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• Férias
Referências
Férias Individuais
As férias individuais são tratadas especificamente nos artigos 129 a 138 da Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT), e, naquilo que lhes for aplicável, também nos artigos 142 a 153
da CLT.
Antes da nova redação do capítulo de férias, feita pelo Decreto-lei n° 1.535/1977, as férias
eram concedidas na contagem de dias úteis. Atualmente, passaram a ser concedidas em
dias corridos, contando-se os domingos, feriados e não úteis.
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• Direito ao descanso resultante do trabalho contínuo que executa em seu período
aquisitivo, inclusive para aquele que labora em domicílio (teletrabalho);
• Fazer jus a um direito irrenunciável, independentemente da forma de remuneração,
ou seja, por tarefa, por peça, comissão, etc.
De acordo com a Constituição Federal, são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,
além de outros que visem à melhoria de sua condição social, o gozo de férias anuais
remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal.
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A Súmula n° 450 do TST expressa ser devido o pagamento em dobro da remuneração de
férias, incluído o terço constitucional, com base no artigo 137 da CLT, quando, ainda, que
gozadas na época própria, o empregador tenha descumprido o prazo previsto no artigo 145
da CLT. Para melhor entendimento, mesmo que o empregado goze o merecido descanso
de suas férias fora dos 12 meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido
o direito, o empregador se verá obrigado a remunerá-las em dobro (artigos 134 e 137 da
CLT).
Neste sentido, o supracitado artigo expressa em seus incisos que, após cada período de
12 (doze) meses de efeitos do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na
seguinte proporção:
Por outro lado, caso o empregado tenha faltado de forma injustificada por 33 dias, ou mais,
no curso do seu período aquisitivo, perderá o direito ao gozo das férias.
As férias devem ser comunicadas aos empregados sempre por escrito, a fim de constituir
prova do ato formal, com 30 dias de antecedência ao da saída em férias.
A antecedência mínima de 30 dias serve para que o trabalhador possa organizar-se com
viagens, ou até mesmo com seu cotidiano citadino se não desejar deslocar-se para outros
lugares.
Marcada a data das férias, não podem ser alteradas sem o consentimento do empregado,
que poderá sair na data marcada sem que se caracterize a prática de insubordinação,
prevista no artigo 482 da CLT.
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Conforme o artigo 145 da CLT, o pagamento da remuneração das férias (e, se for o caso,
o do abono referido no artigo 143 da CLT - conversão de 1/3 do período de férias em
dinheiro) será efetuado até dois dias antes do início do respectivo período de descanso.
Pagamento do INSS:
O INSS descontado dos empregados deve ser até o dia 20 do mês seguinte ao do fato
gerador.
Pagamento do FGTS
O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) deve ser recolhido até o dia 07 de todo
os meses subsequentes ao pagamento das férias dos empregados, de acordo com o artigo
15 da Lei n° 8.036/90.
Pagamento do IRRF
O recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) deve ser efetuado por meio
de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF). O pagamento deverá será
efetuado até o último dia útil do segundo decêndio do mês subsequente ao mês de
ocorrência dos fatos geradores, conforme o artigo 70 da Lei n° 11.196/2005.
Abono Pecuniário:
O artigo 143 da CLT permite que o empregado converta 1/3 das férias a que tem direito em
abono pecuniário, prestando serviço durante o citado período.
Vale enfatizar que o referido abono é um direito do empregado e deve ser solicitado por
esse, ou seja, o empregador não tem o poder de determinar a venda das férias. Logo, se o
abono for requerido dentro do prazo legal, o empregador deve aceitar.
Apenas para fins de informação, o gozo das férias é definido pelo empregador (artigo 136
da CLT), mas o abono pecuniário é uma opção inerente apenas ao empregado.
Não haverá incidências de INSS e FGTS sobre as férias indenizadas com o terço
constitucional, a dobra das férias e o abono pecuniário, conforme previsto no artigo 214,
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§9°, incisos IV e V, do Decreto n° 3.048/99. Em resumo, o abono pecuniário de férias não
possui natureza salarial, não integrando a remuneração do empregado.
Aspectos Familiares:
Cálculos:
Empregados que recebem salário fixo devem ter como remuneração das férias o salário
que estiverem recebendo no momento da sua concessão (artigo 142 da CLT).
Para os empregados que recebem comissões, a remuneração para o cálculo das férias
individuais será obtida pela média aritmética dos valores recebidos nos 12 meses anteriores
à concessão das férias, conforme o artigo 142, § 3°, da CLT. É imprescindível a verificação
das normas coletivas a respeito do tema, que podem trazer procedimento diferenciado e
mais benéfico, vez que podem prever a correção das comissões, conforme inclusive
expressa a OJ-SDI1-181 do TST.
Quando o salário for pago por hora com jornadas variáveis, apura-se a média de horas do
período aquisitivo, aplicando-se o valor do salário-hora da data da concessão das férias
individuais (artigo 142 e § 1° da CLT).
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Se, no momento das férias, o empregado não estiver percebendo o mesmo adicional do
período aquisitivo, ou quando o valor deste não tiver sido uniforme, será feita a média do
período aquisitivo de férias, dividindo-se por 12 (artigo 142 e § 6° da CLT).
Quando o empregado recebe salário fixo mais comissões, deve-se apurar a média das
comissões em separado do valor do salário fixo.
O valor final será obtido com a soma das remunerações (fixo + média de comissões),
sempre acrescido de 1/3 constitucional.
Exemplos:
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Valor das férias = (4.000,00/30) = 120,00 * 24 = R$ 3.200,00
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Valor das férias: (2.600,00/30) = 86,66 * 20 = 1.733,20
Férias coletivas
Não há obrigação de concessão das férias coletivas pelo empregador. Em geral, que pode
comportar exceções, a concessão de férias coletivas tem por objetivo atender a uma
necessidade do empregador, podendo ser:
b) reprimir o absenteísmo: evitar faltas injustificadas ao serviço entre datas festivas, por
exemplo, entre o Natal e o Ano Novo, no final do ano.
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Os empregados também devem ser comunicados com antecedência de 15 dias, por
afixação de notícia no quadro de avisos nos locais de trabalho (artigo 139 e § 3° da CLT).
Convém esclarecer que o abono pecuniário em férias coletivas só pode ocorrer se for
formalizado no acordo coletivo com a devida autorização do sindicato representativo da
categoria profissional.