Você está na página 1de 20

SUCESSÃO

TESTAMENTÁRIA
ÍNDICE
1.  SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA.........................................................................................4
Introdução e Modalidades de Testamento.................................................................................................................4

2.  FORMAS ORDINÁRIAS..................................................................................................... 7


Testamento Público..............................................................................................................................................................7
Testamento Cerrado (Secreto ou Místico)...................................................................................................................7
Testamento Particular.........................................................................................................................................................8

3.  TÓPICOS IMPORTANTES...............................................................................................10


Regras Proibitivas............................................................................................................................................................... 10
Regras Permissivas............................................................................................................................................................ 10

4.  SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA - REVOGAÇÃO............................................................14


Revogação Testamentária.............................................................................................................................................. 14

5.  SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA - ROMPIMENTO E TESTAMENTO VITAL.................16


Rompimento de Testamento......................................................................................................................................... 16
Testamento Vital.................................................................................................................................................................. 16

6.  SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA - TESTAMENTO EXTRAORDINÁRIOS....................18


Testamento Extraordinário Marítimo..........................................................................................................................18
Testamento Extraordinário Aeronáutico................................................................................................................... 18
Testamento Extraordinário Militar................................................................................................................................ 19
1
SUCESSÃO
TESTAMENTÁRIA
1.  Sucessão Testamentária
Introdução e Modalidades de Testamento
INTRODUÇÃO
A sucessão testamentária pode ser conceituada como aquela que decorre de expressa
manifestação de última vontade, em testamento ou codicilo (documento solene que declara
vontades da pessoa para que sejam cumpridas após a sua morte, diferente do testamento),
em que o falecido dispõe sobre seus bens.

Observe-se que, apesar da disposição de bens ser a regra nos testamentos, existe a
possibilidade do desse instrumento tratar também do reconhecimento de filhos, nomeação
de tutor, reabilitação do indigno, etc..

MODALIDADES DE TESTAMENTO
Há três formas ordinárias de testamento:

a) testamento público;

b) testamento cerrado (secreto), e

c) testamento particular.

Qualquer desses testamentos poderá ter sua validade impugnada em até cinco anos a
partir de seu registro.

Características
Nesse contexto, vejamos algumas características básicas que permeiam o instituto do
testamento:

PERSONALÍSSIMO
Isso significa que o testamento não pode ser feito por mais ninguém além do próprio testador
em pessoa. Não é aceita nem mesmo a figura do procurador nessa matéria.

NEGÓCIO JURÍDICO UNILATERAL


Significa dizer que o negócio jurídico irá se aperfeiçoar com uma única declaração de vontade,
não precisando do aceite de ninguém: a feitura do testamento.

VEDADO O TESTAMENTO CONJUNTIVO


É proibido o testamento conjuntivo ou de mão comum, mancomunado, que é aquele feito
por mais e uma pessoa ao mesmo tempo. Ora, a lei veda o pacto sucessório tendo em vista a
revogabilidade do testamento.

www.trilhante.com.br 4
NEGÓCIO JURÍDICO SOLENE
O testamento é um negócio jurídico solene (deve respeitar a forma prescrita em lei), gratuito,
revogável e causa mortis (só tem efeito após a morte).

Capacidade civil
A capacidade para testar é conferida aos plenamente capazes e aos maiores de dezesseis
anos. Observe-se que o instituto da capacidade sofreu diversas alterações com o Estatuto
do Deficiente, sendo certo que a capacidade desses presume-se plena.

Dessa forma, não podem testar os declaradamente incapazes e os que, no ato de fazê-lo, não
tiverem pleno discernimento para isso.

www.trilhante.com.br 5
2
FORMAS ORDINÁRIAS
2.  Formas ordinárias
Como dito anteriormente, a sucessão testamentária pode se dar, ordinariamente, por meio
de três tipos de instrumento: o testamento público, o cerrado e o particular. Vamos, agora,
estudar cada um deles.

Testamento Público
O testamento é denominado público por ser escrito por tabelião, de acordo com as
declarações do testador, devendo ser lavrado instrumento e lido em voz alta pelo primeiro
ao segundo e as duas testemunhas (ou pelo testador na presença dos demais), com posterior
assinatura de todos.

Na hipótese de testador surdo, poderá também ele próprio realizar a leitura ou designar
quem o leia para ele, se não souber. Assim, enquanto, ao surdo, o testamento público é uma
faculdade, se o testador for cego, o instrumento público é obrigatório, devendo o testamento
ser lido a ele duas vezes (pelo tabelião e uma testemunha), e da mesma maneira ocorre com
o analfabeto.

Por fim, o surdo-mudo, não podendo ler em voz alta nem ouvir a leitura, e o mudo, não
podendo efetuar suas declarações, não podem fazer esse testamento. Isso se dá para não
haver risco de eles firmarem documento sobre o qual têm incertezas, trata-se de uma forma
de proteção à segura manifestação de suas vontades.

Testamento Cerrado (Secreto ou Místico)


Essa modalidade possui a vantagem de manter a vontade do testador em segredo, vez que
ficará com ele o registro e somente ele é quem terá conhecimento de seu teor, enquanto os
herdeiros só tomarão conhecimento do conteúdo após o descerramento pelo juiz.

Se não for respeitado o desejo do testador e for violado o lacre, o testamento


poderá ser declarado nulo.

O testamento cerrado é escrito pelo testador ou outra pessoa (a seu rogo) e por aquele,
somente por aquele, assinado, desde que aprovado pelo tabelião, que o recebe na presença
de duas testemunhas, com a declaração pelo testador de que se trata de testamento e quer
que seja aprovado, lavrando-se auto de aprovação, que deve ser lido, em seguida, ao testador
e às testemunhas, assinando-o todos. Em seguida, deve-se lacrar o instrumento aprovado e,
ao final, entregá-lo ao testador e lançar o registro no livro local.

Aos que não sabem ou não podem ler, não é permitida a utilização dessa modalidade de
testamento. Ao surdo-mudo, sim, se ele próprio escrever todo o testamento, devendo o juiz

www.trilhante.com.br 7
desconsiderá-lo apenas se encontrar algum vício externo que o torne eivado de nulidade ou
suspeito de falsidade.

Testamento Particular
O testamento particular pode ser escrito de próprio punho ou mediante  processo
mecânico,devendo ser lido e assinado por quem o escreveu na presença de, pelo menos,
três testemunhas, que o devem subscrever.

 A necessidade de um número maior de testemunhas se dá por conta da falta de soleni-


dade específica e participação do tabelião.

Observe-se que as testemunhas devem confirmar em juízo, podendo o juiz validar o ato se
comparecer ao menos uma delas, havendo prova suficiente de sua veracidade. Não podem
utilizar essa modalidade os cegos e analfabetos.

Por fim, importante observar que, em circunstâncias excepcionais declaradas na cédula, o


testamento particular de próprio punho assinado pelo testador sem testemunhas poderá ser
confirmado, a critério do juiz. Evidente aqui a subjetividade dessa permissão e a existente
discricionariedade do juiz para concedê-la, vez que se poderá aceitar versão informal de
testamento, a qual não cumpre alguns requisitos, de acordo com o caso concreto e com a
fundamentação presente na cédula acerca da falta de formalidades.

www.trilhante.com.br 8
3
TÓPICOS IMPORTANTES
3.  Tópicos importantes
Trataremos aqui de alguns pontos esparsos que contém observações pontuais que costumam
cair em provas de concurso.

Regras Proibitivas
Na sucessão testamentária, existem algumas coisas que são vedadas. Vejamos as principais:

HERDEIRO A TERMO
Não cabe nomeação de herdeiro a termo, seja termo inicial ou termo final.

Há uma única exceção incomum das disposições fideicomissárias, nas quais há ato de
disposição de vontade expressa em testamento, pelo qual uma pessoa pode deixar um bem
imóvel para o sucessor de seu herdeiro.

O herdeiro ou legatário que recebe em primeiro grau o imóvel denomina-se fiduciário, ficando
ele com o encargo de transmitir a propriedade para aquele que será o proprietário final do
bem, designado de fideicomissário. Cabe sempre, por outro lado, a nomeação de legatário a
termo, mas isso é outro assunto.

CONDIÇÃO CAPTATÓRIA
Não cabe disposição com condição captatória (e tal proibição decorre da proibição de pacto
sucessório), ou seja, não pode o testador obrigar seu beneficiário a nomear alguém específico
como herdeiro ou legatário.

Busca-se dessa forma que as partes acordem em nomear pessoas específicas como uma
troca de favores. A verificação de condição captatória gera nulidade da disposição.

PESSOA INCERTA
É nula a cláusula que se refira a pessoa incerta, cuja identidade não se possa averiguar. Observe-
se que, nessa hipótese, não se incluem as pessoas que ainda não nasceram, sendo possível
ter como beneficiário o nascituro.

Regras Permissivas
Ato contínuo, ultrapassada as observações relevantes acerca das regras proibitivas, voltemos
nossa atenção às regras permissivas em relação à nomeação de herdeiros no testamento:
1. A nomeação pode ser pura e simples quando não haja qualquer condição ou ônus a
quem será beneficiado pelo testamento, ambos os institutos permitidos em detrimento
do termo, como já visto.
2. A nomeação pode ser feita sob condição suspensiva ou resolutiva, desde que lícitas
e possíveis, ou mediante encargo (para certo fim ou modo), que pode ser exigido no

www.trilhante.com.br 10
beneficiário, não se falando, porém, em revogação pelo seu descumprimento, salvo se
expressamente prevista pelo testador e, ainda, por motivo justo.

LEGADO
O legado pode ser conceituado como a coisa certa e determinada deixada a alguém
(legatário) por testamento ou codicilo. Assim, o legado pode ser de coisas, créditos, quitação
de dívidas, alimentos, imóvel, dinheiro, renda ou pensão vitalícia.

Dessa forma, legado deve ser compreendido como uma disposição testamentária de última
vontade que nomeia o legatário para um bem certo e determinado dentro da herança, mas
não sendo ele um herdeiro. O testador tem total liberdade de escolha de seus legatários e
dos bens que a eles destinará.

A aquisição no legado é diferente da aquisição da herança, vez que, no legado, adquire-se


apenas a propriedade de coisa se esta for certa e existente no acervo. Por outro lado, se for
o caso de coisa incerta deixada por testamento, será escolhida a de qualidade média, só se
adquirindo essa coisa no momento da partilha dos bens entre os herdeiros.

Quanto a propriedade do legatário sobre o bem a ele deixado, essa é adquirida no momento da
morte do testador. Sobre a posse, entretanto, o legatário não pode exigi-la imediatamente e
nem por sua própria autoridade. Poderá apenas pedi-la aos herdeiros, sendo que normalmente
ela só se dará no momento da partilha.

CADUCIDADE
Nos termos do Código Civil, um testamento deixa de produzir efeitos pela nulidade,
revogação, caducidade ou pela falta do beneficiário (por sua exclusão, renúncia, falta de
legitimação ou morte). A caducidade se dá pela falta do objeto, a qual pode decorrer de
modificação substancial feita pelo testador a seu respeito, alienação da coisa, sua evicção
ou, ainda, seu perecimento.

DIREITO DE ACRESCER
O direito de acrescer é relevante na hipótese em que o testador contempla vários beneficiários
deixando-lhes a mesma herança ou coisa em porções não determinadas, e um dos
concorrentes vem a faltar.

Nesse caso, não havendo substituto designado pelo testador, será acrescido, ao quinhão
dos coerdeiros ou colegatários conjuntamente contemplados, o quinhão daquele que vem a
faltar, salvo se estes têm cotas hereditárias já determinadas. A situação será a seguinte:
1. “Deixo imóvel X a Fulana e a Beltrano”: vindo a faltar Fulana, Beltrano ficará com a
parte dela, pelo direito de acrescer.
2. “Deixo metade do imóvel X a Fulano e metade do imóvel X a Beltrana”: nesse caso,
vindo a faltar Fulano, e não havendo substitutos para ele, sua cota vai aos herdeiros legí-
timos, ficando Beltrana com sua outra metade.

www.trilhante.com.br 11
SUBSTITUIÇÃO
A substituição é compreendida como a indicação de certa pessoa para recolher a herança ou
legado, caso o nomeado venha a faltar, existindo em dois tipos:
1. substituição vulgar e recíproca, e
2. substituição fideicomissária.
A substituição vulgar e recíproca é que a se verifica quando o testador nomeia um herdeiro
ou legatário para receber a quota que caberia àquele que não quis ou não pôde receber; é
recíproca quando os herdeiros ou legatários são nomeados substitutos uns dos outros de
forma que, se um herdeiro ou legatário se negar a receber a herança, outro poderá recebê-la.

A substituição fideicomissária é aquela em que o testador – fideicomitente– institui alguém


–fiduciário– para ser seu herdeiro (ou legatário) a receber a herança (ou legado) quando
for aberta a sucessão, mas estabelece que seu direito será resolvido em favor de outrem
(fideicomissário) por razão de se sua morte, após determinado prazo ou verificada certa
condição.

www.trilhante.com.br 12
4
SUCESSÃO
TESTAMENTÁRIA -
REVOGAÇÃO
4.  Sucessão Testamentária - Revogação
Revogação Testamentária
Diante da certeza de que um testamento se trata de um ato de vontade do testador, é evidente
que esse ato pode ser revogado.

A revogação constitui um ato unilateral de vontade de extinção de um determinado negócio


jurídico. Trata-se, portanto, do exercício de um direito potestativo assegurado pela lei.

O testamento pode ser revogado expressamente pelo mesmo modo e forma pelos quais veio
a ser feito. Assim, é possível revogar um testamento público ou cerrado por outro testamento
particular, e vice-versa, com ampla variação e liberdade de forma na revogação. Dessa
forma, se o testador simplesmente fizer um novo testamento, o antigo restará revogado
tacitamente se for operado de forma diferente (público x particular).

Em suma: a revogação do testamento pode ser expressa, quando há uma evidente declaração
de vontade; ou tácita, quando houve um novo testamento em claro conflito com o anterior.

Além disso, a revogação do testamento pode ser total ou parcial, nos termos do art. 1970,
CC. Vejamos:

Art. 1.970. A revogação do testamento pode ser total ou parcial.

Parágrafo único. Se parcial, ou se o testamento posterior não contiver cláusula revogatória expressa, o anterior
subsiste em tudo que não for contrário ao posterior.

Diante disso, na hipótese de revogação parcial, ou se o testamento posterior não contiver


cláusula revogatória de forma expressa, o anterior subsiste em tudo que não contrário ao
posterior.

A revogação produzirá seus efeitos ainda quando o testamento, que a encerra, vier a caducar
por exclusão, incapacidade ou renúncia do herdeiro nele nomeado (art. 1971, CC). Porém,
não valerá a revogação se o testamento revogatório for anulado por omissão ou infração de
solenidades essenciais ou por vícios intrínsecos.

Por fim, observe-se que o testamento cerrado que o testador abrir ou o que for aberto com
o seu consentimento será tido revogado (art. 1972, CC). Em suma, a lei trata a hipótese de
abertura do testamento cerrado como hipótese de revogação.

www.trilhante.com.br 14
5
SUCESSÃO
TESTAMENTÁRIA
- ROMPIMENTO E
TESTAMENTO VITAL
5.  Sucessão Testamentária - Rompimento e
Testamento Vital
Rompimento de Testamento
O rompimento do testamento consiste na ineficácia deste pelo fato de o testador não ter
conhecimento da existência de herdeiros necessários seus quando da sua elaboração.
Assim, se o testador não sabia que existia um herdeiro quando elaborou o testamento, paira
a incerteza acerca de qual seria a vontade do testador a respeito dele.

Nessa esteira, vejamos a literalidade do art. 1.973 do Código Civil:

Art. 1.973. Sobrevindo descendente sucessível ao testador, que não o tinha ou não o conhecia quando testou,
rompe-se o testamento em todas as suas disposições, se esse descendente sobreviver ao testador.

Destarte, diante da situação em que subsiste descendente sucessível ao testador que este
não conhecia, o testamento será rompido em relação a todas as suas disposições.

Por outro lado, nos termos do art. 1.975 do Código Civil, não se rompe o testamento se o
testador dispuser da sua metade não contemplando os herdeiros necessários de cuja
existência saiba, ou quando os exclua dessa parte.

Testamento Vital
O testamento vital é um termo que pode confundir porque parece ser uma modalidade de
testamento, o que não é.

O testamento vital é um documento que estabelece disposições sobre o tipo de tratamento


de saúde, ou o não-tratamento, que a pessoa deseja ter no caso de necessitar e não ter
condições de manifestar a sua vontade.

O testamento vital se torna relevante se alguma doença acomete o testador e ele fica
impossibilitado de expressar sua vontade, situação em que o testamento servirá como
parâmetro que guiará seu tratamento, indicando o tipo de procedimento que gostaria, ou
não, de receber.

www.trilhante.com.br 16
6
SUCESSÃO
TESTAMENTÁRIA
- TESTAMENTOS
EXTRAORDINÁRIOS
6.  Sucessão Testamentária - Testamento
Extraordinários
Os testamentos extraordinários, como o próprio nome já sugere, são aqueles elaborados em
situações extraordinárias, podendo ser
1. marítimo;
2. aeronáutico;
3. militar.

Testamento Extraordinário Marítimo


O testamento extraordinário marítimo é a declaração de última vontade emitida em
embarcação naval em viagem, cuja lavratura compete ao comandante ou ao seu escrivão de
bordo ou seu substituto legal.

Observe-se que, ao contrário do que preceitua o antigo Código Civil, a embarcação não
precisa estar necessariamente localizada em alto-mar e em estado de perigo, admitindo-se
a elaboração do testamento durante qualquer viagem marítima de curta ou longa duração,
em água salgada ou doce.

O testamento marítimo deve ser feito na presença do comandante (ou outro agente
competente), que certificará o ocorrido na presença de duas testemunhas, que devem, junto
com ele, assinar o documento após o próprio testador tê-lo feito, registrando-se tal fato no
livro de bordo. Ficará o documento, enfim, em poder do comandante para que o entregue à
autoridade portuária competente mediante contra recibo.

É absolutamente essencial observar:


1. o testamento marítimo caducará em 90 dias, contados a partir da data de sua real-
ização, se não houver óbito;
2. não terá validade o testamento marítimo se a embarcação se achava ancorada em
porto, permitindo-se que o testador elaborasse testamento na forma ordinária.

Testamento Extraordinário Aeronáutico


O testamento aeronáutico é a declaração de última vontade da pessoa que se encontrava
no interior de uma aeronave em trânsito, não importando se a viagem é doméstica ou
internacional, se o voo é militar ou comercial, cabendo a elaboração do testamento a qualquer
pessoa designada pelo comandante.

Além disso, as disposições restantes se regulam nos mesmos moldes que o testamento
marítimo, sendo necessário que a declaração de vontade ocorra na presença de duas
testemunhas, bem como na do comandante ou outra pessoa designada por este. Ademais,
se aplica o prazo de 90 dias para caducidade do ato.

www.trilhante.com.br 18
Testamento Extraordinário Militar
O testamento militar somente pode ser efetuado em situação de guerra, por militares e
pessoal envolvido a serviço das forças armadas, e no impedimento do testador de efetuar
testamento nas condições normais, sendo admitido de três formas:
1. a similitude do testamento público, na presença do comandante ou oficial graduado;
2. para o testamento particular ou cerrado, diante de duas testemunhas, de um auditor,
ou de um oficial ou alguém que lhe faça as vezes;
3. a maneira nuncupativa, como previsto no art. 1.896, sendo uma forma verbal, efet-
uado em campo de batalha ou feridas, diante de duas testemunhas que têm a in-
cumbência de transcrever essas instruções posteriormente, assinar o documento e
apresentá-los ao auditor.
No mesmo termo dos outros, o testamento militar vai caducar em 90 dias se o testador
ainda estiver vivo em lugar onde possa atestar na forma ordinária. Ademais, não terá efeito o
testamento se o testador não morrer na guerra ou convalescer do ferimento.

www.trilhante.com.br 19
Sucessão
Testamentária

www.trilhante.com.br

/trilhante /trilhante /trilhante

Você também pode gostar