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1. Introdução..................................................................................................................2
2. Metodologia...............................................................................................................3
3. Objectivos:.................................................................................................................3
4. Fundamentação teórica...............................................................................................4
7. Conclusão.................................................................................................................15
Bibliografia......................................................................................................................16
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1. Introdução
O presente trabalho em grupo de carácter avaliativo da cadeira de Direito da familia,
tem como tema a filiação.
O trabalho vai ter como foco principal perceber os parámetros estabelecidas pelo
legislador no tocante a filiacão assim como adopção.
Tendo em conta que o nosso país sofre anualmente com as clamidades naturais, guerras,
assassinatos, só para citar algumas, desperta atencão em saber como funcionam as
normas da filiacão e adopção para melhor sabermos como são salvaguardados os
interesses dos petizes naquela situacão.
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2. Metodologia
Para a elaboração do presente trabalho em grupo usou-se pesquisa bibliográfica dos
livros físicos e em formato electrónicos, por outro lado, usou-se o método de
confrontação das ideias dos autores com opiniões diferentes, para melhor obter uma
boa informação.
3. Objectivos:
3.1. Objectivo geral
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4. Fundamentação teórica
O nascimento é um facto jurídico autónomo, independente de qualquer outro facto
jurídico. Ou seja, mesmo que não seja possível estabelecer a filiação, o nascimento, por
si só, terá relevância jurídica. Daí que, de acordo com o artigo nº1 da lei nº12/2018), do
Código de Registo Civil, o nascimento seja um facto obrigatoriamente sujeito a registo
(independentemente da possível identificação dos progenitores). Porém, será também de
extrema importância determinar e estabelecer os vínculos de maternidade e paternidade.
Segundo Rossan, M.C. (2017), o Direito da Filiação pode ser analisado em sentido
amplo, isto é, incluindo tanto afiliação biológica como a filiação jurídica (que podem
coincidir ou não). Já a filiação em sentido estrito refere-se ao laço biológico de
parentesco. A filiação em sentido amplo abrangerá tanto aquela gerada pelo vínculo
biológico, como a afectiva e meramente jurídico como a adopção (p.12). Dai o nosso
interesse de aprofundar o conhecimento da matéria.
5. A FILIAÇÃO
Filiação – vem do latim filiatio, ou seja, o estado de filho. Nesse sentido, a doutrina
menciona que: O estado de filiação é a qualificação jurídica dessa relação de parenteso,
compreendendo um complexo de direitos e deveres reciprocamente considerados. O
filho é titular do estado de filiação, da mesma forma que o pai é titular do estado de
paternidade em relação a ele. Assim, onde houver paternidade juridicamente
considerada, haverá estado de filiação (José, 2012, p.5).
Toda ciranca tem direito ao registo. Segundo o artigo nº1 da lei nº12/2018, do Código
de Registo Civil, o registo, independentemente da possível identificação dos
progenitores, é obrigatório.
O Direito da Filiação pode ser analisado em sentido amplo, isto é, incluindo tanto
afiliação biológica como a filiação jurídica (que podem coincidir ou não). Já a filiação
em sentido estrito refere-se ao laço biológico de parentesco. A filiação em sentido
amplo abrangerá tanto aquela gerada pelo vínculo biológico, como a afectiva e
meramente jurídico como a adopção (Rossan, M.C. 2017, p.12).
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5.1. Estabelecimento da Filiação
Os filhos têm o direito a ser imediatamente registados depois do seu nascimento; têm
direito a ter um nome próprio e a usar o apelido da família dos pais e o registo a que se
refere o número 1 do presente artigo deve ser efectuado até seis meses após o
nascimento da criança.
Filiação natural é a relação existente entre o filho e as pessoas que o geraram. Os pais
podem reconhecer o filho conjunta ou separadamente, antes ou depois do seu
nascimento e até após a sua morte, se deixar descendentes. O reconhecimento do estado
de filiação constitui direito personalíssimo indisponível e imprescindível, exercitável
contra os pais e os seus herdeiros sem qualquer restrição.
Na filiação, todos os filhos gozam dos mesmos direitos, ou seja, os filhos têm os
mesmos direitos e estao sujeitos aos mesmos deveres, independentemente da origem do
seu nascimento. Apartir dos artigos 214 e seguintes da lei de familia, ou seja, lei
nᵒ22/2019 de 11 de Dezembro.
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O nascimento é um facto jurídico autónomo, independente de qualquer outro facto
jurídico. Ou seja, mesmo que não seja possível estabelecer a filiação, o nascimento, por
si só, terá relevância jurídica. Daí que, de acordo com o artigo n.º1, do Código de
Registo Civil, o nascimento seja um facto obrigatoriamente sujeito a registo
independentemente da possível identificação dos progenitores. Porém, será também de
extrema importância determinar e estabelecer os vínculos de maternidade e paternidade.
O Direito da Filiação pode ser analisado em sentido amplo, isto é, incluindo tanto a
filiação biológica como a filiação jurídica (que podem coincidir ou não). Já a filiação
em sentido estrito refere-se ao laço biológico de parentesco (é esta a acepção dos artigos
1796.º e seguintes). A filiação em sentido amplo abrangerá tanto aquela gerada pelo
vínculo biológico, como a afectiva e meramente jurídico (adopção).
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5.3.1. Estabelecimento da maternidade a pedido da mãe
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presunção mais frágil. A presunção do marido da mãe não é absoluta. A preocupação
com a verdade biológica permite que esta presunção seja ilidida quando possa parecer
inverosímil. A presunção pode cessar ou ser impugnada.
Enquanto que a lei da familia no seu artigo 292 esclarece que: os filhos estão sujeitos ao
poder parental até atingir a maioridade ou a emancipação. Mas o poder parental consiste
no especial dever que incumbe aos pais de, no superior interesse dos filhos, garantir a
sua protecção, saúde, segurança e sustento, orientando a sua educação e promovendo o
seu desenvolvimento harmonioso. O poder parental inclui igualmente a representação
dos filhos menores, ainda que nascituros, bem como a administração dos seus bens. Os
pais, de acordo com a maturidade dos filhos, devem ter em conta a sua opinião nas
questões da vida familiar e reconhecer-lhes autonomia na organização da própria vida.
Isto de acordo com os numeros 1 a 3 do artigo 293 da lei supra.
6. Adopção
A palavra adoptar vem do latim adoptare, que significa escolher, perfilhar, dar o seu
nome a, optar, ajuntar, escolher, desejar. Do ponto de vista jurídico, a adopção é um
procedimento legal que consiste em transferir todos os direitos e deveres de pais
biológicos para uma família substituta, conferindo para crianças/adolescentes todos os
direitos e deveres de filho, quando e somente quando forem esgotados todos os recursos
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para que a convivência com a família original seja mantida. É regulamentada pelo
Código Civil, que determina claramente que a adopção deve priorizar as reais
necessidades, interesses e direitos da criança/adolescente. A adopção representa também
a possibilidade de ter e criar filhos para pais que não puderam ter filhos biológicos, ou
que optaram por ter filhos sem vinculação genética, além de eventualmente atender às
necessidades da família de origem, que não pode cuidar de seu filho.
A adopção é uma realidade que exerce, hoje em dia, uma função de defesa e promoção
do interesse da criança. Segundo Azevedo, Moura, (2000) apud Magalhães, F.(2014),
adopção é associada à problemática de crianças em risco e àquelas que se encontram
institucionalizadas. A adopção é uma medida de proteção social que permite à criança a
sua integração numa família como local privilegiado do seu desenvolvimento. O papel
da criança é influenciado pelas prioridades da sociedade onde se insere. Adopção é um
processo gradual que leva a que uma pessoa, individualmente considerada, ou um casal
se tornem pai, mãe ou pais de uma ou mais crianças, permitindo a estas concretizar o
seu direito fundamental de crescer num ambiente familiar, em clima de felicidade, amor
e compreensão Adoção renasce como parte integrante do Direito, isto é visto como uma
perspetiva que contempla as necessidades do adoptado, nomeadamente a sua proteção e
necessidade de afecto, bem como a impossibilidade de alguns casais terem filhos
biológicos (p.10,16).
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2. O processo será instruído com um inquérito, que deverá incidir, nomeadamente, sobre
apersonalidade e a saúde do adoptante e do adoptando, a idoneidade do adoptante para
criar e educar o adoptando, a situação familiar e económica do adoptante e as razões
determinantes do pedido de adopção. Assim sendo, existem requisitos para tal efeito.
O adoptando deverá ter estado ao cuidado do adoptante durante prazo suficiente para se
poder avaliar a conveniência da constituição do vínculo de acordo com os numeros 1 e 2
do artigo 1974 codigo civil supra citada.
6.3. Espécies de adopção
A lei prevê dois tipos de adopção: a plena e a restrita - artigo 1977º do codigo civil.
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se que o disposto no nº 3 não se aplica quando o adoptando for filho do cônjuge do
adoptante.
Pela adopção plena o adoptado adquire a situação de filho do adoptante e integra-se com
os seus descendentes na família deste, extinguindo- se as relações familiares entre o
adoptado e os seus ascendentes e colaterais naturais, em atencão ao artigo 1979º codigo
civil.
Os numeros 1 e 2 do artigo 1980º do código civil detalha que podem ser adoptados
plenamente os menores filhos do cônjuge do adoptante e aqueles que tenham sido
confiados ao adoptante mediante confiança administrativa, confiança judicial ou medida
de promoção e protecção de confiança a pessoa seleccionada para a adopção; o
adoptando deve ter menos de quinze anos à data da petição judicial de adopção; poderá,
no entanto, ser adoptado quem, a essa data, tenha menos de dezoito anos e não se
encontre emancipado quando, desde idade não superior a quinze anos, tenha sido
confiado aos adoptantes ou a um deles ou quando for filho do cônjuge do adoptante.
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2 – Só pode adoptar restritamente quem não tiver mais de 60 anos à data em que o
menor lhe tenha sido confiado, mediante confiança administrativa, confiança judicial ou
medida de promoção e protecção de confiança a pessoa seleccionada para a adopção,
salvo se o adoptando for filho do cônjuge do adoptante.
Quanto à adopção restrita, para Azevedo, Moura (2000), e uma vez que podem existir
contactos com a família biológica, é considerada uma fonte de ambivalência, quer para
a criança, quer para a família, num complexo triângulo de relações, Ainda De acordo
com estas mesmas autoras, é importante distinguir duas formas de proceder à adopção:
Situações de Raíz e Situações de Facto.
Para que a adoção possa ser decretada têm que estar assegurados alguns requisitos.
Assim, a adopção, tanto a plena como a restrita, deve respeitar os seguintes requisitos
gerais:
Apresentar reais vantagens para o adotando que tanto podem ser de ordem
patrimonial como não patrimonial;
Existir legitimidade de motivos que se encontra no facto de o casal adoptante
desejar, além de mais, partilhar a sua felicidade familiar com uma criança.
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6.8. Confiança com vista a futura adopção
1 – Com vista a futura adopção, o tribunal pode confiar o menor a casal, a pessoa
singular ou a instituição quando não existam ou se encontrem seriamente
comprometidos os vínculos afectivos próprios da filiação, pela verificação objectiva de
qualquer das seguintes situações:
d) Se os pais, por acção ou omissão, mesmo que por manifesta incapacidade devida a
razões de doença mental, puserem em perigo grave a segurança, a saúde, a formação, a
educação ou o desenvolvimento do menor;
4 – A confiança com fundamento nas situações previstas nas alíneas a), c), d) e e) do
número anterior não pode ser decidida se o menor se encontrar a viver com ascendente,
colateral até ao 3º grau ou tutor e a seu cargo, salvo se aqueles familiares ou o tutor
puserem em perigo, de forma grave, a segurança, a saúde, a formação moral ou a
educação do menor ou se o tribunal concluir que a situação não é adequada a assegurar
suficientemente o interesse do menor.
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menor tenha sido administrativamente confiado e o director do estabelecimento público
ou a direcção da instituição particular que o tenha acolhido.
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7. Conclusão
Chegado ao fim do presente trabalho, conclui que: A filiação é a ligação de uma pessoa
a outra a partir do reconhecimento da parentalidade da mesma, ou seja, a ligação do
filho com os seus pais, seja biologicamente ou por adopção.
Filiação natural é a relação existente entre o filho e as pessoas que o geraram. Os pais
podem reconhecer o filho conjunta ou separadamente, antes ou depois do seu
nascimento e até após a sua morte, se deixar descendentes. O reconhecimento do estado
de filiação constitui direito personalíssimo indisponível e imprescindível, exercitável
contra os pais e os seus herdeiros sem qualquer restrição.
Apresentar reais vantagens para o adotando que tanto podem ser de ordem patrimonial
como não patrimonial;
A palavra adoptar vem do latim adoptare, que significa escolher, perfilhar, dar o seu
nome a, optar, ajuntar, escolher, desejar. Do ponto de vista jurídico, a adopção é um
procedimento legal que consiste em transferir todos os direitos e deveres de pais
biológicos para uma família substituta, conferindo para crianças/adolescentes todos os
direitos e deveres de filho, quando e somente quando forem esgotados todos os recursos
para que a convivência com a família original seja mantida.
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A lei prevê dois tipos de adopção: a plena e a restrita.
Bibliografia
Lei n. 22 ̸2019 de 11 de Dezembro, lei da Família.
RAMIÃO, Tomé d’Almeida. A Adopção – Regime Jurídico Actual. Lisboa: Quid Juris,
2007.
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