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CADERNO DE DIREITO DA SUCESSÕES

SEGUNDA PROVA

Professora Titular Giselda Maria Novaes Hironaka e Professor Associado José


Fernando Simão

Aluna Gabriela Aisen

1. INTRODUÇÃO

O presente caderno tem por intuito ajudar o estudo da matéria de Direito das
Sucessões, para a realização da prova final. O conteúdo não é cumulativo, porém, é
necessário lembrar de alguns conceitos dados no primeiro bimestre, a fim de evitar
confusões e erros por distração. O meu caderno desta prova passada tem apenas 04
páginas, então recomendo uma leitura superficial também, em complementação ao
presente.

Como a matéria é extensa, e muito dela necessita dos artigos do Código Civil,
GRIFEM TODOS OS ARTIGOS. Ademais, vale ressaltar que nesta parte, eu
transcreverei o dispositivo e tecerei comentários a respeito, porque senão fica
inviável terminar o caderno a tempo.

Qualquer dúvida sobre o conteúdo, podem me mandar mensagens, e-mails


(gabrielaaisen@gmail.com) ou sinal de fumaça, que eu tento ajudar!! #fora187

2. AULA 7 – SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA E TIPOS DE TESTAMENTO


(Sucessão testamentária. Tipos de testamento. Codicilo. Testamentos
extraordinários: noções gerais. Testamentos ordinários: público, privado e
cerrado)

2.1. SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA

O conceito de sucessão testamentária atribuído por Caio Mário da Silva Pereira é


“aquela que se dá em obediência à vontade do defunto, prevalecendo, contudo, as
disposições legais naquilo que ius cogens, bem como no que for silente o
instrumento”. A ideia basilar deste negócio jurídico unilateral é a manifestação da
vontade do falecido, com relação ao futuro de seu patrimônio disponível, após a sua
morte. Ou seja, equivale dizer que o testamento determina o destino do matrimonio
do falecido, após a sua morte.

Importante lembrar que aquele que possui herdeiros necessários (artigo 1.845)
NÃO PODE dispor sobre a integralidade do seu patrimônio, porque metade deles
impreterivelmente é de direito dos herdeiros necessários, conforme a sua ordem de
vocação hereditária (artigo 1.829). Assim, caso faça um testamento dispondo sobre
todos os seus bens, e tiver herdeiros necessários, o testamento será suprimido até
que atinja os 50%, como dispõe o parágrafo primeiro do artigo 1,857.

Além disso, o conteúdo do testamento também deve obedecer ao direito posto,


sob pena de não ser válida ou eficaz a cláusula escrita, assunto que será abordado
posteriormente, mas que merece a referência neste momento. Exemplo dado em
aula, eu não posso escrever uma cláusula assim “deixo o dinheiro que adquiri ao
assassinar João para José” ou “deixo toda a maconha disponível e restante na minha
casa para Maria”, porque são derivadas de ilícitos e pressupõe a sua ocorrência, para
que haja o “cumprimento”, quando da morte do testador. A ideia aqui contida é que
se não era legal em vida, não será permitida com a morte.

2.2. TIPOS DE TESTAMENTO

O direito admite uma série de tipos de testamento possíveis para a sua


elaboração pelo de cujus. No entanto, escrever um testamento é ato
EXTREMAMENTE formal, que deve cumprir uma série de requisitos para atingir
os efeitos aos quais pretende produzir, no que tange ao trio
existência/validade/eficácia. Isto justamente para garantir que o conteúdo disposto
no testamento era exatamente equivalente à vontade do falecido, evitando-se assim,
simulações, fraudes e vícios da vontade.

Uma vez feito o testamento, ele fica arquivado e disponível para consulta até que
seja REVOGADO. Pode ser realizado pela lavratura de um novo testamento,
prevalecendo a regra da atualidade do critério temporal, ou por meio da
manifestação deste desejo perante o Tabelião, como preceitua o artigo 1.858.

Cumpre salientar que a capacidade para fazer um testamento é especial. Isto


porque, além de obedecer ao disposto sobre capacidade da parte geral do Código
Civil (artigos 3º e 4º), aqueles que na tiverem “pelo discernimento” no momento de
confecção do testamento também são considerados incapazes para testar (artigo
1,860).

2.2.1. TESTAMENTO PÚBLICO


É a modalidade mais comum de testamento, abarcada pelos artigos 1.864 a
1.867. é ato rígido quanto a sua forma, que deve obedecer ao preceituado pelo artigo
1.864.

“Art. 1.864. São requisitos essenciais do testamento


público:

I - ser escrito por tabelião ou por seu substituto legal em


seu livro de notas, de acordo com as declarações do
testador, podendo este servir-se de minuta, notas ou
apontamentos;

II - lavrado o instrumento, ser lido em voz alta pelo


tabelião ao testador e a duas testemunhas, a um só
tempo; ou pelo testador, se o quiser, na presença destas e
do oficial;

III - ser o instrumento, em seguida à leitura, assinado pelo


testador, pelas testemunhas e pelo tabelião.

Parágrafo único. O testamento público pode ser escrito


manualmente ou mecanicamente, bem como ser feito pela
inserção da declaração de vontade em partes impressas de
livro de notas, desde que rubricadas todas as páginas pelo
testador, se mais de uma.”

Todos os requisitos devem ser obedecidos, senão o instrumento não pode ser
considerado um testamento público. Quando isso ocorre, pode ser invocada a ideia
de que foi a confecção de um testamento particular, para que a vontade do morto
seja obedecida, independentemente de tantas formalidades do testamento público,
seria a transformação de um tipo de testamento em outro, de modo a garantir a livre
manifestação de vontade do falecido.

Os artigos 1.866 e 1.867 trazem especificidades para a elaboração de testamento


de cegos e surdos. Para o primeiro caso, o testamento precisa ser lido duas vezes,
uma pelo tabelião e outra pela testemunha de escolha do testador, e é necessário o
registro desta formalidade no próprio instrumento. Para os surdos, por sua vez, o
próprio testador deve ler o testamento, e não souber, indicará alguém para fazê-lo
em seu lugar. O problema é que estas formalidades, com o intuito de proteger estas
pessoas defraudes e golpes, são mal interpretadas, e consideradas “discriminação”
pelo Estatuto de Deficiente. Assim, resta a dúvida se estes artigos permanecem
vigentes ou não.

2.2.2. TESTAMENTO CERRADO


É a modalidade de testamento em que o conteúdo deste não é revelado,
em conhecido pelos demais, que só poderá ser aberto com a morte do de
cujus. Por isso, seus requisitos são especiais.

“Art. 1.868. O testamento escrito pelo testador, ou por


outra pessoa, a seu rogo, e por aquele assinado, será
válido se aprovado pelo tabelião ou seu substituto legal,
observadas as seguintes formalidades:

I - que o testador o entregue ao tabelião em presença de


duas testemunhas;

II - que o testador declare que aquele é o seu testamento


e quer que seja aprovado;

III - que o tabelião lavre, desde logo, o auto de


aprovação, na presença de duas testemunhas, e o leia,
em seguida, ao testador e testemunhas;

IV - que o auto de aprovação seja assinado pelo


tabelião, pelas testemunhas e pelo testador.

Parágrafo único. O testamento cerrado pode ser escrito


mecanicamente, desde que seu subscritor numere e
autentique, com a sua assinatura, todas as paginas.

Art. 1.869. O tabelião deve começar o auto de aprovação


imediatamente depois da última palavra do testador,
declarando, sob sua fé, que o testador lhe entregou para ser
aprovado na presença das testemunhas; passando a cerrar e
coser o instrumento aprovado.

Parágrafo único. Se não houver espaço na última folha do


testamento, para início da aprovação, o tabelião aporá nele
o seu sinal público, mencionando a circunstância no auto.”

Esta modalidade é muito pouco utilizada, visto que a probabilidade de


que o conteúdo se perca é grande. Observadas as formalidades acima, o
Tabelião cerra e lacra o testamento, que só pode ser aberto pelo Juiz (artigo
1.875). Após ser devidamente cerrado, o volume é entregue ao testador, para
que ele guarde onde bem entender (artigo 1.864).
Não pode fazer testamento cerrado quem não pode eu não sabe ler e
escrever (artigo 1.872) e o surdo somente pode fazê-lo se ele próprio
escrever (artigo 1.873).

2.2.3. TESTAMENTO PARTICULAR


O testamento particular é o menos formal dos três, bastando três testemunhas
para que seja válido (parágrafo primeiro do artigo 1.876. Entretanto, para garantir a
veracidade do contido, ele deve ser confirmado em juízo (artigo 1.877), mediante a
sua publicação.

Há a possibilidade excepcional de ser aceito o testamento sem a assinatura de


testemunhas, se também confirmado em juízo, como dispõe o artigo 1.879,
exemplo, se estava sozinho e isolado quando da elaboração do testamento.

2.2.4. CODICILO

NÃO É TESTAMENTO, mas é manifestação última de vontade. É um ato


recoberto por menores formalidades, como não é necessária a presença de
testemunhas e, por isso, sua matéria fica restrita.

“Art. 1.881. Toda pessoa capaz de testar poderá,


mediante escrito particular seu, datado e
assinado, fazer disposições especiais sobre o
seu enterro, sobre esmolas de pouca monta a
certas e determinadas pessoas, ou,
indeterminadamente, aos pobres de certo
lugar, assim como legar móveis, roupas ou
jóias, de pouco valor, de seu uso pessoal.”

A expressão “pouco valor” deve levar em consideração a capacidade econômica


de quem escrever o codicilo e não o seu valor de mercado. Ademais, a doutrina entende
que, por meio de codicilo, pode ser reconhecida a paternidade de alguém.

Vale ressaltar que, do mesmo modo que nos testamentos, um codicilo novo
revoga o anterior. Por outro lado, um codicilo JAMAIS revoga testamento, uma vez que
são considerados atos independentes. No entanto, caso da lavratura de testamento
posterior ao codicilo, este deve expressamente mencionar que não revoga o instrumento
anterior, conforme preceitua o artigo 1.864.

2.2.5. TESTAMENTOS ESPECIAIS

Duvido que caiam na prova, portanto não irei me estender, São figuras
históricas, derivadas do Direito Romano e de quase nenhuma aplicabilidade prática.
Isto tanto é verdade que o projeto de reforma do livro das sucessões o exclui. São
eles o testamento marítimo, aeronáutico e militar (artigo 1,886). Está tudo no
Código, então apenas saibam localizá-los que é o suficiente.
3. AULA 8 – TESTEMUHAS TESTAMENTÁRIAS, CAPACIDADE E
DESERDAÇÃO

A capacidade para adquirir por testamento deve ser verificado ao momento de


abertura da sucessão (artigo 1.798), o qual abarca também as pessoas jurídicas,
filhos de pessoas que ainda não foram concebidos e fundações a serem criadas
(artigo 1.799). O que importa é a certeza quanto a pessoa objeto da cláusula
testamentária, ou seja, se for feita uma cláusula que não especifique um destinatário,
ela não tem validade alguma. Vale dizer também que apenas PESSOAS podem
receber por testamento, e não animais e coisas, como em outros ordenamentos
jurídicos.

São relativamente incapazes, não podendo ser nomeados herdeiros ou legatários,


aqueles enunciados pelo artigo 1.801.

“Art. 1.801. Não podem ser nomeados herdeiros nem


legatários:

I - a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem o


seu cônjuge ou companheiro, ou os seus ascendentes e
irmãos;

II - as testemunhas do testamento;

III - o concubino do testador casado, salvo se este, sem


culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais
de cinco anos;

IV - o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou


escrivão, perante quem se fizer, assim como o que fizer ou
aprovar o testamento.”

As cláusulas que versaram sobre as pessoas acima mencionadas são revestidas


pela nulidade (artigo 1.802). Além disso, o filho oriundo do concubinato é apto a
receber por herança, se for filho também do testador (artigo 1.803). O filho
exclusivamente da concubina não é capaz para recebê-la.

A deserdação, por sua vez, é definida como “ato pelo qual o herdeiro necessário
é privado da sua legítima”, sendo a sua cota utilizada em benefício de outrem (artigo
1.961). As hipóteses de exclusão estão elencadas no artigo 1.814.

“Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou


legatários:

I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes


de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa
de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro,
ascendente ou descendente;
II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o
autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua
honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;

III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem


ou obstarem o autor da herança de dispor livremente
de seus bens por ato de última vontade.”

“Art. 1.962. Além das causas mencionadas no art. 1.814,


autorizam a deserdação dos descendentes por seus
ascendentes:

I - ofensa física;

II - injúria grave;

III - relações ilícitas com a madrasta ou com o


padrasto;

IV - desamparo do ascendente em alienação mental ou


grave enfermidade.

“Art. 1.963. Além das causas enumeradas no art. 1.814,


autorizam a deserdação dos ascendentes pelos
descendentes:

I - ofensa física;

II - injúria grave;

III - relações ilícitas com a mulher ou companheira do


filho ou a do neto, ou com o marido ou companheiro da
filha ou o da neta;

IV - desamparo do filho ou neto com deficiência mental


ou grave enfermidade.”

É necessária a prova do motivo para a deserdação no próprio testamento,


restando clara a sua fundamentação (artigo 1.964). Ademais, pelo artigo 1.965, é
mandatória a prova da veracidade do alegado, por meio de ação judicial, seja inventário,
abertura de testamento, etc, sendo de quatro anos o prazo decadencial para tal direito ser
impugnado (parágrafo único).

4. AULA 9 - DISPOSIÇÕES TESTAMENTÁRIAS E LEGADOS

O testamento pode incluir disposições patrimoniais ou de cunho pessoas, sendo


mais comum o primeiro caso. No entanto, mister salientar que são hipóteses de
matéria testamentária a nomeação de tutor, o reconhecimento de paternidade, a
recomendação a respeito de funerais, e sobre a educação dos filhos sobreviventes.
Aquelas que tiverem conteúdo ilícito ou extremamente imoral não serão aceitas, são
cláusulas nulas de pleno direito.

Parece óbvio, mas o testamento deve instituir herdeiros (artigo 1.897). Somente
o testador pode institui-los, e a quantidade que desejar. A ele, cujo nome deve ser
expresso no próprio testamento, cabe a coisa deixada tao logo a abertura do
testamento (artigo 1.923).

As cláusulas também podem conter condições suspensivas, as quais, com o seu


implemento, produzem efeito ex tunc, a partir da data da abertura do testamento. As
cláusulas resolutivas, por sua vez, faz com que o herdeiro ou legatário perca o
direito à coisa, caso cumprida a condição.

O encargo pode ser descrito como uma disposição modal pela qual o herdeiro
fica vinculado a uma obrigação para receber a herança, caso a aceite. O não
cumprimento do encargo comporta na caducidade da cláusula testamentária, como
será explicado oportunamente.

Ademais, o testador pode determinar clausulas de impenhorabilidade,


inalienabilidade e impenhorabilidade e incomunicabilidade aos bens parte da
legítima (artigo 1.848).

Na hipótese em que a clausula testamentaria puder ser interpretada de diversas


formas será válida aquela que garantir melhor a vontade do próprio testador, como
assevera o artigo 1.899.

Já o artigo 1.900 elenca as causas de nulidade das cláusulas testamentárias.

“Art. 1.900. É nula a disposição:

I - que institua herdeiro ou legatário sob a condição


captatória de que este disponha, também por testamento,
em benefício do testador, ou de terceiro;

II - que se refira a pessoa incerta, cuja identidade não se


possa averiguar;

III - que favoreça a pessoa incerta, cometendo a


determinação de sua identidade a terceiro;

IV - que deixe a arbítrio do herdeiro, ou de outrem,


fixar o valor do legado;

V - que favoreça as pessoas a que se referem os arts.


1.801 e 1.802.”

“Art. 1.903. O erro na designação da pessoa do


herdeiro, do legatário, ou da coisa legada anula a
disposição, salvo se, pelo contexto do testamento, por
outros documentos, ou por fatos inequívocos, se puder
identificar a pessoa ou coisa a que o testador queria
referir-se.”

Nas situações em que o testador deixar um bem a mais de uma pessoa,


sem atribuir cotas a elas, esta será dividida igualmente entre o número de pessoas
()artigo 1.904). na hipótese de não ser atribuída uma pessoa a um bem, ele será
dividido entre os herdeiros legítimos (artigo 1.908).

O legado tem que ver necessariamente com a sucessão testamentaria, sendo que
“incide sobre uma coisa certa e determinada”. A sua característica principal é a sua
definição, como, por exemplo, a cláusula “deixo a casa da Rua das Andorinhas à
Maria”. A pessoa do legatário deve ser certa, determinada ou determinável, no caso
de ainda não ter nascido, devendo ser expressa no testamento.

Há diversas espécies de legado. O primeiro deles é o puro ou modal, no qual o


testador deixa coisa própria, podendo coloca-lhe encargo ou não, que deve ser
cumprido pelo legatário quando da aceitação. O segundo é o legado de coisa alheia,
não admitido pelo direito brasileiro (artigo 1.912). o terceiro, trata-se de legado de
coisa do herdeiro/legatário, em contrapartida ao recebimento da herança, exemplo,
“deixo minha casa para Maria, se ela entregar seu carro a João”. Se Maria não
entregar o estipulado a João, considera-se que ela renunciou à herança (artigo
1.913). Caso apenas parte da coisa pertença a ele, valerá somente a sua cota (artigo
1.914).

O quarto tipo se refere ao legado de gênero, o que vale e deve ser cumprido,
mesmo que não se encontre na herança deixada pelo testador. Exemplificando,
“deixo 10 vacas a João”, ainda que ao tempo de abertura do testamento o de cujus
não possuísse nenhuma vaca, isto deve ser adimplido pelos herdeiros (artigo 1.915).
O quinto legado é o de coisa singularizada, ou seja “deixo minha vaca Mimosa à
Maria”. Se ao tempo da abertura do testamento a vaca Mimosa não se encontra no
espólio, NÃO PODE SER CUMPRIDO O LEGADO, o legatário não ganha nada
(artigo 1.916) . O sexto tipo tem q, ue ver com a especificidade do lugar onde se
encontra a coisa, tal como “deixo todos os R$10.000,00 reais que tenho na minha
cabeceira a Maria”. Todo o dinheiro que la estiver pertencerá a legatária, ainda que
seja quantia inferior, que não será reposta pelos herdeiros (artigo 1.917). a remoção
da coisa, se temporária, não atinge a eficácia do legado.

O legado de crédito somente corresponde ao montante devido ao momento da


abertura da sucessão, como estipulado no artigo 1.918. Além disso, a compensação
somente se opera, se expressa pelo testador (artigo 1.919). É possível, ainda, que o
testador legue alimentos vitalícios ou por tempo certo (artigo 1.920). com relação
aos imóveis, serão de propriedade do legatário apenas aquilo que foi expresso pelo
testador e suas benfeitorias (artigo 1,922, parágrafo único). O usufruto, por sua vez,
se não estipulado por tempo certo, deve ser considerado vitalício (artigo 1.921).

Quanto ao pagamento de tais legados, cumpre esclarecer que ela já é de direito


do legatário desde o momento da abertura da sucessão, caso não tenha nenhuma
condição suspensiva (artigo 1.924). seguem regras chatas e fáceis sobre o assunto,
não tem segredo.

“Art. 1.927. Se o legado for de quantidades certas,


em prestações periódicas, datará da morte do
testador o primeiro período, e o legatário terá
direito a cada prestação, uma vez encetado cada um
dos períodos sucessivos, ainda que venha a falecer
antes do termo dele.Art. 1.928. Sendo periódicas as
prestações, só no termo de cada período se poderão
exigir.

Parágrafo único. Se as prestações forem deixadas a


título de alimentos, pagar-se-ão no começo de cada
período, sempre que outra coisa não tenha disposto
o testador.

Art. 1.929. Se o legado consiste em coisa


determinada pelo gênero, ao herdeiro tocará
escolhê-la, guardando o meio-termo entre as
congêneres da melhor e pior qualidade.

Art. 1.930. O estabelecido no artigo antecedente


será observado, quando a escolha for deixada a
arbítrio de terceiro; e, se este não a quiser ou não a
puder exercer, ao juiz competirá fazê-la, guardado
o disposto na última parte do artigo antecedente.”

Resta evidente que o legado deve ser aceito, tal qual a herança, para atribuir
eficácia. Sendo a mesma pessoa herdeira e legatária, pode aceitar um e recusar o
outro, sem que isso interfira na sua qualidade (parágrafo primeiro do artigo 1.808).

Por último, a caducidade, ineficácia, dos legados se dá por causas supervenientes


à lavratura do testamente, como previsto pelo artigo 1.939.

“Art. 1.939. Caducará o legado:

I - se, depois do testamento, o testador modificar a coisa


legada, ao ponto de já não ter a forma nem lhe caber a
denominação que possuía; - madeira não é mesa
II - se o testador, por qualquer título, alienar no todo
ou em parte a coisa legada; nesse caso, caducará até onde
ela deixou de pertencer ao testador;

III - se a coisa perecer ou for evicta, vivo ou morto o


testador, sem culpa do herdeiro ou legatário incumbido
do seu cumprimento;

IV - se o legatário for excluído da sucessão, nos termos


do art. 1.815;

V - se o legatário falecer antes do testador.”

Outro caso de caducidade é a revogação do legado, por qualquer razão. No que


tange legado alternativo, assim dispõe o artigo 1.940.

“Art. 1.940. Se o legado for de duas ou mais coisas


alternativamente, e algumas delas perecerem, subsistirá
quanto às restantes; perecendo parte de uma, valerá,
quanto ao seu remanescente, o legado.”

5. AULA 10 - INVALIDADE DO TESTAMENTO

5.1. REVOGAÇÃO

Por definição, a revogação é “o ato pelo qual se manifesta a vontade do testador,


tornando-o ineficaz” Quanto aos seus efeitos, equipara-se a nulidade. É uma faculdade
irrenunciável, então mesmo que o testamento possua cláusula de irrevogabilidade, ele
poderá ser revogado.

5.1.1. REVOGAÇÃO EXPRESSA

A primeira espécie de revogação é a expressa, contida no artigo 1.969, que dispõe


que o testamento pode ser revogado pela mesma fora pela qual foi feito, ou seja, por um
outro testamento, respeitando o caráter temporal. Importante dizer que na é necessária a
utilização da mesma modalidade de testamento, por exemplo, um testamento cerrado
pode revogar um testamento público, um partícula, um cerrado, só não vale codicilo
revogar testamento. Esta revogação pode ser total ou parcial (artigo 1.970), sendo o
novo testamento válido a produzir seus efeitos (artigo 1.971), não produzindo seus
efeitos, caso anulado. Se revogado o testamento revogador, o anterior não volta a ser
válido, tendo em vista a manifestação contrária do agente.

5.1.2. REVOGALÇA TÁCITA

São possíveis em alguns casos. A realização de novo testamento pelo testador


revoga, no todo oi em parte, o anterior, ainda que ele não disponha cláusula expressa
sobre isso. Exemplo, se as cláusulas são incompatíveis entre si, vale a cláusula do
testamento mais atual. Sempre prevalece a declaração última de vontade. Se o
testamento tiver sido rasgado, dilacerado ou aberto pelo testador considera-se
revogado (artigo 1.972), o que não vale para testamento público, que deve ser
realizada por meio de ato revogatório em cartório.

Nesse mesmo sentido, caso o testador tenha alienado a coisa disposta, considera-
se revogada tacitamente a cláusula, como já foi mencionado.

5.2. ROMPIMENTO

É decorrente da lei, aliada a situação superveniente, que era ou não de conhecimento


do testador. Ou seja, a superveniência de herdeiro necessário rompe o testamento,
porque acredita-se que o testador não disporia tal conteúdo, se tivesse ciência do
descendente. Semelhante caso é o da ignorância de herdeiros necessários, como
preceitua o artigo 1.973 e 1.974. Mister salientar que o herdeiro tem que sobreviver,
após o falecimento do testador, não se aplicando a herança por estirpe.

Por outro lado, não se rompe testamento em que o morto dispuser de sua parte
disponível, mas não contemplar herdeiros necessários (artigo 1.975). prevalece a
declaração de ultima vontade do testador, e há o respeito da legitima, in casu.

5.3. CADUCIDADE

É a não prevalência das cláusulas testamentárias, ainda que válido o testamento.


Equivale dizer à ineficácia. A seguir, alguns exemplos, (i) herdeiro excluído por
indignidade, (ii) herdeiro/legatário que repudiar a herança, (iii) tiver condição
suspensiva, que não se realiza, i.e. “deixo minha biblioteca para Maria, se ela se
formar em Direito” e ela se forma em Medicina, (iv) o instituído pré morre ao
falecido, (v) modificação substancial ou perecimento da coisa, por caso fortuito, (vi)
ser testamento especial, e o falecido não morrer naquela ocasião, sem tomar as
medidas de convalescimento. Por efeitos, tem-se que a caducidade transforma a
herança testamentária em legítima.

5.4. REDUÇÃO DASLIBERALIDADES TESTAMENTÁRIAS

O testador somente pode dispor sobre a metade de seus bens, devido a parte
legitima dos herdeiros necessários ser deles de direito, estabelecido em lei, assim,
quando da abertura do testamento, no processo de Inventário ou qualquer outro,
deve ser apurado o montante do espólio e se o testamento dispôs apenas do que
poderia, de fato. Caso negativo, os herdeiros podem ingressar com uma ação para
obter a redução testamentária que, se procedente, atingirá a ineficácia apenas da
diferença entre a parte que determinava o excesso e a parte disponível (artigo 1.968
a 1.970).

5.5. ANULAÇÃO DO TESTAMENTO


(i) Desrespeito da forma (artigos 1.862 e 1.887)
(ii) Testamentos proibitivos, como é o caso do testamento conjuntivo (eu
faço um testamento deixando todos os meus bens a você, se você fizer
um para mim, em troca)
(iii) Incapacidade do agente
(iv) Conter disposições nulas (artigo 1.900)
(v) Erro na designação, dolo ou violência

Quanto aos efeitos, pode-se citar a inoperabilidade da cláusula ou do todo,


transformando a sucessão de testamentárias para legítima, no que couber.

6. AULA 11 – SUBSTITUIÇÕES, FIDEICOMISSO E DIREITO DE


ACRESCER

A substituição se opera em âmbito de garantir que um bem não vá para a


sucessão legitima, caso o seu primeiro herdeiro/legatário a recusar. Assim,
nomeia-se um segundo herdeiro/legatário a ser constituído, se houver renúncia.

6.1. SUBSTITUIÇÃO VULGAR E RECÍPROCA

São definidas como “substituição condicional do herdeiro ou legatário, a


quem vão ter a herança ou o legado, n caso de o primeiro não poder ou não
querer aceitar”. O requisito da capacidade deve ser observado pelo
substituto, assim como encargos e condições (artigo 1.949).
A substituição VULGAR é preceituada pelo artigo 1.947, e abrange as
duas hipóteses, ou sej, “deixo minha casa para Maria ou para João”, se Maria
não quiser, fica para João, se João não quiser, fica para Maria. Se nenhum
dos dois aceitar, fica para a legítima. Não há número expresso de quantos
herdeiros podem ser colocads numa mesma cláusula (artigo 1.948). ela
caducará quando (i) o primeiro aceitar a herança/legado, (ii) um dos
substitutos falecer antes do de cujus, (iii) ausência de legitimação do
substituto para suceder por testamento.
A substituição recíproca, por sua vez, determina que os herdeiros e
legatários reciprocamente se substituam, devendo ser respeitada a cota a
cada um deles atribuída (artigo 1.950).

6.2. FIDEICOMISSO

“Consiste na instituição de herdeiro ou legatário, com o encargo de transmitir bens a


uma outra pessoa, a certo tempo, por morte, ou sob condição preestabelecida”. O
fiduciário é aquele que recebe o encargo e o fideicomissário é o que receberá os bens
futuramente (artigo 1.951). Esta pode se operar com (i) morte do fiduciário, (ii)
condição, (iii) a tempo certo. A ideia de temporalidade é inerente ao instituto, visto que
o bem será transmitido a terceiro, necessariamente. Não se permite a sua existência
além do segundo grau (artigo 1.959). mister salientar que o fideicomissário deve ser
pessoa ainda não nascida (artigo 1.952), como “deixo minha casa à Maria, para que ela
a passe a seu filho”, mas Maria ainda não tem nenhum filho vivo. Caso ela já esteja
grávida ou seu filho tiver nascido ao tempo da morte do testador, Maria será
usufrutuária vitalícia do bem (parágrafo único, do artigo 1.952).

Os deveres do fiduciário tem que ver com a máxima “preservar para transmitir”, ou
seja, deve manter o bem para que ele seja restituído ao fideicomissário. Torna-se
proprietário e possuidor ao tempo da abertura da sucessão, podendo utilizar-se dos
frutos e rendimentos, sem qualquer restrição. Não cabe a restituição daquilo empregado
para a preservação da coisa, senão de benfeitorias necessárias e úteis, tal qual o
possuidor de boa fé.

Já o fideicomissário tem o direito de receber o bem no estado em que se encontra,


respondendo pelos encargos, se ainda houver (artigo 1.957), exigir caução do fiduciário
(parágrafo único, do artigo 1.953).

A caducidade do instituto ocorre como preceitua o artigo 1.958.

“Art. 1.958. Caduca o fideicomisso se o


fideicomissário morrer antes do fiduciário, ou
antes de realizar-se a condição resolutória do
direito deste último; nesse caso, a propriedade
consolida-se no fiduciário, nos termos do art.
1.955.”

6.3. DIREITO DE ACRESCER

Está exatamente na letra da lei.

“Art. 1.941. Quando vários herdeiros, pela mesma


disposição testamentária, forem conjuntamente
chamados à herança em quinhões não determinados, e
qualquer deles não puder ou não quiser aceitá-la, a sua
parte acrescerá à dos co-herdeiros, salvo o direito do
substituto.

Art. 1.942. O direito de acrescer competirá aos co-


legatários, quando nomeados conjuntamente a respeito
de uma só coisa, determinada e certa, ou quando o objeto
do legado não puder ser dividido sem risco de
desvalorização.

Art. 1.943. Se um dos co-herdeiros ou co-legatários, nas


condições do artigo antecedente, morrer antes do
testador; se renunciar a herança ou legado, ou destes
for excluído, e, se a condição sob a qual foi instituído
não se verificar, acrescerá o seu quinhão, salvo o direito
do substituto, à parte dos co-herdeiros ou co-legatários
conjuntos.
Parágrafo único. Os co-herdeiros ou co-legatários, aos
quais acresceu o quinhão daquele que não quis ou não
pôde suceder, ficam sujeitos às obrigações ou encargos
que o oneravam.

Art. 1.944. Quando não se efetua o direito de acrescer,


transmite-se aos herdeiros legítimos a quota vaga do
nomeado.

Parágrafo único. Não existindo o direito de acrescer entre


os co-legatários, a quota do que faltar acresce ao
herdeiro ou ao legatário incumbido de satisfazer esse
legado, ou a todos os herdeiros, na proporção dos seus
quinhões, se o legado se deduziu da herança.

Art. 1.945. Não pode o beneficiário do acréscimo


repudiá-lo separadamente da herança ou legado que
lhe caiba, salvo se o acréscimo comportar encargos
especiais impostos pelo testador; nesse caso, uma vez
repudiado, reverte o acréscimo para a pessoa a favor de
quem os encargos foram instituídos.

Art. 1.946. Legado um só usufruto conjuntamente a duas


ou mais pessoas, a parte da que faltar acresce aos co-
legatários.

Parágrafo único. Se não houver conjunção entre os co-


legatários, ou se, apesar de conjuntos, só lhes foi legada
certa parte do usufruto, consolidar-se-ão na propriedade
as quotas dos que faltarem, à medida que eles forem
faltando.

7. AULA 12 – INVENTÁRIO E PARTILHA

7.1. INVNTÁRIO

Procedimento disposto no Código de Processo Civil, nos artigos 617 e seguintes.


Por meio deste, um inventariante é nomeado, cuja responsabilidade se verifica nos
artigos 618 e 619.

“Art. 618. Incumbe ao inventariante:

I - representar o espólio ativa e passivamente, em juízo ou


fora dele, observando-se, quanto ao dativo, o disposto
no art. 75, § 1o;

II - administrar o espólio, velando-lhe os bens com a


mesma diligência que teria se seus fossem;
III - prestar as primeiras e as últimas declarações
pessoalmente ou por procurador com poderes especiais;

IV - exibir em cartório, a qualquer tempo, para exame das


partes, os documentos relativos ao espólio;

V - juntar aos autos certidão do testamento, se houver;

VI - trazer à colação os bens recebidos pelo herdeiro


ausente, renunciante ou excluído;

VII - prestar contas de sua gestão ao deixar o cargo ou


sempre que o juiz lhe determinar;

VIII - requerer a declaração de insolvência.

Art. 619. Incumbe ainda ao inventariante, ouvidos os


interessados e com autorização do juiz:

I - alienar bens de qualquer espécie;

II - transigir em juízo ou fora dele;

III - pagar dívidas do espólio;

IV - fazer as despesas necessárias para a conservação e o


melhoramento dos bens do espólio.”

As primeiras declarações devem ser ofertadas por ele 20 dias após a


abertura do Inventário e deverá conter a matéria do artigo 620.

“Art. 620. Dentro de 20 (vinte) dias contados da data em


que prestou o compromisso, o inventariante fará as
primeiras declarações, das quais se lavrará termo
circunstanciado, assinado pelo juiz, pelo escrivão e pelo
inventariante, no qual serão exarados:

I - o nome, o estado, a idade e o domicílio do autor da


herança, o dia e o lugar em que faleceu e se deixou
testamento;

II - o nome, o estado, a idade, o endereço eletrônico e a


residência dos herdeiros e, havendo cônjuge ou
companheiro supérstite, além dos respectivos dados
pessoais, o regime de bens do casamento ou da união
estável;

III - a qualidade dos herdeiros e o grau de parentesco com


o inventariado;
IV - a relação completa e individualizada de todos os bens
do espólio, inclusive aqueles que devem ser conferidos à
colação, e dos bens alheios que nele forem encontrados,
descrevendo-se:

a) os imóveis, com as suas especificações, nomeadamente


local em que se encontram, extensão da área, limites,
confrontações, benfeitorias, origem dos títulos, números
das matrículas e ônus que os gravam;

b) os móveis, com os sinais característicos;

c) os semoventes, seu número, suas espécies, suas marcas


e seus sinais distintivos;

d) o dinheiro, as joias, os objetos de ouro e prata e as


pedras preciosas, declarando-se-lhes especificadamente a
qualidade, o peso e a importância;

e) os títulos da dívida pública, bem como as ações, as


quotas e os títulos de sociedade, mencionando-se-lhes o
número, o valor e a data;

f) as dívidas ativas e passivas, indicando-se-lhes as datas,


os títulos, a origem da obrigação e os nomes dos credores
e dos devedores;

g) direitos e ações;

h) o valor corrente de cada um dos bens do espólio.

§ 1o O juiz determinará que se proceda:

I - ao balanço do estabelecimento, se o autor da herança


era empresário individual;

II - à apuração de haveres, se o autor da herança era sócio


de sociedade que não anônima.

§ 2o As declarações podem ser prestadas mediante


petição, firmada por procurador com poderes especiais, à
qual o termo se reportará.

7.2. SONEGAÇÃO

Ação judicial pela qual o inventariante ou o herdeiro é obrigado a restituir os


bens que dolosamente ocultou. O dolo deve ser demostrado, não pode ser presumido.
Isto ocorre depois do arrolamento dos bens no processo de inventário, quando se nota
que algum deles não foi arrolado corretamente. Por isso, o inventariante perde o seu
posto e também a cota dos bens que sonegou. Por se tratar de ato ilícito, o sonegador
responde pelo valor do bem, se não puder restitui-lo, mais perdas e danos.

7.3. COLAÇÃO

“Consiste ela na restituição, ao monte, das liberalidades recebidas em vida, para


obter-se a igualdade dos quinhões hereditários, ao se realizar a partilha”. Liberalidades
são consideradas antecipação da legítima, e por isso, este instituto atnge apenas os
herdeiros necessários, uma vez que se presume a igualdade de quinhões entre eles.
Importante ressaltar que aquele que renunciar a herança ou for excluído dessa por causa
de indignidade não é obrigado a colacionar. O meio apropriado é por meio de petição no
processo de Inventário, pela qual seja explicita os bens adquiridos enquanto ainda vivia
o de cujus (artigos 2.002 e 2.003).

7.4. PARTILHA

É a entrega dos bens a cada um dos herdeiros e legatários, encerrado o processo


de Inventário. Pode ser feito por diversas formas – escritura pública, instrumento
particular ou termo nos próprios autos. Deve ser respeitado o quinhão de cada um,
tentando não dividir propriedades, de modo que cada um tenha sozinho aquilo que
tem direito, sem estabelecer condomínios desnecessários e inviáveis. Caso não seja
a partilha amigável, esta se dará pela via judicial, de acordo com o que determinar o
Juiz.

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