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Estudo 01 – “O ESPÍRITO SANTO PROMESSA, NATUREZA E MISSÃO - 1”

Revista Compromisso – estudosmec@pibrj.org.br - Elaborado por: Gandhi Giordano


Texto Base: João 14-17 e Lucas 12.11,12
Texto áureo: João 14.16,17

1. Introdução
A percepção da ação do Espírito Santo no nosso meio foi conhecida por Davi e por Isaías. O Espírito de Deus e a
sua ação sobre o nosso mundo é relatada desde Gênesis (Gn 1 e 2). A apresentação na forma de Trindade, essa,
foi feita por Jesus Cristo e em vários momentos. Especialmente, no momento que voltava para junto do Pai,
prometeu pedir ao Pai para nos enviar o Consolador.
O Espírito Santo é plenamente divino e pessoal e a complementação de sua ação se dá pela capacitação da igreja
para a santificação dos crentes e a evangelização dos perdidos.
Estudar a doutrina do Espírito Santo nos ajuda individualmente na auto avaliação, na avaliação do nosso
relacionamento com os irmãos e com a igreja na qual congregamos.
A ação do Espírito Santo pode ser distinguida pelos resultados em nossas vidas e na vida de nossa igreja.
Vamos estudar o Espírito Santo, quanto a promessa, a natureza e a sua missão.

2. Desenvolvimento
VIDA (Texto áureo Jo 14.16,17) – A vida cheia do Espírito Santo tem duas características: Não ter solidão espiritual,
pois o Espírito Santo é Consolador e nossa companhia constante; Ele nos propicia uma vida verdadeira, pois Ele é
o Espírito da verdade. O Espírito Santo de Deus não é conhecido do mundo, por isto além de mudar as nossas
vidas, devemos evangelizar para que os outros também o percebam.
VERDADE E VIVÊNCIA

O Espírito Santo – personalidade divina. O Espírito Santo veio para estar conosco e ser o nosso Consolador até a
volta de Jesus Cristo. As características inerentes ao Espírito Santo são apresentadas a seguir, com os textos
bíblicos de referência.

Evidências da divindade do Espírito Santo


1) Eterno (Hb 9.14); João 14.16; Hb 7.25
2) Onisciente (1Co 2.10);
3) Onipresente (Sl 139.7-10);
4) Imutável (Mt 3.6; Hb 13.5).

O Espírito Santo como pessoa


1) Outro Consolador (Jo 14.16);
2) Ser plenamente divino e individual (Rm 8.26) – Cremos na Palavra da verdade que o Espírito Santo é um ser
divino e plenamente individual;

O Espírito Santo – a terceira pessoa da Trindade


1) O Pai é Deus (Mt 6.8);
2) O Filho é Deus (2Pe 1.1);
3) O Espírito Santo é Deus (At 5.3;4; 2Co 3.18).

Seu envio pelo Pai a pedido do Filho


Questão em foco – Como os discípulos poderiam realizar a obra de evangelização, após a partida de Jesus Cristo
para junto do Pai?

Algumas passagens bíblicas nos norteiam sobre este tema.


a) João 16.8-9 – O Espírito Santo é quem nos convence do pecado, no momento da conversão;
b) João 3.5-8; Tito 3.5 – O Espírito Santo é quem faz a obra de restauração.
c) Lucas 3.3-6 -; 2Tessalonicenses 2.13; 1Coríntios 6.11; Efésios 1.4 – O Espírito Santo é quem santifica a igreja.
d) 1Coríntios 6.19 - O Espírito Santo opera a purificação do nosso corpo para fazê-lo santuário e habitação de
Deus.
e) Romanos 8.26,27 - O Espírito Santo é quem intercede em favor da vida dos crentes na igreja.
f) Gálatas 5.16,24 - O Espírito Santo é quem concede a vitória sobre o pecado.
g) João 7.37,39 – O Espírito Santo é a fonte de todo o vigor na igreja.
h) Efésios 1.13,14 - O Espírito Santo é o agente a salvação dos perdidos.
i) Lucas 3.6; 3.21,22; 4.1; 4.14; 4.17,18; 24.49; Atos 1.3-5,8; 2.4; 4.8; 4.31; 1Coríntios 2.3-5; 1Tessal. 1.5 - O Espírito
Santo é o poder da igreja.

VIRTUDE (ATIVIDADE DO SUPLEMENTO)


Foco - O Espírito Santo produz vida espiritual em cada servo que se deixa ser usado por ele.
Desafio – Pedir ao Espírito Santo produz vida espiritual em cada servo que se deixa ser usado por ele.

3. Considerações

Devem-se avaliar as experiências: a individual com o Espírito Santo, em relação à sua vida e à mudança de vida; a
vida da igreja e na igreja.

Estudo 02 – “O ESPÍRITO SANTO PROMESSA, NATUREZA E MISSÃO - 2”


Revista Compromisso – estudosmec@pibrj.org.br - Elaborado por: Gandhi Giordano
Texto Base: Gênesis 2; Salmo 139.7-12 e Isaias 61.1-3
Texto áureo: 1Samuel 16.13

1. Introdução
A percepção da ação do Espírito Santo no Antigo Testamento é de forma pontual, mesmo que desde a criação do
Mundo. No Novo Testamento a atuação do Espírito Santo é percebida na vida dos novos crentes.

2. Desenvolvimento
SUA PRESENÇA NA CRIAÇÃO - A PRIMEIRA GRANDE OBRA DE DEUS NESTE PLANETA FOI SUA CRIÇÃO
No ato da criação da Terra por Deus, é citado que o Seu Espírito pairava sobre as águas e sobre a face do abismo,
no meio das trevas. Na carta aos Colossenses 1.16,17, o apóstolo Paulo escreveu que Jesus é antes de todas as
coisas. E o apóstolo João escreveu logo no início do Livro (João 1.1-3) que Jesus estava no Ato da Criação, de tudo
participou e sem Ele nada teria sido feito. Nos Livros de Jó (33.4) tem-se o Espírito de Deus como o sopro da vida.
No livro de Salmos (33.6) e (104.29,30) tem-se o sopro divino (Espírito de Deus) como parte do Ato de Criação.

SUA PRESENÇA NA VIDA DE IMPORTANTES PERSONAGENS


Josué foi o escolhido de Moisés, por indicação do Senhor, por ser possuído pelo Espírito de Deus. Davi foi indicação
de Deus, em quem o Espírito Santo habitou. No caso do rei Saul, houve uma posse temporária do Espírito, para
que profetizasse no meio de outros profetas. No Livro de Juízes o Espírito de Deus conduziu vários destes juízes
para a libertação do povo de Israel de seus opressores. O Espírito de Deus atuou sobre tarefas específicas, numa
forma de concessão. Se o Espírito se retirasse, por qualquer inconveniência do escolhido, a queda do indivíduo
seria total. No caso de Saul, conforme a passagem em 1Samuel 16.14, o Espírito de Deus se retirou dele
completamente e um espírito mau o atormentava. Há outras referências à mudança de comportamento, como
em Juízes 9.23 e no Livro de 1Samuel 11.6.

COMO O ESPÍRITO SANTO SE APRESENTAVA NO ANTIGO TESTAMENTO? QUAL A DIFERENÇA NO NOVO


TESTAMENTO?
As formas de atuação do Espírito santo, tanto no Antigo como no novo Testamentos, são; regeneração, habitação,
(ou enchimento), contenção, capacitação para o serviço. No Antigo Testamento havia uma capacitação específica,
enquanto no Novo Testamento há uma capacitação permanente, pois o crente torna-se habitação do Espírito
Santo, conforme descrito pelo apóstolo Paulo na Primeira Carta aos Coríntios (1 Co 3.16,17; 6.19,20). Quando se
aceita Cristo como salvador, o Espírito Santo vem morar com o salvo.

SUA PRESENÇA NO PLANO REDENTOR DE DEUS


A vida cristã passa a existir a partir da obra do Espírito Santo no convertido. O Espírito Santo não é apenas
participante de ações especiais na vida e na história do povo de Israel, mas, é fonte de vida espiritual.
Na passagem de João (10.10), está escrito que Jesus veio para que tenhamos vida e vida em abundância. A vida
prometida por Jesus, não é apenas a vida biológica, mas uma vida com qualidade específica, que agrada a Jesus.
Para experimentarmos esta vida especial, é necessário um renascimento espiritual (João 3.1-8).
A ATUAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NA REGENERAÇÃO E CONVERSÃO DO PECADOR
A atuação do Espírito Santo é de convencer o mundo sobre o pecado, a justiça e o juízo (João 3.8).

3. Considerações
O Espírito Santo esteve com a humanidade em todos os períodos. Seja na inspiração dos autores dos textos do
Antigo Testamento, quanto falando pelos profetas e guiando o povo de Israel. Sempre foi uma chama acesa, mas
que resplandeceu com a vinda de Cristo. Na volta de Cristo para o Pai, nos enviou o Consolador, para que
pudéssemos conhecer a verdade de forma suportável (João 3.12).

TEXTOS BÍBLICOS PARA CONCLUIR


Salmo 139.7-12 – A experiência do salmista. Não há como se ausentar do alcance do Espírito Santo, muito menos
estarmos em algum lugar por mais distante que pareça, sem o seu brilho e a sua proteção.
Isaias 61.1-3 – Na atuação do profeta - O Espírito das boas novas, atua sobre o profeta ungido pelo Senhor Deus,
para levar as boas novas aos oprimidos; a restaurar o coração dos abatidos; a proclamar a liberdade aos cativos;
a consolar os tristes; a proclamar o ano aceitável ao Senhor e o dia da vingança do nosso Deus.
Joel 2.28,29 – Trata de uma profecia que se cumprirá no estudo de Atos 2 no Novo Testamento. O cumprimento
da profecia de Joel inaugura a era messiânica.

Estudo 03 – “O ESPÍRITO SANTO - PRESENÇA E ATUAÇÃO DO N.T.”


Revista Compromisso – estudosmec@pibrj.org.br - Elaborado por: Gandhi Giordano
Texto Base: Atos 2.1-47
Texto áureo: Atos 2.16,17

1. Introdução
A habitação do Espírito Santo em cada crente é um fenômeno que ocorreu de forma contínua após a glorificação
de Jesus Cristo, conforme pode ser verificado nas passagens de João 7.39 e 14.17.
As ocorrências pontuais e específicas também são apresentadas. Tudo que contribua para a propagação do
Evangelho de Jesus Cristo é objeto da orientação, do fortalecimento e da proteção do Espírito Santo.
2. Desenvolvimento

SUA ATUAÇÃO NO MINISTÉRIO DE CRISTO


A concepção de Maria foi obra do Espírito Santo, como descrito nos Evangelhos de Mateus (1.18) e de Lucas (1.26-
35). A vida e obra de Jesus foi descrita de forma suscinta, mas suficiente, por Pedro na passagem de Atos dos
Apóstolos 2.22: “... Jesus de Nazaré, homem que no meio de vós foi mostrado da parte de Deus com milagres e
prodígios e sinais, que em Deus realizou através dele no vosso meio, tal como sabeis;”

A OBRA DO ESPÍRITO NO NASCIMENTO DE JESUS


A chegada do Messias era prevista pelos profetas desde o Antigo Testamento. O profeta Isaias (7.14), escreveu
que uma virgem teria um filho e o seu nome seria Emmanuel (Deus conosco), que da mesma forma Mateus (1.18)
descreveu o nascimento de Jesus Cristo. O próprio Mateus cita no versículo 1.23 o texto de Isaias 7.14, mostrando
assim que se cumpria uma profecia. Em duas outras ocasiões o Espírito Santo é citado nos evangelhos: a primeira
no batismo de Jesus, quando o Espírito Santo desceu na forma de pomba (Mt 3.13-17) e a segunda quando o
Espírito Santo guiou Jesus para o deserto para ser tentado (Mt 4.1).

SUA ATUAÇÃO NO MINISTÉRIO DOS APÓSTOLOS


Jesus Cristo falou aos discípulos que receberiam o Espírito Santo e que este lhes fortaleceria no trabalho de
propagação do Evangelho, tanto em Jerusalém quanto no resto do mundo (At 1.8). No dia de Pentecostes descrito
em Atos 2 iniciou-se a grande jornada do Espírito Santo, inicialmente entre os discípulos. Enquanto Pedro pregava
no Templo de Jerusalém, foi questionado pelos principais do Templo, sobre qual autoridade pregavam e em nome
de quem ou de que poder falavam. Pedro cheio do Espírito Santo lhes respondeu (At 4.8) que falava e curava em
nome de Jesus. A seguir e ainda no mesmo capítulo, no versículo 31, encontra-se que todos foram cheios do
Espírito Santo. Durante o apedrejamento de Estevão, este resistiu ao sofrimento, pois estava cheio do Espírito
Santo (Atos 7.55). Em Atos 8.15-17 os samaritanos receberam pela primeira vez o Dom do Espírito Santo. Na
conversão do eunuco etíope, Filipe por orientação do Espírito Santo, consegue a conversão do etíope, como
também o convertido sai daquele encontro cheio do Espírito Santo.
A multiplicação de igrejas descrita em Atos (9.31) ocorreu sob a consolação do Espírito Santo. As viagens
missionárias, principalmente as empreendidas pelo apóstolo Paulo, foram iniciadas conforme o texto de Atos
13.2, por orientação do Espírito Santo. A ação do Espírito Santo está descrita ao longo do Novo testamento,
principalmente nas Cartas de Paulo.

A ATUAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NO MINISTÉRIO DE PAULO


Para o apóstolo Paulo, o Espírito Santo é o grande condutor humano (Rm 8.13; Gl 5.16), concedendo-lhe dons
maravilhosos e operando ações milagrosas (1Co 2.4; Rm 15.19; 1Ts 1.5; 1Co 14.2). A manifestação do Espírito
Santo em cada pessoa tem como propósito a edificação da igreja (1Co 14.4-12). Para Jesus é preciso nascer na
água e no Espírito Santo, para entrar no Reino de Deus (Jo 3.5). O apóstolo Paulo falava de Jesus Cristo por todos
os lugares aonde ia e para isso é preciso estar cheio do Espírito Santo. No Livro de Atos (16.5-10) há uma concreta
descrição de como Paulo se guiava pelo Espírito Santo.

A PROMESSA DO ESPÍRITO SANTO DE ATUAÇÃO PARA TODOS OS CRENTES


O Espírito Santo está disponível para habitar em todo aquele que confessar que Jesus Cristo é o seu Senhor e
Salvador. Com a salvação o crente é batizado no Espírito Santo conforme o texto em Mateus (3.11). É preciso que
o convertido confesse que Jesus Cristo é seu Senhor e que Deus o ressuscitou dentre os mortos, para ser salvo
(Rm 10.9,10).

3. Considerações
Com a volta de Jesus ao Pai, nos foi enviado o Espírito Santo como o Consolador. Da mesma forma que os
apóstolos foram guiados, fortalecidos e receberam dons e capacidade de realizarem milagres, cada crente deve
viver, de forma consistente, com a habitação do Espírito Santo.
No Novo Testamento temos diversas passagens claras e fortalecedoras sobre a doutrina do Espírito Santo.
TEXTOS BÍBLICOS PARA CONCLUIR

O Espírito Santo em Atos – Com a elevação de Jesus aos Céus, foi recomendado aos discípulos que
permanecessem em Jerusalém para que recebessem o Espírito Santo (At 1.2; 1.8).

Poder do Espírito Santo Para testemunhar- Receberam poder após o Espírito Santo descer sobre eles, para
testemunharem de Jesus Cristo tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria e até nos confins da terra
(At 1.8).

O Espírito Santo nos demais Livros do Novo Testamento – Em João (14.16-18) nos prometeu “O Consolador”.
Nas cartas paulinas encontramos a entrega de dons pelo Espírito Santo, orientação, realização de milagres e a
lembrança de que o nosso corpo é o Santuário do Espírito Santo (1Co 6.19,20).

Atos 2.16-18 - Promessa que se cumpre – A profecia de Joel (3.1-5) se cumpre e é citada por Pedro.

Estudo 04 – “SER TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO”


Revista Compromisso – estudosmec@pibrj.org.br - Elaborado por: Lincoln A.A.Oliveira
Texto Base: 1 Coríntios 3.1-23
Texto áureo: 1 Coríntios 3.16

1. Introdução
Quando examinamos a carta de Paulo aos crentes de Corinto, passamos a conhecer um pouco como era aquela
igreja dos primórdios do Cristianismo. Curiosamente, verificamos também que muito do que ocorria naquela
igreja, motivo de Paulo lhes ter escrito, também pode ocorrer hoje em nossos dias no meio evangélico. Por
exemplo, adotavam alguns costumes incompatíveis com o Cristianismo, achavam-se cheios de sabedoria e muito
espirituais, olhavam com superioridade para os líderes da Igreja, toleravam a imoralidade, brigavam entre si na
justiça, participavam de cultos a ídolos, alguns se achavam melhores que outros por conta de possuírem dons
espirituais dados como mais “espetaculares”, e confiavam em falsos líderes que lhes acenavam com doutrinas
exóticas.
O texto de 1 Coríntios 3 é relevante para o nosso estudo sobre o Espírito Santo (ES) porque ele vai mostrar que,
para ter uma vida Cristã vitoriosa, o crente necessita ser o “templo” do Espírito Santo. Isso significa ter o ES no
centro da própria vida, habitando em seus pensamentos e em sua vontade. Ter o ES no centro da própria vida,
deve levar o crente a agir como “crente espiritual”, em oposição ao chamado “crente carnal”, que é aquela pessoa,
que é salva em Cristo Jesus, tem o ES habitando dentro de si, mas de uma forma tal que o “espírito do mundo”
ocupa a maior parte do seu espaço interior. É o que acontecia com aqueles crentes de Corinto e é o que acontece
hoje em algumas situações. Vale ainda dizer, que “crente carnal” não significa necessariamente aquele que tem
sua mente voltada para assuntos sexuais, como temos a tendência de achar. Como será visto ao longo desse
estudo, crentes carnais são aqueles que demonstram certas atitudes no dia a dia da Igreja e no relacionamento
com as pessoas em geral, que não são compatíveis com uma pessoa que “anda no Espírito”.

Dominados pelo Espírito Santo ou pelo “espírito do mundo”?


O ideal é que todo crente seja “espiritual”, pois cada crente é morada do Espírito Santo e deveria, portanto, andar
no Espírito e dar frutos espirituais. Tanto o crente “carnal” quanto o “espiritual” lutam contra o “espírito do
mundo” que os afastam das coisas de Deus. A diferença entre eles, porém, é que o “crente carnal” está perdendo
a batalha e o “crente espiritual” está, pela graça de Deus, vencendo. Mas o que é exatamente um “crente carnal”?
O que é um “crente carnal”?
Nos cinco pontos a seguir, mostraremos as principais características desse tipo de crente.
1. O “crente carnal” é aquele cujos pensamentos e atitudes são dirigidas pela carne enquanto o “crente espiritual”
tem suas atitudes, pensamentos e ações guiados pelo Espírito Santo. O “crente carnal”, por ter aceitado Jesus
como Salvador, até tem o ES consigo, mas ele escolhe voluntariamente inibir a atuação do ES em sua vida. Para
saber se um crente é “carnal” ou “espiritual” basta observar como é a sua vida espiritual.

2. Por conta do “crente carnal” viver “segundo a carne”, algumas vezes é difícil distinguir esse tipo de crente do
incrédulo, que também pensa e anda “segundo a carne”. A diferença entre os dois, é que o crente vai para o céu
e o incrédulo, não.

3. Os “crentes carnais” são “bebês espirituais”, usando a linguagem do apóstolo Paulo. Como todo bebê, eles são
pequenos e imaturos necessitando crescer. São fracos e vulneráveis. Alimentam-se só de leite ou papinhas. São
completamente dependentes e estão sempre recebendo ou demandando algo dos outros. Bebês não dão nada.
Só tomam. Só recebem. À medida que crescem, porém, os bebês se tornam mais independentes e dadivosos.

4. Novos crentes são também “bebês espirituais” e não há nisso nenhum problema uma vez que eles crescem
normalmente. Os “crentes carnais”, entretanto, permanecem bebês e não crescem, o que é uma anomalia. É
contra esse tipo de comportamento que Paulo exorta os crentes de ontem e de hoje, em sua carta à igreja de
Corinto. Ele comenta que há crentes que nunca crescem e continuam a se alimentar apenas de leite infantil ao
invés de comerem alimento sólido. Os “crentes carnais” desdenham a doutrina e só ficam na superfície. Eles não
querem nenhuma dieta que requeira o estudo sistemático da Palavra de Deus.

5. “Crentes carnais” não se chamam eles mesmos de “carnais”, mas se veem e se denominam como sendo
“espirituais”. Em alguns casos, eles podem até ser erroneamente percebidos por outros como espirituais. Como
pode ser isso? A resposta é que muitas vezes usamos critérios errados para julgar o que é espiritualidade.
Normalmente, nosso julgamento é baseado em atos externos, que têm a aparência de espiritualidade. Mas Jesus
nos avisou sobre fazermos julgamentos baseados em aspectos externos (Lucas 16.15).

Conclusão
Somos crentes, cidadãos de um Reino que não é deste mundo, mas vivemos no mundo. Um dos maiores desafios
da vida cristã é exatamente viver essa ambiguidade. Como viver no mundo sem ser do mundo? Como ser cidadão
do Reino de Deus e viver os valores deste Reino estando cercado por valores do mundo? Não há como sermos
vitoriosos nessa luta por nós mesmos. O que a Palavra de Deus nos ensina é que a vitória só será possível à medida
que deixarmos o Espírito Santo ocupar cada vez mais o espaço da nossa vontade e de nossas decisões. Ele deve
nos preencher por completo, dirigindo a nossa vida inteiramente, tanto nos assuntos da igreja, como da família,
do trabalho ou da escola. Só assim, seremos mais do que vencedores por Cristo Jesus.
Estudo 05 – “O ESPÍRITO SANTO NO ATO DA CONVERSÃO”
Revista Compromisso – estudosmec@pibrj.org.br - Elaborado por: Lincoln A. A. Oliveira
Texto Base: Romanos 8.1-39; João 15.26; 16.7-14; I João 5.8
Texto áureo: Romanos 8:9
1. Introdução
A Bíblia descreve o Espírito Santo (ES) como Alguém muito ativo na salvação do ser humano. Na verdade, o Espírito
é indispensável para a salvação de qualquer pessoa. Em termos de salvação, o envolvimento do ES pode ser
dividido em três grupos de ações: antes da conversão, na conversão e após a conversão.

a. As ações do ES antes da conversão


Antes de alguém colocar sua fé em Jesus Cristo, o ES está envolvido em mobilizar a pessoa em direção à alguma
resposta dela ao apelo do evangelho. Um aspecto dessa mobilização passa por convencer a pessoa quanto aos
seus pecados e da necessidade de confessá-los a Deus. De maneira mais simples podemos dizer que o ES fala aos
indivíduos através da pregação do evangelho. Paulo escreve aos tessalonicenses "...nosso evangelho não chegou
a vocês somente em palavra, mas também em poder, no Espírito Santo e em plena convicção" (1 Tess 1.5).

b. As ações do ES na conversão
Quando a pessoa vem ao mundo, nasce e cresce, ela se mantém naturalmente afastada de Deus. Para ela viver
em harmonia com o Pai Celeste, o Novo Testamento afirma que a pessoa precisa ser salva. Mas salva de que?
Salva de permanecer eternamente afastada de Deus. A regeneração é o ato inicial da salvação em que Deus faz
daquela pessoa, uma nova criatura, espiritualmente falando. A pessoa afastada e perdida, recebe perdão de seus
pecados e o dom do ES. Isso a transforma e lhe dá a oportunidade de passar a eternidade na presença de Deus.
Essa nova realidade, que resulta em uma mudança, é realizada pelo ES. O verso principal que apoia isso encontra-
se na carta de Paulo a Tito 3.5. "Ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo" (Tito
3.5).

c. A obra do ES após a conversão


Há algo que o ES faz após a conversão? A Bíblia nos ensina que nessa parte do ministério do ES, vamos encontrar
ações de preenchimento, empoderamento e orientação do crente. Enquanto o batismo do ES ocorre uma vez na
conversão, o preenchimento do Espírito pode acontecer várias vezes após esse evento.
Em Efésios 5.18 encontramos uma metáfora poderosa que Paulo usa, para nos instruir sobre o preenchimento do
ES. "E não se embriaguem com vinho, pois isso leva à devassidão, mas deixem-se encher do Espírito".

A palavra aqui, sinaliza para a necessidade do crente permitir que sua vontade e ações sejam controladas pelo ES
e não pela sua própria vontade, ou pela ação de coisas externas, representadas pelo vinho. Ligado à essa questão
de ser preenchido pelo Espírito, em termos de vontade, está a possibilidade de receber poder e ser capacitado,
também pelo ES, para o viver diário e para o serviço cristão. É por conta desse poder do ES, que é possível aos
cristãos viverem vidas obedientes a Deus.

2. O ES nos convence de certas coisas e nos leva a mudar


Aprendemos que, quando lemos a Bíblia, o ES ilumina as Escrituras para nós. Ao fazer isso, Ele nos mostra onde
estamos errados, nos indica um caminho, ou nos convence a mudar certas atitudes, nos levando ao
arrependimento. O arrependimento implica mudança radical do interior da pessoa, que faz com que ela se afaste
do pecado e se aproxime de Deus. Em João 16.8, Jesus disse, sobre o ministério do ES: "Quando Ele vier [ES],
convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo". Embora esse texto se refira à ação do ES com os descrentes,
também é verdade que Ele atua sobre os crentes. O ES nos mostra o que fazemos de errado, através da Palavra,
para que possamos nos arrepender [mudar de direção] e passar a fazer o que é certo.

3. Conclusão
Finalizando, os cristãos não devem ter medo do ES, mas sim olhar para o Espírito como fonte de orientação e
força espiritual. Como cristãos, devemos ser eternamente gratos pelo ES ser nosso Ajudador permanente, pois
Ele nos capacita a vivermos a vida cristã. Ele deve ser respeitado, seguido e estimado.
O ministério do ES não se resume ao aspecto da salvação ou da conversão, mas abrange todas as áreas da vida
cristã. É Ele quem nos ajuda a conhecer a vontade de Deus e a subordinar a nossa vontade à Dele. É Ele quem nos
capacita para sermos usados por Deus para os propósitos e desafios que Ele coloca para nós. É Ele quem nos
ensina e instrui, nos consola e nos convence de nossos erros e pecados. É Ele quem nos ajuda a perdoar e amar
ao nosso próximo. É Ele quem intercede por nós junto ao trono do Pai. E finalmente, é Ele quem pode estar
conosco sempre. Que você possa ter a bênção da presença do ES no momento da sua conversão, e a presença
Dele, de forma constante e atuante, em todos os momentos de sua vida.

Estudo 06 – “O ESPÍRITO SANTO O CAPACITADOR DA IGREJA”


Revista Compromisso – estudosmec@pibrj.org.br - Elaborado por: Lincoln A. A. Oliveira
Texto Base: Atos 3.1-10; João 15.26; 16.7-14
Texto áureo: Atos 4:31

1. Introdução
Quando Jesus é preso e crucificado seus discípulos, antes sempre confiantes com a presença do Mestre, se
dispersam. Num primeiro momento, eles se mostram atemorizados, desnorteados e frustrados. Alguma coisa
teria que acontecer para que eles voltassem a ter a coragem e o poder necessários para levarem adiante a missão
que Jesus lhes deixara. O fato de Jesus ter ressuscitado foi um primeiro fator radicalmente transformador na vida
daqueles discípulos. Passados aqueles dias trágicos, uma segunda coisa acontece, que transformaria aqueles
homens atemorizados e fugitivos em homens de grande coragem. A chegada e a presença do Espírito iria dar-lhes
capacitação e poder para seguirem realizando o que Jesus lhe comissionara.

2. Até que sejais revestidos de poder


Cheios do ES, os discípulos e muitos crentes puderam realizar coisas que sozinhos ou por seus próprios meios,
jamais seriam capazes. Nos pontos a seguir, veremos algumas dessas capacitações que o ES concede aos crentes
e à igreja não só no tempo dos primeiros discípulos, mas até os dias de hoje.

i. Capacidade para anunciar e comunicar o Evangelho: Atos 2.2-8 nos ensina que o ES concede a capacidade de
comunicar as verdades de Deus. No texto em questão, estrangeiros puderam ouvir o Evangelho em sua própria
língua, sem a necessidade de um intérprete.

ii. Coragem: Em Atos 4.8 Pedro e João, presos perante o Sinédrio por conta do Evangelho que anunciavam, são
chamados a se defender e são ouvidos.

iii. Sabedoria: Em Atos 6.3 vamos encontrar o episódio da escolha dos primeiros diáconos. Homens de boa
reputação, cheios do ES e de sabedoria, foram separados para servir à igreja. Era necessário que eles fossem
capacitados pelo ES com o dom da sabedoria para que pudessem discernir e resolver as questões administrativas
que começavam a surgir na igreja.

iv. Poder para suportar a perseguição: Estevão, um daqueles primeiros diáconos, tornou-se o primeiro mártir do
Cristianismo. Apedrejado em público, sua reação foi de fé e coragem diante da morte. Ele sabia que mesmo tendo
o seu corpo ferido e esmagado mortalmente pelas pedras, ele continuaria vivendo ao lado do Senhor.
v. Autoridade: São inúmeras as passagens em que encontramos o ES concedendo autoridade a um crente para
que ele decida ou resolva alguma questão.

vi. Alegria nas dificuldades: “Os discípulos, porém, estavam cheios de alegria e do ES” (Atos 13.52).

3. Um exemplo inicial do ES capacitando a igreja


Em Atos 3, encontramos um relato onde Pedro e João curam um coxo de nascença, que mendigava do lado de
fora do templo. Nesse episódio, o poder do ES começa a ser mais bem percebido. Começamos a ver de forma
cada vez mais clara, o que o ES faz, em termos de capacitar os crentes e a igreja formada por eles. O curioso desse
episódio é que a manifestação do ES não ocorre “dentro da igreja”, mas sim, do lado de fora dela. Esse evento
nos mostra três sinais da ação do ES na igreja que começava a se desenvolver.

i. O primeiro sinal da presença do ES é quando os crentes andam juntos


Esse primeiro sinal não é na forma como o crente cultua, se fala em línguas, se ora poderosamente, se canta ou
toca algum instrumento. Mas sim, como ele se relaciona e se associa a outros crentes. A despeito de haver
diferenças, o ES move as pessoas a se unirem em um propósito. Você quer ver o ES agindo? Observe o que os
crentes conversam após o culto nos corredores da igreja, na cantina, no estacionamento ou na assembleia
administrativa, na quarta-feira. Qualquer um pode parecer santo no santuário na igreja, durante o culto. Mas o
verdadeiro sinal da presença do ES é como tratamos nossos irmãos crentes e o próximo em geral, em termos de
perdão, respeito, consideração, interesse, presença e solidariedade. É difícil odiar alguém com quem você se senta
para orar. É difícil falar mal e fazer intriga sobre alguém por quem você ora ao Senhor.

ii. O segundo sinal é quando conseguimos enxergar desafios fora da igreja e agir
Os apóstolos pretendiam ir ao templo orar e o coxo queria uma esmola. Diariamente ele era levado para uma das
portas do templo para pedir esmolas. Ele era coxo de nascença e tinha mais de 40 anos. O interessante é que a
cura desse homem vai ensejar um ajuntamento de pessoas e uma oportunidade para Pedro fazer um segundo
discurso marcante, após Pentecostes. Nem a cura nem o discurso haviam sido planejados pelos apóstolos ou pelo
coxo. Mas havia um plano de Deus que ninguém conhecia e que se realizaria no momento adequado.

iii. Nem sempre ouro ou prata é o que vai mudar a vida de alguém
O texto nos diz que Pedro segurou a mão do coxo e o ajudou a se levantar. Você gostaria de ver o ES se movendo?
Não se preocupe em contar quantas línguas a pessoa fala ou quantos aleluias proclama, mas sim, quantas pessoas
ela toca, encoraja, influencia, ajuda, se importa, e estende a mão. Podemos não nos deparar com uma pessoa que
perdeu sua mobilidade, como aquele coxo, mas poderemos estar cercados de pessoas que perderam alguma coisa
na vida, e precisam de nosso olhar e de nossa mão estendida para levantá-las.

4. Conclusão
O ES pode se manifestar em um culto dentro da igreja? Claro que sim. Pode se manifestar fora da igreja? Claro
que sim. O milagre de Atos 3 foi um exemplo disso. O evento atraiu uma grande multidão criando um ambiente
propício para Pedro falar do poder do evangelho para transformar pessoas. Finalizaria perguntando se as
manifestações do ES mais importantes são aquelas no culto. Ousaria responder dizendo que talvez haja mais
manifestações do ES fora da igreja, na vida dos crentes, do que em muitos cultos. Se essas manifestações fora da
igreja, não estão ocorrendo, deveriam ocorrer, pois é isso que a Bíblia nos ensina.

Estudo 07 – “O BATISMO DO ESPÍRITO SANTO”


Revista Compromisso – estudosmec@pibrj.org.br - Elaborado por: Gandhi Giordano
Texto Base: Colossenses 3.1-17; Atos 1.4-8; 2.1-4; 8.14-25; 10.34-48
Texto áureo:

1. Introdução
O batismo no Espírito Santo é uma promessa que congrega todos os chamados pelo Senhor (Atos 2.39). É uma
experiência extraordinária com Deus por meio do seu Filho Jesus Cristo. Uma experiência pessoal de fé “Todos
ficaram cheios do Espírito Santo” (Atos 2.4). O segundo capítulo de Atos dos apóstolos revela que os crentes que
receberam o Espírito Santo foram lavados e remidos no sangue do Cordeiro (Atos 8.14-19; 9.17,18; 19.1-7).

UMA PROFECIA ESPERADA DESDE OS TEMPOS DE JOEL


Pedro evocou o profeta Joel a respeito do derramamento do Espírito Santo (At 2.15-21) e clamou a todos ao
arrependimento (At. 2.38,39).

SIGNIFICADO DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO


O cumprimento da profecia de Joel é confirmada pela promessa de Jesus Cristo no momento de sua ascensão ao
Céu (At 1.8). Essa mesma passagem é citada no evangelho escrito por João 14.16, que a pedido de Jesus ao Pai
seria enviado um novo Consolador, para que estivesse sempre conosco. Conforme citado em João 16.13, Ele nos
guiaria pelo Caminho da Verdade, podendo nos anunciar coisas futuras. A presença do Espírito Santo evoca a
busca pela santidade, de forma que não devemos aborrecê-lo com desvios de conduta.

SUA HISTORICIDADE NO LIVRO DE ATOS


O Livro de Atos descreve um período de aproximadamente 32 anos (30 d.C. até 62 d.C.), tendo como foco os
Ministérios de Pedro (At 1 a 12) e de Paulo At 13 a 28). O Livro de Atos descreve a efetiva ação do Espírito Santo
e o início da história da Igreja, começando em Jerusalém e terminando em Roma. Além disso fornece um valioso
contexto histórico para as Cartas de Paulo. A ação do Espírito Santo é contínua ao longo da descrição de Lucas em
Atos.
Atos 1,2: Jesus esteve com os discípulos por 40 dias depois de sua ressureição, até ascender ao Céu. Prometeu
interceder junto ao Pai para enviar o Espírito Santo, que se manifestou de forma marcante no dia de Pentecostes.
Pedro argumentou ao público, de diversas origens, fortemente do salvador ressurreto, tendo como resultado a
conversão de 3 mil pessoas naquele dia.

Atos 3-8: Pedro e João curam um homem coxo de nascença, o que os levou a prisão por curarem em nome de
Jesus. Depois de argumentarem com o Sinédrio foram liberados da prisão. Os apóstolos sentindo a carga pesada
das atividades, com o próprio crescimento rápido da Igreja, solicitaram a incorporação de sete homens para ajudá-
los no trabalho, instituindo-se assim o diaconato. Alguns membros da sinagoga dos Libertos, dos cireneus, dos
alexandrinos, e dos da Cilícia e Ásia, discutiam com Estevão. Por não conseguirem suportar a sua sabedoria na
argumentação, subornaram pessoas para darem falso testemunho a seu respeito sobre o Templo e a Lei judaica.
Durante o julgamento o condenaram à morte por apedrejamento. Foi iniciada uma grande perseguição em
Jerusalém contra os apóstolos. Filipe foi destacado para pregar em Samaria e em outra ocasião foi enviado pelo
Espírito Santo para apresentar o evangelho ao eunuco, que se converteu e se batizou.

Atos 9-12: Saulo um dos principais perseguidores dos cristãos é convertido no caminho de Damasco. Pedro no
mesmo período aprende que deveria apresentar o evangelho também aos gentios. Durante a perseguição dos
convertidos ao evangelho, o rei Herodes Agripa I condenou a Tiago, o irmão de João, à morte por decapitação.
Pedro a seguir também foi preso, mas foi libertado por um anjo; os guardas foram condenados em seu lugar, pois
não souberam explicar como ele havia sumido da prisão. Herodes Agripa I que o condenou, em outra ocasião
morreu sendo comido por vermes.

Atos 13-15: Saulo e Barnabé são separados pelo Espírito Santo como missionários e viajam a Chipre. Lá realizaram
conversão do Procônsul. Saulo já denominado como Paulo, dá testemunho na sinagoga em Antioquia e depois
também pregou aos gentios, pois o povo da cidade também queria ouvi-los. Paulo e Barnabé pregaram em Icônio,
mas saíram fugidos dessa cidade, indo a Listra e a Derbe. Em Listra curaram um coxo e tiveram
dificuldades para não receberem sacrifícios em suas homenagens, pois foram vistos com se fossem deuses.
Os judeus de Antioquia e de Icônio seguiram seus passos e chegaram à Listra, onde incitaram o povo contra Paulo
e Barnabé. Foram apedrejados e até considerados como mortos, mas foram resgatados e protegidos
pelos já convertidos de Listra e no outro dia seguiram para Derbe. Após terem feito muitos discípulos em Derbe,
voltaram para Listra, Icônio e à Antioquia. Em Antioquia fizeram um relato sobre todas as viagens, pois por nessa
Igreja haviam sido comissionados. Paulo e Barnabé observando os problemas que estavam sendo levantados
pelos judeus sobre a circuncisão e a salvação, resolveram propor uma reunião com a Igreja de
Jerusalém.

Atos 16-20:
Paulo e Silas partiram para uma viagem missionária, haviam definido uma direção, mas em Trôade foram
redirecionados pelo Espírito Santo, que lhes indicou que deveriam passar à Macedônia. Percorreram as cidades
chegando a Atenas, a Filipos e a Corinto. A viagem incluiu Éfeso, Beréia. Foram viagens com completa direção do
Espírito Santo, que resultaram no estabelecimento de Igrejas, motivaram as Cartas de Paulo e foram responsá-
veis pela divulgação do evangelho, conforme o mandamento de Jesus Cristo. Durante estas viagens o jovem
Timóteo, junto com Erasto, recebeu a missão de visitar a Macedônia.

Atos 21-28: Paulo retornou a Jerusalém, mas sabia que o ambiente lhe seria hostil. Durante as celebrações no
Templo, Paulo foi hostilizado pelos judeus que vinham das terras onde pregara e ocasionaram a sua prisão. De
Jerusalém fora encaminhado para Cesareia, onde ficou por quase dois anos à espera de julgamento ou de
encaminhamento para Roma, para ser julgado por César.

SUA EVIDÊNCIA NO TESTEMUNHO CRISTÃO


Em todo o Livro de Atos, verifica-se a presença do Espírito Santo. O próprio momento do recebimento pelos
apóstolos, que estavam reunidos em Jerusalém à espera do Espírito Santo, foi uma oportunidade, pois atraiu pelo
barulho e pelo comportamento dos apóstolos uma grande quantidade de pessoas, contribuindo para a conversão
de três mil pessoas neste dia de Pentecostes. Com o início da perseguição aos convertidos ao evangelho, os do
caminho, houve a orientação do Espírito Santo para a relocalização de suas atuações.
Pedro reviu a sua determinação de só pregar aos judeus. Pela seleção de obreiros e pela conversão e
orientação e proteção de Paulo em diversas circunstâncias. O Espírito Santo continua em cada um de nós,
nas nossas igrejas e sem Ele nada podemos fazer, pois foi enviado por Jesus Cristo para estar no nosso meio.
Conclusão
Ser batizado pelo Espírito Santo é um privilégio concedido aos que aceitaram Jesus Cristo como seu único salvador.
No ato da conversão somos tomados pelo Espírito Santo, pois os nossos pecados foram perdoados. É fundamental
que busquemos a santificação em todos os momentos de nossas vidas, pois agora somos Templo do Espírito
Santo.

TEXTO BÍBLICO PARA CONCLUIR - Atos 1.4-8: O poder do Espírito que se manifesta
Jesus ordenou-lhes que se mantivessem em Jerusalém, pois ali receberiam o Espírito Santo. Sabemos hoje,
como já foi comentado, que até a forma com que ocorreu este ato, foi fundamental para a atração de pessoas e
a conversão de muitos. Para seguir a Jesus é fundamental o seguirmos, atendendo a cada orientação de
forma detalhada.

Estudo 08 – “A PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO”


Revista Compromisso – estudosmec@pibrj.org.br - Elaborado por: Solange Lívio
Texto Base: Efésios 3;4; 5.15-21; Romanos 8.1-30
Texto áureo: Efésios 5:18

1. Introdução
“...enchei-vos do Espírito” (Efésios 5:18). Sendo crentes em Cristo, recebemos a graça da salvação eterna e, com
ela, a bênção da presença do Santo Espírito de Deus em nós, de forma permanente. Isso nos leva a ter em mente
que o Espírito Santo não é um visitante ocasional, que vem, se retira, retorna e assim acontece,
alternadamente. Não. Ele veio para ficar e fazer em nós morada, cumprimento da promessa feita por Jesus em
João 14:16 e 17, reiterado na Bíblia em 1 Coríntios 6:19, texto que nos adverte de que somos templo do Espírito
Santo, que em nós habita, proveniente de Deus. Assim, encher-nos do Espírito não significa receber uma nova
bênção, diferente daquela que já nos foi concedida no momento de nossa conversão a Cristo, mas sim preservar
ou retomar, em todas as áreas da vida, a influência e o domínio exercidos por Alguém que já se encontra dentro
de nós. Conhecer mais para melhor viver essa experiência espiritual em nossa caminhada cristã é o que estamos
buscando com o estudo sobre A Plenitude do Espírito Santo.

2. Desenvolvimento
Inicialmente, precisamos compreender que estar cheio do Espírito é uma ordem divina. O texto bíblico apresenta
o verbo no imperativo: enchei-vos. Assim considerado, não estar cheio do Espírito, além de nos tornar
incompletos nesse quesito espiritual, caracteriza negligência, portanto pecado, em relação a um mandamento de
Deus, dirigido a todos os cristãos, de todos os tempos, em qualquer lugar e ocasião que se encontrem. É de se
notar que, diferente do modo como o Espírito Santo nos foi concedido por Deus, sendo Ele mesmo uma dádiva
divina, o processo que leva o cristão a estar cheio do Espírito envolve a participação humana. Há responsabilidade,
correspondência e ações necessárias de nossa parte para que sejamos crentes continuamente cheios do Espírito.
O primeiro passo é, sem dúvida, renunciar ao pecado, seguindo o ensino de Romanos 6:11: “Assim também vós
considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus”. O Espírito de Deus que em nós habita
é santo e sua obra em nossa vida será sempre em direção à santidade.

Os versos seguintes a Efésios 5:18 nos apresentam algumas ações que, ao mesmo tempo em que servem como
evidências de um cristão cheio do Espírito Santo, funcionam também como meios para a obtenção desse nível
espiritual desejado. São práticas que se referem ao exercício da Palavra de Deus, à adoração ao Senhor, à
gratidão a Deus e à comunhão entre os crentes. Assim nos ensinam a fazer os versos de 19 a 21:

- falarmos entre nós com salmos;


- entoarmos e louvarmos de coração ao Senhor, com hinos e cânticos espirituais;
- darmos sempre graças a nosso Deus e Pai por tudo;
- sujeitarmo-nos uns aos outros no temor de Cristo, o que significa respeito aos direitos e deveres uns dos outros
dentro da Igreja, da família e também na sociedade, como mencionam os versos de 5 a 9 do capítulo 6.
Assim sendo, quanto mais o cristão se exercita nessas práticas espirituais, mais cheio do Espírito Santo vai se
tornando e mais evidentes ficam a influência e o controle do Espírito de Deus em seu coração. Necessário é que
assim seja para que as marcas de Cristo sejam vistas em seu viver, uma vez que transformar o caráter do crente
à semelhança de Jesus é um dos objetivos da ação do Espírito Santo. Como resultado, aquele que vive
permanentemente cheio do Espírito de Deus torna-se mais fortalecido no testemunho de sua fé e mais capacitado
para o serviço cristão.
3. Conclusão
Diante dessas considerações, concluímos que estar constantemente sob a influência do Espírito de Deus, ser
controlado por seu poder para viver em santidade, de acordo com o padrão de sua Palavra, e refletir o
caráter de Cristo em nossos atos de relacionamentos e serviço, sempre com o coração grato e transbordante em
louvor ao Senhor, é um grande privilégio. Afinal, quem assim vive está cheio do Espírito de Deus; está vivendo a
Plenitude do Espírito Santo.

Estudo 09 – “A POSSE DOS DONS ESPIRITUAIS”


Revista Compromisso – estudosmec@pibrj.org.br - Elaborado por: Gandhi Giordano
Texto Base: Romanos 12.1- 8; 1Coríntios 12.1-31
Texto áureo: Romanos 12:4,5

1. Introdução
Quando o homem se aproxima de Deus e se compromete em cumprir a sua santa vontade, recebe habilidades
práticas que cooperam na edificação da sua igreja. Esse é o objetivo dos dons, o aperfeiçoamento dos santos para
a edificação do Corpo de Cristo (Ef 4.12).
Para fazer parte do Corpo de Cristo é preciso viver uma vida exemplar.

2. Desenvolvimento
ACLARANDO O SIGNIFICADO DE DONS ESPIRITUAIS
Os dons são aptidões (habilidades) concedidas por Deus, aos crentes, por meio do Espírito Santo, para auxílio na
propagação do evangelho de Jesus Cristo e na edificação da igreja. Os dons são listados nas Cartas escritas pelo
apóstolo Paulo: 1Coríntios 12, (7) a manifestação é concedida a cada um visando a um fim proveitoso; aos
Romanos 12 (4 e 5) o corpo é formado por muitos membros com diferentes funções e na carta aos Efésios 4, (1 a
6) nos quais descreve a unidade pelo amor.

DOM DO ESPÍRITO SANTO E DONS ESPIRITUAIS: QUAL A DIFERENÇA?


Dons e dom do Espírito Santo – Quando na Bíblia encontra-se dons (no plural) refere-se às aptidões recebidas
pelos crentes. Se for referido ao dom do Espírito Santo, refere-se ao recebimento do Espírito Santo, sempre que
o pecador aceita Jesus Cristo como Salvador, que o integra ao Corpo de Cristo (Igreja).

EFETIVA MANIFESTAÇÃO DOS DONS NA VIDA DO CRENTE


Os dons são entregues ao crente, conforme o propósito de Deus, não sendo mérito de ninguém. São ferramentas
entregues nas mãos dos salvos, que devem ser usadas para ajudar na obra do reino de Deus (1Pedro 4.10,11).
Pedro nos escreve que devemos ser bons mordomos da multiforme graça de Deus.

POSSO TER TODOS OS DONS?


Paulo deixou claro em 1Coríntios 12.31 que devemos buscar os melhores dons que recebemos, para ajudar na
obra de Deus. Cada um pode ter uma função específica e deve ficar satisfeito por contribuir para que todo o Corpo
de Cristo seja edificado. Paulo nos lembra que o corpo é formado de muitos membros, por isso devemos nos
alegrar por fazer parte do corpo e não por ter um reconhecimento específico.

O CAMINHO MAIS EXCELENTE PARA ELES


O próprio apóstolo Paulo escreveu: “Procurai com zelo os melhores dons. E agora vos mostrarei um caminho
muito superior (1Coríntios 12.31)”. Esse texto não qualifica os dons, mas nos estimula a utilizar os que forem mais
úteis às atividades na edificação da igreja de Cristo. O importante é sabermos que recebemos os dons de Deus. O
que Deus tem para dar a cada um de nós é o “melhor dom”.
3. CONSIDERAÇÕES
Alguns crentes, possivelmente para justificar a sua apatia, dizem não ter nenhum dom; outros acreditam ter mais
dons do que realmente possuem, assim caindo em exageros e erros. Para ser usado por Deus precisamos saber
as respostas destas três perguntas: O que é um dom espiritual? Qual é o dom que Deus me concedeu quando me
salvou? Como devo usar este dom?

TEXTOS BÍBLICOS PARA CONCLUIR


1 Coríntios 12.1-6: Dons do Espírito Santo “A respeito dos dons espirituais...Ninguém que possua o Espírito Santo
pode dizer: Maldito é Jesus! E ninguém pode dizer: Bendito é o Senhor! A não ser que seja pelo Espírito Santo”.
Romanos 12.4.5:” Pois assim como em um corpo temos muitos membros, e todos os membros não têm a mesma
função, assim também nós, embora muitos, somos um só corpo em Cristo e, individualmente, membros uns dos
outros”.

Estudo 10 – “A DIVERSIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS”


Revista Compromisso – estudosmec@pibrj.org.br - Elaborado por: Gandhi Giordano
Texto Base: 1 Coríntios 14
Texto áureo: 1 Coríntios 14:12

1. Introdução
A Primeira Carta aos Coríntios teve o objetivo de advertir sobre os problemas e os costumes, que a igreja estava
vivenciando. As divisões e contendas (1.10,11), espírito mundano (3.3), imoralidade sexual e prostituição
(5.1;6.16, 7.2), idolatria (10.14-20,21), glutonaria e egoísmo (11.21, 22, 33, 34), ignorância e confusão quanto aos
dons espirituais, incluindo o dom de línguas (12.1,2,7-31).

2. Desenvolvimento
COMO DESCOBRIR OS DONS ESPIRITUAIS EM MINHA VIDA?
Os dons podem estar facilmente perceptíveis ou não. No versículo 1Co 12.31 tem-se: “Portanto, procurai com
zelo os melhores dons e eu vos mostrarei um caminho mais excelente”. Devemos procurar o dom que esteja em
acordo com as nossas habilidades, mas sobretudo conforme a vontade de Deus. O dom será útil para a igreja e
não deve servir à nossa promoção pessoal.

COMO PERMITIR A OPERAÇÃO DOS DONS EM MINHA VIDA?


Precisamos procurar os melhores dons com zelo e com muita oração (1Co 12.31).
Conscientizados do dom ou dons devemos ser obedientes e fiéis a fim de os receber e usá-los para cumprir a
missão recebida do Senhor. Devemos valorizar a santidade dos dons recebidos de Deus. Nessa direção Paulo
escreveu a Timóteo (1Timóteo 4.15) exortando-o a estar ocupado e servindo ao Senhor, para que houvesse
progresso a ser observado.

DONS
Capacidades e habilidades concedidas a todos os crentes para o seu desempenho no serviço cristão:
a) Romanos 12 – Paulo revela que os crentes são um só corpo em Cristo, que andam neste mundo em fé e pela
fé servindo uns aos outros na congregação dos santos. Nesta parte da Carta aos Romanos a ênfase é nos dons da
profecia, do ensino, da exortação, da regra e da misericórdia.
b) 1Coríntions 12 e 14 – Nestes textos Paulo parece responder a igreja de Corinto, ou mesmo esclarecer aquilo
que soubera. Os dons tinham e tem o objetivo de preparar a igreja para a unidade e a volta de Jesus. Paulo
esclarece também sobre a importância de cada dom.
1Coríntios 12.1-31 – Esta carta aos coríntios foi escrita para, principalmente, combater a rebeldia, as divisões e a
falta de amor que tinham sido causadas pelo orgulho e pela presunção nessa igreja.
No versículo 14.1 Paulo estimula que sigam o amor para procurar os dons, de forma muito ardente. Os dons não
podem ser distribuídos ou repartidos entre os irmãos, mas precisam ser buscados com oração.
c) Efésios 4 – Paulo exorta os cristãos aos seus deveres, com união e articulação perfeita entre os membros, para
a busca do homem perfeito no Corpo de Cristo. Em Efésios 4.16 há uma explicação sobre isto.
d) João 4.24 – O apóstolo João nos ensinou que “Deus é espírito; e importa que o adoremos em espírito e em
verdade”.
A HUMILDADE NO USO DOS DONS
O texto de Romanos 12.1-8 trata das virtudes da humildade e da obediência na busca da vida plena no Espírito
Santo. A humildade deve ser a base da vida cristã, sólida e duradoura. O nosso Mestre Jesus é o Mestre da
humildade, pois veio ao mundo na forma de servo. “[...] que, existindo em forma de Deus, não considerou o fato
de ser igual a Deus algo a que devesse se apegar, mas, pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a forma
de servo e fazendo-se semelhante aos homens. Assim, na forma de homem, humilhou a si mesmo, sendo
obediente até a morte, e morte de cruz” (Fp 2.6-8).

3. Conclusão

No estudo observamos que os dons são diversos, mas devem ser frutos de busca com muita oração para que
possamos os identificar e usar. Os dons são para o serviço do reino de Deus, por isso devemos seguir com amor e
zelo na procura e no uso dos dons espirituais.

TEXTOS BÍBLICOS PARA CONCLUIR


Efésios 4.7-11 – Dons distribuídos à medida repartida por Cristo. No texto temos que a graça foi concedida a
cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo. Quando Cristo subiu às alturas, concedeu dons aos
homens. Uns receberam dons de apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores
e mestres.

Estudo 11 – “O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO”


Revista Compromisso – estudosmec@pibrj.org.br - Elaborado por: Gandhi Giordano
Texto Base: Gálatas 5;6
Texto áureo: Gálatas 6:8

Os frutos são normalmente colhidos pelo que semeia, por isto é fundamental semearmos para o Espírito Santo,
pois assim colheremos a vida eterna.

2. Desenvolvimento
Gálatas 5 e o ensino de Paulo
Os mestres judeus legalistas da Galácia estavam incitando os crentes a seguirem pela Lei Judaica, devendo
iniciarem pela circuncisão (Gl 6.12,13). Era uma estratégia do mal para prejudicar a vida entre os cristãos e a
evangelização. A Lei e todos os preceitos estabelecidos pelos mestres judeus compõe um caminho de obstáculos
de impossível transposição (Rm 3.10-18). O caminho a verdade e a vida é Jesus, caminho que pode ser trilhado se
aceitarmos a graça da salvação, pelo sacrifício da morte de Jesus para nos redimir de todos os nossos pecados.
Paulo mostrou que as obras da carne (Gl 5.16,18,22,23), ou as instigações do maligno (Mt 16.23; At 5.3), se
contrapõe às obras do Espírito Santo ou aquelas realizadas pelo espírito humano regenerado. Jesus com o ensino
da videira (Jo 15.1-5) nos mostra que para produzirmos frutos é preciso que estejamos ligados a Jesus, pois sem
Ele nada podemos fazer.

DOM DO ESPÍRITO E FRUTO DO ESPÍRITO: DIFERENÇAS


Os dons são concedidos pelo Espírito Santo, como capacidades sobrenaturais dadas ao Corpo de Cristo para
atuação útil à edificação da igreja, ou a um fim proveitoso (1Co 12.7). Quem desejar dons deve procurar
desenvolver os que servem para a edificação da igreja (1Co 14.12). O recebimento do Dom não é meritório, mas
a sua distribuição é por vontade do Espírito Santo (1Co 2.11). Mesmo que a escolha para o recebimento dos dons
não seja nossa, a escolha para o uso dos melhores dons, se tivermos mais de um, deve ser nossa (1Co 12.31).

Os dons são o nosso potencial, as nossas habilidades, enquanto os frutos são os resultados de nossa dedicação e
trabalho ao Reino de Deus. O fato de possuir dom, não nos torna espirituais, pois na igreja de Corinto (1Co 1.7)
todos possuíam dons. A forma de proceder nos torna carnais (1Co 3.1,3) ou espirituais. Em 1Co 12.8-10 é feita
uma apresentação de nove dons, percebendo-se uma classificação dos dons espirituais.

AS OBRAS DA CARNE QUE SE OPÕEM À SANTIFICAÇÃO


As obras da carne se referem às de natureza que domina o velho homem e o leva a praticá-las, conforme descritas
em Gálatas 5.19-21. Na teologia bíblica a palavra carne denota a fragilidade da natureza humana. Jesus alertou
aos discípulos, e a todos nós, sobre a fragilidade de nossa natureza carnal, nos orientando a vigiar e orar (Mt
26.41).

A natureza pecaminosa produz concupiscência, luxúria, desejos descontrolados e paixões impuras (2Pe 2.10). A
Bíblia nos ensina que a concupiscência não procede de Deus (1Jo 2.16). A cobiça é uma forma de cometer diversos
pecados, que transtornam a vida de quem a teve, como potencialmente pode causar danos a muitos. O primeiro
casal, Adão e Eva, foi motivado pela cobiça e trouxe imensas e terríveis consequências para a humanidade (Gn
3.6). A cobiça de Acã o levou à morte (Js 7.21). Paulo nos orientou em Gálatas 5.17, no embate entre a carne e o
espírito, para que não percamos o controle.

O FRUTO DO ESPÍRITO QUE SE OPÕE À CARNALIDADE


Os frutos do Espírito são os hábitos e princípios misericordiosos que o espírito Santo produz em cada cristão.
Assim como um agricultor cultiva uma planta, com toda atenção, para que obtenha uma ótima colheita, da mesma
forma devemos manter a nossa vida cristã, para que seja uma vida com muitos frutos (Jo 15.1-5).
A SANTIDADE QUE O ESPÍRITO SANTO GERA NA VIDA DO CRENTE
Durante a busca a Deus em oração, o Espírito Santo vai mostrando ao crente o caminho a seguir e a decisão a ser
adotada. Esta experiência de vida leva o servo do Senhor a uma estatura de homem perfeito (Ef 4.13).

3. Considerações
Neste estudo aprendemos a crer ou fortalecemos a nossa crença que é Deus quem distribui livremente os dons.
Que os dons não são limitados a uma lista. O poder de Deus é ilimitado, mas devemos estar preparados e
disponíveis para receber cada dom que nos seja entregue.
Os dons espirituais estão ativos e disponíveis para a igreja do Senhor Jesus Cristo, para a edificação dos santos e
isto não morreu no tempo dos apóstolos.
É necessário que cada crente esteja vigilante, para que a busca pela santidade e de uma vida em oração prevaleça
à vontade da carne.

TEXTOS BÍBLICOS PARA CONCLUIR


Gálatas 5.16-21 – “Andar em Espírito “, condições para que a vontade da carne seja vencida
Andar no espírito para nunca satisfazer os desejos da carne. As obras da carne, de forma evidente são:
imoralidade, impureza e indecência; idolatria e feitiçaria; inimizades, rivalidades e ciúmes; ira, ambição egoísta,
discórdias, partidarismo e inveja; bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a essas. Quem vive pela carne não
herdará o reino de Deus.

Gálatas 5.22-26 – Fruto do Espírito – O que o Espírito produz na pessoa é a salvação, que se apresenta com as
características do fruto do Espírito. Uma característica do salvo é que apresenta de forma espontânea os frutos
do espírito, que são: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, amabilidade e domínio
próprio.

Estudo 12 – “COMO SER INSTRUMENTO DO FRUTO DO ESPÍRITO SANTO”


Revista Compromisso – estudosmec@pibrj.org.br - Elaborado por:
Texto Base: Mateus 7.15-23
Texto áureo: Mateus 7:20

1. Introdução
A mensagem inicia com um alerta de Jesus Cristo sobre os falsos profetas e sua orientação para a observação dos
frutos, pois cada um será reconhecido por seus frutos. O Espírito Santo produz frutos na vida do crente que são:
o amor, a alegria, a paz, a paciência, a amabilidade, a bondade, a fidelidade, a modéstia e o autodomínio. Como
viver com estes frutos deve ser a busca prática de vida do crente.

2. Desenvolvimento
A MANIFESTAÇÃO DOS FRUTOS NA VIDA DO CRENTE
Os frutos na vida do crente é que fazem diferença no meio onde vivem ou passam. Na passagem de 2Coríntios
2.15 o crente em Cristo é comparado a um aroma sendo bem percebido por onde passa. O crente é agradável a
qualquer distância e deve frutificar na sua vida familiar, conjugal, ministerial e profissional.

COMO SER INSTRUMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DO FRUTO DO ESPÍRITO?


COMO DESENVOLVER O FRUTO DO ESPÍRITO
O reino de Deus consiste em poder, justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Quem nasceu no Espírito Santo está
sob este poder e pode abandonar sua antiga natureza. O poder do céu ajuda-o a viver uma vida que seja agradável
a Deus. Uma mesma árvore não pode dar frutos de naturezas diferentes, como descrito a seguir: Na passagem da
Carta aos Gálatas 5.19-21 temos listados os frutos da carne; na passagem seguinte de Gálatas 5.22-23 estão
listados os frutos do Espírito Santo. O crente não tem em suas vidas as obras da carne.

AS EVIDÊNCIAS DO FRUTO DO ESPÍRITO SANTO NA VIDA DO CRENTE


Os frutos do Espírito são importantes não só para as vidas daqueles que as tem, mas também dos que podem ser
influenciados. O crente pode ser visto e sentido, logo é sempre observado. Uma vida bem vivida é sempre uma
atração para os que estão ao seu redor, sendo literalmente um ponto de irradiação da presença de Deus. As
evidências do fruto do Espírito, falam por si e são as melhores evidências da transformação de uma vida. Estas
pessoas são guiadas pela verdade, evitam o pecado, são impelidos a amar a Deus e a fazer a sua obra. O fruto do
Espírito Santo é o objetivo de Deus para nossas vidas.

AUTORIDADE DO ESPÍRITO SANTO NA VIDA DA IGREJA


É preciso que os crentes sejam revestidos do poder do Espírito Santo de Deus, para que realizem a sua obra.
Conforme a mensagem recebida por Zacarias do anjo, escrita em Zacarias 4.6, o triunfo não será por força nem
pelo poder, mas pelo Espírito Santo.

3. Considerações
O Espírito Santo é um espírito de união, que se manifesta entre irmãos e em uma igreja. A santificação da igreja,
torna-a viva e frutifica o dom da comunhão. O ensino da Palavra à igreja e aos crentes permite que sejam
enfrentadas as artimanhas do mal.

TEXTOS BÍBLICOS PARA CONCLUIR


Filipenses 4.1-9 – Cada crente deve pensar no que for útil para realizar serviços
Paulo nos ensina nesta passagem que o Senhor está perto, logo não devemos ter ansiedade, mas devemos colocar
os nossos pedidos ao conhecimento pleno de Deus, ou seja, devemos confiar. Se vivermos o que é honesto,
verdadeiro, justo, puro, o que tenha virtude e que nisto haja louvor, estaremos com Deus e o Senhor estará
conosco.

Colossenses 4.2-6: Oração, instrumento indispensável para promover e exercer os dons por meio do fruto do

Espírito Santo – A mensagem é para perseverarmos na oração e mantermos ações de graças. Pedir e agradecer,
para que a comunhão com Deus seja mantida. As nossas palavras e ações devem ser bem temperadas e ter
sabedoria, para que as oportunidades de apresentar o evangelho sejam aproveitadas.

Mateus 7.20 – Conheceremos e seremos reconhecidos pelos frutos.

Estudo 13 – “A PRESENÇA DO ESPÍRITO SANTO NA VIDA CRISTÔ


Revista Compromisso – estudosmec@pibrj.org.br - Elaborado por: Gandhi Giordano
Texto Base: 2 Timóteo 2.1-26 Judas 16-21
Texto áureo: 2 Timóteo 2:22

1. Introdução
O salvo pertence a Deus e seu corpo é habitação do Espírito Santo (I Coríntios 6.19). Tendo o Espírito Santo como
conselheiro, consolador e guia, o salvo realiza as tarefas que Jesus Cristo executaria no seu ministério, hoje por
meio da igreja.
2. Desenvolvimento
COMO PODEMOS SENTIR A PRESENÇA DO ESPÍRITO SANTO?
Sabemos que o Espírito Santo “testifica do Pai e do Filho”. Ele revela e ensina a verdade de todas as coisas.
Somente mantemos esta comunicação privilegiada pelo poder do Espírito Santo e essa comunicação nos é
garantida pela salvação.

Pela Palavra de Deus sabemos que o Espírito Santo participa de nossas vidas. Todos os crentes, nascidos de novo,
são habitados pelo Espírito Santo, logo é esperado que sejam controlados. Se na caminhada e na luta o crente
estiver cheio do Espírito Santo, o Espírito Santo passa a ter controle de sua vida.

COMO PODEMOS SER RECEPTÍVEIS E NOS TORNAR VASOS DE BENÇÃO?


O Espírito Santo é um habitante totalmente especial, sendo assim, o vaso abençoado que o contiver, deve ser um
corpo e espírito totalmente dedicado a este fim (Cl 3.16). O Espírito Santo ocupará todos os espaços em nossa
vida e não há como ser seletivo, pois, temos que preparar o ambiente para sermos habitados, sem reservas.
O vaso será preparado pelo próprio oleiro, para isto precisamos ser barro mole, pois não podemos ser moldados
com rachaduras ou quebrados por nossa rigidez (Jr 18.6).

COMUNHÃO COM O ESPÍRITO SANTO NA VIDA CRISTÃ


No versículo de 2Coríntios 13.13 tem-se “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor e a comunhão do Espírito Santo
sejam com todos vós”. Nesta passagem as três pessoas da divindade são companheiros ativos dos crentes. O amor
do Pai, a graça do Senhor Jesus Cristo e o vínculo fraternal mantido pelo Espírito santo, que nos leva a sermos e
nos sentirmos como o Corpo de Cristo. A graça e o amor são tão potentes que só podem ser de origem divina.
“Porque pela graça sois salvos... (Ef 2.8)”, e “Porque Deus amou o mundo... (Jo 3.16). O Espírito Santo tem a função
de garantir a comunhão do crente com o Senhor Todo-poderoso.

O QUE É COMUNHÃO COM O ESPÍRITO SANTO?


Vamos refletir um pouco mais sobre o significado da palavra comunhão. Considerando que o significado é fruto
de uma relação de coabitação, tem-se:

a) comunhão: Sintonia de sentimentos, de ação e identificação;


b) confraternizar: relação fraterna entre coabitantes, com alegria mútua;
c) compartilhamento: expressão mútua de sentimentos, como descrita pelos apóstolos (“Porque pareceu bem
ao Espírito Santo e a nós [...]” At 15.28);
d) parceria – trabalhar com o Espírito Santo, trabalho em parceria;
e) intimidade: o amor que temos, foi-nos derramado por Deus nos nossos corações, pelo Espírito Santo que nos
foi outorgado (Rm 5.5);
f) amizade – o Espírito Santo é o seu parceiro nas alegrias, nas angústias e no que vier;
g) camaradagem – no termo original o significado é de comandante, de guia.

3. Considerações
Os pontos estudados ajudam ao crente a descobrir a obra do Espírito Santo. A vida comum com o Espírito Santo,
permite ao crente colher frutos no caminho da santificação (Rm 6.22; Gl 5.22), o que estimula a imitação a Cristo.
O acolhimento das bem-aventuranças, o estudo e a meditação da Palavra de Deus, a vida cristã consciente, a
oração individual, familiar e comunitária e a prática do ensino da Palavra de Deus, resultam na presença do
Espírito Santo em nossas vidas.

TEXTOS BÍBLICOS PARA CONCLUIR


I Timóteo 6.11-16: Manifestações do Espírito Santo
“Seguir a justiça, praticar a piedade, ter fé, viver com amor, ser constante, e manso. Combater o bom combate da
fé e tomar posse da vida eterna, para a qual fomos chamados. Guardar o mandato de Deus, de forma imaculada,
ou seja, guardar a nossa salvação obtida pela graça de Jesus Cristo.

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