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Suspensão Laboral

AUSÊNCIA TEMPORÁRIA DA PRESTAÇÃO DE TRABALHO

2017

Rita Canas da Silva


RESUMO

A presente dissertação tem por objecto a análise da suspensão laboral, no Direito


português, enquanto termo neutro que procura abarcar os factos que inviabi-
lizam transitoriamente o trabalhador de realizar a actividade contratada com
o empregador e aos quais é afecta qualificação suspensiva. A tese encontra-se
dividida em duas partes.
A Parte I assinala a natureza transversal do fenómeno suspensivo – para lá da
esfera laboral –, colocando a descoberto a essencialidade que reveste a natureza
duradoura e relacional do contrato para a cabal compreensão do instituto. Enten­
demos que o acervo normativo geral do Direito comum, concebido segundo
a matriz da transacção isolada, reclama ajuste perante vínculos duradouros.
Tal necessidade de adaptação assume especial relevância num estudo reser­vado
à suspensão laboral, atendendo à extensão e heterogeneidade que o Direito por-
tuguês imprime ao instituto: entre nós, a suspensão laboral convoca original-
mente temáticas várias, enquadradas de modo disperso na sistemática do CC –
impossibilidade, (in)cumprimento, mora do devedor, mora do credor e exceptio
non adimpleti contractus.
Sucede que a compreensão dos contornos da suspensão laboral resulta di-
luída se não resultar claro como se processa a transposição destes institutos, tal
qual previstos, em geral, no Direito Civil, para o domínio suspensivo laboral.
Recuperamos, por isso, passo metodológico intermédio, descurado no tradicio-
nal processo comparativo (Direito Civil/Direito do Trabalho): a identificação
de desvios e adaptações impostos às regras aplicáveis a contratos que, com o de
trabalho, partilham característica específica – a durabilidade – com vista à delimi-
tação da suspensão laboral e dos institutos aqui agregados. Identificamos, neste
contexto, traços distintivos das obrigações duradouras, presentes igualmente no
contrato de trabalho e que permitem enquadrar devidamente o fenómeno sus-
pensivo também na esfera laboral: (i) função estabilizadora – tanto na vertente
jurídica, como económica e social; (ii) exposição à superveniência; (iii) desdo-
bramento estrutural – uno vs. múltiplo; (iv) dinâmica organizativa; e (v) acen­
tuação da vinculação das partes aos deveres acessórios.

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SUSPENSÃO LABORAL

Enquanto a Parte I traduz uma visão abrangente do fenómeno suspensivo,


conferindo especial enfoque à natureza duradoura contrato, auto-explicativa de
múltiplas especificidades e efeitos do instituto em análise, na Parte II, a reflexão
é centrada na suspensão em contexto laboral. Delimitamos, então, os principais
conceitos operativos do fenómeno: impossibilidade, imputação e natureza tempo-
rária. Constatamos, neste âmbito, que por razões várias, o trabalhador prefere
frequentemente a realização de interesses extralaborais, não comparecendo
ao trabalho. E o ordenamento afasta, então, os efeitos por regra associados ao
incumprimento, excluindo a responsabilidade do trabalhador. Para tanto, a es-
fera laboral simplifica a teia civilista, concebendo motivos atendíveis diversos,
que agrega descomplexadamente, sob a fórmula impedimento ou impossibilidade:
o fundamento invocado justifica (ou não) valoração positiva do ordenamento,
conforme a tutela afecta a cada caso – assim se condicionando o direito do cre-
dor à execução pontual do acordado. Acresce que, no domínio laboral, a falta de
cooperação creditória, embora transitória, promove, por regra, a inviabilização
(definitiva) do trabalho que seria prestado: a dimensão complexa de contrato
de trabalho motiva, neste âmbito, a convocação de uma impossibilidade da
prestação de trabalho, em alternativa à mora do credor. O apelo, nestes casos,
à impossibilidade suscitou, todavia, desde cedo, reservas em domínio laboral,
aten­dendo aos reflexos que se assumiu que tal revestiria no destino da con­
traprestação retributiva. Verificamos, no entanto, em que medida esta leitura ca-
rece de ajuste, adiantando o enquadramento que se nos afigura mais ade­quado
e a resposta a questões práticas diversas, condicionadas por uma tal premissa.
Segue-se a definição dos moldes em que deve ser delimitada a (não) impu­
tação do impedimento às partes. Num tal exercício, é comum o confronto entre
imputação laboral e imputação civilística, surgindo, com frequência, menção a
um conceito próprio de (não) imputação para efeitos suspensivos (em domínio
laboral). A par das hipóteses de suspensão em razão de factos fortuitos (caso
fortuito e força maior) e por facto imputável ou no interesse do empregador,
reservamos particular atenção à determinação da imputação do impedimento
ao trabalhador e, nesse âmbito, à situação de suspensão por motivo de prisão.
Por fim, conquanto enunciemos elemento transversal às diversas variáveis
suspensivas, é apontada especial complexidade à concretização da natureza tem-
porária ou definitiva na suspensão por factos respeitantes ao trabalhador, reves-
tindo, então, com frequência, manifesta indefinição a identificação do limite a
partir do qual – considerados os interesses conflituantes das partes – não é mais
adequado sustentar que o impedimento é temporário, havendo que concluir
pela extinção, por caducidade. Procurámos tornar uma tal avaliação mais clara,
enunciando critérios que permitam aferir, com maior rigor, a natureza transitó-
ria ou definitiva do obstáculo à execução – elementos essenciais à concretização
do âmbito operativo do instituto.

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ABSTRACT
The object of this thesis is the analysis of labour suspension, in Portuguese law, as
a neutral term that seeks to comprise the facts that temporarily impair the em-
ployee from performing the activity engaged with the employer and to which is
allocated suspensive qualification. This thesis is divided into two parts.
Part I highlights the cross-cutting nature of the suspensive phenomenon –
beyond the labour scope –, emphasizing the importance of the long-term and
relational nature of the contract for the full comprehension of the institute. It is
our understanding that the general rules of law, designed on a single transac-
tion model, claim for an adjustment in view of long-term contractual relations.
Such need for adaptation is of particular relevance in an essay focused on labour
suspension, considering the extension and heterogeneity that Portuguese law
grants to the institute: pursuant to our law, the labour suspension originally calls
several subjects, included in a rather disperse manner in the Civil Code – such
as impossibility, temporary or definitive (non)compliance by the debtor, mora
credendi and exceptio non adimpleti contractus.
However, the comprehension of the outline of the institute of labour sus-
pension becomes diluted if the implementation of these institutes, as foreseen,
in general, in Civil Law, into the labour suspensive field is not clear. We, there-
fore, recover an intermedium methodological step, disregarded on the tradi-
tional comparative process (Civil Law/Employment Law): the identification of
deviations and adaptations imposed to the rules applicable to contracts which,
together with the employment contract, share a specific feature – the durability
– with a view to define the labour suspension and the institutes aggregated the-
rein. Within this scope, we identify distinctive features of long-term obligations,
also seen in the employment contract, and which enable to duly square the sus-
pensive phenomenon also in the labour scope: (i) stabilising function – both
in the legal and economic and social fields; (ii) exposure to supervening facts;
(iii) structural division – single vs. multiple; (iv) organisational dynamic; and (v)
intensification of the parties’ binding to ancillary duties.
Whereas Part I provides for a wide view of the suspension phenomenon, with
a particular emphasis on the long-term nature of the contract, self-explanatory

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SUSPENSÃO LABORAL

of several specificities and effects of the institute under analysis, in Part II, the
reflection is focused on the suspension within the labour scope. We, therefore,
define the main operating concepts of the phenomenon: impossibility, impu­tation
and temporary nature. We verify, in this regard, that, due to several reasons, the
employee often prefers the fulfilment of interests outside the labour scope, not
attending work. In such cases the legal system removes the effects generally as-
sociated to default, excluding the employee’s liability. In this regard, the labour
scope simplifies the civil scope, by foreseeing several compelling reasons, which
are simply aggregated, under the form of impediment or impossibility: the ground
asserted justifies (or not) a positive valuation of the legal system, according to
the rules applicable to each case –, and, thus, conditioning the creditor’s right
to the due execution of what was agreed. In addition, in the labour scope, the
lack of the creditor’s cooperation, although temporary, generally promotes the
(defi­nitive) unfeasibility of the work that would be rendered: the complex di-
mension of an employment contract leads, in this scope, to an impossibility to
render the work, alternatively to the creditor’s delay. However, resorting in the-
se cases to the concept of impossibility raised, from the very instant, reserva-
tions within the labour scope, considering the consequences expected in the
outcome of the remunerative consideration. We, nevertheless, verify in which
extent this understanding lacks of adjustment, anticipating the frameworks that
seems more adequate to us and the answer to several practical questions, condi-
tioned by such an assumption.
Afterwards, we define the way in which the (non-)imputation of the impe-
diment to the parties should be defined. In such an exercise, it is common the
confrontation between labour imputation and civil imputation, often arising a
reference to a specific concept of (non-) imputation for suspensive effects (in
the labour scope). Besides the cases of suspension due to fortuitous events (for-
tuitous and force majeure events) and due to a fact imputable to the employer
or in the interest of the latter, we make a particular reference to the determi-
nation of the imputation of the impediment to the employee and, within this
scope, the suspension due to imprisonment.
Finally, although we assert the cross-cutting element to the various suspen-
sive variables, we highlight a particular complexity in the materialisation of the
temporary or definitive nature in the suspension due to facts concerning the em-
ployee, being often unclear the identification of the limit from which – conside-
ring the conflicting interests of the parties – it is no longer adequate to assert
that the impediment is provisional but must conclude for the extinction of the
contract. We tried to make a clearer assessment thereof, by listing criteria that
enable to more strictly assess the temporary or definitive nature of the obstacle
to the execution – essential elements to the fulfilment of the operating scope of
the institute.

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ÍNDICE

Indicações de leitura 7

Abreviaturas e siglas 9

Resumo 15

Abstract 17

INTRODUÇÃO 19
1. Enunciado do problema e delimitação do objecto 19
2. Plano 27
3. Prevenções metodológicas 27
3.1. “Ausência temporária da prestação de trabalho” 27
3.2. “Suspensão laboral” 28
3.3. Referências a outros ordenamentos 31

PARTE I. DELIMITAÇÃO E RELEVO JURÍDICO DA SUSPENSÃO 33

CAPÍTULO I. O TEMPO E COMPROMISSOS DURADOUROS 35


Secção I. A influência do tempo na execução contratual 37
Secção II. A suspensão laboral como um fenómeno heterogéneo
e complexo 40
Secção III. O contrato de trabalho como vínculo duradouro e a suspensão
como instituto vocacionado à regulação de obrigações duradouras 43
Secção IV. (Necessária) adaptação das regras gerais? 47
Secção V. Teorização dos vínculos duradouros: “relational” e
“discrete contracts”. Obrigações duradouras e instantâneas 54

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Subsecção I. Teoria relacional dos contratos 55


1. Macneil: a contraposição “discrete” vs. “relational contracts”
e a crítica à construção “clássica” 55
2. “Discrete contracts” e “presentiation” 56
3. “Relational contracts”, cooperação e incerteza 58
4. A teoria relacional falhou o propósito? 62
Subsecção II. Obrigações duradouras e instantâneas 67
1. Obrigação duradoura (continuada ou periódica) e obrigação
instantânea (simples, fraccionada ou prolongada) 67
2. O sentido específico de obrigação duradoura 68
2.1. A fragilidade da dimensão temporal como critério de destrinça 69
2.2. A essencialidade do cumprimento num tempo próprio 74
2.3. Desvio regimental expresso: a essencialidade da execução
duradoura e a eficácia ex nunc da resolução 77
Subecção III. (Traços essenciais das) obrigações duradouras e lógica
suspensiva 80
1. Função estabilizadora (jurídica, económica e social) 80
2. Superveniência: vulnerabilidade e tutela – mecanismos de ajuste
do acordado 108
3. Desdobramento estrutural: o uno e o múltiplo 208
4. Dinâmica organizativa 209
5. Deveres acessórios 212
6. Ponto de ordem 218

CAPÍTULO II. NOTAS DISTINTIVAS DAS OBRIGAÇÕES


DURADOURAS PERANTE O ENQUADRAMENTO GERAL
– BREVE APONTAMENTO 221
1. Obrigações duradouras e (in)cumprimento 224
1.1. A denúncia como forma específica de cessação de obrigação
duradoura 225
1.2. A denúncia e o cumprimento 229
1.3. Desdobramento estrutural: dimensão interna e múltipla.
Valoração autónoma de cada prestação 230
1.4. Desdobramento estrutural: dimensão externa e una.
(In)cumprimento (progressivo) de obrigação duradoura 233
1.4.1. A autonomia de cada prestação (singular) e o destino
da obrigação duradoura 233
1.4.2. A justa causa e a inexigibilidade de manutenção do contrato 237
2. Obrigações duradouras e exceptio inadimpleti contractus 241

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ÍNDICE

2.1. Exceptio inadimpleti contractus e pluralidade de prestações


singulares. A inutilização das prestações excepcionadas 241
2.2. A exceptio como fórmula suspensiva 244
3. Obrigações duradouras e impossibilidade temporária 251
3.1. O artigo 792.º do CC e o adiar do cumprimento da obrigação 251
3.2. O art. 792.º do CC e obrigação duradoura: a tendencial inutilização
(definitiva) das prestações e a não prorrogação do termo
contratual 256
3.3. O art. 792.º do CC e obrigação duradoura: a redução da execução
contratual (total) 261
3.4. A recondução das hipóteses descritas à impossibilidade parcial.
Rejeição 263
3.5. Impossibilidade definitiva do vínculo? 267
4. Ponto de ordem 270

CAPÍTULO III. O FENÓMENO SUSPENSIVO (EM GERAL):


OUTRAS LEITURAS ENQUADRADORAS 273
1. A suspensão como condição suspensiva atípica 273
2. A suspensão conforme a lógica explicativa da exceptio 275
3. A suspensão enquanto extinção temporária ou parcial do vínculo 276
4. A suspensão e a “quiescência” 280
5. A suspensão como vicissitude modificativa? 283
6. A suspensão como direito do devedor 292
7. Ponto de ordem 294

CAPÍTULO IV. A SUSPENSÃO ENQUANTO FENÓMENO NÃO


CIRCUNSCRITO AO CONTRATO DE TRABALHO. O PARTICULAR
RELEVO DA SUSPENSÃO NA ESFERA LABORAL 295
1. O sentido reservado à aposição de um termo ao contrato 297
2. A operacionalidade e os efeitos da resolução sem fundamento 301

CAPÍTULO V. NOTAS GERAIS REFERENTES AO FENÓMENO


SUSPENSIVO – NÃO CIRCUNSCRITAS À ESFERA LABORAL 317
1. As primeiras análises relativas à suspensão. Em particular, a guerra
franco-prussiana (1870) e a Primeira Guerra Mundial (1914).
A suspensão na jurisprudência francesa 319
2. A transposição da lógica suspensiva para tempos de paz 325
3. A suspensão laboral enquanto modelo suspensivo paradigmático 326
4. Fenómeno suspensivo paralelo: a suspensão da prescrição 328

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CAPÍTULO VI. A SUSPENSÃO LABORAL E O CONTRATO


DE TRABALHO 335
1. O contrato de trabalho enquanto vínculo duradouro: especificidades
regimentais 336
2. A actividade do trabalhador: prestação continuada de facto positivo.
Obrigação de meios 342
3. Infungibilidade, intuitus personae e fidúcia 346
3.1. Infungibilidade 346
3.2. Intuitus personae 351
3.3. Fidúcia 354
4. Acentuação dos traços de pessoalidade e necessidades organizacionais.
A natureza compromissória do Direito do Trabalho 355
4.1. Contrato eminentemente pessoal e suspensão laboral 355
4.2. Componente organizacional e suspensão laboral 361
4.3. Complexidade própria do contrato de trabalho 364
4.4. Ponto de ordem 366

PARTE II. IMPEDIMENTO TEMPORÁRIO DA PRESTAÇÃO


DE TRABALHO 367

CAPÍTULO I. A IMPOSSIBILIDADE ENQUANTO CONCEITO


OPERATIVO FUNDAMENTAL 369
Secção I. A impossibilidade e a suspensão: relevância e limitações 369
1. A impossibilidade e a suspensão: relevância 369
2. A impossibilidade e a suspensão: limitações 417
2.1. A dimensão temporal do acordado: a inviabilização definitiva
das prestações não executadas e a subsistência do vínculo 417
2.2. A impossibilidade como fórmula não exclusiva da suspensão 418
Secção II. A impossibilidade como fattispecie suspensiva: nota evolutiva 419
1. Análise indiferenciada 420
2. Análise diferenciada 422
2.1. Síntese evolutiva 423
2.1.1. O DL n.º 47032, de 27.5.1966: o acolhimento expresso
da suspensão 423
2.1.2. O DL n.º 49408, de 24.11.1969 431
2.1.3. O artigo 31.º da LFFF 437
2.1.4. A LSCT 438
2.1.5. O CT 2003 443

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2.1.6. O CT 2009 450


2.1.7. A revisão de 2012 474
2.2. Ponto de ordem 477
Secção III. A impossibilidade de execução por facto respeitante
ao trabalhador 479
1. A impossibilidade absoluta e a impossibilidade relativa 481
1.1. O carácter absoluto da impossibilidade 481
1.2. A reforma de 2001/2002 do BGB 484
1.2.1. O § 275, 2, do BGB – A impossibilidade prática ou fáctica 485
1.2.2. O § 275, 3, do BGB – A impossibilidade moral ou pessoal 486
1.3. A leitura estrita das disposições respeitantes à impossibilidade
no CC português 487
1.4. A inexigibilidade para lá da impossibilidade 491
1.4.1. As diferentes propostas de enquadramento 491
1.4.2. A impossibilidade moral 497
1.4.3. Ponto de ordem 502
2. A suspensão laboral e a impossibilidade relativa. A inexigibilidade 504
2.1. A doença ou o acidente 515
2.2. O cumprimento de obrigações legais 523
2.3. A parentalidade e outras circunstâncias inerentes à esfera
familiar e pessoal do trabalhador 527
2.4. O exercício de funções incompatíveis com a normal execução
da actividade profissional 537
2.5. A greve 543
2.6. Ponto de ordem 555
3. A impossibilidade (absoluta) de o trabalhador prestar trabalho
enquanto condicionante da caducidade do vínculo laboral 557
Secção IV. A impossibilidade de execução por facto respeitante
ao empregador 588
1. A natureza vinculada da decisão que determina a suspensão 589
2. O apelo à “impossibilidade” 604
2.1. A impossibilidade (absoluta) de o empregador prestar
colaboração como condicionante da suspensão laboral 604
2.2. A impossibilidade (absoluta) de o empregador prestar
colaboração como condicionante da caducidade do contrato
de trabalho 611
2.3. A ausência de cooperação do empregador e a natureza duradoura
do contrato de trabalho: mora do credor, impossibilidade
(definitiva) do trabalho não executado ou “terra-de-ninguém”? 633
2.3.1. A suspensão por motivos relativos ao empregador e a
inadequação do regime da mora do credor 653

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2.3.2. A suspensão por motivos relativos ao empregador e a


inadequação do regime da impossibilidade por facto não
imputável ao devedor 661
2.3.3. A ausência de colaboração e a inactividade laboral 679
Secção V. O concurso de factos suspensivos 687

CAPÍTULO II. IMPEDIMENTO (NÃO) IMPUTÁVEL: A DELIMITAÇÃO


DA IMPUTAÇÃO 697
Secção I. A suspensão por motivos respeitantes ao trabalhador
e ao empregador 697
Secção II. O critério negativo: a causa não imputável. O critério positivo:
o “fortuito” (o caso fortuito e a força maior) 701
1. O critério positivo: o artigo 705.º do CC 1867 e o “fortuito” 704
2. O critério negativo: o artigo 790.º do CC de 1966 e a “causa não
imputável ao devedor” 730
Secção III. Em concreto: a suspensão por facto (in)imputável ao
trabalhador 736
1. A leitura restritiva: facto (in)imputável ao trabalhador em contexto
suspensivo 738
2. Facto (in)imputável ao trabalhador em contexto suspensivo: em
especial, a situação de ausência por observância de ordem privativa
da liberdade 761
2.1. A (não) imputação da ausência do trabalhador por prisão
preventiva e efectiva: ausência justificada, suspensão e caducidade 762
2.2. A imputação da ausência do trabalhador por prisão 772
2.2.1. A imputação da ausência do trabalhador por prisão efectiva 772
2.2.2. A (não) imputação da ausência do trabalhador por prisão
preventiva 787
2.2.3. A imputação da ausência do trabalhador por prisão: no
momento da prática do crime, o agente equacionou ou
estava em condições de equacionar que daí resultaria
impossibilidade de trabalhar? 799
3. Ponto de ordem 811

CAPÍTULO III. IMPEDIMENTO TEMPORÁRIO: A DELIMITAÇÃO


DA NATUREZA TRANSITÓRIA OU DEFINITIVA DO OBSTÁCULO
À EXECUÇÃO 831
1. O momento relevante para a determinação da natureza transitória
ou definitiva do impedimento. Definitivo significa irreversível? 838

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2. A delimitação da natureza transitória ou definitiva do impedimento:


a volatilidade da jurisprudência e a ausência de critérios orientadores 843
3. Primeira aproximação: a natureza temporária ou definitiva conforme
a extensão do vínculo 849
3.1. A suspensão em contrato de duração indefinida 849
3.2. A suspensão em contrato de duração limitada 852
4. Outros critérios: a concordância prática dos interesses em confronto 858
4.1. As tendências de procedimentalização da extinção e a valoração
do impacto da ausência do trabalhador na organização 859
4.2. A motivação subjacente a cada hipótese suspensiva: avaliação
neutra ou não neutra 864
4.3. Os critérios delimitadores da natureza transitória ou definitiva
do impedimento na ausência do trabalhador por doença e por
cumprimento de pena privativa da liberdade 878
4.3.1. A doença 878
4.3.2. O cumprimento de pena privativa de liberdade 899
4.4. Síntese dos elementos de valoração mais relevantes no Direito
português 906
5. O retorno à plena execução 943

Síntese conclusiva 945

Bibliografia 999

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