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Direito Comercial
Direito Comercial – Ramo de direito privado, especial, que regula fragmentos dos
actos comerciais e negócios jurídicos comerciais.
O direito comum, sofre um grande impulso no séc. 19, com o Liberalismo e ascensão
da burguesia, que em Portugal se instala após a revolução de 1820.
Em 1833 aparece o 1-º código português, que é o código Comercial de Ferreira Borges
e só em 1867 aparece o 1.º Código Civil, de Seabra.
Em 1888 o Código Comercial, é substituído pelo código de Veiga Beirão, que ainda se
encontra em vigor.
Art.º 1 C. Com. – Atribui uma concepção objectiva, mas não é pura, pois tem algumas
cedências ao subjectivo.
Conceito de Comércio: Actos que envolvam a troca e mediação de bens, Art.º 230, mas
no entanto também envolve a indústria.
Não são abrangidos pelo conceito de comércio, (Art.º 464) os seguintes actos de:
- Artesanato
- Agricultura
Actos de Comércio: São actos jurídicos, por norma na forma de negócios jurídicos
Mas o direito comercial, é cada vez mais um direito de empresa, o que está no Art.º
230 C. Com. São actividades comerciais, pelo que todos os actos que concorrem para
esta actividade, são actos de Comércio.
Determinados actos ligados á vida comercial e não regulados, podem ser considerados
comerciais, através de uma interpretação extensiva (Art.º 230 C. Com.) Ex.
Concessão Comercial, Agências, Franchising (franquia, contrato pelo qual, se cede o
direito de fabricar/comercializar, certos produtos ou praticar certos serviços, em
determinado local ou zona, fazendo uso de certa tecnologia, comércio, indústria,
marcas e patentes, para assegurar o fornecimento do respectivo mercado, usando a
merca comercial igual á do franquiado).
Art.º 2 (2.ª parte) – Actos de Comércio, desde que tenham os seguintes requisitos
comulativos:
- 1 – Todos os contratos e obrigações dos comerciantes (os praticados pelos
comerciantes, cfr. Art.º 13 C- Com.)
- 2 - Não serem de natureza exclusivamente civil
- 3 - Se o contrário do próprio acto não resultar.
- Absolutos ou por Natureza: São actos de comércio gerados pela necessidade da vida
comercial, objectivos, que atribuem a qualidade de comerciante
o Absolutos em relação à Forma: Títulos de Crédito, mesmo que sejam entre civis são
sempre comerciais.
o Trespasse e cessão de exploração
o Sub – Ramos Art.º 230
o N.º 1 actos comerciais e industriais
o N.º 6 Empreitadas
o Art.º 362 ss Financeiros, Bancos..
o Art.º 425 ss Aleatórios, contratos de seguros
o Art.º 230-7 e 366 ss Prestação de serviços, Transporte
- Forma dos Actos: Liberdade de forma, Art.º 396 Com. 1146 CC igual ao direito
civil, mas menos formal, Art.º 397 Com. , 669 CC
- Regra da Solidariedade passiva, Art.º 100 Com. /513 CC
- Fiador, Art.º 101 Com.
- Prescrição, 296 e ss CC, Art.º 317 al. b) CC – Todos direitos subjectivos, têm
prazo de exercício por questões de segurança jurídica, presume-se que quando o
direito não é exercido, é porque não se pretende fazer
o Diferença entre Prescrição e Caducidade: Art.º 323/328, A prescrição pode ser
interrompida pelo exercício do direito, a caducidade não pode ser interrompida.
- Juros: Remuneração do capital por indisponibilidade deste, as obrigações
comerciais vencem juros, caso não haja estipulação em contrário, Art.º 102 Com.
- Art.º 102 Com. Juros: Limitação 559-A e 1146 CC
o Art.º 560 CC Contagem de Juros sobre Juros
o Art.º 348 CC – Costume
o Art.º 45, 46 e 48 – Taxa Juro Mora 6%
Regra:
Art.º 1691 CC – Dividas que responsabilizam ambos os conjugues
N.º 1 al. c) – É necessário a prova do proveito comum do casal
Al. d) – Presunção a favor do credor, pelo que terá de ser ilidida pelo casal
N.º 3 (1.ª parte) – A prova é feita pelo credor
( in fine) - A prova é feita pelo casal
Regime:
Art.º 1695 – 1
Comerciantes
Soc. Civis sob forma comercial n.º 4 art.º 1 CSC – Não são comerciantes
Empresas públicas – Não são comerciantes
ACE – Não têm fim lucrativo em princípio, mas se obtiverem lucros são comerciantes
têm PJ
Regras que se aplicam aos comerciantes, Art.º 13-1 C. Com.:
- Terem PJ
- Terem Capacidade jurídica de gozo e exercício, menores em princípio não têm, a
não ser nos casos de excepção do Art.º 127 CC, e só através dos seus
representantes.
- Quem faz dos actos de comércio profissão
Por outro lado, o Princípio da Especialidade constante do artº 160 do CC, impede as
pessoas colectivas sem fim lucrativo de se dedicarem ao exercício habitual do
comércio.
Desta forma, mesmo que pratiquem actos de comércio serão em termos ocasionais e
secundários, i.e, insusceptíveis de praticar uma actividade comercial profissional
- se o fizessem seriam sociedades comerciais irregulares que não são comerciantes
artº 36 do CSC), ou ainda porque não poderiam preencher a exigência prévia da
matrícula no registo Comercial, tal como prescreve o n.º 3 do artº 18) do Ccom. e
artº 20 a 80 do CRC, aprovado pelo D.L. 403/86, de 3 de Dezembro.
Naqueles preceitos não se configuram tais pessoas colectivas sem fim lucrativo como
Comerciantes bem como, e por último, não torna inútil o no 1 do artº 14 do Ccom. na
medida em que este, ao proibir estas pessoas colectivas de exercer o Comércio,
configura-lhes esse eventual exercício como ilícito e que poderá, in limine,
acarretar responsabilidade civil artº 483 e ss do CC) e eventual extinção (ai. b) e
c) do nº 2 do artº 182 do CC).
Também não torna inútil o artº 17 do Ccom. na medida em que, para além deste
confirmar quer o Estado e demais entes colectivos aos quais se refere não podem
exercer o Comércio, sujeita os actos de comércio destes ao regime de Direito
Comercial afim de proteger a segurança e a boa fé dos co-contratantes.
No âmbito do nº 1 do artº 13 do Ccom. ainda nos aparecem 3 situações que devem ser
consideradas, e que são, as Sociedades Civis sob a forma Comercial, onde o
entendimento tradicional de que não são comerciantes é colocado em dúvida devido ao
artº 30 do CRC, que as sujeita à matricula e que consiste num acto apenas destinado
e aplicado aos Comerciantes e entidades referidas naquele artigo.
Mesmo que fosse de considerar estas como Comerciantes - o que não parece a Pupo
Correia, seria pelo disposto no no 2 do artº 13 do Ccom. e não pelo nº 1 deste
artigo.
Outro caso é o das Empresas Públicas, e também aqui para Pupo Correia entende que o
legislador de 1888 não quis abranger aquelas Empresas no nº 1 do artº 13 do Ccom..
Por outro lado, estas E.P. 's estão isentas da aplicação de regras relativas à
falência, situação à qual os Comerciantes estão sempre sujeitos e, embora as
submeta ao registo comercial equiparado às sociedades comerciais, tal registo
pressupõe que é limitada a aplicação de normas cujo conteúdo não pressuponha a
qualidade de Comerciante.
No entanto, tal não quer dizer que não estejam sujeitas às regras de Direito
Comercial, nomeadamente, para fins subjectivamente comerciais constantes da 2a
parte do artº 2 do Ccom., embora não sejam qualificadas como Comerciantes mas
equiparadas pela Lei a estes, no que se refere à sua capacidade jurídica e às
normas aplicáveis às suas actividades.
Poderão ter, assim, um fim principal e um ou mais fins acessórios, embora não
possam, em sede de fim principal, ter fim lucrativo, permitindo-se este apenas se
for como fim acessório.
Por princípio os ACE não são Comerciantes embora algumas normas legais,
nomeadamente o artº 1 do D.L. 430/73, de 25 de Agosto, admita que podem ter fim
acessório lucrativo, ou seja, poder-se-ia admitir que seriam Comerciantes.
No entanto não sucede assim na medida em que a Lei impõe elevadas sanções aqueles
ACE que façam da sua actividade acessória directamente lucrativa não autorizada no
contrato, como manda o artº 10 do D.L. 430/73.
Por conseguinte, não se visa com as normas legais a atribuição aos ACE da qualidade
de Comerciante e, se tal facto resultar assim, se praticarem uma actividade
mercantil, serão equiparados às sociedades comerciais em nome colectivo por
conversão ope legis (nº 1 do artº 15 e artº 200 do D.L. 430/73).
No entanto não sucede assim, nem no novo Código de Registo Comercial nem no
anterior, visto que, a Matricula não é condição nem necessária nem conveniente para
que se adquira a qualidade de Comerciante.
O mesmo não sucede com as sociedades comerciais na medida em que estas apenas
existem como tal a partir do registo definitivo do contrato pelo qual se constituem
(art° 5 do CSC ressalvado pelo no 2 do artº 13 do Ccom.).
Nas sociedades comerciais, o registo que abrange a Matrícula tem eficácia
constitutiva da própria sociedade, pelo que a Matricula é condição necessária da
qualidade de Comerciante destas sociedades, i.e, sendo comerciantes natos adquirem
a sua qualidade de Comerciante mercê da sua constituição e registo com consequente
Matrícula.
Um incapaz não poderá, assim, exercer o Comércio, embora possa receber por herança
ou por doação um estabelecimento comercial, sendo de injustificável injustiça se
tivesse que o alienar ou liquidar devido à sua incapacidade, o que acarretaria, ou
poderia acarretar, perdas patrimoniais consideráveis.
Por outro lado, nem todo e qualquer acto de comércio Objectivo é idóneo para este
fim na medida em que, os puramente acessórios, não são intrinsecamente comerciais.
Também não serão adequados os actos de comércio formalmente comerciais nem tão
pouco os actos de comércio abstractos, na medida em que poderão não ter causa
mercantil.
A noção de profissão implica a ideia de que, quem exerce o comércio, visa obter
dele recursos que assegurem a sua subsistência ou que para esta contribuem, não
sendo indispensável que se traduza na única actividade proveitosa para o
Comerciante nem tão pouco que seja a principal.
Em conclusão, será Comerciante quem possui e exerce uma empresa comercial, quem é
titular de uma daquelas organizações que a Lei qualifica como empresas comerciais,
afim de, através desta, exercer uma actividade comercial.
Mandato sem Representação: Praticam actos de comércio em nome próprio, mas por
conta do mandatário, sendo assim comerciante.
Agentes também podem designar quem tem a concessão de outro comerciante, que
comercializa os seus produtos normalmente em regime de exclusividade, (contrato de
concessão de negócios), o qual actua em nome próprio, pelo que é comerciante.
Incompatibilidades e Indisponibilidades:
DIREITO FALIMENTAR
Processo:
Legitimidade para requerer a Recuperação ou a Falência:
- Credores
- Ministério Público (MP)
- Tribunal oficiosamente
- O próprio
5 Fases da recuperação:
1 – Concordata Art.º 66 a 77 CF
2 – Acordo de Credores Art.º 78 a 86
3 – Reestruturação Financeira Art.º 87 a 96
4 – Gestão Controlada Art.º 97 a 117
5 – Recuperação ou Acordo Extra. Art.º 231 a 237 (extintivo da falência)
Concordata: Redução ou modificação dos débitos, podendo até resultar uma moratória,
salvaguarda da clausula “salvo regresso de melhor fortuna”, cfr. Art.º 67.
Fiscalização pela comissão de credores
Acordo Extraordinário: Credores que representem 2/3 do valor dos créditos, podem
requerer (desde que homologado pelo Juiz), extinção do processo de falência.
1 – Negócios do Falido:
2 – Património do Falido:
3 – Pessoa do falido:
- O falido não tem capacidade eleitoral activa, para eleições de: Deputados, PR e
A. Locais..
- Passa a ter a obrigação de se apresentar no Tribunal, sempre que seja solicitado,
pois pode haver responsabilidade criminal, Art.º 224 a 227, se houver a chamada
falência fraudulenta.
- Fica inibido de administrar e dispor dos seus bens, os quais integram a massa
falida, administrada pelo liquidatário judicial
- Art.º 238 Fica proibido do exercício do comércio durante 5 anos
- Não pode administrar bens de menores a não ser dos seus filhos, e não pode ser
vogal do conselho de família, Art.º 1933-2;1953 CC
O falido não é um incapaz, pois enquanto na base do regime das incapacidades está a
protecção do incapaz, na falência o regime é o da protecção dos credores.
Distinção entre Hipoteca e Penhor Mercantil: Ambas são garantias reais, sendo a
hipoteca sobre bens imóveis e o penhor mercantil sobre bens móveis, visando aqui
uma garantia comercial.
Empresa Mercantil
Da concepção do EIRL como uma unidade jurídica resulta que a lei prevê que ele
possa ser alienado por um acto gratuito ou oneroso, inter vivos e mortis causa, bem
como que possa ser objecto de penhora em execução contra o seu titular.
A transmissão do EIRL implica a transferência para o novo titular das próprias
dívidas geradas na actividade dos estabelecimentos, como elementos que são do seu
passivo.
A constituição do EIRL pode ser levada a efeito por qualquer pessoa física que já
seja comerciante ou pretenda iniciar a actividade comercial, não podendo ser
constituído por uma pessoa colectiva. Cada comerciante poderá apenas ter um EIRL.
Cfr. art.º 1.
Trespasse:
Art.º 115 RAU, refere o trespasse, como sendo todo e qualquer negócio jurídico,
acto de comércio pelo qual é transmitido definitivamente e inter vivos, a posição
de arrendatário na totalidade de um estabelecimento comercial como unidade.
O que é essencial, para que haja trespasse, é que o estabelecimento seja alienado
como um todo unitário, abrangendo a globalidade dos elementos que o integram.
Não podendo algum ou alguns desses elementos ser especificamente dele retirados e
subtraídos à transmissão, sem autorização do trespassário, salvo se:
O trespasse for parcial, que é uma espécie de cisão no estabelecimento comercial,
alienando a propriedade de um conjunto homogéneo e coerente dos factores produtivos
que o compõem, dotada de autonomia, não sendo por isso considerado como trespasse.
Não pode ainda ser dado outro destino (ramo de comércio) diferente daquele que
consta no contrato de arrendamento, cfr. Art.º 115.1 RAU
Cessão de Exploração:
A usualmente denominada cessão de exploração ou concessão de exploração do
estabelecimento comercial, não é senão um contrato de locação do estabelecimento
como unidade jurídica.
Tem sido discutida se, no caso de cessão de exploração, será necessária a prévia
autorização do senhorio do prédio onde estiver localizado o estabelecimento.
Meios de Prova
Meios de conduta
Base de liquidação de impostos de acordo com normas tributárias, englobando assim a
contabilidade, a qual deve:
Art.º 40 C. Com. - Permanecer durante 10 anos
Art.º 31 C. Com. – Ser escriturada em livros próprios
Propriedade Industrial
Código da Propriedade Industrial: 1.º Código é de 1940 tendo vigorado até 1995,
altura em que foi substituído pelo actual, o regime da propriedade industrial, tem
por finalidade a defesa da lealdade da concorrência e dos legítimos interesses das
empresas comerciais, industriais ou com ele relacionados, e concretiza-se através
da criação, concessão e protecção dos direitos privativos sobre determinados
elementos objectivos de carácter imaterial, que se integram no estabelecimento
comercial.
2 Categorias:
Estes direitos são bens incorpóreos e como tal fazem parte do estabelecimento
comercial, que visam dotar o agente económico, de sinais com os quais consegue
distinguir dos demais os seus produtos ou serviços, que se caracterizam como sendo
direitos exclusivos ou monopólios, ou seja são direitos que asseguram ao respectivo
titular a exploração económica do bem imaterial em causa.
- Tutelar nos termos do art.º 46, recurso hierárquico impróprio, para o ministro da
tutela (Economia)
- Judicial, art.º 38, em que o recurso tem que ser intentado junto do T. Comércio
no prazo de 3 meses, cont6ados a partir da publicação da decisão do INPI no boletim
da PI.
O registo da PI, pode ser transmitido inter vivos ou mortis causa, quer por actos
gratuitos ou onerosos, mas sempre que exista transmissão de PI, e para que tal
transmissão seja eficaz relativamente a terceiros, é necessário o registo de
averbamento junto do INPI e consequente autorização deste.
O Código da PI, prevê assim a possibilidade dos titulares do direito de PI, poderem
conceder a exploração desse registo, art.º 30 (por contrato de locação de direitos
de PI).
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