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A NATUREZA TEANTRÓPICA DE CRISTO

INTRODUÇÃO

"Todo aquele que nega o Filho não tem o Pai; Aquele que reconhece o filho Ele
também tem o Pai (1 João 2:23). "Todo mundo que se perde e não permanece no
ensino de Cristo, não tem Deus, aquele que permanece no ensino tem Pai e filho (2
João 9). A encarnação: Deidade e humanidade na pessoa de Cristo o ensinamento
bíblico sobre a plena divindade e a plena humanidade de Cristo é tão amplo que
ambos foram acreditados desde os primeiros tempos na história da Igreja. O
apostolo João já combatia heresias que negavam a deidade e humanidade de Cristo,
ao longo da história da Igreja várias perspectivas se levantaram a respeito desse
assunto negando tais afirmativas, mas as escrituras nos traz toda a veracidade de
que a divindade e humanidade de Jesus estão unidas na pessoa de Cristo e isso é o
que chamamos de natureza teantrópica de Cristo. Mostraremos algumas
perspectivas heréticas e abordaremos provas bíblicas da afirmativa a respeito deste
assunto.
1. ENSINAMENTOS FALSOS SOBRE A DUPLA NATUREZA DE
CRISTO

O mistério das duas naturezas de Cristo tornou-se motivo de controvérsia entre


certos grupos cristãos a partir do primeiro século. Apareceram no seio do
cristianismo certos ensinamentos que foram posteriormente condenados e
rejeitados tanto pelos apóstolos como pelos pais da igreja.

Gnósticos. É provável que o gnosticismo tenha surgido como um segmento cristão,


no Egito, entre o fim do século I e o início do século II. Muitos escritos do
gnosticismo do segundo século foram encontrados, incluindo o chamado Evangelho
Segundo Tomé.

Os gnósticos formularam três conceitos diferentes:

1) Negavam a realidade do “corpo humano” de Cristo. Ensinavam que Cristo


apareceu na pessoa de Jesus, mas que este nunca foi realmente um ser humano. Tal
“Cristologia” é conhecida por docetismo (gr. dokeo, “aparecer” ou “parecer”). Para
eles, Jesus apenas se parecia com o homem. Toda a sua existência na terra teria sido
uma farsa; Ele teria fingido ser carne e sangue, visando ao bem dos discípulos.

2) Afirmavam que Cristo tinha um “corpo real”, mas negavam que fosse material.

3) Ensinavam uma “Criptologia” dualista, pela qual “Cristo” teria entrado em


“Jesus” no batismo e o abandonado pouco antes de sua morte. “Cristo” teria, por
exemplo, usado as cordas vocais de “Jesus” para ensinar os discípulos porém nunca
foi realmente um ser humano. Afirmava, portanto, que “Jesus” e “Cristo” eram duas
pessoas distintas

Há menções indiretas ao gnosticismo nas epístolas de João: “Porque já muitos


enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em
carne [como homem]. Este tal é o enganador e o anticristo” (2 Jo v.7). Como e por
que essa falácia surgiu entre os cristãos são perguntas sem respostas concretas.

Alguns estudiosos acreditam que Pedro também teria feito menção dos gnósticos
ao falar dos falsos mestres, que introduziriam, de modo sutil, heresias de perdição
no meio do povo de Deus. Tais enganadores (gnósticos?), naqueles dias, após
convence- rem cristãos a seguirem às suas dissoluções, exigiam deles que fizessem
uma confissão pública, a fim de negarem “o Senhor que os resgatou” (2 Pe 2.1,2).

Os gnósticos acreditavam na existência de Deus, mas, ao mesmo tempo, afirmavam


não ser possível conhecer a existência e a natureza divinas. Aceitavam a ideia da
emanação — ou platonismo —, doutrina pela qual diziam que tudo quanto existe
derivou-se do “Ser Supremo”, representado pelo Sol, cuja emanação mais forte é o
Filho. Um pouco mais distantes estão os seres angelicais; depois, os homens...
Enfim, Deus . Por isso, não existia um mediador que pudesse conduzir o homem a
Ele.

Eles eram também liberais; não aceitavam a autoridade de Cristo. Estudavam a


Bíblia como um livro qualquer. Até certo ponto aceitavam o sobrenatural, mas de
acordo com a sua maneira de pensar. Eram, ainda, triteístas: viam Jesus como
“Deus”, porém, de modo paradoxal, rejeitavam a sua deidade.

As Escrituras mostram que eles estavam enganados (Jo I. I; Fp 2.6; Ap 1.8; Hb 1.8).
E o Credo Atanasiano deixa claro que o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito
Santo é Deus: “Nesta Trindade nada é antes ou depois, nenhum é maior ou menor:
mas as três pessoas são co-eternas, unidas e iguais. As pessoas não são separadas,
mas distintas. A Trindade é composta de três Pessoas unidas sem existência
separada, tão completamente unidas, que formam um só Deus”.

Agnósticos. O termo “agnóstico” provém de duas palavras gregas: a, “não”,


egnosis, “conhecimento”. Empregado pela primeira vez por T. H. Huxley (1825-
1895), indicava literalmente “não-conhecimento”, numa oposição ao gnosticismo.

Os agnósticos procuravam negar a Deus e a sua existência, dizendo que não se pode
conhecê-lo. Ensinavam que a mente humana não podia conhecer a realidade;
negavam, pois, a Deus e o sacrifício redentor de Jesus Cristo pela humanidade
perdida.

Muitos cristãos dos primeiros séculos deram ouvidos às doutrinas agnósticas — e


também às gnósticas —, apesar de o Espírito Santo tê-los advertido
por meio dos escritores do Novo Testamento. Alguns estudiosos sugerem que as
religiões da Índia conseguiram iludir alguns cristãos egípcios, ou que estes teriam
sido influenciados pelas ideias sincréticas vigentes à época.

Nitidamente, o objetivo do agnosticismo e do gnosticismo era diminuir o Filho de


Deus, negando, aberta ou encobertamente, a sua deidade. Gnósticos e agnósticos,
certamente, faziam parte dos “muitos anticristos” (I Jo 2.18), uma vez que a sua
filosofia e os seus ensinamentos continham algo daquilo que os falsos cristos
procuravam ensinar.

Ebionitas. Os ebionitas — “pobres” ou “indigentes” — surgiram no começo do


século II. Eram judeus-cristãos que não abriram mão das cerimônias mosaicas.
Segundo Justino e Orígenes, havia dos tipos de ebionitas, os brandos e rígidos.

Os brandos, chamados de nazarenos, não denunciavam os crentes gentios que


rejeitavam a circuncisão e os sábados judaicos. Já os rígidos (sucessores dos
judaizantes dos tempos de Paulo) afirmavam que Jesus havia promulgado a Lei de
uma forma rígida; ensinavam que, quando ao ser batizado no Jordão, Ele foi
agraciado com poderes sobrenaturais. Mas todos eles negavam a realidade da
natureza divina de Cristo, considerando-o como mero homem sobrenaturalmente
encarnado.

Para os ebionitas, a crença na deidade de Cristo lhes parecia incompatível com o


monoteísmo. Um outro ponto discordante entre eles eram as epístolas de Paulo,
porque, nelas, este apóstolo reconhecia os gentios convertidos como cristãos e,
portanto, integrantes do corpo de Cristo.

Maniqueus. De origem persa, foram assim chamados em razão de seu fundador,


Mani, morto no ano de 276 por ordem do governo da Pérsia. O ensino deles dava
ênfase ao fato de o Universo compor-se dos reinos das trevas e da luz, bem como
ambos lutarem pelo domínio da natureza e do próprio homem. Recusavam Jesus;
criam num “Cristo Celestial”.

Severos quanto à obediência e ao ascetismo, renunciavam ao casamento. O apóstolo


Paulo profetizou acerca do surgimento dos maniqueus em I Timóteo 4.3:
“Proibindo o casamento, e ordenando a abstinência dos manjares que Deus criou
para os fiéis...” Eles foram perseguidos tanto por imperadores pagãos, como pelos
primitivos cristãos. Agostinho, em princípio, era maniqueu. Entretanto, depois de
sua conversão, escreveu contra o maniqueísmo.

Arianos. Ario foi presbítero de Alexandria, nascido por volta de 280, na Africa do
Norte, onde está atualmente a Líbia — não muitos detalhes de sua vida na História.
Os seus seguidores diziam que Cristo é o primeiro dos seres criados, através de
quem todas as outras coisas são feitas. Por antecipação, devido à glória que haveria
de ter no final, Ele é chamado de Logos, o Filho, o Unigênito.

Segundo os arianos, Jesus pode ser chamado de Deus, apesar de não possuir a
deidade no sentido pleno. Ele estaria limitado ao tempo da criação, ao contrário do
que diz a Palavra de Deus: “... ele [Jesus] é antes de todas as coisas, e todas as coisas
subsistem por ele” (Cl I.I7).

As heresias de Ario foram rejeitadas pelos cristãos de seu tempo. E um bispo de


Alexandria chamado Alexandre convocou um sínodo, em 321, depondo-o do
presbitério e o excluindo da comunhão da igreja. Em 325, no Concilio de Nicéia, o
arianismo foi condenado, e o ex-presbítero Ario, juntamente com dois de seus
amigos, banidos para a Ilíria.

Apolinarianos. Apolinário, bispo de Laodicéia a partir de 361, ensinou que a


pessoa única de Cristo possuía um corpo humano, mas não uma mente ou espírito
humanos. Além disso, para ele, a mente e o espírito de Cristo provinham da sua
natureza divina.

As ideias de Apolinário foram rejeitadas pelos líderes da igreja. Eles perceberam


que não somente o corpo humano necessitava de redenção; a mente e o espírito
(espírito+alma) humanos também. Nesse caso, Cristo tinha de ser plena e
verdadeiramente homem a fim de nos salvar de modo igualmente pleno (Hb 2.17).
Por isso, o apolinarianismo foi rejeitado pelos concílios, desde o de Alexandria, em
362, ao de Constantinopla, em 381.

Nestorianos. Ê a doutrina que ensinava a existência de duas pessoas separadas no


mesmo Cristo, uma humana e uma divina, em vez de duas naturezas em uma só
Pessoa. Nestor ou Nestório, como aparece em outras versões — nasceu em
Antioquia. Ali, tornou-se um pregador popular em sua cidade natal. Em 428,
tornou-se bispo de Constantinopla.
Embora ele mesmo nunca tenha ensinado essa posição herética que leva o seu nome,
em razão de uma combinação de diversos conflitos pessoais e de uma boa dose de
política eclesiástica, Nestor foi deposto do seu ofício de bispo, e seus ensinos,
condenados.

Não há nas Escrituras a indicação de que a natureza humana de Cristo seja outra
pessoa, capaz de fazer algo contrário à sua natureza divina. Não existe uma
indicação sequer de que as naturezas humana e divina conversavam uma com a
outra, ou travavam uma luta dentro de Cristo.

Ao contrário, vemos uma única Pessoa agindo em sua totalidade e unidade, e em


harmonia com o Pai (Jo 10.30; 14.23). A Bíblia não diz que Ele “por meio da
natureza humana fez isto” ou “por meio de sua natureza divina fez aquilo”, mas
sempre fala a respeito do que a Pessoa de Cristo realizou.

Eutiquístas. A ideia do eutiquismo acerca de Cristo é chamada de monofisismo —


ideia de que Cristo possuía uma só natureza (gr. monos, “uma”, e physis,

“natureza”). O primeiro defensor dessa idéia foi Êutico (378-454), líder de um


mosteiro em Constantinopla. Ele opunha-se ao nestorianismo, negando que as
naturezas humana e divina em Cristo tivessem permanecido plenamente humana e
plenamente divina

Êutico asseverava que a natureza humana de Cristo foi tomada e absorvida pela
divina, de modo que ambas foram mudadas em algum grau, resultando em uma
“terceira natureza”. Uma analogia ao eutiquismo pode ser vista quando pingamos
uma gota de tinta em um copo de água. A mistura resultante não é nem pura tinta
nem pura água, mas uma terceira substância.

Para Êutico, Jesus era uma “mistura dos elementos divinos e humanos”, na qual
ambas as naturezas teriam sido, em algum sentido, modificadas para formar uma
nova natureza. Assim, Cristo não era nem verdadeiramente Deus nem
verdadeiramente homem; não poderia, pois, representar-nos como Homem nem
como Deus.
2. A DEFINIÇÃO DE CALCEDÔNIA

Para tentar resolver os problemas levantados pelas controvérsias em torno da pessoa


de Cristo, convocou-se um amplo concílio eclesiástico na cidade de Calcedônia,
perto de Constantinopla (atual Istambul), realizado de 8 de outubro a 1º de
novembro de 451 d.C. A declaração resultante, chamada Definição de Calcedônia,
previne contra todos os pontos de vista expostos no artigo anterior . Ela tem sido
tornada desde então como a definição padrão, ortodoxa, do ensino Bíblico sobre a
pessoa de Cristo igualmente pelos ramos católicos, protestantes e Ortodoxos do
cristianismo. A declaração não é longa, e podemos citá-la por inteiro: “Fiéis aos
santos pais, todos nós, perfeitamente unânimes, ensinamos que se deve confessar
um só e mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, perfeito quanto à divindade, e
perfeito quanto à humanidade; verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem,
constando de alma racional e de corpo, consubstancial com o Pai, segundo a
divindade, e consubstancial a nós, segundo a humanidade; em tudo semelhante a
nós, excetuando o pecado; gerado segundo a divindade pelo Pai antes de todos os
séculos, e nestes últimos dias, segundo a humanidade, por nós e para nossa
salvação, nascido da virgem Maria, mãe de Deus; um e só mesmo Cristo, Filho,
Senhor, Unigênito, que se deve confessar, em duas naturezas, inconfundíveis,
imutáveis, indivisíveis, inseparáveis; a distinção de naturezas de modo algum é
anulada pela união, antes é preservada a propriedade de cada natureza, concorrendo
para formar uma só pessoa em uma subsistência; não separado nem dividido em
duas pessoas, mas um só e o mesmo Filho, o Unigênito, Verbo de Deus, o Senhor
Jesus Cristo, conforme os profetas desde o princípio acerca dele testemunharam, e
o mesmo Senhor Jesus nos ensinou, e o credo dos santos pais nos
transmitiu” (GRUDEN, 1994, p. 459-460)
3. A PESSOA DE CRISTO E AS SUAS NATUREZAS

Termo derivado de duas palavras da língua grega, a saber: Theos (Θεοσ = Deus) –
O termo quando traduzido com sua inicial maiúscula refere-se a divindade
especifica e, comumente, ao Deus único da nação de Israel.
antrôpos (ανθρωποσ = Ser humano, homem). A pessoa de Cristo é teantrópica,
mas não as suas naturezas. Só podemos falar de teantropia quando falamos
especificamente da pessoa de Cristo, e nunca quando falamos de suas naturezas.

A humanidade de Cristo

O nascimento virginal Quando falamos sobre a humanidade de Cristo, é apropriado


começar falando sobre o nascimento virginal de Cristo. As escrituras claramente
afirmar que Jesus foi concebido no ventre de sua mãe Maria através de a ação
miraculosa do Espírito Santo e sem um pai humano.

"O nascimento de Jesus, o Cristo, foi assim: Sua mãe, Maria, estava noiva casar
com José, mas antes de se juntar a ele, descobriu-se que ela estava grávida obra do
Espírito Santo (Mt 1:18). Logo depois disso um anjo do Senhor lhe disse José que
era casado com Maria: «José, filho de Davi, não tenha medo de receber Maria
porque a esposa concebeu pela obra do Espírito Santo "(Mt 1,20).
Então lemos que José "fez o que o anjo do Senhor lhe havia ordenado e recebeu
Maria para uma esposa mas ele não teve relações conjugais com ela até que ela deu
à luz um filho, a quem ele chamou Jesus "(Mt 1: 24-25). Encontramos esses mesmos
fatos confirmados no Evangelho de Lucas, onde lemos sobre a aparição do anjo
Gabriel a Maria. Depois do Anjo anunciou a ela que ela daria à luz um filho, Maria
disse: "Como isso pode acontecer, desde que eu sou virgem? "Ao que o anjo
respondeu:
O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra
Então [a criança que vai nascer será chamada santa] Filho de Deus (Lc 1,35).

A importância doutrinal do nascimento virginal pode ser vista pelo menos em


três coisas:

a. Isso mostra que a salvação deve vir em última instância do Senhor. Como Deus
havia prometido que a "semente" da mulher (Gn 3:15) destruiria o no final a
serpente, ele causou isso acontecer através de seu poder, não através de esforço
humano. O nascimento virginal de Cristo é um lembrete inconfundível que a
salvação nunca vem através do esforço humano, mas que é trabalho do próprio
Deus. Nossa salvação só ocorre através do trabalho sobrenatural de Deus, o gesto
tornou-se evidente no início da vida de Jesus, quando "Deus enviou seu Filho,
nascido de uma mulher, nascido sob a lei, para resgatar aqueles que eram sob a lei,
para que pudéssemos ser adotados como crianças "(Gal 4: 4-5).

b. O nascimento virginal possibilitou que uma pessoa se unisse em um só divindade


em sua plenitude e humanidade em sua plenitude.
Este foi o meio que Deus usado para enviar seu filho João 3:16; Gálatas 4: 4) para
o mundo como homem. Se pensarmos por um momento de outras maneiras
possíveis em que Cristo poderia ter vindo para a terra, nenhuma delas teria unido a
humanidade e a divindade tão claramente em uma pessoa para Deus, provavelmente
teria sido possível criar Jesus como um ser humano completo no céu e enviá-lo para
a terra sem a intervenção de um pai humano, mas então teria sido muito difícil para
nós vermos que Jesus era completamente humano como nós, nem ele teria sido
parte do raça humana que descende fisicamente de Adão. Por outro lado,
provavelmente Deus teria sido capaz de fazer Jesus vir a este mundo através de dois
pais humanos, pai e mãe, e com natureza divina unidos miraculosamente a sua
natureza humana em algum momento oportuno de sua vida. Mas então haveria de
ser difícil para nós entender como Jesus poderia ser completamente Deus, desde a
sua origem era como a nossa em todos os sentidos. Pensar nessas outras duas
possibilidades nos ajuda a entender como Deus, em sua sabedoria, Ele ordenou uma
combinação de influências humanas e divinas no nascimento de Cristo, para que
toda a sua humanidade fosse evidente para nós, em razão para o fato de seu
nascimento humano normal de uma mãe humana, e sua divindade completa foi
evidente no fato da concepção no ventre de Maria, através da poderosa obra do
Espírito Santo '.

c. O nascimento virginal também tornou possível a Jesus ser completamente


humano, mas sem a herança do pecado. Todos os seres humanos herdamos a culpa
legal e a natureza moral corrompida de nosso primeiro pai, Adão (o que às vezes é
chamado de "pecado herdado" ou "pecado") original »). Mas o fato de Jesus não ter
um pai humano significa que a linha de descendência de Adão foi parcialmente
interrompida. Jesus não descende de Adão exatamente da mesma maneira que
outros seres humanos eles descenderam de Adão. E isto nos ajuda a entender por
que a culpa legal e corrupção moral que outros seres humanos carregam, nós não a
encontramos Cristo Essa ideia parece estar indicada na declaração do anjo Gabriel
a Maria, quando diz:

«O Espírito Santo virá sobre você,


e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra
Então [a criança que vai nascer será chamada santa]
Filho de Deus »(Lc 1,35).

Porque o Espírito Santo causou a concepção de Jesus no ventre de Maria, Jesus foi
concebido pelo poder do Espírito Santo. Lucas 1:35 conecta essa concepção pelo
Espírito Santo com a santidade ou pureza moral de Cristo, e reflexão na verdade,
isso nos permite entender que, graças à ausência de um pai humano, Jesus não era
completamente um descendente de Adão, e essa interrupção da linha de
descendência foi o método que Deus usou para fazer Jesus completamente humano
sem herdar o pecado de Adão. Mas por que Jesus não herdou uma natureza
pecaminosa de Maria?

A Igreja Católica Romana responde a essa pergunta dizendo que a própria Maria
era livre do pecado, mas as Escrituras não ensinam isso e, de qualquer forma, não
resolve o problema (Maria não herdou o pecado de sua mãe?). Uma solução É
melhor dizer que a obra do Espírito Santo em Maria deve ter impedido
não só a transmissão do pecado de José (porque Jesus não tinha pai humano), mas
também, de maneira miraculosa, a transmissão do pecado de Maria: "O Espírito
Santo virá sobre você ... Então a criança sagrada que vai nascer será chamada Filho
de Deus (Lc 1, 35).
Tem sido comum, pelo menos nas gerações anteriores, para aqueles que não aceitam
a completa veracidade das Escrituras nega a doutrina do nascimento virginal de
Cristo, mas se nossas crenças vão ser governadas pelas declarações das Escrituras,
certamente não negaremos este ensinamento. Se podemos ou não
discernir alguns aspectos da importância doutrinária deste ensino, devemos Crer em
primeiro lugar porque as Escrituras afirmam isso. Claro, um milagre não é muito
fácil para o Deus que criou o universo e tudo o que há nele quem afirma que um
nascimento virginal é "impossível" é confessar sua própria descrença no Deus da
Bíblia. No entanto, além do fato que as Escrituras ensinam o nascimento virginal,
podemos ver que é doutrinariamente importante, e se vamos entender o
ensinamento bíblico sobre Pessoa de Cristo corretamente, é importante
começarmos com uma afirmação desta doutrina.

Debilidades de cristo
Fraquezas e limitações humanas.

a. Jesus tinha um corpo humano: o fato de que Jesus tinha um corpo humano como
podemos ver em muitas passagens das Escrituras. Ele nasceu como todos os outros
seres humanos nascem (Lc 2: 7). Cresceu como criança até a idade adulta como
todas as crianças. «A criança cresceu e fortalecido ele progrediu em sabedoria, e a
graça de Deus o acompanhou "(Lc 2:40). Além disso, Lucas nos diz que "Jesus
continuou a crescer em sabedoria e estatura, e graça diante de Deus e dos
homens"(Lc 2, 52).
Jesus se cansou como todos nós, porque lemos que "Jesus, cansado de no caminho,
ele sentou-se ao lado do poço” 3João 4: 6) em Samaria. Ele sentiu sede, porque
quando ele estava na cruz ele disse: "Estou com sede" João 19:28). Depois de ter
jejuado por quarenta dias no deserto, lemos que ele "estava com fome" (Mt 4: 2).
Às vezes ele se sentia fisicamente fraco, porque durante o tempo de suas tentações
no deserto ele jejuou por quarenta dias (ao ponto em que a força física das pessoas
esgota completamente e dano irreparável pode acontecer se o jejum continuar). E
Naquele momento "anjos vieram para servi-lo" (Mt 4:11), e aparentemente eles
cuidaram dele e forneceu-lhe com sustento até que ele recuperou suas energias para
sair do deserto. Quando Jesus estava a caminho do Gólgota para ser crucificado, os
soldados forçaram Simão, cireneu, a carregar a cruz (Lucas 23:26), muito
provavelmente porque Jesus estava tão enfraquecido depois dos cílios que ele tinha
sido dado que ele não tinha mais a força para carregá-lo sozinho. O culminar das
limitações de Jesus em termos de seu corpo físico, vemos quando Ele morreu na
cruz (Lc 23:46). Seu corpo humano deixou de ter vida e cessou suas funções, o
mesmo que em nossos corpos quando morremos. Jesus também ressuscitou dos
mortos em um corpo físico humano, embora aquele que era perfeito e não mais
sujeito às limitações da fraqueza, o doença ou morte. Ele mostrou-lhes
repetidamente aos seus discípulos que ele tinha um corpo físico autêntico: ele disse:
«Olhem para minhas mãos e meus pés. Sou eu! Toque-me e veja; um espírito não
tem carne nem ossos, como você vê, eu os tenho (Lc 24:39) Ele mostrou-lhes e
ensinou-lhes que ele tinha "carne e ossos" e que não era apenas um «Espírito» sem
corpo. Nós vemos uma outra evidência disso em que eles "deram a ele um pedaço
de peixe assado, ele tomou e comeu diante deles "(Lc 24:42; cf. v. 30; Jo 20: 17,
20, 27; 21: 9, 13). Neste mesmo corpo humano (embora fosse um corpo ressuscitado
que já era perfeito), Jesus também ascendeu ao céu. Ele disse antes de deixá-los: "
Vim do pai e entrei no mundo, todavia, deixo o mundo e vou para o pai »João 16:28;
cf. 17:11). A maneira como Jesus subiu o céu foi calculado para demonstrar a
continuidade entre a sua existência em um corpo físico aqui na terra e a
continuidade de sua existência naquele corpo no céu. Alguns versos depois de
quando Jesus lhes disse: "Um espírito não ele tem carne e ossos, como você vê que
eu tenho "(Lc 24:39), lemos no Evangelho de Lucas que Jesus "os levou a Betânia;
lá ele ergueu as mãos e abençoou-as. Aconteceu que, enquanto os abençoava, ele
se afastou deles e foi levado para o céu ". (Lc 24: 50-51) Nós também lemos em
Atos: "Enquanto eles estavam olhando para ele, ele foi levado às alturas até que
uma nuvem o escondeu de sua vista "(Atos 1: 9). Todos esses versos juntos
demonstram que, com relação ao corpo humano de Jesus, era como o nosso em
todos os sentidos antes da ressurreição, e depois de sua ressurreição ainda era um
corpo humano com "carne e ossos ", mas perfeitos, o tipo de corpo que teremos
quando Cristo retorna e também nos ressuscita dos mortos.
Jesus continua existindo naquele corpo no céu, como a ascensão tem o propósito de
nos ensinar.

b. Jesus tinha uma mente humana: o fato de que Jesus "continuou a crescer em
sabedoria (Lc 2, 52) nos diz que ele passou por um processo de aprendizado como
todo mundo as crianças Ele aprendeu a comer, a falar, a ler e a escrever e a ser
obediente ao seu pais (veja He 5: 8). Este processo de aprendizagem comum a todos
fazia parte da autêntica humanidade de Cristo. Nós também podemos ver que Jesus
tinha uma mente como a nossa quando ele fala do dia ele retornará à terra: "Mas
quanto ao dia e à hora, ninguém sabe, nem mesmo os anjos no céu, nem o Filho,
mas somente o Pai (Mr 13:32).

c. Jesus tinha uma alma humana e emoções humanas: vemos várias indicações
que Jesus tinha uma alma humana (ou espírito). Pouco antes de sua crucificação,
Jesus Ele disse: "Agora todo o meu ser está angustiado" (João 12:27). João nos fala
um pouco mais tarde: Dizendo isto, Jesus ficou profundamente angustiado João
13:21). Nos dois versos A palavra angústia representa o termo grego tarasso,
palavra usada com muitas vezes para se referir a pessoas com ansiedade ou de
repente surpreso por um perigo:
Além disso, antes da crucificação de Jesus, quando ele percebeu o sofrimento que
estava acontecendo Para enfrentar, ele disse: "A angústia que me invade é tão
grande, que sinto que estou morrendo" (Mt.26:38). Ele ficou "espantado" com a fé
de Centurião (Mt 8: 10). Ele chorou tristemente por causa da morte de Lázaro, Gn
11: 35). E ele orou com um coração cheio de emoção, porque "nos primeiros dias
de sua vida mortal, Jesus ofereceu orações e súplicas com forte choro e lágrimas
àquele que poderia salvá-lo da morte, e foi ouvido por sua reverente submissão "(Hb
5: 7). Além disso, o autor de Hebreus nos diz: "Embora ele fosse um Filho, através
do sofrimento ele aprendeu a obedecer; e consumado sua perfeição, ele se tornou o
autor da salvação eterno para todos os que lhe obedecem "(Hb 5: 8-9). Tudo
somado, se Jesus nunca pecou, como ele poderia "aprender obediência"?
Aparentemente, na época em que Jesus estava crescendo na maturidade, como todos
os outros filhos humanos, ele foi capaz de desenvolver responsabilidade moral.
Quanto mais ele fez tantas mais demandas poderia seus pais exigirem em termos de
obediência, e mais difíceis seriam as tarefas que os seu pai celestial poderia
designá-los para realizá-los de acordo com as forças de sua natureza humana. Com
cada tarefa que aumentou em dificuldade, mesmo quando envolvia algum
sofrimento (como He 5: 8 especifico), a capacidade moral de Jesus, sua a
capacidade de obedecer sob circunstâncias cada vez mais difíceis aumentou.
Podemos dizer que sua "fibra moral" foi fortalecida através de mais e mais
exercícios difícil. No entanto, em todo esse processo ele nunca pecou. A completa
ausência de pecado na vida de Jesus é muito notável por causa da tentações severas
que ele enfrentou, não só no deserto, mas ao longo de toda a sua vida. O autor de
Hebreus afirma que Jesus foi "tentado em tudo da mesma maneira que nós somos,
embora sem pecado "(4:15). O fato de ele ter enfrentado tentações significa que ele
tinha uma natureza humana autêntica que poderia ser tentada, porque as escrituras
dizem claramente que "Deus não pode ser tentado pelo mal" (Tg 1:13)

d. As pessoas próximas a Jesus o viram apenas como homem: Mateus nos informa
de um incidente surpreendente no meio do ministério de Jesus. Jesus havia viajado
por toda a Galiléia (ensinando nas sinagogas, anunciando as boas novas para o reino
e curando todas as enfermidades e doenças entre as pessoas que "grandes multidões
o seguiram" (Mt 4, 23-25), quando ele veio a Nazaré, o povo onde ele havia
crescido, seus vizinhos que o conheciam há tantos anos não o recebeu: Quando
Jesus terminou de contar essas parábolas, ele saiu de lá. Quando você chegar à sua
terra, Ele começou a ensinar as pessoas na sinagoga, aqueles que se maravilhavam
maravilhados: (Onde obteve tal sabedoria e tais poderes miraculosos? Não é ele o
filho do carpinteiro? Não é sua mãe chamada Maria; e eles não são seus irmãos
Jacó, José, Simão e Judas todas as suas irmãs não estão conosco? Então, onde você
conseguiu todos esses coisas? E eles ficaram escandalizados por causa dele. E por
causa de sua descrença, eu não fez ali muitos milagres (Mt 13: 53-58). Esta
passagem nos diz que as pessoas que o conheciam melhor, os vizinhos com aqueles
que viveram e trabalharam por trinta anos, eles só o viam como um homem comum,
um homem bom, sem dúvida, justo, gentil e sincero, mas certamente não é um
profeta de Deus que poderia fazer milagres e certamente não o próprio Deus na
carne.

Jesus era completamente divino em todos os sentidos - o que era verdadeiramente


Deus e homem em uma pessoa - nós ainda devemos reconhecer toda a força de uma
passagem como esta. Durante os primeiros trinta anos de sua vida, Jesus viveu vida
humana que era tão comum e atual que o povo de Nazaré que o conhecia melhor
eles ficaram surpresos que ele pudesse ensinar com autoridade e milagres de
trabalho. Eles o conheciam. Ele era um deles. Ele era o "filho do carpinteiro" (Mt
13:55), e ele mesmo era "o carpinteiro" (Mt 6: 3), tão comum e normal que eles
perguntaram: "Então, onde ele conseguiu todas essas coisas?" (Mt 13:56). Jesus nos
diz que "nem mesmo seus irmãos acreditavam nele" 7: 5).

Jesus foi completamente humano? Ele era tão humano que aqueles que viviam e
eles trabalharam com ele por trinta anos, e até mesmo seus irmãos que cresceram
juntos sob o mesmo teto, eles o viam apenas como um bom ser humano.
Aparentemente eles não tinham ideia de que Deus havia encarnado e vivido entre
eles.

Sem pecado

Embora o novo testamento declare com absoluta clareza Jesus era completamente
humano como somos, ele também afirma que Jesus foi diferente em um aspecto
importante: Ele era sem pecado e nunca cometeu pecado durante a sua vida humana.
Alguns se opuseram dizendo que Jesus ele não pecou, então ele não era
verdadeiramente humano, porque todos os seres humanos pecam. Mas quem faz
essa objeção não percebe que os seres humanos eles estão agora em uma situação
anormal. Deus não nos criou pecadores, mas santo e justo. Adão e Eva antes de
pecarem no Jardim do Éden foram verdadeiramente humanos, e nós agora, embora
humanos, não estamos à altura o jeito de ser que Deus quer para nós quando está
completamente restaurado nossa humanidade sem pecado.
A impecabilidade de Jesus é frequentemente ensinada no novo testamento. Vemos
sugestões deste início de sua vida, quando ele "progrediu em sabedoria, e a graça
de Deus o acompanhou "(Lc 2, 40). Então vemos que Satanás não teve sucesso em
sua tentativa de tentar Jesus, e que depois de quarenta dias ele não conseguiu
persuadir pecar «Então o diabo, tendo esgotado todos os meios de tentação,
ele deixou isto até outra oportunidade Lc 4:13). Nem vemos nos evangelhos
sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) sem evidência de falha ou erro por parte de
Jesus Para os judeus que se opunham a ele, Jesus perguntou: "Qual de vocês Pode
ele provar que sou culpado de pecado? ”João 8:46) e ninguém lhe respondeu. As
declarações sobre a impecabilidade de Jesus são mais explícitas no Evangelho de
João. Jesus fez a afirmação surpreendente: "Eu sou a luz do mundo" João 8:12). Se
entendermos que a luz representa a verdade e a pureza moral, Jesus é aqui
afirmando que ele é a fonte da verdade e pureza moral e santidade em o mundo, o
que é uma afirmação surpreendente, algo que só alguém poderia dizer que estava
livre do pecado. Além disso, em relação à obediência ao seu pai no céu, ele disse:
"Eu sempre faço o que lhe agrada" (em 8:29, o tempo presente nos dá o sentido de
uma atividade contínua: "Estou sempre fazendo o que agrada". No final de sua vida,
Jesus poderia dizer: "Assim como eu tenho obedecido aos mandamentos do meu
pai e eu permanecemos em seu amor (em 15:10). É significativo que quando Jesus
estava sendo julgado antes de Pilatos, apesar das acusações do Judeus, Pilatos
chegou à conclusão: "Eu não acho que ele é culpado. No livro de Atos a Jesus, eles
o chamam várias vezes: “Santo e Justo”, ou se referem para ele com expressões
similares (veja Atos 2:27; 3:14; 4:30; 7:52; 13:35). Quando Paulo fala sobre Jesus
vindo para viver como um homem é muito cuidadoso para não dizer que Jesus veio
"na carne do pecado", mas diz que "Deus envia seu Filho em semelhança da carne
do pecado "(Romanos 8: 3, RVR 1960). E se refere a Jesus como o "aquele que não
cometeu nenhum, para nós Deus o tratou como um pecador" (2Co 5:21). O autor
de Hebreus afirma que Jesus foi tentado, mas ao mesmo tempo insiste que Ele não
pecou: "Mas aquele que foi tentado em tudo da mesma forma que nós somos,
embora sem pecado "(4:15). Ele é um sumo sacerdote que é "santo, sem culpa, puro,
separado dos pecadores e exaltado acima dos céus "(He 7:26). Pedro fala de Jesus
como "um cordeiro sem defeito" (1 Pedro 1:19), usando as imagens do Antigo
Testamento para afirmar que está livre de todas as falhas morais. Pedro afirma
diretamente: "Ele não cometeu nenhum pecado, houve engano em sua boca" (1
Pedro 2:22) Quando Jesus morreu, ele era "o justo para o injusto, a fim de trazê-lo
para você a Deus (1 Pedro 3:18). E João, em sua primeira epístola, chama Jesus de
"Jesus Cristo, Apenas (1 João 2: 1) e diz: e ele não tem pecado (1 Jo 3:15). É difícil
negar, então que a impecabilidade de Cristo é claramente ensinada nos mais
elementos importantes do Novo Testamento. Ele era verdadeiramente homem, mas
sem pecado.

Em relação à impecabilidade de Jesus, devemos notar em mais detalhes a natureza


das tentações no deserto (Mt 4: 1-11; Mr 1: 12-13; Lc 4: 1-13). Em essência dessas
tentações foi uma tentativa de convencer Jesus a sair do caminho difícil de
obediência e sofrimento que foi preparado para ele como o Messias.
Jesus foi "conduzido pelo Espírito ao deserto. Lá ele ficou por quarenta dias e foi
tentado pelo diabo (Lc 4, 1-2). De muitas maneiras, essa tentação foi semelhante ao
julgamento que Adão e Eva enfrentaram no Jardim do Éden, mas foi muito mais
difícil. Adão e Eva temem a comunhão com Deus e um com o outro e a abundância
de todos os tipos de comida, e eles só foram orientados a não comer de uma árvore.
Por ele caso contrário, Jesus não tinha companheirismo humano com ninguém e
nada para comer, e depois de jejuar por quarenta dias eu estava à beira da exaustão
física em ambos os casos, o tipo de obediência que era exigido não era obediência
a um princípio moral eterno enraizado no caráter de Deus, mas um teste de
obediência pura e simples a um mandato específico de Deus. Com Adão e Eva, um
que Deus lhes havia dito para não comer da árvore do conhecimento do bem e do
mal, a questão era se obedeceriam porque Deus lhes havia dito para não comer.
Ao todo, ele veio para obedecer a Deus de uma maneira perfeita em nosso lugar, e
fazer isso como um homem. Isso significa que ele teve que obedecer baseado apenas
em suas próprias forças humanas. Se tivesse invocado seus poderes divinos para
tornar a tentação mais fácil para ele, não teria obedecido a Deus completamente
como homem.

A tentação consistiu em "manipular" um pouco os requisitos e fazer com que a


obediência resulte alguma maneira mais fácil. Mas Jesus, ao contrário de Adão e
Eva, recusou-se a comer quando parecia que era bom e necessário para ele,
preferindo antes obedecer ao mandamento de seu Pai celestial.

A tentação de se curvar e adorar a Satanás por um momento e receber autoridade


em "todos os reinos do mundo" (Lc 4: 5) foi a tentação de receber o poder não
através do caminho da obediência de uma vida ao seu Pai celestial, mas
subentendendo-se erroneamente ao príncipe das trevas. Jesus novamente rejeitado
este caminho aparentemente fácil e escolheu o caminho da obediência que o levou
para a cruz. Da mesma forma, a tentação de se atirar do topo do pináculo do templo
(Lucas 4: 9-11) foi a tentação de "forçar" Deus a realizar um milagre e resgatá-lo
de maneira espetacular, e assim atrair uma multidão de seguidores sem ter que
seguir o caminho difícil que estava à frente, que incluiu três anos de ministério para
as pessoas em suas necessidades, ensinar com autoridade e ser um exemplo de
absoluta santidade em sua vida em meio a dura oposição. Mas Jesus novamente ele
resistiu ao "caminho fácil" para o cumprimento de seus objetivos como Messias (de
novo, um caminho que na realidade não o teria levado a atingir esses objetivos
em nenhum sentido).Estas tentações foram verdadeiramente o culminar de um
processo moral de todos uma vida de fortalecimento e amadurecimento que
aconteceu durante toda a infância e início da idade adulta de Jesus, como ele foi
"crescendo em sabedoria e estatura, e cada vez que ele gostava mais do favor de
Deus (Lc 2, 52) e pelo sofrimento aprendeu a obedecer (Hb 5: 8) Nessas tentações
no deserto e nas várias tentações que ele teve que fosse durante os trinta e três anos
de sua vida, Cristo obedeceu a Deus em nosso lugar e como nosso representante, e
triunfou onde Adão falhou, onde o povo de Israel no deserto falhou, e onde nós
temos falhado . (Romanos 5: 18-19).

Por que a humanidade completa de jesus era necessária?

Quando João escreveu sua primeira epístola, circulou um ensino herético entre as
igrejas que diziam que Jesus não era homem essa heresia veio a ser conhecida como
docetismo. Séria era a negação da verdade sobre Cristo, que João poderia dizer que
era uma doutrina do anticristo: "Nisto você pode discernir quem tem o Espírito de
Deus: todo profeta que reconhece que Jesus Cristo veio em um corpo humano, é de
Deus; todo profeta que não reconhece Jesus não é de Deus, mas do anticristo » (1
Jo 4: 2-3). O apóstolo entendeu que negar a verdadeira humanidade de Jesus era
negar algo que era essencial no cristianismo, para que todos que negassem que Jesus
veio em carne não veio de Deus. Ao examinarmos o Novo Testamento, vemos
várias razões pelas quais Jesus tinha que ser completamente humano se ele fosse o
Messias e vencer nossa salvação Podemos mencionar aqui sete dessas razões.

1. Por obediência representativa. Jesus foi nosso representante e obedecido por


nós onde Adão falhou e desobedeceu. Nós vemos isso no paralelismo entre a
tentação de Jesus (Lc 4: 1-13) e o tempo do julgamento de Adão e Eva em
o jardim do Éden (João 2: 15-3: 7). Também aparece claramente refletido nas
reflexões de Paulo sobre o paralelismo entre Adão e Cristo, e na desobediência de
Adão e obediência de Cristo: Portanto, assim como uma simples transgressão
causou a condenação de todos, também um único ato de justiça produziu a
justificativa que dá vida a todos. Porque assim como pela desobediência de um,
muitos foram feitos pecadores também obediência parlamentar de apenas um,
muitos serão constituídos justos (Rm 5: 18-19).
É por isso que Paulo pode chamar a Cristo de "o último Adão" (1Co 15:45) e pode
chamar a Adão o "primeiro homem" e a Cristo o "segundo homem" (1Co 15:47).
tinha que ser um homem para ser nosso representante e obedecer em nossa lugar.

2. Seja um sacrifício vicário: se Jesus não fosse homem, ele não poderia ter
morrer em nosso lugar e pagar a punição que era nossa por direito. O autor de
Hebreus nos diz que "certamente, ele não veio em auxílio dos anjos, mas dos
descendentes de Abraão. É por isso que era necessário que em tudo se assemelhasse
ao seu irmãos, para ser um sumo sacerdote fiel e misericordioso no serviço de Deus,
para expiar os pecados do povo (Hb 2: 16-17, ver v. 14). Jesus teve que ser um
homem, não um anjo, porque Deus estava preocupado com a salvação dos homens,
não os anjos. Mas para fazer isso "era necessário que tudo se assemelhasse a seus
irmãos ", a fim de que ele expiace nossos pecados, o sacrifício que é substituição
aceitável de nós. É importante termos em mente que, a menos que Cristo fosse
completamente humano, ele não poderia morrer para pagar a pena pelos pecados
do homem. Ele não poderia ser um sacrifício para nos substituir.
3. Ser o único mediador entre Deus e os homens: porque éramos longe de Deus
por causa do pecado, precisávamos de alguém para ficar entre Deus e nós e ele nos
levará de volta para ele. Nós precisávamos de um mediador para nos representar
diante de Deus e representar Deus diante de nós. Há apenas uma pessoa que já
cumpriu essa função: Porque há um só Deus e um mediador entre Deus e os homens,
Jesus Cristo homem "(1 Timotio . 2: 5). Para cumprir essa função de mediador,
Jesus teve que ser completamente homem e ao mesmo tempo completamente Deus.

4. Para cumprir o propósito original de Deus para o homem governar o


Criação: Entramos no propósito de Deus ao criar o homem, Deus colocou a
humanidade na terra para dominá-lo e governá-lo como seu representante.
Mas o homem não cumpriu esse propósito, mas caiu no pecado o autor de Hebreus
percebe que a intenção de Deus era colocar todos coisas sob a sujeição do homem,
mas reconhece: Todas as coisas lhe sujeitaste debaixo dos pés.Ora, visto que lhe
sujeitou todas as coisas, nada deixou que lhe não esteja sujeito. Mas agora ainda
não vemos que todas as coisas lhe estejam sujeitas. (He 2: 8).
Então Quando Jesus veio como homem, ele foi capaz de obedecer a Deus e desse
modo adquiriu o direito de subjugar a criação como homem e, assim, cumprir com
o propósito original de Deus em colocar o homem na terra. Hebreus reconhece isso
quando ele agora diz: "Nós vemos Jesus" em um lugar de autoridade sobre o
universo ", coroado com honra e glória" (He 2: 9, da mesma frase no v. 7). Jesus
havia de fato recebido "toda autoridade no céu e na terra" (Mt 28,18), e Deus
"sujeitou todas as coisas ao domínio de Cristo" (Ef 1:22). E certamente nós um dia
nós reinaremos com ele no trono (Apocalipse 3:21) e nós experimentaremos, em
sujeição a Cristo nosso Senhor, o cumprimento do propósito de Deus de reinar na
terra (Lucas 19:17, 19; 1 Corintios 6: 3). Jesus tinha que ser homem para poder
cumprir o propósito original de Deus para o homem reinar sobre a sua criação.

5. Para ser o nosso exemplo e modelo na vida: João nos diz: Aquele que
permanece nele, ele deve viver como ele viveu "(1 Jo 2: 6), e ele nos lembra que
" quando Cristo vier seremos como ele "e esta esperança de conformidade com o
caráter de Cristo em o futuro agora nos dá uma crescente pureza moral em nossas
vidas (1Jo 3: 2-3). Pedro nos diz que "somos transformados à sua semelhança" (2
Pedro 3:18), e dessa maneira estamos progredindo em direção ao objetivo pelo qual
Deus nos salvou, que somos "Transformado segundo a imagem do seu Filho"
(Romanos 8:29). Pedro nos diz que temos considerar o exemplo de Cristo
especialmente no sofrimento: "Cristo Ele sofreu por você, dando-lhe um exemplo
para seguir os seus passos "(1 Pe 2:21). Se nos desanimarmos por hostilidade e
oposição dos pecadores, temos que considerar "aquele que perseverou em face de
tanta
oposição por parte dos pecadores) (Hb 12: 3). Jesus também é nosso exemplo na
morte. O objetivo de Paulo é "tornar-se como ele em sua morte") ( Atos 7:60; 1 P
3: 17-18 com 4: 1). Nosso objetivo deve ser semelhante a Cristo todos os dias da
nossa vida, até o momento da morte, e morrer com obediência inabalável a Deus,
com forte confiança nele e com amor e perdão por outros. Jesus teve que se tornar
um homem como nós para viver como nosso exemplo e modelo de vida.

6. Para ser o modelo de nossos corpos redimidos: Paulo nos diz a respeito da
ressureição de Cristo: ‘Assim também a ressurreição dentre os mortos. Semeia-se
o corpo em corrupção; ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia,
ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor. Semeia-se
corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo
espiritual.’ (1ª Ca 15: 42-44). Este novo corpo da ressurreição que Jesus teve
quando ele se levantou da sepultura é o modelo que mostra como nossos corpos
serão quando ressuscitarem dos mortos, porque Cristo é "as primícias") (1Co
15:23). Esta é uma metáfora retirada da agricultura que se assemelha a Cristo nos
primeiros sinais da colheita, que indicam que os outros frutos da colheita serão
semelhantes. Nós agora temos um corpo físico como o de Adão, mas teremos um
como o de Cristo: "e assim por diante. Ao tomarmos a imagem desse homem
terreno, também levaremos a imagem do celestial) (1Co 15:49). Jesus teve que ser
ressuscitado como homem para ser o "primogênito da ressurreição" (Cl 1:18), o
modelo dos corpos que nós teríamos depois.

7. Para simpatizar como sumo sacerdote: O autor de Hebreus nos lembra que
"porque ele mesmo sofreu a tentação, ele pode ajudar aqueles que são tentados) Hb
2:18, cf. 4: 15-16). Se Jesus não fosse homem, ele não teria sido capaz para saber
da experiência tudo o que temos em nossa tentações e lutas nesta vida. Mas porque
ele viveu como homem ele está em posição de simpatizar plenamente com nossas
experiências ".

Jesus será um homem para sempre?

Jesus não deixou de lado sua natureza humana depois de sua morte e ressurreição,
porque ele apareceu aos seus discípulos como um homem após a ressurreição,
mesmo com as cicatrizes dos cravos nas mãos ( João 20: 25-27). Ele tinha "carne e
ossos" (Lc 24:39) e ele tomava comida (Lc 24: 41-42). Mais tarde, enquanto
conversava com seus discípulos, ele foi levado para o Céu, ainda em seu corpo
ressuscitado, e dois anjos prometeram que ele retornaria da mesma maneira: "Este
mesmo Jesus, que foi levado de entre você para céu, ele virá novamente da mesma
maneira que o viram ir "(Atos 1:11). Tempo depois, Estêvão olhou para o céu e viu
Jesus ", o Filho do Homem à direita de Deus (Atos 7:56). Jesus também apareceu a
Saulo no caminho para Damasco e Ele disse: "Eu sou Jesus, a quem você persegue"
(Atos 9: 5), uma aparição que Saulo (Paulo) mais tarde ele igualou as aparições da
ressurreição para os outros (1Co 9: 1; 15: 8). Nas visões de João em Apocalipse,
Jesus ainda aparece como "semelhante a Filho do Homem "(Ap 1:13), embora ele
esteja vestido com grande glória e poder, e sua Aparência faz João cair a seus pés
cheio de admiração (Ap 1: 13-17). Ele promete que um dia ele beberá novamente
do fruto da videira com seus discípulos no reino do seu Pai (Mt 26:29) e nos convida
a uma grande festa de casamento no céu (Ap 19: 9). Além disso, Jesus continuará
exercendo seus ofícios, todos eles realizados em virtude do fato de que ele é tanto
Deus e homem para sempre. Todos esses textos indicam que Jesus não se tornou
um homem temporariamente, mas que sua natureza divina estava permanentemente
ligada à sua natureza humana, e que vive para sempre não só como o eterno Filho
de Deus, a segunda pessoa do Trindade, mas também como Jesus, o homem que
nasceu de Maria, e como Cristo, o Messias e Salvador do povo. Jesus permanecerá
completamente Deus e homem, em uma pessoa, para sempre.
A divindade de cristo

Cristo é completamente humano, e também completamente divino. Embora a


palavra não apareça explicitamente nas Escrituras, a igreja tem usado o termo
encarnação para se referir ao fato de que Jesus é Deus em carne. A prova bíblica da
divindade de Cristo é muito ampla na Novo Testamento. Vamos examiná-lo em
algumas categorias.

Algumas declarações das Escrituras que Jesus é Deus ou que ele é divino.

a. A palavra Deus é usada para se referir a Cristo: embora a palavra "Deus" é


geralmente reservado no Novo Testamento para Deus Pai, encontramos
várias passagens onde é usado para se referir a Jesus Cristo. Em todas essas
passagens a palavra "Deus" é usada no sentido forte para se referir àquele
que é o Criador do céu e da terra, aquele que reina sobre todas as coisas.
Essas passagens incluem João 1:1; 1:18 (nos melhores e mais antigos
manuscritos); 20:28; Romanos 9: 5; Tito 2:13; Hebreus 1: 8 (citando Sl 45:
6); e 2 Pedro 1: 1.'8. É o suficiente para notar que há pelo menos sete dessas
passagens claro no Novo Testamento que se refere explicitamente a Jesus
como Deus. Um exemplo do Antigo Testamento do nome Deus aplicado a
Cristo na bem conhecida passagem messiânica de Isaías 9: 6:

‘Porque uma criança nasce para nós, uma criança nos é dada; e o principado sobre
os seus ombros; e seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz.’’ ( versão espanhola)

b. A palavra Senhor (Kyrios) é usada para se referir a Cristo: Às vezes a palavra Senhor (gr.
Kyrios) foi usado simplesmente como uma maneira educada de tratar um superior, semelhante
à nossa palavra senhor (veja Mt 13:27; 21:30; 27:63; Jo 4:11). Outras vezes só pode significar
"mestre" de um servo ou escravo (Mt 6:24; 21:40). No entanto, essa mesma palavra é usada na
Septuaginta (a tradução grega do AntigoTestamento que era comumente usado no tempo de
Cristo) como tradução do hebraico yhwh, "Yahweh", ou (como tem sido freqüentemente
traduzido) ‘Jeová’. A palavra kyrios é usada 6,814 vezes para traduzir o nome do Senhor no
grego do Antigo Testamento.
Portanto, qualquer leitor com conhecimento no grego do Novo Testamento, que tenha algum
conhecimento do Antigo Testamento em grego teria reconhecido que, em contextos onde era
apropriado, a palavra "Senhor" era o nome daquele ser reconhecido como o Criador e
sustentador do céu e da terra, o Deus onipotente. Há muitos casos no Novo Testamento onde
"Senhor" é usado para se referir a Cristo naqueles que só podem ser entendidos com seu forte
senso do Antigo Testamento, "O Senhor", que é Jeová ou o próprio Deus. Este uso da palavra
"Senhor" é bastante surpreendente nas palavras do anjo aos pastores em Belém:

"Hoje ele tem nascido na cidade de Davi, Salvador, que é o Cristo, o Senhor "(Lc
2, 11). Embora estas palavras soam familiares para nós através da nossa leitura
frequente da história da Natal, devemos perceber o quão surpreendente soaria aos
judeus do primeiro século para ouvir que alguém nascido como um bebê era o
"Cristo" (ou "Messias"), e, além disso, que aquele que era o Messias também era "o
Senhor", isto é, o próprio Deus. A incrível força da declaração do anjo, que os
pastores mal podiam acreditar, foi que ele disse, essencialmente: "Hoje em Belém
nasceu uma criança que é seu Salvador e seu Messias, e que é o próprio Deus ”.
Não é por nada "quem ouviu que ficou espantado com o que os pastores disseram"
(Lc 2:18). Quando Maria foi visitar Isabel vários meses antes de Jesus nascer, Isabel
disse: ‘’Mas como é que a mãe do meu Senhor vem me ver’’ (Lc1:43).
Isabel não podia usar palavra "Senhor" para significar algo semelhante a um
"mestre". Nós vemos outro exemplo quando Mateus diz que João Batista é aquele
que clama no deserto dizendo: "Prepare o caminho para o Senhor, faça caminhos
retos para ele (Mt 3: 3) Ao dizer isso, João está citando Isaías 40: 3, que nos fala
sobre Deus o mesmo que vem a ser entre o seu povo. Mas o contexto aplica essa
passagem ao papel de João para preparar o caminho para a vinda de Jesus. A
implicação é que quando Jesus chega, o próprio Senhor chega. Jesus também se
identifica como o soberano Senhor do Antigo Testamento quando ele pergunta aos
fariseus sobre o Salmo 110: 1: "O Senhor disse a meu senhor: Sente-se à minha
direita, até que eu coloque seus inimigos sob o meu pés (Mt 22:44). A força desta
declaração está em "Deus o Pai diz a Deus o Filho [o Senhor de Davi]: Senta-te à
minha direita ... . Os fariseus sabem que ele está falando sobre si mesmo e se
identificando como alguém digno de o título de kyrios, "Senhor", do Antigo
Testamento.

Por que a divindade de Jesus é necessária?

Na seção anterior nós mencionamos várias razões pelas quais era necessário que
Jesus fosse completamente homem em ordem para ganhar nossa redenção. Aqui é
apropriado que reconheçamos que é de vital importância que também insistimos na
plena divindade de Cristo, não só porque as escrituras ensinam isso claramente, mas
também porque (1) somente o Deus infinito traz sobre si todo o castigo de todos os
pecados de todos que crerem nele. Qualquer outra criatura finita não poderia ter
suportado essa punição; (2) salvação vem do Senhor (2: 9) e toda a mensagem das
Escrituras é projetada para mostrar que nenhum ser humano, nenhuma criatura,
poderia ter salvado o homem, só Deus poderia; e (3) apenas alguém que foi
verdadeira e completamente Deus poderia ser o mediador entre Deus e o homem (1
Timóteo 2: 5), para trazê-lo de volta a Deus e tornar Deus conhecido da maneira
mais completa (Jo 14: 9). Então, se Jesus não é completamente Deus, nós não temos
salvação e no final nem o cristianismo. Não é por acaso que ao longo da história
esses grupos que abandonaram a crença na plena divindade de Cristo não
permaneceram por um longo tempo dentro da fé cristã, mas eles logo se perderam.

Outras fortes declarações de divindade:

Além do uso da palavra Deus e Senhor para se referir a Cristo, temos outras
passagens que afirmam firmemente a divindade de Cristo. Quando Jesus disse a
seus oponentes judeus que Abraão alegrou-se quando ele viu o seu dia (dia de
Cristo), eles o confrontaram: "Nem mesmo cinquenta anos, você chega?" Viste
Abraão? João 8:57). Aqui está uma resposta suficiente para provar a eternidade
de Jesus teria sido: "Antes de Abraão, eu era". Em vez disso, ele faz uma declaração
muito mais surpreendente: "Garanto-lhe que, antes que Abraão nasceu, eu sou! João
8:58). Jesus combina duas declarações cuja sequência Não parece fazer sentido:
"Antes que algo acontecesse no passado [Abraão nasceu], algo no presente
aconteceu [eu sou] . Os líderes judeus reconhecidos imediatamente ele não estava
falando em enigmas ou absurdos.
Quando ele disse "eu sou" ele estava repetindo as mesmas palavras que Deus usou
para identifique-se diante de Moisés como "Eu sou quem sou" (Êxodo 3:14).
tomando para si o título "Eu Sou", pelo qual Deus declarou que ele era um Ser de
existência eterna, o Deus que é a fonte de sua própria existência e que sempre tem
sido e sempre será. Quando os judeus ouviram esta declaração solene e
enfaticamente, eles sabiam que ele estava reivindicando ser Deus. ‘’Então os judeus
tomaram pedras para atirar neles, mas Jesus escondeu e passou despercebido do
templo’’(João 8:59) .

Outra forte afirmação sobre a divindade é a declaração de Jesus no final do


Apocalipse: ‘’Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o
Fim’’ (Ap 22:13). Quando isso é combinado com a declaração de Deus Pai em
Apocalipse 1: 8, "Eu sou o Alfa e o Ômega", é também uma forte declaração isso
equivale a sua divindade com a de Deus Pai. Jesus é soberano sobre toda a história
e toda a criação, ele é o começo e o fim. Em João 1: João não apenas chama Jesus
de "Deus", mas também se refere a ele como "a Palavra" (por exemplo, logos, a
Palavra). Os leitores de João reconheceriam neste termo logos uma dupla referência
à poderosa e criativa Palavra de Deus no Antigo testamento através do qual os céus
e a terra foram criados (Sl 33: 6) e no início organizador e unificador do universo,
aquilo que, no pensamento grego, mantém tudo junto e permite que faça sentido.
João está identificando Jesus com ambas as idéias e está dizendo que ele não é
apenas a palavra poderosa criador de Deus e da força organizadora e unificadora no
universo, mas que Ele também se tornou homem: "E o Verbo se fez homem e
habitou entre nós contemplamos a sua glória, a glória que corresponde ao Filho
unigênito do Pai cheio de graça e verdade’’ João 1: 14). Aqui encontramos outra
declaração forte divindade ligada a uma declaração explícita de que Jesus também
foi feito homem e viveu entre nós como homem.

Outras evidências das afirmações da divindade podem ser encontradas no fato de


que Jesus se chamava "o Filho do Homem". Este título aparece oitenta e quatro
vezes nos quatro evangelhos, mas só Jesus usa e só para falar de si mesmo (note,
por exemplo, Mt 16:13 com Lc 9:18). No resto do Novo Testamento
a frase "o Filho do Homem" (com o artigo definido "o") é usada apenas uma vez,
em Atos 7:56, onde Estevão se refere a Cristo como o Filho do Homem. Este termo
único tem o seu pano de fundo na visão de Daniel 7, onde Daniel viu um semelhante
a um "Filho do Homem" que "aproximou-se do venerável ancião" e foi-lhe dada
"autoridade, poder e majestade. Todos os povos, nações e línguas o adoravam! Seu
domínio é um domínio eterno, que não passará, e seu reino nunca será destruído!
(Dn 7: 13-14). É incrível que esse "filho do homem" tenha vindo com "as nuvens
do céu "(Dan 7:13). Esta passagem fala claramente de alguém de origem celestial e
essa autoridade eterna foi dada ao mundo inteiro. Aos sumos sacerdotes esta
passagem não passou despercebida quando Jesus disse: "De agora em diante você
verá o Filho do homem assentado à direita do Todo-Poderoso e descendo nas
nuvens do céu "(Mt 26:64). A referência a Daniel 7: 13-14 era inconfundível, e o
sumo sacerdote e os membros do conselho sabiam que Jesus estava reivindicando
ser o soberano do mundo eterno de origem celestial da visão de Daniel.
Imediatamente eles disseram: "Ele blasfemou ... Ele merece a morte" (Mt 26: 65-
66).

Embora o título "Filho de Deus" possa às vezes ser usado para se referir a Israel
(Mt 2:15), ou homem como criado por Deus (Lc 2:38), ou geralmente homem
redimidos (Ro 8: 14,19,23), há, no entanto, casos em que a expressão "Filho de
Deus "refere-se a Jesus como o eterno e celeste Filho que é igual ao próprio Deus
(veja Mt 11: 25-30; 17: 5; 1Ca 15:28; He 1: 1-3,5,8). Isto é especialmente verdade
no Evangelho de João, onde vemos Jesus como o único Filho do Pai João 1: 14,18,
34,49) que revela completamente o Pai João 8:19; 14: 9). Como um filho ele é tão
grande que podemos confiar nele para a vida eterna (algo que não pode ser dito
sobre os seres criado: Jo 3: 16,36; 20:31). Ele é também aquele que tem toda a
autoridade do Pai para dar a vida, determinar o julgamento eterno e reinar sobre
todos João 3:36; 5:20, 25; 10:17; 16:15). Como Filho ele foi enviado pelo Pai e,
portanto, existia desde antes da criação do mundo João 3:17; 5:23; 10:36).
Os três primeiros versos de Hebreus enfatizam que o Filho é a quem Deus "designou
herdeiro de todos, e através dele fez o universo" (Hb 1: 2) Este Filho, diz o escritor,
"é o resplendor da glória de Deus, a imagem fiel [lit. é a "duplicata exata", gr.
carakter] do que ele é, e quem tem sustentado todas as coisas com a sua palavra
poderosa (Hb 1: 3). Jesus é a duplicação exata da ‘’natureza’’ (Ou seja, gr.
Hypostasis) de Deus, fazendo-o exatamente como Deus em cada atributo. Além
disso, ele continuamente sustenta o universo por "sua palavra" poderoso ", algo que
só Deus poderia fazer. Essas passagens se combinam para indicar que o título "Filho
de Deus", quando se aplica a Cristo, afirma firmemente sua divindade como o
eterno Filho na Trindade, alguém que é igual a Deus em todos os seus atributos.

Evidência de que jesus possuía atributos de divindade.

Segundo Mcdowell e Stewart:

“Buda não reivindicou ser Deus; Moisés nunca disse ser Jeová; Maomé não se identificou
como Alá; e em nenhum lugar encontramos Zoroastro reivindicando ser Ahura Mazda. Mas
Jesus, o carpinteiro de Nazaré, disse que quem visse a Ele (Jesus) via o Pai (João 14.9)”. É
isso que faz Jesus diferente, sua plena divindade. Nas demais religiões o que importa são os
ensinos e não o mestre. No cristianismo o centro de tudo é a pessoa de Jesus Cristo. Jesus
encaixa-se perfeitamente nos atributos divinos descritos pelas Sagradas Escrituras:

– Onisciência: João 16.30 – “Agora sabemos que sabes tudo, e não precisas de que alguém te
interrogue. Por isso cremos que saíste de Deus”. Ou seja, Jesus como Deus Filho, sabe de
todas as coisas.

– Onipresença: Mateus 28.20 – “Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos
séculos”. Mateus 18.20 – “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí
estou eu no meio deles”. Jesus é Deus, e está presente em todos os lugares
– Onipotência: Mateus 28.18 – “É me dado todo o poder no céu e na terra”. Todo poder
pertence a Deus. Jesus tem todo poder.

– Imutabilidade: Hebreus 13.8 – “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente”.


Jesus não muda, pois Deus não muda. Não há Nele mudança ou sombra de variação.

Declarações Indiretas

Muitas são as declarações indiretas quanto à divindade de Jesus, mas quero registrar aqui
apenas o que julgo mais evidente, em termos indiretos: a adoração.

Deus é muito claro ao afirmar que apenas Ele é digno de adoração, proibindo a adoração a
qualquer coisa ou pessoa que não seja Deus (Êx 20.1-4; Dt 5.6-9; At 14.15; Ap 22.8,9). Mas
Jesus aceitou ser adorado e a adoração que Ele recebeu e aceitou se deu, por exemplo, nas
seguintes ocasiões:

– Mateus 8.2: “E, eis que veio um leproso, e o adorou”. Um leproso que foi curado por Jesus
o adorou.

– Mateus 9.18: “Eis que chegou um chefe, e o adorou”. Um dirigente da sinagoga.

– Mateus 14.33: “Então aproximaram-se os que estavam no barco, e adoraram-no”. Os


discípulos na tempestade.

– Mateus 15.25: “Então chegou ela, e adorou-o”. A mulher Cananéia.

– Mateus 20.20: “Com seus filhos, adorando-o”. A mãe de Tiago e João.

– Marcos 5.6: “E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o”. O endemoninhado geraseno.

– João 9.38: “Ele disse: creio Senhor. E o adorou”. O homem cego que fora curado por Jesus.

– Mateus 28.17: “E, quando o viram, o adoraram”. Todos os discípulos de Jesus.

– João 20.28: “Senhor meu, e Deus meu”! A declaração de Tomé quanto a quem é Jesus.

Está demonstrado. É muito evidente. Jesus disse ser Deus, os seus discípulos o confessaram,
Ele foi prometido no AT, realizou atos divinos, possui títulos divinos e foi adorado como
Deus. Segundo Norman Geisler: “Todas essas pessoas adoraram a Jesus sem uma palavra de
repreensão por parte Dele. Jesus não apenas aceitou essa adoração, como até mesmo elogiou
aqueles que reconheceram sua divindade (Jo 20.29; Mt 16.17). Isso só poderia ser feito por
uma pessoa que considerava seriamente ser Deus.”
4. TEORIA HIPOSTÁTICA

A singularidade da pessoa incomparável que é o Salvador, como já foi indicado, é


mostrada em sua união em sua única pessoa com duas naturezas. Ele é a divindade
no sentido pleno e absoluto. Nisto Ele é comparável ao Pai e ao Espírito. Não
obstante, Ele tomou para si uma natureza humana perfeita e completa, e neste
aspecto Ele era comparável a Adão antes da queda, e a outros homens - exceto pelo
dano que o pecado impõe. Então, o que separa o Deus-homem de todos os outros
seres criados é essa união de duas naturezas em uma pessoa. Nenhum outro existiu
com esse aspecto, nem jamais existirá; pois não há necessidade que venha a existir.
Ele é a satisfação eterna de tudo que se exige em tal união. Ao vir ao conhecimento
de Cristo, como é ordenado pelo apóstolo Pedro (2 Pe 3.18), e assim se ganha
convicção a respeito de quem empreende a salvação dos homens, a mente deve
sempre estar alerta para reconhecer tanto a sua divindade quanto a sua humanidade.
Todo pensamento sobre essa pessoa teantrópica deve ser ajustado à presença dele
daquela amplitude do Ser que completa uma participação direta de sua parte em
duas esferas - divindade e humanidade. Ambas as naturezas estavam presentes em
cada momento de Sua existência, ao começar com o seu nascimento através de
Maria; mas fica evidente que, quando se considera qualquer ato particular ou
declaração de Cristo, que isso vem tanto de sua natureza divina assim como de sua
natureza humana, mas em nenhum caso tal ação ou declaração surgirá de uma ação
combinada dessas duas naturezas. É reconhecido que os teólogos diferem
amplamente com respeito às crenças deles nesse ponto específico. Provavelmente,
haja situações apresentadas que desafiem qualquer análise final pelas mentes
finitas; todavia, muita luz deve vir sobre o leitor ponderado dos evangelhos, e essa
investigação o conduzirá a um procedimento interminável de vir a conhecer o
Salvador. Visto que as duas naturezas, juntas, constituem a única pessoa
teantrópica, e são distintas, o Espírito de Deus, ao atrair a atenção do crente para as
coisas de Cristo (Jo 16.14), se agradou em tornar o Salvador mais real para aqueles
que preservam com o maior cuidado o reconhecimento dessas duas naturezas que
são, em si mesmas, tão diferentes como são as coisas infinitas das finitas.
CONCLUSÃO

Disse-lhe Jesus: Felipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido?
Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu; mostra-nos o pai? (João 14.9) Jesus
declarava partilhar da mesma essência do pai. Em contra partida João menciona ‘’
E o verbo se fez carne e habitou entre nós ... ( João 1.14) . Ao longo da história da
igreja falsos ensinos contra esta verdade estavam presentes no ambiente cristão,
desde seu início a igreja tem combatido tais ensinamentos, qualquer ensino contra
essa verdade caminhão não simplesmente para um desvio teológico ortodoxo, mas
para longe de Deus. Todo aquele que nega o Filho não tem o Pai; Aquele que
reconhece o filho Ele também tem o Pai (1 João 2:23).
REFERENCIAS BIBLIOGRAFIA

GRUDEM, Wayne, Teologia Sistemática, Miami, Florida, editora vida 2007

ALENCAR .... GILBERTO, A. (Ed.), Teologia Sistemática Pentecostal, 2ª Ed.,


Rio de Janeiro, CPAD, 2008.

GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática: Atual e Exaustiva. São Paulo, SP: Vida Nova, 2ª
edição, 2010.
CHAFER, Lewis Sperry Teologia Sistemática , (tradução Heber Carlos de Campos)Volume 5 e
6 . São Paulo: Hagnos, 2003.

Fonte do Artigo: iepaz.org.br/con21.html

BIBLIA DA MULHER. Leitura, devocional, estudo, SBB São Paulo, editora Mundo cristão
2003.

Por Ruanna Pereira

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