão for tão elevada que justifique o uso imediato de
medicamentos, as alterações dos hábitos de vida continuam a ser recomendadas em
conjunto com a medicação.
Os medicamentos que são utilizados no tratamento de hipertensão arterial são
chamados anti-hipertensivos. Com a grande variedade de anti-hipertensivos
disponíveis, a hipertensão arterial pode ser controlada em quase qualquer pessoa,
mas, o tratamento tem de ser adaptado ao indivíduo.

8. ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL – AVC


Dentre as doenças crônicas não transmissíveis, o Acidente Vascular Cerebral (AVC)
é uma síndrome neurológica frequente em adultos e idosos, sendo uma das
maiores causas de morbimortalidade em todo o mundo. Sua incidência é maior
após os 65 anos, havendo aumento do risco com a idade, dobrando a cada década
após os 55 anos. É a principal causa de incapacidade funcional, sendo precedida
apenas pelas doenças cardiovasculares e pelo câncer (VIEIRA CPB e FIALHO
AVM, 2010; PEREIRA RA, et al., 2013).

8.1 Sinais e sintomas

• Fraqueza ou dormência súbitas em um lado do corpo;


• Dificuldade em movimentar os braços adequadamente;
• Confusão, dificuldade para falar ou entender;
17

• Dificuldade súbita para andar, tontura ou incoordenação de início súbito;


• Dificuldade súbita para enxergar com um ou ambos os olhos;
• Cefaleia intensa e súbita sem causa aparente.

8.2 Diagnóstico
Os médicos recomendam que a hipótese seja confirmada por um exame de
imagem, tomografia computadorizada e ressonância magnética, que permitem ao
médico identificar a área do cérebro afetada e o tipo de AVC.
A tomografia pode ser o exame inicial de escolha por sua disponibilidade e
rapidez. Serve principalmente para diferenciar o AVC por entupimento/isquemia do
hemorrágico, o que muda radicalmente a conduta médica.

8.3 Causas
O AVC decorre da alteração do fluxo de sangue ao cérebro. Responsável pela
morte de células nervosas da região cerebral atingida, o AVC pode se originar de uma
obstrução de vasos sanguíneos, o chamado acidente vascular isquêmico, ou de uma
ruptura do vaso, conhecido por acidente vascular hemorrágico.

8.4 Tratamento
O tratamento do AVC isquêmico, utilizado em todo o mundo há vários anos,
pode ser feito com medicamento trombolítico administrado na veia do paciente. A
função do medicamento é dissolver o coágulo sanguíneo que está entupindo a artéria
cerebral e causando a isquemia. O tempo máximo ideal para início da aplicação do
medicamento é de quatro horas e meia após os primeiros sintomas.

9. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE)


A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma atividade
privativa do enfermeiro (COFEN, 2009).
A SAE representa um conjunto de ações sistematizadas e inter-relacionadas
que possibilitam reconhecer o problema, intervir e encaminhá-lo, de forma a prestar
uma assistência eficaz (COFEN, 2009).

9.1 Diagnóstico de enfermagem


9.1.1 Teorias aplicadas ao cuidado do paciente:
18

Optou-se pelo uso de duas teorias, sendo elas, a de Hildegard Peplau, a


chamada Teoria das Relações Interpessoais de Hildegard Peplau, cujo explica que a
enfermagem estabelece um relacionamento interpessoal terapêutico eficaz, visando o
reconhecimento e resposta às necessidades de ajuda do cliente (pessoa, família ou
coletividades), e a teoria de Callista Roy (1970), a chamada Teoria do modelo
adaptativo de Callista Roy, na qual considera o objetivo da enfermagem a promoção
da adaptação dos indivíduos e grupos nos quatro modos de adaptação (modo
adaptativo: físico-fisiológico, identidade de autoconceito, interdependência e
desempenho de papel), contribuindo assim para a saúde, a qualidade de vida e a
morte com dignidade.

9.1.2 Riscos e lesões identificadas registradas continuamente na ficha


Hospitalar da SAE:
É válido salientar que a Sistematização da Assistência de Enfermagem
(SAE) é uma atividade privativa do enfermeiro (COFEN, 2009).

A SAE representa um conjunto de ações sistematizadas e inter-relacionadas


que possibilitam reconhecer o problema, intervir e encaminhá-lo, de forma a prestar
uma assistência eficaz (COFEN, 2009).

Riscos e lesões identificadas:

I. Senso de percepção alterado: Sequela de AVC;


II. Mucosa oral prejudicada: Lesões na mucosa oral;
III. Padrão respiratório ineficaz: Sequela de AVC e uso de catéter nasal;
IV. Risco de perfusão tisular cardíaca: HAS;
V. Risco para infecção: AVP, SVD, AMB.HOSP;
VI. Integridade da pele prejudicada: LPP de 1° grau;
VII. Mobilidade física prejudicada: Sequela de AVC;
VIII. Eliminação urinaria prejudicada: SVD;
IX. Diarréia relacionada: SNG;
X. Risco de aspiração: Aimentação por SNG.
19

10. DIAGNÓSTICO, RESULTADO E INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM


DIAGNÓSTICO DE RESULTADOS
ENFERMAGEM – INTERVENÇÕES DE ENFERMAMGE - NIC ESPERADOS –
NANDA 1 NOC

Verificar o posicionamento da sonda


Risco de aspiração Controle de Riscos.
nasogástrica antes de alimentar o paciente.
relacionado a presença Prevenção da
Verificar o resíduo da sonda nasogástrica
de sonda nasogástrica Aspiração.
antes de alimentar o paciente.

Comunicação:
Comunicação verbal Fazer gestos com as mãos, conforme
Expressão.
prejudicada apropriado. Orientar a cuidadora a conversar
Habilidades de
relacionada a alteração com a paciente durante a prestação de
Interação Social.
no sistema nervoso cuidados. Orientada a falar em voz alta e
Comunicação.
central solicitar que a paciente responda
movimentando a cabeça.

Identificar características ambientais capazes


Ambiente Domiciliar
de aumentar o potencial de quedas. Usar a
Seguro.
Risco de quedas técnica correta para transferir o paciente para
Comportamento de
evidenciado por a cadeira de rodas, a cama, o vaso sanitário e
Prevenção de
mobilidade prejudicada assim por diante, bem como o contrário.
Quedas. Controle de
Sugerir adaptações em casa para aumentar a
Riscos.
segurança da paciente
Colaborar com outros membros da equipe de Estado Nutricional:
Deglutição prejudicada
cuidados de saúde (p. ex., terapeuta Ingestão de
relacionada a lesão
ocupacional, fonoaudiólogo da fala e Alimentos e Líquidos.
neuromuscular
nutricionista) para dar continuidade ao plano
de reabilitação do paciente.

Estabelecer uma rotina de cuidados orais.


Monitorar os dentes quanto a cor, brilho e
presença de resíduos. Orientar e auxiliar o
paciente a fazer a higiene oral após as
refeições e sempre que necessário. Orientar a Higiene Oral.
pessoa a escovar dentes, gengivas e língua.
Dentição prejudicada Recomendar dieta saudável e ingestão
relacionada a higiene adequada de água. Providenciar consultas
oral inadequada dentárias, quando necessário. Auxiliar no
cuidado de dentadura, quando necessário
20

DIAGNÓSTICO DE
RESULTADOS
ENFERMAGEM – INTERVENÇÕES DE ENFERMAMGE - NIC
ESPERADOS – NOC
NANDA 1

Abrir a via aérea, usando a técnica de


Estado Respiratório:
elevação do queixo ou de manobra
Desobstrução ineficaz de Permeabilidade das
mandibular, conforme apropriado. Colocar o
vias aéreas relacionado Vias Aéreas. Controle
paciente deitado de lado, conforme indicação,
a muco excessivo. de Riscos. Prevenção
para evitar aspiração. Instituir tratamentos
da Aspiração.
terapêuticos respiratórios – nebulização 2X ao
dia.

Mobilidade física
prejudicada relacionada Cooperar com o fisioterapeuta no
a alteração na função desenvolvimento e execução de um programa
Movimento Articular
cognitiva e prejuízo de exercícios. Vestir o paciente com roupas
musculoesquelético e folgadas.
neuromuscular.

Encorajar a participação em interações com


Interação social familiares, amigos e outros. Encorajar visitas
prejudicada relacionada de pessoas significativas, conforme Envolvimento Social.
a mobilidade limitada. apropriado. Realizar eventos em família em
casa incluindo a paciente.

Organizar com asseio os suprimentos e a


roupa de cama e banho que tenham que ficar
Tristeza relacionada a
ao alcance visual do paciente. Oferecer a Bem-estar Pessoal.
experiência de
música preferida. Auxiliar o paciente ou a Esperança
incapacidade crônica.
família a organizar cartões, flores e presentes
para melhorar a percepção visual do paciente

Risco de solidão Encorajar a participação em interações com


relacionado ao familiares, amigos e outros. Solicitar que a Envolvimento Social.
isolamento social. cuidadora não deixe a paciente sozinha por
longos períodos
21

Controle da
hipertensão;
Risco de perfusão Administrar anti-
tissular cardíaca Evitar complicações cardíacas hipertensivos
diminuída corretamente;
Melhorar alimentação;
Controle do peso.

Manter integridade da pele na via intravenosa


sempre. Purificar a localização de dispositivo
invasivo com técnica asséptica. Cuidados com
Necessidade
local de dispositivo invasivo. Colocar cobertura
Psicobiológica - Infecção Ausente
de ferida no local de dispositivo invasivo.
Regulação Imunológica
Monitorar Sinais e Sintomas de Infecção.
Assegurar segurança do paciente durante
procedimentos invasivos.

DIAGNÓSTICO DE INTERVENÇÕES DE ENFERMAMGE - NIC RESULTADOS


ENFERMAGEM – ESPERADOS – NOC
NANDA 1

Necessidade Obter dados sobre condição urinária. Orientar


Psicobiológica - sobre irrigação da bexiga urinária. Promover
Eliminação Eliminação urinária eficaz. Executar educação Micção eficaz
em saúde sobre Sistema Urinário. Manter
higiene íntima. Orientar sobre o suprimento de
água. Fornecer suprimento de água adequado.

Necessidade Explicar a causa da dor, se possível. Estimular Controle da dor.


Psicobiológica - a verbalização da dor. Registrar características
22

Percepção dos órgãos da dor. Avaliar eficácia da medicação, após


dos sentidos: olfativa, sua administração.
visual, auditiva, tátil,
gustativa, dolorosa

Necessidade Avaliar resposta ao tratamento. Facilitar Aceitação da condição


Psicossociais – acesso ao tratamento. Explicar todas as de saúde melhorada
Liberdade e participação dúvidas do paciente. Facilitar Capacidade da
Família para Participar no Plano de Cuidado

11.EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Foram registradas evoluções dos dias 31/05, 01/06, 02/06, sendo esses, os dias
que acompanhamos o cliente R.N.F.S.

31.05.2023, ás 08:00 cliente R.N.F.S, 79 anos, masculino. Admitido na unidade


hospitalar no dia 25/05/2023 com PNM/ HAS/ ITU/ SEQUELA AVC. Na anamnese o
paciente relata queixa de incomôdo noturno por acúmulo de secreção nasal e oral. No
exame físico, couro cabeludo e cabelos limpos e hidratados, presença de sujeira nos
pavilhões auriculares, fossas nasais, mucosa oral desidratada e com presença de
lesões, traqueia sem alterações com boa aparência e movimentação, na ausculta
pulmonar constatou-se sibilos em ambos os lados, na ausculta cardíaca apresentou-se
normocardico com batimentos em 2T, o abdome apresenta boa aparência com som
timpânico. Utiliza SNG, SVD, acesso venoso na perna direita e cateter de oxigênio.
Queixa-se de incomôdo pelo acúmulo de secreção nas mucosas oral e nasal. Paciente
sem evacuação e com bolsa coletora de urina na margem de 350 ml.

01.06.2023, ás 08:00 cliente R.N.F.S, 79 anos, sexo masculino. Cliente em seu


7° dia de internação, acompanhado de seu filho. DM: PNM/ ITU/ HAS/ SEQUELA DE
AVC. Interage através de gestos. No exame físico, constatou-se pele hidratada,
nutrido, hiporcorado, couro cabeludo, cabelos e sobrancelhas limpos e hidratados,
23

pupilas isócoricas e fotorreagentes, pavimentos auriculares normais, seios nasais sem


alterações, fossas nasais SIA, mucosa oral com presença de lesões, pescoço móvel e
sem alterações. Ausculta pulmonar com murmurios vesiculares audíveis, com redução
de roncos e sibilos. Ausculta cardíaca com focos normofonéticos em 2T, ABD plano,
QSD e E com som timpânico, QID e E com som maciço. Respira com suporte de O2
em cateter (4lt), fralda geriatrica, AVD sem sinais flogísticos, SNG, SVD. Realizada
ADM. MED. Ceftriaxona, Claritromicina e Florax.. Além do banho no leito. Eliminação
urinária em 500 ml.

02.06.2023, ás 08:00 cliente R.N.F.S, 79 anos, sexo masculino. Cliente em seu


8° dia de internação, consciente, interage por gestos, Reg. PNM/ ITU/ HAS/ SEQUELA
DE AVC. Exame físico, couro cabeludo, cabelos e sobrancelhas limpos e hidratados,
olhos fotorreagentes e isócoricos, com presença de inflamação na pupila esquerda,
pavimento auricular limpo e hidratado, seios nasais pérvicos, fossas nasais com
sujidade, lábios desidratados, mucosa oral com presença de lesões, pescoço íntegro e
movimenta corretamente, toráx chato com pele hidratada, ausculta pulmonar com
ronco no pulmão esquerdo no lobo superior, lado direito com ronco diminuido. Ausculta
cardíaca com focos normofonéticos em 2T, ABD plano, acústica com som maciço em
todos os quadrantes, MI'S com mobilidade, pele hidratada, normocorado, nutrido. Pulso
103, Resp. 17/min, P.a em 120x80, Sat O2 em 96, apresenta AVP em M.S.E, SNG,
SVD. Foi realizado banho no leito. Foi realizado banho no leito, DM. de MED. por via
oral e pelo AVP; alimentação e hidratação por SNG, eliminaçoes vesiculares por SVD,
sem eliminações intestinais.

12. PLANO DE ALTA


Nome: R.N.F.S;
Médico: Hugo Arevalo;
Diagnóstico: PNM/ HAS/ ITU/ SEQUELA DE AVC;
Medicamentos: Realizar o uso correto das medicações prescritas pelo médico,
enquadrando-se ao horário, preparo adequado e quantidade certa;
Alimentação: Alimentar-se somente com comidas pastosas com quantidade mínima
de sal e atribuir preferência a comidas com caldo;
Hidratação: Ingerir água regularmente, além de sucos, leite, chás e outros;
24

Cuidados especiais: Esvaziar a bolsa coletora sempre que estiver cheia; Realizar
mudança de décubito (movimentar o paciente) para evitar lesões por pressão - Mude
da posição do paciente na cama, movimentando-o sequencialmente a cada 3 horas;
Avalie diariamente a pele das regiões mais suscetíveis às lesões; Para mudar a
posição, nunca arraste o paciente sobre a cama; Insista para que o paciente ingira
água mesmo que tenha insistência de sua parte; Notou-se a presença de uma lesão
por pressão de grau um na região do cóccix, sendo assim, é necessário ter um cuidado
quanto à isso - Lave a lesão com soro fisiológico em jatos, limpando também a pele ao
redor da ferida;
Recomendações: Relizar regularmente a verificação de sinais vitais, tais como, aferir
a pressão arterial, verificar a saturação, pulso e temperatura. Além disso, levar o
paciente para passeios calmos e relaxantes, leituras e entre outras coisas que goste de
fazer.

13. CONSIDERAÇÕES FINAIS


Conclui-se com este trabalho a importância da SAE, uma vez que é um
instrumento que permite identificar os riscos e problemas instalados, norteando assim
os cuidados adequados às necessidades individuais do paciente.
A experiência oportunizou aos acadêmicos do curso de enfermagem uma maior
aproximação com o método de implantação dos cuidados e com o paciente, além
disso, colaborou positivamente como vivência durante o processo de formação
acadêmica.
Oportunizou também, um espaço de pesquisa e aperfeiçoamento de
conhecimentos através das buscas bibliográficas e do contato com a realidade do
paciente, fatores que contribuem para a qualidade de atenção ao paciente na
recuperação e reabilitação do mesmo.
25

14. REFERÊNCIAS

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trato urinário e dos pacientes portadores, atendidos no Hospital e Maternidade
Metropolitana - SP. J Health Sci Inst. 2012.

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graduação: noções práticas. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2002.

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enfermagem: uma revisão integrativa. Texto & Contexto-Enfermagem, v. 26, 2017.

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Associação Médica Americana , v. 36, n. 24, pág. 1673-1679, 1901.

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