Você está na página 1de 27

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos


Licenciatura em Contabilidade e Auditoria, 3º ano, 1º Semestre
Cadeira: Gestão de Recursos Humanos
4º Grupo

Benéficos Sociais & Higiene e Segurança no Trabalho


Estudantes:
Emelda Edgar
Docente:
Festivaldo Aldino
Msc. Edmundo Xavier
Sarneta F. José Mavale
Maria Sargene Bitone
1. BENEFÍCIOS SOCIAIS
1.1Conceito de Benefícios sociais
1.2 Plano de Benefícios sociais
1.3 Tipos de Benefícios Sociais
1.4 Previdência Social e Previdência Privada
1.5 Objectivos do plano de Benefícios sociais

2/27
1.1.Conceito de Benefícios Sociais

Para Chiavenato (2009), “os benefícios sociais são facilidades,


conveniência, vantagens e serviços que as empresas oferecem aos
seus funcionários, no sentido de poupar-lhes esforços e preocupações.
Podem ser financiadas parcialmente ou totalmente pela empresa”
(p.320).
Os benefícios sociais são mecanismos criados pelas organizações de modo a
garantir a permanecia dos funcionários bem como a qualidade e competência,
estes constituem o segundo componente mais importante da remuneração
total dos funcionários. Como afirma Levieque (2011), “tal como a remuneração,
os benefícios sociais são tidos como outra componente básica para a
manutenção, atracão com vista evitar a fuga de funcionários competentes”
(p.409). 3/27
1.2. Plano de Benefícios Sociais

As organizações no sentido de procurar maior satisfação dos seus


funcionários, adopta um leque de planos e programas de serviços e
benefícios sociais, para tal a empresa realiza estudos, ensaios e
discussões obedecendo objectivos e critérios de modo a criar o melhor
plano de benefícios sociais. Existem vários objectivos e critérios usados
para definir um programa de benefícios (Chiavenato, 2009).
De acordo com Chiavenato (2009), os objectivos constituem
expectativa de médio e longo prazo para o alcance dos resultados do
programa, ao passo que os critérios são requisitos ponderados pelo
programa sendo assim:
4/27
Objectivos Critérios
1. Redução da rotatividade e do 1. custo do programa
absentismo 2. capacidade de pagamento pela
2. Melhoria do clima organizacional
organização
3. Realce da segurança
3. necessidade real das pessoas
4. poder do sindicado
5. considerações sobre impostos e
contribuintes
6. relações publicas
7. responsabilidade social
8. reções da forca de trabalho e do
mercado 5/27
Plano de Benefícios Sociais
Conforme Chiavenato (2014), nos critérios definição dos serviços e
benefícios sociais que a organização pretende implantar ou
desenvolver, há que considerar certos princípios:
Principio do retorno do investimento – no qual a entidade deve
sempre pautar sempre pelo seu próprio beneficio ao fornecer um
benéfico ao seu funcionário, ou seja, a organização ao fornecer
benefícios ao funcionário deve esperar por um rendimento vindo dos
funcionários.
Principio da mutua responsabilidade – os custos dos benefícios
sociais devem ser tanto de responsabilidade da organização como a
dos funcionários a serem beneficiados, ou seja, tanto a empresa
como a organização devem ser capazes e competentes para
cooperarem entre si e de modo a permitir o alcance dos objetivos. 6/27
1.3.Tipos de Benefícios Sociais
Os benefícios sociais podem ser classificados de acordo com a exigência, a
sua natureza e seus objectivos (Chiavenato, 2014).

Quanto a exigibilidade (exigência)


Segundo Chiavenato (2009), dependendo da exigência, os benefícios
podem ser legais ou espontâneos.
Os benefícios legais – são aqueles exigidos pela lei trabalhista,
previdenciária ou por uma coleção colectiva entre sindicatos, como:

 13º salario  Seguro de acidentes de trabalho   Salario família


 Ferias  Adicional por trabalho noturno  Salario-maternidade
 Aposentadoria  Auxilio-doença  Horas extras 7/27
1.3. Tipos de Benefícios Sociais
Os benefícios espontâneos (também chamados de benefícios marginais)
– são aqueles concedidos pela própria vontade das organizações. Neles
estão incutidos:
 Gratificações   Empréstimos  Transporte

 Seguro de vida em grupo  Assistência médico-hospitalar

 Refeições  complementação de aposentadoria

8/27
1.3. Tipos de Benefícios Sociais
Quanto a natureza
Conforme Chiavenato (2009), os benefícios quanto a natureza podem ser
classificados em monetários e não-monetários, assim sendo, temos:

• Os Benefícios monetários – são benéficos concedidos em dinheiro,


através da folha de pagamento e gerando encargos sociais deles
decorrentes.
 13º salario;  Plano de empréstimos;
 Ferias;  Complementação de salários nos afastamentos
 Aposentadoria; prolongados por doença;
 Gratificações;  Reembolso ou financiamento de remédios.
9/27
Cont…
• Os benefícios não-monetários – compreendem os benefícios na
forma de serviços, vantagens ou facilidades para os colaboradores.

 Refeitórios;  Seguro de vida em grupo;


 Assistência médico-hospitalar e  Transporte
odontológica;
 Serviço social e acolhimento;  Horário móvel de entrada e saída
 Clube ou grémio;  Etc.

10/27
1.3. Tipos de Benefícios Sociais
Quanto aos seus objectivos

Para Chiavenato (2014), benefícios sociais quanto ao seu objectivos


podem ser classificados em assistenciais, recreativos e supletivos.
• Os benefícios assistenciais – são aqueles que visa promover o
funcionário e a sua família de condições de segurança e previdência de
imprevistos ou emergências.
 Assistência médico-hospitalar;  Seguro de vida em grupo ou
 Assistência odontológica; acidentes pessoais;
 Assistência financeira por meio empréstimos;  complementação de aposentadoria;
11/27
 Serviço social;  Creche para os filhos de funcionários.
1.3. Tipos de Benefícios Sociais
Os benefícios recreativos – compreende os serviços e benefícios que
visam proporcionar ao funcionário condições físicas e psicológicas de
repouso, divisão, recreação, higiene mental ou lazer, tais benefícios podem
se estender ate a família do funcionário. Nestes estão incluídos:
 Grémio ou grupo;   Actividades esportivas;
 Área de lazer ;  Passeios e excussões programadas;
Os benefícios supletivos ou plano supletivos – são serviços e benefícios
que tendem a proporcionar aos funcionários algumas facilidades,
conveniências e vantagens, de modo a melhorar sua qualidade de vida.
Incluem:
 Horário móvel no local de trabalho;  cooperativa de géneros alimentícios ou
convénio com supermercados;
 Restaurante no local de trabalho ;  Estacionamento privativo; 12/27
 
1.4 Previdência publica e privada
A previdência social depende de contribuições dos funcionários
e das empresas, tendo em conta a folha de pagamentos a fim de
oferecer benefícios a aposentadoria e pensionistas. O valor da
aposentadoria é calculado pelo INSS com base nos 36 últimos
anos de contribuição do segurado, que é a base do recolhimento
mensal para previdência (Chiavenato, 2014).
Segundo Chiavenato (2014), as previdências privadas
baseiam-se em contribuições feitas de modo mensal ou
periódico durante vários anos que constituem um montante
acumulado em nome do participante, o qual será de capital
suficiente para pagar benefícios futuros. O capital é atualizado
pela inflação (correção monetária) e remunerado com juros. 13/27
1.5. Objetivos dos Benefícios Sociais
Geralmente para que as pessoas trabalharem numa determinada
organização, é necessário que esta, garanta oportunidades de
crescimento, salários, boas condições organizacionais bem como
expectativa de benefícios sociais.
• Objectivos individuais – os benefícios tendem a atender as
necessidades individuais das pessoas, proporcionando-lhes vida
pessoal, familiar e de trabalho mais tranquila e produtiva.
• Os objectivos económicos – são os benefícios que servem como
elementos de atracão e retenção de pessoal.
• Objectivos sociais – compreendem os benefícios que visam
preencher deficiências, lacunas ou carências da previdência, do
sistema educacional e dos demais serviços prestados pelo governo
ou pela comunidade, como transporte, segurança, etc (Chiavenato,
14/27
Cont…
Vantagens dos benefícios
Para a Organização Para o funcionário
 Eleva a moral dos funcionários  Oferece conveniência não avaliáveis em

 Reduz a rotatividade e o absenteísmo dinheiro


 Oferece assistência disponível na solução de
 Eleva a lealdade do funcionário para
problemas pessoais
com a empresa
 Aumenta a satisfação no trabalho
 Aumenta o bem-estar do funcionário
 Contribui para o crescimento pessoas e bem-
 Facilita o recrutamento e a retenção de
estar individual
pessoas  Oferece meios de melhor relacionamento
 Aumenta a produtividade e diminui o entre empregados
custo unitário de trabalho  Reduz sentimento de insegurança

15/27
Fonte: Chievenato, 2009
2.HIGIENE DO TRABALHO
2.1 Conceito de Higiene do trabalho
2.2 Conceito de Segurança no Trabalho
2.3 Conceito de Higiene e Segurança no Trabalho
2.4 A Legislação Sobre Segurança no Trabalho
2.5 Conceito sobre acidente de trabalho
2.6 Onde ocorrem os acidentes de trabalho
2.7 Como reduzir os acidentes de trabalho e Medidas
Preventivas
2.8 Descaracterização do acidente de trabalho
2.9 Doenças profissionais 16/27
2.1. Conceito de Higiene do trabalho
“A Higiene do Trabalho refere-se ao conjunto de normas e
procedimentos que visa à proteção da integridade física e mental
do trabalhador, preservando- o dos riscos de saúde inerentes às
tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas”
(Chiavenato, 2009, p.334).

17/27
2.2. Conceito de Segurança no Trabalho
“segurança do Trabalho é o conjunto de medidas técnicas,
educacionais, médicas e psicológicas utilizadas para prevenir acidentes,
seja eliminando condições inseguras do ambiente, seja instruindo ou
convencendo as pessoas da utilização de práticas preventivas”
(Chiavenato, 2009, p.338).

18/27
2.3. Conceito de Higiene e Segurança no
Trabalho
Conforme Chiavenato (2009), de modo genérico, podemos conceituar
Higiene e Segurança do Trabalho, como duas actividades que estão
intimamente relacionadas no sentido de garantir condições pessoais e
materiais de trabalho capazes de manter certo nível de saúde dos
empregados.

19/27
2.4. Legislação Sobre Segurança no
Trabalho
De acordo com nº 1 e 2 do artigo 216 da Lei nº 23/2007, Todos
os trabalhadores têm direito à prestação de trabalho em
condições de higiene e segurança, incumbindo ao empregador a
criação e desenvolvimento de meios adequados à proteção da
sua integridade física e mental e à constante melhoria das
condições de trabalho. O empregador deve proporcionar aos
seus trabalhadores boas condições físicas, ambientais e morais
de trabalho, e informá-los sobre os riscos de trabalho.

20/27
2.5. Conceito sobre acidente de trabalho
A Organização Mundial da Saúde define acidente como “um fato
não premeditado do qual resulta dano considerável”. Em seu
turno Chiavenato (2009), diz que:
Podemos conceituar acidente do trabalho como decorrente do
trabalho, provocando, direta ou indiretamente, lesão corporal,
perturbação funcional ou doença que determine a morte, a
perda total ou parcial permanente ou temporária da
capacidade para o trabalho (p.340).

21/27
2.6. Onde ocorrem os acidentes de
trabalho
Considera-se ainda acidente de trabalho o que ocorra:
• Na ida ou regresso do local de trabalho, quando utilizado meio
de transporte fornecido pelo empregador, ou quando o acidente
seja consequência de particular perigo do percurso normal ou
de outras circunstâncias que tenham agravado o risco do
mesmo percurso;
• Antes ou depois da prestação do trabalho, desde que
directamente relacionado com a preparação ou termo dessa
prestação;
• Por ocasião da prestação do trabalho fora do local e tempo do
trabalho normal, se se verificar enquanto o trabalhador executa
ordens ou realiza serviços sob direcção e autoridade do 22/27
empregador;
2.7. Como reduzir os acidentes de
trabalho e Medidas Preventivas
Embora seja um acontecimento não premeditado, existem
formas de reduzir os acidentes de trabalho. Como afirma
Chiavenato (2009), “A palavra acidente significa ato imprevisto e
perfeitamente evitável na maioria dos casos” (p.340). A
Occupational Safety and Health Administraiion (OSHA) oferece
um programa baseado em quatro pontos para proteger
funcionários de acidentes ocupacionais:
• Obter compromisso da administração e envolvimento dos
funcionários;
• Fazer análises da local de trabalho;
• Proceder a prevenção e controle de acidentes e
23/27
• Treinar gerentes, supervisores e funcionários.
2.8. Descaracterização do acidente de
trabalho
• O nº 1 do artigo 223 da Lei nº 23/2007, estabelece que o empregador
não está obrigado a indemnizar o acidente que:
• For intencionalmente provocado pelo próprio sinistrado;
• Resultar de negligência indesculpável do sinistrado, por acto ou
omissão de ordens expressas, recebidas de pessoas a quem estiver
profissionalmente subordinado; dos actos da vítima que diminuam as
condições de segurança estabelecidas pelo empregador ou exigidas
pela natureza particular do trabalho;
• For consequência de ofensas corporais voluntárias, excepto se estas
tiverem relação imediata com outro acidente ou a vítima as tiver
sofrido devido à natureza das funções que desempenhe;
24/27
2.9. Doenças profissionais
Com base no nº 1 e 2 do artigo 224 da Lei nº 23/2007,
considera-se doença profissional toda a situação clínica que
urge localizada ou generalizada no organismo, de natureza
tóxica ou biológica, que resulte de actividade profissional e
directamente relacionada com ela.

25/27
3.CONCLUSÃO
Em gesto de conclusão, é de realçar que, tanto os benefícios sociai
quanto a higiene e segurança no trabalho, constituem um dos maiores
pilares para uma boa gestão na organização, ao qual gera benefícios
tanto para organização quanto para os funcionários. Nesse contexto, há
que considerar que todos estes conceitos estão intrinsecamente
ligados, pós todos visam garantir a o conforto e permanência de
funcionários competentes dentro da organização de forma que esta
possa alcançar as suas expectativas.

26/27
4.REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Chiavenato, I. (2014). Gestão de Pessoas: O novo papel dos recursos
humanos nas organizações. (4ª. ed.). São Paulo, Brasil: Editora
Manole.
• Chiavenato, I. (2009). Recursos Humanos. (9ª. ed.). Rio de Janeiro,
Brasil: Elsevier Editora.
• Levieque, A. (2011) Gestão de Recursos Humanos na Administração
Pública Moçambicana, Maputo, Moçambique: Sociedade Editorial,
Lda.
• Lei nº 23/2007, de 01 de Agosto (Lei do Trabalho).

27/27

Você também pode gostar