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 Que recebe acima do teto salarial do Ministro do Supremo Tribunal Federal terá
o salário-maternidade limitado a R$ 12.720, segundo a Resolução nº 236/02
do Supremo Tribunal Federal, de 19 de julho de 2002.

À empresa empregadora cabe o pagamento do salário-maternidade devido à


empregada gestante, efetivando-se a compensação, de acordo com o disposto no
art. 248, da Constituição Federal, à época do recolhimento das contribuições
incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos pagos ou creditados, a
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço.

Os comprovantes dos pagamentos e os atestados médicos relativos ao salário-


maternidade deverão permanecer na empresa por 10 (dez) anos para fins de
fiscalização.

Para a segurada trabalhadora avulsa:

O equivalente ao último mês de trabalho, observado o teto do Ministro do


Supremo Tribunal Federal.

Para segurada empregada doméstica:

O salário-maternidade será equivalente ao último salário de contribuição,


observados os limites mínimos e máximos do salário de contribuição para a
Previdência Social.

Para segurada trabalhadora rural:

O salário-maternidade será o equivalente a um salário mínimo.

Para segurada contribuinte individual e a facultativa:

O salário-maternidade será igual a 1/12 da soma dos 12 últimos salários de


contribuição apurados em um período de no máximo 15 meses, observado o limite
máximo dos benefícios. Confira a tabela de salário de contribuição

As mães adotivas, contribuintes individuais, facultativas e empregadas


domésticas devem requerer o benefício em uma Agência da Previdência Social.
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Estabilidade

A constituição assegura estabilidade à mulher desde o inicio da gravidez até 5


(cinco) meses após o parto § 2, letra “b” do Art. I do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias.
A lei estabelece medidas de proteção à maternidade, dispondo, inclusive, que
não constitui justo motivo para rescisão do contrato de trabalho o fato de a mulher
haver contraído matrimonio ou encontrar-se em estado de gravidez (Art. 391 da
CLT).
Não são permitidas em regulamentos de qualquer natureza, contratos
coletivos ou individuais de trabalho, restrições ao direito da mulher ao seu emprego,
por motivo de casamento ou de gravidez.

Carência

Carência é o numero mínimo de contribuições mensais, indispensáveis para


que o beneficiário faça jus ao direito.
O beneficio ao salário-maternidade independe de carência.

Valor de Beneficio

O salário-maternidade para a segurada empregada consiste numa renda


mensal igual a sua remuneração integral e será pago diretamente pelo empregador.

Amamentação do Filho

Para amamentação do filho, até que este complete seis meses de idade, a
mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a dois descansos especiais, de
meia hora cada um (Art. 396 da CLT).
Quando a saúde da criança exigir, o período de seis meses poderá ser
dilatado, a critério da autoridade competente (§ único do Art. 396 da CLT).

3.7.7 13º Salário


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O 13º salário é o nome mais conhecido da gratificação de Natal, instituída no


Brasil em 1962, pela lei nº 4.090. É um salário extra oferecido ao trabalhador no final
de cada ano, calculado com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria do cidadão. O 13º salário está previsto na Constituição Federal de
1988 como um direito do trabalhador urbano e rural, inclusive o doméstico e o avulso
(que presta serviço a diversas empresas, mas é contratado por sindicatos e órgãos
gestores de mão de obra, como na extração de sal ou em portos).
Toda pessoa que trabalhar o mínimo de 15 dias com carteira assinada tem
direito ao 13º salário. O pagamento da gratificação ao trabalhador não aposentado é
feito em duas parcelas. A primeira é o chamado adiantamento, que corresponde à
metade do salário recebido no mês anterior e deve ser pago entre fevereiro e
novembro de cada ano, segundo escolha do empregador. A segunda parcela, que
deve ser paga até 20 de dezembro, é calculada subtraindo-se o adiantamento já
recebido da remuneração integral do cidadão no mês de dezembro.
No caso de trabalhador que não tenha completado um ano de serviço, o 13º
salário é proporcional, calculado dividindo-se o valor da remuneração no mês de
dezembro por 12 e multiplicando-se o resultado pelo número de meses trabalhados.
Em qualquer caso, se um trabalhador apresentar mais de 15 faltas não justificadas
num mês, esse mês não é contabilizado como trabalhado.

3.7.8 Férias

Todos empregados, urbanos ou rurais, possuem direito ao gozo de férias


anuais, com remuneração integral, acrescida de 1/3 de acordo com o disposto na
Constituição Federal (Art. 7º, XVII) e na Consolidação das Leis do Trabalho - CLT
(Artigos 129 a 153).
As férias constituem-se em um descanso remunerado concedido ao
empregado, após cada período (aquisitivo) de 12 (doze) meses de vigência do
contrato.

Duração

As férias serão estabelecidas pelo empregador proporcionalmente pelo


número de faltas injustificadas dos empregados, dentro de cada período aquisitivo.
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Disciplina o artigo 130 da CLT, que após cada período de 12 (doze) meses de
vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte
proporção:

Número de Faltas Dias Corridos

Até 05 30

06 a 14 24

15 a 23 18

24 a 32 12

É proibido descontar do período de gozo de férias as faltas injustificadas,


posto que as mesmas já fossem utilizadas para redução proporcional das férias.

Regime de Tempo Parcial

Na modalidade do regime de tempo parcial, previsto no artigo 58A da CLT,


após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o
empregado terá direito a férias, na seguinte proporção, como estabelece o artigo
130 A da CLT:

Dias de Férias Jornada Semanal de Trabalho

Até 7 Faltas Mais de 7 Faltas

8 dias 4 dias Até 5 horas

10 dias 5 dias Mais de 5 h até 10 h

12 dias 6 dias Mais de 10 h até 15 h

14 dias 7 dias Mais de 15 h até 20 h

16 dias 8 dias Mais de 20 h até 22 h

18 dias 9 dias Mais de 22 h até 25 h


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Perda do Direito

Estabelece a CLT em seu artigo 133 que não terá direito a férias o
empregado que, no curso do período aquisitivo:

I - deixar o emprego e não for readmitido dentro dos 60 (sessenta) dias


subseqüentes à sua saída;
II - permanecer em prazo de licença, com percepção de salários, por mais de 30
(trinta) dias;
III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias em
virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa;
IV - tiver percebido da Previdência Social, prestações de acidente de trabalho ou de
auxílio-doença, por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos;

Além destas situações, se o empregado faltar mais de 32 (trinta e duas) vezes


sem justificativa, também, perderá o direito às férias.
Estas interrupções deverão ser anotadas na CTPS do empregado para
acompanhamento do empregador, entretanto, a omissão é mera irregularidade, não
produzindo efeitos jurídicos.

Período de Férias - Impedimento

Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviço a outro empregador, salvo se
estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com aquele (Art.
138, CLT).
A legislação vigente reconhece o direito de um empregado trabalhar para duas empresas, isto
é, nada impede que ele celebre dois contratos de trabalho, desde que respeitado o artigo supracitado.

Dobra das Férias

O empregado terá direito à remuneração em dobro das férias, quando a empresa não
conceder as férias nos 12(doze) meses subseqüentes (período de gozo) à aquisição do respectivo
período (Art. 137 da CLT). O pagamento dobrado das férias tem caráter punitivo, imposta ao
empregador que descumpre o prazo legal de concessão. Logo, o empregado com direito ao gozo de
30

30 (trinta) dias corridos de férias, faz jus à remuneração correspondente a 60(sessenta) dias, com
acréscimo do terço constitucional.

Férias Coletivas

Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados da empresa, ou de um


estabelecimento, ou de apenas um setor, desde que a empresa comunique, com 15(quinze) dias de
antecedência a Delegacia Regional do Trabalho - DRT e o Sindicato da Categoria (Art. 139, CLT).
A empresa deverá afixar aviso aos empregados no local de trabalho, dentro desse mesmo
prazo.

Remuneração de Férias

O empregado receberá por ocasião das férias sua remuneração normal, que compõe a
parcela básica e o adicional de 1/3, inclui o salário pago diretamente pelo empregador e a
média das gorjetas, gratificações, horas-extras, adicionais, entre outras previstas na norma
trabalhista, entre outras parcelas previstas no art. 457 (Art. 142, CLT c/c art. 7º, inciso XVII, CF).
Assim não poderá o empregado receber menos que trabalhando, pois do contrário haveria
redução salarial no período.

ANEXOS

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