Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos

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Fundamentos de Teologia Católica

Curso de Licenciatura em
Contabilidade e Auditoria
2º Ano

AULAS 6 e 7
 Conteúdos
1. Evento Cristo: Quem é Jesus?-
Identidade de Jesus.
2. Algumas Respostas da época patrística
sobre a identidade de Jesus.
3. Respostas correctas dos Concílios sobre
a identidade de Jesus.
4. Respostas correctas da Sagrada
Escritura sobre a identidade de
Jesus.
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 AULA 6

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 1. Evento Cristo: Quem é
Jesus?
Várias e diversificadas foram as
respostas dadas a respeito da
identidade de Jesus. Enquanto Ele
vivia, esta pergunta foi por Ele feita
aos seus discípulos, da seguinte
maneira: ”Quem dizem os homens
que eu sou?” (Lc. 9,18).
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 Cont.
As respostas dos discípulos foram
várias, de entre elas temos:
 Uns dizem que és João Baptista;
 Outros dizem que és Elias;
 Outros ainda que és um dos
antigos profetas ressuscitado.

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 Cont.
Em seguida perguntou-lhes: “E vós,
quem dizeis que eu sou?”
Respondendo, Pedro, a esta pergunta
feita por Jesus sobre a sua real
identidade, disse:
 “Tu és o Cristo de Deus, o Filho do
Deus vivo” (Lc. 9,20).

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 2. Algumas respostas da época
patrística sobre a identidade de Jesus
2.1. Características da fé da época patrística
 Uma das características da fé da época
patrística é o monoteísmo radical e o
gnosticismo.
 O monoteísmo radical: afirma a unidade de
Deus e vê na afirmação da Trindade um grave
risco para a unicidade de Deus.

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 Cont.
E o Gnosticismo: é um movimento
religioso sincretista que oferece a
salvação através do conhecimento.
Ora, a preocupação excessiva pelo
monoteísmo radical conduziu às
respostas erróneas chamadas
heresias.
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 Cont.
 São chamadas por heresias pelo
Magistério da Igreja que é para
distingui-las das respostas
correctas sobre a identidade de
Jesus.

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 ALGUMAS HERESIAS
a) Gnosticismo (Séc. I-II d.C.): é uma
corrente de pensamento dualista que se
preocupa tanto com a redenção e salvação
entendidos como libertação da existência
material e corpórea. A ser assim, rejeita
tudo o que tenha relação com o corpo e
com a sexualidade, pois para os gnósticos
tudo isto pertence ao mundo decaído.
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 Cont.
 Esta corrente não admite a ideia da
encarnação de Deus em Jesus.
b)Docetismo (Séc. II d.C.): Esta é uma
corrente de pensamento que não
reconhece o corpo real de Jesus nem
a sua humanidade, pois eles afirmam
que Jesus tem um corpo aparente ou
apenas espiritual.
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 Cont.
Tal como os Gnósticos, os Docetistas negam a
possibilidade da encarnação do Verbo e fazem
do sofrimento na cruz uma ilusão ou teatro.
c) Adocionismo (Séc. II d.C.): corrente que
afirma que Jesus é filho adoptivo de Deus. Ele
é visto como um simples homem sobre o qual
desceu o Espírito de Deus. Os milagres por ele
praticados são uma prova de que o Espírito
Santo desceu sobre Ele sem que Ele seja
divino. Negam a sua divindade.
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 Cont.
d) Monarquismo (Séc. III d.C.): é
uma teoria que reivindica a unidade
absoluta de Deus, isto é, um só
princípio. Nela surgem duas
correntes:
Patripassionistas: afirmam que é
o Pai que sofre na cruz.
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 Cont.
Modalismo: segundo a qual Jesus assume
várias modalidades onde Ele se encarna,
sofre e morre.
e) Arianismo (Séc. IV, 318 d. C.): afirmava
que Jesus era inferior ao Pai e ensinava que
Jesus era “semelhante” ao Pai. Portanto,
Jesus é uma criatura, e não Deus, como o
Pai Criador.
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 Cont.

f) Apolinarismo (Séc. V-VI d.C.): defendia que Jesus

não tinha alma humana, pois a alma humana era
pecaminosa.
g) Nestorianismo (Séc. VIII d.C.): defendia que
Jesus tendo duas naturezas: a humana e a divina,
em Cristo há também duas pessoas (uma Pessoa
unida à Pessoa divina). Assim sendo, Maria não
seria a Mãe de Deus, mas apenas Mãe de Jesus-
Homem.
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 Cont.
Esta união de duas naturezas na mesma
pessoa, dá-se o nome de união hipostática.
h) Monofisismo (Séc. VIII d.C.): afirmava que
em Cristo havia uma só natureza. A natureza
divina “absorvendo a natureza humana”. Era
como se Jesus tivesse apenas a natureza
divina.

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i) Monotelismo (Séc. VII d.C.): Afirmava
que em Cristo há duas naturezas e uma
só vontade, a divina, desaparecendo
assim, o “querer humano” de Jesus. Em
681, com o terceiro Concílio de
Constantinopla, foi encerrada a questão
da existência de uma vontade em Jesus,
tendo ficado definido que em Jesus tem
vontade divina e vontade humana.
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 AULA 7

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3. Respostas Correctas dos Concílios
sobre a identidade de Jesus
Para a definição da verdadeira
identidade de Jesus foram realizados
quatro Concílios, a saber:
a) Concílio de Nicéia I (Duração do
Concílio: 20 de Maio a 25 de Julho de
325 d.C.): Neste Concílio foi definido
que Jesus é Deus, Deus
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 Cont.
verdadeiro Do Deus verdadeiro,
gerado e não criado,
Consubstancial ao Pai…
b) Concílio de Éfeso (Duração do
Concílio: 22 de Junho a 17 de
Julho de 431 d.C.): Aqui foi
definido que Jesus foi concebido

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 Cont.
pelo poder do Espírito Santo no seio da
virgem Maria.
Assim sendo, deve-se afirmar que Maria é a
mãe do Filho de Deus: aqui se encontra a
maternidade divina de Maria.
c) Concílio de Calcedónia (Duração do
Concílio: 8 de Outubro a 1 de Novembro
de 451 d.C.): foi condenado o monofisismo
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 Cont.
e definido, igualmente, a existência em
Jesus Cristo de duas naturezas completas
e perfeitas na unidade da pessoa, que é
divina.
d) Concílio de Constantinopla III (Duração
do Concílio: 7 de Novembro de 680 a 16
de Setembro 681 d.C.): foi condenado
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 Cont.
severamente o monotelismo.

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 4. Respostas correctas da Sagrada
Escritura sobre a Identidade de Jesus
Na Sagrada Escritura encontramos as
seguintes respostas sobre a identidade de
Jesus:
a) No prólogo de João encontramos
a verdadeira resposta sobre a
identidade de Jesus, onde diz:
“Jesus é o Verbo
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 Cont.

encarnado, é a Palavra feita carne (Jo. 1,14). Jesus

é o Filho, a segunda Pessoa da Santíssima
Trindade. E sendo a Segunda Pessoa da
Santíssima Trindade é, logicamente, Deus. É
assim que Ele é verdadeiro Deus e verdadeiro
homem.
 Jesus é a única pessoa da Santíssima Trindade
que se encarnou por nós homens e para a nossa
salvação. É Deus feito homem.
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 Cont.
É Deus mesmo que desceu dos Céus, veio entre
nós, para caminhar connosco. Porque o Deus
dos cristãos é um Deus próximo, que caminha
com o seu povo.
 Enquanto o Pai, a primeira Pessoa da Santíssima
Trindade é não gerada, é a fonte, é origem de
tudo (agenetos), o Filho, a segunda Pessoa é
gerada (genetos) e por sua vez o Espírito Santo,
a terceira Pessoa da SantíssimaTrindade
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Procede do Pai e do Filho. Portanto, enquanto o
Filho provém por via geração o Espírito Santo é
por via da processão.

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 OBRIGADO

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