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RESUMO
Este artigo tem como objetivo realizar uma análise da campanha eleitoral de 2018,
verificando a relação de influência das mídias sociais e das mídias tradicionais no que diz
respeito ao eleitorado e impacto de divulgação de cada candidato. Além de mostrar em
um aspecto cronológico a evolução das campanhas eleitorais no Brasil, afim de
compreender e analisar o presente cenário das campanhas eleitorais no Brasil.
1 INTRODUÇÃO
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¹Acadêmico curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda da Uniasselvi – Blumenau/SC, e-
mail: dourlei11@hotmail.com
²Orientador e Docente no curso de Comunicação Social – Uniasselvi, e-mail: sandro.waltrich@gmail.com
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campanha, para que assim possamos concluir qual a mídia mais viável economicamente
e qual mídia oferece maior influência do candidato perante seus eleitores.
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Durante todo o período inicial da república, o meio mais importante para se falar
de política no Brasil foi o Jornal. Só em 1922 com o início das transições por rádio,
começaram-se as entrevistas e debates entre os candidatos. O primeiro jingle utilizado foi
por Júlio Prestes em 1929. Já com os militares no poder ficou permitida a veiculação de
nome e o número do candidato na televisão. Com a redemocratização em 1984, foi que a
televisão ganhou grande importância como veiculador de campanhas.
4 MARKETING
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Sua importância foi maior à medida que se colocou como único meio de
comunicação verdadeiramente nacional, enquanto o rádio adquiria
características locais e a imprensa, regionais. Sua posição privilegiada é que
lhe dá ao final dos anos 70, mais da metade das inversões publicitarias em todo
o Brasil. Em 1950 sua participação era de um por cento; em 1960, de 24%;
1970, 38%; em 1979 pouco mais de 50 %”. (CAPERELLI, 1986 p. 12)
“No caso dos períodos que antecedem as eleições a cobertura feita pelos meios
de comunicação potencialmente tem influência na construção de imagens
públicas para os candidatos – e são essas imagens que efetivamente tem valor
eleitoral, mais do que na vida real dos agentes do mundo político”.
(COUTINHO; LEAL 2009, p.228)
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Além de ser de fácil acesso tanto para o candidato como para o eleitor, a internet
é uma ferramenta fácil e simples de ser usada e não têm um valor tão alto para ser usada
em uma campanha, podendo ser direcionada a um público especifico havendo
repercussão simultânea mente com os eleitores.
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O papel das mídias sociais em uma campanha eleitoral, é ganhar whuffie (“moeda”
baseada em reputação). Para HUNT (2010, p.52) “A campanha de Barack Obama ganhou
o whuffie que levou a vencer a eleição porque ela ouviu os eleitores, se envolveu com a
comunidade, ofereceu uma mensagem convincente e envolvente, abraçou o caos e
manteve seu foco no propósito mais elevado.”
“As pessoas que eram antes meros receptores passivos de informação hoje
estão se tornando – ou já se tornaram – formadores de opiniões, utilizando
plataformas como blogs, perfis no Twitter, ou simplesmente interagindo em
páginas de empresas, marcas, políticos e artistas por exemplo”. (ROCHA,
2018)
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9 1º TURNO DO PLEITO
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Candidatos como Jair Bolsonaro e João Amoedo, por não ter um tempo muito
grande nas mídias tradicionais investiram suas campanhas nas mídias sociais.
As notícias mais relevantes que estavam presentes tanto nas mídias tradicionais
como nas mídias socais foram: no dia 6 de setembro Jair Bolsonaro, levou uma facada na
região do abdômen em Juiz de fora. Em 1º de setembro os ministros do TSE rejeitam a
candidatura de Luiz Inácio, com base na lei da ficha limpa e é substituído por Fernando
Haddad na corrida presidencial. #Elenão um movimento que começou nas redes sociais
chamando as pessoas para protestar contra Jair Bolsonaro em 29 de setembro, em
respostas os apoiadores do Bolsonaro criaram o #Elesim que também foram as ruas
demostrar o apoio ao candidato. E por fim o candidato Jair Bolsonaro não pode
comparecer a debates nos meios tradicionais, por atestado médico referente a facada em
seu abdômen em 6 de setembro.
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10 PSL
O partido PSL chegou ao segundo turno com Jair Bolsonaro a frente na campanha
eleitoral com a apuração das urnas. Essa é a segunda vez que o partido tenta eleger alguém
a presidência do país.
Segundo o próprio site do Partido Social Liberal (2018) “[...] (PSL) foi fundado
em 30 de outubro de 1994 e teve seu registro definitivo obtido em 2 de junho de 1998,
sob a presidência de Luciano Bivar. Hoje o presidente em exercício é Gustavo Bebianno,
que tem como Vice Julian Lemos”.
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11 PT
Com 63 anos Jair Messias Bolsonaro tenta chegar à presidência pela primeira vez,
com apenas 8 segundos no horário político obrigatório nas mídias tradicionais, tendo
como base campanhas bem sucedidas nas mídias sociais como de Barack Obama e
Donald Trump.
“Nascido em Campinas, Jair Bolsonaro é um militar da reserva e deputado
federal. Está em seu sétimo mandato na Câmara dos Deputado, eleito pelo
Partido Progressista. Foi o deputado mais votado do Estado do Rio de Janeiro
nas eleições gerais de 2014, com 464.565 votos. Nesta sessão legislativa,
Bolsonaro é titular da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional
e Suplente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime
Organizado, além de tem sido membro atuante, em outras sessões, da
Comissão de Direitos Humanos e Minorias”. (JAIR BOLSONARO, 2018).
Com 55 anos, Fernando Haddad chega como candidato a presidência pela primeira
vez, com um tempo de 2 minutos e 23 segundos na mídia tradicional, fazendo com que
sua campanha alcance regiões do Brasil em que o acesso à internet ainda não é de
qualidade.
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13 2º TURNO DO PLEITO
No segundo turno ambos os candidatos têm o mesmo tempo para defender suas
ideias e conseguir conquistar o voto dos eleitores. Segundo G1 (2018) “ Os candidatos a
presidente terão 5 minutos cada um para divulgar suas propostas.
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Com base nessa lei, na tabela abaixo está apresentado os valores gastos pelos
candidatos durante o primeiro turno, e no caso de Fernando Haddad e Jair Bolsonaro os
valores apresentados corresponder ao primeiro e segundo turno de campanha.
O objetivo geral desse artigo é analisar a influência das mídias sobre os eleitores
em relação a campanha eleitoral de 2018 dos presidenciáveis. A análise resultou em:
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- Fernando Haddad:
- Jair Bolsonaro
Dois dos candidatos com maior tempo no horário eleitoral obrigatório, caíram
logo no primeiro turno Geraldo Alckmin (05’ 32”) e Henrique Meirelles (55”), apenas
passando para o segundo turno Fernado Haddad (02’ 23”).
O candidato Jair Bolsonaro (08”), surpreendeu a todos com o maior percentual
de votos ultrapassando os candidatos com maior tempo no horário eleitoral.
Na computação dos votos, o candidato Jair Bolsonaro atingiu 46,3% ficando em
primeiro lugar, Fernando Haddad atingiu 29,28% ficando em segundo lugar, já o
candidato Geraldo Alckmin ficou em quarto lugar com 4,76% e Henrique Meirelles em
sétimo lugar com 1,20%, observa-se que os candidatos com maior tempo nas midías
tradicionais foram superados por candidatos com pouco tempo nas mídias tradicionais.
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15 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo desse artigo é verificar a influência das mídias tradicionais e das mídias
sociais sobre a campanha eleitoral de 2018 onde observou-se que uma vigorosa evolução
das plataformas de comunicação com caráter de mídias sociais.
Com base nos estudo realizado, percebe-se que as próximas campanhas eleitorais
tendem a ter seu marketing político para as mídias sociais, onde o candidato tem uma
maior interação com os eleitores e possíveis eleitores, além da relação custo/ benefício
apresentar-se mais economicamente viável já que o custo de inserção é menor e seu
direcionamento é mais focado ao público eleitoral que o candidato queira atingir.
Existem prós e contras em relação às mídias tradicionais que podemos destacar,
como por exemplo o tempo determinado pelo TSE conforme a quantidade de cadeiras
ocupadas pelo senado do partido, e lugares sem acesso à internet, onde os eleitores não
podem ser atingidos pelas mídias sociais, predominando assim o impacto da mídia
tradicional.
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REFERÊNCIAS
CAPARELLI, Sérgio. Comunicação de massa sem massa. 3 ed. São Paulo. Summus
1986.
COSTA, Augusto César Nunes, Mini biografia dos presidentes das novas repúblicas do
Brasil. 1 ed. Joinville. Clube dos Autores. 2013.
COUTINHO, Iluska. Leal, Paulo Roberto Figueira. Identidades midiáticas. 1 ed. Rio de
Janeiro. E-papers. 2009
G1, Cresce o papel da internet no marketing político, diz estudo. Disponível em:
<http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,AA1398685-5601,00-
CRESCE+PAPEL+DA+INTERNET+NO+MARKETING+POLITICO+DIZ+ESTUDO
.html > Acesso em 29/09/2018
G1. Propaganda eleitoral do 2º turno no rádio e na televisão começa dia 12. Disponível
em: <https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2018/noticia/2018/10/09/propaganda-
eleitoral-do-2o-turno-no-radio-e-na-tv-comeca-dia-12.ghtml> Acesso em: 04/11/2018.
HUNT, Tara. O poder das redes sociais como o fator whuffie – seu valor no mundo
digital – pode maximizar os resultados de seus negócios. 1 ed. São Paulo. Gente. 2010.
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JONES, John Philip. A publicidade como negócio. 1 ed. São Paulo. Nobel, 2003.
Tribunal Superior Eleitoral. Limite de gastos por cargo eletivo das eleições 2018.
Disponível em: <http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-2018/prestacao-de-contas-
1/limites-de-gastos-por-cargo-eletivo-das-eleicoes-2018> Acesso em: 04/11/2018.
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