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Prof. Me.

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MARIVETE BASSETTO DE QUADROS

MONOGRAFIAS,
DISSERTAÇÕES & CIA:
CAMINHOS METODOLÓGICOS E NORMATIVOS

3ª EDIÇÃO

Goiânia – Goiás
Editora Espaço Acadêmico
2019
Copyright © 2019 by Marivete Bassetto de Quadros

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CIP – Brasil – Catalogação na Fonte

Quadros, Marivete Bassetto de.


Monografias, dissertações & cia: caminhos metodológicos e normativos /
Marivete Bassetto de Quadros. - 3. ed. rev. - Goiânia : Editora Espaço Acadêmico,
2019.
235 p.

Inclui bibliografia
ISBN: 978-65-80274-42-0

1. Redação técnica. I. Título.


CDU (22ª ed.)
808.066

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Impresso no Brasil | Printed in Brazil


2019
SUMÁRIO

PREFÁCIO DA PRIMEIRA EDIÇÃO.......................................13


PREFÁCIO DA TERCEIRA EDIÇÃO.......................................15
APRESENTAÇÃO..................................................................17

1 INTRODUÇÃO................................................................19

2 CARACTERIZAÇÃO DOS TRABALHOS ACADÊMICOS........22

3 PROCESSO DE REDAÇÃO DE TEXTOS TÉCNICO-CIENTÍFI-


COS...............................................................................26
3.1 Parece Fácil, mas não é................................................26
3.2 Critério Fundamental da Escrita..................................26
3.3 Fases do Processo de Escrita.......................................27
3.3.1 Planejamento..............................................................27
3.4 Objetividade e Coerência............................................27
3.5 Clareza......................................................................28
3.6 Coloque o “Velho” antes do “Novo”..............................28
3.7 Precisão.....................................................................29
3.8 Imparcialidade............................................................29
3.9 Uniformidade.............................................................29
3.10 Conjugação Verbal......................................................30
3.11 Principais Conectores.................................................31
3.12 Verbos Para a Redação dos Objetivos...........................34
3.13 Sugestão de Verbos na Voz Passiva Sintética ou Pronomi-
nal............................................................................35

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 5
4 CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DA LINGUAGEM ACADÊMI-
CA E CIENTÍFICA...........................................................38
4.1 Redação.....................................................................38
4.2 Técnicas Argumentativas.............................................39
4.3 Estilo........................................................................39

5 O PROCESSO DE ORIENTAÇÃO.......................................42
5.1 O Que é Orientação Acadêmica.....................................43
5.2 A Interlocução Entre Orientador e Orientando........44
5.3 Procedimentos no Processo de Orientação...................45
5.4 Como Não Fazer Uma Monografia.................................47
5.5 Como Gerenciar Seu Orientador..................................47
5.6 Questões Psicológicas................................................48
5.7 Expectativa do Orientador..........................................48
5.8 O Que Você Terá no Final............................................49
5.9 Reflexões Sobre a Escolha do Tema..............................49

6 ASPECTOS NORMATIVOS E TIPOGRÁFICOS...................55


6.1 Formato do Papel e Configuração de Margens...............56
6.2 Sobre a Fonte.............................................................56
6.3 Alinhamento do Texto.................................................57
6.4 Espaçamento de Entrelinhas........................................57
6.5 Indicativos de Seção...................................................58
6.6 Títulos das Seções......................................................58
6.7 Sobre o Uso de Alíneas...............................................60
6.8 Títulos Sem Indicativo Numérico.................................61
6.9 Paginação...................................................................61

7 ELEMENTOS DE APOIO AO TEXTO..................................62


7.1 Tabelas......................................................................63
7.1.1 Elementos Essenciais da Tabela...................................64
7.2 Quadros.....................................................................68
7.3 Figuras......................................................................69
7.4 Supressões, Acréscimos, Comentários e Destaques..... 72
7.4.1 Supressões.................................................................72

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Marivete Bassetto de Quadros 6
7.4.2 Interpolações, Acréscimos ou Comentários..................72
7.4.3 Ênfase ou Destaque.....................................................73
7.5 Fórmulas e Equações...................................................73
7.6 Unidades de Medida....................................................74
7.7 Remissivas..................................................................74

8 NOTAS DE RODAPÉ E SISTEMAS DE CHAMADA PARA CITA-


ÇÕES..............................................................................76
8.1 Sistemas de Chamada Para as Citações.........................76
8.1.1 Sistema Numérico.......................................................77
8.1.1.1 Notas de Referência (Indicação da Fonte Completa)....77
8.1.2 Sistema Autor-Data....................................................78
8.1.3 Notas Explicativas......................................................79
8.2 Expressões Latinas......................................................79

9 CITAÇÕES......................................................................82
9.1 Regras Gerais para Citação.........................................84
9.2 Tipos de Citação.........................................................84
9.2.1 Citação Direta, Textual ou Literal...............................85
9.2.2 Citação Indireta: Paráfrase e Condensação..................87
9.2.2 Citação de Citação.....................................................88
9.3 Alterações na Citação.................................................90
9.4 Normas Complementares para Citação...........................92
9.5 Considerações Finais sobre as Citações.......................95
9.6 Conectores que Auxiliam a Inserção de Citações..........96

10 ESTRUTURA GERAL DE TRABALHOS ACADÊMICOS.........98


10.1 Forma Gráfica do Texto...............................................98
10.2 Estrutura Geral.........................................................99
10.3 Elementos Pré-textuais.............................................102
10.3.1 Capa.......................................................................102
10.3.2 Lombada..................................................................103
10.3.3 Folha de Rosto.......................................................103
10.3.4 Ficha Catalográfica................................................105
10.3.5 Errata....................................................................105

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Marivete Bassetto de Quadros 7
10.3.6 Folha de Aprovação.................................................106
10.3.7 Dedicatória............................................................106
10.3.8 Agradecimentos......................................................106
10.3.9 Epígrafe.................................................................107
10.3.10 Resumo.................................................................107
10.3.10.1 Recomendações Gerais........................................109
10.3.10.2 Redação e Apresentação dos Resumos...................110
10.3.10.3 Resumo Estruturado...........................................110
10.3.10.4 Resumo com Estrutura Não Explicitada................112
10.3.11 Resumo na Língua Estrangeira...............................115
10.3.12 Lista de Ilustrações, Tabelas, Quadros e Figuras....115
10.3.13 Lista de Abreviaturas, Siglas e Símbolos................116
10.3.14 Sumário...............................................................117
10.4 Elementos Textuais...................................................119
10.4.1 Introdução.............................................................120
10.4.2 Desenvolvimento.....................................................120
10.4.2.1 Fundamentação Teórica/Revisão de Literatura/Marco
Teórico/Estado da Arte.........................................121
10.4.2.2 Material e Métodos...............................................122
10.4.2.3 Análise dos Resultados e Discussão.......................123
10.4.3 Conclusão ou Considerações Finais..........................126
10.4.4 Sugestão Para a Divisão das Seções ou Capítulos......127
10.5 Elementos Pós-Textuais.............................................129
10.5.1 Referências............................................................129
10.5.2 Glossário...............................................................130
10.5.3 Apêndice.................................................................130
10.5.4 Anexo.....................................................................130
10.5.5 Índice.....................................................................131

11 REFERÊNCIAS.............................................................. 132
11.1 Mecanismos On-Line Que Geram Referências e Cita-
ções.........................................................................134
11.2 Elementos da Referência...........................................135
11.3 Sobre o ISBN, ISSN e DOI..........................................136
11.4 Localização das Referências.....................................140

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Marivete Bassetto de Quadros 8
11.5 Regras Básicas.........................................................140
11.6 Referência com 1 Autor.............................................145
11.7 Referência com 2 ou 3 Autores..................................146
11.8 Referência com mais de 4 Autores..............................147
11.9 Referência com Responsabilidade Intelectual Destaca-_
da............................................................................148
11.10 Autores com Grau de Parentesco, Nomes Compostos, No-
mes Hispânicos e Sobrenomes com Prefixo..................149
11.11 Referência com Responsabilidade Jurídica..................149
11.11.1 Legislação............................................................151
11.11.2 Legislação em Meio Eletrônico..............................152
11.11.3 Jurisprudência......................................................154
11.11.4 Jurisprudência em Meio Eletrônico........................155
11.11.5 Atos Administrativos Normativos..........................155
11.11.6 Atos Administrativos Normativos em Meio Eletrôni-
co........................................................................157
11.12 Referência de Obras sem Autoria...............................158
11.13 Referência de Livros no Todo....................................158
11.14 Referência de Capítulos de Livros.............................159
11.15 Referência de Obras do Mesmo Autor.........................160
11.16 Referência com Várias Obras Sequencialmente............161
11.17 Trabalhos Acadêmicos...............................................161
11.17.1 Tese (stricto sensu)..............................................162
11.17.2 Tese On-Line.........................................................163
11.17.3 Dissertação (stricto sensu)..................................163
11.17.4 Dissertação On-Line..............................................164
11.17.5 Especialização (lato sensu)...................................164
11.17.6 Trabalho de Conclusão de Curso............................165
11.18 Congressos, Conferências, Encontros, Seminários,
Workshops e outros Eventos Científicos...................167
11.18.1 Referência Completa de Evento..............................167
11.18.2 Evento no Todo em Publicação Periódica................167
11.18.3 Evento no Todo em Meio Eletrônico.......................168
11.18.4 Parte de Trabalhos Científicos Publicados em Even-
to........................................................................169

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Marivete Bassetto de Quadros 9
11.18.5 Artigos Científicos Publicados em Periódicos........170
11.18.6 Trabalhos Científicos Publicados em Evento Eletrôni-
co........................................................................171
11.19 Documento Audiovisual...........................................172
11.19.1 Filmes, Vídeos, entre Outros.................................172
11.19.2 Filmes, Vídeos, entre Outros em Meio Eletrônico....173
11.19.3 Documento Sonoro no Todo...................................175
11.19.4 Parte de Documento Sonoro..................................176
11.19.5 Documento Sonoro em Meio Eletrônico..................177
11.20 Documento Iconográfico.........................................178
11.21 Documento Iconográfico em Meio Eletrônico........ 180
11.22 Documento Cartográfico.........................................181
11.23 Documento Cartográfico em Meio Eletrônico........ 182
11.24 Documento Tridimensional.......................................184
11.25 Documento de Acesso Exclusivo em Meio Eletrônico.. 185
11.26 Correspondência.....................................................186
11.27 Correspondência Disponível em Meio Eletrônico.......187
11.28 Artigo e/ou Matéria de Jornal.................................187
11.29 Artigo e/ou Matéria de Jornal em Meio Eletrônico....188
11.30 Referência de Dicionários.......................................189
11.31 Referência de Entrevista.........................................189
11.32 Uso de Abreviaturas em Referências.........................190

12 APRESENTAÇÃO DA MONOGRAFIA À BANCA AVALIADO-


RA............................................................................... 191
12.1 Cerimonial e Protocolo na Defesa de Monografias......192
12.2 Orientações Gerais de Protocolo..............................193
12.2 Sugestão de Estrutura para Apresentação à Banca Avalia-
dora........................................................................195
12.4 Regras para a Sessão e Avaliação..............................197
12.5 Preparação de Slides............................................... 199
12.6 Uso Adequado do Projetor de Slides........................199
12.7 Qual a Melhor Sequência para a Apresentação............201
12.8 Atenção para o Conteúdo dos Slides........................202
12.9 Postura na Hora da Apresentação..............................202

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Marivete Bassetto de Quadros 10
12.10 Organize-se..............................................................203
12.11 Como Ensaiar a Apresentação....................................203
12.12 Um Dia Antes............................................................203
12.13 O Dia.......................................................................203
12.14 Enfrentando a Sessão de Perguntas...........................204
12.15 Para uma Boa Apresentação.......................................205

REFERÊNCIAS................................................................... 209

13 MODELOS..................................................................... 213
13.1 Modelo 1 – Margens e Entrelinhas.............................214
13.2 Modelo 2 – Estrutura de Trabalhos Acadêmicos..........215
13.3 Modelo 3 – Capa.......................................................216
13.4 Modelo 4 – Capa Institucionalizada...........................217
13.5 Modelo 5 – Folha de Rosto........................................218
13.6 Modelo 6 – Ficha Catalográfica.................................219
13.7 Modelo 7 – Errata....................................................220
13.8 Modelo 8 – Folha de Aprovação.................................221
13.9 Modelo 9 – Folha de Dedicatória...............................222
13.10 Modelo 10 – Folha de Agradecimentos.......................223
13.11 Modelo 11 – Folha de Epígrafe..................................224
13.12 Modelo 12 – Resumo..................................................225
13.13 Modelo 13 – Resumo em Língua Estrangeira................226
13.14 Modelo 14 – Lista de Ilustrações...............................227
13.15 Modelo 15 – Lista de Tabelas.....................................228
13.16 Modelo 16 – Lista de Abreviaturas e Siglas................229
13.17 Modelo 17 – Lista de Símbolos...................................230
13.18 Modelo 18 – Sumário................................................231
13.19 Modelo 19 – Referências...........................................232
13.20 Modelo 20 – Glossário..............................................233
13.21 Modelo 21 – Índice...................................................234
13.22 Modelo 22 – Citações................................................235

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 11
u não tenho um caminho
novo, eu tenho um novo
jeito de caminhar.
Thiago de Mello

s trabalhos escolares são provas para o caráter,


não para a inteligência. Quer se trate de
ortografia, de poesia ou de cálculo,
está sempre em causa
aprender a querer.
Alain
PREFÁCIO DA
PRIMEIRA EDIÇÃO

com imenso prazer que vimos nascer, na FAFIJA, o


gosto pela orientação à elaboração do trabalho aca-
dêmico, com a persistência e paciência da Professora Marivete
Bassetto de Quadros.
Digo isto, em virtude de não ser muito comum que os pró-
prios professores orientadores dos trabalhos acadêmicos se debru-
cem sobre as normas, com o propósito de conhecê-las mais objeti-
vamente, ou se dediquem a buscar mais informações sobre as es-
truturas desses textos, a fim de evitar cometer alguns equívocos.
Na maior parte das vezes, confiam nos manuais lidos apres-
sadamente ou deixam a tarefa a cargo dos próprios orientandos.
O resultado geralmente é desastroso: da apresentação estética ao
registro das referências, da redação confusa, sem emprego de ele-
mentos coesivos às citações soltas, sem que se constituam em ar-
gumentos de autoridade, tudo, enfim, configura mais uma colcha
de retalhos do que uma produção de natureza científica. Não há dú-
vidas de que se aprende a fazer um trabalho científico, fazendo-o,
mas para muitos alunos, as dificuldades de redação se agigantam
quando somadas às da apresentação técnica e à falta de apoio mais
objetivo.
Desde o início da década de 90, quando a metodologia cien-
tífica tornou-se disciplina obrigatória na graduação, inúmeros textos
já foram publicados com o propósito de preencher lacunas na forma-
ção do graduando para a pesquisa. Ao mesmo tempo em que surgi-
ram manuais direcionados para determinado público-alvo universi-

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 13
tário, também surgiram aqueles tão superficiais que se resumem a
um amontoado de regras, algumas fruto de pura imaginação.
Tenho acompanhado a preocupação constante da Professora
Marivete Bassetto de Quadros, nos últimos anos, de procurar tradu-
zir numa linguagem clara aquelas normas que identificam a estru-
tura e a construção de um texto científico. Sempre consultando as
Normas Brasileiras (NBR), da Associação Brasileira de Normas Téc-
nicas (ABNT) com o intuito de manter-se fiel ao padrão acadêmico
brasileiro, a autora procura, neste livro, apresentar as informações
mais precisas e essenciais para que o graduando e o pós-graduando
possam se sentir seguros, tanto na redação eficiente do seu texto,
quanto na defesa das próprias ideias diante de uma banca exami-
nadora.
O livro é fruto de um processo de burilamento incansável,
porque a professora sempre teve em mente as principais dúvidas e
apreensões de seus alunos e ex-alunos, e foi em respeito a essas
carências que se dedicou horas a fio a reformulações e redireciona-
mentos, revisões e novos aprimoramentos.
Tomara que a autora continue insatisfeita com as suas pro-
postas e continue trazendo, ao público acadêmico, em próximas edi-
ções, os frutos de suas inquietações, pautados na linguagem acessí-
vel e exposição didática, no uso simples da metalinguagem técnica
e, principalmente, no respeito pelos alunos, não desconsiderando
suas dificuldades.
Por estas razões, o texto da Professora Marivete Bassetto de
Quadros é significativo não apenas para a história da FAFIJA, que se
constrói com estes e outros esforços, mas pelo seu empenho, pela
coragem de lançar-se a este desafio, e por contribuir para a instau-
ração de um processo nesta Faculdade, que ganha adeptos nas de-
mais instituições de ensino superior no interior do Brasil: além da
formação do alunado para a pesquisa, a formação pela pesquisa.

Profa. Dra. Hiudéa T. Rodrigues Boberg


UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ – UENP
Campus de Jacarezinho – Centro de Letras, Comunicação e Artes

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 14
PREFÁCIO DA
TERCEIRA EDIÇÃO

ecebi com invulgar satisfação o convite para prefa-


ciar a terceira edição do livro MONOGRAFIAS, DIS-
SERTAÇÕES E CIA: CAMINHOS METODOLÓGICOS E NORMATIVOS
da professora Marivete Bassetto de Quadros, pessoa que tanto
contribuiu e ainda contribui para o desenvolvimento da pesquisa
sobre metodologia científica na Universidade Estadual do Norte do
Paraná.
O sucesso editorial deste livro decorre, em grande parte, do
fato dele resultar da vasta experiência docente da sua autora, que é
professora universitária por mais de três décadas, e sempre esteve
muito atenta as angústias dos seus alunos quanto ao processo de
redação de trabalhos acadêmicos.
A grande novidade desta terceira edição é a sua atualização
de acordo com as últimas alterações promovidas pela NBR 6023,
mas é sempre muito importante reafirmar que ele é mais que um
compilado das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT).
A escrita de um trabalho acadêmico é um processo com-
plexo que compreende diversas habilidades e competências como
a de planejar e organizar, de sintetizar, de criticar, entre outras.
A esses desafios são somados outros, como o processo de orienta-
ção (a complexa tensão entre as expectativas – algumas desleais
– e a realidade da relação interpessoal com o orientador), e a de-
fesa pública do trabalho (que costuma ser uma sessão solene mui-
to desgastante para quem está terminando um processo de escrita

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 15
que durou meses), para mencionar apenas dois complicadores adi-
cionais. Com muita sensibilidade, esse livro aborda tais questões,
além de outras relacionadas ao processo de redação, os aspectos
normativos e tipográficos (como apresentação de gráficos, figuras e
tabelas, notas de rodapé), organização das citações e referências,
e a própria organização do trabalho em sua completude (elementos
pré-textuais, textuais e pós-textuais).
O texto que o acadêmico entrega, seja ele pesquisador em
sentido estrito, ou apenas um estudante terminando o seu curso de
graduação, é responsável pela publicização dos resultados do seu
trabalho e da sua pesquisa, e espelha em alguma medida os rigores
do próprio método científico.
Por isso é muito importante que o autor de um texto cien-
tífico tenha ferramentas metodologicamente úteis à sua disposição
para enfrentar com sucesso o processo de escrita, e estou bastante
convencido de que este livro pode ajudar.

Prof. Dr. Fernando de Brito Alves


Coordenador do Programa de
Mestrado e Doutorado em Ciência Jurídica
Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 16
APRESENTAÇÃO

adronização é uma questão universal. Existem organi-


zações que se responsabilizam em normatizar os pro-
cedimentos relativos à elaboração de trabalhos acadêmicos, técni-
cos e científicos, produzidos pelas instituições de ensino e pesquisa.
No mundo é a International Organization for Standartization – ISO,
para publicações no âmbito das Ciências da Saúde as Normas de
Vancouver, ou Normas da APA – Associação Americana de Psicologia
(American Psychological Association), no Brasil, a Associação Brasi-
leira de Normas Técnicas – ABNT.
Ainda que sujeita a críticas, as normas são o parâmetro oficial
para os envolvidos em atividades técnicas e acadêmicas, e não há co-
mo ignorá-las, mesmo que se discorde parcialmente delas. A própria
ABNT traz, em algumas normas, mais de uma forma de se transcrever
uma informação, por isso falta unanimidade de entendimento.
Embora este texto tenha sido elaborado com o empenho de
responder as questões mais corriqueiras e urgentes em normaliza-
ção de trabalhos acadêmicos, certamente não conseguirá sanar to-
das as dúvidas. Dessa forma, a consulta às normas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) não deve ser dispensada, co-
mo também obras a respeito de redação técnico-científica.
Seu principal escopo é melhorar a qualidade de apresenta-
ção dos trabalhos acadêmicos, buscando a padronização da produ-
ção científica das universidades.
Os trabalhos acadêmicos – os textos que se produzem na
Universidade – são de diferentes tipos: há textos de maior fôlego,

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 17
como as monografias, trabalhos de conclusão de curso, dissertações
de mestrado e teses de doutorado, por exemplo; e há textos meno-
res, mais concisos, como as resenhas, os projetos, os relatórios, os
trabalhos de conclusão de disciplina, entre outros. Cada um desses
textos tem uma estrutura própria, que lhe é singular, e presta-se a
objetivos específicos, que o diferenciam dos demais. No entanto, to-
dos esses textos são produto, em regra, de três compromissos co-
muns:
 O compromisso com a elaboração do conteúdo, que deve
ser construído de forma metódica, científica, objetiva, se-
gundo os protocolos específicos de pesquisa que caracte-
rizam cada uma das áreas do saber.
 O compromisso com a expressão do conteúdo, que deve
ser feita de forma clara e precisa, com uso de vocabulário
controlado, articulado em um texto coeso e coerente, ver-
tido na norma-padrão da língua portuguesa.
 O compromisso com a apresentação do texto, que deve
respeitar os procedimentos convencionais de digitação,
formatação e diagramação, geralmente estabelecidos pe-
las próprias instituições de ensino superior.

O conteúdo deste livro se refere ao último desses três com-


promissos e tem por objetivo oferecer indicações que são normal-
mente exigidas na apresentação de trabalhos acadêmicos.
Espera-se que este material possa ser útil no processo de
elaboração de trabalhos acadêmicos e que contribua para a uni-
formização dos procedimentos de apresentação de textos univer-
sitários. Entendemos ser este um importante pré-requisito para
que a produção científica e acadêmica possa ter maior alcance e
melhor circulação, contribuindo, desta forma, para a dissemina-
ção do saber.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 18
1 INTRODUÇÃO

ênfase que é colocada nas atividades de pesquisa ar-


ticuladas ao ensino e à extensão, com vistas à eleva-
ção do nível de qualidade dos cursos superiores, requer que as ati-
vidades referentes à investigação, sistematização e socialização do
conhecimento deixem de ter no professor seu principal protagonista
e passem a ser compartilhadas por professores e alunos.
Um dos desafios que hoje se colocam para a universida-
de consiste na formação de um profissional capaz de pensar e agir
num contexto de alta complexidade – decorrente da natureza dos
problemas com os quais nos defrontamos – valendo-se para tanto
da capacidade de analisar criticamente a realidade à luz de conhe-
cimentos teóricos e de atuar com competência de modo autônomo
e consequente. Ao lado desse fato, deve-se considerar que a bus-
ca, a apropriação e o uso do conhecimento técnico-científico são
atividades permanentes na carreira do profissional de nível supe-
rior, dada a necessidade de atualização em face dos rápidos avan-
ços da ciência.
A questão da padronização dos trabalhos acadêmicos é mo-
tivo de discussão, porque a importância da utilização de normas na
apresentação destes trabalhos nem sempre é vista de forma tran-
quila por parte dos docentes orientadores e alunos.
Todavia, num mundo globalizado e interativo, cada vez mais
se observa à necessidade desta padronização para efetivar inter-
câmbios e divulgação nacional e internacional dos trabalhos publi-
cados, tanto em modelos impressos quanto digitais.

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Marivete Bassetto de Quadros 19
Ademais, a padronização contribui para marcar a identidade
institucional por meio da produção científica gerada, fortalecendo a
imagem da universidade junto às comunidades onde circulam suas
1
publicações acadêmicas.
Para tanto parece ser indispensável que os alunos se exer-
citem, escrevendo e reescrevendo, desde os primeiros dias de
sua trajetória acadêmica, no uso de um instrumental teórico-me-
todológico que lhes possibilite o progressivo domínio das práticas
do trabalho intelectual de modo a se tornarem não apenas con-
sumidores como também produtores de conhecimento, é o que
Demo (2017) vem confirmar quando afirma ser fundamental para
os acadêmicos em formação passarem de meros receptores pas-
sivos a sujeitos capazes de formular e elaborar seu próprio co-
nhecimento.
É importante, ainda, ressaltar nesse aspecto que ao profes-
sor – a todos os professores não apenas aos responsáveis pela dis-
ciplina de Metodologia Científica – compete criar possibilidades para
o acadêmico se desenvolver neste exercício de produção científica,
considerando que este processo é um aperfeiçoamento que se dá de
maneira gradativa, sistemática e intensiva.
Esse processo contribui decisivamente para a formação de
profissionais cujo perfil compreende as competências necessárias à
busca do conhecimento, à sua adequada utilização para a solução
dos problemas e à elaboração de novos conhecimentos.
As Normas Brasileiras (NBR) consultadas na Associação Bra-
sileira de Normas Técnicas (ABNT) para a elaboração e produção
deste livro foram: a NBR 6023 (2018), que especifica os ele-
mentos a serem incluídos em referências; a NBR 6022 (2018),
que especifica os princípios gerais para elaboração e apresentação
de elementos que constituem artigos em um periódico técnico e/
ou científico; a NBR 6027 (2013), que prevê os requisitos para
a apresentação de sumário de documentos; a NBR 6024 (2012),
que organiza a numeração progressiva das seções de documentos
escritos ou digitais; a NBR 6028 (2003), que estabelece os re-
quisitos para a redação e apresentação de resumos; a NBR 10520

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Marivete Bassetto de Quadros 20
(2002), que especifica as características exigíveis para apresenta-
ção de citações em documentos; e a NBR 14724 (2011), que es-
pecifica e regula os princípios gerais para a elaboração de trabalhos
1
acadêmicos.
Seu conteúdo está distribuído em treze seções distintas.
A primeira é a introdução que apresenta a contextualização e a im-
portância da normatização e regulação de trabalhos acadêmicos e
científicos. A segunda seção traz a caracterização de trabalhos aca-
dêmicos normalmente exigidos nas universidades, a terceira e a
quarta apresentam análises sobre o processo de redação de traba-
lhos técnico-científicos, a quinta seção pontua itens sobre a relação
orientando-orientador. A sexta, sétima e oitava seções enfocam os
aspectos normativos e tipográficos, destacando, entre outros as-
suntos, a apresentação de figuras, gráficos, tabelas, notas de roda-
pé e expressões latinas. A nona seção trata das características exi-
gíveis para apresentação de citações em documentos. Na décima
seção é abordada a estruturação do trabalho acadêmico, focalizan-
do os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais, bem como
a ordem de apresentação destes. A décima primeira aborda exclu-
sivamente a apresentação das referências consultadas e utilizadas
durante a realização de um trabalho acadêmico. A décima segunda
seção traz uma breve sugestão de estrutura e postura para o aca-
dêmico no momento da apresentação pública de seu trabalho, bem
como a questão do cerimonial e protocolo, na sequência, apresen-
tam-se as referências utilizadas para a produção desta obra e, fi-
nalmente, a última seção apresenta uma relação de modelos de
todos os elementos pré e pós-textuais, apresentados e analisados
neste livro.

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Marivete Bassetto de Quadros 21
2 CARACTERIZAÇÃO DOS
TRABALHOS ACADÊMICOS

s trabalhos acadêmicos são a exposição, na forma


escrita, das pesquisas de qualquer ordem, leituras
e temas propostos pelos docentes das mais diversas disciplinas.
Os principais podem ser definidos da seguinte forma:

A) Monografia

Designa qualquer trabalho ou estudo, que aborde um tema


único e bem delineado. É feito sob a coordenação de um
orientador, visando à obtenção do título do respectivo
curso.

B) Dissertação

Documento que representa o resultado de um trabalho ex-


perimental ou exposição de um estudo científico retrospecti-
vo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o
objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve
evidenciar o conhecimento da literatura existente sobre
o assunto e a capacidade de sistematização do candidato.
É realizado sob a coordenação de um orientador, aspirando à
obtenção do título de mestre.

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Marivete Bassetto de Quadros 22
C) Tese

Documento que representa o resultado de um trabalho expe-


rimental ou exposição de um estudo científico de tema único
e bem delimitado. Deve ser elaborado com base em inves- 2
tigação original, constituindo-se em real contribuição para a
especialidade em questão. É realizado sob a coordenação de
um orientador e visa à obtenção do título de doutor.

D) Trabalho Acadêmico de Conclusão de Curso


(TCC, TGI e Outros)

Documento que representa o resultado de estudo, derivado


de disciplina, módulo, estudo independente, curso, programa
e outros, devendo expressar conhecimento do assunto esco-
lhido. Pode ser Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), Tra-
balho de Graduação Interdisciplinar (TGI), Relatório de Con-
clusão de Curso (RCC), entre outros.

E) Artigo

Artigo é parte de uma publicação com autoria declarada,


que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, proces-
sos e resultados nas diversas áreas do conhecimento. Tem o
objetivo de divulgar estudos e pesquisas no meio científico,
visando à evolução do conhecimento e das ciências. Podem
ser Originais, quando discutem temas e abordagens origi-
nais, ou de Revisão, quando analisam e discutem trabalhos
já publicados. A ABNT apresenta a NBR 6022 (2018), que
especifica os princípios gerais para elaboração e apresen-
tação de elementos que constituem artigos para periódicos
técnico e/ou científicos.

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Marivete Bassetto de Quadros 23
F) Estudo de Caso

Tipo de estudo que representa um trabalho da vivência aca-


dêmica e profissional, com finalidades de contribuição teóri-
ca e descrição da prática. O pesquisador deve extrair da uni- 2
dade de análise as informações mais importantes, por meio
de procedimentos rigorosos baseados na percepção e na ca-
pacidade analítica. Tem a finalidade de promover a imersão
profunda e minuciosa do acadêmico sobre a realidade inves-
tigada, possibilitando desenvolver a capacidade para formu-
lar questões consistentes e interpretá-las de maneira ade-
quada.

G) Paper

É a posição do acadêmico, de forma criativa e ou reflexiva,


em relação aos argumentos apresentados sobre determina-
do assunto ou tema. Este pode se referir a artigos, livros, te-
ses, cursos, palestras, simpósios, ou ainda às observações
práticas. Esta composição escrita pode ser desenvolvida a
partir das ideias principais ou limitar-se a explorar apenas
um dos pontos discutidos pelo autor. Tem o objetivo de con-
tribuir para o desenvolvimento da criatividade e do senso crí-
tico dos acadêmicos, levando-os a refletir e interpretar o as-
sunto tratado, melhorando o encadeamento de ideias.

H) Resenha

É um pequeno texto discorrendo sobre um outro texto (livro,


artigo, texto ou filme), com abordagem crítica (entenden-
do-se por crítica a capacidade de diferenciar-se do original,
comentando e construindo sua própria opinião sobre o mes-
mo), acrescentando novos elementos e contribuindo assim,
ao esclarecimento de futuras leituras do texto resenhado.
Tem o objetivo de apresentar um pequeno resumo das prin-

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 24
cipais ideias do texto, destacar os aspectos relevantes para
serem comentados (positivos ou negativos) e propor novos
enfoques ou informações para o tema ou a abordagem em
questão.
2
I) Resumo

É uma apresentação concisa dos pontos relevantes de um


documento. É uma apresentação sucinta e compacta dos
pontos mais importantes de um texto. Deve ser apresenta-
do em uma sequência corrente de frases e não caracterizar
uma enumeração de tópicos. Objetiva, principalmente, abre-
viar o tempo dos pesquisadores, difundir informações de tal
modo que possa influenciar e estimular a consulta do texto
completo.

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Marivete Bassetto de Quadros 25
3
PROCESSO DE
REDAÇÃO DE TEXTOS
TÉCNICO-CIENTÍFICOS

3.1 Parece Fácil, mas não é

Para mim, o ato de escrever é muito difícil e penoso,


tenho sempre de corrigir e reescrever várias vezes.
Basta dizer, como exemplo, que escrevi 1100
páginas datilografadas para fazer um romance
no qual aproveitei pouco mais de 300.
(FERNANDO SABINO)

Reescrevi trinta vezes o último parágrafo de Adeus


às Armas antes de me sentir satisfeito.
(ERNEST HEMINGWAY)

Que ninguém se engane, só consigo a simplicidade


através de muito trabalho.
(CLARISSE LISPECTOR)

3.2 Critério Fundamental da Escrita

Enxugar até a morte (JOÃO CABRAL)


Escrever é cortar palavras (DRUMMOND)
Corte todo o resto e fique no essencial (HEMINGWAY)
Tudo que é fácil de ler é difícil de escrever e vice-versa
(TELMO MONTEIRO)

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Marivete Bassetto de Quadros 26
3.3 Fases do Processo de Escrita

Recomenda-se estabelecer uma sequência de ações que fa-


cilitam o processo de criação do texto, como segue:

♦ Planejamento
♦ Geração da primeira versão 3
♦ Revisões técnicas (conteúdo)
♦ Revisões de estilo (clareza e legibilidade)
♦ Revisões por colegas e orientador

3.3.1 Planejamento

♦ Identifique bem o tema


♦ O que entra, o que fica de fora
♦ Estabeleça seu argumento central
♦ Cada escritor tem suas regras e manias
♦ Você deve encontrar seu ambiente ideal

Ao planejar a elaboração de trabalhos técnico-científicos e


acadêmicos lembre-se que sua redação diferencia-se de outros ti-
pos de composição, como a literária, a jornalística e a publicitária,
por apresentar algumas características próprias. Este tópico preten-
de identificar e explicar alguns princípios básicos, que devem ser
observados na redação.

3.4 Objetividade e Coerência

Deve-se observar linguagem direta e simples, obedecendo


a uma sequência lógica e ordenada no desenvolvimento das ideias,
evitando-se assim o desvio do assunto em questão, com considera-
ções irrelevantes.
A exposição deve ser apoiada em dados e provas e não em
opiniões que não possam ser comprovadas. Deve-se observar tam-
bém a estrutura da frase, o tamanho dos períodos e a organização

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 27
dos parágrafos. Frases curtas e com uma única ideia central são
preferidas a frases longas, contendo várias ideias. Ao dividir o tra-
balho em partes, deve-se cuidar do equilíbrio, coesão e sequência
lógica entre elas, cuidando-se para que não haja uma desproporção
entre as diversas partes que o constituem. Ao redigir os títulos, de-
ve-se cuidar de sua homogeneidade, não usando ora substantivos
para uns, ora frases ou verbos para outros. 3
3.5 Clareza

O pesquisador deve ser claro na apresentação de suas ideias.


Tal clareza de expressão é obtida em função do conhecimento que
se tem de determinado assunto. Se o autor não tem ideia bem cla-
ra e nítida do que pretende expressar, deve reler suas anotações ou
o texto original, reportando-se ao início da pesquisa. Deve-se evitar
a ambiguidade, isto é, expressões com duplo sentido, para não ori-
ginar interpretações diversas. Assim, deve-se usar vocabulário pre-
ciso, evitando-se a linguagem rebuscada e prolixa, utilizando a no-
menclatura técnica aceita no meio científico.

3.6 Coloque o “Velho” antes do “Novo”

Esta iniciativa visa aumentar a fluidez do texto, além de in-


dicar uma direção.

Exemplos
♦ Nos estudos anteriores, Rodrigues; Ferreira; Mendes
(2017) abordaram o problema de exclusão social sob o
ponto de vista de... Seus resultados não incluem tal vi-
são... Neste trabalho, a abordagem adotada permite...
♦ Como vimos anteriormente, a caracterização da ocupação
da Amazônia é feita considerando... No entanto, é possí-
vel incluir, com os dados de sensoriamento remoto, uma
nova perspectiva...

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 28
3.7 Precisão

Cada expressão empregada deve traduzir com exatidão o


que se quer transmitir principalmente quanto a registros de ob-
servações, medições e análises realizadas. Deve-se evitar adjetivos
que não indiquem claramente proporções e quantidades, tais como:
médio, grande, pequeno, bastante, muito, pouco, mais, menos, ne- 3
nhum, quase todos, a maioria, metade e outros termos ou expres-
sões similares, procurando substituí-los pela indicação precisa em
números ou porcentagem.
Deve-se evitar ainda o uso de adjetivos, advérbios, locuções
e pronomes que indiquem o tempo, modo ou lugar, tais como: em
breve, aproximadamente, antigamente, recentemente, lentamente,
adequado, inadequado, nunca, sempre, em algum lugar, provavel-
mente, possivelmente, talvez, que deixam margem a dúvidas sobre
a lógica, clareza e precisão da argumentação.

3.8 Imparcialidade

Na redação de documentos técnico-científicos e acadêmicos,


o autor não deve fazer prevalecer seu ponto de vista, sua opinião e
seus preconceitos. Ao mesmo tempo, deve evitar ideias preconcebi-
das, não superestimando a importância das ideias em debate, nem
subestimando outras que pareçam contraditórias ou menos abran-
gentes.
Toda e qualquer pesquisa científica deve estar amparada em
evidências concretas, sejam estas oriundas de uma pesquisa de
campo ou até mesmo por argumentos que sustentem as conclusões
expostas em um texto científico. Daí a necessidade de o pesquisa-
dor manter uma postura unilateral.

3.9 Uniformidade

Deve-se manter a uniformidade no decorrer de todo o texto,


em relação a aspectos como: forma de tratamento, pessoa grama-

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 29
tical, utilização de números, símbolos, unidades de medida, datas,
horas, siglas, abreviaturas, fórmulas, equações, frações, citações e
títulos das partes do trabalho acadêmico etc.

3.10 Conjugação Verbal

No texto técnico-científico e acadêmico, utiliza-se a forma 3


impessoal dos verbos. Na construção de um texto dissertativo, o
autor faz um esforço para se distanciar do assunto abordado, isto é,
ele faz uso da “impessoalidade”.
Nos textos argumentativos, como a dissertação, uma das re-
gras é escrever com impessoalidade, porque esta característica pro-
porciona maior credibilidade ao texto.

Exemplo 1
– Procurou-se analisar a relação do aluno com o professor, no
processo de ensino-aprendizagem...
– Para a obtenção dos dados, utilizou-se uma entrevista es-
truturada da seguinte forma...
– Concluí-se que a situação requer providências imediatas...

Em algumas raras exceções, dependendo da finalidade e do


nível de formalidade do documento, pode-se adotar a primeira pes-
soa do singular ou do plural. É o caso de relatórios de participação em
eventos e justificativas para ingresso em cursos de pós-graduação.

Exemplo 2
Os dados referentes aos resultados de observações, questio-
namentos e experiências devem ser expressas em formas verbais
indicativas de passado.

– Foram entrevistados sessenta e cinco egressos do curso de


Pedagogia da UENP.
– As respostas indicaram grande satisfação em relação ao
curso realizado.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 30
Generalidades, verdades imutáveis, fatos e situações está-
veis exigem formas verbais indicativas do seu valor constante.
Substituir expressões como “eu acho”, “na minha opinião”,
“No meu ponto de vista” etc., por outras mais gerais, como “é bom
lembrar”, “é preciso considerar”, “é importante”, “convém observar”
e outras.
Evitar ao máximo o uso da primeira pessoa do singular. As- 3
sim, em vez de o autor escrever “Considero que as contribuições
sociais foram importantes para…”, deve optar por “As considerações
sociais foram importantes para…”.

3.11 Principais Conectores

A redação científica deve, no todo, constituir-se em uma uni-


dade autônoma. Esta só é conseguida se existir um plano original,
(projeto de pesquisa) lógico e concatenado pelo autor antes de co-
meçar a escrever.
Na prática, a passagem de um parágrafo para outro pode
trazer sérios problemas de lógica ou sequência de ideias, fazendo
com que o texto escrito nada acrescente ao conjunto da redação.
Para conseguir fluidez do texto, o autor deve valer-se de pa-
lavras conectivas entre os parágrafos. De acordo com Martins Fi-
lho (1997, p. 94), “tais conectores devem ser utilizados de forma
adequada, por exemplo, usar um conectivo de adição quando o pa-
rágrafo nada acrescenta ao anterior, não sendo, pois, um conse-
quente”.
Os principais conectores, isto é, termos que deduzem liga-
ções lógicas entre parágrafos, são de:

Adição

⇒ Mais... ⇒ Some-se a isto...


⇒ Além disso... ⇒ Somando...
⇒ A propósito... ⇒ Acrescentamos...
⇒ Em adição... ⇒ Também

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Marivete Bassetto de Quadros 31
Conclusão ou Consequência

⇒ Portanto... ⇒ Por isso...


⇒ Assim... ⇒ Por sua vez...
⇒ Dessa forma... ⇒ Dessa feita...
⇒ Concluímos... ⇒ Resumindo...


Ao passo que...
Recomenda-se...


Então...
Por outro lado...
3
⇒ Devido...

Semelhança ou Ênfase

⇒ Do mesmo modo... ⇒ De todo...


⇒ Igualmente... ⇒ Bastante...
⇒ Com certeza... ⇒ Demasiadamente...
⇒ Possivelmente... ⇒ Profundamente...
⇒ De muito... ⇒ Qualquer que seja...
⇒ De pouco...

Reafirmação ou Resumo

⇒ Em outras palavras.. ⇒ Então...


⇒ Em resumo... ⇒ Por outro lado...
⇒ De fato... ⇒ De todo...
⇒ Em síntese... ⇒ Bastante...
⇒ Some-se a isto... ⇒ Demasiadamente...
⇒ Somando... ⇒ Profundamente...
⇒ Acrescentamos... ⇒ Qualquer que seja...
⇒ Também... ⇒ Na verdade...
⇒ Ao passo que... ⇒ Deveras...
⇒ Recomenda-se... ⇒ Certamente...
⇒ Devido... ⇒ Realmente...
⇒ Por isso... ⇒ Efetivamente...

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Marivete Bassetto de Quadros 32
Tempo

⇒ Assim que... ⇒ Por ora...


⇒ Em seguida... ⇒ A tempo...
⇒ Mais adiante... ⇒ Às vezes...
⇒ Quando... ⇒ Durante...


Por fim...
Depois de...


Após...
Atéaque...
3
⇒ Antes que...

Exemplificação

⇒ Por exemplo... ⇒ Exemplo disso é...


⇒ Isto é... ⇒ Para comprovar o que foi
⇒ Como... dito...
⇒ Decerto... ⇒ Como exemplo, pode-se
⇒ Provavelmente... observar...
⇒ Por certo... ⇒ Assim, é o que ocorre no
⇒ Quer saber... caso em que...
⇒ Quando se fala... ⇒ Para exemplificar, pode-
⇒ O referido... mos observar...

Contraste ou Concessão

⇒ Mas... ⇒ Ao passo que...


⇒ Porém... ⇒ Ora...
⇒ Entretanto... ⇒ Talvez...
⇒ Em vez de... ⇒ Porventura...
⇒ Todavia... ⇒ Ademais...
⇒ Ao contrário... ⇒ Tais cuidados...
⇒ Ainda que... ⇒ Desde...
⇒ Por outro lado... ⇒ Enquanto...

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Marivete Bassetto de Quadros 33
Orientação no Espaço

⇒ Ao lado de... ⇒ À entrada...


⇒ Sobre... ⇒ À saída...
⇒ Sob... ⇒ Ao fundo...
⇒ À direita... ⇒ Ao longo...


No centro...
No fundo...


De fora...
De lado...
3
⇒ À frente... ⇒ Por fora...
⇒ À esquerda... ⇒ Em frente...
⇒ À tona... ⇒ Por dentro...

3.12 Verbos Para a Redação dos Objetivos

Verbos de Conhecimento

Adquirir – associar – calcular – citar – classificar – definir descre-


ver – distinguir – enumerar – especificar – enunciar – estabelecer
– exemplificar – expressar – identificar – indicar – lembrar – medir
– mostrar – nomear – ordenar – reconhecer – recordar – registrar –
relacionar – relatar – reproduzir – selecionar – sublinhar.

Verbos de Compreensão

Concluir – converter – descrever – distinguir – deduzir – defender –


demonstrar – derivar – determinar – diferenciar – discutir – exem-
plificar – expressar – esboçar – explicar – exprimir – extrapolar – fa-
zer – generalizar – identificar – ilustrar – induzir – inferir – interpo-
lar – interpretar – localizar – modificar – narrar – predizer – prepa-
rar – prever – relatar – reelaborar – reescrever – reordenar – reor-
ganizar – representar – revisar – sumarizar – traduzir – transcrever
– transformar – transmitir.

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Marivete Bassetto de Quadros 34
Verbos de Aplicação

Aplicar – classificar – derrotar – dramatizar – esboçar – empregar –


escolher – estruturar – generalizar – ilustrar interpretar – modificar
– operar – organizar – praticar – relacionar – reestruturar – selecio-
nar – traçar – transferir – usar.
3
Verbos de Análise

Analisar – classificar – categorizar – combinar – comparar compro-


var – contrastar – correlacionar – criticar – deduzir diferenciar – dis-
cutir – debater – detectar – descobrir – diagramar – discriminar –
examinar – experimentar – identificar – investigar – provar – sele-
cionar – subdividir.

Verbos de Síntese

Combinar – comunicar – complicar – compor – coordenar – criar –


comprovar – deduzir – desenvolver – dirigir – documentar – especi-
ficar – explicar – erigir – escrever – esquematizar – formular – mo-
dificar – organizar – planejar – produzir – propor – relacionar – re-
latar – reescrever – reconstruir – sintetizar – transmitir.

Verbos de Avaliação

Argumentar – avaliar – concluir – contrastar – criticar – considerar


– decidir – escolher – estimar – interpretar – julgar – justificar –
padronizar – precisar – relacionar – selecionar – validar – valorizar.

3.13 Sugestão de Verbos na Voz Passiva Sintética


ou Pronominal

Aquino (2019), apresenta uma sugestão de verbos mais uti-


lizados para trabalhos acadêmicos científicos (artigos científicos, te-
ses, dissertações, monografias, entre outros), na voz passiva sin-

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Marivete Bassetto de Quadros 35
tética ou pronominal, especificamente para a introdução, métodos,
resultados, discussão e conclusão.

INTRODUÇÃO

Acredita-se a Entende-se Procura-se


Aponta-se
Avalia-se
Estabelece-se
Gera-se
Propôs-se
Reconhece-se
3
Considera-se Justifica-se Registra-se
Constata-se Legalizou-se Registrou-se
Constitui-se Observa-se Ressalta-se
Dá-se Originou-se Sabe-se
Decretaram-se Percebe-se Salienta-se
Define-se Pontua-se Verifica-se
Definiu-se Precisa-se
Destaca-se Preocupa-se

MÉTODOS

Adotou-se Elaborou-se Pautou-se


Analisaram-se Elencaram-se Pontuou-se
Apresenta-se Escolheu-se Recorreu-se
Apresentou-se Estabeleceram-se Ressalta-se
Categoriza-se Fez-se Trata-se
Constituíram-se Identificaram-se Usaram-se
Correspondeu-se Levantaram-se Usou-se
Descreve-se Objetivaram-se Utilizaram-se
Elaborou-se Observaram-se Utilizou-se
Determinaram-se Optou-se

RESULTADOS

Acrescenta-se Destaca-se Percebe-se


Agrupam-se Detalha-se Pontua-se
Analisaram-se Deu-se Realizou-se

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Marivete Bassetto de Quadros 36
Aponta-se Deve-se Registra-se
Apresenta-se Emergiram-se Ressalta-se
Apresentaram-se Encontraram-se Reuni-se
Averiguou-se Evidenciou-se Salienta-se
Classificaram-se Nota-se Totalizaram-se
Coletaram-se Observa-se Verificaram-se
Consideraram-se Observou-se 3
Construiu-se Origina-se

DISCUSSÃO

Aponta-se Enfatiza-se Orientou-se


Apresentaram-se Entende-se Percebe-se Pode-se
Auxilia-se Escolheram-se Realiza-se
Avaliam-se Evidenciaram-se Registrou-se
Constata-se Identifica-se Ressalta-se
Constatou-se Identificaram-se Revelou-se
Corrobora-se Indica-se Sabe-se
Defende-se Mantinha-se Selecionaram-se
Demonstrou-se Mostrou-se Verifica-se
Encontra-se Observa-se Verificou-se

CONCLUSÃO

Acredita-se Contribuiu-se Observou-se


Aponta-se Descreve-se Percebe-se
Compreende-se Destaca-se Reflete-se
Conclui-se Evidencia-se Revela-se
Considera-se Faz-se Verificou-se

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Marivete Bassetto de Quadros 37
4
CONSIDERAÇÕES A
RESPEITO DA LINGUAGEM
ACADÊMICA E CIENTÍFICA

evem ser respeitadas a ortografia em vigor e a gramática


da língua portuguesa, evitando-se o vocabulário popu-
lar ou vulgar, o pomposo e o rebuscado, usando-se a forma impessoal.

4.1 Redação

Para Andrade (2010b), a habilidade de escrever pode ser ad-


quirida com a prática por meio do estudo e do trabalho sistematiza-
do. Como se trabalha com ideias? Usando a palavra. Parafraseando
Thomas Edison (apud ANDRADE, 2010a) para escrever é necessá-
rio: 10% inspiração e 90% transpiração. O próprio escritor muitas
vezes não consegue enxergar os problemas do próprio texto. Costu-
ma-se dizer que o autor está ‘viciado no texto’ portanto, sugere-se
um dicionário e um bom corretor ortográfico.
A dissertação consiste em uma exposição e desenvolvimento
de ideias a respeito de um determinado assunto. É preciso dominar
o assunto, possuir argumentos fundamentados e uma boa colocação
de ideias. Baseia-se na argumentação; é um texto argumentativo.
Parte de uma ideia, ou seja, o tema. Tem como dever: expor, anali-
sar, explicar, criticar, classificar, defender.
Comece a construir um texto dissertativo a partir do seguin-
te esquema:
♦ Ideia principal.
♦ Ideias afins.
♦ Argumentos favoráveis.

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Marivete Bassetto de Quadros 38
♦ Argumentos contrários.
♦ Sua posição sobre o assunto.

4.2 Técnicas Argumentativas

♦ Argumentos sustentados por uma citação de alguém que


já escreveu sobre o assunto.
♦ Argumentos por comprovação, que são sustentados por

4
fatos reais ou dados competentes.
♦ Argumentos por raciocínio lógico, que são sustentados por
uma relação de causa e consequência; tentam persuadir o
leitor a partir da relação entre as ideias.
♦ Argumentos por comparação e/ou contraste.

A redação de um texto técnico-científico e acadêmico requer


a observância de normas, como por exemplo.
♦ Saber o que vai escrever e para quê.
♦ Escrever sobre o que conhece.
♦ Organizar as ideias e estruturá-las de maneira lógica.
♦ Respeitar as regras gramaticais.
♦ Evitar argumentação demasiadamente abstrata.
♦ Ao usar vocabulário técnico, esclarecer o seu significado
em nota de rodapé.
♦ Evitar os detalhes supérfluos.
♦ Rever o que foi escrito.

4.3 Estilo

Embora as pessoas tenham estilo de redação próprio, é im-


portante observar na redação de um trabalho acadêmico:
♦ Clareza e objetividade.
♦ Linguagem direta, precisa e acessível.
♦ Frases curtas e concisas.
♦ Simplicidade no discurso evitando-se estilo prolixo, retóri-
co ou confuso.
♦ Vocabulário adequado.

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Marivete Bassetto de Quadros 39
♦ Impessoalidade e
♦ Completude e unidade do todo.

O autor deve redigir o texto criando um encadeamento lógico


do pensamento. Recomenda-se que a edição do trabalho seja feita
por meio de uma primeira redação de rascunho. Terminada a pri-
meira composição, sua leitura completa permitirá uma revisão ade-
quada do todo e a correção de possíveis falhas lógicas ou redacio-

4
nais. Muitos aspectos desnecessários acabam sobrando no mesmo e
só depois de uma leitura atenta podem ser eliminados.
Em trabalhos científicos, impõe-se um estilo sóbrio e preci-
so, importando mais a clareza do que qualquer outra característica
estilística. A terminologia técnica só será usada quando necessária
ou em trabalhos especializados, nível em que já se tornou termino-
logia básica. De qualquer modo, é preciso que o leitor entenda o ra-
ciocínio e as ideias do autor sem ser impedido por uma linguagem
hermética ou esotérica. Igualmente evite-se a pompa pretensiosa,
o verbalismo vazio, as fórmulas feitas e a linguagem sentimental.
A redação final de um trabalho científico envolve aspectos lógi-
cos (coerência e articulação), aspectos formais (linguagem e estilo)
e aspectos estruturais (diagramação, formatação, normas de refe-
renciação) que devem ser observados criteriosamente (PÁDUA, 2010).
A redação do informe científico segundo Trujillo Ferrari (1982,
p. 27 apud COSTA; FLÓRIDE; FERREIRA; AQUINO, 2017), é a parte com
que culmina a pesquisa. A redação do informe científico tem a ver com:
1) A estrutura lógica do próprio relatório, o que implica: na
ordenação do material , no “draft” ou plano provisório, na reflexão
que impõe a importância dos materiais escolhidos na crítica, tanto
dos procedimentos como do material obtido.
2) A estrutura técnica do relatório em que se destaca o for-
mato, a diagramação introdutória, o contexto, as tabelas e ilustra-
ções, notas de rodapé, citações bibliográficas, conclusões, sumá-
rios, referências bibliográficas, índices analíticos e assim por diante.
3) A linguagem e o estilo.
Para se atender às exigências quanto aos aspectos lógicos
e formais, os autores recomendam a observação de algumas re-

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Marivete Bassetto de Quadros 40
gras que são, internacionalmente, aceitas pela comunidade científi-
ca (PÁDUA; 2010; MARTINS FILHO, 1997). São elas:
♦ Utilizar frases curtas e parágrafos com cinco linhas cheias,
em média, e no máximo oito.
♦ Adotar a ordem direta, dispensando detalhes irrelevantes,
desprezando longas descrições e relatando o fato com o
menor número de palavras.
♦ Não iniciar parágrafos seguidos com a mesma palavra.

4
♦ Não começar parágrafos, nem intercalar a frase, nomean-
do inúmeros autores. Substitua a relação nominal de auto-
res por citação numérica ou anote-os ao final do parágrafo.
♦ Dispensar palavras rebuscadas, termos coloquiais ou gí-
rias, enfatizando a terminologia específica da área.
♦ Articular os assuntos de modo coerente, evitando pará-
grafos compartimentados ou estanques.

Para a elaboração de um do texto científico, seguem-se al-


guns cuidados facilitadores. Quais sejam: seleção e organização das
informações; redação inicial do texto científico; utilização de cita-
ções e notas explicativas; correção do texto e redação definitiva;
estilo e propriedades da redação técnica; propriedades do texto e
apresentação gráfica dos trabalhos científicos (COSTA; FLÓRIDI;
FERREIRA; AQUINO, 2017).
Lembre-se de que o encadeamento de parágrafos, não ocor-
re pela simples inclusão de expressões, como: por outro lado, en-
quanto isso, ao mesmo tempo, nesse sentido:
♦ Mudar de parágrafo sempre que se avançar na linha de ra-
ciocínio. Avançar na linha do raciocínio significa passar pe-
las etapas de análise, síntese, argumentação e conclusão.
♦ Redigir o texto de forma impessoal, preferencialmente na
terceira pessoa do singular com pronome se.
♦ Não usar expressões como “eu penso”, “parece-me”, “pa-
rece ser”, que dão margem a interpretações subjetivas. Os
pontos de vista pessoais somente são aceitos no texto da
discussão dos resultados, mas de modo fundamentado.

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Marivete Bassetto de Quadros 41
5 O PROCESSO DE
ORIENTAÇÃO

Orientar, (des)orientar, ou a difícil


arte de conduzir à redação.
Vânia Maria Alves

produção de uma um trabalho monográfico prevê a


orientação individualizada. É necessário que se es-
clareça que tal orientação não se resume a aulas particulares acer-
ca de um determinado assunto, tratasse de um processo de caráter
efetivamente educativo que pressupõe um trabalho conjunto en-
tre orientador e orientando. Como afirma Severino (2017, p. 154)
“trata-se de uma relação de enriquecimento recíproco”.
A relação do orientador com o orientando deve ser dialógi-
ca, isto é, de aprendizagem mútua. Ambos devem estar abertos
ao aprendizado, devem aproveitar a presente ocasião para explorar
campos desconhecidos.
As monografias não correspondem, contudo, a um objetivo
estritamente científico, mas, academicamente, produzem conheci-
mento a ser valorizado, a ser respeitado e, principalmente, a ser
construído através da interlocução entre o corpo docente e o corpo
discente, entre orientador e orientando, cujo compromisso, de am-
bos, deve ser estabelecido por um contrato de trabalho informal,
mas suficientemente ético.
Um contrato que não se caracterize apenas pelo cumprimen-
to das normas e regulamentos, mas por um compromisso social en-
tre o aluno, a instituição (com seu corpo docente) e a ciência.

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Marivete Bassetto de Quadros 42
5.1 O Que é Orientação Acadêmica

Orientar é dar assistência quando necessitado, é “guiar de


trás”, “é reconhecer a situação do lugar onde se acha, para se guiar
no caminho”, sem, é claro, intervir no objetivo a ser alcançado pelo
orientando. É função do orientador fazer o orientando pensar por si
próprio, e não pensar por ele, isto é, colocar-se em seu lugar, acre-
ditando que, poupando-o mesmo do esforço do pensamento estar-
-se-á fazendo um bem a ele.
Porém, alguns orientadores, não agem desta forma, negan-
do o direito de autonomia ao orientando. Exercem sobre o orien-
tando tamanha influência, a ponto de inibir a sua capacidade de 5
pensamento e criação, direcionando sua pesquisa para outro obje-
tivo, que não aquele escolhido pelo mesmo, acreditando ser o seu
caminho (no caso do orientador) o melhor a seguir, e não o pior,
em questões de descobertas e inovações (no caso do orientando).
E isto, de certo modo, é uma forma de impedir que o orientando
se torne uma pessoa autônoma e livre. Kant (apud SOUZA PAULA,
2002) dizia que

[...] é difícil, portanto, para um homem em particular


desvencilhar-se da menoridade que para ele se tornou
quase uma natureza. Chegou mesmo a criar amor a ela
(menoridade), sendo por ora realmente incapaz de utili-
zar seu próprio entendimento, porque nunca o deixaram
fazer a tentativa de assim proceder.

O papel do orientador deve estar, desde o primeiro momen-


to, claro para os dois sujeitos envolvidos nesse processo. Se, por
um lado, o orientador é co-responsável pelo trabalho, seu orientan-
do deve desenvolver uma autonomia científica ao produzir seu tra-
balho, amadurecendo seu projeto a partir de sua própria experiên-
cia intelectual e científica que, segundo Severino (2017, p. 155) é
“construída com dedicação e trabalho sistemático”.

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Marivete Bassetto de Quadros 43
5.2 A Interlocução Entre Orientador e Orien-
tando

Os alunos da graduação e da pós-graduação, por não esta-


rem habituados com a produção textual, em sua maioria, enfren-
tam problemas consideráveis ao escrever, arte para qual não foram
preparados e, cujas regras elementares lhes são, por vezes, desco-
nhecidas.
Desta forma, o aprendizado da escrita é um dos percalços
mais significativos dos estudantes. O momento da produção cientí-
fica, imposto pela obrigatoriedade da construção de uma monogra-
fia, assume um valor fundamental: é ao mesmo tempo; o lócus de 5
dois aprendizados, o da escrita e o da pesquisa, cada um em seu
nível e especificidade.
A interlocução entre orientador e orientando é mediada pe-
la escrita do acadêmico. O orientador tem um poder real de crítica
e de veto, que lhe é conferido pela instituição universitária e aceito
pelo orientando como parte do contrato.
Essa posição de autoridade, administrativamente legítima,
costuma ser ainda mais enfatizada pela autoridade intelectual, da-
do que o orientador é, de fato, mais experiente na área da pesquisa
que o orientando (MEZAN, 2000).
O orientador é responsável por conseguir que o aluno alcan-
ce o máximo da sua competência e capacidade analíticas. Quando
o orientador usa de firmeza, demonstra que tranquilidade e dispo-
nibilidade não significam condescendência. Cabe ainda ao orienta-
dor tornar conscientes as questões que, na verdade, o orientando
geralmente já formulou na sua própria prática de campo, mas que
nem sempre “estão explícitas em uma hierarquia teórica quando en-
frenta a tarefa de produzir uma monografia” (PEIRANO, 2005, p. 5).
Cabe ao orientador, então, perguntar, questionar, levantar
possibilidades e alternativas, e assistir às dúvidas no sentido de
acompanhar e ajudar a solucioná-las. A produção de certezas fá-
ceis é um dos grandes desfavores que um orientador pode fazer
a seu orientando. É importante ainda que o orientador saiba do-

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Marivete Bassetto de Quadros 44
sar essa tensão entre expectativas e desejos e condições objetivas
concretas.
É verdade que a relação dados mais teoria na orientação das
monografias vai variar caso a caso. Se os dados não foram obtidos
a partir de uma formação teórica sólida, o orientador precisará indi-
car o caminho para costurar, ou melhor, cerzir, teoria e dados. Para
o orientando que tem um domínio teórico, dados mais teoria não se
separam (PEIRANO, 2005).
Nesse contexto, ao orientador cabe manter uma distância
respeitosa, mas comprometida, com o orientando e seu ritmo e es-
tilo de trabalho. Não se trata de co-autoria: a pesquisa será apenas
de um autor, e o iniciante tem direito inalienável a dúvidas e a des- 5
cobertas que são suas. Ambas não lhe podem ser negadas, sob o
risco de o aluno tornar-se um clone do orientador.
No mesmo sentido, o orientador deve respeitar as análises
teóricas, que nem sempre correspondem às suas; que o orientando
certamente realizará e que serão o fundamento da sua maturidade
como investigador e da sua independência intelectual.

5.3 Procedimentos no Processo de Orientação

Castro (1978), escrevendo suas memórias de um orienta-


dor de tese, nos indica alguns procedimentos no processo de orien-
tação. Tais procedimentos indicam, num primeiro momento, a ne-
cessidade de se colocar as regras do jogo, ou seja, esclarecer ao
orientado sua forma de conduzir o processo de orientação, estabe-
lecendo, inclusive, um cronograma para as sessões de orientação.
Após a apresentação do projeto de pesquisa pelo orientando,
é papel do orientador ajudar a pesquisa a adquirir foco, ou seja,
auxiliar na delimitação do objeto de pesquisa para que não se incor-
ra no risco de ampliar tanto o objeto, em face da sua complexidade,
e tornar o trabalho muito amplo, encaminhando, em seguida, para
a contextualização do assunto.
O orientador deve ainda dedicar-se fundamentalmente à
questão do conteúdo, sem deixar de lado questões de estilo, clareza

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 45
ou forma; essas são dicas também importantes em um trabalho de
natureza científica, mas, de forma alguma, se sobrepõem ao conteú-
do do trabalho.
Estimulando divergências de opinião, o orientador faz
com que o orientando leve sua crítica ao extremo lógico daqui-
lo que deve ser demonstrado factualmente ou teoricamente, afinal
sua função não é catequizar nem tampouco doutrinar (CASTRO,
1978).
Como observa novamente Castro (1978): por persuasão ou
por índole, orientadores variam em seus estilos de trabalho. Uns são
pacientes, outros afoitos; uns são benevolentes, outros zangados.
Alguns vetam sucessivamente até que os alunos consigam chegar 5
por conta própria à solução correta. Outros quase chegam a fazer o
trabalho do aluno.
Naturalmente, alguns têm mais tempo ou mais disposição
para gastá-lo com seus alunos. É importante que o aluno conhe-
ça antecipadamente as regras do jogo e as idiossincrasias do seu
orientador.
Uma indicação segura, quanto à finalização do trabalho, é
contar sempre com a ajuda de outros profissionais e não julgar que
o orientador tem por obrigação fazer a revisão linguística, estatís-
tica e de normalização técnica. Ele poderá dar algumas indicações,
inclusive sugerir a procura de profissionais especializados para au-
xiliar na revisão do texto ou na organização dos dados.
Outro alerta que nos faz Castro (1978) é quanto ao cuidado
e à dedicação que devem ter orientador e orientando com a conclu-
são do trabalho, verificando se, nessa sessão, não houve meramen-
te uma repetição mecânica do que já foi tratado ao longo do texto.
Finalizando, é necessário ressaltar a importância do estabe-
lecimento de uma boa convivência, sem deixar que tal espaço ul-
trapasse as fronteiras do profissional para que em nenhuma situa-
ção possa existir a inversão de valores, as regras e a disciplina no
desenvolvimento do trabalho intelectual são de fundamental rele-
vância à concretização dos passos da construção do conhecimento
científico.

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Marivete Bassetto de Quadros 46
5.4 Como Não Fazer Uma Monografia

♦ Desenvolver ideias sem colocá-las no papel.


♦ Esperar que outros façam sua monografia.
♦ Acreditar que seu orientador tem a solução do seu proble-
ma.
♦ Não acreditar na visão geral do seu orientador.
♦ Tentar resolver todos os problemas do mundo num único
documento.
♦ Achar que não há mais nada para ser investigado.
♦ Achar que alguém já resolveu seu problema antes.
♦ Não estabelecer um vínculo entre teoria e prática no seu 5
documento.
♦ Não considerar que a pesquisa é atividade cooperativa.
♦ Não tente fazer a sua pesquisa inteiramente sozinho, faça
em conjunto com seu orientador, procure sua assistência
e contribuição.

5.5 Como Gerenciar Seu Orientador

Talvez o termo gerenciar não seja o mais adequado para de-


finir esta relação profissional, mas a primeira característica dela é
exatamente esta: trata-se de uma relação profissional, portanto ge-
renciável.
É a partir deste ponto que fica mais fácil estabelecer regras
para uma convivência harmoniosa e frutífera. Desta forma, se você
atender as expectativas do seu orientador, expondo as dificuldades
encontradas, em tempo de receber ajuda para solucioná-las e de-
monstrar evolução durante o processo de orientação, com produção
científica regular, certamente haverá êxito.
Independência com foco e determinação; respeito hierárqui-
co sem servilismo; criatividade e bom senso são os ingredientes que
garantem o equilíbrio desta relação.

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Marivete Bassetto de Quadros 47
5.6 Questões Psicológicas

♦ Você vai ficar exausto.


♦ Você vai sentir-se isolado.
♦ Você vai odiar seu assunto de monografia.
♦ Você vai ficar frustrado a ter de se limitar a um tema.
♦ Você vai sentir “bloqueios” durante a redação.
♦ Você vai ficar mais interessado ao perceber que conhece o
tema melhor que seu orientador.

Sugerimos que se estabeleça e mantenha contatos regulares


com um grupo de suporte, como auxilio para superar estes momen-
tos de dificuldades.
5
5.7 Expectativa do Orientador

Quando o orientador escolhe ou aceita um orientando o


orientador deposita expectativas em relação ao orientando. “É nes-
te ponto em que se estabelece uma relação entre dois e não de um
para outro” (RAMIREZ; OLIVEIRA; TOJAL, 2004, p. 17).
Considera-se que o trabalho monográfico advém da neces-
sidade em que ambos, orientador e orientando, estabelecem cone-
xões entre si de maneira em que suas expectativas e frustrações de-
vem ser reconhecidas um pelo outro.
Assim sendo o orientador espera:
♦ Que o aluno seja independente.
♦ Que produza escritos de qualidade.
♦ Que seja a força motriz do relacionamento.

SUGESTÃO

♦ Não fuja do seu orientador.


♦ Envie a ele versões preliminares do seu trabalho.
♦ Conquiste sua atenção com resultados periódicos.
♦ Gerencie da melhor forma seu tempo com ele solucionan-
do problemas.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 48
♦ Mantenha-o informado sobre seus avanços.
♦ Exponha as dificuldades em tempo de receber ajuda para
solucioná-las, estabelecendo uma conexão com seu orien-
tador.

5.8 O Que Você Terá no Final

♦ Uma monografia completa com qualidade científica e aca-


dêmica.
♦ Papers, artigos para futuras publicações.
♦ Maior experiência profissional.
♦ Um documento que consolida seu trabalho. 5
♦ Um trabalho que satisfaz as exigências de uma banca exa-
minadora.
♦ Um documento que servirá de “cartão de visita” para sua
carreira futura.
♦ Um sentido de realização pessoal e profissional.

5.9 Reflexões Sobre a Escolha do Tema

Confie nas Suas Ideias

Não tente eliminar ideias rapidamente. Construa sobre a ba-


se de suas ideias e veja quantos diferentes projetos de pesquisa vo-
cê pode identificar. Permita-se ser expansivo em seu pensamento
nesta etapa – você não poderá fazê-lo mais à frente. Tente e seja
criativo.

Anote Suas Ideias

Isto permitirá que você revise suas ideias mais tarde; pois
você pode modificar e trocar de ideia. Se você não registrá-las, es-
tas tenderão a ficar em contínuo estado de mudança e você, prova-
velmente, terá a sensação de ir a lugar nenhum. É gratificante rever
as ideias escritas e perceber o avanço que você teve.

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Marivete Bassetto de Quadros 49
Tente Não Ser Excessivamente Influenciado,
a Pesquisa é Sua

Evite a influência originada pela expectativa dos colegas de


sua turma, de sua família ou dos seus colegas de trabalho. Esta se-
rá uma das poucas oportunidades que você poderá ter em sua vida
acadêmica e profissional para focar um tema de pesquisa escolhido
por você.

Esteja Certo de Que Suas Expectativas


São Concernentes
5
♦ A realização de que você está atendendo uma exigência
acadêmica.
♦ Ao fato de que o processo de condução da pesquisa pode
justamente ser tão importante (ou mais importante) do
que os resultados da pesquisa.
♦ A ideia de que primeiro e antes de tudo o projeto de pes-
quisa inteiro deverá ser uma experiência de aprendizagem
para você.

Se você tem estas ideias em mente enquanto está trabalhan-


do em sua pesquisa, você está diante de uma excelente chance do
seu projeto de pesquisa ser bem sucedido.

Seja Realista Sobre o Tempo Que Você Está


Disposto a Dedicar ao Seu Projeto de Pesquisa

Se o projeto que você gostaria de realizar irá demandar mais


tempo do que você desejaria, então você tem um problema.
Pode ser prematuro para você pensar, mas nunca é cedo pa-
ra criar um rascunho do cronograma. Tente utilizar etapas e colo-
que uma data para iniciar e outra para terminar em cada uma delas.
Coloque o seu cronograma em um lugar sempre visível (sobre seu
computador?) de maneira que permanentemente você seja lembra-

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Marivete Bassetto de Quadros 50
do de como você está progredindo. Periodicamente atualize seu cro-
nograma com novas datas e tarefas a medida do necessário.

Leia Integralmente um Outro Projeto de Pesquisa

Frequentemente temos um bloqueio na mente. É porque não


temos uma imagem acabada de como vai ficar a proposta de pes-
quisa. Observe como está organizado outro projeto de pesquisa.
Quais os títulos que são usados?
A proposta parece clara?
Sua redação sugere que o autor tem conhecimento do tema?
Posso desenhar meu projeto depois de ter revisado um ou 5
vários outros projetos?
Se você não consegue encontrar facilmente um ou dois pro-
jetos de pesquisa para ler, peça ao seu orientador para lhe mostrar
alguns. É muito provável que o seu orientador as tenha em seu ar-
quivo.

Cuide Para Que Seu Projeto de Pesquisa


Tenha Uma Ampla Revisão Bibliográfica

Neste momento, esta ideia pode lhe parecer sem sentido.


Muitos estudantes afirmam que “Este é apenas o projeto de pesqui-
sa, farei uma pesquisa bibliográfica completa quando estiver escre-
vendo a monografia, etc”. Mas, este é o tempo de fazê-la. A lógi-
ca por trás da revisão bibliográfica consiste em um argumento com
poucas linhas de análise.
Esta pesquisa é necessária, agora é o tempo de informar-se
e de aprender com os outros que o precederam. Se você esperar
até que comece a escrever a monografia, pode ser tarde demais.
De qualquer maneira você terá que fazê-lo, portanto faça-o agora.
E mais, você provavelmente vai querer inserir a revisão bibliográfica
em seu texto final de monografia.

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Marivete Bassetto de Quadros 51
Faça a Referência Imediatamente Quando
Encontrar Textos Relevantes

Contando com ampla disponibilidade de fotocopiadora você


será capaz de contornar muitas dificuldades que pesquisadores an-
teriores tiveram que enfrentar para desenvolver sua revisão biblio-
gráfica. Quando você lê alguma coisa que é importante para o seu
estudo, fotocopie (se forem documentos eletrônicos copie e
cole, faça print) as partes relevantes do artigo ou capítulo. Man-
tenha suas fotocópias e prints organizados em pastas em seu note-
book. E, o mais importante, fotocopie/faça print da ficha cata-
lográfica de maneira que você possa facilmente referenciá-la em 5
suas referências.

Focalize na Sua Pesquisa Especificamente

Não tente fazer com que sua pesquisa cubra uma área mui-
to ampla. Agora você pode pensar que isto irá distorcer aquilo que
você deseja fazer. Isto pode acontecer, mas você será capaz de
realmente executar o projeto se ele for definido especificamente.
Geralmente um projeto com definição muito aberta, ampla, não é
exequível.
É comum o pesquisador concluir que aquilo que ele pensou
originalmente como um bom projeto de pesquisa acaba se revelan-
do como um conjunto de projetos de pesquisa. Faça um projeto pa-
ra a sua monografia e guarde os outros projetos para fazê-los mais
tarde na sua carreira. Não tente resolver todos os problemas neste
único projeto de pesquisa.

Coloque um Título em Seu Projeto de Pesquisa

Um bom projeto tem um bom título e é a primeira coisa a


ajudar o leitor entender a natureza do seu trabalho. Utilize-o sa-
biamente. Abra uma pasta em seu notebook com possíveis
títulos, trabalhe em seu título e revise-o frequentemente.

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Marivete Bassetto de Quadros 52
É fácil para o leitor identificar as propostas onde o título é bem evi-
denciado pelo estudante. Preparar um bom título significa:
♦ Ter as palavras mais importantes aparecendo no início do
título;
♦ Limitar o uso de palavras ambíguas e confusas;
♦ Separar em título e sub-título quando você tem muitas
palavras, e
♦ Incluir palavras chaves que irão ajudar os pesquisadores
encontrar o seu trabalho no futuro.

O Projeto de Pesquisa Deve Estar Organizado em


Torno de um Conjunto de Questões 5
Estas questões vão orientar sua pesquisa, quando selecionar
essas questões-guias, tente escrevê-las de modo que elas delimi-
tem a sua pesquisa e a coloque em perspectiva com outras existen-
tes. Estas questões devem servir para estabelecer a ligação entre
a sua pesquisa e as outras que a precederam. As questões da sua
pesquisa devem claramente mostrar a relação da sua pesquisa com
o seu campo de estudos. Não saia do objetivo neste ponto fazendo
questões muito fechadas. Você precisa começar com questões am-
plas e relacionadas.

Escolha a Sua Metodologia Sabiamente

Não descarte rapidamente a escolha de uma metodologia


quantitativa porque você teme o uso de estatística. A abordagem
qualitativa para pesquisa pode resultar em novos e excitantes co-
nhecimentos, mas pode não ser levada a sério por causa do seu te-
mor da pesquisa quantitativa. Um estudo de pesquisa quantitativa
bem desenhada pode ser realizada e concluída de maneira clara e
concisa. Um estudo similar de natureza qualitativa geralmente re-
quer muito mais tempo e dedicação.

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Marivete Bassetto de Quadros 53
Releia Duas ou Três Monografias Bem Elaboradas

Examine o uso dos títulos, o estilo como um todo, a tipogra-


fia e a organização. Utilize-os como um modelo para a preparação
de sua própria monografia. Desta maneira você terá uma ideia, no
início do seu trabalho, de como ficará seu trabalho quando acabado.
Uma perspectiva que lhe ajudará muito.
Uma regra simples: se você estiver apresentando informa-
ções em forma de tabelas ou gráficos assegure-se de ter apre-
sentado a tabela ou gráfico em seu texto. E então, seguindo-
se a inserção da tabela/gráfico, assegure-se de tê-los discutido.
Se não há nada para discutir então você deve questionar a neces- 5
sidade de inseri-los.
Se você está incluindo uma seção de Conclusões ou Implica-
ções em sua monografia, certifique-se de estar realmente apre-
sentando conclusões e implicações. Frequentemente o autor
usa a seção de Conclusões/Implicações para meramente reafirmar
os resultados da pesquisa. Esta é uma parte chave da monografia
e, às vezes, é melhor fazê-la depois de ter se afastado alguns dias
de sua pesquisa, o que lhe permite colocá-la em perspectiva. Se vo-
cê fizer isso, sem dúvida será capaz de visualizar uma variedade de
novas ideias que ajudarão a conectar sua pesquisa a outras áreas.

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Marivete Bassetto de Quadros 54
6 ASPECTOS NORMATIVOS
E TIPOGRÁFICOS

uniformização gráfica, ou seja, a disposição consis-


tente dos elementos básicos de um trabalho, inde-
pendentemente da estética que oferece, ajuda o leitor, dando-lhe
direção e facilidade no encontro do conteúdo. Além disso, a padro-
nização no tratamento gráfico dos trabalhos auxilia não só ao digita-
dor, mas àqueles que, pela primeira vez, vão elaborar um trabalho.
As orientações apresentadas nesta seção têm por objetivo
auxiliar, especificamente, na editoração de documentos técnico-
científicos e acadêmicos. É importante salientar que, na elaboração
de trabalhos para a apresentação em eventos ou para publicação,
recomenda-se o uso dessas orientações somente quando não hou-
ver um padrão determinado pela editoração do evento.
As regras de apresentação seguem as seguintes Normas Bra-
sileiras (NBR) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

ABNT NBR 14724:2011 – Trabalhos acadêmicos – Apresentação AB-


NT NBR 6023:2018 – Referências – Elaboração
ABNT NBR 6024:2012 – Numeração progressiva
ABNT NBR 6027:2013 – Sumário – Procedimento
ABNT NBR 6028:2003 – Resumos – Procedimento
ABNT NBR 6022:2018 – Artigo em publicação periódica técnica e/
ou científica
ABNT NBR 15287:2011 – Projeto de pesquisa
ABNT NBR 10719:2011 – Relatório técnico e/ou científico
ABNT NBR 6034:2004 – Índices – elaboração

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Marivete Bassetto de Quadros 55
ABNT NBR 10520:2002 – Apresentação de citações
IBGE – NORMAS DE APRESENTAÇÃO TABULAR

6.1 Formato do Papel e Configuração de Margens

Conforme a ABNT (NBR 14724, 2011, p. 9) o formato de pa-


pel recomendado para a apresentação de documentos deve ser o
A4 (21 cm x 29,7 cm), digitado na cor preta, exceto as ilustrações.
Se impresso, utilizar papel branco ou reciclado.
Sugere-se aos acadêmicos o uso de papel reciclado, conside-
rando a atual importância da consciência ecológica.
Os elementos pré-textuais devem iniciar no anverso da fo-
lha, com exceção dos dados internacionais de catalogação da publi-
cação que devem vir no verso da folha de rosto. Recomenda-se que
os elementos textuais e pós-textuais sejam digitados ou datilogra-
6
fados no anverso e verso das folhas (ABNT NBR 14724, 2011, p. 9).
As margens devem ser: para o anverso, esquerda e superior
de 3 cm e direita e inferior de 2 cm; para o verso, direita e superior
de 3 cm e esquerda e inferior de 2 cm.
Recomenda-se, quando digitado, a fonte tamanho 12 para
todo o trabalho, inclusive capa, excetuando-se citações com mais
de três linhas, notas de rodapé, paginação, dados internacionais de
catalogação da publicação, legendas e fontes das ilustrações e das
tabelas, que devem ser em tamanho menor e uniforme.

6.2 Sobre a Fonte

A ABNT em sua NBR 14724, tanto nas versões de 2002 e


2005, bem como em sua última versão de 2011, não faz menção a
qual fonte utilizar nos trabalhos acadêmicos. A título de padroniza-
ção as instituições convencionaram o uso das fontes Arial ou Times
New Roman, enfatiza-se a importância de padronizar o uso de uma
ou outra fonte na digitação dos trabalhos acadêmicos.
Livros e periódicos cujo formato é definido pela editora consti-
tuem uma exceção a essa regra, tanto no tamanho e no tipo de fontes.

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Marivete Bassetto de Quadros 56
6.3 Alinhamento do Texto

O alinhamento utilizado no texto deve ser o justificado, su-


gere-se para os parágrafos adentramento entre 1,25 cm a 3 cm.
Os títulos devem obedecer ao seguinte alinhamento:
a) alinhamento esquerdo: títulos com indicativo numéri-
co de seção;
b) alinhamento centralizado: títulos sem indicativo nu-
mérico, tais como títulos capitulares, errata, agradecimentos, resu-
mos, listas, sumário, referências, glossário, apêndices e anexos.

É importante ressaltar ainda que a folha de aprovação, a de-


dicatória e a epígrafe são seções sem título e sem indicativo
numérico.
Para maiores esclarecimentos no que tange as questões
6
de normas para numeração progressiva utilize a ABNT NBR 6024
(2012).

6.4 Espaçamento de Entrelinhas

Todo o texto deve ser digitado com espaço 1,5 cm de en-


trelinhas, excetuando-se as citações longas (com mais de três li-
nhas), os resumos (em língua vernácula e estrangeira), as notas,
as referências, as legendas de ilustrações e tabelas e a ficha cata-
lográfica.
A nota explicativa que vai na folha de rosto e que apresenta
a natureza do trabalho, nome da instituição, entre outras informa-
ções devem ser digitados em espaçamento simples.
Na folha de rosto e na folha de aprovação, o tipo do trabalho,
o objetivo, o nome da instituição e a área de concentração devem
ser alinhados do meio da mancha gráfica ou seja, do centro da folha
para a margem direita (ABNT NBR 14724, 2011, p. 10).
As referências, ao final do trabalho devem ser digitadas
com espaço simples e separadas entre si por um espaço sim-
ples.

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Marivete Bassetto de Quadros 57
6.5 Indicativos de Seção

O indicativo numérico, em algarismo arábico, de uma seção


precede seu título, alinhado à esquerda, separado por um espaço
de caractere.
Os títulos das seções primárias devem começar em página
ímpar (anverso), na parte superior da mancha gráfica e ser separa-
dos do texto que os sucede por um espaço entre as linhas de 1,5.
Da mesma forma, os títulos das subseções devem ser separados do
texto que os precede e que os sucede por um espaço entre as li-
nhas de 1,5.
Títulos que ocupem mais de uma linha devem ser, a partir da
segunda linha, alinhados abaixo da primeira letra da primeira pala-
vra do título.
A Norma Brasileira que normatiza a questão dos títulos das
6
seções é a ABNT NBR 6024 (2012), esta especifica os princípios ge-
rais do sistema de numeração progressiva das seções de um docu-
mento, de modo a expor em uma sequência lógica o inter-relacio-
namento da matéria e permitir sua localização.

6.6 Títulos das Seções

Conforme a ABNT NBR 6024 (2012, p. 2), as seções devem


seguir as orientações abaixo:
⇒ Devem ser utilizados algarismos arábicos na numeração.
⇒ Deve-se limitar a numeração progressiva até a seção qui-
nária.
⇒ O título das seções (primárias, secundárias, terciárias,
quaternárias e quinárias) deve ser colocado após o indica-
tivo de seção, alinhado à margem esquerda, separado por
um espaço. O texto deve iniciar em outra linha.
⇒ Ponto, hífen, travessão, parênteses ou qualquer sinal não
podem ser utilizados entre o indicativo da seção e seu tí-
tulo.
⇒ Todas as seções devem conter um texto relacionado a elas.

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Marivete Bassetto de Quadros 58
⇒ O indicativo das seções primárias deve ser grafado em nú-
meros inteiros a partir de 1.
⇒ O indicativo de uma seção secundária é constituído pelo
número da seção primária a que pertence, seguido do nú-
mero que lhe for atribuído na sequência do assunto e se-
parado por ponto. Repete-se o mesmo processo em rela-
ção às demais seções.
⇒ Errata, agradecimentos, lista de ilustrações, lista de ta-
belas, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos, re-
sumos, sumário, referências, glossário, apêndice, anexo
e índice devem ser centralizados e não numerados,
com o mesmo destaque tipográfico das seções primárias.
⇒ Títulos com indicação numérica, que ocupem mais de
uma linha, devem ser, a partir da segunda linha, alinha-
dos abaixo da primeira letra da primeira palavra do título.
6
⇒ Os títulos das seções devem ser destacados tipografica-
mente, de forma hierárquica, da primária à quinária. Po-
dem ser utilizados os recursos gráficos de maiúscula, ne-
grito, itálico ou sublinhado e outros.
⇒ Diferente do que se usou por muito tempo a seção da
CONCLUSÃO ou CONSIDERAÇÕES FINAIS, é um elemento
que pode ser numerado. Nem a ABNT NBR 14724 (2011)
que trata da apresentação dos trabalhos acadêmicos e a
ABNT 6024 (2012) que normatiza a numeração progressi-
va das seções, fazem menção a esta questão.

Recomenda-se evitar o excesso de subdivisões de um texto


para não torná-lo muito fragmentado. Para todas as seções do tex-
to, deve-se ainda procurar evitar:
a) títulos das seções no final da folha e texto na folha se-
guinte;
b) títulos isolados, sem texto;
c) linhas isoladas no final ou início da folha; e
d) ilustrações separadas do texto.

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Marivete Bassetto de Quadros 59
EXEMPLO DE FORMATAÇÃO DAS SEÇÕES

1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo Geral
1.1.1 Objetivos Específicos
2 EXPOSIÇÃO DO TEMA
2.1 TEMA GERAL
2.1.1 Tema Específico
2.1.1.1 Aprofundamento do tema específico
2.1.1.1.1 Conclusão do detalhamento do tema
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS

6
APÊNDICE
ANEXO

6.7 Sobre o Uso de Alíneas

Conforme a ABNT NBR 6024 (2012, p. 3) as alíneas devem


seguir as orientações a seguir:
a) os diversos assuntos que não possuam título próprio,
dentro de uma mesma seção, devem ser subdivididos em alíneas;
b) o texto que antecede as alíneas termina em dois pontos;
c) as alíneas devem ser indicadas alfabeticamente, em le-
tra minúscula, seguida de parêntese. Utilizam-se letras dobradas,
quando esgotadas as letras do alfabeto;
d) as letras indicativas das alíneas devem apresentar recuo
em relação à margem esquerda;
e) o texto da alínea deve começar por letra minúscula e ter-
minar em ponto-e-vírgula, exceto a última alínea que termina em
ponto final;
f) o texto da alínea deve terminar em dois pontos, se hou-
ver subalínea;
g) a segunda e as seguintes linhas do texto da alínea come-
çam sob a primeira letra do texto da própria alínea.

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Marivete Bassetto de Quadros 60
6.8 Títulos Sem Indicativo Numérico

Os títulos, sem indicativo numérico – errata, agradecimentos,


lista de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos,
resumos, sumário, referências, glossário, apêndice(s), anexo(s) e
índice(s) – devem ser centralizados (ABNT NBR 14724, 2011, p. 10).

6.9 Paginação

As folhas ou páginas pré-textuais devem ser contadas, mas


não numeradas. Ver modelo número 1 e 2, na décima terceira se-
ção desta obra.
Para trabalhos digitados somente no anverso, todas as fo-
lhas, a partir da folha de rosto, devem ser contadas sequencialmen-
te, considerando somente o anverso.
Quando o trabalho for digitado em anverso e verso, a nume-
ração das páginas deve ser colocada no anverso da folha, no canto
superior direito; e no verso, no canto superior esquerdo (ABNT NBR
14724, 2011, p. 11).
A numeração deve figurar, a partir da primeira folha da par-
te textual (INTRODUÇÃO), em algarismos arábicos, no canto su-
perior direito da folha, a 2 cm da borda superior, ficando o últi-
mo algarismo a 2 cm da borda direita da folha (ABNT NBR 14724,
2011, p. 10).
Folhas pós-textuais são numeradas na mesma sequência do
texto, até o término do trabalho. Na impossibilidade de numerá-las,
contar e continuar a numeração nas demais.

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Marivete Bassetto de Quadros 61
7 ELEMENTOS DE
APOIO AO TEXTO

esta seção apresenta-se orientações para apresenta-


ção de tabelas, quadros, ilustrações, fórmulas, equa-
ções, unidades de medidas e o uso de símbolos de supressão, acrés-
cimos, comentários e destaques nas citações.
Tabelas quadros e figuras (fotos, gráficos, mapas, desenhos,
plantas, gravuras) são representações ilustrativas utilizados em traba-
lhos acadêmicos e servem para organizar e possibilitar a interpretação 7
do trabalho desenvolvido, de forma clara e objetiva. Pode-se mesclar
tabelas, gráficos e figuras. Para cumprir essa finalidade, devem seguir
a práxis e as recomendações para sua elaboração. As normas adota-
das neste livro baseiam-se nas recomendadas pela Fundação IBGE.
A escolha entre o uso de tabela ou gráfico está associada às
características dos dados e ao objetivo a que se propõe, sendo re-
comendável priorizar o uso de tabelas, pois estas apresentam valo-
res precisos.
Quando tabelas, gráficos e figuras forem transcritos de ou-
tros documentos (cópia direta), é necessária na indicação da fonte,
a expressão “Extraído de:”.
Devem ser usadas tabelas: quando for importante apresen-
tar valores precisos e não apenas tendências e, quando a quantida-
de de dados for muito grande, exigindo que os mesmos sejam su-
marizados.
Certos tipos de dados, particularmente eventuais ou repetiti-
vos, quando em pequenas quantidades, não precisam ser apresen-
tados na forma de tabelas ou gráficos.

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Marivete Bassetto de Quadros 62
7.1 Tabelas

Tabela é a forma não discursiva de apresentação de informa-


ções, representadas por dados numéricos e codificações, dispostos
em uma ordem determinada, segundo as variáveis analisadas de um
fenômeno (GUIA DE APRESENTAÇÃO DE TESES, FSP, USP, 2017).
As tabelas, devem ser citadas no texto, inseridas o mais pró-
ximo possível do trecho a que se referem e padronizadas conforme
o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As tabelas
apresentam informações tratadas estatisticamente.
Existem várias regras para a apresentação de tabelas, po-
rém, essas não devem ser rígidas. Muitas vezes a criatividade na
sua montagem e edição é necessária para alcançar melhor comu-
nicação. Para a elaboração de tabelas, quadros e figuras, conta-se
com inúmeros recursos de informática que possibilitam a respectiva
apresentação na forma variada de gráficos.
7
Recomenda-se que a tabela:
 Seja suficientemente completa para ser entendida, dis-
pensando consulta ao texto.
 Contenha somente os dados necessários ao seu entendi-
mento.
 Seja estruturada da forma mais simples e objetiva.
 Inclua os dados logicamente ordenados.
 Apresente dados, unidades e símbolos consistentes com o
texto.

Quanto à apresentação, as tabelas:


 Podem ser intercaladas no texto, e imediatamente após o
trecho em que são citadas pela primeira vez, de maneira
que sua visualização tenha sentido normal de leitura.
 Podem ser apresentadas em anexo quando a quantidade
de tabelas for grande ou quando ocupar mais de uma pá-
gina, o que dificultaria a leitura do texto. Neste caso a par-
te inferior da tabela não é fechada (a não ser no seu final)

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Marivete Bassetto de Quadros 63
com a indicação do termo “continua” no canto inferior da
página. Na página seguinte devem ser repetidos o núme-
ro, título e cabeçalho da tabela com a indicação do termo
“continuação” entre o título e o corpo da tabela, no canto
direito.
 Devem ser alinhadas de acordo com as margens do texto.
O espaço entre as tabelas e texto deve ser de duas entre-
linhas.
 Devem preferencialmente ser apresentadas no mesmo ti-
po e tamanho de letras adotados no texto ou reduzidas
até um limite que não prejudique a sua leitura. Nunca em
tamanho maior que o texto.
 Não devem ter repetidos seus dados em gráficos ou fi-
guras. Optar por um deles, sem perder de vista o que se
quer comunicar, se os valores exatos ou aspecto visual.
Devem apresentar todas as casas preenchidas.
7

 Podem ser apresentadas em duas ou mais partes, coloca-
das uma imediatamente abaixo da outra, separadas por
traço horizontal duplo, no caso da existência de muitas co-
lunas (excessiva largura).
 Podem ser feitas em duas partes, colocadas lado a lado,
separadas por traço vertical duplo, quando forem constru-
ídas com poucas colunas (muito estreitas).

7.1.1 Elementos Essenciais da Tabela

As tabelas são compostas por elementos essenciais repre-


sentados pelo número, título, cabeçalho, colunas indicadoras e ca-
sas. Além desses elementos podem ser acrescidos outros elementos
complementares, como fontes e notas.

NÚMERO

 O número só deve figurar quando houver mais de uma ta-


bela.

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Marivete Bassetto de Quadros 64
 O número é precedido da palavra Tabela, ambos grafados
em negrito, e localizados no topo da tabela.
 A numeração das tabelas deve ser sequencial, indicada
por algarismos arábicos.
 Sua menção no texto é obrigatória, na ordem em que é
referida.

TÍTULO

 Deve ser completo, conciso e claro, indicando todo o con-


teúdo da tabela.
 Deve ser apresentado na seguinte ordem: natureza do fa-
to estudado (o quê), variáveis escolhidas para análise do
fato (como), local (onde) e a época (quando) em que os
fatos foram observados.
 O título da tabela é colocado na sua parte superior, grafa-
do com letras minúsculas, respeitando as regras gramati- 7
cais do idioma, com espaçamento simples entre as linhas.

FONTE (CRÉDITOS)

A fonte indica a entidade responsável pelo fornecimento dos


dados ou a referência ao documento de onde foram extraídos. É im-
portante dar o devido crédito para não incorrer no risco de cometer
plágio. Deve ser posicionada na parte inferior da tabela.
 O nome da instituição como fonte deve aparecer por ex-
tenso, ou de forma abreviada se conhecida nacional e in-
ternacionalmente.
 Caso a fonte consultada seja uma publicação, deve-se in-
dicar a referência completa do documento, ou remeter à
referência na listagem final do trabalho.
 A palavra fonte deve ser grafada com a inicial maiúscula,
seguida por dois pontos.

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Marivete Bassetto de Quadros 65
Quanto à utilização de traços (linhas de delimitação), ob-
servam-se os seguintes critérios:
 Deve-se utilizá-los obrigatoriamente para delimitar o ca-
beçalho (a parte superior da tabela, onde são apontados
os conteúdos das colunas), bem como para definir o limite
inferior da tabela.
 Quando a tabela ocupar mais de uma página, a parte infe-
rior desta só deve ser traçada na última página (nesse ca-
so, o título e o cabeçalho devem ser repetidos em todas as
páginas ocupadas pela tabela, colocando-se acima destes
os termos: continua, na primeira página, continuação,
nas demais, e conclusão, na página final).
 Traços verticais só devem ser usados no cabeçalho (para
definir as colunas), nunca nas laterais ou no corpo da ta-
bela (a parte que contém os dados).

Exemplo 1 7
No texto

Tabela 1 – Atitudes perante os direitos civis de acordo com a classe


social (2017)
CLASSE CLASSE
RESULTADOS FAVORÁVEIS MÉDIA TRABALHADORA
AOS DIREITOS CIVIS
N % N %
ALTO 14 70 4 20
BAIXO 6 30 16 80
TOTAL 20 100 20 100
Fonte: MARCONI; LAKATOS (2017, p. 51)

Na seção das REFERÊNCIAS

MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Metodologia científica. 3. ed. São


Paulo: Atlas, 2017.

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Marivete Bassetto de Quadros 66
Exemplo 2

Exemplo 3

Observe-se que a fonte, ou seja, o crédito dos exemplos 2 e


3, são os próprios autores do trabalho.

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Marivete Bassetto de Quadros 67
ASPECTOS A SE CONSIDERAR

 Deve ser evitado o uso de siglas e abreviaturas que não


sejam de uso corrente; quando necessárias devem ser
grafadas por extenso como nota na tabela.
 O cabeçalho deve ser centralizado na coluna, com a letra
inicial da primeira palavra maiúscula. O uso de outras le-
tras maiúsculas deve respeitar as regras gramaticais do
idioma. É facultativo grafar o cabeçalho em negrito, desde
que seja mantida uniformidade em todas as tabelas.
 A indicação de número no cabeçalho deve ser feita pela le-
tra N, em maiúscula, já convencionado na literatura inter-
nacional. A indicação do número relativo deve ser feita pelo
seu respectivo símbolo. Ex. % (por cento), ‰ (por mil).
 As expressões que totalizam os dados devem ser destaca-
das em negrito ou letras maiúsculas. Ex: Total, Subto-
tal, TOTAL.
 As informações da coluna indicadora devem ser alinhadas
7
no canto esquerdo.
 Os dados das casas ficam melhor centralizados nas colunas.
 Os números decimais devem ser apresentados de forma
homogênea em classes de até dois algarismos. A separa-
ção da parte inteira da decimal deve ser feita por vírgula.
Ex. 3,2 ou 3,22; 123,8 ou 123,79.
 O cabeçalho, a coluna indicadora e os totais devem ser li-
mitados com traços horizontais e verticais (opcionais para
totais).
 Não se empregam traços verticais e horizontais na sepa-
ração das casas da tabela.

7.2 Quadros

Os quadros são definidos como arranjo predominante de pa-


lavras dispostas em linhas e colunas, com ou sem indicação de da-
dos numéricos. Diferenciam-se das tabelas por apresentarem um
teor esquemático e descritivo, e não estatístico. A apresentação dos

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Marivete Bassetto de Quadros 68
quadros é semelhante à das tabelas, exceto pela colocação dos tra-
ços verticais em suas laterais e na separação das casas.

Exemplo

QUADRO 1 – DISSERTAÇÕES (2004-2017)


TIPO
AUTORES TÍTULO INSTITUIÇÃO
ANO
CAMPOS, Rafaely Modos de brincar na educação infan- Dissertação
Karolynne do til: o que dizem as crianças? UFSC (2017)
Nascimento
MUNARIM, Brincando na escola: o imaginário Dissertação
Iracema midiático na cultura de movimento UFSC (2007)
das crianças.
RIVERO, Andréa O brincar e a constituição social das Tese
Simões crianças e de suas infâncias em con- UFSC (2015)
texto de educação infantil
SCHNEIDER,
Maria Luísa
Brincar é um modo de dizer: um es-
tudo de caso em uma escola pública
Dissertação
UFSC (2004)
7
Fonte: Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (2019)

7.3 Figuras

Figura é a denominação genérica atribuída aos gráficos, foto-


grafias, gravuras, mapas, plantas, desenhos ou demais tipos ilustra-
tivos, quando presentes em trabalhos acadêmicos. Quando a figura
for representada apenas por gráficos, a denominação pode ser feita
por esta palavra (gráfico).
Os gráficos representam dinamicamente os dados das tabe-
las, sendo mais eficientes na sinalização de tendências.
Deve-se optar por uma forma ou outra de representação dos
dados, isto é, não utilizar tabela e gráfico para uma mesma informação.
O gráfico bem construído pode substituir de forma simples,
rápida e atraente, dados de difícil compreensão na forma tabular.
A escolha do tipo de gráfico (barras, lineares, de círculos, en-
tre outros) está relacionada ao tipo de informação a ser ilustrada.

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Marivete Bassetto de Quadros 69
Sugere-se o uso de:
 Gráficos de linhas – para dados crescentes e decrescen-
tes: as linhas unindo os pontos enfatizam movimento.
 Gráficos de círculos – usados para dados proporcionais.
 Gráficos de barras – para estudos temporais; dados com-
parativos de diferentes variáveis.

Sua identificação deve aparecer na parte superior, seguida


de seu número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos
arábicos, precedida da palavra Figura e o mais próximo possível
do texto a que se refere. Abaixo da identificação, informam-se os
dados abreviados (autor, data e paginação) de onde foram extraí-
dos, quando de fonte publicada anteriormente (não esquecer de
acrescentar os dados completos da obra na seção REFERÊNCIAS).
Quando houver um grande número de figuras distintas (su-
perior a cinco elementos), recomenda-se o uso da terminologia pró-
pria para cada tipo (figuras, lâminas, plantas, fotografias, gráficos e 7
outros), conforme os exemplos abaixo.

Exemplo 1

Figura 1 – Mico-leão-dourado

Fonte: Site Brasil Escola (2019)

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Marivete Bassetto de Quadros 70
Na seção REFERÊNCIAS, deve-se incluir os dados completos
da figura utilizada, conforme exemplo abaixo:

BRASIL ESCOLA. Animais em extinção. Disponível em: https://brasilescola.


uol.com.br/animais/animais-extincao.htm. Acesso em: 10 abr. 2019.

Exemplo 2

Fonte: Barros (2017, p. 22)

Na seção das REFERÊNCIAS

BARROS, D. S. Escolaridade e distribuição de renda entre os empregados na


economia brasileira: uma análise comparativa dos setores público e priva-
do dos anos 2001 e 2013. Revista de Economia Contemporânea (2017)
21(3), p. 1-26 Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rec/v21n3/1415-
9848-rec-21-03-e172135.pdf. Acesso em: 10 abr. 2019.

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Marivete Bassetto de Quadros 71
7.4 Supressões, Acréscimos, Comentários e Des-
taques

Em qualquer parte das citações diretas, podem ser utiliza-


dos símbolos e destaques nas palavras para fazer supressões, inter-
polações, acréscimos, comentários, ênfase e destaque (ABNT NBR
10520, 2002, p. 2), conforme exemplificado abaixo:

SÍMBOLOS E DESTAQUES USADO PARA

[...] fazer supressões

[] interpolações, acréscimos e comentários

Negrito, Itálico ênfase ou destaque

7.4.1 Supressões

Se o autor, ao transcrever um texto, optar por eliminar algu- 7


ma expressão do texto citado deverá indicar esse fato por meio de
reticências entre colchetes, enfatizando apenas o que é impor-
tante ao trabalho em questão.

Exemplo 1 – Supressão

Podemos nos remeter a Barros e Lehfeld “[...] por meio da investiga-


ção científica o homem não só reconstitui progressivamente o mundo dos
objetos, em seu pensamento, como também dá a ele significantes novos e
mais próximos à verdade que os objetos contêm” (1986, p. 60).

7.4.2 Interpolações, Acréscimos ou Comentários

A inserção de expressões que não constam no original é


identificada entre colchetes. As interpolações podem constituir-se
de acréscimos, explicitações e comentários, sempre com o objetivo
de esclarecer o leitor.

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Marivete Bassetto de Quadros 72
Exemplo 1 – Acréscimos

Diz Umberto Eco (1988): Citar é como testemunhar num processo.


Precisamos estar sempre em condições de retomar o depoimento e de-
monstrar que é fidedigno. Por isso, a referência deve ser exata e precisa
[não se cita um autor sem dizer em que livro e em que página], como tam-
bém averiguável por todos.

7.4.3 Ênfase ou Destaque

Recurso utilizado para enfatizar o conteúdo do qual se deseja


chamar a atenção do leitor. É necessário indicar entre parênteses,
grifo meu, ou grifo nosso, ou sem grifo no original, ou sem desta-
que no original. Destaques que já constam do original dispensam a
nota; se, no entanto, o autor considerar importante alertar o leitor
que trata do destaque do original, poderá escrever no final da trans-
crição: (grifo do autor).
7
Exemplo 1 – Ênfase ou Destaque

Van Dalen e Meyer (1971, p. 143, grifo nosso) lembram que “[...] o
trabalho de pesquisa não é de natureza mecânica, m8as requer imagina-
ção criadora e iniciativa individual”.

7.5 Fórmulas e Equações

Conforme a ABNT NBR (2011, p. 11), as fórmulas e equa-


ções, quanto a sua apresentação:
a) aparecem destacadas no texto, de modo a facilitar sua
leitura;
b) na sequência normal do texto é permitido o uso de
uma entrelinha maior que comporte seus elementos (expoentes,
índices, etc.);
c) quando destacadas do parágrafo são centralizadas e de-
vem ser numeradas; e

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 73
d) quando fragmentadas em mais de uma linha, por falta de
espaço, devem ser interrompidas antes do sinal de igualdade ou de-
pois dos sinais de adição, subtração, multiplicação e divisão.

Exemplo 1

[...] a soma dos membros esquerdos com a soma dos membros di-
reitos acima, tem:

x² = r² cos² θ. Igualando a soma dos [...]

Exemplo 2

[...] membros esquerdos com a soma acima, tem:

x² + y²= r² cos² θ + r2 sen² θ

ou de modo equivalente [...] 7


7.6 Unidades de Medida

Os símbolos das unidades de medida são invariáveis, grafa-


dos sem ponto abreviativo e sem espaços.
Exemplo 1: 100m

Na indicação de tempo, empregam-se os símbolos h, min e


s, na mesma linha da grandeza e sem espaços.
Exemplo 2: 5h33min18s, 14h, 18h20min

7.7 Remissivas

Remissivas são expressões utilizadas para remeter o leitor


para outro ponto do texto ou do documento.
Para remeter a seções, subseções, páginas anteriores e pos-
teriores, deve-se utilizar o termo ver (ou vide) ou a expressão ver
também.

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Marivete Bassetto de Quadros 74
Exemplo 1

Na pena de certos escritores aquilo que chamamos de período “ten-


so” (ver 1.5.3) pode degenerar numa frase confusa.

Não é necessário o uso da expressão ver (ou vide) para re-


meter a ilustrações (tabelas, quadros, gráficos e figuras), visto que
estas são inseridas o mais próximo possível do texto a que se refe-
rem; neste caso, mencionam-se, de forma abreviada ou não, ape-
nas o tipo e o número da ilustração, entre parênteses ou não

Exemplo 2

Os agradecimentos aparecem em página distinta, após a dedicatória,


em teses, dissertações e monografias (fig. 12).
Conforme a figura 12, os agradecimentos [...].

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Marivete Bassetto de Quadros 75
8
NOTAS DE RODAPÉ E
SISTEMAS DE CHAMADA
PARA CITAÇÕES

s notas de rodapé são utilizadas para esclarecer ou


fornecer informações adicionais ao texto, sem com-
prometer a lógica da leitura.
A função da nota de rodapé dentro de um trabalho acadêmico
é tecer considerações e prestar esclarecimentos com mais profundida-
de, para algo que não foi possível fazer no texto original. As notas em
rodapé, se encarregam de agregar informações ao conteúdo, sem ne-
cessariamente interromper a leitura ou o raciocínio de um parágrafo.
Usando fonte tamanho 10 e espaço simples de entrelinhas,
elas devem ser apresentadas no final da página, com um filete de 3
cm a partir da margem esquerda. Devem figurar na margem inferior
da página onde ocorre a sua indicação. A indicação deve ser feita no
texto, após a palavra a que se refere, por algarismos arábicos, se-
quenciais, em sobrescrito.
O editor de texto do Word faz de maneira automática e cor-
reta, para tanto é necessário, na barra de ferramentas ir à aba de
referências e inserir nota de rodapé.

8.1 Sistemas de Chamada Para as Citações

As citações devem ser indicadas no texto por meio do siste-


ma numérico ou sistema autor-data. Qualquer que seja o mé-
todo adotado, deve ser seguido consistentemente ao longo de todo
o trabalho, permitindo sua correlação na lista de referências ou
em notas de rodapé (ABNT NBR 10520, 2002, p. 3).

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Marivete Bassetto de Quadros 76
8.1.1 Sistema Numérico

Nesse caso, a fonte da qual foi extraída a citação é apre-


sentada em nota de rodapé. Devem ser indicados conforme o que
segue:
a) os números são indicados no texto como expoente (efeito
sobrescrito);
b) devem ter numeração em algarismos arábicos, reme-
tendo à nota de rodapé, na mesma ordem em que aparecem no
texto; e
c) no texto, devem aparecer sempre após os sinais de pon-
tuação ou juntamente com a palavra referenciada.

Caso o pesquisador opte pelo sistema numérico para a in-


dicação das citações, faz-se necessário que as referências sejam
apresentadas em notas de rodapé ou correlacionadas com a lista de
referências, que normalmente aparece no final do trabalho, com nu-
meração única e consecutiva.

8.1.1.1 Notas de Referência (Indicação da Fonte


8
Completa)

Devem ser incluídas referências de fontes consultadas, men-


cionando-se os dados disponíveis, como nota de referência, no ro-
dapé da página.

NO TEXTO E NO RODAPÉ, COM NOTA DE REFERÊNCIA

Exemplo 1

Clemente (2001) destaca a importância [...]1 xxxxxx xxxxxx


xxxxxx xxxxxx xxxxxx
_____________
1
CLEMENTE, Elvo. Poetas Rio-Grandenses. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2001 (em fa-
se de elaboração).

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Marivete Bassetto de Quadros 77
Exemplo 2

Uma forma de especialização depende do pesquisador estar ou


não seguindo um caminho primordialmente quantitativo ou qualitativo.2
X xxxxxxxx xxxxxxxxxxx xxxxx xxxxxx xxxxxxxxx xxxxxxxxx.
__________
2
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2005.

Ao inserir uma nota de rodapé, aparecerá automaticamente


o número sobrescrito, conforme exemplo acima.

8.1.2 Sistema Autor-Data

Esse sistema consiste em indicar a autoria da citação pelo


sobrenome do autor ou da instituição responsável, seguido pelo ano
de publicação da obra e páginas referenciadas, separadas por vír-
gula e entre parênteses. Ver modelo 22, na seção de modelos desta
obra. Essa indicação deve observar os seguintes itens:
a) nome do autor todo em letras maiúsculas, quando apare-
ce entre parênteses, no final da citação (fora do contexto); e
8
b) nome do autor apenas com a primeira letra inicial maiúscu-
la, quando aparece no texto, fora de parênteses (dentro do contexto).

INDICAÇÃO DE FONTE NO SISTEMA AUTOR-DATA

Exemplo 1 (considere folha A4, citação longa com recuo)

Conforme explicitado a seguir.

Por isso mesmo pensar certo coloca ao professor ou, mais


amplamente, à escola, o dever de não só respeitar os sa-
beres com que os educandos, sobretudo os das classes
populares, chegam a ela – saberes socialmente construí-
dos na prática comunitária – mas também, como há mais
de trinta anos venho sugerindo discutir com os alunos a
razão de ser de alguns desses saberes em relação com
os ensinos dos conteúdos (FREIRE, 1996, p. 33).

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Marivete Bassetto de Quadros 78
Exemplo 2

Afirma Gil (2002, p. 63) que “Após a formulação clara do problema e


sua delimitação, elabora-se um plano [...]”.

Exemplo 3

Castro (1976, p. 11) afirma que: “Uma pesquisa sobre novas pers-
pectivas sugere áreas em que nosso conhecimento é precário e abala con-
vicções antigas [...]”

8.1.3 Notas Explicativas

Constituem comentários, esclarecimentos ou explanações


que não são incluídos no texto, por serem apenas considerações su-
plementares. Sua utilização deve observar um certo equilíbrio, evi-
tando seu uso em excesso a fim de não dispersar a leitura. Aparecem
no pé da página. Sua numeração é feita em algarismos arábicos.

Exemplo 8
Analisando este produto¹, pode-se dizer que [...] xxxxxx
xxxxxx xxxxxx xxxxxx
__________
¹ Essa questão será abordada quando se analisar a repartição do produ-
to. Mais detalhes a respeito podem ser encontradas em Peçanha (1997,
p. 114-126).

8.2 Expressões Latinas

As expressões latinas são utilizadas no sistema numéri-


co, mas nunca no sistema autor-data, excetuando-se a expres-
são apud, que pode ser usada nos dois sistemas. Podem ser utiliza-
das após uma referência abreviada, e referência abreviada só pode
ser utilizada após uma referência completa. Sugere-se por se tratar
de expressões estrangeiras, escrevê-las em itálico.

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Marivete Bassetto de Quadros 79
As mais comumente utilizadas são:

idem – Id. (igual à anterior) empregada para indicar autor


já citado anteriormente.

__________
2
CHAGAS; ARRUDA (2002, p.13).
3
Id., 2000, p. 19.

ibidem – Ibid (na mesma obra) – empregada para indicar


que a citação foi extraída da mesma obra, anteriormente citada.

__________
4
CHAGAS; ARRUDA (2002, p.13).
5
Ibid., p. 15.

cf. (confira, confronte) – empregada para indicar cruzamen-


tos de informações referenciais.

__________
12
Cf. CARVALHO, 1998.

8
opus citatum – op. cit. (na obra citada) – empregada para
indicar que a citação foi extraída de outra página de uma obra an-
teriormente citada.

__________
6
CHAGAS; ARRUDA (2002, p. 13).
7
MEDEIROS (2003, p. 20).
8
CHAGAS; ARRUDA op. cit., p. 45.

passim (aqui e ali) – empregada quando se torna impossí-


vel mencionar todas as páginas de onde foram extraídas as ideias
do autor.

__________
9
MEDEIROS, 2003, passim.

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Marivete Bassetto de Quadros 80
loco citato – loc. cit (no lugar citado) – empregada para in-
dicar que a citação foi extraída da mesma página de uma obra an-
teriormente citada.

__________
10
CHAGAS; ARRUDA (2002, p. 13).
11
CHAGAS; ARRUDA, loc. cit.

sequentia – et seq. (seguinte ou que se segue) – emprega-


da com o objetivo de evitar a menção de todas as páginas da obra
referenciada, indicando-se apenas a primeira página e a expressão
correspondente.

__________
13
MEDEIROS, 2003, p. 13 et seq.

apud (citado por, conforme) – empregada para indicar que é


uma citação de citação.

__________

8
14
ANDRADE (1995 apud MEDEIROS, 2003, p. 254.)

Importante: As expressões Id., Ibid., op. cit. e Cf. só po-


dem ser usadas, de acordo com a norma da ABNT (NBR 10520,
2002), na mesma página ou na folha da citação a que se referem.

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Marivete Bassetto de Quadros 81
9 CITAÇÕES

ão as descrições ou menções (conteúdos ou informa-


ções) contidas em um texto extraídas de uma outra
fonte. São utilizadas para sustentar, teórica e empiricamente, o tra-
balho apresentado.
Pode-se afirmar que todo trabalho acadêmico ou técnico de
caráter científico sempre apresenta citações. De fato, é da própria
natureza da pesquisa situar-se em relação a outras, inspirando-se
nelas, buscando apoio para seus pontos de vista, nelas encontrando
ilustrações, exemplos e modelos (LAVILLE; DIONNE, 1999).
Usam-se citações quando se transcrevem trechos de algu-
ma obra ou se utilizam informações já publicadas, com o propósito
de esclarecer ou complementar as ideias que estão sendo expostas.
Assim, as citações tanto podem ser usadas com o objetivo de refor-
çar argumentos como para expor posições contrárias àquelas que
estão sendo defendidas.
Em trabalhos técnico-científicos exige-se rigor na apli-
cação das praxes de citação, diferentemente de textos literários,
nos quais é permitida uma apresentação mais livre.
As citações podem ser diretas, indiretas ou citação de ci-
tação; sua elaboração deve seguir as orientações da norma bra-
sileira da ABNT NBR 10520 (2002). Esta norma especifica as
características exigíveis para apresentação de citações em docu-
mentos.

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Marivete Bassetto de Quadros 82
Figura 2 – Capa ABNT NBR 10520 (2002)

AGO 2002 NBR 10520


Informação e documentação - Citações Info
em documentos - Apresentação em
ABNT - Associação ABNT - Associação
Brasileira de Brasileira de
Normas Técnicas Normas Técnicas

Sede: Sede:
Rio de Janeiro Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Origem: Projeto NBR 10520:2002 CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Origem
Rio de Janeiro - RJ Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (21) 3974-2300 ABNT/CB-14 - Comitê Brasileiro de Finanças, Bancos, Seguros, Comércio, Tel.: PABX (21) 3974-2300 ABNT/C
Fax: (21) 2240-8249/2220-6436 Administração e Documentação Fax: (21) 2240-8249/2220-6436 Adminis
Endereço eletrônico: Endereço eletrônico:
www.abnt.org.br CE-14:001.01 - Comissão de Estudo de Documentação www.abnt.org.br CE-14:
NBR 10520 - Information and documentation - Presentation of citations NBR 10
Descriptors: Documentation. Citation Descrip
Esta Norma foi baseada na ISO 690:1987 Esta No
Copyright © 2002, Copyright © 2002,
ABNT–Associação Brasileira de Esta Norma substitui a NBR 10520:2001 ABNT–Associação Brasileira de Esta No
Normas Técnicas Válida a partir de 29.09.2002 Normas Técnicas Válida a
Printed in Brazil/ Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados Palavras-chave: Documentação. Citação 7 páginas Todos os direitos reservados Palavra

Sumário Sumário
Prefácio Prefácio
1 Objetivo 1 Objetivo
2 Referências normativas 2 Referências normativas
3 Definições 3 Definições
4 Localização 4 Localização
5 Regras gerais de apresentação 5 Regras gerais de apresentação
6 Sistema de chamada 6 Sistema de chamada
7 Notas de rodapé 7 Notas de rodapé
Prefácio Prefácio
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo A Associação Brasileira de Normas T
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial conteúdo é de responsabilidade do
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas (ABNT/ONS), são elaboradas por Com
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). fazendo parte: produtores, consumido
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre Os Projetos de Norma Brasileira, elab
os associados da ABNT e demais interessados. os associados da ABNT e demais inte
1 Objetivo 1 Objetivo
Esta Norma especifica as características exigíveis para apresentação de citações em documentos. Esta Norma especifica as característic

9
2 Referências normativas 2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta As normas relacionadas a seguir cont
Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita à revisão, Norma. As edições indicadas estavam
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições recomenda-se àqueles que realizam
mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento. mais recentes das normas citadas a se
NBR 6023:2002 - Informação e documentação - Referências - Elaboração NBR 6023:2002 - Informação e do
NBR 10522:1988 - Abreviação na descrição bibliográfica - Procedimento NBR 10522:1988 - Abreviação na
3 Definições 3 Definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições: Para os efeitos desta Norma, aplicam-
3.1 citação: Menção de uma informação extraída de outra fonte. 3.1 citação: Menção de uma informaç
3.2 citação de citação: Citação direta ou indireta de um texto em que não se teve acesso ao original. 3.2 citação de citação: Citação direta

Fonte: ABNT NBR 10520 (2002, p. 1)

Quanto à quantidade de citações a serem usadas em um tra-


balho, Eco (2017, p. 121) considera difícil determinar. “[...] se deve
citar com profusão ou com parcimônia. Depende do tipo de tese”. Em
todo o caso, observa que a citação não pode ser uma manifestação
de preguiça de quem está elaborando uma dissertação ou uma tese,
que deixa para os outros a apresentação de ideias ou de informações.

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Marivete Bassetto de Quadros 83
9.1 Regras Gerais para Citação

As informações sobre a obra mencionada podem aparecer no


corpo do texto ou em nota de rodapé (sistema numérico). Recomen-
da-se o uso no corpo do texto (sistema autor-data), deixando para
o rodapé outras informações, tais como: esclarecimentos pontuais
do texto, tradução de palavras estrangeiras, significado de expres-
sões típicas, etc.

Importante: Qualquer que seja o sistema adotado deve ser segui-


do em todo o trabalho, fazendo-se a correlação com a lista de refe-
rências (sistema autor-data) ou notas de rodapé (sistema numéri-
co). Para identificação de fonte da citação apresenta-se o nome do
autor, seguido pela data de publicação da obra e número da página.

9.2 Tipos de Citação

Há três tipos de citações: citação direta, citação indireta e ci-


tação de citação. Ver modelo 22 na décima terceira seção desta obra.

Figura 3 – Tipos de citação


9
TIPOS DE CITAÇÕES CONFORME ABNT NBR 10520 (2002)

A citação direta é a transcrição literal de um texto. Esta se subdivide em


curta e longa.
Curta – Até três linhas no corpo do parágrafo entre aspas. Obrigatoriamente
o crédito, sendo: ( SOBRENOME DO AUTOR, ano e p.)
CITAÇÃO DIRETA
Longa – Mais de três linhas, é necessário reduzir o tamanho da fonte,
podendo ser para 10 ou 11, aplicar um recuo de 4 cm em relação à margem
esquerda, com entrelinhas simples. Obrigatoriamente o crédito, sendo:
(SOBRENOME DO AUTOR, ano e p. )

A citação indireta é uma paráfrase, não há aspas nem recuo.


CITAÇÃO INDIRETA Obrigatoriamente o crédito deve ser dado, sendo o nome do autor e ano. A
página é opcional. Ex. Freire (1998) ou (FREIRE, 1980).

Citação de citação é a citação direta ou indireta de um trecho de uma obra (do


qual não se teve acesso direto), por meio de uma segunda fonte. É a chamada
citação de segunda mão. O crédito por meio do sobrenome do autor (es), da
CITAÇÃO DE CITAÇÃO data de publicação, mais o termo apud (latim = citado por) ou o equivalente
em português "citado por" o sobrenome do(s) autor (es) da fonte pesquisada e
ano da publicação. Ex. Freire (1998 apud GADOTTI, 2002) ou (FREIRE, 1998
apud GADOTTI, 2002).

Fonte: Da Autora (2019)

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Marivete Bassetto de Quadros 84
9.2.1 Citação Direta, Textual ou Literal

A citação pode ser apresentada como citação curta e cita-


ção longa. É aquela em que se reproduz no texto a ideia original da
obra que está sendo consultada. Quando se trata de citações cur-
tas (até três linhas), devem ser inseridas entre aspas duplas, no
meio do texto normal. As aspas simples são indicadas para citações
no interior da citação, como nos exemplos seguintes:

Exemplo 1

Eco traz em seu texto: “Ao escolher e delimitar o tema de pesquisa o


mestrando deve ter presente que quanto mais se restringe o campo, melhor
e com mais segurança se trabalha” (ECO, 2017, p. 10).

Exemplo 2

Ao escolher e delimitar o tema de pesquisa o, o mestrando deve aten-


tar para o que diz Eco (2017, p. 10): “[...] /quanto mais se restringe o cam-
po, melhor e com mais segurança se trabalha”.

Obs. 1: De acordo com a NBR 10520 (2002) a indicação da pági- 9


na é obrigatória para citação direta.

Obs. 2: No primeiro exemplo, a entrada – no caso, o nome do autor


– deve ser grafado com letras maiúsculas dentro de parênteses; no
segundo exemplo, o nome do autor faz parte da frase, sendo gra-
fado com maiúscula e minúsculas (ABNT NBR 10520, 2002, p. 2).
Vale ressaltar, também, que o uso do ponto final após as ci-
tações deve atender às regras gramaticais.

As citações com mais de três linhas devem ser destacadas


do texto, na forma de apresentação independente, com recuo de
4 cm da margem esquerda, espaçamento interlinear simples,
sem as aspas e sem itálico (ABNT NBR 10520, 2002, p. 2). De-

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Marivete Bassetto de Quadros 85
ve-se observar ainda um espaçamento uniforme de entrelinhas an-
tes e depois da citação, sugere-se dois espaços simples, como nos
exemplos que seguem:

Exemplo 3 (considere como folha A4)

Marconi e Lakatos (2017, p. 102) apresentam orientações re-


lativas à elaboração do projeto de pesquisa. Dentre elas, destaca-se
a identificação do tema a ser estudado, que é reconhecido como

[...] o assunto que se deseja provar ou desenvolver. Po-


de surgir de uma dificuldade prática enfrentada pelo co-
ordenador, da sua curiosidade científica, de desafios en-
contrados na leitura de outros trabalhos ou da própria
teoria. Pode ter sido sugerido pela entidade responsá-
vel pela parte financeira, portanto, “encomendado”, o
que não lhe tira o caráter científico, desde que não in-
terfira no desenrolar da pesquisa; ou seja, se encaixar
em temas muito amplos, determinados por uma enti-
dade que se dispõe a financiar pesquisas e que promo-
ve uma concorrência entre pesquisadores, distribuindo
a verba de que dispõe entre os que apresentam os me-
lhores projetos.

9
Texto do autor do trabalho, orienta-se dialogar com os auto-
res. X xxxxxxxx xxxxxxxx.

Exemplo 4

Sob esta perspectiva Castro alega que:

Uma tese deve revelar o domínio dos conceitos utili-


zados e um certo conhecimento da literatura técnica.
O assunto não deve estar solto no espaço, mas colocado
no seu contexto. Todavia, o domínio dos conceitos se re-
vela no seu uso ao longo da análise e não na infindável
sequência de definições de diferentes autores (CASTRO,
1978, p. 319).

Texto do autor do trabalho, orienta-se dialogar com os auto-


res. X xxxxxxxx xxxxxxxx.

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Marivete Bassetto de Quadros 86
Exemplo 5

Para melhor análise podemos nos remeter a Chartier (1994,


p. 97)

A revolução de nosso presente é mais importante do que


a de Gutenberg. Ela não somente modifica a técnica de
reprodução de texto, mas também as estruturas e as
próprias formas do suporte que o comunica aos seus lei-
tores. O livro impresso foi, até hoje, o herdeiro do ma-
nuscrito por sua organização em cadernos, pela hierar-
quia nos formatos, pelos auxílios de leitura, correspon-
dências, index, sumários, etc.

Texto do autor do trabalho, orienta-se dialogar com os auto-


res. X xxxxxxxx xxxxxxxx.

9.2.2 Citação Indireta: Paráfrase e Condensação

Consiste em se reproduzir o pensamento do autor (ideias


alheias, portanto) utilizando-se de palavras próprias. É geralmente
empregada quando se pretende apresentar, de modo reduzido ou
abreviado, as ideias de um autor sem recorrer à citação direta. Co-
mo se trata de ideias alheias, a referência à fonte é obriga- 9
tória, pois, caso ela não seja feita, tem-se um caso de plágio.
Nas citações indiretas, a indicação da(s) página(s) consultada(s)
é opcional, conforme a ABNT (NBR 10520, 2002, p. 2).
A paráfrase é a forma de citação indireta que, normalmen-
te, não altera, em tamanho e conteúdo, a escrita do texto original,
caracterizando-se pela substituição de algumas de suas palavras ou
expressões. Ao parafrasear, restaura-se total ou parcialmente o tex-
to fonte, processo que exige sua interpretação para reconstrução
de um novo texto. Nesse sentido, é oportuno lembrar Compagnon
(1996, p. 34), quando diz “o trabalho da citação [...] é uma produ-
ção de texto [...]”.
Um outro modo de escrever a citação indireta é a condensa-
ção, em que se faz uma síntese do texto que se quer citar, sem alte-

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 87
rar o seu significado, porém apresentando apenas as principais ideias
do autor. Esta forma de uso de citação é interessante, pois pressu-
põe maior articulação de leitura por parte do autor do trabalho, já
que, para que consiga sintetizar as ideias do texto original, deverá
desenvolver uma leitura significativa (compreensiva/interpretativa).

Exemplo 6 (considere como folha A4)

Texto original
A fase de estabelecimento e de clarificação da problemática
e do próprio problema é frequentemente considerada como a fase
crucial da pesquisa. É ela que serve para definir e guiar as opera-
ções posteriores, como uma espécie de piloto automático, uma vez
que tenha sido bem planejada (LAVILLE; DIONNE, 1999, p. 85).

Citação Indireta (paráfrase)


Considera-se que a determinação e a explicitação do proble-
ma constituem operações decisivas no processo de pesquisa. Isso
porque é a partir da conscientização do problema e de suas implica-
ções que o pesquisador será capaz de planejar e desenvolver ade-
quadamente as etapas subsequentes da pesquisa (LAVILLE; DION-
NE, 1999). 9
Ou

Citação Indireta (condensação ou paráfrase)


A definição do problema de pesquisa é crucial no processo de
pesquisa, pois é ela que servirá de guia para as etapas posteriores
(LAVILLE; DIONNE, 1999).

9.2.2 Citação de Citação

Consiste na reprodução de informação já citada por outro au-


tor. A indicação da fonte de uma citação de citação pode ser apre-
sentada na forma textual ou após a descrição da ideia. Esta ideia,

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Marivete Bassetto de Quadros 88
por sua vez, pode ser expressa como citação direta ou indireta. Pa-
ra explicar que o autor da ideia original está sendo citado por um
outro autor/obra que se está consultando, usa-se a expressão latina
apud que tem como tradução citado por.
Uma questão causadora de dúvidas nos tratados e manuais
sobre redações científicas, é saber se é necessário ou não utilizar
a escrita em itálico para palavras estrangeiras e expressões latinas
utilizadas nas citações e na escrita do texto acadêmico. As orien-
tações encontradas deixam dúvidas, bem como na ABNT em suas
NBRS não há menção para esta questão. Particularmente, sugeri-
mos que se use a escrita itálica, já que se convencionou esta forma
de escrita para expressões estrangeiras e latinas.

Nota: nas referências apenas o autor da obra consultada de-


ve ser mencionado.

Exemplo 7

Para Orlandi (1987 apud GOBBES; MEDEIROS, 2003) a legi-


bilidade de um texto não depende só da boa formação de sentenças,
da coesão textual, ou da coerência, é preciso considerar no âmbito
da legalidade, a relação do leitor com o texto e com o autor. 9
Na referência:

GOBBES, A; MEDEIROS, J. B. Dicionários de erros correntes na língua


portuguesa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

Ou

“Ensinar é um processo que envolve indivíduos num diálogo


constante, propiciando recursos temporais, materiais e informacio-
nais para que se desenvolva a auto-aprendizagem e a aprendiza-
gem com os outros ou a partir de outros” (STOKROCKI, 1991 apud
CORTELAZZO, 2004, p. 14).

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Marivete Bassetto de Quadros 89
Na referência:

CORTELAZZO, Iolanda Bueno de Camargo. Pedagogia e novas tecnolo-


gias: tecnologias interativas e colaborativas. 2004. Disponível em: http://
www.boaaula.com.br/iolanda/producao/cortelazzoart.html. Acesso em: 8
set. 2009.

A citação de citação, também chamada de segunda mão,


deve ser usada de modo bastante restrito, remete-se a Eco (2017,
p. 27) quando infere “[...] use com parcimônia a citação de cita-
ção”, preferencialmente se deve consultar a obra ou documento
original. No entanto, muitas vezes determinados textos não estão
acessíveis, por se tratar de obra rara ou, então, somente disponível
em língua que se desconhece. Nesses casos, é admissível o uso da
citação da citação.

9.3 Alterações na Citação

Muitas vezes é necessário fazer alterações na citação, se-


ja para torná-la mais curta pela supressão de alguma parte que
não interessa ao que se está expondo, seja para destacar algum

9
de seus termos ou expressões, ou ainda para adaptá-la às exigên-
cias da sintaxe do período ou da oração em que será inserida. Em
qualquer desses casos, no entanto, é obrigatório indicar a altera-
ção feita.

a) Em citação com supressão de uma parte inicial ou


final, usam-se reticências [...] entre colchetes.

Exemplo 8

Sobre o emprego de citações, Beaud (1997, p. 125) acon-


selha: [...] evite fazê-lo em excesso ou desorganizadamente:
uma citação, como qualquer outro material, só vale pelo lugar
que ocupa, pela dinâmica que imprime à totalidade de seu racio-
cínio central.

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Marivete Bassetto de Quadros 90
Exemplo 9

“Evite, igualmente, citações longas demais, que correm o


risco de quebrar o ritmo de sua demonstração [...]” (BEAUD, 1997,
p. 125).

b) em citação com supressão de parte intermediária,


usam-se também as reticências entre colchetes.

Exemplo 10

Beaud (1997, p. 45) faz um alerta para o acadêmico levar a


bom termo a formulação da questão principal da pesquisa, crucial
para o bom desenvolvimento da pesquisa: “É preciso ler os livros
mais importantes, tomando notas; [...] é preciso fazer escolhas,
triagens, decidir sobre os eixos em que irá concentrar sua pesquisa,
em que terrenos irá concentrar seus esforços, em que materiais irá
se aprofundar”.

c) na citação com destaque (grifo, negrito ou itálico)


de termos ou expressões, ou quando o destaque já faz parte
da obra consultada, deve-se indicar a autoria do mesmo. 9
Exemplo 11

“O trabalho de pesquisa deve ser instigante, mesmo que o


objeto não pareça ser tão interessante. O que o verdadeiro pesqui-
sador busca é o jogo criativo de aprender como pensar e olhar cien-
tificamente” (GOLDENBERG, 1997, p. 68, grifo nosso).

Exemplo 12

“A escolha de um tema que esteja ligado à área de atua-


ção profissional, ou que faça parte da experiência profissio-
nal do estudante, torna o trabalho de desenvolvimento monográfi-

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 91
co muito mais interessante e eficiente” (MARTINS; LINTZ, 2000, p.
21, grifo dos autores).

d) quando são feitas adaptações na citação para ade-


quá-la à sintaxe do período, ou então, quando algo é acres-
centado para esclarecer o leitor, os acréscimos devem ser
colocados entre colchetes.

Exemplo 13

“Dois passos são necessários para o início da tarefa [de


realizar uma pesquisa]: a formulação do problema e a elaboração
do projeto de pesquisa” (GOLDENBERG, 1997, p. 70).

9.4 Normas Complementares para Citação

a) Quando os dados a serem citados são obtidos por infor-


mação verbal, em palestras e debates, deve-se indicar a expressão
(informação verbal) entre parênteses, apresentando as explica-
ções disponíveis em nota de rodapé. As citações orais são caracte-
rizadas por dados obtidos de palestras, aulas, entrevistas e outras.
Entretanto, deve-se observar, que citações desta natureza podem 9
ser questionadas, uma vez que não possuem registro de sua com-
provação.

Exemplo 14

Citação no texto

“Este ano, o Brasil teve uma queda de 58% da mortalidade


infantil, demonstrando de certa forma, os resultados do programa
Fome Zero” (Informação verbal)1

__________
1
Notícia obtida em reportagem do Jornal Nacional da Rede Globo, exibido em
28/02/2003.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 92
Exemplo 15

Citação no texto

Estamos esperando a Prefeitura votar a proposta para im-


plantação da linha de ônibus. Se fizessem o calçamento na aveni-
da principal e colocasse ônibus, a vida ia melhorar muito. Mas essas
coisas da Prefeitura demoram muito. Eles só lembram da gente na
eleição (Morador, 40 anos)1.

__________
1
Dados da entrevista. Pesquisa de campo realizada no Bairro Inconfidentes em
23/07/2001.

b) quando a citação for um trecho traduzido pelo autor do


trabalho, após a chamada da citação deve-se incluir a expressão
‘tradução livre’, entre parênteses, conforme exemplos abaixo.

Yin (1993) has identified some specific types of cases stu-


dies: Exploratory, Explanatory, and Descriptive. Stake (1995) inclu-
ded three others: Intrinsic – when the researcher has an interest in
the case; Instrumental – when the case is used to understand more
than what is obvious to the observer; Collective – when a group of 9
cases is studied (TELLIS, 1997, p.1).

Yin (1993) identificou alguns tipos específicos de estudos de


caso: exploratório, explanatório e descritivo. Stake (1995) incluiu
três outros: intrínseco – quando o pesquisador tem um interesse no
caso; instrumental – quando o caso é usado para entender mais do
que aquilo que é óbvio para o observador, coletivo – quando um gru-
po de casos é estudado (TELLIS, 1997, p.1, tradução livre).

c) quando houver citações de diversos documentos de um


mesmo autor, publicados em um mesmo ano, faz-se o acréscimo de
letras minúsculas, em ordem alfabética, após a data e sem espaça-
mento, conforme a lista de referências, como nos exemplos.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 93
De acordo com Chiavenato (1999a)
A administração (CHIAVENATO, 1999b)
Gil (2002a, p. 175) infere que a pesquisa
Gil (2002b, p. 250) pontua a importância da pesquisa

No texto

Como afirma Carvalho (1988a) todo processo de seleção de-


verá ser imparcial...

O autor apresenta algumas estratégias de “[...] como con-


quistar seu emprego, sem utilizar artifícios visuais.” (CARVALHO,
1988b, p. 81).

Na Referência

CARVALHO, Antônio Vieira de. Desenvolvimento de recursos humanos


na empresa. São Paulo: Pioneira, 1988a.

CARVALHO, Antônio Vieira de. Treinamento de recursos humanos. São


Paulo: Pioneira, 1988b.

d) em caso de citações indiretas de vários documentos de 9


um mesmo autor, publicados em anos diferentes e mencionados si-
multaneamente, apresentam-se as datas separadas por vírgula.

Chiavenato (1997, 1999, 2001)


(BUNGE, 1972, 1974, 1976,1980)

e) quando houver citações indiretas de documentos diferen-


tes de vários autores, mencionados simultaneamente, esses são se-
parados por ponto-e-vírgula, em ordem alfabética.

(MARCONI; LAKATOS, 2001; RICHARDSON, 1999; SEVERINO, 2000;


YIN, 2001)

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Marivete Bassetto de Quadros 94
9.5 Considerações Finais sobre as Citações

A citação pressupõe que a ideia do autor citado seja com-


partilhada, isto é, que se concorde com ela. Quando não for este o
caso, o trecho citado deverá ser precedido ou seguido de alguma
crítica ou contestação (ECO, 2017). O autor e a fonte de todas as
citações devem ser claramente reconhecíveis, assim como as ci-
tações devem ser fiéis ao texto. Nesse sentido, após apresentar a
citação, deve-se confrontá-la com o original para evitar erros ou
omissões.
Deve-se respeitar eventual erro do autor citado, assinalan-
do-o ao leitor usando a expressão sic – advérbio latino que quer di-
zer “assim mesmo” – é usado entre parênteses depois de qualquer
palavra ou frase que contenha um erro gramatical ou um dito absur-
do que o redator quer deixar claro que não é dele, mas da pessoa
que falou ou escreveu aquilo.
Em resumo: ao colocar o (sic), você mostra ao leitor que é
assim mesmo que estava no original, por mais errado ou estranho
que pareça.
Eco (2017, p. 126) diz claramente: “Citar é como testemu-
nhar num processo”. Por isso, a transcrição e a referência devem ser
exatas e precisas, bem como averiguável por todos. 9
Exemplos

Essa noção de História contraria a lógica por que (sic) vários


outros autores são notóriamente (sic) contrários à afirmação”.
Lá pelas tantas, quase entendiado (sic), resolvi arriscar a se-
guinte frase em latim: Sublata causa tollitur effectus! Como, dian-
te do mistério ninguém ousa duvidar, seguiu-se um silêncio quase
eterno. Muitos poucos entenderam o que eu, entediado, houvera di-
to: Eliminada a causa, elimina-se o efeito!”

Conforme sua própria apresentação, Laerte é um quadrinhis-


ta” (sic).

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Marivete Bassetto de Quadros 95
Há uma indústria da violência que se associa intimamente à
indústria pornográfica. Cultivase (sic) o erotismo associado ao sofri-
mento, ao martírio, à agressão e não à ternura.

9.6 Conectores que Auxiliam a Inserção de Cita-


ções

Como dito anteriormente o uso de citações é fundamental


para a argumentação do texto, ao inseri-las recomenda-se o uso de
conectores para que esta não fique solta, aleatoriamente no corpo
do trabalho. A seguir apresenta-se exemplos de conectivos que es-
tabelecem ligação da citação com o texto.
⇒ Na opinião de...
⇒ De acordo com...
⇒ Afirma...
⇒ Na visão de...
⇒ Do ponto de vista de...
⇒ ...exemplifica...
⇒ ...quando afirma...
⇒ Como caracteriza...
⇒ Em... vamos encontrar o seguinte esclarecimento...
⇒ No dizer de... 9
⇒ ...explicita seus pressupostos...
⇒ Utiliza-se da seguinte argumentação...
⇒ Como descrito por...
⇒ Outro ensinamento de...
⇒ ...alega que...
⇒ ...conceitua...
⇒ ...já afirmou que...
⇒ Conforme..., em sua obra...
⇒ ...assevera que...
⇒ ...enfatiza que...
⇒ Freire (1997, p.14) enfrenta ou apresenta esta temática
quando...
⇒ Freire (1997, p.15) advoga que...

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Marivete Bassetto de Quadros 96
⇒ Freire (1997, p.19) discute a importância da pesquisa na
formação, opinando que
⇒ Sendo assim, vale trazer, à baila, o testemunho de Freire
(1997, p.23)
⇒ As reflexões deste autor apontam para...
⇒ Santos (2003, p. 34) ao tecer uma crítica a...
⇒ É oportuno lembrar Macarenko (1977, p.37)
⇒ É nítido, porém, o fenômeno da resistência à mudança,
como aponta Evans (1996)
⇒ Evans (1996) sugere que...
⇒ Como observa Bova (1998, p. 244)
⇒ Para usar expressão de Bauman (2001)
⇒ A estas contribuições, agregamos a do educador brasilei-
ro, Anísio Teixeira (1961, p. 198)
⇒ Rezepcka (2001) chama atenção para um aspecto especí-
fico do processo educativo
⇒ A observação de Gianetti é pertinente “Os erros do ser hu-
mano tornam-no digno de amor” (GIANNETTI, 1997, p. 61).
⇒ A análise do cotidiano escolar sinaliza aspectos que coin-
cidem com a proposição de Santos (2002) que...

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Marivete Bassetto de Quadros 97
10 ESTRUTURA GERAL DE
TRABALHOS ACADÊMICOS

10.1 Forma Gráfica do Texto

Configurações de Páginas

Tamanho do papel.................................................A4
Borda superior...................................................3 cm
Lateral esquerda................................................3 cm
Lateral direita....................................................2 cm
Borda Inferior....................................................2 cm
Alinhamento do texto.................................. justificado
Entrelinhas..................................................... 1,5 cm
Fonte (sugerido).............. TIMES NEW ROMAN ou ARIAL
Tamanho das letras: corpo do trabalho..................... 12

om o uso dos computadores, a digitação de trabalhos


acadêmicos em seus diversos tipos, está facilitada pe-
los programas de edição de textos. Esses programas pos­sibilitam

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 98
o uso de diferentes formatos, tamanhos de letras e caracteres que
permitem uma apresentação de alta qualidade. Sugere-se que se
atente à normalização de cada instituição.
Em relação à fonte de letra, a ABNT na Norma Brasileira
(14724) em suas edições de 2002, 2005 e a que está em vigência
de 2011, que normatiza a apresentação de trabalhos acadêmicos,
não faz referência a um tipo específico de fonte de letras, sugere-se
usar tipos legíveis, sem rebuscamentos, que facilitam a leitura do
texto. Recomenda-se o uso da Times New Roman ou Arial.

10.2 Estrutura Geral

A organização de um trabalho acadêmico e similares deve-se


pautar nas Normas Brasileiras (NBR) editadas pela Associação Bra-
sileira de Normas Técnicas (ABNT) especificamente na NBR 14724
(2011) – Informação e documentação – Trabalhos acadêmi-
cos – Apresentação. Esta norma especifica os princípios gerais
para a elaboração de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e
outros), visando sua apresentação à instituição (banca, comissão
examinadora de professores, especialistas designados e/ou outros).
Aplica-se, também no que couber, aos trabalhos intra e extraclasse
da graduação (NBR 14724, 2011, p. 1). Veja modelo 2 na décima
terceira seção desta obra.
Para melhor entendimento a ABNT NBR 14724 apresenta um
esquema da disposição dos elementos de um trabalho acadêmico.
10
A estrutura de um trabalho acadêmico é composta da parte externa
(capa) e da parte interna que engloba os elementos pré-textuais,
textuais e pós-textuais, ilustrada na figura 4, a seguir:

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Marivete Bassetto de Quadros 99
ABNT NBR 14724:2011

4 Estrutura
A estruturaFigura 4acadêmicos
de trabalhos – Estrutura doparte
compreende: trabalho acadêmico
externa e parte interna.

Com a finalidade de orientar os usuários, a disposição de elementos é dada no Esquema 1:

Esquema 1 – Estrutura do trabalho acadêmico


1
Capa (obrigatório)
Parte externa Lombada (opcional)

Folha de rosto (obrigatório)


Errata (opcional)
Folha de aprovação (obrigatório)
Dedicatória (opcional)
Agradecimentos (opcional)
Epígrafe (opcional)
Elementos
Resumo na língua vernácula (obrigatório)
pré-textuais
Resumo em língua estrangeira (obrigatório)
Lista de ilustrações (opcional)
Lista de tabelas (opcional)
Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
Parte interna Lista de símbolos (opcional)
Sumário (obrigatório)

Introdução
Elementos Desenvolvimento
textuais1 Conclusão
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31

Referências (obrigatório)
Glossário (opcional)
Elementos Apêndice (opcional)
pós-textuais Anexo (opcional)
Índice (opcional)

4.1 Parte externa


Fonte: ABNT NBR 14724 (2011, p. 5)
Deve ser apresentada conforme 4.1.1 e 4.1.2.

4.1.1 Capa
O quadro
a disposi-
Elemento a Asseguir
obrigatório. apresenta
informações são apresentadasde forma
na seguinte detalhada
ordem:
ção dosa) elementos,
nome da instituição a estrutura bem como as NBRs que normatizam
(opcional);

um trabalho acadêmico. Sugere-se que este quadro esteja visível ao


10
b) nome do autor;

acadêmico durante toda a execução do trabalho.


1 A nomenclatura dos títulos dos elementos textuais fica a critério do autor.

© ABNT 2011 - Todos os direitos reservados 5


Impresso por: PETROBRAS

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Marivete Bassetto de Quadros 100
QUADRO 2 – DISPOSIÇÃO DOS ELEMENTOS
DE UM TRABALHO ACADÊMICO

ESTRUTURA ELEMENTOS ABNT/NBR


CAPA (obrigatório) 14724:2011
FOLHA DE ROSTO (obrigatório) 14724:2011
LOMBADA (opcional) 12225:2004
FICHA CATALOGRÁFICA (obrigatório, Dados conforme
Código de Catalogação
verso da folha de rosto) Anglo-Americano

FOLHA DE APROVAÇÃO (obrigatório) 14724:2011


DEDICATÓRIA (opcional) 14724:2011
AGRADECIMENTOS (opcional) 14724:2011
ELEMENTOS EPÍGRAFE (opcional) 14724:2011
PRÉ-
TEXTUAIS RESUMO NA LÍNGUA VERNÁCULA 6028:2003
(obrigatório)
RESUMO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA ---
(obrigatório)
LISTA DE ILUSTRAÇÕES (opcional) 14724:2011
LISTA DE TABELAS (opcional) 14724:2011
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 14724:2011
(opcional)
LISTA DE SÍMBOLOS (opcional) 14724:2011
SUMÁRIO 6027:2013
ELEMENTOS INTRODUÇÃO 14724:2011
TEXTUAIS
(todos
obrigatórios)
DESENVOLVIMENTO
(REFERENCIAL TEÓRICO ou...)
14724:2011
10520:2002
10
A nomenclatura CONCLUSÃO OU 14724:2011
fica a critério do
autor CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS (obrigatório) 6023:2018


GLOSSÁRIO (opcional) 14724:2011
ELEMENTOS
PÓS- APÊNDICE (opcional) 14724:2011
TEXTUAIS
ANEXO (opcional) 14724:2011
ÍNDICE (opcional) 14724:2011
Fonte: Da Autora (2019)

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Marivete Bassetto de Quadros 101
10.3 Elementos Pré-textuais

Os elementos pré-textuais antecedem o texto com informa-


ções que ajudam na identificação e utilização do trabalho.

10.3.1 Capa

Elemento obrigatório para proteção externa do trabalho e so-


bre a qual se imprimem as informações indispensáveis à sua iden-
tificação, conforme o modelo 3, inserido na décima terceira seção
desta obra. As instituições podem optar por uma capa instituciona-
lizada, contendo o logotipo da instituição, veja modelo 4. As infor-
mações descritas na capa, devem obedecer à seguinte ordem:
♦ Nome da Instituição mais dados que identifiquem o
campus, centro de estudos, nome do curso em letras mai-
úsculas, na fonte escolhida pelo autor do trabalho ou indi-
cada pela instituição, a fonte deve ser uniforme no traba-
lho todo, tamanho 12, espaçamento de entrelinhas de 1,5
cm com alinhamento centralizado.
♦ Nome do(s) autores(s): devem ser organizado(s) em
ordem alfabética e em letras maiúsculas. Recomenda-se
deixar um espaço 1,5 cm de entrelinhas entre o nome da
Instituição/curso e o(s) nome(s) do autor(es). A fonte de-
ve ser no tamanho 12, espaçamento de 1,5 cm de entre-
linhas e alinhamento centralizado.
10
♦ Título do trabalho: deve ser claro e preciso, identifican-
do o seu conteúdo e possibilitando a indexação e recupe-
ração da informação; em letras maiúsculas, tamanho 12,
negrito, espaçamento de entrelinhas de 1,5 cm e centrali-
zado.
♦ Subtítulo: se houver subtítulo, deve ser precedido de
dois pontos (:), procurando evidenciar a sua subordina-
ção ao título principal, em letras maiúsculas, tamanho 12,
negrito, espaçamento de entrelinhas de 1,5 cm e centrali-
zado.

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Marivete Bassetto de Quadros 102
♦ Local e ano: especifica a cidade e o ano de depósito (en-
trega) do trabalho. Embora a NBR 14724, não faça men-
ção, sugere-se que se coloque a sigla do estado junto a
cidade que se encontra situada a instituição. Devem ser
apresentados em fonte tamanho 12, entrelinhas simples,
em maiúsculas.

10.3.2 Lombada

Lombada (ou dorso) é a parte da capa por onde as folhas são


unidas, esta é normatizada pela ABNT NBR 12225 (2004). A lom-
bada em um trabalho acadêmico tem um caráter opcional e se cons-
titui na parte da capa do trabalho que reúne as margens internas
das folhas, sejam elas costuradas, grampeadas, coladas ou manti-
das juntas de outra maneira.

10.3.3 Folha de Rosto

A folha de rosto é obrigatória e contém os elementos essen-


ciais à identificação do trabalho. Veja modelo 5, na seção de mode-
los deste livro. Deve possuir todos os elementos da capa, acrescidos
dos itens abaixo relacionados:
A) a natureza do trabalho deve informar o tipo de trabalho
(tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso, traba-
lho apresentado para uma disciplina, projeto de pesquisa,
10
entre outros);
B) o objetivo deve informar se o trabalho apresentado é pa-
ra aprovação em uma disciplina, para a obtenção de um
grau, para a obtenção de um título e outros;
C) nome da instituição a que é submetido; área de concen-
tração;
D) nome do completo do orientador com a titulação, se houver,
co-orientador (nome completo e titulação, assim: Prof. Dr.);
E) local (cidade e estado), da instituição onde deve ser apre-
sentado (na parte inferior da folha) e

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 103
F) ano de depósito da entrega do trabalho (na parte inferior
da folha).

As informações contidas nas alíneas a), b), c) e d), caracteri-


zam-se como a nota explicativa ou nota acadêmica da folha de ros-
to e devem ser apresentadas alinhadas ao centro da página para
a margem direita, com texto justificado espaço simples de entre-
linhas, em fonte 10. Os demais elementos devem ser centralizados
na folha.

Exemplos de nota acadêmica ou nota explicativa da folha de


rosto

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Universi-


dade Estadual do Norte do Paraná, campus de Jacarezi-
nho, Centro de Ciências Humanas e da Educação como
requisito parcial para a obtenção de grau em licenciatura
em Pedagogia.

Orientadora: Profa. Me. Eliana Maria Silveira.

ou

Trabalho apresentado a Universidade Estadual do Nor-


te do Paraná, campus Luiz Meneghel, Centro de Ciências
Tecnológicas, no curso de Ciências da Computação na
disciplina de Cálculo e Geometria Analítica I como requi-
sito parcial para avaliação do 1º bimestre. Sob orienta- 10
ção do Prof. Dr. José da Silva.

ou

Tese apresentada a Faculdade de Odontologia da Univer-


sidade de São Paulo, pelo Programa de Pós-Graduação
em Ciências Odontológicas para obtenção do titulo de
Doutor em Ciências.

Área de concentração: Ortodontia.


Orientador: Prof. Dr. Fulano de Tal.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 104
10.3.4 Ficha Catalográfica

O anverso da folha de rosto deve conter a ficha catalográfi-


ca, medindo 7,5 cm x 12,5 cm, elaborada pela biblioteca, conforme
Código de Catalogação Anglo-Americano vigente. Veja modelo 6 na
seção de modelos desta obra.

10.3.5 Errata

Elemento condicionado à necessidade, a errata é apresen-


tada em papel avulso ou encartado, acrescido ao trabalho depois
de impresso. Consiste em uma lista das páginas e linhas em que
ocorreram os erros e as devidas correções. Deve ser inserida logo
após a folha de rosto, constituída pela referência do trabalho
e pelo texto da errata. Veja modelo 7, na seção de exemplos
desta obra.

Exemplo (ABNT NBR 14724, 2011, p. 7)

ERRATA

FERRIGNO, C. R. A. Tratamento de neoplasias ósseas apendi-


culares com reimplantação de enxerto ósseo autólogo auto-
clavado associado ao plasma rico em plaquetas: estudo crítico
na cirurgia de preservação de membro em cães. 2011. 128 f. Tese
(Livre-Docência) – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia,
10
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.

FOLHA LINHA ONDE SE LÊ LEIA-SE

8 25 Sacrado Sagrado

15 2 testual textual

16 10 auto-clavado autoclavado

30 última linha enfatiza enfatizam

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Marivete Bassetto de Quadros 105
10.3.6 Folha de Aprovação

Elemento obrigatório, contendo os elementos essenciais da


identificação do trabalho. Colocada logo após a folha de rosto (ou
errata, caso ela exista), constituído pelo nome do autor do trabalho,
título do trabalho e subtítulo (se houver), natureza, objetivo, nome
da instituição a que é submetido o trabalho, área de concentração,
data de aprovação, nome, titulação e assinatura dos componentes
da banca examinadora e instituições a que pertencem. A data de
aprovação e assinatura dos membros componentes da banca exami-
nadora são colocados após a aprovação do trabalho. Deve estar ali-
nhado do centro da página para a margem direita (ABNT NBR
14724, 2011 p. 7). Veja modelo 8 na seção de modelos desta obra.
É de responsabilidade do aluno colher as devidas assinaturas
antes da entrega da monografia versão final.

10.3.7 Dedicatória

Elemento opcional, o autor presta homenagem ou dedica seu


trabalho. A dedicatória deve ser simples e pequena, esta página do
trabalho não tem uma função voltada para o leitor, mas sim para
expressar um sentimento do autor. Não apresenta título e nem indi-
cativo numérico. Ressalta-se que a fonte deve ser a mesma que foi
usada nas partes anteriores e posteriores do trabalho. Veja modelo
9 na seção de modelos desta obra.
10
10.3.8 Agradecimentos

Elemento opcional, dirigido àqueles que contribuíram de ma-


neira relevante à elaboração do trabalho. É importante agradecer ao
orientador, co-orientador, empresa onde foram coletados os dados e
a agência de fomento, se houver.
Os agradecimentos constituem-se num item opcional, sen-
do um modo cortês para se destacar as pessoas ou instituições que
tornaram viável a execução da pesquisa.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 106
Há duas formas de expressá-los: direta ou indireta. A forma
direta consta da relação nominal em ordem hierárquica; ao se optar
por esta forma, deve-se ter o cuidado de não esquecer de nomear
nenhuma das pessoas e instituições que colaboraram. A forma indi-
reta é quando o autor se reporta genericamente a todos, podendo
utilizar a seguinte frase: Agradeço a todas as pessoas e institui-
ções que, direta ou indiretamente, contribuíram para a ela-
boração deste trabalho.
A linguagem do texto não precisa ser tão formal quanto o
restante do trabalho, pode-se até fazer uma sequência de parágra-
fos de cerca de duas linhas cada, uma para cada pessoa, grupo ou
entidade a quem se quer destinar um agradecimento, no entanto,
muito cuidado com erros gramaticais.
Deve ser encabeçadas pela palavra AGRADECIMENTOS, cen-
tralizada na página, com todas as letras maiúsculas e em negrito.
Veja modelo 10 na seção de modelos desta obra.

10.3.9 Epígrafe

Elemento opcional, o autor apresenta uma citação, de acor-


do com a ABNT NBRs 10520 e 6023, seguida da indicação de au-
toria. Podem também constar epígrafes nas folhas de abertura das
seções primárias. Não apresenta título e nem indicativo numérico.
Veja modelo 11 na seção de modelos desta obra.
10
10.3.10 Resumo

Trabalhos acadêmicos científicos tais como teses, disser-


tações, monografias e artigos destinados à publicação em revis-
tas acadêmicas exigem a inclusão de um resumo de seu conteúdo.
A norma brasileira que normatiza os resumos é a ABNT NBR 6028
(2003).
Resumo é a versão precisa, sintética e seletiva do texto do
documento, destacando os elementos de maior importância. Deve
evidenciar os principais objetivos, métodos empregados, resultados

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 107
e conclusões, permitindo ao leitor decidir sobre a conveniência da
leitura do texto na íntegra.
O resumo é o elo entre o leitor e a obra original. Permite ao
leitor conhecer o conteúdo do documento sem precisar recorrer ao
texto. É o instrumento para recuperação e divulgação do trabalho
em bases de dados nacionais e internacionais, possibilita a maior
divulgação das pesquisas científicas e sua indexação em bases de
dados.
Resumo, de acordo com França; Vasconcellos (2009, p. 75),
“[...] é a apresentação concisa e seletiva de um texto, ressaltando
de forma clara e sintética a natureza do trabalho, seus resultados e
conclusões mais importantes, seu valor e originalidade”.
O uso de abreviaturas, símbolos, fórmulas, equações e dia-
gramas devem ser evitados, a menos que sejam absolutamen-
te necessários à compreensão do conteúdo. Também não cabem
num resumo citações, comentários, críticas e julgamento pessoal
do autor.
Quanto à redação e estilo de resumos, a NBR 6028 (2003,
p. 2) estabelece, como uma das condições exigíveis, que o “resumo
deve ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões
do documento”. Estabelece ainda que seja “composto de uma se-
quência corrente de frases concisas, afirmativas e não de uma enu-
meração de tópicos”, dando-se preferência ao uso da terceira pes-
soa do singular e do verbo na voz ativa e evitando-se o uso de pa-
rágrafos.
10
Sobre a extensão do resumo, essa norma define:
Para trabalhos acadêmicos (teses, dissertações, mono-
grafias e outros) e relatórios técnico-científicos: de 150 a 500 pala-
vras (exceto título e descritores);
Para artigos de periódicos: de 100 a 250 palavras;
Para notas e comunicações breves: de 50 a 100 palavras.
Deve ser redigido em parágrafo único (ABNT NBR 6028,
2003, p. 2), na terceira pessoa do singular e do verbo na voz ativa,
utilizando espaçamento simples de entrelinhas e seguido das pala-
vras representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras-cha-

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Marivete Bassetto de Quadros 108
ve (no mínimo cinco e no máximo cinco), e devem ter a primeira
letra maiúscula, ser separadas entre si por ponto e finalizadas tam-
bém por ponto. O conteúdo do resumo e as palavras-chave devem
ser separados por um espaço simples de entrelinha.
Deve ser encabeçada pela palavra RESUMO, centralizada na
página, com todas as letras maiúsculas e em negrito, precedido da
respectiva referência da monografia (NBR 6028, 2003, p. 2).
Veja modelo 12 na seção de modelos desta obra.

10.3.10.1 Recomendações Gerais

♦ O resumo deve começar com uma frase que contenha o


essencial do documento original, evitando repetir as pala-
vras do título.
♦ Deve incluir unicamente os pontos significativos, ser claro
e conciso, evitando comentários periféricos e generalida-
des.
♦ Deve ser redigido em um único parágrafo, com frases
simples, coerentes, e com continuidade (começo, meio e
fim). Não deve consistir de um amontoado de sentenças
desconexas, cada uma referindo-se a um tópico.
♦ O resumo não deve conter citações bibliográficas, tabelas,
quadros, esquemas.
♦ Dar preferência ao uso dos verbos na 3ª pessoa do singu- 10
lar. Tempo e verbo não devem dissociar-se dentro do re-
sumo.

Deve-se Evitar

♦ Uso de frases negativas e o uso indiscriminado de adjeti-


vos, advérbios, neologismos e abuso de explicações.
♦ Uso de expressões como “O presente trabalho trata...”,
“Nesta tese são discutidos...”, “O documento conclui
que...”, “aparentemente é...” etc.

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Marivete Bassetto de Quadros 109
♦ Informações ou afirmações que não figurem no documen-
to original.
♦ Abreviaturas e siglas – quando absolutamente necessário,
citá-las entre parênteses e precedidas da explicação de
seu significado, na primeira vez em que aparecem.

10.3.10.2 Redação e Apresentação dos Resumos

O resumo pode ser apresentado nos formatos estruturado


e com estrutura não explicitada. Para os trabalhos de pesquisa
recomenda-se a adoção do formato estruturado, que vem se conso-
lidando como uma tendência na área.
O resumo deve ser precedido da referência bibliográfica do
trabalho, apresentada de acordo com a ABNT NBR 6023 (2018). Ao
final do mesmo devem ser indicados os descritores/palavras-chave
(mínimo três e no máximo cinco).

10.3.10.3 Resumo Estruturado

A redação deve ser feita com frases curtas e objetivas, or-


ganizadas de acordo com a estrutura do trabalho, dando destaque
a cada uma das partes abordadas, assim apresentadas: Introdu-
ção – Informar, em poucas palavras, o contexto em que o trabalho
se insere, sintetizando a problemática estudada. Objetivo – Deve
ser explicitado claramente. Métodos – Destacar os procedimentos
10
metodológicos adotados com informações sobre população estuda-
da, local, análises estatísticas utilizadas, amostragem, entre outros.
Resultados – Destacar os mais relevantes para os objetivos pre-
tendidos. Os trabalhos de natureza quantitativa devem apresentar
resultados numéricos, assim como seu significado estatístico. Con-
clusões ou Considerações Finais – Destacar as conclusões mais
relevantes, os estudos adicionais recomendados e os pontos posi-
tivos e negativos que poderão influir no conhecimento (CUENCA;
ANDRADE; NORONHA; FERRAZ; BUCHALLA; ESTORNIOLO FILHO,
2017, p. 46).

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Marivete Bassetto de Quadros 110
EXEMPLO DE RESUMO ESTRUTURADO (TRABALHO
DE PESQUISA QUANTITATIVA)

Conforme Cuenca; Andrade; Noronha; Ferraz; Buchalla; Es-


torniolo Filho (2017, p. 47).

CUENCA, A. M. B. O uso da internet pela comunidade de docentes da


área de saúde pública no Brasil. 2004. [Tese] Faculdade de Saúde Públi-
ca da USP, São Paulo, 2004.

RESUMO

Introdução – Destaca a influência da internet no processo da comunicação


científica de pesquisadores da área de saúde pública do Brasil. Objetivo –
Conhecer a influência da internet nas atividades acadêmico-científicas dos
docentes da área de saúde pública e as alterações provocadas pela inserção
das novas tecnologias da informação no processo da comunicação científi-
ca. Métodos – A população foi constituída por 372 pesquisadores vincula-
dos aos Programas de Pós-Graduação em Saúde Coletiva das Instituições
de Ensino Superior no Brasil, nos níveis Mestrado e Doutorado, cadastradas
no sistema CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior), no ano de 2001. Para a obtenção dos dados optou-se pelo uso de
questionário via internet. Para os que não responderam o instrumento ele-
trônico, foram enviados questionários impressos. Resultados – A taxa de
retorno dos questionários eletrônicos e impressos foi de 64,8%. O uso da
internet foi apontado por 95,0% dessa comunidade, sendo o correio eletrô-
nico (92,1%) e a web (55,9%) os recursos mais utilizados, diariamente. A
influência mais marcante da internet foi na comunicação informal entre os
docentes, principalmente para o desenvolvimento de pesquisas, propician-
do maior colaboração com colegas de instituições brasileiras e de outros
países. Quanto à divulgação de resultados de pesquisa, ainda há predomi- 10
nância dos formatos impressos, sendo principalmente, em artigos de perió-
dicos de circulação nacional. Os docentes que declararam não utilizar a in-
ternet argumentaram a falta de tempo e facilidade de conseguirem de seus
colegas o que precisam. Conclusões – Os dados mostram que a internet
influenciou no trabalho dos acadêmicos e vem afetando o ciclo da comuni-
cação científica, principalmente na rapidez com que a informação pode ser
recuperada, porém com forte tendência em eleger a comunicação entre os
pesquisadores como a etapa que mais passou por mudanças desde o ad-
vento da internet no mundo acadêmico brasileiro.

Palavras-chave: Programas de Pós-Graduação. Pesquisadores. Tecnologia


da Informação. Internet. Saúde Pública.

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Marivete Bassetto de Quadros 111
EXEMPLO DE RESUMO ESTRUTURADO (TRABALHO
DE PESQUISA QUALITATIVA)

Conforme Cuenca; Andrade; Noronha; Ferraz; Buchalla; Es-


torniolo Filho (2017, p. 48).

RECH, C. M. F. Humanização hospitalar: o que os tomadores de deci-


são pensam a respeito? 2003. [Dissertação] Faculdade de Saúde Pública da
USP, São Paulo, 2003.

RESUMO

Introdução – A abordagem sobre a humanização de serviços de saúde diz


respeito à atuação baseada nos valores do homem, na sua capacidade de
compreensão, simpatia e espírito de cooperação social. Consiste em consi-
derar o paciente na sua integridade física, psíquica e social, e não somente
de um ponto de vista biológico. Objetivo – Compreender o significado de
humanização na instituição hospitalar de acordo com a visão dos adminis-
tradores do local. Métodos – Pesquisa qualitativa, de caráter exploratório,
com orientação analítico-descritiva, mediante entrevistas semi-estrutura-
das com questões em aberto, iniciada após prévia aprovação do Comitê de
Ética em Pesquisa e consentimento esclarecido oral dos entrevistados. Os
sujeitos são os administradores de um hospital da região metropolitana de
São Paulo. A interpretação do material coletado seguiu os ensinamentos
da “análise de conteúdo”. Resultados – Os entrevistados consideraram na
conceituação de humanização hospitalar aspectos como a preservação à in-
tegridade do ser, a união/integração, a informação/comunicação e a arqui-
tetura e decoração. Conclusão – As medidas sugeridas para a humaniza-
ção do hospital relacionam-se à implantação de um programa de qualida-
de, definição e divulgação da missão e valorização do profissional, além dos
quatro elementos já citados. 10
Palavras-chave: Hospitais. Serviços de Saúde. Humanização. Tomadas de
Decisão. Conhecimentos, Atitudes e Práticas em Saúde.

10.3.10.4 Resumo com Estrutura Não Explicitada

Deve ser organizado situando e justificando o tema do tra-


balho, com indicação dos principais objetivos e enfatizando os as-
pectos abordados. Deve informar, sucintamente, as fontes de dados
bibliográficos utilizadas, período abrangido, origem geográfica das
citações, e outros; mencionar as restrições principais enfrentadas;

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Marivete Bassetto de Quadros 112
destacar as principais observações qualitativas e quantitativas; e
mencionar, claramente, as conclusões e suas aplicações, limitadas
ao domínio da atualização e seus objetivos (CUENCA; ANDRADE;
NORONHA; FERRAZ; BUCHALLA; ESTORNIOLO FILHO, 2017, p. 49).

EXEMPLO DE RESUMO COM ESTRUTURA NÃO EXPLI-


CITADA (TRABALHO DE PESQUISA)

MIRA, M. L. G. Organização social de saúde: possibilidades de reconhe-


cimento de um espaço público. 2003. [Dissertação] Faculdade de Saúde Pú-
blica da USP, São Paulo, 2003.

RESUMO

Os movimentos sociais que surgiram a partir da década de 1970 imprimi-


ram uma nova noção de cidadania através da participação popular para a
ampliação de espaços públicos. Propõe-se a observar a possibilidade de re-
conhecimento de um espaço público de interlocução e deliberação, segundo
um modelo de atenção pública não estatal, focalizando o caso da Organiza-
ção Social de Saúde Hospital Geral do Grajaú. Trata-se de entidade instituí-
da com base na proposta de parcerias entre Estado e sociedade civil, do go-
verno federal, de reforma do aparelho de Estado, com características pró-
prias no Estado de São Paulo – exclusividade para o Sistema Único de Saú-
de, serviço novo e controle da Secretaria Estadual de Saúde. Por meio de
estudo da legislação pertinente e com uso de metodologia qualitativa, pro-
cedeu-se à observação participante e a entrevistas semiestruturadas, com
lideranças de movimentos sociais e de gerentes do Estado na região das
sub-Prefeituras de Capela da Socorro e Parelheiros. O estudo recuperou a
história de participação popular na região por recursos que possibilitassem
condições de vida e saúde, caracterizando atores que se mantêm atuantes,
e buscam o diálogo institucional no sistema de saúde e, em especial, na or-
10
ganização social. Constatou a carência de recursos para atender à demanda
de saúde na região, para a qual a organização social vem dando respostas,
e as dificuldades em estabelecer um sistema referenciado. Observou possi-
bilidades de interlocução entre a população organizada e a organização so-
cial. Concluiu que parcerias reguladas se efetivam no cotidiano e que para
tal, é necessário também, postura participativa, bem como, permeabilidade
para relações democráticas.

Palavras-chave: Saúde Pública. Organização Social. Participação Comunitá-


ria. Cidadania. Legislação Hospitalar.

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Marivete Bassetto de Quadros 113
EXEMPLO DE RESUMO COM ESTRUTURA NÃO EXPLI-
CITADA (TRABALHO DE REVISÃO)

Conforme Cuenca; Andrade; Noronha; Ferraz; Buchalla; Es-


torniolo Filho (2017, p. 50).

CUENCA, A. M. B. O uso da internet pela comunidade de docentes da


área de saúde pública no Brasil. 2004. [Tese] Faculdade de Saúde Públi-
ca da USP, São Paulo, 2004.

RESUMO

Verifica o estado do conhecimento envolvendo os temas psicanálise e aids


no âmbito da produção literária brasileira referente à saúde pública e à psi-
canálise. Trata-se de uma pesquisa de atualização que faz a revisão biblio-
gráfica dos textos publicados desde o início da epidemia de aids até o ano
2000. Efetuou-se busca sistematizada abrangendo artigos de periódicos
indexados nas bases de dados: Medline, PsycInfo, Sociological Abstracts
e Lilacs, dissertações, teses, livros, capítulos de livros e comunicações em
eventos. Foram analisados 50 documentos publicados no Brasil ou por bra-
sileiros. A técnica de análise de conteúdo foi utilizada mediante a constru-
ção de categorias definidas a priori, a partir dos objetivos da pesquisa, do
conhecimento do campo psicanalítico e do perfil da epidemia de aids. Com
base na sistematização desse conhecimento construído no Brasil, disponi-
biliza-se recursos teórico-práticos para implementar novos programas de
prevenção que contemplem as formas pelas quais o ser humano lida com
os seus desejos e proibições. O inconsciente, produtor da irracionalidade
do homem, tornou-se menos desconhecido, bem como os mecanismos que
impedem que as regras de proteção à saúde sejam colocadas em prática
para evitar a infecção pelo vírus HIV. A dinâmica do funcionamento psíqui-
co em torno da questão da aids foi enfocada, bem com as formas como o 10
organismo adoece a partir desse funcionamento. O estado do conhecimen-
to atingido a partir dos trabalhos analisados pode ser utilizado em outros
estudos, com impacto sobre os sujeitos tanto no plano individual como no
coletivo.

Palavras-chave: Saúde Pública. Psicanálise. Aids. Epidemia. Síndrome de


Imunodeficiência Adquirida. Produção Científica.

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Marivete Bassetto de Quadros 114
10.3.11 Resumo na Língua Estrangeira

Versão do resumo em português em outra língua, servirá pa-


ra facilitar a divulgação da pesquisas no meio internacional e sua in-
dexação em bases de dados especializadas. Deve ser apresentada
iniciando-se uma nova folha. A apresentação deve seguir a mesma
orientação para o resumo em português.
A maioria dos periódicos acadêmicos científicos exige, além
do resumo na língua do público a que este se destina, resumo em
pelo menos uma outra língua.
Usam-se, conforme o caso, os seguintes cabeçalhos: Abs-
tract ou Summary (inglês), Resume (francês), Resumen (espa-
nhol), Zusammenfassung (alemão), Riassunto (italiano). As pala-
vras-chave em língua estrangeira acompanham obrigatoriamente o
resumo em língua estrangeira: Keywords (inglês), Mots-clés (fran-
cês), Palabras-clave (espanhol), Schlüsselwörter (alemão), Parole
chiavi (italiano).

10.3.12 Lista de Ilustrações, Tabelas, Quadros e


Figuras

Elemento condicionado à necessidade deve ser elaborado de


acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item desig-
nado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número
da página.
10
Quando houver uma grande quantidade de ilustrações dis-
tintas (superior a cinco itens), recomenda-se a elaboração de lis-
tas próprias para cada tipo de ilustração (tabelas, quadros, lâminas,
plantas, fotografias, gráficos, organogramas, fluxogramas, esque-
mas, desenhos e outros).
Para aprofundamento e elaboração destes elementos, suge-
re-se a leitura da sétima seção desta obra.

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Marivete Bassetto de Quadros 115
Figura 5 – Exemplo de Lista de Tabelas e de Siglas

Fonte: Cuenca; Andrade; Noronha; Ferraz; Buchalla; Estorniolo Filho


(2017, p. 61)

10.3.13 Lista de Abreviaturas, Siglas e Símbolos

Elemento condicionado à necessidade, consiste na relação


alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das
palavras ou expressões correspondentes grafadas por extenso. Re-
comenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo, quando o
10
texto apresentar mais de cinco elementos distintos.
Deve ser digitado, tamanho 12, espaçamento 1,5 cm de en-
trelinhas, alinhamento justificado e ser encabeçado por LISTA DE
ABREVIATURAS OU SIGLAS, com todas as letras maiúsculas, negrito
e centralizado. Quando houver elaboração de listas próprias, substi-
tuir pelo nome da lista específica (LISTA DE ABREVIATURAS, LISTA
DE SIGLAS, LISTA DE SÍMBOLOS, OUTROS).
A primeira vez em que aparecem no texto, as abreviaturas
de siglas devem ser precedidas do nome por extenso. Nas ocor-
rências seguintes pode-se usar apenas a sigla ou abreviatura. Não

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 116
se abreviam nomes geográficos, a não ser quando universalmente
aceitos (Exemplo: EUA ou USA para Estados Unidos). Ver os exem-
plos 14, 15, 16 e 17 da décima terceira seção deste livro.

10.3.14 Sumário

É a transcrição das partes que compõem o trabalho, confor-


me aparecem no texto, na mesma ordem e grafia. É um elemento
obrigatório, cujas partes são acompanhadas do(s) número(s) da(s)
folha(s). Havendo mais de um volume, em cada um deve constar o
sumário completo do trabalho. Ver modelo 18 na seção de exem-
plos desta obra.
A Norma Brasileira que rege esta seção é a NBR 6027
(2013), também deve-se pautar na ABNT NBR 6024 (2012) que
normatiza a numeração progressiva das seções de um texto acadê-
mico científico.
O sumário deve ser localizado conforme descrito abaixo (AB-
NT NBR 6027, 2013, p. 2):

Em monografias
♦ Deve ser o último elemento pré-textual.
♦ Deve iniciar no anverso de uma folha, concluído no verso,
se necessário.
♦ Quando houver mais de um volume, deve ser incluído o
sumário de toda a obra em todos os volumes, de forma
10
que se tenha conhecimento do conteúdo, independente do
volume consultado.

Em publicações periódicas
♦ Deve estar localizado na mesma posição em todos os fas-
cículos, em todos os volumes.
♦ Pode estar no anverso da folha de rosto, concluído no ver-
so, se necessário.
♦ Pode estar na primeira capa, concluído, se necessário, na
quarta capa.

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Marivete Bassetto de Quadros 117
Veja exemplo:

Figura 6 – Exemplo de Sumário

Fonte: ABNT NBR 6027 (2013, p. 2)

O sumário deve ser apresentado conforme descrito a seguir


(ABNT NBR 6027, 2013, p. 3:
♦ A palavra sumário, independentemente do idioma, deve
ser centralizada e com o mesmo tipo de fonte utilizada para
as seções primárias.
♦ Recomenda-se que a subordinação dos itens do sumário
seja destacada com a mesma apresentação tipográfica utili-
zada nas seções do documento.
10
♦ Os elementos pré-textuais não devem constar no sumá-
rio, como por exemplo a Folha de Aprovação, Dedicatória,
Agradecimentos, Epígrafe e Resumo.
♦ O título das seções (primárias, secundárias, terciárias,
quaternárias e quinárias) deve ser colocado após o indicati-
vo de seção, alinhado à margem esquerda, separado por um
espaço.
♦ Os indicativos das seções que compõem o sumário, se
houver, devem ser alinhados à esquerda, conforme a ABNT
NBR 6024 (2012, Numeração Progressiva).

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Marivete Bassetto de Quadros 118
♦ No sumário os títulos e os subtítulos, se houver, sucedem
os indicativos das seções. Recomenda-se que sejam alinha-
dos pela margem do título do indicativo mais extenso,
inclusive os elementos de uma monografia que não possuem
indicativo numérico, como as Referências, Apêndices e Ane-
xos.
♦ Para documentos em meio eletrônico, recomenda-se a
utilização de hyperlink (texto ou imagem com conexão ele-
trônica que remete a outro documento eletrônico ou website)
para cada item elencado.
♦ Não se utiliza nenhum tipo de sinal (ponto, hífen,
travessão) entre os números indicativos de seção e seus tí-
tulos, nem após os títulos (ABNT NBR 6024, 2012, p. 2).

10.4 Elementos Textuais

Aqui temos a parte mais densa de uma monografia ou de tra-


balhos acadêmicos, ou seja é o desenvolvimento do texto propria-
mente dito.
Em Silingovshi; Rodrigues; Ortega; Mologni; Sá (2019,
p. 27) temos a inferência:

Todo trabalho acadêmico e científico deve constituir uma

10
totalidade de inteligibilidade; o texto deve formar uma
unidade com sentido lógico, para que o leitor possa en-
tender a linha de raciocínio do autor. Todas as divisões e
subdivisões do estudo/pesquisa deve ter uma sequência
lógica, determinada pela estrutura do discurso.

Conforme a metodologia adotada ou a finalidade a que se


destina, geralmente constitui-se de três partes fundamentais: in-
trodução, desenvolvimento e conclusão. É dentro desta estru-
tura lógica que se desenvolverá o raciocínio do autor. É importante
lembrar que o desenvolvimento do trabalho deve ser elaborado se-
guindo as instruções do professor orientador.

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Marivete Bassetto de Quadros 119
10.4.1 Introdução

A introdução é uma explicação preliminar do tema de estu-


do, ou seja, faz-se uma apresentação breve do tema em questão.
O texto da introdução deve ser claro, conciso e objetivo e conter to-
das as explicações iniciais do trabalho, fazendo com que o leitor te-
nha uma compreensão precisa do assunto. Sugere-se que seja redi-
gida em até três laudas e apresentar:
 Uma contextualização da temática, informando o atual es-
tágio das pesquisas do tema em questão.
 Apresentar a problematização da pesquisa.
 O propósito, ou seja, o objetivo da pesquisa.
 Expor a relevância da pesquisa (explicar as razões da pes-
quisa, enfatizar a importância da investigação, indicando
os possíveis benefícios que dela decorrem).
 Deve anunciar o plano de trabalho, ou seja a estru-
tura da monografia, apresentar a divisão das seções
com a síntese do assunto de cada, sem, no entanto ante-
cipar resultados e conclusões.

Muito embora a introdução seja o primeiro elemento textu-


al a ser apresentado no corpo do trabalho, ela deve ser o último
item a ser redigido porque é a partir da visão completa do estu-
do e da pesquisa que se obtém subsídios precisos para justificar a
importância do trabalho que se está relatando. Lembre-se de que
10
a introdução deverá convencer o leitor quanto à validade de
seu trabalho.

10.4.2 Desenvolvimento

Parte principal do texto e contém a exposição ordenada e


pormenorizada do assunto. Corresponde ao corpo do trabalho e é
estruturado conforme o plano definido para exposição do tema. Po-
de subdividir-se, de forma detalhada seções ou subseções. Cada
seção primária – hierarquicamente parte do texto – pode ser sub-

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Marivete Bassetto de Quadros 120
dividida em seções secundárias, terciárias, quaternárias, quinárias.
Recomenda-se evitar a subdivisão excessiva das seções. As seções
primárias iniciam em folhas distintas.
No desenvolvimento pode-se incluir a: FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA, MATERIAL E MÉTODOS, ANÁLISE DOS RESULTADOS E
DISCUSSÃO e CONCLUSÃO. A nomenclatura dos títulos dos elemen-
tos textuais fica a critério do autor (ABNT NBR 14724, 2011, p. 5).

10.4.2.1 Fundamentação Teórica/Revisão de Lite-


ratura/Marco Teórico/Estado da Arte

É a demonstração do conhecimento da literatura que emba-


sou a pesquisa, baseando-se na explanação sobre os estudos reali-
zados por outros autores acerca do tema da pesquisa, deve-se fazer
referência a trabalhos anteriormente publicados, por meio de cita-
ções. Limita-se às contribuições mais importantes, situando a evo-
lução do assunto. Nas referências deve constar o nome de todos os
autores mencionados no texto.
A revisão da literatura apresenta os conceitos teórico-em-
píricos que nortearam a pesquisa. O texto deve ser construído a
partir de material bibliográfico publicado, preferencialmente nos úl-
timos cinco anos e de primeira mão (evitar os apud).
Lembre-se, uma revisão consistente: deve contemplar,
apenas, os resumos dos trabalhos pertinentes e relacionados
ao tema da pesquisa; deve apresentar as publicações de periódicos
10
especializados. É a parte do trabalho em que é apresentado o refe-
rencial teórico que embasa a pesquisa.
Visa reunir, analisar e discutir as informações publicadas so-
bre o tema, a fim de fundamentar teoricamente o objeto de inves-
tigação. Consiste na citação das principais conclusões a que ou-
tros autores chegaram sobre o assunto, permitindo salientar a con-
tribuição da pesquisa, demonstrar contradições e confirmar com-
portamentos e atitudes. A revisão da literatura não é uma sim-
ples transcrição e/ou justaposição das ideias dos autores, mas uma
apresentação de pontos fundamentais defendidos, a configuração

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 121
ou contraposição de ideias com relação ao estudo que se pretende
desenvolver.
Do ponto de vista de Fachin (2017), as seções devem ser di-
vididas numa ordenação lógica das ideias, ou seja, são um ajuste
sequencial das ideias, de forma que todo o texto fique claro e com-
preensível. Por sua vez, devem manter certo equilíbrio em suas di-
visões: o número de páginas deve ser proporcional entre as seções,
uma não pode ter numeração muito maior que a outra. Esse equilí-
brio é importante para uma ordenação adequada e para o cumpri-
mento dos procedimentos da metodologia.

10.4.2.2 Material e Métodos

Compreende o instrumental empregado e a descrição das


técnicas adotadas. Esta denominação é geralmente utilizada pelas
áreas tecnológicas e afins. Metodologia é o conjunto de métodos ou
caminhos utilizados para a condução da pesquisa e deve ser apre-
sentada na sequência cronológica em que o trabalho foi conduzi-
do. Esses caminhos a serem seguidos apontam para a metodologia,
também chamado de Procedimentos Metodológicos ou Mate-
rial e Métodos.
É importante ressaltar que existem métodos gerais aplicados
a toda espécie de pesquisa e também métodos específicos, cuja uti-
lização vai depender da temática proposta ou do trabalho a ser de- 10
senvolvido.
Nessa seção deve-se levar em consideração os seguintes as-
pectos:
 A descrição precisa dos métodos, materiais, técnicas,
equipamentos e instrumentos de coleta de dados de for-
ma a permitir a repetição do experimento ou estudo com
a mesma exatidão por outros pesquisadores.
 Os métodos inéditos desenvolvidos pelo autor devem ser
justificados e as suas vantagens devem ser apontadas em
relação a outros.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 122
 As técnicas e dos métodos já conhecidos pode-se fazer
apenas a referência e não descrições, neste caso é sufi-
ciente a citação do autor.

Quando utilizado a pesquisa qualitativa, os métodos devem


garantir a validade dos dados obtidos. Desta forma deve-se expli-
car claramente todas as etapas da pesquisa. Da escolha do método
a ser empregado passando pelos indivíduos selecionados para o es-
tudo, à forma de coleta dos dados, incluindo as anotações ou obser-
vações de campo, em todos seus deta­lhes, entre outras particulari-
dades do método qualitativo adotado.
O método deve conter todos os recursos utilizados para se
chegar aos objetivos propostos. Assim, a descrição dos instrumen-
tos como questionários, roteiro de entrevistas, de grupo focal, o pa-
pel do observador, o diário de campo entre outros.

10.4.2.3 Análise dos Resultados e Discussão

Esta é uma das partes mais importantes de uma monografia


cuja finalidade é dis­cutir, interpretar e analisar os Resultados. Nes-
ta parte o autor deve mostrar que as hipóteses foram verificadas e
que os objetivos propos­tos foram atingidos evidenciando sua contri-
buição ao conhecimento.
Análise dos resultados ou, simplesmente resultados, é a se-
ção na qual são apresentados os resultados obtidos de forma preci-
10
sa e clara, considerando-se que:
 A análise dos dados, sua interpretação – resultados – e
a discussão teórica podem ser conjugadas ou separadas,
conforme for mais adequado aos objetivos do trabalho.
 Os diversos resultados obtidos, sem interpretações pes-
soais, devem vir agrupados e ordenados convenientemen-
te, podendo eventualmente ser acompanhados de tabe-
las, gráficos, quadros ou figuras com valores estatísticos,
para maior clareza. Analisar estes resultados a luz dos au-
tores que deram sustentação teórica ao texto.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 123
 Os dados experimentais obtidos podem ser analisados e
relacionados com os principais problemas que existam so-
bre o assunto, dando subsídios para a conclusão.

Na discussão recomenda-se:
 Justificar a escolha do tema da pesquisa.
 Relacionar causas e efeitos.
 Esclarecer exceções, contradições, modificações, teorias e
princípios relativos ao trabalho.
 Indicar as aplicações e limitações teóricas e práticas dos
resultados obtidos.
 Validar ou refutar as hipóteses assumidas no início do tra-
balho.
 Ressaltar os aspectos que confirmem ou modifiquem de
modo significativo as teorias estabelecidas, apresentando
novas perspectivas para a continuidade do trabalho.

Quando feito pesquisa de campo por meio de entrevista, os


dados a serem apresentados consistem no conjunto de informações
obtidas pelas diferentes fontes empregadas para coleta de dados,
ou seja, na transcrição das falas das pessoas entrevistadas, nas
narrativas dos diários de campo, entre outros.
Esses são geralmente organizados de forma sistemática, em
diferentes categorias empíricas, denominadas núcleos de sentido ou
estruturadores dos discursos, categorias gerais e categorias especí-
10
ficas. São descritos e interpretados com base na análise de discurso
ou de conteúdo, segundo a perspectiva adotada pelo autor. Pelo fa-
to de cada categoria poder receber um título, esta seção de Resul-
tados e Discussão poderá conter diferentes itens e subitens como
representativos dos dados empíricos coletados. A apresentação des-
sas categorias pode ser precedida de item denominado “Caracteri-
zação dos sujeitos da pesquisa” onde um resumo é apresentado pa-
ra cada entrevistado, tendo em vista subsidiar o leitor e contextua-
lizar as falas apresentadas (CUENCA; ANDRADE; NORONHA; FER-
RAZ; BUCHALLA; ESTORNIOLO FILHO, 2017, p. 17).

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 124
Em geral as falas são transcritas exatamente como foram di-
tas, com os erros de linguagem que apresentarem, ou podem ser
editadas pelo autor da tese, eliminando tais erros. A transcrição da
fala não editada deve ser feita na forma como se apresenta (incor-
reções, expressões etc.) em margem esquerda recuada, com entre-
linhamento menor e letras em destaque itálico. O entrevistado po-
de ser categorizado, ao final da fala, com essas informações entre
parênteses.
A seguir exemplos de Cuenca; Andrade; Noronha; Ferraz;
Buchalla; Estorniolo Filho (2017, p. 17):

Meus colegas... não gosto de comentar muito não...


porque acho que teria preconceito né?... só porque
meu tio morreu poderiam pensar que também eu
posso pegar AIDS... (menino, 13 anos).

...nós aqui no Brasil... começamos a ouvir falar em


AIDS sobretudo por causa de veículos leigos mes-
mo... os jornais, os rádios e a televisão falavam mui-
to sobre isso... (médico infectologista, entrevista con-
cedida em 26 de novembro de 1999).

Na transcrição da fala editada a linguagem empregada nas


entrevistas é padronizada, visando fluidez e clareza do texto. Eli-
minar repetições excessivas de palavras soltas, sem significado co-
10
mo “assim..., né” entre outros vícios de linguagem. Deve-se man-
ter constante preocupação em zelar pelo sentido original do que
foi dito.

Bom, eu penso numa pessoa que tem que ser muito


companheira, uma pessoa que esteja aberta a con-
versar [sobre] todos os assuntos, discutir...

É usual a separação dos subtítulos Resultados e Discussão,


visando maior clareza na análise dos dados obtidos. Entretanto, se

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 125
a opção for pela sua junção em uma única seção, os resultados de-
vem ser discutidos conforme forem apresentados, à luz da literatura
citada e da abordagem teórica adotada pelo autor.
É fundamental informar as limitações do estudo, geralmente
descritas na Discussão, podendo ser apontadas também nas Con-
clusões.

10.4.3 Conclusão ou Considerações Finais

Nesta seção devem conter os elementos que respondam aos


objetivos inicialmente propostos para o trabalho/pesquisa a partir
de conteúdos obtidos na fundamentação teórica, resultados e dis-
cussão e analisados para a temática abordada no trabalho.
Não se pretende a generalização dos resultados, mas tão so-
mente o aperfeiçoamento da análise de determinado problema ana-
lisado nas condições em que foi realizada a pesquisa.
É a síntese dos argumentos desenvolvidos, mediante a de-
monstração lógica das deduções e inferências formuladas no corpo
do trabalho. Deve definir o ponto de vista do autor. Sendo resultado
do seu trabalho, é justo que traga sua marca pessoal, chegando a
uma conclusão original, a uma interpretação ou conhecimento no-
vos ou, simplesmente, a uma reformulação de conhecimentos exis-
tentes. Uma conclusão deve focar os fatos essenciais, ser breve e
ter personalidade.
Se o autor do trabalho entender que a pesquisa não é al-
10
go “pronto e acabado” este item pode se chamar Considerações
Finais.
Castro (1978) chama atenção para: “[...] a conclusão não
é uma ideia nova, um pormenor ou apêndice que se acrescenta ao
trabalho e, muito menos, um simples resumo” (apud FACHIN, 2017,
p. 165). Assim sendo, uma conclusão caracteriza-se por:
 Retomar aspectos da introdução.
 Proporcionar um resumo conciso, porém que abranja todo
o desenvolvimento.
 Demonstrar a avaliação do trabalho efetuado.

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Marivete Bassetto de Quadros 126
 Expor com maior clareza as opiniões, as sugestões, críti-
cas e contribuições feitas pelo pesquisador em relação ao
assunto estudado.

É comum a apresentação de “Considerações gerais” e/ou


“Recomendações”, após as Conclusões, mas deixa-se a critério do
autor e orientador do trabalho acadêmico científico a inclusão des-
ses itens no trabalho.

10.4.4 Sugestão Para a Divisão das Seções ou Ca-


pítulos

1 INTRODUÇÃO
Breve apresentação e contextualização do tema; Jus-
tificativa; Apresentação do Problema; Hipótese(s) (se
houver); Objetivos Gerais e Específicos e Apresenta-
ção sucinta da estrutura do trabalho.
ELEMENTOS
TEXTUAIS 2 REFERENCIAL TEÓRICO
(todos 2.1 BREVE HISTÓRICO (sugestão)
obrigatórios) 2.2 ...
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5 CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS
ELEMENTO

10
PÓS-TEXTUAL REFERÊNCIAS
(obrigatório)

INTRODUÇÃO

⇒ Discorrer rapidamente a respeito do interesse pessoal pe-


lo tema proposto, demonstrando como o tema se situa em
relação ao assunto mais amplo do qual deverá ser uma
parte específica.
⇒ Apresentar as justificativas e razões para a elaboração do
trabalho.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 127
⇒ Apresentar a problematização em relação a pesquisa ou
seja, as lacunas do tema, as perguntas a serem respondi-
das pelo estudo.
⇒ Escrever o objetivo geral e os objetivos específicos, suge-
re-se a leitura da seção 3.12 desta obra.
⇒ Anunciar o plano de trabalho, a divisão das seções ou ca-
pítulos com a síntese de cada um, sem mencionar as con-
clusões.

REFERENCIAL TEÓRICO/FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

⇒ Efetuar uma revisão histórica do tema, destacando os an-


tecedentes do problema, a importância para a sociedade
que o mesmo veio tendo no decorrer de um período de
tempo; as tendências, os pontos críticos, as preocupa-
ções. Citar autores e/ou estudos que fortaleçam o argu-
mento de que a pesquisa que se pretende fazer é impor-
tante.
⇒ Ressaltar a importância científica do tema, indicando o
que já foi investigado, discutido e concluído. Efetuar revi-
são bibliográfica/referencial, apresentando estudos rele-
vantes sobre o assunto mostrando e comentando tais re-
ferências para poder oferecer, desta maneira, sustentação
conceitual/operacional do tema.
⇒ Destacar comentários de citações científicos que apresen-
10
tam semelhanças e relações com o tema investigado.
⇒ Construir uma moldura conceitual do tema, fazendo a li-
gação entre a bibliografia pesquisada e a situação-proble-
ma que está sendo estudada. Em síntese, apresentar a
situação-problema, a caracterização do objeto do estudo,
ou seja, o corpus que se constituirá no ponto de partida
para as reflexões teórico-metodológicas.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 128
CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS

⇒ Evidenciar, com clareza e objetividade os aspectos mais


importantes da pesquisa. Reforçar a importância do te-
ma, as contribuições do estudo e suas implicações sociais,
bem como os benefícios resultantes da discussão em tor-
no do tema.
⇒ Apresentar, clara e ordenadamente, as deduções tiradas
dos resultados do trabalho ou levantadas ao longo da dis-
cussão do assunto.
⇒ Recomendar práticas para intervenção a partir dos resul-
tados conseguidos.
⇒ Se conveniente, sugerir pesquisas adicionais.

10.5 Elementos Pós-Textuais

Os elementos pós-textuais completam o trabalho. São eles:


referências, apêndice, anexo, glossário e índice. A paginação do
pós-texto é contínua à do texto.

10.5.1 Referências

Entende-se por referências o conjunto padronizado de ele-


mentos descritivos, que identificam as obras citadas no texto, de
forma a permitir sua identificação individual.
10
Elemento obrigatório e imprescindível nos trabalhos acadê-
micos, são elencados alfabeticamente todos os documentos utiliza-
dos na elaboração do trabalho, seja em formato impresso ou meio
eletrônico. As referências podem ser identificadas por duas catego-
rias de componentes: elementos essenciais e elementos comple-
mentares. Para maiores esclarecimentos sobre este item consulte a
décima primeira seção deste livro.
Para a digitação das referências, recomenda-se a utilização
de fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12, recuado a es-
querda e espaçamento simples de entrelinhas e um espaçamento

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Marivete Bassetto de Quadros 129
simples entre uma referência e outra. A ABNT em sua NBR 6023
(2018), normatiza esta seção nos trabalhos acadêmicos e simila-
res. Veja modelo 19 na décima terceira seção desta obra.

10.5.2 Glossário

Elemento opcional, que consiste em uma lista em ordem al-


fabética, de palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou de
sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas
definições. Veja modelo 20 na décima terceira seção desta obra.

10.5.3 Apêndice

Elemento opcional, que consiste em textos ou documentos


elaborados pelo autor, a fim de complementar sua argumenta-
ção, sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho, sendo um supor-
te elucidativo e/ou ilustrativo, mas não essencial à compreensão do
texto.
Deve ser precedido da palavra APÊNDICE, identificado por
letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelo respectivo título.

Exemplo

APÊNDICE A – Avaliação numérica de células inflamatórias


10
APÊNDICE B – Avaliação de células musculares

10.5.4 Anexo

Elemento opcional, que consiste em textos ou documentos


não elaborados pelo autor, que servem de fundamentação, com-
provação e ilustração, como mapas, leis, estatutos, entre outros. Os
anexos são partes integrantes do texto, mas destacada deste para
que sua leitura não seja interrompida constantemente. Sua utiliza-
ção se justifica para evitar sobrecarga na apresentação do trabalho.

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Marivete Bassetto de Quadros 130
Deve ser precedido da palavra ANEXO, identificado por letras
maiúsculas consecutivas, travessão e pelo respectivo título.

Exemplo

ANEXO A – Representação gráfica de contagem de células inflama-


tórias presentes nas caudas em regeneração – Grupo de controle I

ANEXO B – Representação gráfica de contagem de células inflama-


tórias presentes nas caudas em regeneração – Grupo de controle II

10.5.5 Índice

Elemento opcional elaborado conforme a ABNT NBR 6034


(2004), deve constar no sumário do trabalho. O índice é uma lista
com entrada ordenada de nomes pessoais, entidades, assuntos, no-
mes geográficos, ordenadas segundo determinado critério, que lo-
caliza e remete para as informações contidas no texto.
O índice deve ser impresso no final do documento, com pagi-
nação consecutiva ou em volume separado e deve cobrir todo con-
teúdo do trabalho. Veja modelo 21 na décima terceira seção des-
ta obra.

10

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Marivete Bassetto de Quadros 131
11 REFERÊNCIAS

eferências é o conjunto de elementos que identificam


as obras citadas no texto. As referências devem ser
apresentadas em uma única ordem alfabética, independentemente
do suporte físico (livros, periódicos, publicações eletrônicas ou ma-
teriais audiovisuais).
A ABNT NBR 6023, de referências, foi atualizada e está em
vigor desde o dia 14/11/2018. A nova versão da norma está mais
robusta, com 74 páginas (incluindo as páginas iniciais), enquanto a
anterior de 2002 continha apenas 24 páginas. A atualização foi ne-
cessária para adaptarem-se as inovações editoriais, as mudanças
foram interessantes as quais trouxeram informações relativas a mu-
danças geradas nos últimos anos, como audiolivros, redes sociais,
publicações eletrônicas, podcast e novidades na área editorial e as-
sim por diante.
A NBR 6023 possui um índice remissivo nas páginas 56 a 68
para auxiliar na busca de informações dentro da norma, por isso é
recomendável utilizá-lo.
Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior
(ABNT NBR 6023, 2002), a qual foi tecnicamente revisada.
“Referência é o conjunto padronizado de elementos descriti-
vos, retirados de um documento, que permite sua identificação indi-
vidual” (ABNT NBR 6023, 2018, p. 3). Constitui uma lista ordenada
dos documentos efetivamente citados no texto. Não devem ser re-
ferenciados documentos que não estão citados no texto.

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Marivete Bassetto de Quadros 132
Figura 7 – Capa da ABNT NBR 6023 (2018)

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 6023

Segunda edição
14.11.2018

Informação e documentação — Referências —


Elaboração
Information and documentation — References — Developing

11
ICS 01.140.20 ISBN 978-85-07-07757-2

Número de referência
ABNT NBR 6023:2018
68 páginas

© ABNT 2018

Fonte: ABNT NBR (6023)

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Marivete Bassetto de Quadros 133
Caso haja conveniência de referenciar material bibliográfico
não citado, sugere-se fazer uma lista própria após a lista de refe-
rências sob o título: Bibliografia recomendada ou Bibliografia con-
sultada.
Uma referência tem, pelo menos, três finalidades:
⇒ Dar o devido crédito ao autor do texto original ao qual se
faz referência. É uma questão de honestidade intelectual.
⇒ Possibilitar ao leitor a localização da fonte de onde foi ex-
traída a informação. Ele pode querer ir até lá buscar mais
detalhes sobre o tema.
⇒ Dotar o autor de uma “memória auxiliar”. Mais tarde, tal-
vez ele queira voltar à fonte.

Além disso, a citação de uma fonte reconhecidamente confi-


ável pode dar maior credibilidade ao que o autor escreve em razão
da autoridade da fonte citada.

Importante: Somente devem ser incluídos nas referências


os documentos – livros, artigos, papers, textos disponíveis na inter-
net, entrevistas etc – que tenham sido consultados e citados no
texto.

11.1 Mecanismos On-Line Que Geram Referências


e Citações

11
Há ferramentas on-lines que geram automaticamente as re-
ferências e citações conforme as normas da ABNT NBR 6023 (2018)
e NBR 10520 (2002). A seguir apresentam-se sugestões de alguns
destes mecanismos:

MORE: Mecanismo online para referências, foi desenvolvido


pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), numa parceria
entre a BU (Biblioteca Universitária) e o RExLab (Laboratório de Ex-
perimentação Remota). Trata-se de uma ferramenta gratuita para
elaboração de referências e citações no formato ABNT, para quinze

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Marivete Bassetto de Quadros 134
tipos de documentos. O uso é livre, sendo necessário apenas a rea-
lização de um cadastro.
Os documentos cobertos pelo MORE são: livros, dicionários,
enciclopédias, teses e dissertações, artigos de revistas, artigos de
jornais, nos formatos impresso e eletrônico, além dos documentos
em meio eletrônico como home-page e e-mail.

MENDELEY: software gratuito de gerenciamento de refe-


rências e citações disponibilizado pela Elsevier. Permite armazenar,
organizar, compartilhar e gerar referências recuperadas em diversas
bases de dados. Possui as versões web e desktop e pode ser in-
tegrado aos editores de texto para geração automática de citações
e referências.

FACILIS: Ferramenta on-line que gera automaticamente re-


ferências conforme as normas da ABNT para vinte e cinco tipos de
documentos.

11.2 Elementos da Referência

A referência é constituída de elementos essenciais e, quando


necessário, acrescida de elementos complementares.
Os elementos essenciais e complementares são retirados
do próprio documento e devem refletir os dados do documento
consultado. Na inexistência desses dados, utilizam-se outras fon-

11
tes de informação, indicando-os entre colchetes (ABNT NBR 6023,
2018, p. 4).
Os elementos essenciais são as informações indispensáveis à
identificação do documento, estes estão estritamente vinculados ao
suporte documental e variam, portanto, conforme o tipo. Por exem-
plo: nome completo do autor, título da obra, edição, local da publi-
cação, editora, ano de publicação, se publicação on-line o endereço
eletrônico, dia de acesso.
Os elementos complementares são opcionais e possibilitam
uma melhor identificação da obra: números de páginas, volumes

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Marivete Bassetto de Quadros 135
totais da obra, título e número de série, outros tipos de responsa-
bilidades como ilustrador, editor, organizador, tradutor, nº de ISBN
(International Standard Book Number) ou nº de ISSN (International
Standard Serial Number) entre outros.

11.3 Sobre o ISBN, ISSN e DOI

As informações abaixo foram consultadas nos sites do Con-


selho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq
(2018); Digital Object Identifier – DOI (2018); Agência Brasileira do
ISBN (2018) e no Centro Brasileiro do ISSN (2018). Ver endereços
nas referências desta obra.

ISBN – INTERNTIONAL STANDARD BOOK NUMBER

O ISBN é um sistema internacional padronizado que identifi-


ca numericamente os livros segundo o título, o autor, o país, a edito-
ra, individualizando-os inclusive por edição. Utilizado também para
identificar software, seu sistema numérico é convertido em código
de barras, o que elimina barreiras linguísticas e facilita a sua circu-
lação e comercialização.
A norma ISO 2108 (1972) foi traduzida pela Associação Bra-
sileira de Normas Técnicas (ABNT): ABNT NBR ISO 2108 (2006).
Seu escopo estabelece as especificações do Número Padrão Inter-
nacional de Livro (ISBN) como um sistema de identificação inter-
nacional exclusivo para cada formato ou edição de uma publica- 11
ção monográfica publicada ou produzida por um editor ou produtor
específico. Ela especifica a construção de um ISBN, as regras pa-
ra sua atribuição e utilização, os metadados a serem associados à
atribuição do ISBN e a administração do sistema ISBN. Esta norma
aplica-se a publicações monográficas (ou às suas seções ou capí-
tulos individuais, onde estes são disponibilizados separadamente)
e a certos tipos de produtos relacionados que estejam disponíveis
ao público.

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Marivete Bassetto de Quadros 136
O fundamento do sistema é identificar um livro e sua edição.
Uma vez fixada à identificação, ela só se aplica àquela obra e edi-
ção, não se repetindo jamais em outra. A versatilidade deste siste-
ma de registro facilita a interconexão de arquivos e a recuperação e
transmissão de dados em sistemas automatizados, razão pela qual
é adotado internacionalmente.
Ter um ISBN significa que o livro irá aparecer nas bases de
dados bibliográficas. Os livreiros consultam esta base de dados para
localizar o editor de um livro e assim poder pedi-lo. Um ISBN é como
o código postal de um livro. Tem 13 dígitos – antes de 2007 eram
10 – que precedem a sigla ISBN e pode ler-se na parte inferior da
contracapa, junto ao código de barras, e na primeira página onde se
referem todos os dados referentes aos direitos de autor.

ISSN – INTERNACIONAL STANDAR SERIAL NUMBER

O ISSN ou International Standard Serial Number deve apa-


recer na capa, à direita e acima, na página de rosto e na ficha cata-
lográfica. Pode-se dizer que ISSN é o RG do periódico. O ISSN iden-
tifica o título de uma publicação seriada (jornais, revistas, anuá-
rios, relatórios, monografias seriadas, trabalhos científicos etc.) em
circulação, futuras (pré-publicações) e encerradas, em qualquer
idioma ou suporte físico utilizado (impresso, online, CD-ROM, etc.).
O ISSN é composto por oito dígitos, incluindo o dígito verificador, e
é representado em dois grupos de quatro dígitos cada um, ligados

11
por hífen, precedido sempre por um espaço e a sigla ISSN.
O responsável pela emissão desse código é o Centro Brasilei-
ro do ISSN, por meio do site do IBCT (Instituto Brasileiro de Infor-
mação em Ciência e Tecnologia). Cada código é gerado unicamente
para cada edição e o país onde foi publicado.
Depois de criado, o ISSN passa a acompanhar o documento
durante todo o seu ciclo de existência, sendo intransferível e apare-
cendo em cada reprodução do documento. Caso seja preciso alterar
a periodicidade da publicação, é necessário comunicar ao órgão com-
petente que fará uma reavaliação para saber se será preciso um no-

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 137
vo código. Depois de solicitado, o prazo para análise dependerá da
demanda. Mas o melhor é que todo esse processo é gratuito.
Particularmente consideramos o nº de ISBN e o de ISSN ele-
mentos essenciais, pois este é o número de identidade de cada obra,
sendo um número padrão internacional de um livro que dá maior
credibilidade aos autores. Um ISBN é como o código postal de um
livro, já o ISSN é o RG do periódico.

DOI – DIGITAL OBJECT IDENTIFIER

DOI significa Digital Object Identifier ou seja, Identificador


de Objeto Digital. É um padrão para identificação de documentos
em redes de computadores, como a Internet. Este identificador,
composto de números e letras, é atribuído ao objeto digital para
que este seja unicamente identificado na Internet.
O sistema oferece identificação unívoca da propriedade inte-
lectual de livros, artigos, periódicos e até imagens encontrados na
Internet, associando a cada objeto seus dados básicos e sua origem.
Foi desenvolvido recentemente pela Associação de Publica-
dores Americanos (AAP) com a finalidade de autenticar a base ad-
ministrativa de conteúdo digital. É concebido como um número, mas
não tem um sistema de codificação pré-definido e também não tra-
duz ou analisa esta numeração. O DOI atribui um número único e
exclusivo a todo e qualquer material publicado (textos, imagens,
etc). Este número de identificação da obra é composto por duas se-
quências: (1) um prefixo (ou raiz) que identifica o publicador do do-
cumento; (2) um sufixo determinado pelo responsável pela publica-
ção do documento. 11
O prefixo/raiz DOI é nomeado pela IDF (International DOI
Foundation), que garante que cada raiz é única. Os livros ou arti-
gos publicados em periódicos, por exemplo, provavelmente utiliza-
rão como sufixo o número que já consta do ISBN ou ISSN. Além de
ser um mecanismo utilizado para garantir o pagamento de direitos
autorais através de um sistema de distribuição de textos digitais, o
DOI também é útil para auxiliar a localização e o acesso de mate-
riais na web, facilitando a autenticação de documentos.

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Marivete Bassetto de Quadros 138
No Brasil, a Plataforma Lattes do Conselho Nacional de De-
senvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por exemplo, uti-
liza o DOI como uma forma de certificação digital das produções
bibliográficas registradas pelos pesquisadores em seus Currículos
Lattes.
Quando um programa navegador encontra um número DOI,
utiliza o prefixo para encontrar o banco de dados da editora e ali
acessa as informações relativas ao livro ou ao periódico, que podem
incluir dados do catálogo, resenhas e links.
Sua aplicação mais frequente é para publicações em periódi-
cos e obras com propriedade intelectual protegida (copyright), mui-
tas delas associadas a bibliotecas virtuais. Por meio desse código é
possível estabelecer uma ligação entre o Currículo Lattes e o site do
artigo publicado, caso exista o DOI, que preenche automaticamen-
te vários campos.
No Brasil, um contrato de certificação digital para a Platafor-
ma Lattes foi firmado entre o CNPq e a International DOI Founda-
tion (IDF), entidade que promove o DOI como estrutura comum de
gerenciamento de conteúdo e propriedade intelectual em meio digi-
tal. Segundo a Assessoria de Comunicação do CNPq, o DOI garante
maior confiabilidade à informação cadastrada e acesso integral ao
artigo publicado pelos pesquisadores.
Basta que um pesquisador digite o número DOI de um artigo
para que a base Lattes acesse a base IDF e preencha, automatica-
mente, o nome do primeiro autor, o título, o ano, o volume e outras

11
informações da publicação. Porém, no Currículo Lattes, este campo
não é de preenchimento obrigatório.
É importante deixar claro que um código não exclui ou tira
a importância do outro. Sendo assim, uma revista científica, pode
criar o DOI, quando eletrônica, mas, necessariamente, precisa do
código ISSN. Da mesma maneira um livro que também pode ser ca-
dastrado no DOI, mas ainda necessita do número de ISBN.
Por isso, quando livros ou artigos publicados em periódicos
forem receber um código do DOI, utilizarão como sufixo o núme-
ro que está no ISBN ou ISSN ou até nos seus dados bibliográficos.

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Marivete Bassetto de Quadros 139
11.4 Localização das Referências

As referências podem ser dispostas:


a) em nota de rodapé;
b) no fim de textos, partes ou seções;
c) em lista de referências;
d) antecedendo resumos, resenhas, recensões e erratas
(ABNT NBR 6023, 2018, p. 4).

11.5 Regras Básicas

As regras básicas para apresentação das referências são:

♦ Os itens para a apresentação da referência deverão ser


retirados principalmente da folha de rosto, na ficha catalo-
gráfica, porém, pode-se encontrá-los também em outras
partes do livro (para documentos impressos).
♦ Os elementos essenciais e complementares da referência
devem ser apresentados em sequência padronizada.
♦ As referências devem ser elaboradas em espaço simples,
alinhadas à margem esquerda do texto e separadas en-
tre si por uma linha em branco de espaço simples. Quan-
do aparecerem em notas de rodapé, devem ser alinhadas
à margem esquerda do texto e, a partir da segunda linha
da mesma referência, abaixo da primeira letra da primei-

11
ra palavra, de forma a destacar o expoente e sem espaço
entre elas (ABNT NBR 6023 (2018, p. 5).
♦ Os elementos essenciais devem refletir os dados do do-
cumento referenciado. Informações acrescidas devem se-
guir o idioma do texto em elaboração e não do documento
referenciado (ABNT NBR 6023 (2018, p. 5).
♦ Para documentos on-line, além dos elementos essenciais e
complementares, deve-se registrar o endereço eletrônico,
precedido da expressão Disponível em:, e a data de aces-
so, precedida da expressão Acesso em: Destaque para o

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Marivete Bassetto de Quadros 140
fato de que não se incluem os símbolos não incluem
<> antes e depois do link (ABNT NBR 6023, 2018, p. 5).
♦ As referências, ordenadas em uma única lista, devem ser
padronizadas quanto ao recurso tipográfico e à adoção
dos elementos complementares. O recurso tipográfico
(negrito, itálico ou sublinhado) utilizado para destacar o
elemento título deve ser uniforme em todas as referên-
cias. Isso não se aplica às obras sem indicação de autoria,
ou de responsabilidade, cujo elemento de entrada seja o
próprio título, já destacado pelo uso de letras maiúsculas
na primeira palavra, incluindo artigo (definido ou indefi-
nido) e palavra monossilábica iniciais (se houver) (ABNT
NBR 6023, 2018, p. 5).
♦ Ao optar pelo uso de elementos complementares, estes
devem ser incluídos em todas as referências do mesmo ti-
po de documento (ABNT NBR 6023, 2018, p. 5).

Em relação à pontuação:
 Usa-se ponto após o nome do autor/autores, após o título,
edição e no final da referência;
 Os dois pontos são usados antes do subtítulo, antes da
editora, depois do local e depois do termo In: (deve estar
em itálico, por ser palavra estrangeira);
 A vírgula é usada após o sobrenome dos autores, após a
editora, entre o volume e o número, páginas da revista e

11
após o título da revista;
 O ponto e vírgula seguido de espaço é usado para separar
os autores;
 O hífen é utilizado entre páginas (ex: 10-15) e, entre da-
tas de fascículos sequenciais (ex: 1998-1999);
 A barra transversal é usada entre números e datas de fas-
cículos não sequenciais (ex: 7/9, 1979/1981);
 O colchete é usado para indicar os elementos de referên-
cia, que não aparecem na obra referenciada, porém são
conhecidos (ex: [1991]);

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Marivete Bassetto de Quadros 141
 O parêntese é usado para indicar série, grau (nas mono-
grafias de conclusão de curso e especialização, teses e
dissertações) e para o título que caracteriza a função e/
ou responsabilidade, de forma abreviada. (coord., org.,
comp.). Não se usa plural para as formas abreviadas. Ex:
SILVA JUNIOR, Celestino Alves da; RANGEL, Mary. (org.)
 As reticências entre colchetes são usadas para indicar su-
pressão de títulos. Ex: Anais [...]

Usam-se maiúsculas ou caixa alta para:


 Sobrenome do autor;
 Primeira palavra do título quando esta inicia a referência
(ex.: O DOCENTE);
 Entidades coletivas (na entrada direta);
 Nomes geográficos (quando anteceder um órgão governa-
mental da administração: Ex: BRASIL. Ministério da Edu-
cação);
 Títulos de eventos (congressos, seminários etc.)

♦ A entrada de autor(es) na(s) referência(s) é feita pelo úl-


timo sobrenome em letras maiúsculas, seguido do(s)
prenome(s) e outro(s) sobrenome(s) abreviado(s) ou não.
♦ Em caso de mais de um autor, deve-se separá-los por
ponto e vírgula.
♦ Sobrenome com parentesco, acompanhado de denomina-

11
ção de família (Neto, Filho, Sobrinho, Júnior), usa-se tal
denominação junto ao sobrenome, em letras maiúsculas.
Exemplo: VARGAS NETO, José; ALVES JUNIOR, Henrique.
♦ Em caso de obra que trate de coletânea de documentos
de vários autores, a entrada deve ser feita pelo nome do
responsável, seguida da abreviação do tipo de participa-
ção no singular (org., coord., comp., ed.).
♦ Quando não se pode determinar a autoria, entra-se pela
primeira palavra do título em letras maiúsculas. Exemplo:
EMBALAGENS de papel, cartão e papel ondulado.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 142
♦ O título da obra deve ser destacado com recursos de ne-
grito, itálico ou grifo – o destaque escolhido deve ser man-
tido, de maneira constante, em todas as referências do
trabalho.
♦ O título e o subtítulo devem ser reproduzidos como figu-
ram no documento, separados por dois pontos, dando-se
o destaque para o título principal.
♦ Referência com entrada pelo título, iniciado por artigo (de-
finido ou indefinido), deve ter grafado em letras maiúscu-
las o artigo e a palavra subsequente.

Exemplo

OS GRANDES clássicos das poesias líricas. [S. l.]: Ex Libris, 1981. 60 f.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 40)

♦ Em títulos e subtítulos longos, podem-se suprimir as últi-


mas palavras, desde que não seja alterado o sentido. A su-
pressão deve ser indicada por reticências entre colchetes.

Exemplo 1

ARTE de furtar [...]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1992.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 40)

Exemplo 2 11
GONSALVES, Paulo Eiró (org.). A criança: perguntas e respostas: médicos,
psicólogos, professores, técnicos, dentistas [...]. Prefácio do Prof. Dr. Carlos
da Silva Lacaz. São Paulo: Cultrix: Ed. da USP, 1971.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 40)

♦ O título da publicação periódica pode ser transcrito na for-


ma abreviada, desde que conste na publicação.

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Marivete Bassetto de Quadros 143
Exemplo

LEITÃO, D. M. A Informação como insumo estratégico. Ci. Inf., Brasília, DF,


v. 22, n. 2, p. 118-123, maio/ago.1989.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 41)

♦ Em edição, colocar somente a partir da segunda. Exem-


plo: 2. ed.
♦ Em caso de mais de um local, colocar o primeiro ou o de
maior destaque.
♦ Em caso de duas editoras, colocar as duas com seus res-
pectivos locais. E em caso de três ou mais editoras, colo-
car a primeira ou a de maior destaque.
♦ Caso não seja localizado o ano de publicação, deve ser in-
dicado um ano, seja do copirraite (precedido da letra c em
minúsculo e sem espaço), da distribuição, da impressão,
entre outros.

Exemplo

CIPOLLA, Sylvia. Eu e a escola 2ª série. São Paulo: Paulinas, c1993.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 44)

♦ Se nenhum ano de publicação, distribuição, copirraite, im-


pressão, entre outros, puder ser localizado no documento,
deve ser indicado um ano, entre colchetes conforme ABNT 11
NBR 6023 (2018, p. 44):
 [1971 ou 1972] um ano ou outro;
 [1969?] para data provável;
 [1973] para data certa, não indicada;
 [entre 1906 e 1912] para intervalos (usar intervalos me-
nores de 20 anos);
 [ca. 1960] data aproximada;
 [199-] para década certa;

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 144
 [199-?] para década provável;
 [19--?] para século provável;
 [19--] para século certo;
 na falta de local, colocar [s.l.] sine loco;
 na falta de editora, colocar [s.n.];
 na falta de local e editora, colocar [s.l.: s.n.]; sine loco, si-
ne nomine respectivamente;

♦ Os nomes dos meses nas referências de periódicos devem


ser abreviados, seguidos de ponto. Exemplo: jan. – fev. –
mar. (exceto maio).
♦ A indicação de número de páginas de um documento re-
ferenciado na íntegra é opcional, porém a opção escolhida
deve ser mantida em todas.

Obs: O uso de traço sublinear na lista de referências para indicar


obras com o mesmo autor e título foi extinto na versão atual da
norma ABNT NBR 6023 (2018).

A seguir, em destaque algumas mudanças e modelos signifi-


cativos. Salienta-se que este documento não dispensa a consulta à
norma ABNT NBR 6023 (2018) na íntegra.

11.6 Referência com 1 Autor

11
O autor deve ser indicado pelo último sobrenome, em letras
maiúsculas, seguido do prenome e outros sobrenomes, abreviados
ou não, conforme consta no documento.
Convém que se padronizem os prenomes e sobrenomes para
o mesmo autor, quando aparecerem de formas diferentes em docu-
mentos distintos.
Os elementos essenciais para livro e/ou folheto são: autor, tí-
tulo, subtítulo (se houver), edição (se houver), local, editora e data
de publicação. Quando necessário, acrescentam-se elementos com-
plementares à referência para melhor identificar o documento.

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Marivete Bassetto de Quadros 145
SOBRENOME, Nome. Título: subtítulo. Edição (somente a partir da 2ª edi-
ção). Local: Editora, ano de publicação.

Exemplo 1 – com os elementos essenciais

HESPANHA, António Manuel. A cultura jurídica européia: síntese de um


milênio. São Paulo: Almedina, 2012.

Ou com o prenome abreviado:

HESPANHA, A. M. A cultura jurídica européia: síntese de um milênio. São


Paulo: Almedina, 2012.

Com os elementos complementares

HESPANHA, António Manuel. A cultura jurídica européia: síntese de um


milênio. São Paulo: Almedina, 2012. 658 p. ISBN 9789724048109.

Exemplo 2 – com os elementos essenciais

BAUMAN, Zygmunt. Retrotopia. Rio de Janeiro: Zahar, 2017.

Ou com o prenome abreviado

BAUMAN, Z. Retrotopia. Rio de Janeiro: Zahar, 2017

Exemplo com os elementos complementares

BAUMAN, Zygmun. Retrotopia. Tradução: Renato Aguiar. Rio de Janeiro:


Jorge Zahar, 2017. 192 p. ISBN 9788537817124.

11.7 Referência com 2 ou 3 Autores


11
Quando a obra apresentar até três autores mencionam-se
todos na entrada, separados por ponto-e-vírgula, seguido de espaço.

Exemplo 1

SOUSA, Mauricio de; CORTELLA, Mario Sergio. Vamos pensar mais um


pouco? Lições ilustradas com a Turma da Mônica. Cortez, São Paulo: 2018.

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Marivete Bassetto de Quadros 146
Ou com o prenome abreviado

SOUSA, M. de; CORTELLA, M. S. Vamos pensar mais um pouco? Lições


ilustradas com a Turma da Mônica. Cortez, São Paulo: 2018.

Exemplo 2

ADLER, Mortimer Jerome; DOREN, Charles Van. Como ler livros: o guia
clássico para a leitura inteligente. 4 ed. Tradução: Edward Horst Wolff; Pe-
dro Sette-Câmara. São Paulo: É Realizações, 2010.

Ou com o prenome abreviado

ADLER, M. J.; DOREN, C. V. Como ler livros: o guia clássico para a leitura
inteligente. 4 ed. Tradução: Edward Horst Wolff; Pedro Sette-Câmara. São
Paulo: É Realizações, 2010.

11.8 Referência com mais de 4 Autores

Uma mudança muito importante nessa nova versão da nor-


ma ABNT NBR 6023 é o item 8.1.1.2, transcrito na íntegra: “8.1.1.2
Quando houver quatro ou mais autores, convém indicar todos. Per-
mite-se que se indique apenas o primeiro, seguido da expressão et
al.” (2018, p. 35).

Exemplo 1

MACEDO, Ivanildo Izaias de; RODRIGUES, Denize Ferreira; CUNHA, Neisa

11
Maria Martins da. Gestão de pessoas. Rio de Janeiro: FGV, 2012.

Ou com et alii abreviado et al. (e outros) e elementos complemen-


tares

MACEDO, Ivanildo Izaias de. et al. Gestão de pessoas. Rio de Janeiro:


FGV, 2012. 184 p. ISBN 8522509743.

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Marivete Bassetto de Quadros 147
Exemplo 2

AMADEU, Maria Simone Utida dos Santos; MENGATTO, Angela Pereira de


Farias; STROPARO, Eliane Maria; ASSIS, Telma Terezinha Stresser de. Ma-
nual de normalização de documentos científicos de acordo com as
normas da ABNT. Curitiba: Ed. UFPR, 2017. Disponível em: https://docs.
ufpr.br/~pdalzoto/2018BIOTECManualNormasUFPR.pdf. Acesso em: 12 fev.
2019.

Ou com et alii abreviado et al. (e outros)

AMADEU, M. S. U. dos S. et al. Manual de normalização de documen-


tos científicos de acordo com as normas da ABNT. Curitiba: Ed. UFPR,
2017. Disponível em: https://docs.ufpr.br/~pdalzoto/2018BIOTECManual-
NormasUFPR.pdf. Acesso em: 12 fev. 2019.

11.9 Referência com Responsabilidade Intelectual


Destacada

Quando houver indicação explícita de responsabilidade pelo


conjunto da obra, em coletâneas de vários autores, a entrada de-
ve ser feita pelo nome do responsável, seguido da abreviação, em
letras minúsculas e no singular, do tipo de participação (organiza-
dor, compilador, editor, coordenador, entre outros), entre parênte-
ses. Havendo mais de um responsável, o tipo de participação deve
constar, no singular, após o último nome.

Exemplo 1

CARVALHO, Maria Cecilia Maringoni de. (org.). Construindo o saber: me-


todologia científica, fundamentos e técnicas. 24. ed. Campinas: Papirus,
11
2011.

Exemplo 2

CASALI, A; CORTELLA, M. S; TEIXEIRA, J. E. (org.). Empregabilidade


e educação: novos caminhos no mundo do trabalho. São Paulo: EDUC,
1997.

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Marivete Bassetto de Quadros 148
11.10 Autores com Grau de Parentesco, Nomes
Compostos, Nomes Hispânicos e Sobrenomes
com Prefixo

a) Grau de parentesco

SILVA JÚNIOR, Celestino Alves da; RANGEL, Mary (org.). Nove olhares
sobre a supervisão. 16. ed. Campinas: Papirus, 2013.

MÁTTAR NETO, João Augusto. Metodologia científica na era da informá-


tica. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.

MARTINS FILHO, Eduardo Luiz. Manual de redação e estilo. 3. ed. São


Paulo: Moderna, 2007.

b) Nomes compostos

ALVES-MAZZOTTI, Alda Judith; GEWANDSZNAJDER, Fernando. Método


nas ciências naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. 2.
ed. São Paulo: Pioneira, 2001.

c) Nomes hispânicos

GARCÍA MÁRQUEZ, Gabriel. Viver para contar. Tradução: Eric Nepomuce-


no. São Paulo: Record, 2003.

d) Sobrenomes com prefixo

11
LA TAILLE, Yves de. Ética para meus pais. Campinas: Papirus, 2011.

D’AMBROSIO, Ubiratan. Educação para uma sociedade em transição.


3. ed. São Paulo: Livraria da Física, 2016.

11.11 Referência com Responsabilidade Jurídica

Inclui legislação, jurisprudência e atos administrativos nor-


mativos.
A norma não tem autor, mas jurisdição é como se o autor de
uma lei federal fosse apenas Brasil, o autor de uma norma estadual

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Marivete Bassetto de Quadros 149
fosse o nome do estado, e o autor de uma norma municipal fosse
o nome da cidade. O título é a soma do nome da norma, da nume-
ração da lei e da ementa. Além disso, a data, normalmente é o dia
em que a norma foi publicada, os dados de publicação se referem e
pode ser de um livro, um diário oficial ou uma página da internet.
As obras de responsabilidade de pessoa jurídica (órgãos go-
vernamentais, empresas, associações, entre outros) têm entrada
pela forma conhecida ou como se destaca no documento, por ex-
tenso ou abreviada.
Convém que se padronizem os nomes para o mesmo autor,
quando aparecem de formas diferentes em documentos distintos
(ABNT NBR 6023, 2018, p. 37).

Exemplo 1

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6023: in-


formação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro: ABNT,
2018.

Exemplo 2

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 14724: in-


formação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Ja-
neiro: ABNT, 2011.

Exemplo 3

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Catálogo de teses da Universidade de


São Paulo, São Paulo: USP, 1993.
11
Exemplo 4

“Quando for uma instituição governamental da administração direta, seu


nome deve ser precedido pelo nome do órgão superior ou pelo nome da ju-
risdição à qual pertence” (ABNT NBR 6023, 2018, p. 38).

BRASIL. Ministério da Educação do Desporto. Parâmetros Curriculares


Nacionais. v. 1, 2. Brasília, DF: MEC/SEF, 1997.

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Marivete Bassetto de Quadros 150
Exemplo 5

“Quando estado e município forem homônimos, indicar, entre parênteses, a


palavra Estado ou a palavra Município. Quando os municípios forem homô-
nimos, indicar a sigla do estado entre parênteses” (ABNT NBR 6023, 2018,
p. 38).

PARANÁ. Currículo básico para a escola pública do estado do Para-


ná. Secretaria do Estado e da Educação. Curitiba: Imprensa Oficial do Es-
tado. 1990.

RIO DE JANEIRO (Município). Secretaria Municipal de Educação e Cultura.


Bibliografia carioca 1977. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Educa-
ção e Cultura, 1978.

VIÇOSA (MG). Lei nº 2558/2016. Dispõe sobre o direito ao aleitamento


materno e dá outras providências. Viçosa, MG: Sistema de Leis Municipais,
2017. Disponível em: leismunicipais.com.br. Acesso em: 22 jun. 2017.

Exemplo 6

“Quando a instituição, vinculada a um órgão maior, tem uma denominação


específica que a identifica, a entrada é feita diretamente pelo seu nome”
(ABNT NBR 6023, 2018, p. 38).

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ. Relatório de atividades


Pró-reitoria de pós-graduação. [Jacarezinho: UENP], 2017. Disponível em:
http://propg.uenp.br/files/2017/01.02.03.04.05.06.07.0 Relatório-de-Ati-
vidades-PROPG-2017.pdf. Acesso em: 25 maio 2018.

11.11.1 Legislação

Inclui Constituição, Decreto, Decreto-Lei, Emenda Constitu- 11


cional, Emenda à Lei Orgânica, Lei Complementar, Lei Delegada, Lei
Ordinária, Lei Orgânica e Medida Provisória, entre outros.
São elementos essenciais: jurisdição, ou cabeçalho da en-
tidade, em letras maiúsculas; epígrafe e ementa transcrita confor-
me publicada; dados da publicação. Quando necessário, acrescen-
tam-se à referência os elementos complementares para melhor
identificar o documento, como: retificações, alterações, revoga-
ções, projetos de origem, autoria do projeto, dados referentes ao

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 151
controle de constitucionalidade, vigência, eficácia, consolidação ou
atualização.
Em epígrafes e ementas demasiadamente longas, pode-
se suprimir parte do texto, desde que não seja alterado o sentido.
A supressão deve ser indicada por reticências, entre colchetes (AB-
NT NBR 6023, 2018, p. 20).

Exemplo 1

PARANÁ. [Constituição (1989)]. Constituição do Estado do Paraná. 21.


ed. Curitiba: Imprensa Oficial, 2006.

Exemplo 2

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa


do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.

Exemplo 3

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa


do Brasil. 41. ed. Organizado por Alexandre de Moraes. Atlas, São Paulo:
2015.

11.11.2 Legislação em Meio Eletrônico

As referências devem obedecer aos padrões indicados para

11
legislação, de acordo com 10.11.1, acrescidas de informações re-
lativas à descrição física do meio eletrônico (disquetes, CD-ROM,
DVD, online e outros).

Exemplo 1

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa


do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2016]. Dispo-
nível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao.
htm. Acesso em: 21 fev. 2019.

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Marivete Bassetto de Quadros 152
Exemplo 2

CURITIBA. Lei nº 15157 de 27 de dezembro de 2017. Estima a receita e


fixa a despesa do município de Curitiba para o exercício financeiro de 2018.
Curitiba: Câmara Municipal, [2017]. Disponível em: https://leismunicipais.
com.br/a/pr/c/curitiba/lei-ordinaria/15157/lei-ordinaria-n-15157-2017-es-
tima-a-receita-e-fixa-a-despesa-do-municipio-de-curitiba-para-o-exerci-
cio-financeiro-de-20115157. Acesso em: 21 fev. 2019.

Exemplo 3

BRASIL. Decreto-lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967. Dispõe sobre


a organização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a Refor-
ma Administrativa, e dá outras providências. In: VADE mecum. Porto Ale-
gre: Verbo Jurídico, 2007. 1 CD-ROM, p. 1-90.

Exemplo 4

BRASIL. Lei nº 9.393, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as dire-


trizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República.
Ministério da educação. MEC [1996]. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm. Acesso em: 26 fev. 2019.

Exemplo 5

BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto


da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília, DF: Presi-
dência da República. Casa Civil. Subchefia para assuntos jurídicos. [1990].
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm. Aces-

11
so em: 16 mar. 2019.

Exemplo 6

BRASIL. Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Es-


tatuto do Idoso e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da Repú-
blica. Casa Civil. Subchefia para assuntos jurídicos. [2003]. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.741.htm. Acesso em:
16 mar. 2019.

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Marivete Bassetto de Quadros 153
11.11.3 Jurisprudência

Inclui acórdão, decisão interlocutória, despacho, sentença,


súmula, entre outros.
Os elementos essenciais são: jurisdição (em letras maiúscu-
las); nome da corte ou tribunal; turma e/ou região (entre parênte-
ses, se houver); tipo de documento (agravo, despacho, entre ou-
tros); número do processo (se houver); ementa (se houver); vara,
ofício, cartório, câmara ou outra unidade do tribunal; nome do re-
lator (precedido da palavra Relator, se houver); data de julgamento
(se houver); dados da publicação. Ao final da referência, como no-
tas, podem ser acrescentados elementos complementares para me-
lhor identificar o documento, como: decisão por unanimidade, voto
vencedor, voto vencido.
Em ementas e epígrafes demasiadamente longas, pode-se
suprimir parte do texto, desde que não seja alterado o sentido.
A supressão deve ser indicada por reticências, entre colchetes (AB-
NT NBR 6023, 2018, p. 21).

Exemplo 1

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula n° 333. Cabe mandado de se-


gurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de eco-
nomia mista ou empresa pública. Diário da Justiça: seção 1, Brasília, DF,
ano 82, n. 32, p. 246, 14 fev. 2007.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 21)


11
Exemplo 2

BRASIL. Supremo Tribunal Federal (2. Turma). Recurso Extraordinário


313060/SP. Leis 10.927/91 e 11.262 do município de São Paulo. Seguro
obrigatório contra furto e roubo de automóveis. Shopping centers, lojas de
departamento, supermercados e empresas com estacionamento para mais
de cinquenta veículos. Inconstitucionalidade. Recorrente: Banco do Estado
de São Paulo S/A – BANESPA. Recorrido: Município de São Paulo. Relatora:

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Marivete Bassetto de Quadros 154
Min. Ellen Gracie, 29 de novembro de 2005. Lex: jurisprudência do Supre-
mo Tribunal Federal, São Paulo, v. 28, n. 327, p. 226-230, 2006.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 21)

11.11.4 Jurisprudência em Meio Eletrônico

As referências devem obedecer aos padrões indicados para


jurisprudência, de acordo com 10.11.3, acrescidas de informações
relativas à descrição física do meio eletrônico (disquetes, CD-ROM,
DVD, online e outros).

Exemplo 1

BRASIL. Supremo Tribunal Federal (2. Turma). Recurso Extraordinário


313060/SP. Leis 10.927/91 e 11.262 do município de São Paulo. Seguro
obrigatório contra furto e roubo de automóveis. Shopping centers, lojas de
departamento, supermercados e empresas com estacionamento para mais
de cinquenta veículos. Inconstitucionalidade. Recorrente: Banco do Estado
de São Paulo S/A – BANESPA. Recorrido: Município de São Paulo. Relatora:
Min. Ellen Gracie, 29 de novembro de 2005. Disponível em: http://redir.stf.
jusb/pagidoc260670. Acesso em: 19 ago. 2011.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 21)

Exemplo 2

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula n° 333. Cabe mandado de


segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de
economia mista ou empresa pública. Brasília, DF: Superior. Tribunal de Jus- 11
tiça, [2007]. Disponível em: http://www.stj.jus.br/SCON/sMA0. Acesso
em: 19 ago. 2011.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 21)

11.11.5 Atos Administrativos Normativos

Inclui ato normativo, aviso, circular, contrato, decreto, deli-


beração, despacho, edital, estatuto, instrução normativa, ofício, or-

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Marivete Bassetto de Quadros 155
dem de serviço, parecer, parecer normativo, parecer técnico, porta-
ria, regimento, regulamento e resolução, entre outros.
Os elementos essenciais são: jurisdição ou cabeçalho da en-
tidade (em letras maiúsculas); epígrafe: tipo, número e data de as-
sinatura do documento; ementa; dados da publicação. Quando ne-
cessário, acrescentam-se ao final da referência, como notas, ele-
mentos complementares para melhor identificar o documento, co-
mo: retificações, ratificações, alterações, revogações, dados refe-
rentes ao controle de constitucionalidade, vigência, eficácia, conso-
lidação e atualização (ABNT NBR 6023, 2018, p. 22).

Exemplo 1

RIO DE JANEIRO (Estado). Corregedoria Geral de Justiça. Aviso nº 309, de


28 de junho de 2005. [Dispõe sobre a suspensão do expediente na 6. Vara
de Órfãos e Sucessões da Comarca da Capital nos dias 01, 08, 15, 22 e 29
de julho de 2005]. Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro: parte 3:
seção 2: Poder Judiciário, Rio de Janeiro, ano 31, n. 19, p. 71, 30 jun.2005.

Exemplo 2

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Diretoria Colegiada. Circular nº 3.348, de 3


de maio de 2007. Altera o Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais
Internacionais (RMCCI). Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano
144, n. 85, p. 32, 4 maio 2007.

Exemplo 3

CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE (Rio de Janeiro). Deliberação nº 05/CES/


11
SES, de 6 de junho de 1997. Aprova o Regimento Interno do Conselho Es-
tadual de Saúde. Diário Oficial [do] Estado do Rio de Janeiro: parte 1:
Poder Executivo, Niterói, ano 23, n. 139, p. 29-31, 30 jul. 1997.

Exemplo 4

VARGINHA (MG). Edital de licitação nº 189/2007. Pregão nº 151/2007.


[Aquisição de leite pasteurizado]. Varginha: órgão oficial do município,
Varginha, ano 7, n. 494, p. 15, 31 maio 2007.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 156
Exemplo 5

RÁDIO ROQUETE PINTO. Estatuto da Rádio Roquete Pinto – ROQUETE. Ane-


xo ao Decreto nº 22.604, de 1 de novembro de 1996, que aprova o esta-
tuto da empresa pública Rádio Roquete Pinto – ROQUETE. Diário Oficial
[do] Estado do Rio de Janeiro: parte 1: Poder Executivo, Niterói, v. 22,
n. 211, p. 3-6, 4 nov. 1996.

Exemplo 6

BRASIL. Ministério da Educação. Ofício circular 017/MEC. Brasília, DF:


Ministério da Educação, 26 jan. 2006. Assunto: FUNDEB.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 23)

11.11.6 Atos Administrativos Normativos em Meio


Eletrônico

As referências devem obedecer aos padrões indicados para


atos administrativos normativos, de acordo com 10.11.5, acrescidas
de informações relativas à descrição física do meio eletrônico (dis-
quetes, CD-ROM, DVD, online e outros).

Exemplo 1

BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria de Acompanhamento Econômico.


Parecer técnico nº 06370/2006/RJ. Rio de Janeiro: Ministério da Fa-
zenda, 13 set. 2006. Disponível em: http://www.cade.gov.br/Plenario/Ses-
sao_386/Pareceres/ParecerSeae-AC-2006-08012.008423-International_
BusInes_MachIne. PDF. Acesso em: 4 out. 2010.
11
(ABNT NBR 6023, 2018, p. 24)

Exemplo 2

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ. Conselho de Adminis-


tração. Resolução nº 004/2018, de 18 de dezembro de 2018. Apro-
va o calendário das reuniões ordinárias do Conselho de Administração da
Universidade Estadual do Norte do Paraná CAD/UENP para o ano de 2019.
Jacarezinho: Conselho Universitário. 2018. Disponível em: https://uenp.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 157
edu.br/publicacoes-oficiais-uenp/conselhos-superiores/cad/cad-resoluco-
es/cad-resolucoes-2018/11918-resolucao-004-2018-cad-uenp/file. Acesso
em: 25 fev. 2019.

Exemplo 3

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ. Deliberação nº


010/2014, de 25 de junho de 2014. Solicitação de dilação de prazo pa-
ra integralização do curso. Pró-reitoria de Graduação. Câmara de Gradua-
ção. Jacarezinho: 2014. UENP/PROGRAD. Disponível em: https://uenp.edu.
br/publicacoes-oficiais-uenp/pro-reitorias/prograd-documentos/prograd-
-deliberacoes/camara-de-graduacao/deliberacoes-2014/4488-deliberacao-
-010-2014-solicitacao-de-dilacao-de-prazo-para-integralizacao-do-curso/
file. Acesso em: 26 fev. 2019.

11.12 Referência de Obras sem Autoria

Quando a autoria for desconhecida (por exemplo: artigos


de jornal sem autoria explícita, editoriais, etc.), a entrada é feita pe-
lo título. O termo anônimo não deve ser usado para substituir o no-
me do autor desconhecido.

Exemplo 1

PEQUENA biblioteca do vinho. São Paulo: Lafonte, 2012.

Exemplo 2

ONDA de frio: reviravolta traz vento e forte chance de neve. Zero Hora,
Porto Alegre, ano 47, n. 16.414, 12 ago. 2010. Disponível em: http://www. 11
clicbs.com.br/zerohora/jsp/default.jspx?uf1&actionflip. Acesso em: 12 ago.
2010.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 39)

11.13 Referência de Livros no Todo

SOBRENOME, Nome. Título: subtítulo. Edição. Local: Editora, ano de pu-


blicação.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 158
Exemplo 1

Elementos essenciais

ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 25. ed. São Paulo: Perspectiva,
2017.

Elementos complementares

ECO, Umberto. Como se faz uma tese. Tradução de Gilson Cesar Cardo-
so de Souza. 25. ed. São Paulo: Perspectiva, 2017. ISBN 978-8527300797.
232 p.

Exemplo 2

GODINHO, Thais. Vida organizada: como definir prioridades e transformar


seus sonhos em objetivos. São Paulo: Gente, 2014. E-book.

11.14 Referência de Capítulos de Livros

SOBRENOME, Nome [Autor do capítulo]. Título do capítulo. In: SO-


BRENOME, Nome. [Autor do livro]. Título: subtítulo do livro. Edição.
Local de publicação: Editora, ano de publicação. Página inicial-pági-
na final do capítulo.

Exemplo 1

Elementos essenciais

SARTORI, Giovanni. A democracia etimológica. In: SARTORI, Giovanni.


A teoria da democracia revistada. São Paulo: Ática, 1994. p. 40-61.
11
Elementos complementares

SARTORI, Giovanni. A democracia etimológica. In: SARTORI, Giovanni.


A teoria da democracia revistada. v. 1. O debate contemporâneo. Tra-
dução de Dinah de Abreu Azevedo. São Paulo: Ática, 1994. p. 40-61. ISBN
8508046081.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 159
Exemplo 2

PARO, Vitor Henrique. Estrutura da escola e educação como prática demo-


crática. In: CORREA, Bianca Cristina; GARCIA, Teise Oliveira; (org). Polí-
ticas educacionais e organização do trabalho na escola. São Paulo:
Xamã, 2008. p. 11-38.

Exemplo 3

SILVEIRA, L.; ALMEIDA, R. R.; MACEDO, J. Como ler textos de ficção. In:
MADUREIRA, L. (org.). Percursos da literatura brasileira. São Paulo:
Cortez, 2017. p. 63-76.

Exemplo 4

KLINK, Amyr. Um sonho que se apaga. In: KLINK, Amyr. Cem dias entre o
céu e mar. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p.80-100.

11.15 Referência de Obras do Mesmo Autor

Quando na ordenação das referências o(s) nome(s) do(s)


autor(es) de várias obras referenciadas sucessivamente aparece-
rem, na mesma página, repete-se o sobrenome e o nome.

Exemplo 1

MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa


qualitativa em saúde. 7. ed. São Paulo: Hucitec, 2000.

MINAYO, Maria Cecília de Souza. Os homens de ferro: estudo sobre os


11
trabalhadores da indústria extrativa de minério de ferro da Companhia Va-
le do Rio Doce em Itabira, Minas Gerais. Rio de Janeiro: Dois Pontos, 1986.

Exemplo 2

SACCONI, Luiz Antônio. Não erre mais. 21. ed. São Paulo: Atual, 1997.

SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática: teoria e prática. 26. ed. São
Paulo: Atual, 2001.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 160
11.16 Referência com Várias Obras Sequencial-
mente

Além do nome do autor, o título de várias edições de um do-


cumento referenciado sucessivamente, na mesma página, repete-se
o sobrenome e o nome.
O uso de traço sublinear na lista de referências para indicar
obras com o mesmo autor e de mesmo autor e título foi extinto na
versão atual da norma ABNT NBR 6023 (2018).

Exemplo 1

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração.


5. ed. São Paulo: Makron, 1998.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração.


6. ed.rev.atual. São Paulo: Campus, 2000.

Exemplo 2

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São


Paulo: Atlas, 1993.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São


Paulo: Atlas, 2002.

11.17 Trabalhos Acadêmicos

Os elementos essenciais para trabalho acadêmico são: au- 11


tor, título, subtítulo (se houver), ano de depósito, natureza do tra-
balho (tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso e outros),
grau (especialização, doutorado, entre outros) e curso entre parên-
teses, vinculação acadêmica, local e data de apresentação ou defe-
sa. Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares
à referência para melhor identificar o documento (ABNT NBR 6028,
2018, p. 6).

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 161
Poderá ser informado após o título a indicação do nome do
orientador em teses e dissertações, como elemento complementar
(ABNT NBR 6028, 2018, p. 7).

11.17.1 Tese (stricto sensu)

SOBRENOME, Nome. Título: subtítulo. Ano de defesa. Tese. (douto-


rado em...), Nome da Universidade. Local e ano.

Exemplo 1 – Elementos Essenciais

ANTONIO, Luciene Amorim. Mudança na permanência: análise da im-


plantação dos cursos técnicos integrados no Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Maranhão. 2018. (Tese de doutorado em Educação,
área de concentração: Estado, Sociedade e Educação). Faculdade de Edu-
cação da Universidade de São Paulo – USP, São Paulo, 2018.

Elementos Complementares

ANTONIO, Luciene Amorim. Mudança na permanência: análise da im-


plantação dos cursos técnicos integrados no Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Maranhão. Orientadora: Carmen Sylvia Vidigal Mo-
raes. 2018. 323 f. (Tese de doutorado em Educação, área de concentração:
Estado, Sociedade e Educação). Faculdade de Educação da Universidade de
São Paulo – USP, São Paulo, 2018.

Exemplo 2 – Elementos Essenciais

FURLAN, Vinicius. Gabriel Malagrida (1689-1761): educador e missioná-


rio da Companhia de Jesus na América Portuguesa. 2018. (Tese de douto-
rado em Educação). Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Programa 11
de Pós-Graduação em Educação. Universidade Estadual de Maringá – UEM,
Maringá, 2018.

Elementos Complementares

FURLAN, Vinicius. Gabriel Malagrida (1689-1761): educador e missio-


nário da Companhia de Jesus na América Portuguesa. Orientador: Cezar de
Alencar Arnaut de Toledo. 2018. 157 f. (Tese de doutorado em Educação).
Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Programa de Pós-Graduação
em Educação. Universidade Estadual de Maringá – UEM, Maringá, 2018.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 162
11.17.2 Tese On-Line

Exemplo on-line – Elementos Essenciais

REIS, Julio Cesar Meiron de Souza. Entre cúpulas e toucados: percursos


pelos passos e profetas de Congonhas. 2018. (Tese de doutorado em Edu-
cação). Estética e História da Arte. Interunidades em Estética e História da
Arte. Universidade de São Paulo – USP, São Paulo, 2018. Disponível em:
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/93/18-110019/pt-br.php. Aces-
so em: 26 fev. 2019.

Elementos Complementares

REIS, Julio Cesar Meiron de Souza. Entre cúpulas e toucados: percursos


pelos passos e profetas de Congonhas. Orientadora: Carmen Sylvia Guima-
rães Aranha. 2018. (Tese de doutorado em Educação). Estética e História
da Arte. Interunidades em Estética e História da Arte. Universidade de São
Paulo – USP, São Paulo, 2018. Disponível em: http://www.teses.usp.br/
teses/disponiveis/93/93131/tde-03122018-110019/pt-br.php. Acesso em:
26 fev. 2019.

11.17.3 Dissertação (stricto sensu)

SOBRENOME, Nome. Título: subtítulo. Ano de defesa. Dissertação.


(mestrado em...) Curso, Nome da Universidade. Local e ano.

Exemplo 1 – Elementos Essenciais

ALVES, Angélica Rodrigues. Mordendo pedras: o debate silenciado dos


movimentos de redução da maioridade penal. 2018. [Dissertação] (Mes-
trado em Ciências Jurídicas). Universidade Estadual do Norte do Paraná –
UENP, Campus de Jacarezinho, Jacarezinho – PR, 2018.
11
Elementos Complementares

ALVES, Angélica Rodrigues. Mordendo pedras: o debate silenciado dos


movimentos de redução da maioridade penal. Orientador: Mauricio Gon-
çalves Saliba. 2018. 188 f. [Dissertação] (Mestrado em Ciências Jurídicas).
Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP, Campus de Jacarezinho.
Jacarezinho – PR, 2018.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 163
Exemplo 2 – Elementos Essenciais

QUADROS, Carolina de. Desigualdade salarial em razão de gênero


e jurisdição trabalhista. 2018. [Dissertação] (Mestrado em Jurisdição
e Processo na contemporaneidade). Centro Universitário Internacional –
UNINTER, Curitiba, 2018.

Elementos Complementares

QUADROS, Carolina de. Desigualdade salarial em razão de gênero e


jurisdição trabalhista. Orientadora: Estefânia Maria de Queiroz Barbo-
za. 2018. 137 f. [Dissertação] (Mestrado em Jurisdição e Processo na con-
temporaneidade). Centro Universitário Internacional – UNINTER, Curitiba,
2018.

11.17.4 Dissertação On-Line

Exemplo 1 On-Line

PENIDO, Thais Nogueira. Um estudo dos resumos de dissertações de


mestrado e teses de doutorado: 45 anos de produção em leitura no Bra-
sil (1965-2010). 2017. (Dissertação de Mestrado). Faculdade de Educação
da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, Campinas, 2017. Dis-
ponível em: http://repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/330329. Aces-
so em: 26 fev. 2019.

Exemplo 2 On-Line

RIBEIRO, André Elias Morelli. Princípios do método clínico de Jean Pia-


get: uma análise dos protocolos de pesquisa entre 1920 e 1922. Orienta-
dor: Leonardo Lemos de Souza. 2018. 262 f. (Dissertação de Mestrado).
Psicologia. Universidade Estadual Paulista – UNESP, Assis – SP, 2018. Dispo-
nível em: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/154148. Acesso em:
11
26 fev. 2019.

11.17.5 Especialização (lato sensu)

SOBRENOME, Nome. Título: subtítulo. Ano de defesa. Monogra-


fia, Projeto de Intervenção, outros. (Especialização em...). Nome da
Universidade. Local e ano.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 164
Exemplo 1 – Elementos Essenciais

FONSECA, Camila Lemes; SANTOS, Mayara Laís Lopes dos. Casa abrigo
e Psicopedagogia: os olhares que se entrelaçam. 2010. Monografia. (Es-
pecialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional). Universidade Esta-
dual do Norte do Paraná, Campus de Jacarezinho. Jacarezinho – PR, 2010.

Elementos Complementares

FONSECA, Camila Lemes; SANTOS, Mayara Laís Lopes dos. Casa abrigo e
Psicopedagogia: os olhares que se entrelaçam. 2010. 58 f. Monografia.
Orientadora: Marivete Bassetto de Quadros. (Especialização em Psicope-
dagogia Clínica e Institucional). Universidade Estadual do Norte do Paraná,
Campus de Jacarezinho. Jacarezinho – PR, 2010.

Exemplo 2 – Elementos Essenciais

WEBBER, Gabriel. Projeto paisagem sonora Matinhos: intervenção na


rede social e a educomunicação socioambiental. 2015. Projeto de Interven-
ção. (Especialização em Educação Ambiental). Programa de Pós-Graduação
em Educação Ambiental com Ênfase em Espaços Educadores Sustentáveis.
Universidade Federal do Paraná. Matinhos – PR, 2015.

Elementos Complementares

WEBBER, Gabriel. Projeto paisagem sonora Matinhos: intervenção na


rede social e a educomunicação socioambiental. Orientadora: Helena Midori
Kashiwagi. 2015. 35 f. Projeto de Intervenção (Especialização em Educação
Ambiental). Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental com Ên-
fase em Espaços Educadores Sustentáveis. Universidade Federal do Paraná.
Matinhos – PR, 2015.

11.17.6 Trabalho de Conclusão de Curso


11
SOBRENOME, Nome. Título: subtítulo. Ano de defesa. Monografia,
Projeto de Intervenção, outros (Graduação em...). Nome da Univer-
sidade. Local e ano.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 165
Exemplo 1 – Elementos Essenciais

OLIVEIRA, Ariane Xavier de. Formação de conceitos científicos no En-


sino Superior: uso das tecnologias digitais. 2016. Monografia. (Graduação
em Pedagogia). Departamento de Educação, Comunicação e Artes da Uni-
versidade Estadual de Londrina – UEL, Londrina, 2016.

Elementos Complementares

OLIVEIRA, Ariane Xavier de. Formação de conceitos científicos no En-


sino Superior: uso das tecnologias digitais. Orientadora: Diene Eire de
Mello. 2016. 81 f. Monografia. (Graduação em Pedagogia). Departamento
de Educação, Comunicação e Artes da Universidade Estadual de Londrina –
UEL, Londrina, 2016.

Exemplo 2 – Elementos Essenciais

PEREIRA, Lucas. Smartphones: implicações nas práticas docentes e dis-


centes. 2018. Monografia. (Graduação em Pedagogia). Centro de Ciências
Humanas e da Educação – CCHE. Universidade Estadual do Norte do Paraná
– UENP, Campus de Jacarezinho. Jacarezinho – PR, 2018.

Elementos Complementares

PEREIRA, Lucas. Smartphones: implicações nas práticas docentes e dis-


centes. Orientadora: Marivete Bassetto de Quadros. 2018. 48 f. Monografia.
(Graduação em Pedagogia). Centro de Ciências Humanas e da Educação –
CCHE. Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP, Campus de Jaca-
rezinho. Jacarezinho – PR, 2018.

Exemplo 3 – Elementos Essenciais

MESQUITA, Polyanna Santiago de. A importância da prática da escu- 11


ta na Educação Infantil. 2018. Monografia. (Graduação em Pedagogia).
Centro de Ciências Humanas e da Educação – CCHE. Universidade Estadu-
al do Norte do Paraná – UENP, Campus de Jacarezinho. Jacarezinho – PR,
2018.

Elementos Complementares

MESQUITA, Polyanna Santiago de. A importância da prática da escu-


ta na Educação Infantil. 2018. 51 f. Orientadora: Luciana Fernandes
de Aquino. Monografia. (Graduação em Pedagogia). Centro de Ciências

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 166
Humanas e da Educação – CCHE. Universidade Estadual do Norte do Paraná
– UENP, Campus de Jacarezinho. Jacarezinho – PR, 2018.

11.18 Congressos, Conferências, Encontros, Se-


minários, Workshops e outros Eventos
Científicos

NOME DO EVENTO, numeração (se houver), ano e local de realização


(cidade). Título. da publicação. Local: editora, data de publicação.

11.18.1 Referência Completa de Evento

Exemplo 1 – Elementos Essenciais

INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON CHEMICAL CHANGES DURING FOOD


PROCESSING, 2. 1984. Valencia. Proceedings [...]. Valencia: Instituto de
Agroquímica y Tecnología de Alimentos, 1984.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 16)

Exemplo 2 – Elementos Complementares

CONGRESSO INTERNACIONAL DO INES, 8.; SEMINÁRIO NACIONAL DO


INES, 14., 2009, Rio de Janeiro. Anais [...]. Rio de Janeiro: Instituto Nacio-
nal de Educação de Surdos, 2009. 160 p. Tema: Múltiplos Atores e Saberes
na Educação de Surdos. Inclui bibliografia.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 16)

Obs. As reticências entre colchetes são usadas para indicar supressão de tí- 11
tulos. Anais [...], sendo opcional a supressão.

11.18.2 Evento no Todo em Publicação Periódica

NOME DO EVENTO, numeração (se houver), ano e local (cidade).


Título. da publicação. Dados do periódico. Local: editora, data de
publicação.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 167
Obs. Quando necessário, acrescentam-se elementos complementa-
res à referência para melhor identificar o documento.

Exemplo 1 – Elementos Essenciais

CONGRESSO DO CENTRO-OESTE DE CLÍNICOS VETERINÁRIOS DE PEQUE-


NOS ANIMAIS, 3.; FEIRA DO CENTRO-OESTE DO MERCADO PET, 3., 2006,
[Brasília, DF]. [Trabalhos científicos e casos clínicos]. Ciência Animal Bra-
sileira. Goiânia: UFG, nov. 2006. Suplemento 1.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 16)

Exemplo 2 – Elementos Complementares

CONGRESSO BRASILEIRO DE OLERICULTURA, 41.; ENCONTRO SOBRE


PLANTAS MEDICINAIS, Horticultura Brasileira. Brasília, DF: Apresenta-
ção, artigos, palestras, instruções... Sociedade de Olericultura do Brasil, v.
19, n. 2, jul. 2001. Suplemento. Tema: Dos orgânicos aos transgênicos.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 16)

11.18.3 Evento no Todo em Meio Eletrônico

As referências devem obedecer aos padrões indicados pa-


ra o evento no todo, de acordo com 10.18.1 e 10.18.2, acrescidas
do DOI (se houver) e de informações relativas à descrição física do
meio eletrônico (disquetes, CD-ROM, online e outros).

Exemplo 1 – Elementos Essenciais


11
CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPE, 4., 1996, Recife. Anais
eletrônicos [...]. Recife: UFPE, 1996. Disponível em: http://www.propesq.
ufpe.br/anais/anais.htm. Acesso em: 21 jan. 1997.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 17)

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 168
Exemplo 2 – Elementos Essenciais

CONFERÊNCIA DE GESTÃO HOTELEIRA DO BRASIL, 2., 2004, Rio de Janei-


ro: Hotel management II. Rio de Janeiro: Senac/CPRTV, [2004]. 4 fitas
de vídeo, VHS, NTSC.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 17)

Exemplo 3 – Elementos Complementares

CONGRESSO BRASILEIRO DE SOJA, 5.; CONGRESSO DE SOJA DO MERCO-


SUL, 2009, Goiânia. Anais [...]. Brasília, DF: Embrapa, 2009. 1 CD-ROM.
Siglas dos eventos: CBSOJA e MERCOSOJA. Tema: Soja: fator de desenvol-
vimento do Cone Sul.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 17)

11.18.4 Parte de Trabalhos Científicos Publica-


dos em Evento

SOBRENOME, Nome (autor), Titulo do Trabalho. In: Nome do Even-


to, Numeração do evento (se houver), ano e local (cidade) de reali-
zação, título do documento, local, editora, data da publicação e pá-
ginas inicial e final da parte referenciada.

Obs1. Quando necessário, acrescentam-se elementos complemen-


tares à referência para melhor identificar o documento.
Obs2. Para trabalhos somente apresentados, recomenda-se como
ordem de elementos essenciais: autor, título, subtítulo (se houver) 11
e data de apresentação.

Exemplo 1 – Elementos Essenciais

BRAYNER, A. R. A.; MEDEIROS, C. B. Incorporação do tempo em SGBD


orientado a objetos. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE BANCO DE DADOS, 9.,
1994, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: USP, 1994. p. 16-29.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 18)

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 169
Exemplo 2 – Elementos Essenciais

ZUBEN, A. V.; CASANOVA, C.; BALDINI, M. B. D.; RANGEL, O.; ANGERA-


MI, R. N.; RODRIGUES, R. C. A.; PRESOTTO, D. Vigilância epidemiológica
da leishmaniose visceral americana (LVA) em cães no município de Cam-
pinas, São Paulo. In: REUNIÃO DE PESQUISA APLICADA EM DOENÇAS DE
CHAGAS, 26.; REUNIÃO DE PESQUISA APLICADA EM LEISHMANIOSES, 14.,
2010, Uberaba. Anais [...]. Uberaba: Universidade Federal do Triangulo Mi-
neiro, 2010. p. 135-175.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 18)

Exemplo 3 – Elementos Complementares

MARTIN NETO, L.; BAYER, C.; MIELNICZUK, J. Alterações qualitativas da


matéria orgânica e os fatores determinantes da sua estabilidade num so-
lo podzólico vermelho-escuro em diferentes sistemas de manejo. In: CON-
GRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO, 26., 1997, Rio de Janeiro. Re-
sumos [...]. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 1997.
p. 443, ref. 6-141.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 18)

11.18.5 Artigos Científicos Publicados em Peri-


ódicos

SOBRENOME, Nome (autor). Título do trabalho. Título do Periódico,


Local de publicação, numeração do ano e/ou volume, número e/ou edi-
ção, tomo (se houver), páginas inicial e final, data ou período de pu-

11
blicação, nota indicando o número e o nome do evento, e ano e local.

Exemplo 1

GONÇALVES, R. P. M. et al. Aspectos hematológicos de cães parasitados por


Babesia canis na cidade de Niterói, RJ entre os anos de 1994 a 2005: par-
te 1: eritrograma. Ciência Animal Brasileira, Goiânia, p. 271-273, nov.
2006. Supl. 1. Trabalho apresentado no 3º Congresso do Centro-Oeste de
Clínicos Veterinários de Pequenos Animais, 2006, [Brasília, DF].

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 18)

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 170
Exemplo 2 – Versão impressa

INOUYE, Keika; ORLANDI, Fabiana de Souza; PAVARINI, Sofia Cristina Iost;


PEDRAZZANI, Elisete Silva. Efeito da Universidade Aberta à terceira idade
sobre a qualidade de vida do idoso. Educação e Pesquisa. v. 44, Epub 21-
Ago-2017. São Paulo, 2018. ISSN 1517-9702.

Exemplo 3 – Versão eletrônica

INOUYE, Keika; ORLANDI, Fabiana de Souza; PAVARINI, Sofia Cristina Iost;


PEDRAZZANI, Elisete Silva. Efeito da Universidade Aberta à terceira idade
sobre a qualidade de vida do idoso. Educação e Pesquisa v. 44, Epub 21-
Ago-2017. São Paulo, 2018. ISSN 1678-46.34. Disponível em: http://www.
scielo.br/scielo.php?ext&pid=S1517-97022018000100300&lng=pt&nrm=i-
so. Acesso em: 12 mar. 2019.

Exemplo 4 – Versão impressa

GASQUE, Kelley Cristine Gonçalves Dias; COSTA, Sely Maria de Souza.


Comportamento dos professores de educação básica na busca de informa-
ção para formação continuada. Ciência da Informação, Brasília, v. 32, n.
3, p. 54-61, set./dez. 2003.

11.18.6 Trabalhos Científicos Publicados em Even-


to Eletrônico

As referências devem obedecer aos padrões indicados para


trabalhos apresentados em evento, de acordo com o item 11.18.4,
acrescidas do DOI* (se houver) e de informações relativas à descri-
ção física do meio eletrônico (disquetes, CD-ROM, online e outros).
11
*DOI – Digital Object Identifier ou seja, Identificador de Objeto Digital.

Exemplo 1

GUNCHO, M. R. A educação à distância e a biblioteca universitária. In: SE-


MINÁRIO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 10., 1998, Fortaleza, Anais
[...]. Fortaleza: Tec Treina, 1998. 1 CD-ROM.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 18)

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 171
Exemplo 2

PINTO, Wagner Fernandes; FERNANDES, Elaine Valéria Cândido. A impor-


tância de práticas voltadas à saúde de escolares do ensino médio integrado:
a ginástica laboral como ponto de partida. In: SEMANA EDUCACIONAL e SE-
MINÁRIO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO. 26; 4. 2017, Jacarezinho. Cader-
no de Resumos [...]. Jacarezinho – PR: Universidade Estadual do Norte do
Paraná – UENP. p. 42-44. Disponível em: https://uenp.edu.br/calendario-
de-eventos/evento-uenp4a8b874e5. Acesso em: 27 fev. 2019.

Exemplo 3

DOMINATO, Fernanda; FERREIRA, Rafaela Rodrigues. Possibilidades de atu-


ação do pedagogo em ambientes não escolares. In: Seminário de Pesqui-
sa em Educação. 3, 2016. Jacarezinho, Anais [...]. Jacarezinho – PR: Uni-
versidade Estadual do Norte do Paraná – UENP. p. 183-198. Disponível em:
https://uenp.edu.br/images/eventos/2016/seminario-educacao/anais_iii_
sem_pes_educ__pedagogia2016.pdf. Acesso em: 27 fev. 2019.

11.19 Documento Audiovisual

Inclui imagens em movimento e registros sonoros nos supor-


tes: disco de vinil, DVD, blu-ray, CD, fita magnética, vídeo, filme em
película, entre outros.

11.19.1 Filmes, Vídeos, entre Outros

Os elementos essenciais são: título, diretor e/ou produtor,

11
local, empresa produtora ou distribuidora, data e especificação do
suporte em unidades físicas. Quando necessário, acrescentam-se
elementos complementares à referência para melhor identificar o
documento.
Os elementos diretor, produtor, local e empresa produtora
ou distribuidora devem ser transcritos se constarem no documento.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 172
Exemplo 1 – Elementos Essenciais

OS PERIGOS do uso de tóxicos. Produção de Jorge Ramos de Andrade. São


Paulo: CERAVI, 1983. 1 fita de vídeo (30 min), VHS, son., color.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 25)

Exemplo 2 – Elementos Complementares

CENTRAL do Brasil. Direção: Walter Salles Júnior. Produção: Martire de Cler-


mont-Tonnerre e Arthur Cohn. Intérpretes: Fernanda Montenegro, Marilia
Pera, Vinicius de Oliveira, Sônia Lira, Othon Bastos, Matheus Nachtergaele
et al. Roteiro: Marcos Bernstein, João Emanuel Carneiro e Walter Salles Jú-
nior. [S. l.]: Le Studio Canal; Riofilme; MACT Productions, 1998. 5 rolos de
filme (106 min), son., color., 35 mm.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 25)

Exemplo 3 – Elementos Complementares

O DESCOBRIMENTO do Brasil. Fotografia de Carmem Souza. Gravação de


Marcos Lourenço. São Paulo: CERAVI, 1985. 31 diapositivos, color. + 1 fita
cassete (15 min), mono.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 25)

11.19.2 Filmes, Vídeos, entre Outros em Meio Ele-


trônico

As referências devem obedecer aos padrões indicados para


filmes, vídeos, entre outros, de acordo com 10.19.1, acrescidas de
11
informações relativas à descrição física do meio eletrônico.
Esta seção inclui exemplos de CD-ROM, DVD, YouTube, e dis-
co blu-ray. Quando necessário, acrescentam-se elementos comple-
mentares à referência para melhor identificar o documento.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 173
Exemplo 1 – Elementos Essenciais

JOHN Mayall & The Bluesbreakers and friends: Eric Clapton, Chris Barber,
Mick Taylor: 70th birthday concert. [London]: Eagle Rock Entertainment,
2003. 1 disco blu-ray (ca. 159 min).

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 25)

Exemplo 2 – Elementos Complementares

BLADE Runner. Direção: Ridley Scott. Produção: Michael Deeley. Intér-


pretes: Harrison Ford; Rutger Hauer; Sean Young; Edward James Olmos
e outros. Roteiro: Hampton Fancher e David Peoples. Música: Vangelis.
Los Angeles: Warner Brothers, c1991. 1 DVD (117 min), widescreen, co-
lor. Baseado na novela “Do androids dream of electric sheep?”, de Philip
K. Dick.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 25)

Exemplo 3 – Elementos Essenciais

BREAKING bad: the complete second season. Creator and executive produ-
ced by Vince Gilligan. Executive Producer: Mark Johnson. Washington, DC:
Sony Pictures, 2009. 3 discos blu-ray (615 min).

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 25)

Exemplo 4 – Elementos Complementares

11
BOOK. [S. l.: s. n.], 2010. 1 vídeo (3 min). Publicado pelo canal Leeres-
tademoda. Disponível em: http:// www.youtube.com/watch?viwPj0qgvfIs.
Acesso em: 25 ago. 2011.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 25)

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 174
Exemplo 5 – Elementos Complementares

UM MANIFESTO 2.0 do bibliotecário. Mash up por Laura Cohen. Tradução:


Maria José Vicentini Jorente. [S. l.: s. n.], 2007. 1 vídeo (4 min). Dispo-
nível em: http://www.youtube.com/watch?vYj1p0A8DMrE. Acesso em: 12
maio 2010.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 25)

11.19.3 Documento Sonoro no Todo

Os elementos essenciais são: título, responsável pela auto-


ria, compositor, intérprete, ledor, entre outros, local, gravadora, da-
ta e especificação do suporte. Para audiolivros, a indicação do au-
tor do livro (se houver) deve preceder o título. Quando necessário,
acrescentam-se elementos complementares à referência para me-
lhor identificar o documento.

Exemplo 1 – Elementos Essenciais

MOSAICO. [Compositor e intérprete]: Toquinho. Rio de Janeiro: Biscoito Fi-


no, 2005. 1 CD (37 min).

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 26)

Exemplo 2 – Elementos Complementares

THE NINE symphonies. Compositor: Ludwig van Beethoven. Orquestra:


Wiener Philharmoniker. Regente: Leonard Bernstein. Soprano: Gwyneth Jo-
nes. Contralto: Hanna Schwarz. Tenor: René Kollo. Baixo: Kurt Moll. Coro:
11
Konzertvereinigung Wiener Staatsopernchor. Hamburg: Deutsche Gramo-
phon, 1980. 5 CD.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 26)

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 175
Exemplo 3 – Elementos Complementares

RIO: trilha sonora original do filme. [S. l.]: Universal Music, 2011. 1 CD (40
min). Vários intérpretes.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 26)

Exemplo 4 – Elementos Essenciais

BÍBLIA em áudio: novo testamento. Intérprete: Cid Moreira. Brasília, DF:


Sociedade Bíblica do Brasil, 2010, 1 disco blue-ray.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 26)

Exemplo 5 – Elementos Complementares

GOMES, Laurentino. 1822. Na voz de Pedro Bial. [S. l.]: Plugme, 2011. 1
audiolivro (CD-ROM).

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 26)

Exemplo 6 – Elementos Complementares

BAUM, L. F. The wonderful land of Oz. Ledor: Roy Trumbull. [S. l.]: Pro-
ject Gutenberg, 2005. 1 audiolivro (CD-ROM), extensão MP3 (4 MB).

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 26)

11.19.4 Parte de Documento Sonoro


11
Os elementos essenciais são: título, intérprete, compositor
da parte (ou faixa de gravação), seguidos da expressão In: e da re-
ferência do documento sonoro no todo, conforme 10.19.3. No final
da referência, deve-se informar a faixa ou outra forma de individu-
alizar a parte referenciada. Para audiolivros, a indicação do autor do
livro (se houver) deve preceder o título da parte. Quando necessá-
rio, acrescentam-se elementos complementares à referência para
melhor identificar o documento.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 176
Exemplo 1 – Elementos Essenciais

JURA secreta. Intérprete: Simone. Compositores: S. Costa e A. Silva. In: FA-


CE a face. Intérprete: Simone. [S. l.]: Emi-Odeon Brasil, 1977. 1 CD, faixa 7.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 27)

Exemplo 2 – Elementos Complementares

TOQUE macio. Intérprete: Alcione. Compositor: A. Gino. In: OURO e cobre.


Intérprete: Alcione. São Paulo: RCA Victor, 1988. 1 disco vinil, lado A, fai-
xa 1 (4 min).

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 27)

11.19.5 Documento Sonoro em Meio Eletrônico

As referências devem obedecer aos padrões indicados para


os documentos sonoros, de acordo com 10.19.3 e 10.19.4, acresci-
das de informações relativas à descrição física do meio eletrônico.
Apresenta-se nesta seção exemplos de referência de Pod-
cast.

Exemplo 1

SALVO Melhor Juízo 51: Visões do Direito com Mario Losano. Produção, di-
reção e apresentação: Thiago Hansen. Entrevistado: Mario Losano. Milão
– IT: SMJ, 6 ago. 2017. (107 min.). Podcast. Disponível em: https://soun-
dcloud.com/salvo-melhor-ju-zo/smj-51-visoes-do-direito-com-mario-losa-
no. Acesso em: 28 fev. 2019. 11
Exemplo 2

POLITIQUÊS 63: O que é marxismo. O que definitivamente não é marxismo.


[Locução de]: Conrado Corsalette. Entrevistado: Celso Rocha de Barros e
Eduardo Wolf. [S. l.]: Nexo Jornal. 28 dez. 2018. (49 min). Podcast. Dispo-
nível em: https://soundcloud.com/politiques-nexo-jornal/o-que-emarxis-
mo. Acesso em: 28 fev. 2019.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 177
Exemplo 3

SALVO Melhor Juízo 62: Reforma trabalhista. Produção, direção e apre-


sentação: Thiago Hansen Coapresentação: Carolina de Quadros. Entrevis-
tados: Nasser Ahmad Allan e Valdete Souto Severo. Curitiba: SMJ. 5 mar.
2018. (82 min.). Podcast. Disponível em: https/smj-62-reforma-trabalhis-
ta. Acesso em: 28 fev. 2019.

Exemplo 4

FORO de Teresina 38: Os novos donos do Congresso, as leis de Moro e


o escândalo do governo. [Locução de]: Fernando de Barros e Silva, Jo-
sé Roberto de Toledo e Malu Gaspar. São Paulo: Revista Piauí. 20 fev.
2019. (48 min.). Podcast. Disponível em: https://soundcloud.com/revista-
piaui/38-os-novos-donos-do-congresso?in=revistapiaui/sets/foro-de-tere-
sina. Acesso em: 28 fev. 2019.

11.20 Documento Iconográfico

Inclui pintura, gravura, ilustração, fotografia, desenho téc-


nico, diapositivo, diafilme, material estereo- gráfico, transparência,
cartaz, entre outros.
Os elementos essenciais são: autor, título, data e especifica-
ção do suporte. Em obras de arte, quando não existir o título, de-
ve-se indicar a expressão Sem título, entre colchetes. Quando ne-
cessário, acrescentam-se elementos complementares à referência
para melhor identificar o documento.

Exemplo 1 – Elementos Essenciais 11


KOBAYASHI, K. Doença dos xavantes. 1980. 1 fotografia.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 29)

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 178
Exemplo 2 – Elementos Essenciais

TELECONFERÊNCIA REDE SESC-SENAC, 2010. Comportamento do con-


sumidor. [Rio de Janeiro: Senac/DN], 2010. 1 cartaz.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 29)

Exemplo 3 – Elementos Essenciais

O QUE acreditar em relação à maconha. São Paulo: CERAVI, 1985. 22 trans-


parências, color., 25 x 20 cm.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 29)

Exemplo 4 – Elementos Complementares

SAMÚ, R. Vitória, 18,35 horas. 1977. 1 gravura, serigraf., color., 46 x 63


cm. Coleção particular.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 29)

Exemplo 5 – Elementos Complementares

MATTOS, M. D. Paisagem-Quatro Barras. 1987. 1 original de arte, óleo


sobre tela, 40 x 50 cm. Coleção particular.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 29)

Exemplo 6 – Elementos Complementares


11
LEVI, R. Edifício Columbus de propriedade de Lamberto Ramengoni
à Rua da Paz, esquina da Avenida Brigadeiro Luiz Antonio: n. 1930-
1933. 1997. Plantas diversas. 108 f. Originais em papel vegetal.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 29)

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 179
Exemplo 7 – Elementos Essenciais

FERRARI, León. [Sem título]. 1990. Pintura, pastel e tinta acrílica sobre
madeira, 160 x 220 x 5 cm.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 29)

11.21 Documento Iconográfico em Meio Eletrô-


nico

As referências devem obedecer aos padrões indicados para


documento iconográfico, de acordo com 10.20, acrescidas de infor-
mações relativas à descrição física do meio eletrônico (disquetes,
CD-ROM, online, entre outros).

Exemplo 1 – Elementos Essenciais

HOUTE, Jef Van den. Black hole. 1 June 2010. 1 fotografia. Disponível em:
http://photo.net/photodb/photo?photo_idx11724012. Acesso em: 26 maio
2011.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 30)

Exemplo 2 – Elementos Complementares

FLORIANÓPOLIS AUDIOVISUAL MERCOSUL, 2011, Florianópolis. FAM2011:


15 anos: festival + fórum. Florianópolis: Associação Cultural Panavision,
2011. 1 cartaz, 656 x 468 pixels, 72 dpi, 60,4 Kb, RGB, formato jpeg.
Disponível em: http://4.bp.blogspot.fam2011_postal_.jpg. Acesso em: 21
ago. 2011. 11
(ABNT NBR 6023, 2018, p. 30)

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 180
Exemplo 3 – Elementos Essenciais

CENTRO DE CAPACITAÇÃO DA JUVENTUDE. Chega de violência e ex-


termínio de jovens. [2009]. 1 cartaz, color. Disponível em: http://www.
ccj.org.br/site/documentos/Cartaz_Campanha.jpg. Acesso em: 25 ago.
2011.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 30)

Exemplo 4 – Elementos Essenciais

PICASSO, Pablo. [Sem título]. [1948]. 1 gravura. Disponível em: http://


www.belgaleria.com.br. Acesso em: 22 ago. 2014.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 30)

11.22 Documento Cartográfico

Inclui atlas, mapa, globo, fotografia aérea, entre outros.


Os elementos essenciais são: autor, título, subtítulo (se hou-
ver), local, editora, data de publicação, descrição física e escala (se
houver). Quando necessário, acrescentam-se elementos comple-
mentares à referência para melhor identificar o documento.

Exemplo 1 – Elementos Essenciais

INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO (São Paulo). Regiões de go-


verno do Estado de São Paulo. São Paulo: IGC, 1994. 1 atlas. Escala
1:2,000.
11
(ABNT NBR 6023, 2018, p. 31)

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 181
Exemplo 2 – Elementos Complementares

CESP; TERRAFOTO. Recobrimento aerofotogramétrico do litoral sul.


São Paulo: CESP, 1981. 1 foto índice, p&b, papel fotogr., 89 x 69 cm. Es-
cala voo 1:35.000; Escala foto-índice 1:100.000. Folha SG 23-V-C-I. Ar-
ticulação Q28AA. Data do voo: 1980/81. Conteúdo: faixa 21, fotos: 024-
029; faixa 22A, fotos: 008-013; faixa 23A, fotos: 007-011; faixa 24, fotos:
012-015; faixa 25, fotos: 010-011; faixa 26, fotos: 008-009; faixa 27, fo-
to:008.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 31)

Exemplo 3 – Elementos Essenciais

BRASIL e parte da América do Sul: mapa político, escolar, rodoviário, tu-


rístico e regional. São Paulo: Michalany, 1981. 1 mapa, color., 79 x 95 cm.
Escala 1:600.000.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 31)

Exemplo 4 – Elementos Complementares

INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL (São Paulo). Billings: o maior reservatório


de água de São Paulo, ameaçado pelo crescimento urbano. São Paulo: ISA,
2000. 1 imagem de satélite, color., 70 x 99 cm. Escala 1:56.000. Satélite
LANDSAT 7 fornecidas por Alado Ltda., cenas 219-76/77 de 30/04/2000,
composição R4 G3 B2 transformadas para cores verdadeiras e reamostra-
das para 15 m.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 31)

11.23 Documento Cartográfico em Meio Eletrô- 11


nico

As referências devem obedecer aos padrões indicados para


documento cartográfico, de acordo com 10.22, acrescidas de infor-
mações relativas à descrição física do meio eletrônico (CD-ROM, on-
line, entre outros).

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 182
Exemplo 1 – Elementos Essenciais

PERCENTAGEM de imigrantes em São Paulo, 1920. Neo Interativa, Rio de


Janeiro, n. 2, inverno 1994. 1 mapa, color. 1 CD-ROM.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 32)

Exemplo 2 – Elementos Complementares

INSTITUTO DE PESQUISAS ESPACIAIS (Brasil). Adamantina, São Pau-


lo. São José dos Campos: INPE, 2014. 1 imagem de satélite, color. Saté-
lite CBERS 2B, instrumento CCD. Intervalo de tempo: de 29 maio 1973 a
26 nov. 2014. Lat. -21.741667, Long. -51.001667. Disponível em: http://
www.dgi.inpe.br/CDSR/. Acesso em: 26 nov. 2014.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 32)

Exemplo 3 – Elementos Essenciais

FLORIDA MUSEUM OF NATURAL HISTORY. 1931-2000 Brazil’s confirmed


unprovoked shark attacks. Gainesville: Florida Museum of Natural His-
tory, [2000?]. 1 mapa, color. Escala 1:40.000.000. Disponível em: http://
www.flmnh.ufl.edu/fish/Sharks/statistics/Gattack/map/Brazil.jpg. Acesso
em: 15 jan. 2002.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 32)

Exemplo 4 – Elementos Complementares

IBGE. Amparo: região sudeste do Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE,


1983. 1 carta topográfica, color., 4465 x 3555 pixels, 5,50 MB, jpeg. Escala
1:50.000. Projeção UTM. Datum horizontal: marégrafo Imbituba, SC, Da- 11
tum vertical: Córrego Alegre, MG. Folha SF 23-Y-A-VI-1, MI 2738-1. Dispo-
nível em: http://biblioteca.ibge.gov.br/detalhes&idx6401. Acesso em: 25
nov. 2014.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 32)

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 183
11.24 Documento Tridimensional

Inclui esculturas, maquetes, objetos (fósseis, esqueletos, ob-


jetos de museu, animais empalhados e monumentos), entre outros.
Os elementos essenciais são: autor (criador, inventor, entre
outros), título (quando não existir, deve-se atribuir uma denomina-
ção, entre colchetes), local, produtor ou fabricante, data e especifi-
cação do documento tridimensional. Quando necessário, acrescen-
tam-se elementos complementares à referência para melhor identi-
ficar o documento.

Exemplo 1 – Elementos Essenciais

DUCHAMP, Marcel. Escultura para viajar. 1918. 1 escultura variável, bor-


racha colorida e cordel.

Exemplo 2 – Elementos Complementares

DUCHAMP, Marcel. Escultura para viajar. 1918. 1 escultura variável,


borracha colorida e cordel. Original destruído. Cópia por Richard Hamil-
ton, feita por ocasião da retrospectiva de Duchamp na Tate Gallery (Lon-
dres) em 1966. Coleção de Arturo Schwarz. Título original: Sculpture for
travelling.

Exemplo 3 – Elementos Essenciais

TOLEDO, Amelia. Campos de cor. 2010. 1 escultura variável, tecidos co-


loridos.
11
Exemplo 4 – Elementos Complementares

TOLEDO, Amelia. Campos de cor. 2010. 1 escultura variável, tecidos


coloridos. Original. Exposta na 29ª Bienal Internacional de Arte de São
Paulo.

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Marivete Bassetto de Quadros 184
Exemplo 5 – Elementos Complementares

COMPANHIA DAS ÍNDIAS. [Bule de porcelana]. [China]: Companhia das


Índias, [18--]. 1 bule. Família rosa, decorado com buquês e guirlandas de
flores sobre fundo branco, pegador de tampa em formato de fruto.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 32-33)

11.25 Documento de Acesso Exclusivo em Meio Ele-


trônico

Inclui bases de dados, listas de discussão, programas de


computador, redes sociais, mensagens eletrônicas, entre outros.
Os elementos essenciais são: autor, título da informação
ou serviço ou produto, versão ou edição (se houver), local, data e
descrição física do meio eletrônico. Quando necessário, acrescen-
tam-se elementos complementares à referência para melhor iden-
tificar o documento.

Exemplo 1 – Elementos Essenciais

APPLE. OS X El Capitan. Versão 10.11.6. [Cupertino]: Apple, c2017.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 33)

Exemplo 2 – Elementos Complementares

11
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas.doc: nor-
mas para apresentação de trabalhos. Curitiba, 1998. 5 disquetes, 3 ½ pol.
Word for Windows 7.0.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 33)

Exemplo 3 – Elementos Essenciais

A GAME of Thrones: the board game. 2nd. ed. Roseville: FFG, 2017. 1 jo-
go eletrônico.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 33)

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Marivete Bassetto de Quadros 185
Exemplo 4 – Elementos Essenciais

OLIVEIRA, José P. M. Repositório digital da UFRGS é destaque em


ranking internacional. Maceió, 19 ago. 2011. Twitter: @biblioufal. Dispo-
nível em: http://twitter.com/#!/biblioufal. Acesso em: 20 ago. 2011.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 33)

Exemplo 5 – Elementos Complementares

BIONLINE discussion list. [S. l.], 1998. List maintained by the Bases de Da-
dos Tropical, BDT in Brasil. Disponível em: lisserv@bdt.org.br. Acesso em:
25 nov. 1998.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 33)

11.26 Correspondência

Inclui bilhete, carta, cartão, entre outros.


Os elementos essenciais são: remetente (autor), título ou
denominação (ver 8.2.7), destinatário (se houver), precedido pela
expressão Destinatário:, local, data e descrição física (tipo). Quando
necessário, acrescentam-se elementos complementares para me-
lhor identificar o documento.

Exemplo 1 – Elementos Essenciais

PILLA, Luiz. [Correspondência]. Destinatário: Moysés Vellinho. Porto Ale-


gre, 6 jun. 1979. 1 cartão pessoal. 11
(ABNT NBR 6023, 2018, p. 10)

Exemplo 2 – Elementos Complementares

PILLA, Luiz. [Correspondência]. Destinatário: Moysés Vellinho. Porto Ale-


gre, 6 jun. 1979. 1 cartão pessoal. Autografado.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 10)

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Marivete Bassetto de Quadros 186
Exemplo 3 – Elementos Essenciais

AZNAR, José Camón. [Correspondência]. Destinatário: Manoelito de Or-


nellas. [S. l.], 1957. 1 bilhete.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 10)

11.27 Correspondência Disponível em Meio Ele-


trônico

As referências devem obedecer aos padrões indicados em


10.27, acrescidas das informações relativas ao meio eletrônico (dis-
quete, CD-ROM, DVD, pen drive, online e outros).

Exemplo 1 – Elementos Essenciais

LISPECTOR, Clarice. [Carta enviada para suas irmãs]. Destinatário: Eli-


sa e Tânia Lispector. Lisboa, 4 ago. 1944. 1 carta. Disponível em: http://
www.claricelispector.com.br/manuscrito_minhasqueridas.aspx. Acesso em:
4 set. 2010.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 11)

11.28 Artigo e/ou Matéria de Jornal

Inclui comunicação, editorial, entrevista, recensão, reporta-


gem, resenha e outros.
Os elementos essenciais são: autor, título, subtítulo (se hou-
ver), título do jornal, subtítulo do jornal (se houver), local de pu- 11
blicação, numeração do ano e/ou volume, número (se houver), da-
ta de publicação, seção, caderno ou parte do jornal e a paginação
correspondente. Quando não houver seção, caderno ou parte, a pa-
ginação do artigo ou matéria precede a data. Quando necessário,
acrescentam-se elementos complementares à referência para me-
lhor identificar o documento.
Observe que o destaque vai no nome do jornal.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 187
Exemplo 1 – Elementos Essenciais

OTTA, Lu Aiko. Parcela do tesouro nos empréstimos do BNDES cresce 566


% em oito anos. O Estado de S. Paulo, São Paulo, ano 131, n. 42656, 1
ago. 2010. Economia & Negócios, p. B1.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 15)

Exemplo 2 – Elementos Complementares

CRÉDITO à agropecuária será de R$ 156 bilhões até 2015. Jornal do Com-


mercio, Rio de Janeiro, ano 97, n. 156, p. A3, 20 maio 2014.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 15)

11.29 Artigo e/ou Matéria de Jornal em Meio Ele-


trônico

As referências devem obedecer aos padrões indicados pa-


ra artigo e/ou matéria de jornal, de acordo com 10.31, acrescidas
do DOI (se houver) e de informações relativas à descrição física do
meio eletrônico (cd-rom, online e outros).

Exemplo 1 – Elementos Essenciais

VERÍSSIMO, L. F. Um gosto pela ironia. Zero Hora, Porto Alegre, ano 47, n.
16.414, p. 2, 12 ago. 2010. Disponível em: http://www.clicrbs.com.br/ze-
rohora/jsp/default.jspx?ufx1&actionxflip. Acesso em: 12 ago. 2010.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 16) 11


Exemplo 2 – Elementos Essenciais

PROFESSORES terão exame para ingressar na carreira. Diário do Va-


le, Volta Redonda, v. 18, n. 5877, 27 maio 2010. Caderno Educação, p.
41. Disponível em: http://www.bancadigital.com.br/diariodovale/rexpage.
Acesso em: 29 set. 2010.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 16)

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Marivete Bassetto de Quadros 188
11.30 Referência de Dicionários

AUTOR. Título: subtítulo. Edição. Local de publicação (cidade): Edi-


tora. Data de publicação.

Exemplo 1 – Impresso

HOUAISS, Antonio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. São Pau-


lo: Objetiva, 2009.

Exemplo 2 – Eletrônico

HOUAISS, Antonio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. São Pau-


lo: Objetiva, 2009. ISBN: 8573029706. CD-ROM.

Exemplo 2 – Elementos Essenciais

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio da Língua


Portuguesa. 5. ed. Curitiba: Positivo. 2010.

11.31 Referência de Entrevista

Para entrevistas, o primeiro elemento deve ser o entrevistado.

SOBRENOME DO ENTREVISTADO, Nomes. Título da entrevista. Meio


de divulgação. Local, data. Nota de entrevista. Se for on-line acres-
centar Disponível em: Acesso em:
11
Exemplo 1 – Elementos Essenciais

HAMEL, Gary. Eficiência não basta: as empresas precisam inovar na ges-


tão. [Entrevista cedida a] Chris Stanley. HSM Management, São Paulo, n.
79, mar./abr. 2010. Disponível em: http://www.revistahsm.com.br/coluna/
gary-hamel-e-gestao-na-era-da-criatividade/. Acesso em: 23 mar. 2017.

(ABNT NBR 6023, 2018, p. 37)

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 189
11.32 Uso de Abreviaturas em Referências

Abreviaturas utilizadas, conforme ABNT NBR (6023, 2018,


p. 55) são de uso exclusivo para a elaboração de referências.

ABREVIATURA SIGNIFICADO
atual. atualizado
aum. aumentada
cap. capítulo
color. colorido
comp. compilador
coord. coordenador
ed. edição, editor
Ed. editora
Ed. fac-sim. Edição fac-similar
et al. et alii
f. folha
il. ilustração
n. número
org. organizador, organizadores
p. página
p&b preto & branco
pt. parte
rev. revisada
s. l. sine loco 11
s. n. sine nomine
son. sonoro
Supl. suplemento
t. tomo
v. volume

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 190
12
APRESENTAÇÃO DA
MONOGRAFIA À
BANCA AVALIADORA

encida a árdua etapa de elaboração da monografia,


chega a hora de o aluno demonstrar tudo que apren-
deu. O acadêmico deve ter confiança no que produziu. Além disso,
ele deve ter consciência de que todas as pessoas que compõem a
banca já passaram por um processo semelhante e, portanto, são ca-
pazes de compreender um possível nervosismo.
A apresentação de teses e dissertações são comuns nas uni-
versidades. Já a apresentação de Trabalhos de Conclusão de Cur-
so não é uma exigência pelo Ministério da Educação, no entanto as
instituições, seguindo normas internas dos conselhos universitários,
tem a liberdade de fazer avaliações necessárias antes do término do
curso, adequando-se as particularidades de cada curso. Por essa ra-
zão, a apresentação do TCC continua fazendo parte da cultura das
melhores instituições.
Para muitos alunos, amedrontados e ansiosos, estar à fren-
te da banca de avaliação torna-se um tormento, porém os próprios
avaliadores destacam que, em muitos casos, o aluno tem mais co-
nhecimento do assunto do que os próprios avaliadores. Neste caso,
a autoconfiança na hora da apresentação é fundamental para garan-
tir a exposição de um excelente trabalho de pesquisa.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 191
12.1 Cerimonial e Protocolo na Defesa de Mono-
grafias

Entender as funções do cerimonial e protocolo e seu papel


na sociedade hodierna é uma constante preocupação nas univer-
sidades. Em meio a estas funções aparecem os ritos de passagem
que eclodem nos mais diversos momentos, entremeados de várias
simbologias (SILVA, 2008). Como rito de passagem defende-se que
a defesa de monografia nos cursos de graduação e pós-graduação
e integra um momento que culmina na vida acadêmica, constituin-
do-se este ato em elemento de transição importante para os aca-
dêmicos.
Apresenta-se a seguir a explicação de Cerimonial e Protoco-
lo, na perspectiva de Silva (2005 apud SILVA, 2008, p. 45).

Aliado ao binômio Cerimonial e Protocolo é indispensável


lembrar-se da etiqueta, por ser esta a base para os de-
mais. Enquanto o Cerimonial e Protocolo constituem re-
quisitos do anfitrião a etiqueta é prerrogativa do convi-
dado, razão porque se faz necessário o conhecimento in-
dividual da etiqueta para saber como portar-se e condu-
zir-se nas cerimônias. Assim, tem-se que o Cerimonial e
Protocolo são coletivos, dirigidos pelo anfitrião, enquan-
to a etiqueta é individual, prerrogativa do convidado.

De acordo com Velloso (2001, p. 34) “[...] o papel da univer-


sidade, ao longo do tempo, foi e tem sido o de promover a educação
superior e o desenvolvimento científico, tecnológico, literário, artís-
tico, cultural e social do país e da humanidade”. A cultura vem for- 11
mando através dos tempos os mais diversos ritos para engrandecer
e enaltecer o significado das mais variadas etapas da vida humana.
A produção de um trabalho monográfico concentra a solidifi-
cação de todo o estudo realizado. Neste trabalho o aluno congrega
o estudo desenvolvido nas disciplinas de formação básica e técnica,
através da revisão literária do seu tema de estudo aliado aos méto-
dos e técnicas de pesquisa, consolidando e impulsionando a evolu-
ção do conhecimento.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 192
A monografia é apresentada em um rito acadêmico denomi-
nado “Defesa de Monografia”, quando o aluno defende e comprova
a pesquisa realizada perante a comunidade acadêmica, traduzindo
o coroamento do próprio conhecimento adquirido.
Este momento deve ser realizado com toda a pompa e cir-
cunstância que o ato merece, pois, traduz, reitera-se a sagração do
esforço e dedicação ao estudo o que comprova um rito de passagem.
O ato de “Defesa de Monografia” deve ser planejado e executado,
sobretudo por uma questão de respeito ao aluno (SILVA, 2008).
Ressalte-se que as “Defesas de Dissertações e Doutorados”
são cerimônias das mais concorridas, obedecendo a toda a ritua-
lística de cerimonial e protocolo acadêmico que a ocasião compor-
ta. Portanto, compete aos Cursos de Graduação treinar seus alunos
nesta ritualística para que, aqueles que seguirem em cursos de pós-
graduação cheguem ali bem preparados e familiarizados com este
processo ritual (SILVA, 2008).
Constituindo-se a defesa de monografia em ato solene, os
professores devem conhecer e dominar a ritualística de cerimonial e
protocolo para fazer deste momento da vida universitária do aluno,
um momento de pompa e circunstância.

12.2 Orientações Gerais de Protocolo

A Coordenação de Curso deverá iniciar com o convite à co-


munidade acadêmica, para a defesa. O ambiente deve ser prepara-

11
do com sobriedade e elegância para receber os convidados. A cha-
mada banca de avaliação deverá postar-se em local de destaque, na
sala ou auditório, assim como o aluno avaliado.
A cerimônia é presidida pelo orientador que neste ato será o
presidente da defesa. O ato tem início com a apresentação do aluno
e do tema da pesquisa, seguido da apresentação da banca. O aluno
e professores deverão ser anunciados com a leitura dos nomes e so-
brenomes, assim como a titulação de cada professor.
Na sequência o presidente do ato deverá ler as regras pa-
ra defesa (estas podem variar de curso para curso) informando aos

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 193
membros da banca e as pessoas que assistem a apresentação o
tempo disponibilizado para a apresentação da pesquisa, bem como
o tempo para cada um dos examinadores fazer suas considerações.
Terminada a exposição do aluno a ordem de fala dos exami-
nadores deverá seguir a ordem de precedência: inicialmente o pro-
fessor doutor, posteriormente o professor mestre, ou ainda iniciar
com professor convidado (de outra instituição). No caso de ambos
serem doutores ou mestres segue-se a precedência pelo decanato.
Ressalte-se que há ainda o critério da cortesia, quando em bancas
mistas existirem um doutor e um mestre (professora) o professor
doutor poderá ceder sua vez a colega, usando o critério da cortesia.
Esta prerrogativa é individual.
É fundamental e relevante observar que o orientador não de-
ve tecer comentários a respeito do trabalho, considerando-se que
na condição de orientador ele é também um co-autor, e a banca irá
avaliar não só o aluno, mas também sua orientação.
Compete ao orientador, após o pronunciamento da banca,
tecer alguns comentários breves sobre o processo de orientação re-
alizado ao longo do semestre, sem entrar em questões do mérito,
pois esta tarefa é exclusividade da banca.
Terminada esta fase da defesa o presidente deverá solicitar
ao aluno e aos convidados aguardarem o resultado fora da sala. De-
pois de esvaziada a sala a banca delibera sobre as correções que
devem ser realizadas e também sobre a nota, quando for o caso.
Concluído este processo, o presidente convoca o aluno e con-

11
vidados para tomar conhecimento do resultado.
No momento de anunciar o resultado o presidente, a banca e
o aluno devem postar-se de pé para ouvir a leitura da ata de defesa
que vai assinada por todos e constitui o protocolo do ato. Concluída
a leitura da ata é o momento para a banca cumprimentar o aluno,
assim como a assistência.
A organização da apresentação por parte do aluno também
deverá seguir uma sequência lógica. Lembrar-se que neste momen-
to não se irá apresentar exclusivamente teorias que deram susten-
tação para comprovação da pesquisa, já que os examinadores já fi-

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 194
zeram a correção exaustiva do estudo. Aqueles que se interessarem
pelo tema terão a oportunidade de ler o estudo na íntegra quando o
mesmo fizer parte do acervo da biblioteca das instituições.

12.2 Sugestão de Estrutura para Apresentação à


Banca Avaliadora

Um roteiro bem elaborado, interligando as sessões do traba-


lho e seguindo a ordem lógica da elaboração da monografia, disser-
tação, tese ou projeto é a chave para uma boa apresentação. A ban-
ca avaliadora será capaz de observar, com esse roteiro, que você não
apenas conhece seu tema, mas entendeu a execução do trabalho.

⇒ INSTITUIÇÃO, TÍTULO, AUTOR, ORIENTADOR, LO-


CAL E ANO
Identificação/Apresentação do aluno.
Inicie cumprimentando o professor orientador, os professo-
res da banca e os alunos (nesta ordem, se tiver outras pessoas,
também devem ser cumprimentadas).
Após os cumprimentos, fale quem você é, e o que vai apre-
sentar.

⇒ JUSTIFICATIVA/RELEVÂNCIA DO TEMA E CONTEX-


TUALIZAÇÃO DO TEMA DA PESQUISA
Explicitar e descrever brevemente a oportunidade que deter-

11
minou a escolha do tema de pesquisa, a viabilidade de sua execução
e a importância do desenvolvimento da pesquisa. Fale o motivo pelo
qual está apresentando esse trabalho, o que justifica esse trabalho.

⇒ PROBLEMATIZAÇÃO
Apresentar a problemática da pesquisa, dados e(ou) informa-
ções que dimensionam a problemática, questões da pesquisa, limi-
tes da pesquisa. Nesse ponto você levanta o problema de pesquisa
do seu trabalho. Faça uma relação entre seu tema e esse problema e
mencione como sua pesquisa o ajudou a solucionar esse problema.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 195
⇒ OBJETIVOS
São apresentados os propósitos do estudo que nortea­ram o
desenvolvimento do trabalho.
Apresente o OBJETIVO GERAL e diga que você conseguiu al-
cançar esse objetivo e está feliz por isso. Os objetivos devem ser
preci­sos e claros, explicitando o que o estudo alcançou. Podem ser
desdobrados em geral e específicos e apresentados separadamente.
Diga que para atingir o seu objetivo geral, precisou dividi-lo em al-
gumas partes, então fale sobre pelo menos três.

⇒ PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Deve ser apresentado a tipologia da pesquisa quanto à for-
ma de Abordagem do Problema, quanto aos Objetivos, quanto aos
Procedimentos Técnicos. Método de Abordagem e Método de Proce-
dimento.
Fale o passo a passo (trajeto) que você fez para realizar es-
se trabalho, explique detalhadamente o que você fez no primeiro
dia… segundo dia… etc. Dê uma deixa para continuar explicando a
pesquisa…Como se começasse a explicar como fez e depois entras-
se em como fez e depois em o que fez.

⇒ REFERENCIAL TEÓRICO/ESTADO DA ARTE/MARCO


TEÓRICO
Apresentar sinteticamente os autores que deram sustenta-
ção teórica ao texto (sobrenome do autor e ano). Diga em quantas

11
sessões seu referencial foi dividido, apresente os principais subtí-
tulos e apresente os principais conceitos que cada autor defende,
de maneira sucinta. Lembre-se que a banca leu seu trabalho, logo
não é necessário você dar uma aula sobre cada seção do trabalho.

⇒ APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS


Apresentar os principais gráficos e tabelas (se houver), ana-
lisar a luz dos teóricos.

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Marivete Bassetto de Quadros 196
⇒ CONSIDERAÇÕES FINAIS/CONCLUSÃO E IMPLICA-
ÇÕES
A conclusão deve estar em consonância com os objetivos e
evidenciar as conquistas alcançadas com o estudo. Indicar as limi-
tações e as reconsiderações. Apontar a relação entre os fatos verifi-
cados e a teoria. Apresentar a contribuição que o trabalho traz para
a comunidade acadêmica.

⇒ FINALIZAR COM UMA ‘MÁXIMA’ RELACIONADA COM


SEU TRABALHO (OPCIONAL)
Por fim, busque uma frase de impacto que tenha a ver com
o tema e diga que teve contato com essa frase ao fazer o trabalho.
Ou agradecimentos (opcional)

⇒ ENDEREÇO DE E-MAIL, SITE, FANPAGE E OUTROS


Um ponto fundamental é que nada do que for dito pode ter
sido decorado de um roteiro engessado. Isso porque, quando te-
mos um texto premeditado, ficamos nervosos tentando lembrar as
exatas palavras. Quando conhecemos o trabalho, podemos apre-
sentá-lo com confiança e discuti-lo.

12.4 Regras para a Sessão e Avaliação

♦ Apresentação: normalmente as instituições usam de 15


min. a 20 min.

11
♦ Sessão de arguição: a ordem e o tempo que os membros
da banca utilizam, normalmente é combinado com o pre-
sidente da banca ou seja, o orientador.
♦ Sugere-se que a banca avaliadora use o tempo, para
apresentar suas correções, recomendações, sugestões e/
ou contribuições. Estas devem ser anotadas ou gravadas
pelo aluno durante a explanação da banca e acrescenta-
das na versão final da monografia, após análise do orien-
tador.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 197
A BANCA AVALIADORA ESPERA QUE

 O aluno seja capaz de transmitir o conhecimento essencial


estudado, de forma clara, compreensível e no tempo esta-
belecido.
 O aluno esteja preparado para responder as perguntas
que lhe serão feitas no final da apresentação pelos mem-
bros da banca.

O objetivo principal da análise, a ser procedida pelos ava-


liadores, é verificar a existência de coerência entre os objetivos da
monografia, o problema de pesquisa e sua fundamentação teórica a
metodologia e as conclusões.
Especialmente, deverão ser identificadas na pesquisa as se-
guintes características:

♦ Clareza na definição do tema e dos objetivos no estudo.


♦ Relevância do tema.
♦ Pertinência e abrangência da revisão da literatura.
♦ Definição precisa do problema de pesquisa, hipótese ou
questões.
♦ Adequação dos métodos de coleta de dados e de análise
utilizados.
♦ Adequação das conclusões às evidências apresentadas e
sua contribuição para o tema proposto.

A análise deverá ser empreendida a partir da premissa de 11


que uma monografia é um marco relevante, sinalizando a conclusão
de uma etapa de formação, como também é o marco inicial de uma
nova etapa de aprendizagem.
Por outro lado, o trabalho de conclusão de curso é quase
sempre um primeiro exercício de pesquisa e como tal a sua análise
requer a indulgência das análises das primeiras tentativas, acresci-
das de absolvições por falhas atribuíveis ao contexto brasileiro da
pesquisa em ciências sociais, caracterizado pela ausência de tradi-

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Marivete Bassetto de Quadros 198
ção, limitações de recursos bibliográficos, financeiros e de serviços
auxiliares.

12.5 Preparação de Slides

Dentro dos muitos detalhes que compõem uma boa apresen-


tação, é fundamental que o aluno considere os slides e a postu-
ra. Esses dois fatores fazem parte dos que mais chamarão a aten-
ção da banca, então vale à pena tomar cuidado.
Preparar recursos audiovisuais pode auxiliar no momento da
apresentação, possibilitando o enriquecimento da defesa. Utilizar
transparências, slides, pôsteres e todo um aparato de recursos audio-
visuais disponíveis pode auxiliar o aluno na apresentação seu trabalho.

12.6 Uso Adequado do Projetor de Slides

Algumas informações são importantes para que se alcance


êxito no uso do projetor de slides ou do data show. Detalhes que,
a princípio, parecem irrelevantes, farão com que você obtenha me-
lhores resultados. As orientações abaixo foram adaptadas de USP/
IME (2019).
♦ Calcule algo entre 1 e 2 minutos por slide. Apresentações
mais curtas (15 min.), ficam mais próximas de 1 minuto
por slide, apresentações mais longas (90 min.), mais pró-
ximas de 2 minutos por slide.

11
♦ Se você não tem muita experiência com apresentações
ensaie várias vezes e cronometre para saber se você está
dentro do prazo estipulado.
♦ Tenha sempre em mente que nem sempre você terá a
oportunidade de realizar a sua apresentação num ambien-
te muito favorável. Muitas coisas poderão prejudicar a vi-
sibilidade dos slides: projetor de má qualidade, projetor
inadequado para a sala, sala muito clara, etc. Assim, é im-
portantíssimo que os seus slides sejam otimizados para o
pior caso e não para o caso ideal.

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Marivete Bassetto de Quadros 199
♦ Sempre use um tamanho de fonte o maior possível. De
preferência, entre 20 e 28 para o texto e entre 32 e 46 pa-
ra os títulos.
♦ Todos os slides devem ter título. Dar destaque aos títulos,
por exemplo usar uma cor diferente.
♦ Cuidado ao escolher a cor e o padrão de fundo dos sli-
des. Escolha um fundo que permita um grande contraste
com a cor do texto. Fundo branco (ou quase branco) e
letra preta é o ideal. Só use outras cores mais audacio-
sas se você já conhecer a sala e o projetor que usará em
sua apresentação. Em particular, fundo escuro e letras
claras só funcionam se o projetor for excelente e a sala
totalmente escura, o que é raro; portanto não corra este
risco.
♦ Slides com frases longas ou texto corrido tendem a fazer
com que a apresentação fique confusa e entediante. Se o
apresentador simplesmente ler os slides, o público dorme.
Se o apresentador não ler o texto do slide e este contiver
muito texto, o público fica confuso. Portanto, use frases
bem curtas ou apenas itens e os explique.
♦ Em geral, os slides não devem conter texto corrido, pro-
sa. Eles devem conter itens, não frases. Seu slide deve se
parecer mais com poesia do que com prosa.
♦ Use entre 5 a 8 linhas por slide. Em casos extremos, po-
de-se usar até 10 linhas por slides para evitar o excesso

11
de leitura, a sobrecarga de informação do espectador e a
desorganização. O ideal é que os slides sejam sucintos.
♦ Se o slide tem poucas linhas, coloque-as com espaçamen-
to uniforme, não as coloque todas apertadas no topo do
slide.
♦ Ilustrar os conceitos e ideias com: figuras, charges, es-
quemas, gráficos e símbolos, mas atenção, trabalhe ape-
nas com dados que constem em seu trabalho. Certifique-
-se de que elas ficarão visíveis e possuirão textos legíveis.
Um slide com uma figura que ninguém enxerga é inútil.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 200
♦ Se você incluir figuras, use todo o espaço disponível para
fazer com que a mesma fique o maior possível e legível.
♦ Evite usar muitas animações e efeitos. Em geral, efeitos
só atrapalham. Animações devem ser usadas quando elas
tem algo a acrescentar, não devem ser usadas só porque
são bonitinhas.
♦ Coloque numeração nos slides. Assim, um membro da
banca avaliadora pode solicitar para voltar em determina-
do slides. Nos programas de apresentação de slides, você
pode pular diretamente para um slide digitando o número
do slide e enter.
♦ Para cada mudança de contexto, faça um slide abrindo o
novo assunto.
♦ Ao explanar/falar, fique sempre de frente para o grupo,
não para a tela.
♦ Não olhe para baixo. Olhe nos olhos das pessoas; se sen-
tir constrangimento ao olhar nos olhos das pessoas, olhe
na orelha. Essa técnica faz o público pensar que você está
seguro e está olhando no olho. Quem é olhado na orelha,
acha que está sendo olhado no olho.
♦ Aponte aspectos na tela do projetor com uma caneta
laser.
♦ Não esqueça do slide agradecendo a quem merece.
♦ Também não esqueça de último slide com seu contato
(e-mail, fanpage, site, etc.).

11
♦ Seja criativo, escolha cores e insira ilustrações.

12.7 Qual a Melhor Sequência para a Apresenta-


ção

♦ Pelas etapas de execução.


♦ Do mais simples ao mais complexo.
♦ Pela ordem dos objetivos.
♦ Mostre o caminho que você percorreu para a execução do
seu trabalho.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 201
♦ Acerte uma velocidade de apresentação que faça você se
sentir seguro.

12.8 Atenção para o Conteúdo dos Slides

♦ A justificativa do estudo está evidenciada nos slides?


♦ Há coerência entre objetivos, desenvolvimento, resulta-
dos e conclusões?
♦ Qual é a principal ênfase do seu documento?
♦ Quais as inovações científicas?
♦ Os resultados principais estão adequadamente enfatiza-
dos?
♦ Os resultados corroboram com sua contribuição?
♦ Demonstre que sua contribuição tem algo de novo.

12.9 Postura na Hora da Apresentação

Tão importante quanto a apresentação de slides é a postu-


ra do acadêmico no momento da apresentação. Gesticulação extre-
ma, tiques nervosos, andar demais de um lado para outro são fato-
res que denunciam o nervosismo e prejudicam a oratória.
Também é importante ter em mente que, devido à natureza
do evento, o vestuário é obrigatoriamente formal. Não há credibili-
dade, por exemplo, em um estudante apresentando uma tese, dis-
sertação ou outro trabalho extremamente relevante à área usando

11
bermudas. Uma vestimenta inadequada e uma postura ruim preju-
dicam uma apresentação.
Uma maneira de praticar uma boa postura é manter os pés
alinhados, cotovelos próximos da costela e mãos se tocando. Você
pode gesticular, mas não excessivamente, e não mova os pés, ba-
lance ou ande em excesso. Se sair de seu lugar, lembre-se de vol-
tar para o ponto original. Foque sua atenção em um espectador que
está prestando atenção.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 202
12.10 Organize-se

♦ Anote questões relevantes que você precisa estudar.


♦ Anote dados que você poderá precisar no dia.

12.11 Como Ensaiar a Apresentação

♦ Sozinho (cronometrando, gravando).


♦ Com colegas, familiares (peça os pontos positivos e nega-
tivos).
♦ Colegas que dominam ou não o assunto.
♦ Com o (a) orientador (a).

12.12 Um Dia Antes

♦ Checar o local, horário.


♦ Revisar os slides.
♦ Fazer anotações.
♦ Ensaio final.
♦ Relaxe.
♦ E durma tranquilamente!

12.13 O Dia

Pontos fundamentais:

♦ Apresente-se usando uma roupa sóbria, cabelos bem pen- 11


teados, não abuse de jóias ou bijuterias, se usar maquia-
gem, use algo leve.
♦ Chegue cedo.
♦ Verifique se é a sala correta.
♦ Cheque a ordem dos slides.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 203
Posicione-se bem, verificando se:

♦ A banca e os convidados podem ver bem a projeção.


♦ Você vê bem a banca e os convidados.
♦ Olhe para as pessoas.
♦ Respire fundo...
♦ Fale em tom alto e com determinação, demonstrando cer-
teza plena e passando segurança.
♦ Acredite, seu assunto é muito interessante.
♦ Seja dinâmico, mas movimente-se de maneira harmonio-
sa. Não precisa dançar.
♦ Vibre com o seu tema e faça o público notar que é interes-
sante.
♦ Não faça uma apresentação “morte”, “lenta” e sem moti-
vação. Use exemplos para motivar.
♦ Tranquilize-se, você se preparou.
♦ Lembre-se: você é capaz!
♦ Respeite a velocidade do ensaio.
♦ Se descobrir erros nos slides, desculpe-se e continue.
♦ Enfrente a sessão de arguição com muita serenidade.
♦ Finalize. (Dizendo por exemplo, muito obrigado pela aten-
ção, encerro minha apresentação com uma máxima de fu-
lano de tal, ou estou aberto à arguição).

12.14 Enfrentando a Sessão de Perguntas

Por que os membros da banca perguntam/comentam? 11


Com relação à arguição, os avaliadores realizam questiona-
mentos que possibilitam uma avaliação real do domínio do aluno so-
bre o tema apresentado no trabalho escrito. Normalmente os ques-
tionamentos pedem esclarecimento(s) acerca:
♦ De dúvidas existentes.
♦ Da estrutura do trabalho.
♦ Da metodologia utilizada.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 204
♦ Das citações usadas.
♦ Das conclusões a que se chegou.
♦ Dos critérios de escolha da bibliografia, dentre outros que
julgar coerentes.

Ou ainda

♦ Porque querem uma informação adicional.


♦ Porque não compreenderam bem.
♦ Porque querem ajudar.
♦ Porque estão avaliando sua postura e domínio.

Como você responde:

♦ Aberto às sugestões/críticas.
♦ Admitindo que não sabe a resposta, quando for o caso, se
a pergunta for relevante, aproveite para elogiá-la.
♦ Respondendo o máximo de perguntas com segurança.
♦ Agradecendo sugestões/críticas.

12.15 Para uma Boa Apresentação

A sugestão mais óbvia é aquela que raramente é seguida.

Tente assistir a uma ou mais apresentações antes da sua

Descubra outros estudantes que estejam apresentando sua 11


monografia e assista a sua defesa. Na defesa preste atenção nas in-
terações que ocorrem. O estudante parece tranquilo, relaxado? Qual
estratégia ele está usando para manter-se relaxado? Como o estu-
dante interage com os professores? O estudante tem conseguido
responder bem às perguntas? O que faria para que a situação fosse
melhor? Que coisas você deverá evitar? Você pode aprender muitís-
simo assistindo a essas apresentações.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 205
Encontre oportunidades para discutir sua pesquisa com seus
amigos e colegas

Escute com atenção suas perguntas. Veja se você pode apre-


sentar sua pesquisa de uma maneira clara e coerente. Existem as-
pectos da sua pesquisa que são particularmente confusos e que pre-
cisam de explicações adicionais? Existem coisas que você esqueceu
de dizer? Você poderia alterar a ordem da informação apresentada
e conseguir uma melhor compreensão?

Não compartilhe capítulos da sua monografia

Esta prática é das que mais incomoda e cria consideráveis


problemas para o estudante. Não se coloque em uma situação difícil
como essa. Você precisa trabalhar bem próximo do seu orientador.
É a pessoa que você deve satisfazer. Desenvolva uma estratégia
com o orientador a respeito de como e quando o seu texto deva ser
compartilhado. Somente depois que o seu orientador aprovar o que
você escreveu, procure compartilhar com outras pessoas.

É importante que você tenha a sensação de que ao ingressar


na apresentação pública, você não está sozinho

O seu orientador deve ser visto como seu aliado e “no seu
canto” da defesa. Não esqueça de que se você se desconcerta, es-

11
tará desconcertando também o seu orientador. Portanto, assegure
a ambos a garantia de que não irão passar por constrangimentos.
Encontrem-se com tempo suficiente para discutir a estratégia que
irão utilizar na apresentação. Identifique qualquer possível proble-
ma que pode ocorrer e discuta possíveis maneiras de lidar com eles.
Tente e faça da defesa um esforço de equipe.

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Marivete Bassetto de Quadros 206
Lute contra a ansiedade

É natural ficar nervoso antes de algo tão importante como a


apresentação de um trabalho. Uma maneira de não deixar a ansie-
dade dominar é assistir a apresentações de outros grupos, porque
você começa a se acostumar com a ideia e consegue analisar o que
deve ou não ser feito.
No dia da sua apresentação, para ficar mais relaxado, procu-
re ter uma boa noite de sono de, no mínimo, oito horas. Fazer exer-
cícios físicos ou qualquer atividade de que você gosta também são
maneiras de aliviar a tensão.

Identifique os possíveis erros

Assim que o trabalho é entregue para a análise dos profes-


sores, muitos pensam que nada mais pode ser feito. Jamais tenha
isso em mente! Procure revisar a versão final à procura de qualquer
tipo de erro que tenha passado, além de ser bastante crítico com
aquilo que fez.
Com os erros detectados, você poderá se antecipar às críti-
cas dos avaliadores. Para isso há o recurso da errata. Reconhecer
que seu trabalho apresenta algumas falhas é uma forma de mostrar
falta de presunção, o que rende alguns pontos com os professores.
No entanto, cuidado para não exagerar, já que você mesmo poderá
dar os argumentos que resultarão em sua reprovação.

Prepare-se para os imprevistos


11
Ensaiar tudo aquilo que será falado na apresentação é essen-
cial. Utilizar recursos audiovisuais, então, sempre é recomendável.
Apesar de toda a preparação, conte com os imprevistos.
Realizar um teste com os equipamentos eletrônicos no dia
anterior à apresentação é uma maneira de se precaver. Mesmo as-
sim, não fique totalmente dependente dos aparelhos, mas tenha
sempre um “plano B” preparado, pois qualquer problema o deixará
nervoso e prejudicará seu desempenho.

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Marivete Bassetto de Quadros 207
O momento da apresentação

Tudo já foi preparado, você conseguiu relaxar e chegou a


hora de enfrentar a banca de avaliação. Em primeiro lugar, procu-
re explicar seu trabalho dentro do tempo permitido. Ao receber as
primeiras críticas, não se abale. Aceite as que forem pertinentes e
rebata, com argumentos sólidos, aquelas que não têm muito fun-
damento.
Os erros apontados pelos avaliadores não devem ser levados
para o lado pessoal. Por isso, não discuta com o professor e nunca
o interrompa enquanto ele está falando. Anote todos os pontos con-
siderados falhos e dê a resposta com calma e segurança. Assim, se
o trabalho estiver bem feito, é só esperar uma boa nota e comemo-
rar a aprovação.
Para finalizar esta seção podemos nos remeter a Thompson
(1991, p.1) quando nos expõe a seguinte argumentação:

A imposição da monografia como condição sine qua non


para diplomação coloca o acadêmico diante de dois ca-
minhos: ou satisfaz a exigência ou adeus à forma-
tura [...]. Agora, tudo depende de você, descabendo,
em caso de fracasso, atirar culpas em costas alheias. Di-
fícil empreitada? No mínimo, francamente possível. So-
frida? Desagradável? Provoca alguma angústia, a princí-
pio. Logo, vira obrigação suportável. As dificuldades tor-
turam, mas magnetizam. Vencidas, geram prazer. Do so-
frimento de problema, aparentemente indecifrável, sal-
ta-se para o êxtase de lhe achar solução. Aventura inte-
lectual que vai envolvendo e empolgando (grifo nosso).
11
Esses, portanto, são alguns dos principais cuidados em rela-
ção à elaboração e apresentação da monografia. De agora em dian-
te, é por sua conta e de seu orientador. Lembre-se, o sucesso de
seu trabalho dependerá de vontade, disciplina, concentração e or-
ganização.

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Marivete Bassetto de Quadros 208
REFERÊNCIAS

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cursos de pós-graduação: noções práticas. 10. ed. São Paulo:
Atlas, 2010a.

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trabalho científico. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010b.

AQUINO, Rafael Lemos de. Verbos na voz passiva sintética ou


pronominal. Disponível em: https://www.facebook.com/agendaa-
cademica.consultoria/. Acesso em: 8 jun. 2019.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR


6022: informação e documentação: artigo em publicação periódica
técnica e/ou científica: Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2018.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR


6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de
Janeiro: ABNT, 2018.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR


6027: informação e documentação: sumário: apresentação. Rio de
Janeiro: ABNT, 2013.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR


6024: informação e documentação: numeração progressiva das se-
ções de um documento escrito: apresentação. Rio de Janeiro: AB-
NT, 2012.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR


14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apre-
sentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2011.

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 209
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR
10719: informação e documentação: relatório técnico e/ou científi-
co: apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR


6028: informação e documentação: resumo: apresentação. Rio de
Janeiro: ABNT, 2003.

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10520: informação e documentação: apresentação de citações em
documentos. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.

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NUNES, Edson de Oliveira (org.). A aventura sociológica: objeti-
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Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 212
13 MODELOS

Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos


Marivete Bassetto de Quadros 213
13.1 Modelo 1 – Margens e Entrelinhas

13
Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos
Marivete Bassetto de Quadros 214
13.2 Modelo 2 – Estrutura de Trabalhos Acadêmi-
cos

13
Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos
Marivete Bassetto de Quadros 215
13.3 Modelo 3 – Capa

CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL – UNINTER


PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DIREITO
MESTRADO ACADÊMICO

CAROLINA DE QUADROS

DESIGUALDADE SALARIAL EM RAZÃO DE GÊNERO


E JURISDIÇÃO TRABALHISTA

CURITIBA – PR
2018

13
Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos
Marivete Bassetto de Quadros 216
13.4 Modelo 4 – Capa Institucionalizada

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ


CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANA S E DA EDUCAÇÃO
CAMPUS DE JACAREZI NHO

PEDAGOGIA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

LUCAS PEREIRA

SMARTPHONES: IMPLICAÇÕES NAS PRÁTICAS


DOCENTES E DISCENTES

JACAREZINHO – PR
2018

13
Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos
Marivete Bassetto de Quadros 217
13.5 Modelo 5 – Folha de Rosto

CAROLINA DE QUADROS

DESIGUALDADE SALARIAL EM RAZÃO DE GÊNERO


E JURISDIÇÃO TRABALHISTA

Dissertação apresentada ao Mestrado Acadêmico em


Direito do Centro Universitário Internacional –
UNINTER, na Linha de Pesquisa Jurisdição e Processo
na Contemporaneidade.

Orientação: Profa. Dra. Estefânia Maria de Queiroz


Barboza.

CURITIBA – PR
2018

13
Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos
Marivete Bassetto de Quadros 218
13.6 Modelo 6 – Ficha Catalográfica

©cop yrig ht b y Lucas P ereira (2018 ).

Pereira, Lucas.

Smartphones: implicações nas práticas docentes e discentes. Lucas Pereira


– Jacarezinho–PR: 2018.
48 f.

Monografia (Graduação em Pedagogia) – Universidade Estadual do


Norte do Paraná – UENP – Centro de Ciências Humanas e da Educação –
Campus Jacarezinho – CCHE/CJ.

Orientadora: Profa. Me. Marivete Bassetto de Quadros


Banca Avaliadora: Profa. Me. Luciana Fernandes de Aquino
Banca Avaliadora: Prof. Me. José Ferreira de Melo

1. Smartphones. 2. Tecnologias. 3. Educação.

I. Autor. II. Universidade Estadual do Norte do Paraná. III.


Smartphones: Implicações nas práticas docentes e discentes.

A aprovação do presente trabalho de conclusão


de curso não significará o endosso do
professor orientador, da Banca Avaliadora e do
CCHE/CJ – UENP à ideologia que o
fundamenta ou que nel e é exposta.

13
Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos
Marivete Bassetto de Quadros 219
13.7 Modelo 7 – Errata

PEREIRA, Lucas. Smartphones: implicações nas práticas docentes e discentes. 2018. 48 f.


Monografia (Graduação em Pedagogia) – Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP
– Campus de Jacarezinho. Centro de Ciências Humanas e da Educação – CCHE. Jacarezinho,
2018.

ERRATA

FOLHA LINHA ONDE SE LÊ LEIA-SE

8 25 sacrado sagrado

15 2 testual textual

81 10 meste mestre

99 10 gerence gerente

20 20 previlégio privilégio

30 25 enfatiza enfatizam

13
Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos
Marivete Bassetto de Quadros 220
13.8 Modelo 8 – Folha de Aprovação

CAROLINA DE QUADROS

DESIGUALDADE SALARIAL EM RAZÃO DE GÊNERO


E JURISDIÇÃO TRABALHISTA

Dissertação de Mestrado em Direito apresentada ao


Centro Universitário Internacional – UNINTER, na
Linha de Pesquisa Jurisdição e Processo na
Contemporaneidade. Conferido pela Banca
Examinadora formada pelos professores:

ORIENTADORA

Estefânia Maria Queiroz Barboza


Doutora e Mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Brasil.
Professora no Programa de Mestrado em Direito do Centro Universitário Internacional
UNINTER – Brasil e na Faculdade de Direito e no Programa de Pós Graduação em Direito da
Universidade Federal do Paraná – UFPR, Brasil.

AVALIADORES

Melina Girardi Fachin


Doutora e Mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil.
Professora na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná – UFPR, Brasil.

Thereza Cristina Gosdal


Doutora e Mestre em Direito pela Universidade Federal do Paraná, UFPR, Brasil.
Professora na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná – UFPR, Brasil e
Desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região – Paraná.

Walter Guandalini Junior


Doutor e Mestre pela Universidade Federal do Paraná – UFPR, Brasil.
Professor no programa de Mestrado em Direito do Centro Universitário Internacional
UNINTER e na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná – UFPR, Brasil.

Curitiba, 22 de fevereiro de 2018.

13
Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos
Marivete Bassetto de Quadros 221
13.9 Modelo 9 – Folha de Dedicatória

A Deus, aos meus pais e aos meus amigos...

companheiros de todas as horas...

13
Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos
Marivete Bassetto de Quadros 222
13.10 Modelo 10 – Folha de Agradecimentos

AGRADECIMENTOS

A minha orientadora ... pelos apontamentos precisos e competentes, cuja

relevância foi impar para a conclusão deste trabalho.

Agradeço ... pela disponibilidade e postura colaborativa que permearam este


longo processo; pelas considerações competentes e sinalizações de possíveis descobertas;
pelas palavras motivadoras em momentos críticos.

A todos os professores desta instituição, cuja intervenção em diferentes momentos


propiciaram a gestação e conclusão desta pesquisa.

A os meus amigos de curso, pelos bons momentos que passamos juntos.

13
Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos
Marivete Bassetto de Quadros 223
13.11 Modelo 11 – Folha de Epígrafe

A luta contra o erro tipográfico tem algo de homérico.


Durante a revisão os erros se escondem, fazem-se
positivamente invisíveis. Mas, assim que o
livro sai, tornam-se visibilíssimos...

Monteiro Lobato (1946)

13
Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos
Marivete Bassetto de Quadros 224
13.12 Modelo 12 – Resumo

PEREIRA, Lucas. Smartphones: implicações nas práticas docentes e discentes. Orientadora:


Marivete Bassetto de Quadros. 2018. 48 f. Monografia. (Graduação em Pedagogia). Centro de
Ciências Humanas e da Educação – CCHE. Universidade Estadual do Norte do Paraná –
UENP, Campus de Jacarezinho. Jacarezinho – PR, 2018.

E-mail – lukasmagisterio@hotmail.com

RESUMO

Esta pesquisa contempla um estudo acerca do uso dos smartphones, apresentando reflexões e
considerações de como esta mídia pode ser ferramenta de apoio ao processo de ensino e
aprendizagem. Com o avanço das tecnologias, os profissionais da educação vivenciam,
impasses sobre o uso de smartphones no âmbito escolar, por exemplo e nos levam a
indagações, tais como: de que maneira instruir os discentes para melhor compreensão de
utilização dessa mídia em sala de aula, ou nas tarefas escolares. Mesmo sendo parte da
experiência e do cotidiano sociocultural da maioria dos alunos, o smartphone tem seu uso
proibido em sala de aula. O estudo realizou-se tendo como procedimento técnico a pesquisa
bibliográfica, apresentando em seu aporte teórico autores que analisam e discutem o uso do
smartphone, bem como na análise da problematizacão de maneira qualititativa, permeando-se
nas incertezas do uso das tecnologias e como este pode vir a ser um coadjutor para
potencializar as aprendizagens, ampliando as possibilidades da inclusão digital.

Palavras-chave: Smartphones. Tecnologias. Educação.

13
Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos
Marivete Bassetto de Quadros 225
13.13 Modelo 13 – Resumo em Língua Estrangeira

SOBRENOME, Nome. Título: subtítulo. Ano de defesa. Número de folhas.


[Monografia/Dissertação/Tese]. Nome da Universidade. Local e ano.

ABSTRACT

Versão do resumo para divulgação internacional. Usam-se, conforme o caso, os seguintes


cabeçalhos: Abstract ou Summary (inglês), Resume (francês), Resumen (espanhol),
Zusammenfassung (alemão), Riassunto (italiano). As palavras-chave em língua estrangeira
acompanham obrigatoriamente o resumo em língua estrangeira: Keywords (inglês), Mots-
clés (francês), Palabras-clave (espanhol), Schlüsselwörter (alemão), Parole chiavi
(italiano).

13
Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos
Marivete Bassetto de Quadros 226
13.14 Modelo 14 – Lista de Ilustrações

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Posicionamento da manutenção ....................................................................... 17


Figura 2 – Desdobramento organizacional da manutenção ............................................... 18
Figura 3 – Custos de manutenção X confiabilidade .......................................................... 25
Figura 4 – Custo de produção X confiabilidade ................................................................ 36
Figura 5 – Organograma .................................................................................................... 40

13
Monografias, Dissertações & Cia: Caminhos Metodológicos e Normativos
Marivete Bassetto de Quadros 227
13.15 Modelo 15 – Lista de Tabelas

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Custo de acordo com a natureza ...................................................................... 15


Tabela 2 – Distribuição dos custos por natureza .............................................................. 29
Tabela 3 – Análise financeira de novos investimentos ...................................................... 31
Tabela 4 – Relação de custo .............................................................................................. 78
Tabela 5 – Média e desvios de dados ............................................................................... 90

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Marivete Bassetto de Quadros 228
13.16 Modelo 16 – Lista de Abreviaturas e Siglas

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Posicionamento da manutenção ....................................................................... 17


Figura 2 – Desdobramento organizacional da manutenção ............................................... 18
Figura 3 – Custos de manutenção X confiabilidade .......................................................... 25
Figura 4 – Custo de produção X confiabilidade ................................................................ 36
Figura 5 – Organograma .................................................................................................... 40

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Marivete Bassetto de Quadros 229
13.17 Modelo 17 – Lista de Símbolos

LISTA DE SÍMBOLOS

Al Alumínio

Ar Argônio

® Marca Registrada

Ω Omega

Sn Estanho

{T} Vetor Temperatura Nodal

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13.18 Modelo 18 – Sumário

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 10

2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 12


2.1 HISTÓRICO DA FORMAÇÃO DO PEDAGOGO NO BRASIL........................... 12
2.1.1 O Pedagogo e sua Formação .................................................................................... 14
2.2 PEDAGOGIA EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES................................................ 16
2.2.1 Fundamentos Legais da Educação em Espaços não Escolares ................................ 19
2.3 A NECESSIDADE DA ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NA ESCOLA ................. 21
2.3.1 A Prática Pedagógica nos Espaços não Escolares .................................................... 24
2.4 DESIGN INSTRUCIONAL: UM NOVO PROFISSIONAL .................................. 25
2.5 A INSERÇÃO DO PEDAGOGO NO CIRCO ........................................................ 28
2.6 EDUCAÇÃO SOCIAL DE RUA............................................................................. 29

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.......................................................... 43

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 44

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 45

REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 47

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Marivete Bassetto de Quadros 231
13.19 Modelo 19 – Referências

179

REFERÊNCIAS

ABREU, Alice Rangel de Paiva; OLIVEIRA, Maria Coleta de; VIEIRA, Joice Melo; Referência de
MARCONDES, Glaucia dos Santos. Presença feminina em ciência e tecnologia no Brasil. In: capítulo
ABREU, Alice Rangel de Paiva, HIRATA, Helena; LOMBARDI, Maria Rosa. Gênero e
trabalho no Brasil e na França: perspectivas interseccionais. São Paulo: Boitempo, 2016. p.
149-160.

ALLAN, Nasser Ahmad. Cultura jurídica trabalhista brasileira (1910-1945) doutrina Referência de
social católica e do anticomunismo. São Paulo: LTr, 2016. mesmo autor
ALLAN, Nasser Ahmad. Direito do trabalho e corporativismo: análise sobre as relações
coletivas de trabalho no Brasil de 1889 a 1945. Curitiba: Juruá, 2010.

ASSOCIAÇÃO DOS JUÍZES FEDERAIS DO BRASIL (AJUFE). Concluída pesquisa


sobre participação feminina em bancas de concurso da Magistratura Federal. Notícia de
09 de junho de 2017. Disponível em: http://www.ajufe.org/imprensconcluida-pesquisa-sobre-
participacao-feminina-em-bancas-de-concurso-da-magistratura-federal. Acesso em: 10 nov.
2017. Referência de
revista/periódico
BARBOZA, Estefânia Maria de Queiroz; SILVEIRA, Raquel Dias da. Políticas contra a
discriminação de gênero. Revista de Direito Administrativo e Constitucional. Belo
Horizonte, v. 11, n. 46, p. 97-114, out./dez. 2011.

BRASIL. [Constituição (1934)]. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil


de 1934. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/consti/1930-1939/constituicao-
1934-16-julho-1934-365196-publicacaooriginal-1-pl.html. Acesso em: 21 nov. 2017. Referência de
Anais
CALLAGE, Fernando. A influência da “Rerum Novarum” na legislação trabalhista brasileira.
In: CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO SOCIAL, 1, 1941, São Paulo. Anais do
Primeiro Congresso Brasileiro de Direito Social (v. 1). Rio de Janeiro: Serviço de
Estatística da Previdência e Trabalho, 1943. p. 173-192.

FONTES, Ana Cristina Magalhães. O papel da justiça do trabalho na promoção da


igualdade de gênero. 2013. 184 f. Dissertação. (Mestrado em Direito Político e Econômico)
Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo, 2013. Referência de
dissertação/tese
OLIVEIRA, Adriana Vidal de. A constituição da mulher brasileira: uma análise dos
estereótipos de gênero na Assembléia Constituinte de 1987-1988 e suas consequências no
texto constitucional. 2012. 168 f. Tese (Doutorado em Direito). Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro, Departamento de Direito, Rio de Janeiro, 2012. Referência de
capítulo
RAGO, Margareth. Trabalho feminino e sexualidade. In: DEL PRIORE, Mary (org.).
História das mulheres no Brasil. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2007. p. 578-606.

VATICANO. Carta Encíclica «Rerum Novarum» Sobre a condição dos operários. Papa Referência sem
Leão XIII. Libreria Editrice Vaticana. Disponível em: https://w2.vatican.va/content/leo- autoria
xiii/pt/encyclicals/documents/hf_l-xiii_enc_15051891_rerum-novarum.html. Acesso em: 14
dez. 2017.

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13.20 Modelo 20 – Glossário

GLOSSÁRIO

Análise: É um método de pesquisa que abrange grande variedade de técnicas, orientadas para
dissertação de fenômenos em suas partes constituintes, como meios que favorecem maior
penetração em suas naturezas básicas.

Analogia: Semelhança, parecença; ponto de semelhança entre coisas diferentes.

Cabeçalho: Conjunto de dados de identificação que encabeça um trabalho ou parte dele.

Classificação: É a ordem do conhecimento por classes, conforme determinado método ou


sistema.

Conhecimento: Função da vida psíquica manifestada por fenômenos de caráter


representativo e objetivo. O conhecimento, propriamente dito, supõe a distinção entre o
sujeito e o objeto.

NBR: Norma Brasileira.

Sucinta: Breve, resumida, condensada.

Tomo: Divisão física de uma obra, que pode coincidir ou não com o volume.

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13.21 Modelo 21 – Índice

ÍNDICE ONOMÁSTICO E DE ASSUNTO

Bibliometria 67, 68 Palavras-chave 80, 96


Cálculo 65 Pesquisa em linha 280
Caractere 25 Processo documentário 2
Catálogo coletivo 341 Registro 23, 654
CNPq 351, 356 Seleção, 7, 14
COMUT 343, 344 Sistema IEA 321
Conjunção 248, 285 Teclado 43
Contador 109
Correio eletrônico 355
Dados econômicos 350, 560
Descrição do documento 269
Dígito binário 24
Edição com computador 341, 432
Empréstimo 54, 69
Fundação Getúlio Vargas 133, 144, 234
Gerência 17, 99
Impressora 22, 98
Índice de assuntos 76, 98
IPC 230
LISA 32, 80
Manual de referência 347
Mercado eletrônico 12, 87
Ministério do Trabalho 66, 167

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13.22 Modelo 22 – Citações

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O contexto delimitava papéis que para a mulher recaiam ao de esposa e dona de casa,
enquanto para o homem o de chefe de família. No entanto, era um discurso elaborado pelas
elites e não era a realidade vivida pela maioria dos brasileiros do início da República.

A maioria das mulheres vivia relações conjugais consensuais, sem a presença


masculina efetiva no lar, ou convivia com companheiros que não tinham um
trabalho nem efetivo nem regular. Juntamente com os serviços domésticos
realizados de maneira mais dura e tradicional, cuidavam dos filhos e exerciam várias Citação longa,
atividades ao mesmo tempo, para promover a própria subsistência e a da família. recuo de 4 cm
Muitas dessas atividades eram extremamente pesadas, em nada correspondendo à
frágil natureza feminina ensinada pelos médicos e juristas, como a derrubada de
matas, a construção civil, além de outras mais conhecidas, como a confecção de
produtos manufaturados, o pequeno comércio e o artesanato doméstico (MALUFF;
MOTT, 2010, p. 400-401).

Esperava-se que as mulheres fossem boas donas de casa entes de se dedicarem ao


trabalho remunerado. E mais, no contexto do Código Civil de 1916, a mulher casada
Citação indireta
precisava de autorização do marido para exercer atividades profissionais fora do lar, e ainda
assim, o trabalho da mulher somente seria considerado legítimo. Não havia espaço para se
pensar em realização pessoal (MALUF; MOTT, 2010, p. 401-402). Acrescente-se a esse
aspecto, que a literatura popular reforçava essa idéia, como bem explicou Besse

As mulheres eram constantemente advertidas contra a busca de emprego assalariado


como meio de satisfazer ambições pessoais ou de manter-se independentes dos Citação longa,
homens. A literatura popular insistia na mensagem de que mulher alguma poderia
ter a garantia de um casamento feliz enquanto competisse profissionalmente com o
recuo de 4 cm
marido, nem conseguiria alcançar a verdadeira auto-realização enquanto não
desistisse de sua carreira em prol da maternidade (1999, p. 155).

A cultura jurídica da época, na interpretação do Código Civil de 1916 feita pelas


observações do seu autor, o jurista Clóvis Bevilaqua, ao abordar a atribuição legal da chefia
da família ao homem, indicava que as razões que motivavam a hierarquia e as restrições a que
as mulheres estavam submetidas não eram atribuídas à inferioridade mental entre homens e Citação curta
mulheres, mas sim a condição da “[...] diversidade das funções que os consortes eram entre aspas
chamados a exercer junto a sociedade e a família” (MALUF; MOTT, 2010, p. 378-379),
tendo-se um argumento corporativista, como se verá adiante. Já o comentário do jurista
Washington de Barros Monteiro ao Código Civil de 19161, apesar de se tratar de texto escrito

1
As autoras Mariana Maluf e Maria Lucia Mott (2010) fazem referência à obra de Washington de Barros
Monteiro: Curso de Direito Civil, São Paulo: Saraiva, 1973, v. 2, p. 110.

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