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DISSOLUÇÃO E LIQUIDAÇÃO

DE SOCIEDADES COMERCIAIS
DISSOLUÇÃO

• De acordo com Ventura (1997) “a dissolução é


uma modificação da relação jurídica constituída
pelo contrato de sociedade, que consiste na
entrada em liquidação. Trata-se de uma
modificação da situação jurídica da sociedade
que conserva a sua personalidade jurídica até ao
registo de encerramento da liquidação” (p.67).
CAUSAS DA DISSOLUÇÃO

• por deliberação dos sócios;


• pelo não exercício de qualquer actividade por período superior
a doze meses consecutivos;
• por se verificar, pelas contas do exercício, que a situação
líquida da sociedade é inferior à metade do valor do capital
social;
• pela falência;
• pela fusão com outras sociedades;
• pela sentença judicial que determine a dissolução.
OBRIGAÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
DA SOCIEDADE DISSOLVIDA

• Dissolvida a sociedade, os administradores devem submeter à


aprovação dos sócios, no prazo de sessenta dias, o inventário, o
balanço e a conta de lucros e perdas referidas à data do registo
da dissolução.
• Aprovadas as contas pelos sócios, os administradores que não
sejam liquidatários devem entregar a estes todos os documentos,
livros, papéis, registos, dinheiro ou bens da sociedade.
• Os administradores devem fornecer também toda a informação
e esclarecimentos sobre a vida e situação da sociedade que
sejam solicitados pelos liquidatários
LIQUIDAÇÃO

A liquidação é um processo que visa pagar as


obrigações contraídas pela empresa com os credores
corporativos e posteriormente distribuir o patrimônio
remanescente entre os acionistas (Ventura, 1997).
PERSONALIDADE JURÍDICA DA
SOCIEDADE EM LIQUIDAÇÃO
• O artigo 234 do Decreto-Lei nº 2/2005 consagra
que “a sociedade em liquidação continua a ter
personalidade jurídica, sendo‐lhe aplicáveis os
preceitos por que até à dissolução se regia, salvo
disposição expressa em contrário”.
LIQUIDATÁRIOS

• Os liquidatários são o órgão de administração e


representação da sociedade em liquidação. Sua
função é semelhante à dos administradores, a quem
substituem (art. 238 do Decreto-Lei nº 2/2005).
CONT.

• Compete especialmente aos liquidatários concluir


os negócios e operações já iniciados à data da
dissolução, cobrar créditos e cumprir as obrigações
da sociedade e, salvo deliberação unânime dos
sócios, reduzir a dinheiro o património residual.
REGISTO E EXTINÇÃO DA SOCIEDADE
• De acordo com o artigo 243 do Decreto-Lei nº2/2005, as
regras de registo e extinção das sociedades, segue os
seguintes pontos:
• A deliberação de encerramento da liquidação deve ser
registada pelos liquidatários no prazo de quinze dias.
• O registo deve ser acompanhado pelos documentos
seguintes:
• a) relatório completo sobre a liquidação;
• b) proposta de partilha do activo.
• A sociedade considera‐se extinta na data do registo do
encerramento da liquidação.
CONT.
• Em jeito de conclusão, é de realçar que, tanto a dissolução, quanto
a liquidação constituem fases de um processo complexo com o fim
contrário ao da constituição de uma sociedade. Portanto, pode-se
dizer que a dissolução é o primeiro acto da sociedade comercial
enquanto pessoa colectiva com personalidade jurídica. Já a
liquidação terá por objectivo concluir as operações sociais
pendentes, cobrar o que é devido à empresa e pagar o que deve
vender os móveis da empresa e praticar a distribuição de bens ou
bens sociais entre os sócios.
OBRIGADO
DÚVIDAS/ACRÉSCIMOS

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