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AULA 11
AVISO PRÉVIO:
CONCEITO: é a comunicação que uma parte do contrato de trabalho deve fazer à outra de
que pretende rescindir o referido pacto, de acordo com o prazo previsto em lei, sob pena de
pagar indenização substitutiva. Em nossa legislação existe o aviso prévio indenizado e o
aviso prévio trabalhado.
Reza o art. 7º, XXI, CF que o aviso prévio será de, no mínimo, 30 dias. Nada impede que as
partes ou a norma coletiva fixem prazo de aviso superior a 30 dias.
A Lei 12.506/2011 regulamentou o aviso prévio proporcional, previsto no inciso XXI do art.
7º, Constituição Federal.
A dispensa do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários
correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu
tempo de serviço.
O empregado que pedir demissão deve dar o aviso-prévio ao empregador, ou seja, deve
trabalhar o período do aviso-prévio. Se não trabalhar neste período, dá ao empregador o
direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo.
Se o empregado for demitido por justa causa, inexiste direito a aviso prévio.
Se o empregado cometer justa causa durante o aviso prévio perde o direito ao restante do
respectivo prazo (art. 491 da CLT).
Art. 491 - O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer qualquer
das faltas consideradas pela lei como justas para a rescisão, perde o direito ao
restante do respectivo prazo.
Se o empregador praticar justa causa durante o aviso prévio dado ao empregado, deverá
pagar a remuneração correspondente ao aviso prévio (art. 490 da CLT).
Cabe aviso prévio nos contratos de prazo indeterminado (art. 487 da CLT). Nos contratos
por prazo determinado, o aviso prévio é incabível, pois as partes já sabem de antemão
quando é que vai terminar o pacto laboral.
Integra o aviso prévio o contrato de trabalho, para todos os efeitos, inclusive para o cálculo
de mais 1/12 de 13º salário e férias em função de sua projeção.
Cessa o pacto laboral no último dia de aviso prévio (art. 489, “caput”, CLT).
OBS: é ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo
pagamento das horas correspondentes (Súmula 230 do TST).
Se o empregador não concede a redução de horário de trabalho, tem-se que o aviso prévio
não foi concedido, pois não se possibilitou ao empregado a procura de um novo emprego.
Assim deve ser concedido outro aviso prévio ou pago de maneira indenizada.
Não é possível dar aviso prévio quando o empregado está afastado para cumprir o período
de auxílio doença – não pode procurar um novo emprego.
Porém, já dado o aviso prévio o empregado vem a ficar doente – a doença ocorrida durante
o aviso prévio suspende o seu curso, e o cumprimento do restante do pré-aviso deverá
ocorrer após o término do auxílio-doença.
ESTABILIDADES
Prevista na CLT (art. 492), também denominada definitiva. Por tal estabilidade, o
empregado que contasse com mais de 10 anos de serviços prestados para a empresa
adquiria o direito de não ser dispensado, salvo por falta grave, nos termos da lei.
2 - Estabilidades Provisórias
- Gestantes (Art. 10, II, b do ADCT): Uma das medidas de proteção à gestante é a
estabilidade no emprego, a que tem direito por força da Constituição Federal de 88, ao
declarar que fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante,
desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto.
Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I,
da Constituição:
(...)
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
(...)
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses
após o parto.
- CIPA (Art. 10, II, a, do ADCT): Além da estabilidade do dirigente sindical, a Constituição,
nas disposições transitórias (art. 10, II), prevê a mesma garantia para o empregado eleito
para o cargo de Direção das Comissões internas de Prevenção de Acidentes, por igual
período (01 ano após o final do mandato).
Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I,
da Constituição:
(...)
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de
prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o
final de seu mandato;
Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo
mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa,
após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de
percepção de auxílio-acidente.
- Conselho Curador do FGTS (Art. 3º, § 9º da Lei 8.036/90): Aos membros do Conselho
Curador, enquanto representantes dos trabalhadores efetivos e suplentes, é assegurada a
estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato de
representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente
comprovada através de processo sindical.
Estabilidades Especiais
a) PRÉ-APOSENTADORIA – Necessária a previsão em acordo ou convenção coletiva - o
empregador fica impossibilitado de dispensar o seu empregado num período pré
determinado que antecede a data de aquisição do direito à aposentadoria voluntária.
c) ALISTAMENTO MILITAR - Para o empregado que tenha se alistado, a Lei dispõe que o
empregado nessas condições não poderá ser demitido, sendo computado como tempo de
serviço.
Neste caso, os direitos do trabalhador são integrais, isto é, não sofrem as reduções
previstas pelo art. 502 da CLT, nos casos genéricos de força maior, o que significa dizer
que o Estado assume, integralmente a responsabilidade pelos direitos dos trabalhadores
atingidos pelos seus próprios atos.