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CRISTOLOGIA

A DOUTRINA DE CRISTO
A PESSOA DE CRISTO NO
ANTIGO TESTAMENTO
O CONHECIMENTO DE CRISTO
Na parte final de seu ministério
terreno, Jesus Cristo perguntou
aos seus discípulos: “Quem os
homens dizem que o Filho do
homem é?” Alguns pensavam
ser ele João Batista, outros Elias
ou Jeremias ou algum outro
profeta.
O CONHECIMENTO DE CRISTO
Jesus é o Cristo, o Messias, o ungido há
muito esperado, o mediador ordenado
pelo Pai para ser o grande profeta, o
sumo sacerdote e o eterno rei de seu
povo. O humilhado e o exaltado. Ele é o
Filho de Deus, que vive para sempre, a
única fonte de vida. E esta resposta de
Pedro é aprovada por Cristo: “Feliz é você,
Simão, filho de Jonas! Porque isto não lhe
foi revelado por carne ou sangue, mas por
meu Pai que está nos céus” (Mt 16.13-
20).
O CONHECIMENTO DE CRISTO
O conhecimento de quem é Cristo é
atribuído por ele mesmo à revelação,
não a uma experiência mística, ou à
especulação ou à curiosidade racional.
Este conhecimento é atribuído
totalmente ao milagre da revelação.
“Ninguém conhece o Filho a não ser o
Pai, e ninguém conhece o Pai a não ser
o Filho e aqueles a quem o Filho o
quiser revelar” (Mt 11.27).
O CONHECIMENTO DE CRISTO
Por isso, todos os detalhes do estudo
da pessoa e obra de Cristo dependem
integralmente da revelação que o
próprio Deus faz de si mesmo nas
Escrituras. Como o próprio Cristo
afirmou: “Quem crer em mim, como
diz a Escritura, do seu interior fluirão
rios de água viva. Ele estava se
referindo ao Espírito, que mais tarde
receberiam os que nele cressem” (Jo
7.38-39).
O CONHECIMENTO DE CRISTO
Não podemos separar o que
cremos acerca de Cristo, do que
afirmamos sobre a Escritura.
Tudo o que sabemos sobre
Cristo é baseado na verdade da
Escritura. Sem a Escritura não
podemos ter conhecimento
seguro e salvador de quem é
Cristo Jesus.).
O CONHECIMENTO DE CRISTO
E só poderemos ter uma vida
abundante, uma vida da qual
fluam os “rios de água viva” do
Espírito Santo, se aprendermos
sobre Cristo nas Escrituras. Esta
revelação da Escritura é um
milagre, um dom gracioso, e não
fruto da carne e sangue.
“Porei inimizade entre você e
A PROMESSA a mulher, entre a sua
descendência e o
DO REDENTOR descendente dela; este lhe
ferirá a cabeça, e você lhe
ferirá o calcanhar" (Gn 3.15).
O livro de Gênesis inicia a sua narração de uma forma quase
que poética e é interrompida por um momento dramático: a
queda (Gn 3). A obra perfeita, a Criação de Deus, a sua obra-
prima, criada do pó, à imagem e conforme a semelhança do
Deus trino, torna-se manchada pelo pecado. Mesmo com a
humanidade caída, pelo pecado de Adão, Deus promete a
vinda do resgatador, do redentor, do messias, do
descendente da mulher, o único ser humano que nascera
sem o pecado de Adão, imaculado e santo (Gn 3.15,
conhecido como “protoevangelho”, o primeiro anúncio da
vinda de Cristo).
CRISTOFANIA

No Antigo Testamento, várias


vezes aparece uma figura
chamada de o Anjo do Senhor.
CRISTOFANIA

Ele ajudou Ele interveio O Anjo do Assim, foi o


Agar no quando Senhor foi Anjo do
deserto, Abraão o protetor Senhor
quando estava pronto de Israel, quem falou
ela estava para sacrificar na saída com Moisés
abandona Isaque no na sarça
da (Gn altar (Gn
do Egito ardente (Êx
16.7). 22.11). (Êx 3.2).
14.19).
PROFECIAS A RESPEITO DE CRISTO
PROFECIAS A RESPEITO DE CRISTO
PROFECIAS A RESPEITO DE CRISTO
PROFECIAS A RESPEITO DE CRISTO
A PESSOA DE CRISTO NO
NOVO TESTAMENTO
A PROMESSA SE CUMPRE
O nascimento de Jesus revela a
qualidade excepcional de sua
pessoa e vida. No centro da
história de seu nascimento, está
a mãe de Jesus, Maria. A
respeito dela, devemos notar
dois fatos.
A PROMESSA SE CUMPRE
Ela era virgem quando engravidou. O
texto afirma claramente que ela ficou
grávida por obra do Espírito Santo, e não
de seu noivo, José. A Bíblia é explícita
quanto a isto. Os dois ainda não tinham
se relacionado sexualmente, quando ela
“achou-se grávida pelo Espírito Santo”
(Mt 1.18). Quando Maria recebeu o
anúncio do anjo Gabriel, ela respondeu:
“Como acontecerá isso, se sou virgem?”
(Lc 1.34). O Espírito Santo, através de uma
obra sobrenatural, foi o agente da
concepção de Jesus.
A PROMESSA SE CUMPRE
Maria respondeu com humildade e
alegria à vontade do Senhor em
sua vida. Ela louvou ao Senhor e o
chamou de “meu Salvador” (Lc
1.46-47), mostrando que ela
entendeu a sua própria
necessidade, como pecadora. Ela
sabia que o Messias também seria
o seu salvador.
A PROMESSA SE CUMPRE
O testemunho bíblico sobre a
concepção virginal se toma mais forte
à luz da reação de José à gravidez de
Maria. Primeiro, isto mostra que a
doutrina não provém de um povo
ingênuo e ignorante. José sabia muito
bem que virgens não podem
engravidar e, por isso, “não querendo
expô- la à desonra pública, pretendia
anular o casamento secretamente”
(Mt 1.19).
A PROMESSA SE CUMPRE
É provável que ele não quisesse
expor Maria ao castigo exigido
pelo adultério, mas, de qualquer
maneira, para que ele cresse que a
gravidez de Maria era uma
concepção milagrosa, foi
necessário que José recebesse a
visita de um mensageiro de Deus,
em sonho
A PROMESSA SE CUMPRE
É importante notar que, quando chegou a hora,
Jesus nasceu como um bebê humano qualquer. Sua
concepção foi sobrenatural, mas o nascimento foi
normal. Ele era uma criança plenamente humana.
Como qualquer recém-nascido, ele precisava de
roupas, para não ficar com frio (Lc 2.12). Assim, sua
mãe usou faixas, para cobri-lo. Sendo uma criança
normal, ele cresceu física e intelectualmente (Lc
2.52). Depois, Jesus deu várias evidências da
natureza física de sua existência humana.
A NATUREZA HUMANA DE JESUS
A humanidade de Jesus é vista,
por exemplo, quando ele ficou
cansado e parou na fonte de
Jacó (Jo 4.6). Jesus também
pediu água, mostrando que
estava com sede (Jo 19.28).
A NATUREZA HUMANA DE JESUS
Fica evidente que Jesus era
plenamente homem no fato de
que, quando o Filho de Deus
assumiu a natureza humana, ele
se tomou uma alma vivente, e
não apenas habitou num corpo
humano.
A NATUREZA HUMANA DE JESUS
Segundo o testemunho do
apóstolo, que andou com ele
durante três anos, ele “não
cometeu pecado algum, e nenhum
engano foi encontrado em sua
boca” (1Pe 2.22). Assim, Jesus
“não tinha pecado” (2Co 5.21).
Mesmo sendo plenamente
humano, Jesus não teve uma
natureza pecaminosa.
A NATUREZA
HUMANA DE
JESUS
A NATUREZA
HUMANA DE
JESUS
NOMES, TÍTULOS E ATRIBUTOS
DIVINOS

Seu trono é para Ele enche o céu e a Ele é o criador


sempre: (SI 45.6-7; terra: (Jr 23.24 cf. (Gn.1.1 cf. Jo 1.1-3;
93.2 cf. Hb 1.18) Ef 4.10) Is 44.24; Cl 1.16)

O rei eterno (SI O juiz de toda a


Nossa esperança
145.13; Dn 7.14 cf. terra (Gn 18.25;
(Sl. 39.7 1Tm 1.1)
Lc 1.33) 2Co 5.10)

Único Salvador (Is


Fonte de nossa
43.11; 49.26; Mt
força (Sl 119.28; Fl
1.21; 1Tm 1.15; At
4.13)
15.11; Hb 5.9; 7.25)
A NATUREZA HUMANA DE JESUS

Deus (Mt 1.23; Jo 1.1; Rm9.5; Tt 1.3; 2.13)

Senhor (Mt 12.8; Mc 2.28; Rm 14.9)

“Senhor meu e Deus meu” (Jo 20.28)

Filho de Deus e Deus verdadeiro (1Jo 5.20)

Alfa e Ômega (Ap 1.8).


Messias (Christos, o ungido)
Este título nos remete a alguém
ungido para realizar uma missão
que envolve redenção, julgamento
e representatividade do próprio
Deus (Is 45.1-7), referindo-se à
expectativa escatológica (Dn 9.25-
26), assim como à expectativa de
um redentor que inaugurasse um
reino sem fim (Is 9.1-7).
Senhor (kyrios)
Essa palavra ocorre 715 vezes no
Novo Testamento. Ela foi
amplamente empregada por
Lucas, sendo que no evangelho
essa palavra é utilizada 101 vezes e
em Atos, 107 vezes. Paulo a
menciona 279 vezes,
principalmente na epístola aos
Romanos (44 vezes).
Senhor (kyrios)
Devemos notar que o grego
kyrios é a tradução dos quatro
caracteres hebraicos usados
para representar o nome de
Deus, Yhwh (Javé), indicando
que Jesus é o próprio Deus no
exercício do domínio de toda a
criação.
Filho do Homem
Jesus se intitulou Filho do
Homem mais de 40 vezes e, a
expressão ocorre cerca de 90
vezes, aparecendo quase que
exclusivamente nos evangelhos
sinóticos.
Filho de Deus
Devemos notar que nos
evangelhos sinóticos Jesus refere-
se poucas vezes a Deus como Pai,
cerca de aproximadamente 35
vezes, contra 106 vezes no
evangelho de João. O propósito
claro de João é tornar explícito o
que os outros evangelistas deixam
implícito.
Uma terminologia encontrada exclusivamente
na literatura joanina (Jo 1.1; 1Jo 1.1; Ap 19.13).
Podemos resumir os diversos significados
empregados para a palavra logos:

Em Heráclito, os logos é o princípio cósmico


eterno que traz ordem ao universo.
Para os filósofos estoicos, este mesmo princípio
LOGOS cósmico permeia todas as coisas e provê o
padrão de conduta para o homem racional.
Para Filo, é a emanação divina que intermediou
a criação do universo.
À luz do Antigo Testamento, seria a Palavra de
Deus como poder criador e mantenedor de
todas as coisas (Gn 1.3; SI 33.6,9), assim como a
Sabedoria como personificação do poder de
Deus (Pv 8.22-31), conceito paralelo ao de logos
e Palavra de Deus.
Atributos Divinos
Eterno (Mt 28.20; Hb 1.8; 13.8)
Autoexistente (Jo 5.26; Cl 1.17)
Onisciente (Jo 1.48; 16.30)
Onipresente (Mt 18.20)
Imutável (Hb 13.8)
Onipotente (1Co 1.24; Ef 1.22; Mt
28.18)
Sábio (1Co 1.24)
Glorioso (Hb 1.3)
O criador (Jo 1.3; Cl 1.16; Hb
1.10)
O governador da criação (Jo
5.17; Hb 1.3)
Obras
O salvador que perdoa
excluvisas pecados (Mc 2.7; Mt 1.21)
Aquele que ressuscita os
mortos (Jo 6.39).

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