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Ebook Crimes Eleitorais
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A legislação eleitoral possui uma série de vedações aos agentes públicos e cidadãos
comuns (sejam ou não políticos/pré-candidatos) pouco conhecidas até mesmo por
quem atua no dia a dia das campanhas eleitorais.
Dentro da concepção do nosso curso ELEITORAL CLASS, que é fazer com que
as pessoas tenham acesso a um curso que prepara o aluno com estratégia para
as eleições de 2022, apresentaremos abaixo um quadro-resumo dessas limitações,
tanto cíveis como criminais.
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2 – QUADRO-RESUMO DOS CRIMES ELEITORAIS QUE PODEM SER PRATICADOS A
QUALQUER MOMENTO DO ANO (PRÉ)-ELEITORAL (Incidência a partir de 01/01/2022)
A maioria dos crimes eleitorais, como não poderia ser diferente, tutela, direta
ou indiretamente, a regularidade do processo eleitoral como um todo, nas suas mais
variadas etapas.
Dentro desse contexto, há um pensamento comum de leigos e profissionais da
área político-jurídica no sentido de que não existem crimes eleitorais com incidência
anterior ao ano eleitoral, ou mesmo previamente aos momentos do chamado
micro processo eleitoral, que começa com as convenções e termina no dia do pleito.
Trata-se de um grave equívoco acadêmico, que traz como reflexo prático
uma certa letargia das instituições na prevenção e repressão aos diversos delitos que
são cometidos em ano pré-eleitoral ou já no início do ano eleitoral, com o fim de le-
gitimar escusamente pré-candidaturas ou pretensões político-partidárias, o que, não
raro, possui reflexo direito com o resultado das urnas
A verdade é que não há uma regra geral para o início do período de incidên-
cia de todos os crimes eleitorais, pois cada redação típica traz particularidades que
devem ser observadas pelo intérprete para saber quando a mesma poderá ser praticada.
Isso sem descurar da premissa básica no sentido de que não basta a subsunção
objetiva do fato à norma (tipicidade formal), sendo necessária a lesão ou potencialida-
de de lesão ao bem jurídico tutelado pela norma em questão.
Assim, existe uma variedade temporal difusa para o cometimento dos crimes
eleitorais, pois há tipos que só podem ser cometidos no dia da eleição (caso dos
artigos 302 e 313, do Código Eleitoral, ou do artigo 39, §5°, da Lei n°9.504/97), outros
que estão vinculados com a propaganda (artigos 323, 331, 332 e 335, do Código
Eleitoral), ou com atividades partidárias (artigo 337, do Código Eleitoral), com o não
oferecimento de denúncia pelo Ministério Público no prazo legal (artigo 342, do
Código Eleitoral), com o financiamento eleitoral (artigo 354-A, do Código Eleitoral),
ou que só podem ser cometidos a partir de determinado período antes do dia da
eleição, como são os incisos I (cinquenta antes do pleito), III (da véspera ao dia posterior
a eleição) e V (noventa dias antes do dia da votação), todos da Lei n°6.091/74, bem com
do artigo 298, do Código Eleitoral, cuja incidência começa quinze dias antes das eleições
e vai até as quarenta e oito horas após o seu fim, dentre outros casos.
Por fim, temos crimes eleitorais de natureza permanente, que podem ser
praticados a qualquer momento do ano eleitoral, ou até mesmo antes dele.
Preparamos uma tabela esquemática com aqueles mais recorrentes na prática
eleitoral:
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PERMANENTES RELEVANTES
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PERMANENTES RELEVANTES
1 Nesse sentido: TSE, Recurso Especial Eleitoral nº 571991, Acórdão, Relator(a) Min. Maria Thereza Rocha De
Assis Moura, Publicação: DJE - Diário de justiça eletrônico, Tomo 58, Data 25/03/2015, Página 37.
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2 Não custa lembrar que a coação eleitoral também pode configurar, cumulativamente ou não, dois ilícitos eleitorais
cíveis: a) captação ilícita de sufrágio (artigo 41-A, §2º, da Lei nº9504/97); b) abuso de poder (político ou econômico),
a depender da gravidade das circunstâncias do caso concreto (artigo 22, da Lei Complementar nº64/90).
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PERMANENTES RELEVANTES
Parágrafo único. Se o agente é mem- Além disso, o crime se consuma com a prática da
bro ou funcionário da Justiça Eleitoral coação eleitoral, sendo indiferente se o eleitor votou
e comete o crime prevalecendo-se do ou deixou de votar no candidato indicado pelo coator.
cargo a pena é agravada. Caso, porém, a violência ou grave ameaça possua uma
finalidade diversa da especificada no tipo, ainda que de
caráter eleitoral (escolha de alguém na convenção par-
tidária como candidato de determinado partido, ou do
presidente do partido na eleição interna), não haverá o
crime em estudo, mas o de constrangimento ilegal (arti-
go 146, do Código Penal).
3 “As condutas ilícitas ocorreram durante um único comício, voltado para as eleições de 2012, na presença de
várias pessoas, circunstância que se amolda perfeitamente à causa de aumento de pena prevista no art. 327
do CE, tendo sido valorada como tal na terceira fase da dosimetria da pena, em virtude de expressa previsão
legal.” (TSE, Recurso Especial Eleitoral nº 47335, Acórdão, Relator(a) Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Pu-
blicação: DJE - Diário de justiça eletrônico, Data 03/11/2017).
4 “Imputar-se a outrem, falsamente, a prática de fato definido como crime, em grupos do aplicativo WhatsApp,
visando fins de propaganda eleitoral negativa, constitui calúnia eleitoral.” (TRE/GO, RECURSO CRIMINAL n
6611, ACÓRDÃO n 40/2019 de 13/03/2019, Relator(aqwe) LUCIANO MTANIOS HANNA, Publicação: DJ -
Diário de justiça, Tomo 051, Data 21/03/2019, Página 6/10).
5 “A divulgação de montagem fotográfica e da inclusão do nome e da imagem de candidato em eleição municipal
associando-o à prática de crimes que foram julgados pelo Supremo Tribunal Federal, realizada no período crítico
das campanhas eleitorais, as quais se revelaram falsas, demonstra quadro fático que se insere no tipo do art. 324 do
Código Eleitoral, como foi corretamente definido pelo Tribunal Regional Eleitoral. A divulgação de fatos ou notícias,
em especial as falsas, tem o condão de influenciar as campanhas eleitorais e, por isso, podem ser consideradas
elementos que visam a fins de propaganda.” (TSE, Recurso Especial Eleitoral nº 24326, Acórdão, Relator(a) Min.
Henrique Neves Da Silva, Publicação: DJE - Diário de justiça eletrônico, Data 14/03/2016, Página 57).
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6 “O crime de denunciação caluniosa, previsto no art. 399 do Código Penal exige que o agente tenha conhe-
cimento da inocência e, mesmo assim, movimente, dolosamente, a máquina judiciária com a intenção de
prejudicar a vítima. Neste caso, não há nos autos qualquer elemento capaz de demonstrar a conduta dolosa
do paciente e dos demais acusados e, sem prova desse elemento subjetivo, não se pode falar na prática do
fato típico atribuído ao paciente na inicial acusatória. Precedentes do STJ: APn 824/DF, Rel. Ministro MAU-
RO CAMPBELL MARQUES, Corte Especial, julgado em 2/5/2018, DJe 15/5/2018; APn 489/SP, Rel. Ministro
ARI PARGENDLER, Corte Especial, julgado em 8/9/2008, DJe 23/10/2008; RHC 106.998/MA, Rel. Ministro
ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 21/02/2019, DJe 12/03/2019; HC 160.893/SP, Rel.
Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 13/08/2013, DJe 23/08/2013.” (STJ, HC
510.410/MS, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 15/08/2019,
DJe 30/08/2019).
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7 No mesmo sentido do que defendemos, conferir: “O tipo não descreve elemento temporal, de maneira que
a conduta incriminada pode ocorrer antes ou durante o processo eleitoral.” (GOMES, José Jairo. Crimes
Eleitorais e Processo Penal Eleitoral. São Paulo: Atlas, 4ª edição, 2020, p.161.”
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PERMANENTES RELEVANTES
- Art. 326-B, do CE: Assediar, cons- O tipo penal em referência foi inserido no Código Elei-
tranger, humilhar, perseguir ou amea- toral por meio da Lei n°14.192/2021.
çar, por qualquer meio, candidata a
Sua redação aponta que o crime de “violência política
cargo eletivo ou detentora de man-
contra a mulher” pode ser praticado a qualquer mo-
dato eletivo, utilizando-se de menos-
mento, pois atinge a “detentora de mandato” (que exis-
prezo ou discriminação à condição
te durante todo o ano eleitoral ou antes mesmo), bem
de mulher ou à sua cor, raça ou etnia,
como a “candidata” (no caso da pré-candidata, é preci-
com a finalidade de impedir ou de di-
so esperar a escolha em convenção e o pedido de regis-
ficultar a sua campanha eleitoral ou o
tro para a consumação).
desempenho de seu mandato eletivo.
Há posição doutrinária no sentido de que esse delito
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4
foi revogado tacitamente pela Lei dos Crimes Contra
(quatro) anos, e multa.
a Ordem Democrática (Lei n°14.197/2021), que inse-
Parágrafo único. Aumenta-se a pena riu o crime de “violência política” no Código Penal (ar-
em 1/3 (um terço), se o crime é co- tigo 359-P).
metido contra mulher:
I – gestante;
II – maior de 60 (sessenta) anos;
III – com deficiência.
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REALIZAÇÃO DE COOPTAÇÃO
OU PROPAGANDA POR MEIO
Tradicionalmente, um dos mecanismos mais utilizados
DE DISTRIBUIÇÃO DE BENS
por pré-candidatos, candidatos, partidos políticos e ca-
bos eleitorais para obter vantagem ilícita na corrida pela
ARTIGO 334 DO CÓDIGO ELEI- vitória nas urnas ocorre por meio da distribuição gratui-
TORAL - Utilizar organização comer- ta ou quase não-onerosa (à preços módicos ou subven-
cial de vendas, distribuição de mercado- cionados) de benesses em geral (mercadorias, serviços
rias, prêmios e sorteios para propaganda ou prêmios), tudo como forma de aliciar eleitores, em
ou aliciamento de eleitores: especial aqueles mais humildes.
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Pena - detenção de seis meses a um Trata-se de estratégia vil e que deve ser reprimida de
ano e cassação do registro se o res- maneira exemplar, uma vez que esse tipo de compor-
ponsável fôr candidato. tamento gera nos eleitores mais incautos uma mistura
dos sentimento de gratidão e expectativa quanto à sua
continuidade durante o mandato político a ser exercido
pelo candidato “benfeitor”.
Ocorre que esses atos de “caridade política” (leia-se:
cooptação eleitoral escusa), cuja frequência e intensida-
de aumentam em nível diretamente proporcional à proxi-
midade do pleito eleitoral, podem ter também outro fim
que não seja o de aliciar eleitores, mas, sim, o de promo-
ver politicamente determinado partido político, pré-can-
didato ou candidato oficializado perante a Justiça Eleitoral.
Quem conhece a realidade, sabe da proliferação de bin-
gos, rifas, bolões, bazares, ou qualquer evento asseme-
lhado com os fins proibidos pelo tipo penal em estu-
do, razão pela qual deve-se atentar para a circunstância
de que o esse crime eleitoral pode ser praticado
a qualquer momento, independentemente de ser
ou não ano eleitoral.8
Nesse contexto, não se pode deixar de referenciar di-
versas práticas desse crime no ano de 2020, por
efeito da pandemia da COVID-19, quando gestores
públicos e outros pré-candidatos, supostamente “sensi-
bilizados” com a grave crise sanitária e a queda no ren-
dimento da população em geral, passaram a doar, mi-
diaticamente, itens de higiene pessoal, de proteção
individual ou de cestas básicas, com a vil estratégia de
divulgação e grande promoção pessoal nas redes sociais,
de natureza institucional ou mesmo particular.
8 CRIME ELEITORAL. DELITO PREVISTO NO ART. 334 DO CÓDIGO ELEITORAL. RÉU ABSOLVIDO POR
SENTENÇA DE PRIMEIRO GRAU. REFORMA DE SENTENÇA. 1 - O único objetivo visado pelo acusado
na distribuição de cestas básicas foi a propaganda eleitoral, a fim de garantir sua permanência ad eternum no
poder. 2 -É irrelevante a ocorrência ou não de pleito eleitoral. 3 - Comprovado está nos autos que o acusado
vem praticando este crime eleitoral desde o ano de 1997 até março de 1999, o que subsume a figura penal
da continuidade delitiva. 4 - Recurso conhecido e provido para reformar a sentença de primeiro grau. (TRE/
ES, RECURSO CRIMINAL n 12, ACÓRDÃO n 100 de 17/09/2001, Relator(a) ALINALDO FARIA DE SOUZA,
Relator(a) designado(a) MACÁRIO RAMOS JÚDICE NETO, Revisor(a) MAURÍLIO ALMEIDA DE ABREU,
Publicação: DOE - Diário Oficial do Estado do Espírito Santo, Data 22/10/2001, Página 104).
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Parágrafo único. O disposto neste ar- Destaco que o fato do tipo elencar “partido ou organi-
tigo será tornado efetivo, a qualquer zação de caráter político” como beneficiários necessá-
tempo, pelo órgão competente da rios do ato ilícito não exclui a figura do pré-candidato, do
Justiça Eleitoral, conforme o âmbito candidato escolhido em convenção, das coligações e, até
nacional, regional ou municipal do ór- mesmo, dos partidos políticos em formação desse rol dos
gão infrator mediante representação possíveis favorecidos, já que todos eles são, efetivamen-
fundamentada partidário, ou de qual- te, os grandes atores do processo (pré)eleitoral que po-
quer eleitor. dem se beneficiar com essa conduta criminosa. Até por-
que fica o uso dos bens e serviços a favor de determinado
candidato ou pré-candidato beneficiam, inquestionavel-
mente, o partido, que se capitalizará eleitoralmente.
Esse aspecto revela também outra faceta do delito, qual
seja: a incidência temporal variável.
Assim, pode-se dizer que o tipo incide durante todo e
qualquer ano (não só eleitoral), salvo no caso de uma
conduta específica para beneficiar um candidato, cujo ter-
mo a quo será a escolha em convenção partidária.
É de se destacar também que a melhor interpretação
da expressão “serviço de qualquer repartição” cons-
tante do artigo 377 é no sentido de significar o uso
efetivo de toda estrutura física (móvel/imóvel9) ou
de pessoal da Administração Pública e de entidade
por ela mantida ou subvencionada. Essa linha de ra-
ciocínio é corroborada pelo próprio dispositivo, que, ao
mencionar o uso dos prédios e dependências públicas ou
privadas, usa a expressão “inclusive”, em clara demons-
tração de que o rol é meramente exemplificativo.
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É importante registrar que, nesse caso, há necessida-
de de comprovação do dolo específico de causar
qualquer espécie de benefício político-partidário,
sob pena de atipicidade do delito eleitoral e con-
sumação de crime comum (via de regra, peculato
– artigo 312, do Código Penal, ou artigo 1°, do De-
creto-Lei n°201/67).
O tipo se consuma a partir do momento em que é utili-
zado qualquer bem, serviço ou agente público a favor de
ações político-partidárias não autorizadas por lei.
Não custa lembrar, por oportuno, que não existe con-
duta insignificante nesse aspecto, já que um dos fun-
damentos desse tipo é a moralidade administrativa, que
não admite qualquer espécie de isenção de pena por “pe-
quena lesão”. Reforçando essa linha de pensamento, des-
taca-se o enunciado nº599, da Súmula do Superior
Tribunal de Justiça (julgado em 27/11/2017), segundo o
qual “o princípio da insignificância é inaplicável aos cri-
mes contra a administração pública”, que deve incidir,
pela coincidência de fundamento10, sobre o caso em tela.
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Esse é o entendimento da doutrina e da jurisprudência
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e dos Tribunais Re-
gionais Eleitorais (TRE’s):
- “A finalidade eleitoral, para fins do art. 350 do Código
Eleitoral, não exige que o crime seja cometido, neces-
sariamente, durante o período eleitoral, bastando que
ocorra lesão às atividades-fim da Justiça Eleitoral. Não
impossibilita a configuração do crime previsto no art.
350 do Código Eleitoral o fato de a falsidade ser cometi-
da em processo de prestação de contas posterior à data
das eleições. Precedente.” (TSE, Recurso Especial Elei-
toral nº 59536, Acórdão, Relator(a) Min. Gilmar Ferrei-
ra Mendes, Publicação: DJE - Diário de justiça eletrôni-
co, Tomo 58, Data 24/03/2017, Página 90).
- “Compete à Justiça Eleitoral julgar todo e qual-
quer falso perpetrado em detrimento da auten-
ticidade dos documentos públicos e particulares
relevantes ao seu ofício (CE, art. 350), não deven-
do se limitar a reprimir apenas fraude documental
que tenha por desígnio interferir, efetiva ou poten-
cialmente, no processo de escolha dos candidatos
a determinado cargo eletivo. A finalidade eleitoral
exigida para tipificação do delito não está correla-
cionada, única e exclusivamente, às eleições, mas,
também, “às atividades-fim da Justiça Eleitoral”
(Pedro Roberto Decomain, Comentários ao Códi-
go Eleitoral, São Paulo: Dialética, 2004, fl. 435).
(TRE/SC, PROCESSO CRIME ELEITORAL n 1120854,
ACÓRDÃO n 27752 de 23/10/2012, Relator(a) ELÁ-
DIO TORRET ROCHA, Revisor(a) JULIO GUILHERME
BEREZOSKI SCHATTSCHNEIDER, Publicação: DJE -
Diário de JE, Tomo 199, Data 29/10/2012, Página 5).
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