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Teoria do produtor

Victor Calvete

1. A teoria do comportamento do produtor como o reverso da teoria do


comportamento do consumidor
Mesmo que a precedência histórica esteja invertida, faz sentido começar pela
teoria do consumidor antes de tratar da teoria do produtor: esta é mais complexa e
beneficia da possibilidade de transposição de princípios já estabelecidos: a lei da oferta
pode ser vista como o reverso da lei da procura, tal como praticamente todos os conceitos
encontrados a propósito da teoria do consumidor têm o seu equivalente na teoria do
produtor.

2. Lei da procura ≈ lei da oferta


A lei da oferta explicita a resposta da oferta às variações dos preços, tal como a
lei da procura explicita a resposta da procura às variações dos preços – e por razões
semelhantes, ainda que inversas (os já referidos efeitos substituição e rendimento). A
variável independente são os preços, e é em função da oscilação destes que se geram as
respostas adaptativas da procura e, ou, da oferta. Assim, a oferta é função directa dos
preços, do mesmo modo que a procura é função inversa dos preços1.
Consequentemente, a representação gráfica da lei da oferta é uma curva
positivamente inclinada (os valores representados em ambos os eixos variam no mesmo
sentido), tal como a representação gráfica da lei da procura é uma curva negativamente
inclinada (os valores representados em ambos os eixos variam em sentidos opostos).

3. Outras correspondências
Como se advertiu, a simetria é generalizada:
a) utilidade total e utilidade marginal ≈ receita total e custo total, receita
marginal e custo marginal
Na teoria do consumidor a utilidade era aferida, num primeiro momento, como
um ganho, sendo o custo de obtenção desse ganho omitido – ou evidenciado a posteriori,
se o fosse, na ponderação das utilidades pelo preço, ou na noção do custo de

1
O que é o mesmo que dizer que os preços baixam quando a oferta aumenta e sobem
quando ela desce, e que os preços sobem quando a procura aumenta e baixam quando ela diminui.
1
oportunidade. Na teoria do produtor há, logo à partida, um par de conceitos opostos no
lugar da ideia de utilidade (total e marginal): o da receita (total e marginal) – que segue
a mesma lógica de benefício – e o do custo (total2 e marginal3) – que estava
essencialmente oculto na lógica do consumo. Quer dizer que as relações que se
estabeleceram a propósito deste (vg: a utilidade total aumenta enquanto a utilidade
marginal não se tornar negativa), mesmo que tenham um equivalente do lado da produção
(vg: a receita total aumenta enquanto a receita marginal não se tornar negativa4) podem
ter de ser reavaliadas (vg: desde que os custos marginais não sejam zero, o custo total
aumenta sempre). E quer dizer também que há uma dualidade permanente nos raciocínios
feitos do lado da produção (entre custos e receitas) que, mesmo quando era incorporada
na análise da procura (através da consideração dos preços, ou da restrição orçamental),
tomava essas considerações de custos como exógenas (os preços ou a restrição orçamental
estavam fora do controlo do consumidor).
Por outro lado, enquanto a curva da receita marginal é, como a curva da utilidade
marginal, negativamente inclinada, a curva do custo marginal é, em princípio,
positivamente inclinada5.
Por causa da relativa desconsideração dos custos na lógica do consumidor e da
sua preponderância na lógica do produtor há conceitos que só ganham relevo nesta teoria:
é o caso dos custos médios, dos custos fixos e dos custos variáveis. Os primeiros apuram-
se dividindo os custos totais pelas quantidades produzidas6, os segundos correspondem

2
O custo total é o somatório de todos os custos incorridos na actividade produtiva.
3
O custo marginal é o custo da última unidade produzida.
4
Ver-se-á que a receita marginal pode ser negativa.
5
Na verdade, pode ser horizontal – se os custos marginais forem constantes – ou
negativamente inclinada – se houver economias de escala ou de gama. Pode dizer-se que a fase
inicial de qualquer actividade produtiva também implica economias de escala, porque quando a
produção se inicia do zero cada uma das doses iniciais custa proporcionalmente menos do que as
anteriores. Assim, a curva de custos marginais devia ter um trajecto em U fechado – cuja fase
descendente é desconsiderada por se partir do princípio que, à escala relevante para qualquer
análise, tal fase já terá sido ultrapassada.
6
Enquanto o custo médio for superior ao custo marginal, a produção de uma unidade
adicional fá-lo-á descer, e a curva do custo médio terá uma inclinação negativa; se o custo médio
for igual ao custo marginal, a produção de uma unidade adicional não o alterará, e a curva do
custo médio prolongar-se-á na horizontal; se o custo médio for inferior ao custo marginal, a
produção de uma unidade adicional fá-lo-á descer, e a curva do custo médio terá uma inclinação
positiva. Daí que o ponto mínimo da curva dos custos médios seja obtido no ponto em que tal
curva é interceptada pela curva dos custos marginais.
2
aos gastos que são incorridos independentemente do volume de produção7, e os terceiros
são os que variam com o volume de produção8.

b) utilidade marginal decrescente ≈ lei dos rendimentos decrescentes


A lei da utilidade marginal decrescente da afectação sucessiva de unidades de um
bem à satisfação da mesma necessidade tem um paralelo não necessário na produção (os
rendimentos obtidos com uma certa actividade produtiva podem diminuir quando se
aumenta de escala – mas também podem variar na mesma proporção desse aumento, e
até podem aumentar mais do que proporcionalmente a esta9). Por outro lado, isso depende
de existirem, respectivamente, custos crescentes, constantes, ou decrescentes nessa
actividade10. Ou seja: a lei da utilidade marginal decrescente (do lado da procura) tem
equivalente, do lado da oferta, na lei dos rendimentos decrescentes, ou na lei dos custos
crescentes.

c) princípio da equimarginalidade ≈ princípio da igualdade entre custo


marginal e receita marginal
Vimos que o ponto de equilíbrio do consumidor deveria estar no ponto em que a
utilidade proporcionada pela última unidade de cada bem, ponderada pelo respectivo
preço, fosse igual. Para os agentes económicos que actuam do lado da oferta, o ponto de
equilíbrio também se obtém com uma igualdade: quando a receita marginal obtida iguale

7
Sirvam de exemplo as taxas, licenças ou impostos pagos à cabeça e não recuperáveis,
ou as prestações do empréstimo contraído para lançar a empresa. Porque estes custos não devem
interferir na decisão de prolongar a actividade designam-se por “custos afundados” (sunk costs).
8
Sirvam de exemplo as matérias primas, custos de combustível ou número de horas de
trabalho extraordinário pagas, que, como muitas outras despesas, dependerão directamente das
quantidades produzidas.
9
É o que se designa por economias de escala e que correspondem, alternativamente, ao
aumento dos resultados da produção, ou à diminuição dos custos, com o aumento da escala. Nesse
sentido, a existência de economias de gama (a possibilidade de obtenção de sinergias entre
diferentes actividades produtivas – como, vg, quando a produção de manteiga, queijo e iogurte
diminui os custos globais de produção em relação à sua produção independente) que permitam
um maior aumento de produção do que de custos também podem ser vistas como economias de
escala.
10
Os custos que se consideram são os custos reais, não os monetários: se cada hora de
trabalho adicional for paga ao mesmo preço que a anterior, nem por isso o custo deixará de ser
crescente se a unidade de produto que ela adiciona ao total (ou o seu valor) for inferior à
adicionada pela hora anterior. Do mesmo modo, não é por essa hora adicional ser mais cara do
que a anterior que o custo aqui considerado será crescente: se a unidade de produto adicionada
por ela (ou o seu valor) crescer na mesma proporção do encarecimento dessa hora, diremos que o
custo se mantém constante; se a unidade de produto (ou o seu valor) variarem acima da variação
do custo da hora adicional, diremos que os custos são decrescentes.
3
o custo marginal incorrido. Mas, ao contrário do que acontecia do lado do consumo (em
que o custo do bem, dado pelo preço, e o leque de possibilidades aquisitivas, dado pela
restrição orçamental e sua divisão pelos preços dos bens, eram incontroláveis11), o
produtor pode fazer variar o seu custo de produção, alterando a escala ou a composição
dos factores empregue nessa produção. Quer dizer que os custos são uma variável de
ajuste do lado da produção – qualquer que seja o controlo que o lado da oferta tenha
sobre os seus benefícios (o que, como depois se verá, depende da forma de mercado).

d) maximização da satisfação ≈ maximização do excesso de receitas sobre


custos
Por razões análogas, enquanto a maximização da satisfação do consumidor
importa uma igualdade entre benefícios (no limite entre o benefício proporcionado pela
unidade marginal de cada bem e o benefício proporcionado pela unidade marginal do bem
que serve de numerário aos demais12), a maximização da satisfação do produtor só
instrumentalmente recorre à igualdade entre custo marginal e receita marginal que acabou
de se referir. Na verdade, esta é a condição para que a desigualdade entre receitas totais
e custos totais seja máxima.
Ou seja: enquanto que o propósito do consumidor é obter a igualdade entre as
utilidades marginais ponderadas de todas as possíveis aplicações dos seus recursos, o
propósito do produtor é obter a maior desigualdade entre as diferentes aplicações
possíveis dos seus recursos (ie: a máxima desigualdade entre as receitas e os custos de
cada possível aplicação desses recursos).

e) curva da procura ≈ curva da oferta


Tal como a curva da procura, negativamente inclinada, reflecte a relação inversa
entre preços e quantidades procuradas, a curva da oferta, positivamente inclinada, revela
a relação directa entre preços e quantidades oferecidas. Tirando situações muito especiais
(como o traçado superior da curva de oferta de trabalho, em que a obtenção de
rendimentos chega a um ponto em que a utilidade marginal de doses adicionais, mesmo
crescentes, já não compensa os custos de oportunidade que a disposição desses

11
A única forma de um agente económico do lado do consumo passar, por iniciativa sua,
de uma posição de equilíbrio associada à aquisição de um cabaz de bens para outra, associada a
um cabaz diferente, é através da alteração das suas preferências. Ou seja: pode dizer-se que a
única coisa que controla é a sua escala de benefícios.
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Ou seja, a moeda (o dinheiro).
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rendimentos adicionais proporcionam) o aumento de preços induz um aumento de oferta.
E isto por duas razões que se aproximam dos efeitos substituição e rendimento
encontrados a propósito do traçado da curva da procura: preços mais elevados incentivam
à substituição de outras alternativas (incluindo ócio, lazer ou diferentes actividades
produtivas) por mais actividade produtiva no bem ou serviço cujo preço subiu (um puro
efeito substituição); preços mais elevados também permitem suportar custos mais
elevados de produção (um efeito análogo ao efeito rendimento, na medida em que o cabaz
de factores que é possível mobilizar para a produção varia no mesmo sentido das
variações de preços). Assim, quando se dá uma subida, a linha do novo preço cortará a
curva de custos marginais de produção, supondo-a positivamente inclinada, num ponto
situado acima do anterior preço, ocorrendo o inverso quando se dá uma descida.

f) excedente do consumidor ≈ excedente do produtor


Sabendo-se já que o excedente do consumidor é a diferença entre o preço de
reserva de cada comprador de um certo bem e o seu preço de mercado (e, portanto,
representável num diagrama cartesiano como a área abaixo da curva da procura e acima
da linha do preço que é delimitada pelo eixo vertical), pode perceber-se que o excedente
do produtor seja o seu reverso: a diferença entre o preço a que cada vendedor estaria
disposto a vender um bem (o que também é um preço de reserva, mas pode ser feito
corresponder ao conceito já disponível de custo marginal13) e o preço que obtém por ele.
Sendo este o preço de mercado14, então, num mercado de concorrência, é possível
identificar num diagrama cartesiano a área do excedente do produtor como a que é
delimitada pelo eixo vertical, a linha do preço e a curva dos custos marginais15.

13
Recorde-se a Navalha de Occam: Entia non sunt multiplicanda praeter necessitatem.
14
Haveria boas razões para considerar antes a receita marginal, que nem sempre coincide
com o preço do mercado.
15
Como facilmente se compreende, essa área corresponde ao triângulo inverso ao do
excedente do consumidor: este delimitado acima da linha do preço, o excedente do produtor
delimitado abaixo dessa linha. Em consequência, quando o preço sobe, a área do excedente do
consumidor encurta-se e a do excedente do produtor alarga-se; e quando o preço desce, a área do
excedente do consumidor alarga-se e a do excedente do produtor encurta-se.
Note-se que se o mercado tido como referência não fosse o de concorrência – fosse o de
monopólio, por exemplo – o formato da área do excedente do produtor seria muito diferente.
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Daqui decorre que se deve distinguir a área do excedente do produtor daquela que
representa os lucros16, na medida em que os lucros dependem da diferença entre preços e
custos médios – e, portanto, são delimitados num diagrama, não pela curva dos custos
marginais (como no diagrama anterior), mas pela curva dos custos médios, como
exemplificado infra:

g) elasticidade da procura ≈ elasticidade da oferta


A elasticidade, vimo-lo a propósito da procura, é a medida da sensibilidade de
uma variável à variação de outra. Do lado da produção não faz sentido apurar
elasticidades-cruzadas – se a oferta de um bem X variar em função das variações de
preços de outros bens é porque o preço de X se alterou –, nem elasticidades-rendimento
– pela mesma razão: a variação da oferta de um bem X não responde, sem mais, a uma
variação do rendimento (que, naturalmente, seria uma variação do rendimento dos seus
produtores – tal como a variação do rendimento relevante no caso da procura é a dos
consumidores17. As alterações que decorrerem na oferta de um bem em razão de
alterações de rendimento dos consumidores dependerão de alterações prévias da procura,
e serão mediadas pelo mecanismo dos preços).

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Como se verá depois, num mercado de concorrência perfeita esses nem sequer têm
expressão gráfica, uma vez que o preço de mercado coincidirá com o custo médio mínimo. E, no
entanto, a menos que os custos marginais sejam constantes desde o início da produção, ainda
haverá excedente do produtor.
17
Tratando a oferta de trabalho como um “bem”, essa poderá ser uma excepção – mas
seria mais relevante no sentido oposto ao da lei da oferta: para rendimentos muito altos diminuiria
a oferta do “bem” trabalho, para rendimentos muito baixos aumentaria essa oferta.
6
Por outro lado, a elasticidade-preço da oferta determina-se da mesma forma que a
elasticidade-preço da procura (simplificando: Δ%Q/Δ%P), com a diferença de que essas
variações serão agora directas, em vez de inversas18. Demais, a elasticidade unitária da
oferta também corresponde a uma variação proporcional dos preços e das quantidades
(vg: um aumento ou uma diminuição de 10% na oferta em reacção a, respectivamente,
uma subida ou uma descida de 10% nos preços: 10/10 = 1), tal como uma elasticidade
elástica da oferta implica maior variação relativa das quantidades face à variação do preço
(vg: uma diminuição de oferta de 20% em resposta a uma diminuição de 10% no preço:
20/10 = 2), e uma elasticidade rígida da oferta corresponde a uma menor variação relativa
das quantidades face à variação do preço (vg: um aumento de 5% nas quantidades em
resposta a um aumento de 10% nos preços: 5/10 = 0,5).
Já não há total similitude no que diz respeito à representação das elasticidades nas
curvas da procura e nas curvas da oferta: a oferta infinitamente elástica será representada
por uma curva horizontal, tal como no caso da procura; a oferta absolutamente rígida será
representada por uma curva vertical, tal como no caso da procura; e as curvas da oferta
serão tanto mais elásticas quanto menor for o seu declive (e tanto mais rígidas quanto
maior for o seu declive), tal como no caso da procura; mas há especificidades nestas
curvas relativamente rígidas ou elásticas: se a curva da oferta cortar o eixo horizontal será
sempre rígida (embora mais rígida na base – terá elasticidade zero no ponto de intersecção
com o eixo –, e menos rígida no topo), e se cortar o eixo vertical será sempre elástica
(embora mais elástica na base – terá elasticidade infinita no ponto de intersecção com o
eixo –, e menos elástica no topo).

4. A lei da oferta e da procura


A lei da oferta e da procura (ou vice-versa) não é uma justaposição da lei da
procura e da lei da oferta: é a explicitação das consequências nos preços – tidos agora
como a variável dependente – das variações nas quantidades procuradas e, ou, oferecidas.
Assim, a lei da oferta e da procura afirma que os preços são função inversa da oferta e
função directa da procura. Ou seja, que descem quando a oferta sobe ou a procura
diminui, e que sobem quando a oferta desce ou a procura aumenta. As variações

18
Se os preços sobem, a oferta tenderá a subir; se os preços baixam, a oferta tenderá a
diminuir. A medida da sensibilidade da variação em relação aos preços é indiferente ao sentido
dessa variação.
7
relevantes para esta lei não são, contudo, as que resultam de cada curva da procura ou de
oferta: são as que correspondem a novas curvas da procura ou da oferta.

5. A maximização dos lucros e outros objectivos dos produtores


As empresas são as unidades básicas do lado da produção, tal como o consumidor
era a unidade básica do lado do consumo. E justamente porque as empresas são vistas
como meras unidades de produção, a teoria da produção dispensa a teoria da empresa.
Ainda que para a teoria marginalista da empresa esta se comporte exactamente como o
Homo economicus – o cálculo económico e a maximização fazem ainda mais sentido do
lado da oferta do que do lado da procura – admitem-se outros objectivos que não a
maximização dos lucros, desde que sejam vistos como desvios pontuais da matriz
essencial que assegura a sobrevivência das empresas19.
Um desvio mais significativo – na medida em que se traduz na negação da lógica
maximizadora pressuposta nas unidades base da produção – resulta da constatação de que
as empresas não seguem, na sua prática quotidiana, os critérios maximizadores da ciência
económica. Grande parte delas define uma política de preços a partir dos seus custos e de
uma margem de lucro considerada adequada – o chamado cost plus markup. Uma vez que
a ciência económica neo-clássica considera este método irracional20, a resposta-tipo é a
de que o próprio mercado se encarrega de seleccionar as empresas que, não obstante essa
aparente irracionalidade, continuam a ser racionais. O mercado seria, assim, também, um
mecanismo darwinista que asseguraria a sobrevivência das empresas mais aptas (ie: as
que mais se aproximassem da racionalidade económica, qualquer que fosse a sua
estratégia deliberada e mesmo quando esta se parecesse afastar da que resulta das
prescrições da ciência económica).

19
Um desses desvios pontuais é a prática de preços de monopólio inferiores ao óptimo,
de forma a prevenir a entrada no mercado de outras empresas atraídas pelos lucros inerentes a
esse preço óptimo. Outro é a redução de preços para ganhar quota de mercado, sobretudo em áreas
de negócio sujeitas à lógica do winner takes all.
20
Entre o mais (desestimular redução de custos, não ter em conta os custos dos
fornecedores alternativos, …), porque se os custos incluírem, como devem, os custos de
inventário (o “investimento em stocks”), um período em que as vendas fiquem abaixo do esperado
levará a um aumento de custos e, portanto, a um subsequente aumento de preços. Se a diminuição
de vendas tivesse estado já ligada a um desajuste do preço, o seu aumento agravaria a situação da
empresa e poderia criar uma espiral destrutiva (em que os preços aumentariam para cobrir os
maiores custos, aumentando estes, e assim sucessivamente).

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