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1. Introdução
Assim podemos caracterizar o estabelecimento comercial pela diversidade dos elementos que
o compõem com o objetivo da prática do comércio. Estes elementos do Estabelecimento
Comercial podem distinguir-se em:
Elementos corpóreos;
Elementos incorpóreos;
Aviamento e Clientela.
1.2 Objectivos
Objectivos gerais
O presente trabalho tem como objectivo geral perceber ate que ponto o estabelecimento
comercial e empresa comercial podem, não ser a mesma coisa.
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Objectivos específicos
Estabelecimento Comercial;
Empresa comercial.
A ciência tem como objectivo fundamental chegar à veracidade dos fatos. Neste sentido oque
a distingue de outras formas de conhecimento é a forma como interpreta a questão de
encontro da veracidade.
Para o alcance dos objectivos desta pesquisa concorrem os seguintes procedimentos técnicos:
Para (LAKATOS & MARCONI, 1991), Método descritivo é o estabelecer de uma relação
entre as variáveis e características de um certo universo qualitativo e quantitativo das
características e disponibilidades de um determinado fenómeno em análise.
Versando sobre o encontro da resposta pelo problema exposto pela pesquisa a busca
bibliográfica como sendo uma familiarização da informação científica, através desta constitui-
se uma base científica sobre a matéria munindo o pesquisador de informação coesa para
interpretar o fenómeno sobre diversos pontos de diversos autores, procurando estabelecer
relação entre a informação.
2. ESTABELECIMENTO COMERCIAL
Oscar Barreto Filho, que de acordo com o teórico italiano Maghieri, remonta as origens do
conceito de estabelecimento ao Digesto. Em um ensaio publicado nos Studi per Vivante, o
teórico Valeri(Valeri, La dottrina dell’azienda commerciale nelle opere dei post-glossatori )
expõe que a doutrina do estabelecimento comercial foi primeiramente fixada por Bartolo da
Sassoferrato (no séc. XIV) e depois desenvolvida na obra dos pós-glosadores: Baldo e
Angelo degli Ubaldi, Paolo di Castro, Pietro da Ancarano, Bartolomeo Socini e outros.
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Além disso, Barreto Filho complementa a sua exposição com uma citação de Franchi e
Pagani:
Oscar Barreto:
“Os bens (...) são conjugados em função do fim colimado, e aí surge o elemento estrutural: a
organização – a combinação do capital, trabalho e organização para o exercício da
actividade produtiva é que se denomina – estabelecimento (...)”.
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2.1. Doutrinas clássicas
Essa teoria teve como principal teórico G. Endemann, que propunha que o estabelecimento
fosse um sujeito de direito, o que faria do empresário “o principal empregado” desse
estabelecimento. A morte ou mudança desse “empregado” não afectaria esse sujeito de
direito.
“(...) o estabelecimento seria um património sem sujeito, uma entidade jurídica diferenciada,
assim constituída em virtude de uma destinação especial dada aos seus bens, voltados para o
alcance de um fim determinado. Tomando-se em consideração o património geral do titular,
dentro dele se encontraria separada uma parcela. Cada estabelecimento pertencente ao
mesmo titular seria um património separado distinto.
Como efeitos jurídicos, verifica-se que os credores da actividade mercantil teriam nos bens
componentes do estabelecimento a garantia preferencial dos seus créditos, podendo voltar-
se contra o património geral do titular em carácter subsidiário (...).
Tomando-se a fundação como referência, tem-se uma situação semelhante, porque também
nela existe um património destinado a uma determinada finalidade. No entanto, o Direito
expressamente acolhe a fundação como uma pessoa jurídica, não ocorrendo isto em relação
ao estabelecimento comercial.”
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1. O titular de um estabelecimento comercial pode dispor do seu estabelecimento
mediante:
c) Trespasse.
b) Usufruto;
a) Contrato de locação;
2. Somente é lícito o trespasse do estabelecimento quando este estiver constituído de
bens suficientes para garantir o cumprimento das suas obrigações ou quando a
operação for precedida de autorização dos credores.
Seu autor é J. Valéry, que propõe uma distinção entre “casa de comércio” e “fundo de
comércio”. A primeira é uma pessoa jurídica composta das pessoas que organizam a direcção
e o funcionamento do estabelecimento (no entanto, é uma entidade impessoal, que permanece
apesar da substituição de seus membros). A segunda é o conjunto dos bens formadores do
património do estabelecimento, portanto, um conjunto de bens dotados de uma finalidade.
Portanto, a “casa de comércio” é titular do “fundo de comércio”.
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2.2.4 Teoria do estabelecimento como negócio jurídico (“negozio aziendale”)
A teoria do estabelecimento como negócio jurídico foi mentalizada por G. Carrara. Segundo
Barreto Filho, seria:
“[O] acordo entre empresário, prestadores de trabalho e fornecedores de capital, com o escopo
de obter, mediante a organização baseada no emprego das respectivas prestações, os
resultados produtivos que constituem a razão de ser da combinação”.
Essa descrição de um conjunto de relações jurídicas guarda uma semelhança com o conceito
de “empresa” de Coase, de “um feixe de contratos”. No entanto, ele não é um bom conceito
para o estabelecimento, que é algo distinto.
segundo Verçosa:
“Para Pisko, Isay e Hubmann, seus principais defensores, o estabelecimento seria um bem
imaterial, objecto autónomo de direito. Dentro do património geral haveria um ‘património
comercial’, formado por elementos activos e passivos utilizados na actividade mercantil,
passíveis de individualização. Contrapondo-se a esse património comercial estaria o
estabelecimento, caracterizado como objecto de contratos e de direitos reais, tais como venda
locação, usufruto, sucessão, seguro etc., dotado de conotação jurídica própria, pois seria
distinto dos bens que o constituem – uma nova espécie de bem imaterial.
Em outras palavras, seria possível, nessa concepção, visualizar um direito subjectivo sobre o
estabelecimento, na qualidade de um bem imaterial, incorporado, correspondente a uma
criação do espírito no campo da produção (justamente, a organização harmoniosa e dinâmica
dos bens componentes, efectuada pelo empresário).”
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2.3.2. Teorias patrimonialistas
Portanto, a conclusão que devemos chegar é que nenhuma das teorias apresentadas acima é
suficiente ou satisfatória para explicarmos o estabelecimento no direito comercial brasileiro
actual.
Para que possamos pensar no direito actual, devemos pensar na definição de estabelecimento
como um “conjunto de bens”. Um conjunto de bens possuídos pela mesma pessoa (física ou
jurídica) é, por definição, uma universalidade.
Artigo 72 (CCM)
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física da empresa”, o que é claramente uma visão desactualizada do assunto. Além disso, os
imóveis não fazem parte do estabelecimento, e sim só apenas os móveis utilizados com as
finalidades que descrevemos exaustivamente acima. Portanto, “base física”, que é algo que
remete directamente a um imóvel, é uma descrição pouco apurada mesmo dos elementos
corpóreos que constituem um estabelecimento.
Os bens móveis que compõem o estabelecimento podem ser classificados como capital fixo,
capital de produção e capital de giro (ou capital circulante). Os primeiros são máquinas,
instalações, etc. – Aqueles que ficam no estabelecimento por uma maior quantidade de
tempo. Os outros “são representados por fundos destinados a financiar a actividade
produtiva ou de intermediação. Podem ser constituídos por recursos próprios (fornecidos
pelos sócios em troca de acções ou de quotas de sociedades limitadas) ou de terceiros
(oriundos de empréstimos)”, segundo Verçosa. Já o capital circulante é composto pelos
insumos industriais e as mercadorias, que são elementos intrínseca (isso é, material) ou
economicamente consumíveis.
2.3.1 Elementos corpóreos
No entanto, Verçosa rejeita essa hipótese com base no fato que a tutela do estabelecimento
na lei não abrange o imóvel. Se for transferida a propriedade de um estabelecimento, por
exemplo, o imóvel em que a empresa concentra suas actividades deve ser vendido por meio
de um contrato separado, e a propriedade somente será reconhecida mediante as regulares
solenidades legais (escritura pública e registo em Cartório de Imóveis). Isso demonstra que
o imóvel não é considerado parte do estabelecimento no direito actual.
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2.3.2 Elementos incorpóreos
No mundo actual, muitas empresas têm mais bens incorpóreos do que corpóreos, como
empresas virtuais.
Para Féres (que não separou os conceitos de aviamento objetivo e subjetivo para chegar à
seguinte concepção),
3. EMPRESA COMERCIAL
Empresa comercial é aquela que pratica compra e venda de produtos ou serviços, através do
ato de comércio (troca), tendo por objectivo o lucro.
Empresa comercial é aquela que pratica compra e venda de produtos ou serviços, através do
ato de comércio (troca), tendo por objectivo o lucro.
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3. CONCLUSÃO
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Bibliografia
VERÇOSA, Haroldo Malheiros Duclerc. Curso de Direito Comercial. 2ª. Ed. São Paulo:
Malheiros Editores, 2011.
< http://jus.com.br/revista/texto/14366/o-estabelecimento-empresarialesuas-repercussoes-
juridicas > (data de acesso: 20/05/13).
Acórdão da apelação 056.510.4/7, do TJSP. Voto vencido do 3º. Juiz Ruy Camilo e voto
vencedor do juiz Quaglia Barbosa. BRASIL.
BARRETO FILHO, Oscar. Teoria do Direito Comercial.2ª. Ed. São Paulo: Editora Saraiva,
1988.
http://www.ambitojuridico.com.br/site/?
n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11062&revista_caderno=8
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