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A Doutrina da
Trindade
Analisada a luz das escrituras.

1ª Edição
Ano de publicação, 2023
CENESE

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FICHA TÉCNICA

Centro de Estudos das Sagradas Escrituras.


Cidade de Cotia - SP

Autor Marcos S Pinho.

Este livro foi editado e elaborado pela CENESE.

A doutrina da trindade – São Paulo Brasil

Brochura ISBN: 9786587993072

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FICHA CATALOGRÁFICA

Proibida a reprodução que ultrapasse duzentas palavras


deste livro.
Todos os direitos são reservados à CENESE.

Expediente
Editor: Marcos S Pinho
Capa: Moisés Pinho
Projeto gráfico e diagramação: Marcos S Pinho

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Índice

Capítulo - 1 Prefácio.........................................................................................7
Capítulo - 2 Ouve Israel, O Eterno É Um. ...........................................................9
Capítulo - 3 O Mitraísmo E O Cristianismo Romano. ........................................ 10
Capítulo - 4 O Que É A Trindade Cristã? .......................................................... 13
Capítulo - 5 A Trindade Em Outras Religiões. .................................................. 17
Capítulo - 6 A Trindade Do Antigo Egito. ......................................................... 18
Capítulo - 7 A Trindade Da Índia (Hinduísmo) .................................................. 21
Capítulo - 8 A Trindade Na Antiga Babilônia. ................................................... 23
Capítulo - 9 A Visão Sobre A Trindade, Segundo Alguns Líderes Cristãos. ......... 24
Capítulo - 10 A Visão Toraísta Sobre Deus........................................................ 26
Capítulo - 11 Gênesis 1:02 – O Espírito De Deus Ou O Vento De Deus? ............ 29
Capítulo - 12 Gênesis 1.2 – “O Deus Espírito Pairava” O Que Realmente Diz O
Texto Hebraico? .................................................................................... 38
Capítulo - 13 Dt 6.4 Echad E Yachid................................................................. 43
Capítulo - 14 O Espírito Santo Fala, Então É Outra Pessoa? .............................. 46
Capítulo - 15 A Palavra “Elohim” E A Palavra “Deus”. ...................................... 50
Capítulo - 16 Quem Foi O Único Que Criou O Universo? .................................. 60
Capítulo - 17 O Pai É Nosso Único E Suficiente Salvador. ................................. 64
Capítulo - 18 Jesus É Filho De Deus? ............................................................... 68
Capítulo - 19 Compreendendo João 10.31-38 ................................................. 70
Capítulo - 20 Devemos Adorar Jesus? ............................................................. 74
Capítulo - 21 Jesus É Eterno? .......................................................................... 85
Capítulo - 22 Jesus É O "Eu Sou", Ou Existia Antes De Abraão? ........................ 89
Capítulo - 23 Paulo Ensinou Que Jesus Era Um Deus?...................................... 95
Capítulo - 24 O Que Jesus Ensinou Sobre Si Mesmo? ..................................... 106
Capítulo - 25 João 1:1 E A Divindade De Jesus. .............................................. 111
Capítulo - 26 - Jesus É O Porta Voz De Deus. ................................................. 116
Capítulo - 27 Jesus É O Próprio Pai? .............................................................. 120
Capítulo - 28 Jesus É Deus, Segundo Isaías 6:8 E Jo 12:37? ............................ 126
Capítulo - 29 Jesus E A Trindade Segundo Gênesis 19:24 ............................... 130
Capítulo - 30 Jesus Realmente Criou O Mundo? ............................................ 132
Capítulo - 31 O Que Jesus Ensinou Sobre A Trindade? ................................... 136
Capítulo - 32 O Que Jesus Ensinou Sobre A Trindade? ................................... 139
Capítulo - 33 Jesus É Deus Por Ter Dito “Eu E O Pai Somos Um” ? .................. 142
Capítulo - 34 O Espírito Santo Fala, Então É Outra Pessoa? ............................ 145

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Capítulo - 1 Prefácio

Marcos Santos Pinho é um teólogo renomado e estudioso da língua


hebraica e grega, conhecido por seus livros; A divindade de Jesus, A
luz do Amanhã, Bíblia Israelita, Salmos hebraico e português e outros
livros relacionados a bíblia. Nascido em 5 de junho de 1982, na cidade
de Ibicuí, Bahia, Marcos sempre teve um interesse profundo pela
teologia e pelo estudo da bíblia.
Com o objetivo de ajudar aqueles que buscam mais informações
sobre o assunto, Marcos escreveu o livro "A doutrina da trindade".
Neste livro, ele apresenta uma contestação à crença da trindade,
estabelecida entre o segundo e o quarto século depois de Jesus e
tornada a crença fundamental do cristianismo.
Este livro apresenta uma visão única e ousada sobre a crença da
trindade, um dos pilares do cristianismo. O autor, Marcos Santos
Pinho, se aprofunda em uma análise rigorosa dos versículos bíblicos
usados como defesa para o dogma da trindade, questionando se esses
textos foram corretamente traduzidos e compreendidos.
Por séculos, a igreja católica ensinou aos seus membros a acreditar na
trindade, que foi estabelecida entre os séculos 2 e 4 d.C. como a
crença fundamental do cristianismo. Aqueles que discordavam eram
punidos, às vezes com a morte, e suas vozes eram silenciadas. A
escrita sobre o assunto também estava limitada a concordar com a
doutrina estabelecida.
Mas após 1700 anos, o dogma da trindade tornou-se verdade para
muitos. No entanto, este livro coloca em questão se essa crença é
realmente fundamentada na bíblia, e se estamos compreendendo
corretamente seus ensinamentos. O autor apresenta uma visão
inovadora e crítica, baseada em uma pesquisa rigorosa e análise dos
textos sagrados.
Este livro é uma leitura obrigatória para aqueles que buscam uma
compreensão profunda e questionadora da doutrina da trindade, e é
uma obra valiosa para aqueles interessados em religião, teologia e
história. Com sua abordagem rigorosa e crítica, o livro é certamente
um passo importante na revisão e questionamento da crença
trinitariana.

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A Doutrina da Trindade Introdução

Capítulo - 2 Ouve Israel, o ETERNO é um.

Israel estava cercada por nações gentílicas, nações com dezenas de


deuses. Fazia pouco tempo que eles tinham saído do Egito, terra de
deuses. Muitos israelitas foram tentados a adorar os deuses das
nações circunvizinhas, por isso Moises alerta em Dt 6.4 que o Eterno
é um.
O Shema (Ouve) é para alertá-los para não imitar os idolatras das
nações vizinhas, serve para dizer que, as nações têm muitos deuses,
mas Israel deve ter apenas um, IeHoVaH o Soberano.
Naquela época já existiam deuses com nomenclaturas
antropomórficas, tais como; deus pai, deus filho, deusa mãe etc.
Israel estava cercado por essas divindades das nações gentílicas, por
isso Moises alertou dizendo:
“Ouve Israel, IeHoVaH é o nosso Deus, IeHoVaH é só um.” Dt
6.4
Esse foi e será o motivo pelo qual devemos recitar o “Ouve” para
nunca sair de nossas mentes que só existe um Deus criador dos céus
e da terra.

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A Doutrina da Trindade Introdução

Capítulo - 3 O mitraísmo e o cristianismo romano.


O mitraísmo é uma religião de mistério que se originou no Império
Romano no século I d.C. e se difundiu principalmente entre soldados
e comerciantes romanos. A religião é baseada no culto ao deus persa
Mitra, que era considerado um deus do sol e da luz.
A origem do mitraísmo é incerta, e há várias teorias que tentam
explicá-la. Alguns estudiosos acreditam que a religião se originou na
Pérsia, onde Mitra era cultuado como um deus da luz e do sol,
enquanto outros apontam a Índia ou a região da Capadócia, na atual
Turquia, como possíveis berços do mitraísmo.
De acordo com a teoria mais aceita atualmente, o mitraísmo teria
surgido como uma síntese de crenças e práticas religiosas de
diferentes culturas, incluindo o zoroastrismo persa, o hinduísmo
indiano e o culto romano de Sol Invictus.
As fontes primárias para o estudo do mitraísmo são principalmente
iconográficas, já que a religião não produziu nenhum texto escrito. As
representações artísticas de Mitra e seus rituais, que incluem cenas
de sacrifício de touros, banquetes sagrados e a iniciação de novos
membros na religião, são encontradas em toda a bacia do
Mediterrâneo e em áreas tão distantes quanto a Grã-Bretanha e a
Pérsia.
Outras fontes para o estudo do mitraísmo incluem relatos de
escritores antigos como Plutarco, Porfírio e Tertuliano, que
escreveram sobre a religião e seus rituais. Além disso, muitas
inscrições foram encontradas em cavernas ou "mithraea", onde os
mitraístas se reuniam para realizar seus ritos secretos.

No entanto, como o mitraísmo foi suprimido após a ascensão do


cristianismo no Império Romano, muitas evidências foram perdidas
ou destruídas. Por isso, muitas questões sobre a religião ainda
permanecem sem resposta, e a origem exata do mitraísmo continua
sendo objeto de debate entre os estudiosos.

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A Doutrina da Trindade Introdução

A origem do descanso no domingo.


Durante o reinado do imperador Aureliano, no século III d.C. O deus
Sol era adorado como o principal deus da religião e seu culto se tornou
cada vez mais popular nos séculos III e IV, especialmente entre os
soldados romanos.
O dia da semana dedicado ao Sol Invictus era o domingo, que se
tornou um dia sagrado e de descanso no Império Romano. Essa
prática influenciou o cristianismo, que também adotou o domingo
como seu dia sagrado de descanso ao invés do sábado.
Alguns estudiosos sugerem que a popularidade do culto de Sol
Invictus e a adoção do domingo como dia sagrado de descanso
influenciou o desenvolvimento do cristianismo primitivo. Para adorar
o deus Sol era preciso adotar o domingo como dia sagrado de
descanso.
Uma fonte importante de informações sobre o culto de Sol Invictus é
o livro "Sol Invictus: The God of the Sun in the Roman Empire" de Gary
Forsythe. O livro examina as origens do culto, sua relação com outras
religiões solares e seu papel na religião romana.
Outras fontes incluem os trabalhos de estudiosos da religião romana,
como Mary Beard e Jörg Rüpke, que estudaram a relação entre o culto
de Sol Invictus e outras religiões romanas, bem como as obras de
estudiosos do cristianismo primitivo, como Bart Ehrman e Elaine
Pagels.

O simbolismo do beber sangue e comer a carne.


Alguns estudiosos argumentam que o simbolismo envolvendo o
sangue e o sacrifício animal no mitraísmo pode ter influenciado o
desenvolvimento do simbolismo da comunhão cristã romana.
No mitraísmo, acredita-se que o deus Mitra tenha matado um touro
como um sacrifício divino, e que a partir do seu sangue a vida surgiu
na terra. Os seguidores do culto participavam de banquetes rituais
que envolviam o consumo de carne e vinho, que representavam o
sangue do touro divino.

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A Doutrina da Trindade Introdução

Na comunhão cristã, o vinho é consumido como um símbolo do


sangue de Jesus, que foi derramado como um sacrifício divino pelos
pecados da humanidade para que todos tenham vida. O pão é
consumido como um símbolo do corpo de Jesus. Alguns estudiosos
argumentam que essa simbologia pode ter sido influenciada pelo
simbolismo do sacrifício e do sangue no mitraísmo.
Uma fonte importante de informações sobre o mitraísmo é o livro
"The Mysteries of Mithras: The Pagan Belief That Shaped the Christian
World" de Payam Nabarz. O livro explora a história e a simbologia do
mitraísmo e sua possível relação com o cristianismo.
Outras fontes incluem os trabalhos de estudiosos do cristianismo
primitivo, como Bart Ehrman e Elaine Pagels, que estudaram a
evolução da comunhão cristã e seus símbolos, bem como as obras de
estudiosos da religião romana, como Mary Beard e Jörg Rüpke, que
estudaram a relação entre o mitraísmo e outras religiões romanas.
Fontes:
Beck, R. (2004). The Religion of the Mithras Cult in the Roman Empire:
Mysteries of the Unconquered Sun. Oxford University Press.
Clauss, M. (2000). The Roman Cult of Mithras: The God and His
Mysteries. Routledge.
Manfred Clauss, The Roman Cult of Mithras: The God and His
Mysteries (New York: Routledge, 2000).
Roger Beck, The Religion of the Mithras Cult in the Roman Empire:
Mysteries of the Unconquered Sun (Oxford: Oxford University Press,
2004).

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A Doutrina da Trindade Introdução

Capítulo - 4 O que é a trindade cristã?


Segundo a visão do
cristianismo a doutrina da
trindade é um dos conceitos
teológicos mais importantes
da fé cristã. Ela afirma que há
um único deus que existe em
três pessoas distintas: Pai,
Filho e Espírito Santo. A crença
na trindade teve seu ápice de
concepção entre o segundo e o
terceiro século da era comum
e foi desenvolvida na era
dominante do cristianismo católico.
Durante esse período, vários pais da igreja cristã, como Clemente de
Roma, Inácio, Orígenes, Agostinho de Hipona e Atanásio,
contribuíram para a concepção da doutrina da trindade. Esses pais da
igreja ajudaram a esclarecer a natureza de deus como uma entidade
única, mas ao mesmo tempo composta por três pessoas distintas.
A doutrina da trindade foi finalmente estabelecida como uma
doutrina oficial na Igreja primitiva durante o concílio de Niceia, em
325 d.C. O Concílio de Niceia foi convocado pelo imperador romano
Constantino para resolver questões teológicas que estavam dividindo
a Igreja, e a doutrina da trindade foi uma dessas questões.

O Concílio de Niceia produziu o Credo Niceno, que é a afirmação da fé


cristã e inclui a crença na trindade como um dos seus pilares. O Credo
Niceno é uma afirmação de fé cristã que foi produzida durante o
concílio em 325 d.C. Ele é composto por um conjunto de afirmações:
" acreditamos em um só Deus Pai todo-poderoso, Criador do
céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em um
só Senhor Jesus Ungido, Filho unigênito de Deus, nascido do
Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus
verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado,
consubstancial ao Pai; pelo qual foram feitas todas as coisas
do céu e da terra. E em um só Espírito Santo, Senhor e

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A Doutrina da Trindade Introdução

vivificante, que procede do Pai e do Filho; que com o Pai e o


Filho é adorado e glorificado; que falou pelos profetas."

A crença na trindade é um dos pilares da fé cristã e tem sido um tema


de debates e discussões ao longo dos séculos:
A doutrina cristã da Trindade (do latim trinitas "tríade", de trinus
"tripla") define Deus como três pessoas consubstanciais, expressões ou
hipóstases: o Pai, o Filho (Jesus Ungido) e o Espírito Santo; "um Deus em
três pessoas". As três pessoas são distintas, mas são uma "substância,
essência ou natureza". Neste contexto, a "natureza" é o que se é,
enquanto a "pessoa" é quem se é.
De acordo com este mistério central da maioria das religiões cristãs,
existe apenas um Deus em três pessoas. Apesar de distintas uma da
outra nas suas relações de origem (como o Quarto Concílio de Latrão
declarou, "é o Pai quem gera, o Filho quem é gerado e o Espírito Santo
quem realiza"), nas suas relações uns com os outros são considerados
como um todo, coiguais, coeternos e consubstanciais, e "cada um é
Deus, completo e inteiro". Assim, toda a obra da criação e da graça é
vista como uma única operação comum de todas as três pessoas
divinas, em que cada uma delas manifesta o que lhe é próprio na
Trindade, de modo que todas as coisas são "a partir do Pai", "através do
Filho" e "no Espírito Santo".
Enquanto os Padres da Igreja viram até mesmo elementos no Antigo
Testamento, como o aparecimento de três homens a Abraão no capítulo
18 do Livro de Gênesis, como prenúncios da Trindade, foi no Novo
Testamento que eles viram uma base para desenvolver o conceito da
Trindade. O mais influente dos textos do Novo Testamento, visto como
implicador do ensino da doutrina da Trindade foi Mateus 28:19, que
manda batizar "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". Reflexão,
proclamação e diálogo levaram à formulação de uma doutrina
adaptada para corresponder aos dados da Bíblia. O esquema mais
simples da doutrina foi elaborado em grande parte no século IV,
rejeitando o que foi considerado não ser consonante com a crença cristã
em geral. Além disso, essa elaboração continuou nos séculos seguintes.
A palavra Trindade não está contida na escritura,[12] nem há uma
doutrina expressamente formulada da Trindade. Pelo contrário, de
acordo com a teologia cristã, as escrituras "testemunham" a atividade
de um Deus que pode ser entendido apenas em termos trinitários.[13] A

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A Doutrina da Trindade Introdução

doutrina não atingiu sua forma definitiva até o final do quarto


século.[14] Durante o período várias soluções tentativas foram
propostas, algumas mais e outras menos satisfatórias.[15] O
trinitarismo contrasta com as posições antitrinitárias, que incluem o
binitarianismo (uma deidade em duas pessoas, ou duas deidades), com
o unitarismo (uma deidade em uma pessoa, análogo à interpretação
judia da Shema e à crença muçulmana no Tawhid) e com o
pentecostalismo unitarista ou sabelianismo (uma deidade manifestada
em três aspectos separados).
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Trindade_(cristianismo)
Você acabou de ler um artigo do Wikipédia que traz a declaração
cristã sobre o que é a trindade, abaixo você irá ler os versos usados
para defender a crença:

Antigo Testamento:

1. Gênesis 1:26
2. Gênesis 11:7
3. Isaías 6:8
4. Isaías 48:16
5. Isaías 61:1
6. Zacarias 12:10

Novo Testamento:

1. Mateus 3:16-17
2. Mateus 28:19
3. Lucas 3:21-22
4. Lucas 24:49
5. João 1:1-18
6. João 14:16-17
7. João 15:26
8. João 16:13-15
9. João 17:20-21
10. Atos 2:38
11. Atos 5:3-4
12. Atos 10:38
13. Atos 20:28
14. Romanos 8:9-11
15. Romanos 15:30

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16. 1 Coríntios 2:10-14


17. 2 Coríntios 13:14
18. Gálatas 4:6
19. Efésios 1:3-14
20. Efésios 4:4-6
21. Filipenses 2:5-11
22. Colossenses 1:15-20
23. 1 Tessalonicenses 1:3-6
24. 2 Tessalonicenses 2:13-14
25. 1 Timóteo 2:5-6
26. 2 Timóteo 3:16
27. Tiago 2:19
28. 1 Pedro 1:2
29. 1 João 5:7-8
30. Apocalipse 1:4-5.

A palavra "trindade" é derivada do latim "trinitas" e foi utilizada pela


primeira vez no século IV para se referir ao conceito teológico da
Santíssima Trindade da Igreja Católica, que descreve a existência de
um único Deus em três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. A
palavra "trinitas" é originária do latim e significa "três unidades".

Fontes:
"Etymology Online" (https://www.etymonline.com/word/trinity)
"Catholic Encyclopedia"
(http://www.newadvent.org/cathen/15047a.htm)
"Etymology Online" (https://www.etymonline.com/word/trinity)
"The American Heritage Dictionary of the English Language"
“https://www.ahdictionary.com/word/origins.html”
“https://www.catholic.org/prayers/creed.php”
"Catholic Encyclopedia"
(http://www.newadvent.org/cathen/15047a.htm)

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Capítulo - 5 A trindade em outras religiões.


A crença na trindade é única ao cristianismo e não é encontrada em
nenhuma outra religião. No entanto, algumas religiões possuem
conceitos similares ou análogos à trindade. Algumas dessas religiões
incluem:
Hinduísmo: O Hinduísmo é uma religião complexa que inclui vários
deuses e conceitos divinos. Em algumas tradições hinduístas, há a
crença em uma divindade suprema que é composta por três aspectos
distintos, que são Brahma, Vishnu e Shiva.
Mitraísmo: O Mitraísmo era uma religião antiga que surgiu na Pérsia
e se espalhou para a Grécia e Roma. Em algumas tradições mitraístas,
há a crença em uma divindade trina composta por Mitra, Varuna e
Aryaman.
Religiões neopagãs: Algumas tradições neopagãs incluem a crença
em uma deusa trina, que representa as três fases da lua ou os três
aspectos da mulher (mãe, donzela e anciã).
No entanto, é importante destacar que essas crenças são diferentes
da trindade cristã e são entendidas de maneira diferente dentro de
suas respectivas religiões.

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Capítulo - 6 A trindade do antigo Egito.


A tríade de deuses egípcios é um conceito que se refere a um grupo
de três divindades que eram cultuadas em conjunto em algumas
cidades do Egito Antigo. Essas tríades geralmente eram formadas por
um pai, uma mãe e um filho, que representavam aspectos
importantes da religião e da sociedade egípcia. Existiam várias tríades
de deuses egípcios, mas algumas das mais conhecidas são:

- A Tríade Tebana: composta por Ámon, Mut e


Khonsu. Ámon era o deus do ar e do sol, Mut era a
deusa mãe e Khonsu era o deus da lua. Essa tríade
era muito popular e poderosa em Tebas, a capital do
Novo Império. Ámon era considerado o rei dos
deuses e se fundiu com Rá, o deus solar original,
tornando-se Ámon-Rá .
- A Tríade de Abidos: composta por
Osíris, Ísis e Hórus. Osíris era o deus da
vida após a morte e da vegetação, Ísis era
a deusa da magia e da fertilidade e Hórus
era o deus do céu e dos faraós. Essa
tríade era muito importante na mitologia
egípcia, pois contava a história do
assassinato de Osíris por seu irmão Seth,
da ressurreição de Osíris por Ísis e da
vingança de Hórus contra Seth. Osíris se
tornou o senhor dos mortos, Ísis se
tornou a protetora dos vivos e Hórus se
tornou o herdeiro legítimo do trono
divino .
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A Tríade Menfita: composta por Ptah,


Sekhmet e Nefertum. Ptah era o deus da
criação e da arte, Sekhmet era a deusa
da guerra e da cura e Nefertum era o
deus do perfume e da beleza. Essa
tríade era venerada em Mênfis, a capital
do Antigo Império. Ptah era o criador do
mundo e dos seres vivos, Sekhmet era a
sua consorte e Nefertum era o seu filho.
Ptah também se fundiu com Rá, tornando-se Ptah-Rá.
As tríades de deuses egípcios refletiam a visão dos egípcios sobre o
universo e a sociedade. Elas mostravam a importância da família, da
harmonia e da diversidade na religião egípcia. Elas também
demonstravam a capacidade dos egípcios de assimilar diferentes
cultos e divindades em um sistema coerente e complexo.

Fontes da pesquisa:
https://www.hipercultura.com/principais-deuses-egipcios/
https://www.todamateria.com.br/deuses-egipcios/
https://brasilescola.uol.com.br/mitologia/isis.htm
https://www.nationalgeographicbrasil.com/historia/2022/03/curiosidades-do-egito-
mitos-deuses-e-os-segredos-das-piramides
https://portugues.ucg.org/ferramentas-de-estudo-da-biblia/guias-de-estudo/deus-e-uma-
trindade/antigos-deuses-trinitarios-influenciaram-a-aprovacao-da-trindade

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Capítulo - 7 A trindade da Índia (hinduísmo)


A trindade hindu é formada por três divindades principais: Brahma,
Vishnu e Shiva. Esses deuses representam os três aspectos da
manifestação do Ser Supremo: a criação, a preservação e a destruição.
Cada um deles possui características, símbolos e funções específicas
na cosmologia hindu.

Brahma é o deus da criação,


o primeiro da trindade. Ele é
responsável por gerar o
universo e todos os seres
vivos. Ele possui quatro
faces, que simbolizam os
quatro Vedas, as escrituras
sagradas do hinduísmo. Ele
também possui quatro
braços, que seguram objetos
que representam seus atributos: uma concha, que emite o som
primordial; um rosário, que indica o ciclo do tempo; uma flor de lótus,
que significa a pureza e a espiritualidade; e um livro, que expressa o
conhecimento. Brahma é considerado o pai de todos os seres e o
senhor do destino.

Vishnu é o deus da preservação, o segundo da trindade. Ele é


responsável por manter o equilíbrio e a ordem no universo e na vida.
Ele se manifesta em diferentes formas, chamadas de avatares, para
proteger a humanidade dos males e restaurar a justiça. Ele possui
quatro braços, que seguram objetos que representam seus poderes:
uma roda, que simboliza a lei cósmica; uma concha, que emite o som
divino; uma maça, que indica a força e a autoridade; e um lótus, que
significa a beleza e a graça. Vishnu é considerado o protetor de todos
os seres e o senhor da compaixão.
Shiva é o deus da destruição, o terceiro da trindade. Ele é responsável
por dissolver o universo e os seres no final dos ciclos cósmicos. Ele
também representa a transformação e a renovação. Ele possui três
olhos, que simbolizam o passado, o presente e o futuro. Ele também
possui cinco faces, que representam os cinco elementos: terra, água,

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A Doutrina da Trindade Introdução

fogo, ar e espaço. Ele carrega objetos que representam seus aspectos:


um tridente, que indica as três qualidades da natureza; uma cobra,
que significa a energia vital; um tambor, que marca o ritmo da criação;
e um fogo, que expressa a purificação e a iluminação. Shiva é
considerado o senhor de todos os seres e o senhor da dança.

A trindade hindu é uma forma de compreender a complexidade e a


diversidade do Ser Supremo, que se manifesta de diferentes maneiras
para realizar seus propósitos. Os três deuses são interdependentes e
complementares, pois sem criação não há preservação nem
destruição, sem preservação não há criação nem destruição e sem
destruição não há criação nem preservação.

Fonte: "The Hindu World". edited by Sushil Mittal and Gene Thursby,
Routledge, 2004.
"Hindu Gods and Goddesses". by Swami Harshananda, Sri
Ramakrishna Math, 2002.

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Capítulo - 8 A trindade na antiga babilônia.


A trindade Babilônica era uma concepção de divindade na religião
babilônica antiga. A trindade era composta por três deuses principais:
Anu, Enlil e Ea, que eram vistos como três aspectos da divindade
suprema.

Anu era o deus dos céus e


representava a autoridade e
o poder.
Enlil era o deus do ar e
representava a força e a
proteção.
Ea era o deus das águas
subterrâneas e representava
a sabedoria e o
conhecimento.
Os deuses da trindade Babilônica eram importantes na mitologia
babilônica e eram adorados em todo o Império Babilônico. Eles eram
vistos como responsáveis por criar, preservar e governar o universo.
Fonte:
"The Religion of Babylonia and Assyria". by Morris Jastrow Jr., G. P.
Putnam's Sons, 1898.
"Babylonia and Assyria: History, Archaeology and Art". edited by
Mario Liverani, Equinox Publishing, 2005.

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A Doutrina da Trindade Introdução

Capítulo - 9 A visão sobre a trindade, segundo


alguns líderes cristãos.
Irineu de Lyon, um dos pais da igreja, foi um dos primeiros escritores
cristãos a escrever sobre a doutrina da trindade. Ele nasceu na
província romana da Lídia, na atual Turquia, no século II d.C. e é
conhecido por sua defesa da fé cristã contra o gnosticismo.
Irineu ensinou que a trindade é uma realidade tríplice na divindade: o
Pai, o Filho e o Espírito Santo. De acordo com ele, o Pai é a fonte da
divindade, o Filho é a manifestação da divindade, e o Espírito Santo é
a manifestação da presença da divindade. Essas três pessoas são
distintas, mas são uma só e mesma divindade.
Irineu argumentou que a trindade é um ensinamento bíblico que é
claramente revelado nas Escrituras e que é fundamental para
compreender a natureza de Deus e a nossa relação com ele. Ele
também afirmou que a Trindade é o que permite a Deus ser um Deus
de amor, já que as três pessoas da Trindade são profundamente
relacionadas umas com as outras e se amam mutuamente.
Irineu foi um dos primeiros a escrever sobre a doutrina da Trindade e
sua visão influenciou muitos outros escritores cristãos ao longo dos
séculos.

Fontes:
"Adversus Haereses" (Contra as Heresias) de Santo Irineu de Lyon.
"A HISTORY OF THE CHRISTIAN CHURCH" by Williston Walker, Charles
Scribner's Sons, 1918.
Agostinho de Hipona, um dos pais da igreja, foi um dos mais
influentes teólogos cristãos da história e escreveu extensamente
sobre a doutrina da trindade. Ele nasceu na África do Norte no século
IV d.C. e é conhecido por sua defesa da fé cristã contra o maniqueísmo
e outras heresias.
Agostinho enfatizou a unidade da divindade da trindade e a distinção
das três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Ele ensinou que o
Pai é a fonte da divindade, o Filho é a expressão da divindade, e o

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A Doutrina da Trindade Introdução

Espírito Santo é o poder da divindade. Essas três pessoas são distintas,


mas formam uma só e mesma divindade, co-iguais e co-eternas.
Agostinho argumentou que a Trindade é uma verdade central da fé
cristã e que é fundamental para compreender a natureza de Deus e a
nossa relação com ele.
Agostinho escreveu extensamente sobre a trindade em suas obras,
incluindo "De trinitate" e "Confissões". Sua teologia da Trindade
influenciou muitos outros teólogos cristãos ao longo dos séculos.

Fontes:
"De Trinitate" (Sobre a Trindade) de Santo Agostinho de Hipona.
"A HISTORY OF THE CHRISTIAN CHURCH" by Williston Walker, Charles
Scribner's Sons, 1918.

Ellen White foi uma escritora e líder religiosa adventista do sétimo


dia, uma denominação protestante cristã, ensinou a doutrina da
trindade de forma clara e concisa em suas escritas. Algumas das
passagens que abordam este assunto incluem:
Há três pessoas vivas pertencentes à trindade celeste; em nome
destes três grandes poderes — o Pai, o Filho e o Espírito Santo — os
que recebem a Cristo por fé viva são batizados, e esses poderes
cooperarão com os súditos obedientes do Céu em seus esforços para
viver a nova vida em Cristo. — Special Testimonies, Série B, 7:62, 63
(1905)

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Capítulo - 10 A visão unitarista sobre Deus.
Não há outra divindade além dEle, não há outro salvador senão ELE
e não há outro que ouve nossas orações senão ELE. O Eterno, o ser
que não tem gênero, aquele que nunca morreu ou mesmo voltou
a vida, Ele não existe, porque nunca veio a existência sempre foi o
que é e sempre será o que é. Nele a vida se origina, dele é toda
fonte da criação. Não é homem nem mulher, não é novo nem velho
ele é eterno sem começo e sem fim. Todo o universo está nele e
ele está em todo o universo, ELE é o sabedor de todas as coisas
ocultas e reveladas, é o sondador que permeia nosso cérebro,
mesmo quando num espaço não há vida que testemunhe, ELE é
aquele que ver, sabe de todas as coisas visíveis e invisíveis, é o SER
ETERNO, não tem corpo, não é matéria, não é limitado pelo espaço
ou pelo tempo, o espaço-tempo são brinquedos em suas “mãos”.
ELE é o manifestador, que se manifesta por meio da sua criação,
ELE é o Possuidor de todas as coisas ocultas e reveladas, tudo vem
dEle, tudo está ligado a ELE, é o Bem e pode ser o mal, sua
“vingança” é amor e seu amor é justiça. Seus mandamentos são
manifestações de sua justiça e amor.
O Ser Eterno, nem mesmo se chama “ELE”, porque não é homem,
nem “ELA” porque não é mulher, nossa linguagem é limitada e só
usamos “ELE” porque sabemos que o termo “ELE” é um exemplo
ínfimo da força. O SER ETERNO é chamado pelos pecadores com
vários títulos entre ele; Deus, Dios, elohim, el e Allah”, mas tais
títulos carregam na essência a fraqueza humana, nós humanos
criamos a priori tais títulos para falsas divindades erguidas por
homens, tais títulos não representam toda a grandeza do Ser
Eterno, mas os usamos porque somos limitados de língua.
A bíblia escrita pelos hebreus usa uma linguagem humana, para
descrever o Ser Eterno. Os profetas receberam informações, mas
as expressaram usando uma língua limitada, presos à
antropomorfia, mas o Ser Todo-Poderoso está além da nossa
imaginação.

O Soberano é um e único.
Quando Adão foi criado, o Eterno refletiu em Adão sua essência. Era Adão
um e único como assim é o Agraciador. Todas as criaturas assistiam

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atentamente a elevação de Adão e quando ele abriu os olhos, todos
temeram a imagem do Santíssimo refletida no santo Adão.
Adão não era três pessoas pensantes em um, nem três emanações de si
mesmo, mas apenas uma só pessoa, sendo ele a imagem do Soberano.
Adão saiu do invisível para o visível. É ínfimo pensar que o Soberano se
divide em três partes ou acreditar que ele emana em três partes, como
também é idolatria pensar que ele é em uma só parte isolada. O universo é
um e está acima de nós, porém o vemos em todo o lugar do planeta, ele
não é três (3), dois (2) ou um (1), um no sentido isolado, mas um no sentido
de grandeza e absoluto. O Eterno não é o universo, porém podemos
entender um pouco sobre o Misericordioso observando sua criação.
Quando a instrução dada por meio do mensageiro Moises diz que o
Misericordioso é um, não se refere a uma pessoa isolada no espaço tempo
A onipresença.
Se subo aos céus lá está o Eterno, se desço ao mais profundo dos oceanos
lá está o Eterno, não há lugar que me isole para fora de sua presença, não é
homem nem mulher, não tem corpo e nem alma, não existe e nem virá a
existência. Estamos imersos no Criador, o mundo está nele, o universo é
uma fagulha dentro dEle. Pergunto: Podemos fugir da onisciência do
Soberano? Podemos esconder algum segredo dEle? Arrepende-te de teu
erro, fuja da aparência do mal, o ETERNO sabe de todas as coisas ele é o
sabedor de todas as coisas.
Com sabedoria, a Santa Instrução foi e é nos dada diariamente e nunca se
contradiz. O Eterno vê, então tem olhos? Não com olhos humanos. Nós
precisamos de luz para ver algo, mas o Criador não precisa da luz para ver,
não ver apenas o exterior, mas ver o interior. A visão do Soberano
transcende a matéria. No princípio o ETERNO disse: Haja Luz. E a Luz não
veio de um ponto fixo, ela clareava toda a terra, está em todos os lugares,
portanto a Luz que clareou a terra antes do Sol, não era matéria. Não
podemos comparar essa Luz com os raios do Sol. Enquanto a luz do Sol
separa dia e noite na terra. A Luz vinda do ETERNO transcende a física. A luz
física veio por meio da Luz espiritual. A Luz do Criador brilha no coração do
homem tirando-o das trevas e levando ao conhecimento sobre o ETERNO.
A ciência sobre o Eterno é adquirida por meio da experiencia.

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Analisando as passagens bíblicas que fazem
referência ao dogma da trindade.

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A doutrina da trindade Análise – Gênesis 1.2

Capítulo - 11 Gênesis 1:02 – O Espírito de Deus ou


o vento de Deus?
Nos dias atuais encontramos em alguns púlpitos, uma ideia de que,
na criação do mundo três seres foram os criadores, essa ideia joga por
terra o texto que diz “Adorai aquele que fez os céus e a terra”,
sublinho aqui a palavra “aquele” e não, aqueles. Note claramente que
até no último livro da bíblia encontramos uma advertência para não
adorar aqueles, mas aquele.
Logo no primeiro livro da bíblia, alguns tentam impor suas ideias, mas
sem respeitar o contexto. Será mesmo que Gn 1.2 trata da terceira
pessoa da crença trinitariana? Qual a relação de Gênesis capítulo 1,
versículo 2 e capítulo 8? Analisaremos a seguir.
Gênesis 1:2 que diz: “...e o Espírito de Deus se movia sobre
a face das águas.”
Dizem nossos amigos: “Isso prova que o Espírito Santo fez a terra
junto com Deus.” Mas será mesmo que Genesis 1:2, fala da terceira
pessoa da trindade? Se não, como podemos entender?
Gênesis 1:2, em português:
“E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face
do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das
águas.”

OBSERVAÇÃO: No hebraico e no grego não existe diferenciação de


maiúsculas e minúsculas, tanto cursiva quanto quadrática (no
hebraico) elas seguem o mesmo padrão. O “E” maiúsculo da palavra
espírito em Gênese 1.2 foram formatados pelo escritor, para
representar o que o tradutor sua crença.
Veremos a seguir qual é a palavra hebraica traduzida por espírito.
Note que no verso abaixo está em hebraico, não existe diferenciação
entre maiúscula e minúscula.

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A doutrina da trindade Análise – Gênesis 1.2

Gênesis 1:2, em hebraico:


“ ‫ֱֹלהים ְמ ַרחֶ פֶת עַל‬
ִ ‫וְ הָ אָ ֶר ץ הָ יְ תָ ה תֹהּו ָובֹהּו וְ חֹשֶ ְך עַל פְ נֵי ְתהֹום | וְ רּוחַ א‬
‫”פְ נֵי הַ מָ יִ ם‬
Vëhåårets håyëtåh tohu våvohu vëchoshekh al-pëney tëhom
vërucha elohym mërachefet al-pëney hamåym
Note o realce onde aparece a palavra “Ruch” esse termo tem algumas
variantes na própria língua hebraica, porém ao traduzir para o
português os significados são: Espírito, vento, sopro, ar, estado
mental e em alguns casos, poder.
O autor deve levar em consideração o contexto para fazer
adequadamente a tradução, algumas bíblias, tais como: Bíblia TEB,
Bíblia de Jerusalém, Bíblia do Peregrino e a Bíblia Israelita fizeram a
tradução adequada. Observe abaixo as traduções dessas bíblias e
observem que elas têm algo em comum; Não traduziram por
“Espírito”, mas resolveram traduzir segundo o contexto e não pela
crença.
Vale destacar que a maioria das bíblias que traduziram assim, foram
feitas por cristãos sinceros.
BÍBLIA TEB.

“O sopro de Deus pairava”

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A doutrina da trindade Análise – Gênesis 1.2

BÍBLIA DO PEREGRINO.

“E o alento de Deus revoava”


BÍBLIA DE JERUSALÉM.

“e um sopro de Deus agitava”

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A doutrina da trindade Análise – Gênesis 1.2

Bíblia Israelita 4ª edição:


Vale lembrar que todos os tradutores dessas renomadas bíblias
(exceto o da bíblia israelita) creem na trindade, eles são cristãos, mas
não deixaram que a fé os influenciasse na tradução. Os teólogos e
doutores em divindade traduziram a passagem sem o viés religioso.

Compreendendo o significado de “Ruach - ַ‫” רּוח‬


Para que você compreenda perfeitamente vou apresentar na bíblia
João Ferreira de Almeida, algo que vai te chamar a atenção.
A tradução da bíblia a ser analisada será JFA, a mais famosa das
bíblias no Brasil e por isso mesmo nós utilizaremos em nossos estudos
a fim de comparação, leia agora Êxodo 10:13
Êxodo 10:13 em português:
“Então estendeu Moisés sua vara sobre a terra do Egito, e o Senhor
trouxe sobre a terra um vento [Ruach - ַ‫ ]רּוח‬oriental todo aquele dia e
toda aquela noite; e aconteceu que pela manhã o vento oriental trouxe
os gafanhotos. Êxodo 10:13”
Êxodo 10:13 em hebraico:
“ ‫קָדים בָ אָ ֶרץ כָל‬ִ ַ‫ַויֵט מֹ שֶ ה אֶ ת מַ טֵ הּו עַל אֶ ֶרץ ִמצְ ַריִ ם וַיהוָה נִהַ ג רּוח‬
‫ הַ יֹום הַ הּוא וְ כָל הַ לָיְ לָה | הַ בֹקֶר הָ יָה‬:‫קָדים נָשָ א אֶ ת הָ אַ ְרבֶ ה‬
ִ ַ‫” וְ רּוחַ ה‬
Vayet mosheh et-matehu al-erets mitsëraym vaYHVH nihag rucha
qådym bå-årets kål-hayom hahu vëkhål-halåyëlåh aboqer håyåh
vërucha haqådym nåså et-håarëbeh

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A doutrina da trindade Análise – Gênesis 1.2

Aqui em Êxodo 10:13 a palavra “ruach” foi traduzida por “vento”, mas
a mesma palavra foi traduzida por “Espírito” em Gn 1:2.
Números 11:31 em português:

“ Então soprou um vento [Ruach - ַ‫ ]רּוח‬do YeHoVaH e trouxe


codornizes do mar, e as espalhou pelo arraial quase caminho
de um dia, de um lado e de outro lado, ao redor do arraial;
quase dois côvados sobre a terra.”
Números 11:31 em hebraico:
‫וְ רּוחַ נָסַ ע מֵ אֵ ת יְהוָה ַו ָיגָז שַ לְ וִ ים ִמן הַ יָם וַיִ טֹ ש עַל הַ מַ ֲחנֶה כְ דֶ ֶרְך יֹום‬
:‫” כֹ ה ּוכְ דֶ ֶרְך יֹום כֹה ְסבִ יבֹות הַ מַ ֲחנֶה | ּוכְ אַ מָ תַ יִם עַל פְ נֵי הָ אָ ֶרץ‬

OBSERVAÇÃO:
Mais uma vez o JFA traduziu a palavra “Ruach - ַ‫ ”רּוח‬para “vento”.
A pergunta que faço é; Por que em Gênesis 1:2 ele traduziu por
“Espírito”? Acreditamos que ele verteu assim para fazer conexão com
esse verso, leia:
“Envias o teu Espírito, e são criados, e assim renovas a face
da terra. Salmos 104:30”

Vamos observar cuidadosamente esse texto em hebraico.


Compreendendo o significado de “Ruachcha - ‫” רּוחֲָך‬
Salmos 104:30, em hebraico:
“ | ‫) יְ ִהי כְ בֹוד יְהוָה לְ עֹולָם‬31( :‫ּותחַ דֵ ש פְ נֵי אֲדָ מָ ה‬
ְ | ‫ְתשַ לַח רּוחֲָך יִ בָ ֵראּון‬
:‫”יִ ְשמַ ח יְ הוָה ְבמַ עֲשָ יו‬

Qual é a diferença? A palavra é “ruachcha” um composto da palavra


“ruach” e nesse caso pode ser traduzido por “Espírito” (para
representar o íntimo de uma pessoa), como vemos, “Ruach” não é o

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A doutrina da trindade Análise – Gênesis 1.2

mesmo que “Ruachcha - ‫” רּוחֲָך‬, existem diferenças no entendimento.


Veremos agora algumas passagens onde a mesma palavra “ruachcha”
é traduzida por “espírito”
1 Reis 21:5 em português:
“Porém, vindo a ele Jezabel, sua mulher, lhe disse: Que há,
que está tão desgostoso o teu espírito (Ruach-cha), e não
comes pão?”
OBSERVAÇÃO:
Não se trata de outra pessoa, mas da própria pessoa e por
isso que é usado a expressão “o teu espírito”
Em hebraico:
“ ‫וַתָ ב ֹא אֵ לָיו ִאיזֶבֶ ל ִא ְשתֹו | ו ְַתדַ בֵ ר אֵ לָיו מַ ה זֶה רּוחֲָך סָ ָרה וְ אֵ ינְ ָך אֹ כֵל‬
:‫”לָחֶ ם‬

Salmos 143:10 em português:


“Ensina-me a fazer a tua vontade, pois és o meu Deus. O teu
Espírito (Ruach-cha) é bom; guie-me pela planície da terra.”
OBSERVAÇÃO:
A palavra “Ruachcha” fala do próprio Deus ao falar do Espírito dele.
Salmos 143:10 em hebraico:
“ ‫ל ְַמדֵ נִ י ַלעֲשֹות ְרצֹונֶָך כִ י אַ תָ ה אֱלֹוהָי | רּוחֲָך טֹובָ ה תַ נְ חֵ נִ י ְבאֶ ֶרץ‬
:‫” ִמישֹור‬

Eclesiastes 7:9 em português:


“Não te apresses no teu espírito (Ruach-cha) a irar-te,
porque a ira repousa no íntimo dos tolos. “
OBSERVAÇÃO:
Quero que prestem bem atenção no verso citado acima. Fica muito
claro a ideia de que “espírito” é o íntimo da pessoa no qual a palavra
foi relacionada.
Em Eclesiastes 7:9 é feita uma advertência para não permitir que a ira
chegue no íntimo do sábio e para isso o autor usa a palavra “Ruachcha

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A doutrina da trindade Análise – Gênesis 1.2

/ espírito” que é o íntimo de cada pessoa, ou seja quando falamos do


Ruachcha de D-us, falamos dele mesmo.
Se você discordar disso e afirma que: “Ao falar ‘Espírito de Deus’ o
texto fala de outra pessoa e não da mesma” Nesse caso você terá que
usar os mesmos paramentos para o verso de 1 Reis 21:5 e concordar
que: Quem estava desgostoso não era Acabe mas outra pessoa.
Releia:
“Porém, vindo a ele Jezabel, sua mulher, lhe disse: Que há,
que está tão desgostoso o teu espírito (Ruachcha), e não
comes pão?”
Eclesiastes 7:9 em hebraico:
“: ַ‫”אַ ל ְתבַ הֵ ל ְברּוחֲָך לִ כְ עֹוס | כִ י ַכעַס ְבחֵ יק כְ ִסילִים יָנּוח‬
Segundo a crença da “Santíssima Trindade”, o outro Consolador, é
uma terceira pessoa na divindade, chamada de “Deus espírito Santo”.
O principal argumento é que, se o espírito santo, fala (Mateus 10:20),
intercede (Romanos 8:26), entristece (Efésios 4:30), se mentimos
para ele (Atos 5:3-4), etc., então Ele é uma 3ª Pessoa, um 3º Ser
Pessoal.
O fato de o Espírito ter ações pessoais o torna uma Pessoa, um ser
pessoal da mesma forma que o Pai? Será que o onipotente Deus, não
pode praticar ações pessoais através de seu próprio Espírito?

Abaixo colocarei várias passagens que mostram de forma clara que,


quando usa a expressão “teu espírito”, “seu espírito” ou “o espírito
de” e etc, fala da mesma pessoa e não de uma outra. Veja:
Espírito de Faraó - Foi Perturbado (Gênesis 41:8)
Espírito de Ciro - Foi Despertado (Esdras 1:1)
Espírito de Jó - Sorve (Suga) o Veneno (Jó 6:4)
Espírito de Zofar - Responde por Zofar (Jó 20:3)
Espírito de Asafe - Desfalece (Salmo 77:3)
Espírito de Davi - Desfalece (Salmo 143:7)
Espírito de Yeshayahu (Isaías) - Buscou a Deus
(Yeshayahu (Isaías) 26:9)

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A doutrina da trindade Análise – Gênesis 1.2

Espírito de Ezequiel - Excitou-se (Ezequiel 3:14)


Espírito de Nabucodonosor - Perturbou-se (Daniel 2:1-3)
OBSERVAÇÃO:
Em nenhuma dessas passagens é entendido que se trata de outra
pessoa ao falar “espírito de”, mas do próprio indivíduo. Quando o
espírito de Ciro foi despertado, não era outra pessoa, mas o próprio
Ciro (Esdras 1:1). Quando o espírito de Zofar responde, não se trata
de outra pessoa, mas o mesmo Zofar (Jó 20:3).

Mas, em gênesis capítulo 1. trata de uma ação que o “ruach” de Deus


está operando, mas como traduzir esse texto da forma mais
adequada? Vamos ler Gênesis capítulo 8, versículo 1:
Gn 8:1 “... e Deus fez passar um vento sobre a terra, e as
águas começaram a diminuir.”
‫מָּּֽי ִם‬
ָ ַ‫ה ִ֥ים ר֙וּחַ֙ עַל־הָאָָ֔רֶ ץ ו ַי ָּשֹׁ֖כּו ּ ה‬
ִ ‫אֱל‬
Preste atenção na palavra “vento / ‫”רוח‬, perceba que é a mesma
palavra hebraica, ruach. Aqui o mesmo João Ferreira de Almeida
traduziu por “vento / ‫”רוח‬, e não só ele, mas vários outros autores,
mas por quê? Esse verso trata da ação criadora, o Deus Soberano agiu
por meio do seu ruach/‫ רוח‬para secar a água, cuidar e proteger Noé
e sua família. O mesmo paralelo ocorre em Gênesis capítulo 1,
versículo 2. O mesmo vento / ‫ רוח‬estava pairando sobre a superfície
da água. Note, que no princípio o mundo estava coberto por água e o
mesmo ocorreu no diluvio. Deus criou o mundo e depois recriou,
preste atenção na água e no ruach/vento.
Os tradutores preferiram traduzir a palavra “ruach/‫ ”רוח‬em Gn 8.1
por vento, devido ao contexto. Na quela ocasião Deus estava recriado
a terra, havia apenas água sobre a superfície da terra, era sem forma.
No meio dos mares, Noé e sua família. Então Deus começa a recriar o
mundo depois de o ter destruído. A ação criadora de Deus começa
com seu espírito/vento/ruach. Leia por várias vezes Gênesis 1.2 e 8.1
e veja a mesma ação criadora.
Não se trata de uma terceira pessoa da trindade, não é o deus espírito
santo da trindade, mas da ação criadora do próprio Deus, ele agindo

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A doutrina da trindade Análise – Gênesis 1.2

por meio do vento da parte dele. Em nome de Deus o Todo-Onisciente


não tente dividir Deus em 3 partes, porque na verdade ELE é um.
A tradução de ruach para espírito, tanto em Gn 1.2 ou em 8.1 deve
ser; vento, alento, sopro ou poder. Por mais que seja possível traduzir
a palavra “ruach” por espírito, nesse contexto aqui não pode ser
aplicado, porque não se trata do próprio Deus agindo, mas de uma
ação da parte de Deus, esse mesmo vento foi usado na criação e na
recriação do mundo.

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A doutrina da trindade Análise – Gênesis 1.2

Capítulo - 12 Gênesis 1.2 – “O Deus Espírito


pairava” O que realmente diz o texto hebraico?
Alguns líderes religiosos sabem que a palavra ruach, não pode ser
traduzida apenas por “Espírito” e ainda mais com letra maiúscula e
por isso criaram outra ideia para reforçar o comprometimento dessa
passagem (Gn 1:2) com a doutrina da trindade. Eles fizeram uma má
interpretação conjugada da palavra “Merachefet – ‫”מ ַרחֶ פֶ ת‬,ְ para
trazer justiça a equívoca ideia da “terceira pessoa da trindade”.
“ ‫ֹלהים ְמ ַרחֶ פֶ ת‬ִ ‫ֹשְך עַ ל ְפנֵי ְתהֹום | וְרּוחַ ֱא‬
ֶ ‫וְהָ אָ ֶרץ הָ יְתָ ה תֹהּו וָבֹהּו ְוח‬
‫”עַ ל ְפנֵי הַ מָ יִם‬

Vëhåårets håyëtåh tohu våvohu vëchoshekh al-pëney tëhom


vërucha elohym mërachefet al-pëney hamåym
Vejamos como uma bíblia cristã traduziu a palavra mërachefet:

A bíblia crista de Jerusalém expõe a palavra “agitar” ao invés da


palavra pairar.
O comentário bíblico Adventista do sétimo dia 1º volume, na página
189 5º parágrafo diz:
“O verbo traduzido como ‘pairava’ é Merachefet, que não
pode ser corretamente traduzido como ‘pairar’…”

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A doutrina da trindade Análise – Gênesis 1.2

No livro eles afirmam que a verdadeira ideia seria a mesma de uma


águia que cuida de seus filhotes e os protegem. Para tal afirmação
usam a passagem de Dt 32:11, leiamos.
Deuteronômio 32:11 em português:
“Como a águia desperta a sua ninhada, move-se sobre os seus
filhos, estende as suas asas, toma-os, e os leva sobre as suas
asas,”.
Deuteronômio 32:11 em hebraico:
“‫ִשאֵ הּו עַ ל אֶ ְב ָרתֹו‬
ָ ‫ֶשר יָעִ יר ִקּנֹו עַ ל ּגֹו ָזלָיו י ְַרחֵ ף | י ְִפרֹׂש כְ נָפָ יו יִקָ חֵ הּו י‬
ֶ ‫כְ נ‬:”
Kënesher yåyr qino al-gozålåyv yërachef yfëros kënåfåyv
yqåchehu ysåehu al-evëråto

Os autores do comentário adventista do sétimo dia, 1º volume na


página 189 5º parágrafo, tiveram desorientação intelectual para
associar a ação do cuidar do filhote, com o ato de pairar “Yerachef”,
para dar a ideia que:
“da mesma forma que uma águia paira para cuidar dos seus
filhotes e protegê-los, assim é também a terceira pessoa da
trindade.”
[Fala de um trinitariano]
Tal associação é de tamanha infidelidade intelectual com contexto e
com os mais leigos.
Vou dizer o porquê não se pode associar o ato de pairar com a ação
subsequente ao ato. E se fosse o voou de uma águia para comer um
filhotinho da galinha? Então concluiríamos que a “terceira pessoa da
trindade”, voava sobre a água para caçar? Percebeu que é uma
associação equivocada? Não posso usar a palavra “caminhar” e
condicioná-la ao ato final do destino do viajante. Por mais que
estejam ligadas em uma frase elas são distintas.

NOTE BEM: O vento, sopro ou espírito, agitava a superfície das águas


como fez em gênesis 8.1, não se trata de uma terceira pessoa, mas a

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A doutrina da trindade Análise – Gênesis 1.2

própria ação de Deus o PAI, na criação do mundo.

A ação do ruach/espírito estava associada ao ato de criação, mas


quem estava criando era o próprio Deus IeHoVaH. Veja abaixo os
versos bíblicos em que Deus usa seu próprio espírito Santo para agir,
fazer, criar e operar:
Is 42:1 Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu
escolhido, em quem se compraz a minha alma; pus o meu
espírito sobre ele. ele trará justiça às nações.
Ez 3:14 Então o Espírito me levantou, e me levou; e eu me fui,
amargurado, na indignação do meu espírito; e a mão de
IeHoVaH. era forte sobre mim.

NOTE BEM: Note claramente que a ação do espírito é o próprio Deus


agindo, mas não é outra pessoa e sim o mesmo PAI.

Ez 36:27 Ainda porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que


andeis nos meus estatutos, e guardeis as minhas
ordenanças, e as observeis.
Ez 37:14 E porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos porei
na vossa terra; e sabereis que eu, IeHoVaH, o falei e o cumpri,
diz IeHoVaH.
Jl 2:28 Acontecerá depois que derramarei o meu Espírito
sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão,
os vossos anciãos terão sonhos, os vossos mancebos terão
visões;
Zc 4:6 Ele me respondeu, dizendo: Esta é a palavra do IeHoVaH
a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por poder, mas pelo
meu Espírito, diz IeHoVaH dos exércitos.

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A doutrina da trindade Análise – Gênesis 1.2

NOTE BEM: Note claramente que a ação do espírito é o próprio Deus


agindo, mas não é outra pessoa e sim o mesmo PAI.
Veja que até em Lucas 3.22 temos uma atuação do espírito Santo de
Deus associada a pessoa do próprio PAI, leia:
Lc 3:22 e o Espírito Santo desceu sobre ele como uma
pomba; e ouviu-se do céu esta voz: Tu és o meu Filho
amado; em ti me comprazo.
O significado da palavra Merarefet: agir, pairar, cuidar, voar ou
mover. Todos esses sentidos são aplicáveis e nos mostra a ação
de Deus sobre a terra, não era três seres que criaram a terra e
sim, apenas um, leia:

Is 44:24 Assim diz IeHoVaH, teu Redentor, e que te formou


desde o ventre: Eu sou IeHoVaH que faço todas as coisas,
que sozinho estendi os céus, e espraiei a terra (quem
estava comigo?);

Is 42:5 Assim diz Deus, IeHoVaH, que criou os céus e os


desenrolou, e estendeu a terra e o que dela procede;
que dá a respiração ao povo que nela está, e o espírito
aos que andam nela.

Is 48:13 Também a minha mão fundou a terra, e a


minha destra estendeu os céus; quando eu os chamo,
eles aparecem juntos.

Is 51:13 e te esqueces de IeHoVaH, o teu Criador, que


estendeu os céus, e fundou a terra, e temes
continuamente o dia todo por causa do furor do opressor,
quando se prepara para destruir? Onde está o furor do
opressor?

Jr 10:12 Ele fez a terra pelo seu poder; ele estabeleceu o


mundo por sua sabedoria e com a sua inteligência
estendeu os céus.

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A doutrina da trindade Análise – Gênesis 1.2

Deus age por meio do seu espírito (Ruach), que é sua presença e seu
poder entre nós.

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A doutrina da trindade Análise – Deuteronômio 6.4

Capítulo - 13 Dt 6.4 Echad e Yachid


O argumento se baseia no estudo das palavras ‫ = אֶ ָֽחד‬Echad e ‫= י ִחיד‬
Yachid, que pensam significar, respectivamente, “unidade composta”
e “unidade absoluta”. Para eles em Dt. 6.4 onde aparece a palavra
Echad (UM), para significar unidade absoluta deveria constar Yachid.
Mas, embora Deus possa se manifestar da forma que Ele quiser, não
podemos concluir que Ele o faça de forma plural por dedução dos
conceitos de ‫ אֶ ָֽחד‬ou ‫י ִחיד‬. A própria Bíblia não abona o entendimento
que ‫( י ִחיד‬Yachid) deva ser entendido como “unidade absoluta”.
Observe-se que Isaque é classificado como único filho de Abraão em
Gn. 22.2. “E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque…”
Mesmo sendo usado Yachid, no original hebraico, ele não era,
absolutamente, o único. Abraão tinha outros filhos: Ismael, por
exemplo, Gn. 16.15. Mais velho que Isaque 20 anos, além de filhos de
sua velhice com suas concubinas Gn. 25.6. O fato de Isaque ser
chamado de ÚNICO se explica porque unidade absoluta não é o
conceito da palavra ‫( י ִחיד‬Yachid), podendo significar além de único,
sozinho; abandonado etc. Usam, também, na tentativa de confirmar
o que pretendem, Pv. 4.3, mas este, de igual modo, não confirma o
conceito pretendido, pois se reconhecermos Salomão como o escritor
do capítulo 4, ele poderia ser o único de sua mãe, mas não era o único
de seu pai, por aí, também, não teríamos a unidade absoluta
requerida pelos argumentadores. Ademais o verso diz “único em
estima”, o que abre margem ao entendimento de que se a mãe dele
tivesse ou viesse a ter outros filhos, somente ele seria o de estima de
sua genitora. Tem-se em Jr. 6.26, outro versículo que costumam citar,
mas nesse caso é o valor único do filho e não o fato de ser um filho. A
intenção não recai na quantidade, mas no valor de ser único. Por isso
os LXX utilizaram ἀγαπητός (agapeto) “bem-amado” para verter ‫י ִחיד‬
(Yachid).
‫ י ִחיד‬contextualmente é apresentada como uma palavra que ressalta
o indivíduo, não uma individualidade, ou quantitatividade.
Por outro lado ‫( אֶ ָֽחד‬echad) tem a ver com quantidade propriamente
dita, sendo ela mesma a palavra hebraica para o número cardinal “1”
(UM), assim não me parece própria a ideia de que devêssemos
esperar em Dt. 6.4 a palavra ‫( י ִחיד‬yachid) tanto que a Septuaginta em
Dt. 6.4, traz a palavra εἷς “um” (UM masculino) no lugar de seu
equivalente‫אֶ ָֽחד‬.

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A doutrina da trindade Análise – Deuteronômio 6.4

Outro versículo requerido, desta feita, para reivindicar unidade


composta, para o termo Echad, é Gn. 2.24 “Portanto deixará o varão
o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma
só carne.” Mas, observemos que o texto está mais para linguagem
figurada, posto que somente figurativamente podemos entender
“uma só carne” referindo-se a dois corpos físicos, ou esteticamente,
no ato da relação sexual. “Tornar-se” unidade composta tomando
como base seres físicos só se admite se fizermos uma análise muito
superficial dessa ideia. Imaginemos agora mais detalhadamente: Um
homem e uma mulher, duas unidades fisicamente distintas e literais,
casam-se e tornam-se uma só carne. Se o sentido não for figurativo,
então, forçosamente teremos que entender que para tornar-se
unidade composta, seriam quebradas as leis da física, pois dois corpos
não ocupam o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo; criando um
novo ser, um hermafrodita: homem e mulher em “uma só carne”, e
se o sentido é, de fato, figurado, então, essa passagem de Gênesis não
serve como ponto de apoio correlacional à Dt.6.4 como requerido
pelos defensores do argumento trinitário. A insistência vem também
através da leitura de I Co. 6.16,17, mas, nesse caso, o verso 16 fala do
pecado da prostituição quando um homem “torna-se um” com a
meretriz; e no seguinte se informa que ao ajuntar-se com o Senhor o
homem se torna um mesmo espírito, assim, ou o sentido é diverso
daquele requerido pelos defensores da pluralidade composta de
Echad nesses versos (Gênesis e I Coríntios), ou então Deus não é
apenas uma trindade, mas uma poliunidade; muitos milhares de
pessoas seriam um Espírito com o Senhor: “Mas aquele que se une ao
Senhor é um espírito com ele” (ARA). Nesse pormenor de I Coríntios,
não estou opinando, mas, apenas questionando.

Destaque-se Cantares 6.9: “Porém uma é a minha pomba, a minha


imaculada, a única de sua mãe, e a mais querida daquela que a deu à
luz …” Tanto a palavra “uma”, quanto a palavra “única” é tradução de
‫אַ חַ ת‬, uma forma feminina da palavra ‫ אֶ ָֽחד‬e como se pode perceber,
não podemos requerer “unidade composta” nessa filha única, e, não
se pode negar que apenas e somente uma é a amada que Salomão ali.

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A doutrina da trindade Análise – Deuteronômio 6.4

Outro versículo que mostra bem o engano do argumento que afirma


ser ‫( אֶ ָֽחד‬Echad) a palavra exata para designar uma “unidade
composta” é Dt. 17.6 “Por boca de duas testemunhas, ou três
testemunhas, será morto o que houver de morrer; por boca de uma
só testemunha não morrerá”. Pela boca de uma só testemunha
ninguém deveria ser condenado. “Uma só” ali é 1‫ אֶ חד‬e, sem dúvidas,
essa única testemunha não é uma composição de testemunhas; nem
vários entes em uma só testemunha ou coisas do gênero. Pelo
contrário, a ideia do contraste numérico é inconfundível; é
absolutamente UM. Tanto aqui quanto em Dt. 6.4 onde a
contraposição é com a quantidade de deuses que fazia parte do
politeísmo pagão das nações que cercavam Israel por todos os lados.
Certamente não era pretensão da Inspiração Sagrada, e seria mesmo
um contrassenso, informar que a pluralidade divina das nações pagãs
era além de errada, pecado; e em seguida ensinar que aquele que
inspirou isso é também um composto plural, mudando apenas a
fórmula conceitual dessa “composição”.

Assim, para fins de argumentação de “unidade composta” ou


pluralidade em Deus, a base de Echad e Yachid é nula. Devemos
atentar para o que o texto quer dizer em seu contexto, e no caso de
Dt. 6.4, se considerarmos a nação rodeada por nações politeístas,
Deus não daria a Israel, uma informação que causasse mais confusão
que esclarecimento. Deus não diria para ele não crerem na
quantidade dos deuses das nações para se revelar ele mesmo como
sendo mais de um. Não há lógica nisso. É nítido a ideia do contraste
entre a quantidade de entes “divinos” das nações pagãs e o um e
único Deus de Israel. Então, não há razão plausível para se crer que a
afirmação de que Yahweh seja “UM” quantitativamente literal, não
tenha sido a intenção do inspirador da frase.

Outro exemplo muito claro da unidade absoluta usando ‫( אֶ חד‬echad)


é Ec. 4.8 “Há um que é só, e não tem ninguém, nem tampouco filho
nem irmão;”

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A doutrina da trindade O Pai

Capítulo - 14 O Espírito Santo fala, então é outra


pessoa?
O Espírito do Santo, pensa, fala, anda e chora, seria ele uma pessoa
da trindade?

Segundo o dogma da “Santíssima Trindade”, o outro Consolador, é


uma terceira pessoa na divindade, chamada de “Deus Espírito Santo”.
O principal argumento é que, se o espírito Santo, fala (Mateus 10:20),
intercede (Romanos 8:26), entristece (Efésios 4:30), se mentimos para
ele (Atos 5:3-4), etc., então Ele é uma 3ª Pessoa, um 3º Ser Pessoal. O
fato de o Espírito ter ações Pessoais o torna uma Pessoa, um Ser
Pessoal da mesma forma que o Pai e o Filho? Será que o Onipotente
Deus, não pode praticar ações pessoais através de Seu próprio
Espírito?

Quem é o Espírito segundo o pregador Paulo?


“Ora o SENHOR é o Espírito; e onde está o Espírito de Deus aí está à
liberdade.” II Coríntios 3:17.
NOTA: Segundo o dogma da “Santíssima Trindade” o Consolador, é
outra Pessoa, além do Pai e do Filho, porém Paulo é claro em afirmar
que o Espírito É O SENHOR II Coríntios 3:17.
O fato de alguns versos atribuírem ao “espírito” adjetivos e ações
típicas de um ser pessoal não significa que o “espírito” seja um ser
pessoal da mesma forma que o Pai e o Filho. O “espírito” do homem
também tem ações pessoais e isso o torna uma Pessoa? Claro que
NÃO! Vejamos alguns exemplos:
Espírito de Faraó – Foi Perturbado (Gênesis 41:8)
Espírito de Ciro – Foi Despertado (Esdras 1:1)
Espírito de Jó – Sorve (Suga) o Veneno (Jó 6:4)

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A doutrina da trindade O Pai

Espírito de Zofar – Responde por Zofar (Jó 20:3)


Espírito de Asafe – Desfalece (Salmo 77:3)
Espírito de Davi – Desfalece (Salmo 143:7)
Espírito de Yeshayahu (Isaías) – Buscou a Deus
(Yeshayahu (Isaías) 26:9)
Espírito de Ezequiel – Excitou-se (Ezequiel 3:14)
Espírito de Nabucodonosor – Perturbou-se (Daniel
2:1-3)
Espírito de Paulo – Revoltou-se (Atos 17:16)
Espírito de Paulo – Ora e Canta (I Coríntios 14:14 e
15)
Espírito de Paulo – Recreou-se (I Coríntios 16:18)
Espírito de Tito – Recreou-se (II Coríntios 7:13)
NOTA: Como vimos na lição 10, a palavra traduzida para “espírito” no
Antigo Testamento é “ruach” e no N.T é “pneuma”. Os escritores
bíblicos escreveram “ruach” de Davi, “ruach” de Deus, “pneuma” de
Paulo, “pneuma” de o Ungido, “pneuma” de Deus, “pneuma” Santo
etc. Em nenhum momento, os escritores bíblicos, queriam dizer que
o “ruach” (espírito) de Davi ou o “pneuma” (espírito) de Paulo era
outra pessoa.
Quando o salmista diz que o seu espírito estava amargurado, na
realidade quem estava amargurado era o próprio salmista. Quando
Paulo diz que o Espírito dele revoltou-se em Atenas, na verdade foi
Paulo que se revoltou!
Da mesma forma o Espírito de Deus. Quando a Sagradas Escrituras diz
que o Espírito de Deus se entristece ou fala, é o próprio Deus quem se
entristece e fala. Quando alguém mente para o Espírito de Deus, na

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A doutrina da trindade O Pai

verdade mentiram para o próprio Deus e não para uma 3ª Pessoa.


Vejamos:
10) Ananias mentiu a Quem?
“Disse então Kefa (Pedro): Ananias, por que encheu Satanás o teu
coração para que mentisses ao espírito do Santo, retendo parte da
propriedade? Não mentiste aos homens, mas a Deus.” – Atos 5:3-4

Conclusão:
A ação pessoa de Deus por meio do seu Espírito, não faz do Espírito
dele outra pessoa. Vimos que a bíblia usa essa linguagem “Espírito de
Zofar – Responde por Zofar” não se trata de outa pessoa, mas a
mesma pessoa.
O Espírito de Deus é a maior e a mais Poderosa benção que um servo
pode receber, é nosso dever pedir a Deus e preparar nossa alma para
receber essa grandiosa benção, e é do agrado do Criador conceder.
Somos confortados e guiados por Deus, é desejo dEle estar conosco,
mas nem todos os seres humanos se preparam, nem todos desejam
limpar suas almas para comportar o poder dEle, é o Espírito de Deus
sua presença e seu poder em nosso meio. Deus se manifesta entre os
humanos, sua própria pessoa se manifesta por meio do seu Espírito
Santo. Não é o seu Espírito uma terceira pessoa da trindade, não é o
Espírito outra divindade, mas o próprio ETERNO manifesto numa
dimensão que nós podemos suportar.
Ninguém já mais viu a Deus, mas ninguém já mais ficou sem o consolo
dEle, está sempre ao nosso lado nos confortando, nos iluminando e
guiando seu povo para o caminho da luz. Quando os pais cuidam de
seus filhos lá está a presença de Deus, não importa a raça, língua ou
crença, o ETERNO sempre se faz presente chamando pessoas para se
tornar seu povo, trabalhando nas mentes dos humanos iluminando-
os acerca do que é errado fazer. Porém ao se afastar da presença de
Deus, muitos deixam de ouvir a voz, se impregnam de idolatria,

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A doutrina da trindade O Pai

imoralidade sexual, alimentação contrária aos princípios e da rebeldia


declarada a tudo que é santo.
Adão era cheio do Espírito Santo, mesmo assim pecou, porque
mesmo que sejamos cheios da presença de Deus ele sempre nos dará
liberdade para escolher, ter o Espírito do Santo me dá forças para
suportar a tentação, mas sempre será a minha escolha, fazer o certo
ou o errado. Quando Adão preferiu dar atenção ao conselho da sua
esposa Éva, Deus estava presenciando tudo e poderia ter evitado, mas
não fez. O ETERNO não busca uma obediência cega, mas lucida e
envolta de amor. Em todas as eras, em todo o tempo, homens e
mulheres foram munidos de liberdade para escolher entre seguir a luz
ou as trevas. O reino da luz deseja estar em seu coração, cabe a você
e tão somente a você, abrir a porta ou permanecê-la fechada.
Em toda a criação, nos animais terrestres, nos mares e em qualquer
lugar Deus se faz presente por meio do seu Espírito. Não há como fugir
de sua presença, todos estamos imersos no jardim do tempo, nossas
células, nossos pensamentos, todo o nosso ser é sondado por Deus.
Peçam para o Eterno uma porção do seu poder como uma criança
pede para seu pai um copo d’água, busquem sem cessar. Em todas as
vossas orações incluam esse pedido

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A doutrina da trindade Introdução

Capítulo - 15 A palavra “elohim” e a palavra


“deus”.
Para entendermos o tema em questão, precisaremos compreender
a palavra deus em hebraico e aramaico. O significado das palavras:
Elohim e El, tem um pouco de diferença do termo “deus” em nosso
idioma português e uma construção linguística diferente no
ocidente.
Para os semíticos (descendentes de Shem filho de Noé) o
significado das palavras: El e Elohim é: Poderoso, forte majestoso.
Essas palavras foram traduzidas para nosso idioma por; deus ou
deuses.
Na nossa cultura, deus é um ser adorado uma divindade e objeto de
culto. Quando uma pessoa recebe o título de deus, logo entendemos
que o tal é de alguma forma cultuado, mas para os hebreus era
diferente, anjos e homens poderiam ser chamados de deuses(deus)
e mesmo assim não ser adorado ou cultuado. Moises foi declaro
deus para o rei faraó, mas mesmo com esse título ele não foi
adorado, veja o texto em questão:
“Então disse YHWH a Moisés: Eis que te tenho posto por
deus(elohim) sobre Faraó, e Arão, teu irmão, será o teu profeta.”
Êxodo 7:1
Observe claramente que o Eterno Soberano, deu a Moises um
título de “deus”, mesmo assim nenhum hebreu o adorou. Os
israelitas não adoraram Moises porque entendiam corretamente a
palavra “deuses”, porque não se tratava de uma divindade a ser
adorada ou cultuada, mas de um título de grandeza. Moises se
tornaria grande e forte na presença do rei faraó, mas não um deus
no mesmo sentido do nosso idioma.
No livro dos salmos, Davi chama os anjos de deuses, mas nas bíblias
em português o termo; el, foi traduzido por poderosos, leia abaixo:
“Deus está na congregação dos poderosos; julga no meio dos
deuses(elohim).” Salmos 82:1
Agora o mesmo verso em hebraico:
“‫ֱֹלהים י ְִׁש ֹּֽפט‬
ִ֣ ִ ‫ֹלהים נִ צָּ֥ב בַּ עֲדַּ ת־ ֵ֑אל בְׁ ֶ ֶ֖ק ֶרב א‬
ִ ִ֗ ‫”זְׁ ִ֗מֹור לְׁ ָ֫א ָּ֥סף א‬

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A doutrina da trindade Introdução

Note que a palavra “poderosos” do versículo acima, foi traduzida da


palavra el/‫ ֵ֑אל‬corretamente.
Vamos analisar por partes Salmos 82.1
1. “julga no meio dos deuses.”: Observe claramente que os
anjos são chamados de deuses
2. “Deus está na congregação dos poderosos”: Nesse trecho a
palavra “poderosos” foi traduzida da palavra hebraica el/‫ֵ֑אל‬
que significa, deus ou poderosos.
Estudando a palavra hebraica “EL” de origem cananéia.
O título “deuses” é uma palavra composta, e parte de sua origem é
cananeia. Os cananeus usavam símbolos na escrita, o proto-
cananeu.
No cananeu o nome “EL” era escrito assim:
, sendo o alef ( ) representado por uma cabeça de touro, que
significa: touro, força ou poder.
A consoante lamed ( ) representava um cajado pastoral. Na língua
hebraica os caracteres mudaram para ‫ אֱֹל‬, mas possui a mesma
fonética “EL”. Quando a palavra “EL” era utilizada o seu significado
podia ser entendido como: Poderoso Criador, Pastor forte, Forte e
Poderoso ou Altíssimo.
CARACTERES SIGNIFICADO
ALEF = ,‫א‬ Touro, boi, força, poder ou
poderoso
LAMED = ,‫ל‬ Cajado, ou aguilhão para boi, ou
touro

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A doutrina da trindade Introdução

A palavra “Elohim” não foi traduzida apenas por “deus” na bíblia


hebraica, vejam as referências:
A bíblia NVI, traduz deuses por “juízes” em 1ª Samuel 2:25, o targum
de Onkelos traduz por “nobre” em Genesis 6:2.
Traduzido por “poder”: Gn 31:29, Dt 28:32.

A origem do nome “deus”.


Nós sabemos que ninguém morre por chamar o Eterno de “Deus”,
mas o título “deus” não é a melhor forma de se dirigir ao SER ETERNO.
A palavra “deus” é um termo latino que de início descrevia todas as
deidades e que com o tempo passou a ser usado também para
descrever o conceito de Elohim como substantivo próprio, do mesmo
modo que ocorreu ao termo germânico God. Os termos latinos deus
e dīvus são provenientes do idioma protoindo-europeu *deiwos,
"celestial" ou "brilhante", da mesma raiz de Dyēus, o deus
reconstruído do Panteão Proto-Indo-Europeu. Em latim clássico, deus
(feminino: dea) era substantivo comum,[1] mas tecnicamente divus
ou diva era uma figura que se tornara divina, como um imperador
divinizado. Em latino tardio, "Deus" veio a ser usado principalmente
para o Deus cristão. o termo foi herdado pelas línguas românicas:
em francês Dieu, espanhol Dios, português e Galego, Italiano Dio etc.,
e pelas línguas célticas in galês Duw e irlandês Dia.
Os indo-europeus.
Ao olharem para o céu, eles contemplavam o Sol, achando que o
astro era uma divindade eles diziam “Dio”, daí a origem da palavra
“dia”.

OBSERVAÇÃO:

Na mitologia cananeia, "El" é visto como o pai de muitos


outros deuses e como o chefe dos deuses celestiais.

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A doutrina da trindade Introdução

Observação:
A palavra "deus" tem origem no latim "deus", que é uma
forma tardia da palavra "deiwos". A etimologia precisa da
palavra é incerta, mas há indícios de que ela provém de uma
raiz indoeuropeia *dyeu- que significa "brilhar" ou
"claridade".
A palavra "deus" era usada na Roma Antiga para se referir
aos deuses romanos e, posteriormente, passou a ser utilizada
no cristianismo para se referir a Deus.
A palavra celta "deiuos" é considerada a raiz da palavra latina
"deus". A etimologia precisa da palavra celta é incerta, mas
algumas fontes sugerem que ela provém de uma raiz celta
*dyeu- que significa "brilhar" ou "claridade".
A palavra "deiuos" era usada para se referir aos deuses
celestiais na religião celta antiga e pode ter sido influenciada
por conceitos religiosos similares de outras culturas antigas,
como a religião indoeuropeia.

Fontes:
"A Latin Dictionary" de Charlton T. Lewis e Charles Short
(1879)
"Etymological Dictionary of Latin and the Other Italic
Languages" de de de Vaan, Michiel (2008)
"The Celtic Gods: Comets in Irish Mythology" de T. W.
Rolleston (1911)
"Celtic Mythology" de John Arnott MacCulloch (1910)
"Indo-European Roots" de Calvert Watkins (2000)
"The American Heritage Dictionary of Indo-European Roots"
de Calvert Watkins (1985)
Pelo fato de a Bíblia não apresentar Deus como sendo uma essência
e três hipóstases os trinitarianos buscam, dentro da Bíblia, tudo o que
for possível para tentar provar alguma pluralidade de pessoas na
deidade, e o fazem já com o primeiro versículo da Bíblia: “No princípio
criou Deus”. “Deus” nas escrituras hebraicas é ‫ אֱֹל ִהים‬ELOHIM “Deus”

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A doutrina da trindade Introdução

que é a forma plural de Eloah, essa última é mais comum nos livros
poéticos, especialmente o de Jó.
Os dicionários trazem a tradução de “elohim” como significando Deus
ou deuses, e, em uma tradução etimológica significa “poderes”,
“governantes” ou “forças”. O contexto e os sinais linguísticos
determinam o entendimento correto, já que “deuses” é uma palavra
polissêmica1. Na questão contextual histórico-teológico tem-se
bastante elementos para entendermos a palavra quando aplicada ao
Deus de Israel como sendo um único ser e não uma pluralidade de
seres.

A primeira implicação de se entender Deus como uma pluralidade de


seres ao aplicarmos essa palavra ao Eterno Deus seria admitir sua
tradução como “deuses”, no entanto, essa tradução não revelaria um
deus único, mas vários deuses. Admitir isso dentro de uma fé
monoteísta seria cair em politeísmo.
A ideia de “deuses” para Deus é negada pelo critério linguístico
quando essa palavra se refere ao Deus de Israel, pois aparece mais de
2.000 vezes e somente em quatro delas o termo que acompanha está
também no plural. Todas as outras milhares de vezes os verbos, os
pronomes e os adjetivos estão no singular. Inclusive em Gn. 1.1
‫ֱֹלהים‬
ִ ‫אשית בָּ ָּרא א‬
ִ ‫( ְּבר‬Breshit bará Deus). “Bará” (‫ )בָּ ָּרא‬é o verbo CRIAR e
está na 3ª pessoa do singular, CRIOU.
No que tange à questão teológica vemos a afirmação que o Deus que
fez o céu e a terra é o ETERNO, isto pode ser visto em Gn. 2.4 ‫ְּביֹ ום‬
‫ְּשמָּ יִם‬
ָּ ‫ֱֹלהים אֶ ֶרץ ו‬
ִ ‫“ ֲעשֹות יְּהוָּה א‬no dia em que o ETERNO Deus fez a terra
e os céus”, mas uma vez aplicado o verbo singular “FEZ” confirmando
o entendimento que o ETERNO é um e não mais que isto. O Universo
criado por um único ente é atestado também no Novo Testamento e
isso pode ser lido em Ef. 3.9 “… Deus, que tudo criou por meio de Jesus
o Ungido”. Tal constatação é sustentada também pelo texto áureo do
monoteísmo bíblico. Dt. 6.4 “Ouve, Israel, o ETERNO nosso Deus, o
ETERNO é UM”. Aqui não lemos que o ETERNO é “um dos nossos
Deus”, mas o “nosso Deus”. Algumas Bíblias traduzem por “único
Senhor”, mas no original está simplesmente “‫( ”יְּהוָּה אֶ חָּ ד‬YHWH
echad). ‫( אֶ חָּ ד‬echad) é a palavra hebraica para o cardinal UM. Que a
palavra Deus aplicada ao Deus Eterno tem sentido singular é também
confirmada em Gn. 35.11 ‫ֱֹלהים ֲאנִי אל ַשדַ י‬ ִ ‫( וַי ֹאמֶ ר ֹלו א‬vayyo’mer lo

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A doutrina da trindade Introdução

‘elohiym ‘aniy ‘êl shadday) “E disse Deus: Eu sou El Todo-Poderoso”.


Este verso mostra que Deus (um plural) tem significado de EL (um
singular) quando se refere ao Altíssimo.
O Prof. Isaías Lobão cita o também professor Klaas Runia, do
Seminário Teológico Reformado Holandês, informando que ele “crê
que Gn 1:26, indique a Trindade. A fórmula plural de Gn 1:26, possui
caráter trinitário; trata-se, segundo ele, não de um plural majestático,
como alguns querem, ou de um plural deliberativo, como outros
interpretam, visto que isto era totalmente desconhecido dos
hebreus.”, mas ambos parecem desconsiderar que os hebreus faziam
outros usos dessa mesma palavra e aplicava, também, palavras
pluralizadas em outras situações, o que termina por impedir a
dedução de trindade nesse substantivo em Gn. 1.1, ou em qualquer
outra ocorrência. O termo no plural é usado tanto para referir-se a
vários deuses de uma só vez: Gn. 31.30; como a um deus pagão de
forma individual: Em I Sm. 5.7b, Dagom é chamado de deuses, já em
Jz. 11.24 o deus é Quemós. Em I Rs. 18.24 Baal é um deus individual
concorrente do ETERNO. A palavra deuses também foi usada para
referir-se aos anjos Sl. 8.5 ARA (cf Hb.2.7), e para referir-se a homens,
Sl. 82.1,6. O próprio Moisés recebeu de Deus a identidade de Deus
para atuar no Egito. Ex. 4.16; 7.1.
Leiamos, por exemplo, I Sm. 2.25 “Pecando homem contra homem,
os juízes o julgarão; pecando, porém, o homem contra YHWH, quem
rogará por ele? …”, a expressão “juízes” é tradução da palavra
“deuses”, tanto que há bíblias, como, por exemplo, a Bíblia de
Jerusalém que prefere traduzir “Se um homem comete uma falta
contra outro homem, Deus o julgará; mas se pecar contra Yah, quem
intercederá por ele?…”. O simples fato da palavra poder ser traduzida
por “juízes” e por “Deus” mostra que não há qualquer explicitude de
pluralidade na deidade por causa da palavra em si, pois os juízes eram
representantes de Deus e não ELE próprio, e cada juiz não era mais de
uma pessoa, de modo que aplicar ou subentender algum “caráter
trinitário” em deuses é plenamente arbitrário, pois nenhum juiz de
Israel era componente de uma trindade de seres.

A ideia de que haja alguma pluralidade em Deus só nasceu depois da


tentativa de deificação do Filho de Deus, nos primeiros séculos da era
cristã. Tal conceito na palavra Deus não é expressa dentro da Bíblia.
Se houvesse algum caráter plural nela, quando aplicada ao único e

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A doutrina da trindade Introdução

supremo ser, então, os escritores sagrados não a aplicaria a outros


deuses (I Sm. 5.7b), a anjos (Sl. 8.4,5 com Hb. 2.6,7), demônios (Dt.
32.17) e até mesmo homens (Ex.4.16; I Sm. 2.25), que sabemos não
serem seres pluralizados ou coletivos.

Outro detalhe muitíssimo importante sobre como devemos entender


a palavra ‫ֱֹלהים‬
ִ ‫“ א‬deuses” dentro da Bíblia nos é dada pelos tradutores
da Septuaginta e os Escritores Sagrados do Novo Testamento, pois
ambos traduziram a palavra “deuses”, que é uma palavra plural, não
pelo seu equivalente imediato, o plural grego θεοὶ (theoi), mas pelo
singular θεός (theos), mostrando que o caráter da palavra quando é
associado a um único ser ou ente não é plural ou de pluralidade, mas
singular.

Embora já se tenha mostrado aqui que a palavra “deuses” não é usada


como termo exclusivo designativo do Eterno e Verdadeiro, o que por
si só já eliminaria o requerimento de insinuação de composição plural
na palavra quando aplicada a um único ente ou ser, alguns buscam
em Gn. 1.26, Gn. 3.22, Gn. 11.7 e Is. 6.8, provas de que Deus quer
realmente denotar uma pluralidade de pessoas na Deidade pelo fato
de nesses versos constar o verbo ou pronome também no plural. Mas,
vale a pena lembrar que apenas 4 (quatro) ocorrências em mais de
2000 (duas mil) aparições dessa palavra surgem esses raros plurais,
há quem ache 10 (dez) plurais, mas destes 6 (seis) não teriam sido
vertidos para nossa língua. Nesse ponto as opções são; verificar se
existe ocorrências similares aplicadas a outras pessoas e se buscar
entender contextualmente essas ocorrências ou achar que a exceção
dita à regra e passarmos a admitir que esses raros plurais devem ser
estendidos para todas as outras 2000 ocorrências da palavra sem
plural.

Atentemos, então, para os versículos requeridos e comparemos com


outros onde expressões semelhantes aparecem e busquemos
perceber, de forma contextual, o que eles significam.

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A doutrina da trindade Introdução

Is. 6.8 “Depois disto ouvi a voz de YHWH, que dizia: A quem enviarei,
e quem há de ir por nós? …”, compare a Ed. 4.18 “A carta que nos
enviastes foi explicitamente lida diante de mim.” Veja que se aquela
construção de Is. 6.8 indicar que Adonai é mais de UM Deus, por causa
do “nós”, então, Artaxerxes é, também, por trato de uniformidade,
mais de UM homem.

Ainda temos, por exemplo, Gn. 3.22, 24 “Então disse YHWH Deus: Eis
que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, para
que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma
e viva eternamente … E havendo lançado fora o homem, pôs
querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que
andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida.”
Compare com Ed. 7.21, 24 “E por mim mesmo, o rei Artaxerxes, se
decreta a todos os tesoureiros que estão dalém do rio que tudo
quanto vos pedir o sacerdote Esdras, escriba da lei do Deus dos céus,
prontamente se faça … Também vos fazemos saber acerca de todos
os sacerdotes e levitas, cantores, porteiros, servidores do templo e
ministros desta casa de Deus, que não será lícito impor-lhes, nem
tributo, nem contribuição, nem renda.”. Veja que mesmo dizendo
“um de nós” em Gn. 3, mais à frente, na mesma narrativa,
encontramos “pôs” ao invés de “puseram”, analogamente em Esdras
há expressão semelhante, mostrando que essa não é uma construção
de indicativo de pluralidade em um único ser, como se costuma
requerer. O rei Artaxerxes disse “E por mim mesmo … vos fazemos”,
no entanto, ele não era mais de UM homem.

A próxima é o bem citado Gn. 1.26 “E disse Deus: Façamos o homem


à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os
peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda
a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. E criou Deus
o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher
os criou.” E vejamos como Daniel se expressa em Dn. 2.36 “Este é o
sonho; também a sua interpretação diremos na presença do rei.” Veja
que o uso do verbo “diremos” por parte de Daniel não implica, nem
indica que Daniel fosse mais de UM homem ou que fosse dizer o
sonho ao rei como em um dueto, trio ou coral com alguém. Assim
tanto Gn. 1.26 como Dn. 2.36 não mostram qualquer pluralidade do
ente falante quando usou o plural em suas expressões.

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A doutrina da trindade Introdução

Quando falamos de nós mesmos, podemos usar intercambialmente o


“eu” e o “nós”, e essa forma de expressão não é estranha à Bíblia.
Quando uma pessoa fala de alguém que usou esse tipo de
interlocução não dirá “vocês disseram algo”, mas “você disse algo”,
nem pensará que esse alguém é uma pluralidade, pois não haverá
dúvida de se tratar de apenas de UM ser ou ente; seja Deus ou
homem. Isto se vê provado nessas passagens listadas. E a Bíblia está
repleta de, literalmente, milhares de ocorrências com
reconhecimento de que o uso de Deus, aplicado ao Eterno e
Verdadeiro indica sempre Um, Único e Um Só e não um ser plural e
nos sugere a necessidade de colocarmos esse verso de Gn. 1.26 sob
perspectiva.

Apenas para complementar o que está sendo dito leiamos ainda I Sm.
4.5-8 “E sucedeu que, vindo a arca da aliançado ETERNO ao arraial,
todo o Israel gritou com grande júbilo, até que a terra estremeceu. 6
E os filisteus, ouvindo a voz de júbilo, disseram: Que voz de grande
júbilo é está no arraial dos hebreus? Então souberam que a arcado
ETERNO era vinda ao arraial. Por isso os filisteus se atemorizaram,
porque diziam: Deus veio ao arraial. E diziam mais: Ai de nós! Tal
nunca jamais sucedeu antes. Ai de nós! Quem nos livrará da mão
desses grandiosos deuses? Estes são os deuses que feriram aos
egípcios com todas as pragas junto ao deserto”. Note-se aqui que
quem via pluralidade no Deus de Israel eram os pagãos politeístas
filisteus: “Estes são os deuses que feriram aos egípcios”, e nunca, em
nenhum momento, o próprio povo de Deus O entendia como um ser
plural.

“O doutor William Smith da Universidade de Londres, um século atrás,


foi descrito como o ‘mais eminente lexicógrafo do mundo de língua
Inglesa’. A seguinte afirmação encontra-se no Dicionário Bíblico que o
doutor Smith editou: “A forma plural Deus tem dado origem à muita
discussão. A ideia fantasiosa de que se refere à trindade de pessoas
na Divindade, dificilmente encontra agora algum partidário entre
eruditos. Ou é o que os gramáticos chamam “plural de majestade” ou
então denota a plenitude da força divina, a soma de poderes
revelados por Deus”2.

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A doutrina da trindade Introdução

Lembremos ainda que a Bíblia diz em I Jo. 4.24 “Deus é Espírito”. Se a


palavra “Deus” abarcasse uma pluralidade de pessoas em Deus, então
o Pai é Espírito; o Filho é Espírito Vivificante e o Espírito Santo também
é Espírito, desse modo precisaríamos esperar que a Bíblia nos dissesse
“Deus ‘é’ Espíritos” ou “Deus são Espíritos”.

_______________________

1 Polissemia é o nome dada a propriedade que uma palavra possui de


apresentar mais de um significado ou sentido sem que,
necessariamente, eles sejam opostos ou excludentes.

2 Apud Smith, William. “A Dictionary of the Bible” Philadelphia:


American Baptist Publication Society, 1863, pág. 216

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A trindade O Pai

Capítulo - 16 Quem foi o único que criou o


universo?

Hoje pela bondade de Deus falarei sobre um assunto muito


importante para entendermos gênesis 1.26 no qual está escrito
“façamos o homem a nossa imagem”, a grande pergunta é; Quem
estava com YHWH na criação do mundo?
Alguém estava com Deus, ele não estava sozinho. Para um grupo
religioso, três pessoas divinas, para outras eram milhares (Deus e os
anjos) e outros creem que era apenas o ETERNO. Mas segundo a frase
de Gn 1.26, havia no mínimo um ser com o Soberano, quem era? Para
chegarmos biblicamente a essa resposta precisamos examinar outros
textos. Vamos a partir de agora analisar quem estava com Deus no
início da criação.
Seria a Sabedoria?
No livro de provérbios temos uma pista, e ela será importante.
Consultemos provérbios 8.22:
“YHVW me criou como o princípio de seu caminho, antes das
suas obras mais antigas; fui formada desde a eternidade,
desde o princípio, antes de existir a terra. Nasci quando
ainda não havia abismos, quando não existiam fontes de
águas; antes de serem estabelecidos os montes e de
existirem colinas eu nasci.
Ele ainda não havia feito a terra, nem os campos, nem o pó
com o qual formou o mundo. Quando ele estabeleceu os
céus, lá estava eu, quando traçou o horizonte sobre a
superfície do abismo, quando colocou as nuvens em cima e
estabeleceu as fontes do abismo, quando determinou as
fronteiras do mar para que as águas não violassem a sua
ordem, quando marcou os limites dos alicerces da terra, eu
estava ao seu lado, eu colocava ordem com ele; dia a dia eu
era o seu prazer e me alegrava continuamente com a sua
presença. Eu me alegrava com o mundo que ele criou, e a
humanidade me dava alegria. Provérbios 8:22-31”

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A trindade O Pai

O texto acima não se refere a uma característica de Deus (sabedoria),


mas a alguém que recebeu esse título. Meus argumentos do porquê a
Sabedoria não é uma característica se dá pelas descrições pessoais,
veja:
1º “YHVW me criou”.
2º “Nasci quando ainda não havia abismos”
3º “Eu me alegrava com o mundo”
4º “eu era o seu prazer”
Observe que tais declarações nos convence que era uma pessoa
criada por Deus que chamamos de Sabedoria, outro texto que deixa
bem claro que alguém criado por Deus estava no princípio da criação
do nosso planeta, é provérbios 30.4
...Quem subiu aos céus e desceu? Quem ajuntou nas
mãos os ventos? Quem embrulhou as águas em sua
capa? Quem fixou todos os limites da terra? Qual é o
seu nome, e o nome do seu filho? Conte-me, se você
sabe! Provérbios 30:4, grifo meu
Aqui fica evidente que a narração do livro de gênesis 1.26 refere-se
que existia alguém com o Soberano, mas que essa pessoa não estava
lá para criar o mundo para assistir, presenciar e dar assistência no
sentido de contemplar.
“Então disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a
nossa semelhança” Gênesis 1:26
Apenas YHWH criou o cosmo, mas alguém estava com ele, leiamos
novamente, observe em negrito onde a própria Sabedoria diz que foi
o ETERNO que sozinho fez tudo:
Ele ainda não havia feito a terra, nem os campos,
nem o pó com o qual formou o mundo. Quando ele
estabeleceu os céus, lá estava eu, quando traçou o
horizonte sobre a superfície do abismo, quando
colocou as nuvens em cima e estabeleceu as fontes
do abismo, quando determinou as fronteiras do mar

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A trindade O Pai

para que as águas não violassem a sua ordem,


quando marcou os limites dos alicerces da terra, eu
estava ao seu lado Pv 8.22, grifo meu
Agora análise provérbios 30.4, note que em negrito são a afirmação
que somente o ETERNO Deus fez tudo sozinho:
...Quem subiu aos céus e desceu? Quem ajuntou nas
mãos os ventos? Quem embrulhou as águas em sua
capa? Quem fixou todos os limites da terra? Qual é
o seu nome, e o nome do seu filho? Conte-me, se você
sabe! Provérbios 30:4, grifo meu
Nos livros dos profetas, fica ainda mais evidente que somente o
ETERNO criou o cosmo, veja:
"Assim diz YHWV, o seu redentor, que o formou no
ventre: Eu sou o Senhor, que fiz todas as coisas, que
somente eu estendi os céus, que espalhei a terra por
mim mesmo, Isaías 44:24, grifo meu.
Isaías 43:7: "Todos os que me invocam, eu os livrarei;
os que me honram, eu os salvarei. Eu formei e fiz, eu
mesmo, aquilo que digo."

Jeremias 10:12: "Ele fez o mundo com sabedoria,


estabeleceu os céus com inteligência."
Salmo 33:6-9: "Pelo poder da sua palavra foram
feitos os céus, e pela respiração de sua boca, todos os
seus exércitos. Ele amontoa as águas do mar como
num montão, põe os oceanos em depósitos. Que toda
a terra tema o YHWH, que todos os habitantes do
mundo têm temor dele. Pois ele falou, e tudo foi
feito; ele ordenou, e tudo existiu."
Outra referência de que o Eterno criou sozinho o cosmo é a declaração
de Jesus quando ele diz:
Vocês, orem assim: ‘Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o
teu nome. Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra
como no céu. Mateus 6:9,10

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Capítulo - 17 O Pai é nosso único e suficiente


salvador.
É comum ouvirmos que Jesus é nosso único e suficiente salvador, mas
a pergunta é: o que diz as escrituras? Quem de fato é nosso salvador?
Vamos analisar passo a passo o que diz a Bíblia sobre essa questão.
Assim diz YHWH: “Eu, eu sou YHWH, e fora de mim não há
salvador.” Is 43:11 Se não existe salvador fora do Eterno, como
entendemos o texto que disse que Jesus é salvador? Ou como
podemos entender sobre Moises ser um salvador para os
hebreus? Veja ainda mais o que disse YHWH:
Os 13:4, Todavia, eu sou YHWH teu Deus desde a terra
do Egito; portanto não conhecerás outro deus além de
mim, porque não há salvador senão eu.
Não existe outro salvador, só YHWH é quem nos salva. Mas,
então, por que a bíblia diz que Jesus é salvador? A resposta para
essa pergunta é simples, vamos ler com mais atenção
novamente o texto do profeta Isaias:
“Eu, eu sou YHWH, e fora de mim não há salvador.” Is
43:11
Observe que o Eterno disse “fora de mim”, ou seja, não existe
salvador fora dele, quem envia um salvador é o Eterno, se Deus
envia um salvador, ele é apenas instrumento de salvação, é uma
ferramenta nas mãos do Eterno YHWH, quem envia salvador é
Ele. Leia o texto abaixo:
Is 19:20 “E servirá isso de sinal e de testemunho para
YHWH dos exércitos na terra do Egito; quando clamarem
YHWH por causa dos opressores, ele lhes enviará um
salvador, que os defenderá e os livrará. [grifo meu]”

“E vimos, e testificamos que o Pai enviou seu Filho para


Salvar o mundo.” [grifo meu]
1 João 4:14
Observe o que disse o profeta “ele lhe enviará”. Quem envia os
profetas salvadores é tão somente YHWH, logo não é a
ferramenta que executa, mas é quem a manuseia, as vezes Deus
nos envia salvação por meio de profetas, leia:

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Ob 1:21 Subirão salvadores ao monte de Sião para


julgarem o monte de Esaú; e o reino será de YHWH.
Note nessa passagem que pode haver vários salvadores, mas
todos são enviados pelo Eterno YHWH. Veja na passagem dos
evangelhos o que diz:
Jo 3:17 Porque Deus [YHWH] enviou o seu Filho ao
mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o
mundo fosse salvo por ele.
“O Pai me enviou” João 20.21

Note que quem enviou Jesus foi YHWH o Soberano, tudo é feito
pela vontade do PAI, não existe salvador fora dele.
Outras pessoas também foram salvação para quem creu neles,
vejamos:

Jônatas | 1Sm 14:45, mas o povo disse a Saul: Morrerá,


porventura, Jônatas, que operou esta grande salvação em
Israel?...

Moisés | Ex 3:10 Agora, pois, vem e eu te enviarei a Faraó,


para que tireis do Egito o meu povo, os filhos de Israel.

1Sm 9:16 Amanhã a estas horas te enviarei um homem


da terra de Benjamim, o qual ungirás por príncipe sobre
o meu povo de Israel; e ele livrará o meu povo da mão
dos filisteus; pois olhei para o meu povo, porque o seu
clamor chegou a mim.

Jesus mesmo disse que só faz o que YHWH manda João 15.10, e
que o Pai é maior do que ele. João 14.28 Quando Jesus disse que a
salvação vem dos judeus, referia a si próprio como essa pessoa
de salvação. Mas, a fonte de toda salvação vem do Eterno
YHWH.

Somente o Eterno é nossa rocha de Salvação, observe nos


versos abaixo que, nessas passagens é o nome do Pai que é
citado como rocha da salvação:

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A trindade O Pai

2Sm 22:3 É meu Deus, a minha rocha, nele confiarei; é o


meu escudo, e a força da minha salvação, o meu alto
retiro, e o meu refúgio. O meu Salvador; da violência tu
me livras.
2Sm 22:47 O YHWH vive; bendita seja a minha rocha, e
exaltado seja Deus, a rocha da minha salvação,
Sl 18:2 O YHWH é a minha rocha, a minha fortaleza e o
meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo, em quem
me refúgio; o meu escudo, a força da minha salvação, e o
meu alto refúgio.
Sl 18:46 Vive o YHWH; bendita seja a minha rocha, e
exaltado seja o Deus da minha salvação,
Sl 28:1 A ti clamo, ó YHWH; rocha minha, não emudeças
para comigo; não suceda que, calando-te a meu respeito,
eu me torne semelhante aos que descem à cova.
Sl 31:3 Porque tu és a minha rocha e a minha fortaleza;
pelo que, por amor do teu nome, guia-me e encaminha-
me.
Sl 42:9 A Deus, a minha rocha, digo: Por que te
esqueceste de mim? por que ando em pranto por causa
da opressão do inimigo?
Sl 62:2 Só ele é a minha rocha e a minha salvação; é ele
a minha fortaleza; não serei grandemente abalado.
Sl 62:6 Só ele é a minha rocha e a minha salvação; é a
minha fortaleza; não serei abalado.
Sl 71:3 Sê tu para mim uma rocha de refúgio a que
sempre me acolha; deste ordem para que eu seja salvo,
pois tu és a minha rocha e a minha fortaleza.
Sl 89:26 Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu
Deus, e a rocha da minha salvação.
Sl 92:15 para proclamarem que o YHWH é reto. Ele é a
minha rocha, e nele não há injustiça.
Sl 144:1 Bendito seja o YHWH, minha rocha, que adestra
as minhas mãos para a peleja e os meus dedos para a
guerra;

Terminamos esse estudo com as seguintes falas de Jesus.

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A trindade O Pai

“Graças te dou, ó Pai, Soberano do céu e da terra, que


ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as
revelaste aos pequeninos.”
Mateus 11:25

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A trindade O Filho

Capítulo - 18 Jesus é filho de Deus?


Sim, claro que sim, se até Adão foi considerado filho de Deus, por
que ele não seria? Deus chamou Jacó de filho porque Jesus não
poderia ser chamado? Quando os toraistas dizem que Jesus é filho
de Deus, não entendemos ser nos mesmos moldes do pensamento
greco-romano. Jesus é filho de Deus pelo espírito e não pela carne.
O Eterno não é homem ou mulher para gerar. Quando um humano
nasce do espírito torna-se filho de Deus e irmão de Jesus, assim como
Moises também é meu irmão.
O que Jesus quis dizer ao se expressar com as seguintes palavras:
“Filho do homem”? Mateus 8.20 Aqui destaco a expressão dita por
ele: “Filho do homem”. Em dezenas de passagens Jesus diz ser filho do
homem, mas a quem ele estaria se referindo? Para entender essa
expressão precisaremos analisar profundamente o termo em
questão.
Antes de analisarmos a expressão mencionada precisamos
entender se Deus é o “homem” hipoteticamente dito por Jesus. Os
textos bíblicos abaixo, deixarão claro que Deus não é homem:
Oséias 11.9, “Não executarei o furor da minha ira;
não voltarei para destruir a Efraim, porque
eu sou Deus e não homem, o Santo no meio de
ti; eu não virei com ira.”
Números 23.19 “Deus não é homem, para que
minta; nem filho do homem, para que se
arrependa. Porventura, tendo ele dito, não o
fará? ou, havendo falado, não o cumprirá?”
Atos 12.22, “E o povo exclamava: Voz de Deus, e
não de homem.”
Jó 33.12 “Eis que nisso não tens razão; eu te
respondo; porque maior é Deus do que o
homem.”
Não há dúvidas, Jesus não estava se referindo a Deus, mas
então, o que significa? Como podemos entender? Abaixo
colocaremos os versos bíblicos onde essa mesma expressão é
mencionada por diversas vezes e em nenhuma delas se refere a Deus,
mas ao homem. Quando a bíblia diz “filho do homem” aponta para
alguém que é 100% humano, a expressão serve para afirmar que o
filho é de origem humana. Dentro dessa mesma análise, entendemos
que em mais de 80% das vezes que essa expressão “filho do homem”
aparece ela se refere ao próprio profeta que transmite a mensagem.
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A trindade O Filho

Jó 16.21 “para que ele defenda o direito que o


homem tem diante de Deus e o que o filho do
homem tem perante o seu próximo.”
Jó 25.6 “quanto menor o homem, que é um
verme, e o filho do homem, que é um
vermezinho!”
Jó 35.8 “A tua impiedade poderia fazer mal a
outro tal como tu; e a tua justiça poderia
aproveitar a um filho do homem.”
Salmos 80.17 “Seja a tua mão sobre o varão da
tua destra, sobre o filho do homem que
fortificaste para ti.”
Ezequiel 2.1 “E disse-me: Filho do homem, põe-
te em pé, e falarei contigo.”
Ezequiel 2.6 “E tu, ó filho do homem, não os
temas, nem temas as suas palavras; ainda que
estejam contigo sarças e espinhos, e tu habites
entre escorpiões; não temas as suas palavras,
nem te assustes com os seus semblantes, ainda
que são casa rebelde.”
Ezequiel 34.2 “Filho do homem, profetiza contra
os pastores de Israel; profetiza, e dize aos
pastores: Assim diz o YHWH Deus: Aí dos pastores
de Israel que se apascentam a si mesmos! Não
devem os pastores apascentar as ovelhas?”
Daniel 8.17 “Veio, pois, perto de onde eu estava;
e vindo ele, fiquei amedrontado, e caí com o rosto
em terra. Mas ele me disse: Entende, filho do
homem, pois esta visão se refere ao tempo do
fim.”
Jesus sabia o que estava falando, ele usou a mesma expressão
usada por outros profetas, portanto ele não estava se referindo ao
ETERNO, porque Deus não é homem, mas referia a si próprio como
sendo 100% homem e dependente de Deus. Em Salmos 80.17, diz:
“Seja a tua mão sobre o varão da tua destra, sobre o filho do
homem que fortificaste para ti.” Aqui fica claro a ideia de Jesus ao usar
essa expressão, estava se declarando um servo de Deus, com
condições humanas, limitado e totalmente dependente do ETERNO.

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A trindade O Filho

Capítulo - 19 Compreendendo João 10.31-38


O mensageiro Jesus usou a contextualização da palavra elohim para
dizer que ele era um poderoso (el/‫)אל‬
ֵ֑ pela permissão do seu Pai
YHWH. Vamos ler a passagem em questão:
“Os judeus pegaram então outra vez em pedras para o apedrejar.
Respondeu-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas
procedentes de meu Pai; por qual destas obras me apedrejais?
Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma
obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus
a ti mesmo.
Respondeu-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: Sois
deuses?
Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi
dirigida, e a Escritura não pode ser anulada,
«quele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, vós dizeis:
Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?
Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis.
Mas, se as faço, e não credes em mim, crede nas obras; para que
conheçais e acrediteis que o Pai está em mim e eu nele.”
Analisando:
1. “Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes de
meu Pai”: Observe claramente que Jesus não disse que as
obras eram dele, mas sim de YHWH.
2. “Os judeus responderam”: Observe aqui que, o copista que
escreveu essa passagem do livro chamado de João não era
um israelita, provavelmente alguém que viveu entre os
séculos I e III, da era comum.
3. “mas pela blasfêmia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus
a ti mesmo.”: Observe que são alguns judeus que o acusaram
de tentar se colocar no lugar do Pai, mas tal afirmação nunca
foi dito por Jesus. Alguns judeus queriam imputar nele a
narrativa da blasfêmia. Jesus nunca se fez DEUS, isso é uma
falsa alegação de uma meia dúzia de judeus. Infelizmente
hoje líderes cristãos usam um falso testemunho de alguns
judeus para afirmar que Jesus estava se passando por Deus,
isso é errado, porque Jesus nunca fez tal afirmação, mas
foram feitos pelos seus acusadores.
4. “Não está escrito na vossa lei: Eu disse: Sois deuses?”: Para
se defender da falsa alegação feita por um “bocadinho” de
judeus que queriam calar a voz dele, Jesus usa um texto da
70
A trindade O Filho

bíblia do livro de Salmos capítulo 82.


Ele usa essa passagem para dizer que ele era um poderoso
(el/‫)אל‬
ֵ֑ sob a ordemdo ETERNO Deus. Leia novamente para
entender: “Deus está na congregação dos poderosos (el/‫)אל‬
ֵ֑
julga no meio dos deuses.” Salmos 82:1. Jesus jamais se
passou pelo ETERNO Deus, mas disse que:” obras boas
procedentes de meu Pai” o tornava poderoso, da mesma
forma como era os que estavam na assembleia do ETERNO
Deus, leia salmos 82.1-6.
5. “Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de
Deus foi dirigida”: Nessa passagem Jesus mostra que outras
pessoas foram consideradas deuses(poderosos). Veja o que
ele disse: “a quem a palavra de Deus foi dirigida”, um ser
humano pode ser um poderoso, se a palavrado ETERNO
Deus, for dirigida a ela, leia o que disse o Eterno para Moises:
“Então disse o ETERNO a Moisés: Eis que te tenho posto por
deus sobre Faraó, e Arão, teu irmão, será o teu profeta.”
Êxodo 7:1.
Ninguém adorou Moises, porque todos entendiam o
verdadeiro significado desse título “poderoso (el/‫”)אל‬.ֵ֑
6. “vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?”:
Veja que Jesus compreendeu corretamente a acusação de
alguns judeus, na realidade eles estavam o acusando de
blasfêmia porque ele se dizia filho de Deus. Então ele
mostrou ao pequeno grupo de acusadores que, David
também havia se considerado filho de Deus e que também
havia dito que os anjos eram deuses, Se nas Escrituras existe
afirmação, por que eles (um “bocadinho” de judeus)
queriam condená-lo por tal afirmação?
Jesus nunca em nenhuma passagem dos evangelhos que ele
era o ETERNO Deus, mas que na realidade ele era filho,
poderoso no contexto da palavra el/‫ ֵ֑אל‬em hebraico e
aramaico.
7. “o Pai está em mim e eu nele”: Algumas pessoas acham que
essa frase é uma alegação cabal da divindade de Jesus,
porém isso é um erro, porque ele disse que nós
também estaríamos no Pai e o Pai em nós, isso não nos torna
divinos, mas filhos de Deus. Se ser filho de Deus faz com que
a pessoa se torna um deus para ser adorado, então o mesmo
se aplica a nós.
Nós sabemos pelas escrituras que devemos adorar somente
o ETERNO Deus o Pai de Jesus.

71
A trindade O Filho

Moises, anjos e os juízes foram chamados de deuses(deus), caso


Jesus fosse chamado de deus, não teria problema algum, mas tal
afirmativa não existe na bíblia.

72
A trindade O Filho

Compreendendo
o filho.

73
A trindade O filho

Capítulo - 20 Devemos adorar Jesus?


A adoração dedicada à Jesus é algo praticado por milhões de
pessoas ao redor do planeta, mas será que Jesus pediu para ser
adorado? E o que podemos dizer dos textos que dizem afirmar uma
hipotética adoração a ele? Vamos, a partir de agora expor os versos
que supostamente mostram os seguidores dele adorando-o como um
deus.
Alguns textos bíblicos que supostamente confirmam a adoração:

1ª - “Então chegou ela, e adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me!


Mateus 15:25”
2ª - “E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram. Mateus
28:17”
3ª - “Dizendo: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? porque
vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo. Mateus 2:2”
4ª - “E, eis que veio um leproso, e o adorou, dizendo: Senhor, se
quiseres, podes tornar-me limpo. Mateus 8:2”
5ª - “Então aproximaram-se os que estavam no barco, e adoraram-no,
dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus. Mateus 14:33”
6ª - “, enviando-os a Belém, disse: Ide, e perguntai diligentemente
pelo menino e, quando o achardes, avise-me, para que também eu vá
e o adore. Mateus 2:8”
Lendo todos esses textos o entendimento que podemos ter é, que
devemos também adorá-lo, mas será de fato que isso aconteceu? Será
que todas essas pessoas adoraram Jesus? O Eterno disse “Não
adorarás nenhum outro” Antes de entendermos afundo os versos em
questão, precisamos analisar os ensinamentos de Jesus sobre
adoração, vou te mostrar os versículos que mostram uma
contradição. Jesus nunca pediu adoração.
Muitas pessoas fazem objeções dizendo: “Se ele não pediu
adoração, por que então ele aceitou e não repreendeu?”. A resposta
é simples: Porque ninguém o adorou, o maior problema está na
tradução dos textos. Deixaremos esse assunto para depois vamos
agora analisar os ensinos de Jesus.
Textos bíblicos que comprovam a adoração somente ao Eterno e não
para Jesus.
1ª - “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores
adorarão o Pai em espírito e em verdade;
74
A trindade O filho

porque o Pai procura a tais que assim o adorem. João 4:23”


2ª - “Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem
neste monte nem em Jerusalém adorareis o
Pai. João 4:21”
3ª - “Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao
(Yhwh) Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.” Mateus 4:10
Observe que nos textos acima Jesus confirma que a adoração deve
ser somente ao Pai e em nenhum momento ele chama a adoração
para si, por que ele nunca pediu adoração? Ele estava disposto a
morrer e não tinha medo de nada, porque ele não ensinou dizendo:
Vocês devem me adorar?
Para entender melhor esse assunto devemos estudar sobre o
Eterno e o mensageiro Jesus, devemos primeiro saber quem é quem
e só depois continuarmos o estudo.
Quem é o Pai segundo o próprio Jesus?
Vamos ler o que ele disse: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é
o lavrador. João 15:1
Lógico que Jesus não é o mesmo Criador dos céus e da terra, veja os
textos a seguir onde Jesus é mostrado como mensageiro e Deus é
mostrado como o Criador de tudo:
“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. João 15:1”
“Eu sou o ETERNO que faço tudo, que sozinho estendo os céus, e
espraio a terra por mim mesmo;” Isaías 44:24
Observe agora que o Pai dá algo para Jesus, isso prova que o Pai não
é o mesmo Jesus:
“Tudo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira
nenhuma o lançarei fora. João 6:37”
Nesse outro texto fica ainda mais clara a ideia de que Jesus é o
Mensageiro do Eterno: “… Vou para o Pai; porque meu Pai é
maior do que eu. João 14:28”
2ª Para Shaul (Paulo), quem era o Deus e Pai de Jesus?
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso senhor Jesus o Ungido, o Pai das
misericórdias e o Deus de toda a consolação; 2 Coríntios 1:3”
Será que você ainda tem dúvidas? Jesus é o enviado do Eterno. Com
esse entendimento poderemos continuar com o estudo.
Estudaremos algumas palavras gregas que traduzidas erroneamente
para o português fizeram toda essa confusão.
“Proskuneu” e “Latreia”
75
A trindade O filho

Precisamos de antemão entender essas duas palavras gregas que


podem ser decisivas nesse estudo. Vamos ao significado de cada uma
dessas palavras.
Latreia: A palavra grega LATREIA é usada geralmente para o serviço
de culto a Deus ou a ídolos. A característica do Antigo Testamento em
relação ao termo sugere que a adoração verdadeira a Deus não é um
ritual meticulosamente cumprido, mas sim a obediência à voz de
Deus que brota da gratidão pelos atos divinos de salvação na história
(Dt 10.12-13). Todas as 21 vezes que o vocábulo aparece nos livros
nazarenos é no sentido religioso. Em Hebreus, por exemplo, LATREIA
aparece se referindo ao templo, ao tabernáculo (Hb 8.5; Hb 9.9; Hb
10.2; Hb 13.10). Portanto, precisamos concluir que a palavra LATREIA
basicamente significa “serviço”, “serviço de culto”. É justamente o
que Shaul descreve (Rm 12.1).
Observação: A palavra “latreia/ λατρεία” nunca foi usada para Jesus.
Uso da palavra na bíblia grega – latreuo - λατρευσεις:
Ex 23:25 και λατρευσεις κυριω τω θεω σου και ευλογησω τον αρτον
σου και τον οινον σου και το υδωρ σου και αποστρεψω μαλακιαν αφ
υμων
E servireis(culto) para o ETERNO vosso Deus, e ele abençoará o vosso
pão e a vossa água; e eu tirarei do meio de vós as enfermidades.
Dt 6:13 κυριον τον θεον σου φοβηθηση και αυτω λατρευσεις και
προς αυτον κολληθηση και τω ονοματι αυτου ομη
Ao ETERNO teu Deus temerás e a ele servirás, e pelo seu nome
jurarás.
Dt 7:16 και φαγη παντα τα σκυλα των εθνων α κυριος ο θεος σου
διδωσιν σοι ου φεισεται ο οφθαλμος σου επ αυτοις και ου
λατρευσεις τοις θεοις αυτων οτι σκωλον τουτο εστιν σοι
Pois consumirás a todos os povos que te der o ETERNO teu Deus; os
teus olhos não os pouparão; e não servirás a seus deuses, pois isto te
seria por laço.
Dt 10:20 κυριον τον θεον σου φοβηθηση και αυτω λατρευσεις και
προς αυτον κολληθηση και τω ονοματι αυτου ομη
Ao Senhor teu Deus temerás; a ele servirás, e a ele te chegarás, e pelo
seu nome jurarás.
Dt 28:36 απαγαγοι κυριος σε και τους αρχοντας σου ους εαν
καταστησης επι σεαυτον εις εθνος ο ουκ επιστασαι συ και οι πατερες
σου και λατρευσεις εκει θεοις ετεροις ξυλοις και λιθοις
O ETERNO te levará a ti e a teu rei, que tiveres posto sobre ti, a uma
nação que não conheceste, nem tu nem teus pais; e ali servirás a
outros deuses, ao pau e à pedra.
76
A trindade O filho

Outras passagens: Mt 4:10 Lc 4:8


Referente a palavra – Latreia
Jo 16:2 αποσυναγωγους ποιησουσιν υμας αλλ ερχεται ωρα ινα πας ο
αποκτεινας υμας δοξη λατρειαν προσφερειν τω θεω
Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que qualquer
que vos matar cuidará fazer um serviço (culto) a Deus.
Rm 9:4 οιτινες εισιν ισραηλιται ων η υιοθεσια και η δοξα και αι
διαθηκαι και η νομοθεσια και η λατρεια και αι επαγγελιαι
Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e as
alianças, e a lei, e o culto, e as promessas;
Rm 12:1 παρακαλω ουν υμας αδελφοι δια των οικτιρμων του θεου
παραστησαι τα σωματα υμων θυσιαν ζωσαν αγιαν ευαρεστον τω
θεω την λογικην λατρειαν υμων
Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os
vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o
vosso culto racional.
1Co 10:14 διοπερ αγαπητοι μου φευγετε απο της ειδωλολατριαςα
ειδωλολατρειαςτσβ
Portanto, meus amados, fugi do culto aos ídolos.
Gl 5:20 ειδωλολατριαα ειδωλολατρειατσβ φαρμακεια εχθραι εριςα
ερειςτσβ ζηλοςα ζηλοιτσβ θυμοι εριθειαι διχοστασιαι αιρεσεις
Culto aos ídolos, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras,
pelejas, dissensões, heresias,
Outras passagens: Cl 3:5, Hb 9:1, Hb 9:6, 1Pe 4:3. Em nenhuma dessas
passagens a palavra grega, latreia ou latreu é usada para Jesus.
Proskuneo: a palavra grega “proskuneo” usada em relação à pessoa
de Jesus, significa mesmo adorar? A palavra do grego koiné
“proskuneo” aponta literalmente para “reverenciar” ou
“homenagear” É utilizada cerca de 59 vezes no N.T para indicar a
homenagem que se dá a uma pessoa ao prostra-se aos seus pés. A
sua tradução literal seria: “beijar a mão ou o piso diante de”.
Neste sentido é mais esclarecedor que o vocábulo usado no
Primeiros Escritos (Antigo Testamento) mais de 170 vezes para indicar
REVERÊNCIA, “Shachah” e que se traduz literalmente como “inclinar-
se”, “cair diante de”, “prostrar se”, “ajoelhar-se”. “Beijar” “denota
contato”, “aproximação”, “relação”. Pode-se reverenciar ou
homenagear à distância, mas o beijo requer aproximação, contato.
Também consideramos importantes outros dois termos usados no
N.T para indicar “Adoração”: “SEBOMAI” (usado unicamente para o
Eterno Deus), que tem a sua raiz na palavra “Sebas” (temor) e
77
A trindade O filho

“Latreia”, que tem o sentido de culto a uma divindade. Daí também


vem o termo “Eidol-Latreia” (IDOLATRIA) que significa “culto aos
ídolos”.
Como fica absolutamente claro a partir dos versículos abaixo,
PROSKUNEO significa reverenciar uma autoridade! Vejamos:
LXX
Dan. 2:46 – “Então o rei Nabucodonosor caiu sobre a sua face, e
“reverenciou” (proskuneo) A Daniel, e ordenou que lhe oferecessem
uma oblação e perfumes suaves.”
Gén. 44:14 – “E veio Judá com os seus irmãos à casa de José, porque
ele ainda estava ali; e prostraram-se (proskuneo) diante dele em
terra.”
2 Reis 2:15 – “Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que estavam
defronte em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu.
E vieram-lhe ao encontro, e se prostraram diante dele (proskuneo)
em terra.” 2 Crónicas 24:17 – “Porém, depois da morte de Joiada
vieram os príncipes de Judá e prostraram-se (proskuneo) perante o
rei; e o rei os ouviu.”
1 Sam. 24:8 – “Depois também Davi se levantou, e saiu da caverna, e
gritou por detrás de Saul, dizendo: Rei, meu senhor! E, olhando Saul
para trás, Davi se inclinou com o rosto em terra, e se prostrou
(proskuneo).”
1 Sam. 25:23 – “Vendo, pois, Abigail a Davi, apressou se, e
desceu do jumento, e prostrou-se (proskuneo) sobre o seu rosto
diante de Davi, e se inclinou à terra.” 1 Sam. 28:14 – “E lhe disse:
Como é a sua figura? E disse ela: Vem subindo um homem ancião, e
está envolto numa capa. Entendendo Saul que era Samuel, inclinou-
se com o rosto em terra, e se prostrou (proskuneo).”
2 Sam. 9:6 – “E Mefibosete, filho de Jônatas, o filho de Saul,
veio a Davi, e se prostrou (proskuneo) com o rosto por terra e
inclinou-se; e disse Davi: Mefibosete! E ele disse: Eis aqui teu servo.”
2 Sam. 14:4 – “E a mulher tecoíta falou ao rei, e, deitando-se com o
rosto em terra, se prostrou (proskuneo) e disse: Salva-me, ó rei.”
2 Sam. 14:22 – “Então Joabe SE PROSTROU (PROSKUNEO) sobre o seu
rosto em terra, e se inclinou, e agradeceu ao rei; e disse Joabe: Hoje
conhece o teu servo que achei graça aos teus olhos, ó rei, meu senhor,
porque o rei fez segundo a palavra do teu servo.”
1 Reis 1:16 – “E Bate-Seba inclinou a cabeça, e SE PROSTROU
(PROSKUNEO) perante o rei; e disse o rei: Que tens?”
1 Reis 1:23 – “E o fizeram saber ao rei, dizendo: Eis aí está o
profeta Natã. E entrou à presença do rei, e PROSTROU-SE
(PROSKUNEO) DIANTE DELE com o rosto em terra.”
1 Reis 1:31 – “Então Bate-Seba se inclinou com o rosto em terra e
SE PROSTROU (PROSKUNEO) DIANTE DO REI, e disse: Viva o rei
Davi, meu senhor, para sempre.”

78
A trindade O filho

1 Reis 1:53 – “E mandou o rei Salomão, e o fizeram descer do altar;


e veio, E PROSTROU-SE (PROSKUNEO) PERANTE O REI SALOMÃO,
e Salomão lhe disse: Vai para tua casa.”
1 Crónicas 21:21 – “E Davi veio a Ornã; e olhou Ornã, e viu a Davi,
e saiu da eira, e SE PROSTROU (PROSKUNEO)
PERANTE DAVI com o rosto em terra.”
Vou recapitular as duas palavras que acabamos de estudar. A
primeira é “Latreia” que significa: serviço de culto ou prestar culto. Já
a palavra “Proskuneo” significa: “Beijar a mão”, “em frente de”,
“reverenciar” ou “prostra-se”
Observação: Alguns dicionários gregos cristãos, acrescentaram o
significado “adorar” à palavra, porém não existe nenhuma ação de
culto relacionado a palavra Proskuneo.
Com esses significados em mente vamos estudar cada versículo dos
livros Nazarenos (N.T) que aparentemente nos mostra adoração a
Jesus.
Para melhor compreensão vamos voltar aos textos do “novo
testamento” que indica uma suposta adoração a Jesus:

“Então chegou ela, e adorou-o (Proskuneo), dizendo:


Senhor, socorre-me! Mateus 15:25”
“VEJA NA BIBLIA DE JERUSALÉM”

“E, quando o viram, o adoraram (Proskuneo); mas alguns


duvidaram. Mateus 28:17” “VEJA NA BIBLIA DE JERUSALÉM”

79
A trindade O filho

“Dizendo: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? porque
vimos a sua estrela
no oriente, e viemos a adorá-lo (Proskuneo). Mateus 2:2”

“E, eis que veio um leproso, e o adorou (Proskuneo), dizendo: Senhor,


se quiseres, podes tornar-me limpo. Mateus 8:2”

80
A trindade O filho

“Então aproximaram-se os que estavam no barco, e adoraram-no


(Proskuneo), dizendo: És verdadeiramente o
Filho de Deus. Mateus 14:33”

“, enviando-os a Belém, disse: Ide, e perguntai diligentemente pelo


menino e, quando o achardes, participai-o, para que também eu vá e
o adore (Proskuneo). Mateus 2:8”

“E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos


os anjos de Deus o adorem (Proskuneo).”
Hebreus 1:6

Veja como a bíblia ecumênica traduziu:

“Que todos os anjos de Deus se prostrem


(Proskuneo) diante dele.” – Tradução
Ecumênica da Bíblia.

Outra bíblia: “E todos os anjos de


81
A trindade O filho

Deus se inclinem diante dele.” – Goodspeed Bible e bíblia TEB.

Fica claro que Jesus não foi adorado, só o Eterno Deus deve ser
cultuado. Para terminar esse estudo eu usarei a fala do Mestre Jesus
que disse:
“Então disse Jesus: Retira-te, Adversário, porque está escrito:
Ao ETERNO teu Deus temerás, e só a ele prestarás culto.
[Dervarim – DT 6:13] Mateus 4:10” Bíblia Israelita.
Deus o nosso Salvador disse:
“2 Eu sou o ETERNO teu Deus, que te tirei da terra do Mitzraim, da
casa da servidão. 3 Não terás outros deuses diante de mim. 4 Não
farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima
nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. 5
Não te encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o ETERNO
teu Deus, sou Deus zeloso, que visito o delito dos pais nos filhos até a
terceira e quarta geração daqueles que me odeiam, 6 e uso de
clemência com milhares dos que me amam e guardam os meus
Mitzvot (mandamentos).” Shemot-Êxodo 20:2-6
Segundo o que Jesus ensinou, quem devemos adorar?
Ele nos ensinou coisas maravilhosas, e um dos ensinamentos que
podemos destacar é que existem falsos adoradores e verdadeiros
adoradores. Quem são os falsos e como podemos identificá-los?
Como podemos saber quem os verdadeiros? As respostas para essas
perguntas estão nos ensinos do Mestre e em toda a bíblia.
Precisamos primeiro saber quem é o verdadeiro Deus, e com essa
informação poderemos descobrir as respostas para as perguntas
acima.
Jesus respondeu quem é o verdadeiro Deus:
“E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único
Deus verdadeiro…” João 17:3.
Nos versículos mais a frente Jesus conversa com Maria e diz a ela
quem de fato é nosso Deus e como deveríamos considerar ser Jesus,
leia:
“mas vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu
Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.” João 20:17.
Com esses ensinos, fica claro que o Pai é nosso Deus e Jesus é nosso
irmão. Agora nós sabemos pelas palavras de Jesus quem de fato é
nosso verdadeiro Deus.
Sobre a adoração verdadeira Jesus disse:

82
A trindade O filho

“Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos


…. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros
adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque
o Pai procura a tais que assim o adorem. João 4:22,23”
Segundo as palavras de Jesus, quem de fato são os verdadeiros
adoradores? Sim, os que adoram o Pai. Jesus nunca pediu para sim
adoração, nunca disse que era deus, e quando um jovem tentou
adorá-lo dizendo “Bom mestre”, bom no sentido de Bom dos bons,
Jesus rebate, e entendo a pretensão do jovem ele respondeu:
“Por que me chamas bom? Não há Bom, senão um, que é
Deus.” Lucas 18:19,
a palavra aqui grifada “Bom” não se refere a bondade humana, mas
um tipo de bondade que só Deus pode fazer, por isso Jesus afirmou
em outras palavras ao jovem que Bom é somente o PAI.
Uma pergunta para análise, quem são os verdadeiros adoradores?
Jesus responde:
“…os verdadeiros adoradores adorarão o Pai…” João 4.23.
Quando Satan pediu para que Jesus o adorasse veja a resposta dele
sobre quem deveria ser adorado:
“está escrito, ‘Ao IHVH teu Deus adorarás, e só a ele
cultuaras’.” Mateus 4:10,
Jesus estava recitando um verso de Deuteronômio 6.13.
Está claro como a luz do dia, que Jesus ensinou a existência dos falsos
e dos verdadeiros adoradores. Nós sabemos que os verdadeiros,
adoram o PAI, e os falsos tentam adorar outras pessoas, sobre isso
Jesus disse:
“ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me
enviou.” João 14:24.
Um verdadeiro mensageiro não fala de si mesmo, mas fala movido
por Deus.
Foi Deus que inspirou Jesus a dizer:
“…os verdadeiros adoradores adorarão o Pai…” João 4.23,
disse isso porque surgiriam no futuro várias crenças erradas tais
como; trindade, unicismo, bindaismo e outras crenças onde Jesus
também é adorado. Jesus falou inspirado por Deus, então já mais
poderia mentir e falar enganosamente. Porque o próprio Jesus disse:
“E aquele que me enviou está comigo. O Pai não me tem
deixado só, porque eu faço sempre o que lhe agrada.” João
8:29
“As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas
o Pai, que está em mim, é quem faz as obras.” João 14:10.
Nós sabemos por meio das palavras de Jesus que nada do que ele fez
foi por vontade dele, mas pela vontade do Pai, agora ficou claro para

83
A trindade O filho

nós o que Deus disse por meio do profeta Isaías em concordância com
as palavras de Jesus, leia:
“Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que
eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a
mim.” Isaías 46:9
Jesus disse: “…Meu Pai, que me deu, é maior do que todos…
‘…porque meu Pai é maior do que eu ‘” João 10.29 e 14.28.
Devemos fazer a vontade de Deus o PAI todo poderoso, não podemos
agir pela vontade do apostolo Paulo, Pedro, Tiago, David ou Saul e sim
pela vontade exclusiva de Deus, veja o que Jesus disse sobre isso
“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra
como no céu;” Mateus 6:10
E sabe qual é a vontade de Deus sobre a adoração, Jesus responde: “o
Pai procura a tais que assim o adorem.” João 4:22, observe que é a
vontade do Pai.

84
A trindade O filho

Capítulo - 21 Jesus é eterno?


A grande maioria crê que Jesus é Deus e por isso afirmam que sua
pré-existência é um motivo para sua divindade. Mas será que, existir
antes do mundo ser criado é uma comprovação da divindade de
alguém? Não, não é, os anjos existem antes de Abraão vir à existência
e nem por isso são deuses e nem são adorados.
No livro de Mateus 2:5-6 traz a seguintes passagens: “E eles lhe
disseram: Em Belém de Judéia; porque assim está escrito pelo
profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor
entre as capitais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de
apascentar o meu povo Israel.” Essa passagem faz referência ao livro
do profeta Miqueias 5:1-2. Nessa profecia citada por Mateus no
segundo capítulo versículo 6 especificamente, fala sobre a vinda de
um Messias que estabeleceria um reinado perpetuo em Israel e que
as nações do mundo seriam dominadas por Israel e seu Messias.
A única garantia que temos que Jesus é o Messias está no livro de
MT 2:6. Ou o próprio Mateus escreveu ou um copista posterior a sua
vida. Mas algumas perguntas surgem: Podemos acreditar cegamente
sem conferir se o contexto de Miquéias se aplica a Jesus? Como
podemos entender essa profecia citada por Miquéias? Vamos a partir
de adentrar nessa maravilhosa profecia para desvendar esse mistério.
Peço-te que tenha paciência e busque de Deus sabedoria para
entender um assunto tão complexo.
Algumas pessoas diriam: O novo testamento está afirmando que a
tal passagem de Miquéias se refere a Jesus como eterno, então, por
que tenho que duvidar? Outras diriam: Estudar e examinar é muito
importante para não cair em ciladas.
Vamos analisar a passagem de Miquéias 5:1 e descobrir se de fato a
tal passagem fala de nosso Mestre ser eterno. Leia abaixo e em
seguida o texto original em hebraico.
Miquéias 5:1-4 em português:
“Agora ajunta-te em tropas, ó filha de tropas; pôr-se-á cerco contra
nós; ferirão com a vara na face ao juiz de Israel. E tu, Belém Efrata,
posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que
governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos,
desde os dias da eternidade. Portanto os entregará até ao tempo em
que a que está de parto tiver dado à luz; então o restante de seus
irmãos voltará aos filhos de Israel. E ele permanecerá, e apascentará
ao povo na força de YHWH, na excelência do nome de YHWH seu Deus;

85
A trindade O filho

e eles permanecerão, porque agora será engrandecido até aos fins da


terra.”
Vou analisar alguns pontos do texto e comparar ao original para ver
se essa versão da João Ferreira de almeida está de acordo com a
verdade.
1ª Observação: “os dias da eternidade” Seria realmente o messias
vindo da eternidade? A tal palavra está no original?
No original encontramos a palavra “Olam - ‫ ”עֹולָם‬Que segundo o
DIDAT (Dicionário Internacional de teologia do Antigo Testamento) na
página 1631ª Não pode ser aplicado para um tempo sem limites, ou
seja, tanto no passado quanto no futuro a palavra “Olam” está
associada a ideia de um tempo com limites.
“Conquanto ‘Olam’ seja usado mais de 300 vezes para indicar um
prosseguimento indefinido até o futuro distante, o significado da
palavra não se restringe ao futuro. Existem pelo menos 20 casos em
que claramente se refere ao passado. Tais passagens em geral
apontam para algo que parece estar no passado remoto, mas
raramente – provavelmente – nunca designam um passado sem fim é
assim que em Dt 32:7 e Jó 22:15 o vocábulo pode se referir-se a época
dos antepassados. Em provérbios 22:28, 23:10 e Jr 6:16, 18:15, 28:08,
Apontam ainda mais para trás. Em Is 58:12, 61:04, Mq 7:14. Ml 3:04 e
no aramaico de Esdras 4:15-19 a palavra claramente se refere a época
logo antes do exilio. Em 1º Sm 27:08, Is 51:09 e 63:09-11, refere-se
aos acontecimentos da saída do Egito. Em gênesis 6:4 aponta para um
período pouco antes do dilúvio. Nenhum desses textos transmitem a
ideia de infinitude de ausência do limite temporal, mas cada uma
delas apontam para uma época muito anterior ao conhecimento
imediato daqueles que viviam no referido contexto. Em Is 64:04 [3] a
KJV traduz a palavra por ‘princípio do mundo’; em Salmos 73:12 e
Eclesiastes 3:11, por ‘mundo’, sugerindo o início de um uso que se
desenvolveu bastante pós bíblico”
Mostrarei agora algumas traduções onde a palavra “eternidade” não
aparece em Miquéias 5:1-2.
Bíblia Linguagem de hoje, “num passado muito distante”.

86
A trindade O filho

Bíblia do Peregrino, ‘...de tempo imemorial’

Nova Versão Transformadora. “são do passado distante”

Nova Versão Internacional. “em tempos antigos”

87
A trindade O filho

Bíblia Israelita de Estudos, “dias mais longínquos”

Observe que em todas essas bíblias foram aplicadas o sentido


verdadeiro da palavra “olam”, mas observe que na bíblia JFA a
tradução verteu para “eternidade”, isso acorreu porque a ideia era
mostrar que a profecia se refere a uma pessoa que sempre existiu,
fazendo alusão a Jesus (João 8:58). Para os cristãos Jesus é Deus e
sempre existiu e por esse motivo algumas bíblias usam de má fé e
traduzem sem usar o contexto.
Conclusão: O versículo faz alusão para um rei que nasceria em Belém
e suas origens eram de famílias muito distante no passado, logo
entendemos que fala da raiz de David. Ou seja, fala da origem da
família do Messias e não da eternidade dele.

88
A trindade O filho

Capítulo - 22 Jesus é o "Eu Sou", ou existia antes


de Abraão?

Esse capítulo foi retirado do site: www.unitarismobiblico.com


Jo. 8.58 diz: “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos
digo que antes que Abraão existisse, eu sou.” O verbo grego εἰμί
(eimi)contido no final desse verso, pode ser traduzido por “SOU”,
“ESTOU”, “EXISTO” e sentidos similares, daí precisamos verificar qual
desses verbos em português, melhor se aplica ao caso.

Ora, no verso anterior os judeus perguntaram “ainda não tens


cinquenta anos, e viste Abraão?”, isso é uma pergunta temporal, de
indagação sobre preexistência. A partícula πρὶν (antes), usada por
Jesus para responder aos judeus, introduz uma cláusula temporal, e,
foi seguida pelo verbo γίνομαι, verbo afim ao verbo εἰμί, que só não
foi usado também porque não possui a forma para o aoristo. Logo, a
comparação clara do contexto das palavras do Ungido indica a
intenção de Jesus em declarar-se anterior a Abraão e isto já estava
delineado no verso 38 do mesmo capítulo “Eu falo do que vi junto de
meu Pai, …“. Assim, o verbo em português que melhor traduz o
contexto é o verbo “EXISTIR”. Das raras versões, em português, que
preferiram concordar com o contexto encontramos a Bíblia do
Peregrino: “Asseguro-vos: antes que Abraão existisse, eu existo.”
(grifei), não há contraste entre o verbo γίνομαι e εἰμί nessa passagem.

Para preferir “eu sou”, o tradutor, precisará rebaixar o contexto ao


segundo plano, diminuir a intensidade da cláusula temporal,
desvinculando, por completo, o verbo εἰμί dela, fazendo uso da sua
própria crença de que Jesus é o “EU SOU” de Ex. 3.14 (expressão que
está se tornando um termo técnico), quando o contexto daquela
passagem de Êxodo não se relaciona com a de João. Alguns
Tradutores/Editores chegaram ao exagero de usarem o “EU SOU”
com letras maiúsculas, para fazer lembrar a expressão de Êxodo, foi o
caso da Bíblia de Jerusalém e da Almeida Revista e Atualizada, ao
passo que Almeida Revista e Corrigida, usou todas as letras em
minúsculas. No hebraico de Êxodo, nem no grego da Septuaginta e do
Novo Testamento não havia diferenciação de maiúscula e minúscula.

89
A trindade O filho

Fatalmente a escolha do verbo para o português, ou outra língua,


dependerá da fé e do ponto de vista do tradutor. O normal seria todas
as traduções para o português trazerem a tradução “EU EXISTO”.

Não estou afirmando que a tradução “eu sou” não é correta e que “eu
existo” seja a correta, ambas estão corretas porque o verbo εἰμί
permite as duas; apenas acho que se Jesus quisesse fazer alusão ao
“ὁ ὤν” (ho On) de Ex. 3.14, teria usado a idêntica construção, e não
precisaria tomar por base a existência de Abraão.

A propósito, vale dizer que Deus em Ex. 3.14 não disse ser um certo
“Ego Eimi” (eu sou), ele disse ser “Aquele que é” ( ho On), a ideia foi
dizer “Eu sou AQUELE QUE É’”, tanto é que quando Moisés perguntou
o que diria quando fosse indagado sobre quem o enviou, Deus manda
Moisés responder “HO ON (AQUELE QUE É) me enviou a vós”, Ele não
disse “’Ego Eimi’ me enviou a vós”. O problema é que há traduções
que verteram HO ON como “AQUELE QUE É’” na primeira ocorrência
e o mesmo HO ON como “Eu Sou” na ocorrência seguinte. A
expressão HO ON não está em Jo. 8.58. Todos os livros e comentários
que você já leu, digo com simplicidade e sem medo de errar, estão
equivocados quando tentam comparar Jo. 8.58 com Ex. 3.14 dizendo
90
A trindade O filho

que Jesus é o EU SOU do Antigo Testamento, porque simplesmente


as construções são diferentes. Se considerarmos o hebraico, que é a
língua em que originalmente foi escrito o livro de Êxodo aí é que se
descarta mesmo, porque a construção verbal do hebraico, daquela
passagem, é causativa e em João é, seguramente, grego no presente
do indicativo ativo. Se for os dois em grego, um é particípio e o outro
presente do indicativo ativo.
Vamos, para ficar didaticamente mais visível, dividir o verso de Êxodo
em duas partes: A + B.
A) “καὶ (e) εἶπεν (disse) ὁ θεὸς (Deus) πρὸς (a) μωυσῆν (Moisés)
ἐγώ (eu) εἰμι (sou) ὁ ὤν (AQUELE QUE É).
Pergunto o seguinte: Deus em “A” disse ser “ego eimi” ou Deus disse
ser “HO ON”?
καὶ (e/também) εἶπεν (disse:) οὕτως (assim) ἐρεῖς (dirás) τοῖς (aos)
υἱοῖς (filhos [de]) ισραηλ (Israel) ὁ ὢν (AQUELE QUE É [aqui,
desuniformemente as Bíblias vertem para EU SOU, donde decorre a
associação com Jo.8.58]) ἀπέσταλκέν με (enviou-me) πρὸς (a) ὑμᾶς
(vós).

A pergunta que faço agora é a seguinte: Moisés identificou Deus, em


“B”, como “ego eimi” ou como “HO ON”?

Onde está a expressão “ego eimi” na parte “B” para os tradutores


verterem “EU SOU” ao invés de “AQUELE QUE É”? Percebamos que
não existe um “ego eimi” nessa parte e que estranhamente,
praticamente todos os tradutores colocam nessa parte “B” a tradução
como “Eu sou me enviou a vós”? E a Bíblia de Jerusalém ainda faz mais
e coloca em maiúsculo “EU SOU me enviou a vós?” Quando o
procedimento uniforme seria “AQUELE QUE É me envio a vós”.
Ora, se “ego eimi” significa “eu sou” e “HO ON” significa “eu sou”
exatamente com a mesma semântica, então, a parte “A” deveria ser
traduzida por “Disse Deus a Moisés: Eu sou Eu sou” (ego eimi ho
on[?]), e aí teríamos, ao menos, uniformemente na segunda com “Eu
sou me enviou a vós”. Mas se HO ON é traduzida por “AQUELE QUE
É” na parte “A” não há razão para não ser, também, na parte “B” pela
mesma expressão, a não ser que haja a intenção de criar a associação
que os trinitários hoje defendem.

Uma outra comprovação da irregularidade cometida pelos


defensores da co-igualdade entre o Pai e o Filho usando esses versos
91
A trindade O filho

são as funções sintáticas que envolvem a questão. ὁ ὤν (HO ON) é um


particípio, e conforme pode ser encontrado em qualquer gramática
do grego bíblico: “um particípio pode funcionar, ou como adjetivo, ou
como verbo. Para descobrir de que maneira um particípio está sendo
usado, é importante observar duas coisas: o contexto,
principalmente, o artigo. … – Com artigo: é usado como adjetivo
atributivo ou como adjetivo substantivo.”2. Com artigo é o caso de
Ex. 3.14. O artigo ὁ (HO) acompanhado do particípio do verbo “ser”
ὤν (ON).
O mesmo autor diz “Um particípio e seu artigo podem estar
relacionados a um pronome ou substantivo para descrever ou
qualificá-lo. Aparecem, então, na posição e com a função de um
adjetivo atributivo. Nesse uso, o particípio e seu artigo concordam
com a palavra que modificam em gênero, número e caso.
Representam uma oração subordinada adjetiva.”3. Fica fácil
identificar que “HO ON”, qualifica o substantivo Deus (Theos), e seu
correspondente pronome “eu” (ego – aquele mesmo do ego eimi que
confundem com um declarativo e que aqui é pronome junto ao verbo
que liga os elementos da oração) é modificado pelo “HO ON”. Depois
de Deus ser qualificado ou descrito como “HO ON”, segue-se a
declaração “HO ON me enviou a vós”, e não “ego eimi me enviou a
vós.” Lembremos, mais uma vez, que o particípio não é usando em Jo.
8.58.

A ausência de relação entre Ex. 3.14 com João 8.58 pode-se ver
inclusive nas versões hebraicas da Bíblia. Em Êxodo encontramos a
expressão “‫‘( ”אהיה‬AHIEH) 3 (três) vezes e esta não ocorre nenhuma
vez no NT em hebraico da Sociedade Bíblica Trinitariana, lá em Jo.
8.58 está “‫‘( ”אני הוא‬ANI HU).
Ainda podemos falar da própria identificação bíblicas dos
personagens envolvidos nos versos comentados. Veja que em Ex.
3.15, o verso imediatamente posterior encontramos: “E Deus disse
mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: o ETERNO Deus de
vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me
enviou a vós; este é meu nome eternamente, e este é meu memorial
de geração em geração.”, agora compare com At. 3.13 “O Deus de
Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu
filho Jesus…” É fácil perceber que O Deus que foi identificado em
Êxodo é identificado como o Pai de Jesus e não como sendo o próprio
Jesus.

Outra questão que deveríamos levar em conta é a preferência dos


tradutores em verter Ex. 3.14 pela forma presente ao invés de futuro,
como podemos ver na primeira versão da Bíblia de Almeida.
92
A trindade O filho

Traduzem em Ex. 3.12 “E disse: Certamente eu serei contigo”, ‫אהיה‬


por “Eu Serei” e dois versos depois a mesma palavra é traduzida por
“Eu Sou”, se houvesse um padrão com o verso 12, teríamos além de
todas as evidências, mais uma mostrando o equívoco trinitário.

Com relação ao v.59, que diz que os judeus procuravam matá-lo, o


que faz alguns pensarem que foi pelo fato de uma suposta
identificação de Jesus com o Eterno, devemos lembrar do verso 40 do
mesmo capítulo onde o próprio Jesus diz: “Mas agora procurais
matar-me, a mim, homem que vos tem dito a verdade que de Deus
tem ouvido; Abraão não fez isto.” Veja que já havia uma
predisposição real anterior para se matar Jesus mesmo antes de sua
afirmação de preexistência no v.58. Ora um homem dizer que era
antes de Abraão não podia esperar outra reação dos judeus. Perceba
que ele não disse ser Deus, ao contrário, disse ser homem. Assim, o
uso das pedras sempre estava à mercê do que os judeus da época
entendiam por blasfêmia, Mt. 23.37, At. 7.58, II Co. 11.25 e Hb. 11.37.
Muitos trinitários chegam a apresentar uma lista do que a Lei
reconhecia como blasfêmia para tentar legitimar uma suposta
tentativa de identificação de Jesus com Deus em Jo. 8.58, o que teria
gerado aquela reação dos judeus, mas como já foi visto não há relação
daquela passagem com Ex. 3.14. Além do mais o próprio Jesus disse
muito claramente: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e
apedrejas os que te são enviados!” (Mt. 24.37); mostrando que não é
razoável supor que todos esses profetas e enviados que foram
apedrejados e mortos pelos judeus tenham blasfemado, pelo
contrário, sem blasfemarem em absolutamente nada foram mortos.
Jesus seria, na lista dos fariseus, mais um dos profetas que seria
morto. Para um fariseu só o fato de Jesus dizer que era antes de
Abraão, já seria o suficiente para querer matá-lo, mas seguramente
não foi pela expressão “eu sou” (ego eimi), pois essa expressão, além
de não ser a mesma usada em Ex.3.14, era super comum. Até nós se
vivêssemos naquele lugar e época a usaríamos. Observe, por
exemplo, as palavras do cego de nascença que fora curado em Jo. 9.9:
“Uns diziam: É ele. E outros: Não é, mas se parece com ele. Ele dizia:
Sou eu.” A expressão “Sou eu” é a mesmíssima usada pelo
Mensageiro no episódio que estamos comentando. No grego temos
o cego dizendo: “ἐκεῖνος ἔλεγεν ὅτι ἐγώ εἰμι”, literalmente é: “ele
dizia: Eu sou.”

_____________________

93
A trindade O filho

1 Depois de vários e vários anos defendendo a associação de


Ex. 3.14 com Jo. 8.58 há trinitários, hoje, que estão, ante as
evidências, declinando dessa defesa.

2 Lourenço Stélio Rega in Noções do Grego Bíblico, Editora Vida


Nova – 2004, pág. 200, 201

94
A trindade O filho

Capítulo - 23 Paulo ensinou que Jesus era um


deus?
Na visão de Paulo, quem era Jesus?
A despeito de algumas afirmações taxativas de Paulo sobre quem é
o Pai e quem é o Filho, como, por exemplo, I Co. 8.6 “Todavia para
nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos;
e um só Senhor, Jesus o Ungido, pelo qual são todas as coisas, e nós
por ele”, os reconhecendo em distinção naquilo que eles são, alguns
trinitarianos evidenciam uns poucos versos onde entendem que
Paulo está chamando Jesus de Deus para considerá-lo como sendo o
mesmo Deus que o Pai.
Visivelmente temos três ou quatro versos que Paulo,
supostamente, chamaria Jesus de Deus. Digo três ou quatro porque
um deles é uma reconhecida alteração no texto original e, também,
digo “supostamente” porque nenhum deles são textos de traduções
uniformes, ou seja, o original permite outras compreensões além
daquela que fazem os trinitários ao acharem que Jesus é o próprio
Deus.
Esses versos são:
Rm 9:5 “Dos quais são os pais, e dos quais é o Ungido segundo a carne,
o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém.”
Esse texto é uma alteração porque os judeus têm o hábito de exalta a
Deus no final de uma frase, exemplo: “Bendito seja Deus
eternamente, amém” em hebraico: “Baruch ata Adonai leolam
vaed”.
Parece que o texto foi concatenado para dá a ideia de que essa
benção citada no final exaltava Jesus e não a Deus.
I Tm. 3.16 “E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade:
Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos
anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na
glória.”
Fp 2:6 “Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser
igual a Deus,”
Tt 2:13 “Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento
da glória do grande Deus e nosso Salvador
Jesus o Ungido;”
O primeiro deles (Rm. 9.5) se debate a pontuação que afeta a
tradução, já que no grego antigo não tinha pontuação, nem
capitulação.
Por causa dessa particularidade Robert H. Mounce diz:
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A trindade O filho

“esse fato criou algumas dificuldades para os estudiosos


contemporâneos, visto que o modo de um versículo ser pontuado
pode ter efeito importante sobre a sua interpretação. Um dos
exemplos notáveis disso é Romanos 9.5. Se uma pausa maior for feita
depois da κατὰ σάρκα (lit. “segundo a carne”), a parte final do
versículo seria uma declaração a respeito de Deus Pai (A NEB traz:
“Que Deus, supremo sobre todos, seja abençoado para sempre!
Amem”). No entanto, em se fazendo uma pausa menor naquela
posição, as palavras finais da frase falariam de o Ungido. A NVI diz:
“[…] de o Ungido, que é Deus acima de tudo, bendito para sempre!
Amém” e conclui “O modo de a tradução lidar com um versículo
ambíguo tal como esse revela as tendências teológicas do tradutor”
(Mounce, William D. in Fundamentos do Grego Bíblico [Livro de
Gramática] 1ª Edição – 2009, pág. 17).
O segundo deles (Fp. 2.6), é considerado um dos versículos mais
discutidos da Bíblia, justamente por causa das possibilidades, tanto
de tradução como de entendimento. Ou seja, é um verso que permite
mais de uma tradução, ainda que, certamente, só um entendimento
sobre ele deve ser o correto. Mas, as questões principais sobre sua
compreensão e tradução envolve a palavra “forma” já que Paulo
simplesmente poderia dizer “sendo Deus”. Alguns têm pretendido ver
na palavra “forma” um indicativo de “natureza” ou “essência” da
Deidade, há até léxicos que trazem esse significado para a palavra,
ainda que vários outros apresentem apenas “forma” ou “aparência
exterior” como seu significado. Vale destacar que o significado de
“natureza” ou “essência” não parte de nenhum verso das Escrituras e
nem dos usos adotados no tempo do Novo Testamento. A palavra tal
qual aparece no original grego em Fp. 2.6 (Mορφή=forma) ocorre
também em Mc. 16.12 “E depois manifestou-se noutra forma a dois
deles”. É indubitável que Marcos não está fazendo qualquer
referência a substância ou essência de alguém, mas a aparência
exterior, a forma visível.
Note que Paulo faz questão de dizer “forma de Deus” ao invés de dizer
“sendo o próprio Deus”.
A outra questão, nesse versículo, está relacionada à frase seguinte
onde até mesmo entre gramáticos trinitários há discussão e que afeta
a interpretação podendo levar a dois entendimentos diferentes: Ele
não quis roubar a igualdade, o que permite uma tradução tal qual
encontramos na Bíblia da CNBB “não considerou como presa a
agarrar o ser igual a Deus” ou não quis se valer da igualdade, tal qual
aparece na ARA “não considerou o ser igual a Deus coisa a que se
devia aferrar”? Ambas suavizam o significado da palavra “ἁρπαγμὸν”,
cujo verbo que lhe dá origem é usado recorrentemente no Novo
Testamento com sentido de roubar, saquear, arrebatar etc.: “Ou,
como pode alguém entrar na casa do homem valente, e furtar os seus
bens, se primeiro não maniatar o valente, saqueando então a sua
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A trindade O filho

casa?” (Mt 12:29), ou ainda, Mt 13:19: “Ouvindo alguém a palavra do


reino, e não a entendendo, vem o maligno, e arrebata o que foi
semeado no seu coração;”
– O terceiro deles, I Tm. 3.16 tem a tradução na ARA: “Aquele que se
manifestou em carne”, ao passo que a ACF traz “Deus se manifestou
em carne”, no entanto essa segunda versão surge a partir de uma
adulteração de “OΣ” (em grego significa “Quem”, “Aquele”) para “ΘΣ”
(Deus). Tal alteração foi tornada pública por um cristão reformado da
Basileia chamado Johan J. Wettstein, em 1715. Logo, por causa disso,
perderia o diaconato e o emprego. Ele percebeu que a letra
considerada “Θ” (theta) na contração do nomina sacra “ΘΣ” (Deus)
era na verdade um “O” (ômicron) componente do pronome
demonstrativo “OΣ” (aquele), já que o “traço” central que
transformou o ômicron em um theta decorreu de um borrão
(vazamento) do texto constante do outro lado do pergaminho.
Geralmente nas abreviações das palavras Deus (ΘΣ), Senhor (KY),
Jesus (IΣ), no texto greto, se colocava um traço sobre as letras para
indicar a contração. Wettstein percebeu que a tinta era nitidamente
diferente da do restante do texto e concluiu tratar-se, de fato, de uma
corrupção do texto. Muitos manuscritos trazem “Deus se
manifestou”, mas são reproduções surgidas a partir de um
manuscrito corrompido e são relativamente recentes em suas
datações. De qualquer forma, dizer que “Deus” precisou ser
justificado no Espírito é algo que não podemos, sequer, cogitar e está
dito na sequência do verso. Logo, a leitura constante da Almeida
Atualizada deve ser considerada a correta por mais de uma razão.
O quarto deles é Tt. 2.13. O debate sobre este verso envolve as
possíveis traduções: “Grande Deus e do Salvador Jesus o Ungido” ou
“Grande Deus e Salvador Jesus o Ungido”, esta última condicionada
por uma “adição” recente (uns 200 anos), feita por um inglês,
Granville Sharp, religioso não acadêmico, à milenar gramática grega,
que foi recepcionada como regra, mas é de tal modo precária que até
mesmo trinitários questionam a sua eficácia e/ou abrangência.
O fato curioso da leitura “Grande Deus e [] salvador Jesus o Ungido”
de Tt. 2.13 se dá quando comparada a I Ts. 1.12 “a graça de nosso
Deus e do Mestre Jesus o Ungido”. Os dois versículos seriam, se
considerarmos a “regra” utilizável, abrangidos por ela; mas, em um
verso se admitiu possível e correta a tradução “Deus e do Mestre
Jesus o Ungido”, mas não se fez da mesma forma em Tt. 2.13, onde
preferiram a tradução “Deus e Salvador Jesus o Ungido”. Embora a
palavra “Salvador” e “Senhor” sejam da mesma classe gramatical, a
razão da colocação da preposição em apenas uma, quando é
legitimamente possível nas duas se dá, hoje, pela evocação da Regra
de Sharp que, subjetivamente trata essas palavras com classificação
gramatical diferente; considerando “Senhor” em Tt. 2.13 como um
nome, tratando-a diferente da palavra “Salvador” em I Ts. 1.12. Ou
seja, aplicaram a suposta regra a partir de um critério subjetivo. Esse
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A trindade O filho

é só um dos problemas com essa regra. Para um maior detalhamento


veja AQUI.
Bem, se na comparação Tt. 2.13 e I Ts. 1.12 é possível as duas
traduções, um trinitário poderia perguntar: por não deveríamos
seguir a que é usualmente feita para Tt. 2.13 também em I Ts. 1.12 e
vertermos o verso como “a graça de nosso Deus e Mestre Jesus o
Ungido”? A resposta a essa pergunta é simples. Em um texto onde um
verso pode ser traduzido de duas formas devemos buscar saber como
o autor entende a questão. Como Paulo é o autor das duas frases.
Devemos saber se ele costuma tratar Deus e Jesus, ou o Pai e o Filho,
como sendo ambos o mesmo Deus.
Lembrando sempre, como se pode ver acima, que embora haja
quatro versos usados para dizerem que Paulo chamou Jesus de Deus,
apenas três permanecem, mas, ainda assim sob dependências de
circunstâncias gramaticais e interpretações passíveis de
questionamento. Nesse ponto é oportuno fazermos essa averiguação
de identificação nos escritos de paulinos:
At. 13:23 “Da descendência deste, conforme a promessa, levantou
Deus a Jesus para Salvador de Israel” At. 20.24 “Mas de nada faço
questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra
com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Mestre
Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.” Rm 1:4
“Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de
santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus o Ungido, nosso
Mestre,”
Rm 1:7 “A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados
santos: Benevolência e paz de Deus nosso Pai, e do Mestre Jesus o
Ungido.”
Rm 2:16 “No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens,
por Jesus o Ungido, segundo a minha boa mensagem.”
Rm 3:22 “Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus o Ungido para todos
e sobre todos os que creem; porque não há diferença.”
Rm 5:1 “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus,
por nosso Mestre Jesus o Ungido;” Rm 5:8 “Mas Deus prova o seu
amor para conosco, em que o Ungido morreu por nós, sendo nós
ainda pecadores.” Rm 5:10 “Porque se nós, sendo inimigos, fomos
reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo
sido já reconciliados, seremos remidos pela sua vida.” Rm 5:11 “E não
somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Mestre
Jesus o Ungido, pelo qual agora alcançamos a reconciliação.”
Rm 5:15 “Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa. Porque, se
pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e
o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus o Ungido, abundou
sobre muitos.” Rm 6:10 “Pois, quanto a ter morrido, de uma vez
morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.” Rm 6:23
“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus
é a vida eterna, por meio do Ungido Jesus nosso Mestre.”

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A trindade O filho

Rm 7:25 “Dou graças a Deus por Jesus o Ungido nosso Senhor. Assim
que eu mesmo com o entendimento sirvo à Lei de Deus, mas com a
carne à Lei do pecado.” Rm 8:17 “E, se nós somos filhos, somos logo
herdeiros também, herdeiros de Deus, e coerdeiros de o Ungido: se é
certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos
glorificados.”
Rm 8:34 “Quem é que condena? Pois é o Ungido quem morreu, ou
antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de
Deus, e intercede por nós.” Rm 8:39 “Nem a altura, nem a
profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do
amor de Deus, que está em o Ungido Jesus nosso Mestre.”
Rm 15:30 “E rogo-vos, irmãos, por nosso Mestre Jesus o Ungido e pelo
amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim
a Deus;”
Rm 15:5 “Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o
mesmo sentimento uns para com os outros, segundo o Ungido Jesus,”
Rm 15:6 “Para que concordes, a uma boca, glorifiqueis ao
Deus e Pai de nosso Mestre Jesus o Ungido.”
Rm 15:7 “Portanto recebei-vos uns aos outros, como também o
Ungido nos recebeu para glória de Deus.” Rm 15:8 “Digo, pois, que
Jesus o Ungido foi ministro da circuncisão, por causa da verdade de
Deus, para que confirmasse as promessas feitas aos pais;”
Rm 15:16 “Que seja ministro de Jesus o Ungido para os gentios,
ministrando o evangelho de Deus, para que seja agradável a oferta
dos gentios, santificada pelo Espírito do Santo.”
Rm 15:17 “De sorte que tenho glória em Jesus o Ungido nas coisas que
pertencem a Deus.”
Rm 15:30 “E rogo-vos, irmãos, por nosso Mestre Jesus o Ungido e pelo
amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim
a Deus;”
Rm 16:27 “Ao único Deus, sábio, seja dada glória por Jesus o Ungido
para todo o sempre. Amém.”
1Co 1:1 “Paulo (chamado emissário de Jesus o Ungido, pela vontade
de Deus), e o irmão Sóstenes,”
1Co 1:2 “À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em o
Ungido Jesus, chamados santos, com todos os que em todo o lugar
invocam o nome de nosso Mestre Jesus o Ungido, Senhor deles e
nosso”
1Co 1:3 “Benevolência e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Mestre
Jesus o Ungido.”
1Co 1:4 “Sempre dou graças ao meu Deus por vós pela graça de Deus
que vos foi dada em Jesus o Ungido.” 1Co 1:9 “Fiel é Deus, pelo qual
fostes chamados para a comunhão de seu Filho Jesus o Ungido nosso
Senhor.” 1Co 1:24 “Mas para os que são chamados, tanto judeus
como gregos, lhes pregamos a o Ungido, poder de Deus, e sabedoria
de Deus.”
1Co 1:30 “Mas vós sois dele, em Jesus o Ungido, o qual para nós foi
feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção;”

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A trindade O filho

1Co 3:23 “E vós de o Ungido, e o Ungido de Deus.” 1Co 4:1 “Que os


homens nos considerem como ministros de o Ungido, e despenseiros
dos mistérios de Deus.” 1Co 6:14 “Ora, Deus, que também
ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará a nós pelo seu poder.”
1Co 6:11 “E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas
haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do
Mestre Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus.”
1Co 8:6, “Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e
para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus o Ungido, pelo qual
são todas as coisas, e nós por ele.”
1Co 11:3 “Mas quero que saibais que o Ungido é a cabeça de todo o
homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de o
Ungido.”
1Co 12:3 “Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que
fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e ninguém pode dizer
que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito do Santo.”
1Co 15:15 “E assim somos também considerados como falsas
testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a o
Ungido, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos
não ressuscitam.”
1Co 15:28 “E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então
também o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe
sujeitaram, para que Deus seja tudo em todos.”
1Co 15:57 “Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Mestre
Jesus o Ungido.”
2Co 1:1 “Paulo, emissário de Jesus o Ungido, pela vontade de Deus, e
o irmão Timóteo, à igreja de Deus, que está em Corinto, com todos os
santos que estão em toda a Acaia.”
2Co 1:2 “Benevolência a vós e paz da parte de Deus nosso Pai, e da do
Mestre Jesus o Ungido.”
2Co 1:3 “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Mestre Jesus o Ungido, o
Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação;”
2Co 1:19 “Porque o Filho de Deus, Jesus o Ungido, que entre vós foi
pregado por nós, isto é, por mim, Silvano e Timóteo, não foi sim e não;
mas nele houve sim.” 2Co 1:21 “Mas o que nos confirma convosco
em o Ungido, e o que nos ungiu, é Deus,”
2Co 2:14 “E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em o Ungido,
e por meio de nós manifesta em todo o lugar a fragrância do seu
conhecimento.”
2Co 2:15 “Porque para Deus somos o bom perfume do Ungido, nos
que se salvam e nos que se perdem.”
2Co 3:4 “E é por meio Ungido que temos tal confiança em Deus;”
2Co 4:4 “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos
incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
de o Ungido, que é a imagem de Deus.”
2Co 5:18 “E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo
mesmo por Jesus o Ungido, e nos deu o ministério da reconciliação;”

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2Co 5:19 “Isto é, Deus estava em o Ungido reconciliando consigo o


mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra
da reconciliação.”
2Co 5:20 “De sorte que somos embaixadores da parte de o Ungido,
como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de o
Ungido, que vos reconcilieis com Deus.”
2Co 9:13 “Visto como, na prova desta administração, glorificam a
Deus pela submissão, que confessais quanto ao evangelho de o
Ungido, e pela liberalidade de vossos dons para com eles, e para com
todos;”
2Co 10:5 “Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta
contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o
entendimento à obediência de o Ungido;” 2Co 11:2 “Porque estou
zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos
apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a o Ungido.”
2Co 11:31 “O Deus e Pai de nosso Mestre Jesus o Ungido, que é
eternamente bendito, sabe que não minto.”
2Co 12:19 “Cuidais que ainda nos desculpamos convosco? Falamos
em o Ungido perante Deus, e tudo isto, ó amados, para vossa
edificação.”
2Co 13:14 “A graça do Mestre Jesus o Ungido, e o amor de Deus, e a
comunhão do Espírito do Santo seja com todos vós. Amém.”
Gl 1:3 “Benevolência e paz da parte de Deus Pai e do nosso Mestre
Jesus o Ungido,”
Ef 1:1 “Paulo, emissário de Jesus o Ungido, pela vontade de Deus, aos
santos que estão em Éfeso, e fiéis em o Ungido Jesus”
Ef 1:2 “A vós graça, e paz da parte de Deus nosso Pai e do
Mestre Jesus, o Ungido!”
Ef 1:3 “Bendito o Deus e Pai de nosso Mestre Jesus o Ungido, o qual
nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais
em o Ungido;”
Ef 1:17 “Para que o Deus de nosso Mestre Jesus o Ungido, o Pai da
glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de
revelação;”
Ef 2:10 “Porque somos feitura sua, criados em o Ungido Jesus para as
boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.”
Ef 2:12 “Que naquele tempo estáveis sem o Ungido, separados da
comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não
tendo esperança, e sem Deus no mundo.”
Ef 3:9 “E demonstrar a todos qual seja a comunhão do mistério, que
desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de
Jesus o Ungido;” Ef 3:14 “Por causa disto me ponho de joelhos
perante o Pai de nosso Mestre Jesus o Ungido,”
Ef 3:19 “E conhecer o amor de o Ungido, que excede todo o
entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.”
Ef 4:6 “Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos
e em todos vós.”

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Ef 4:13 “Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao


conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da
estatura completa de o Ungido,”
Ef 4:32 “Antes sede uns para com os outros benignos,
misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus
vos perdoou em o Ungido.”
Ef 5:2 “E andai em amor, como também o Ungido vos amou, e se
entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro
suave.”
Ef 5:5 “Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou
avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de o Ungido e de
Deus.”
Ef 5:20 “Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome
de nosso Mestre Jesus o Ungido;”
Ef 6:6 “Não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas
como servos de o Ungido, fazendo de coração a vontade de Deus;”
Ef 6:23 “Paz seja com os irmãos, e amor com fé da parte de Deus Pai
e da do Mestre Jesus o Ungido.”
Fp 1:2 “Benevolência a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai e da do
Mestre Jesus o Ungido.”
Fp 1:8 “Porque Deus me é testemunha das saudades que de todos vós
tenho, em entranhável afeição de Jesus o
Ungido.”
Fp 1:11 “Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus o Ungido, para
glória e louvor de Deus.”
Fp 2:11 “E toda a língua confesse que Jesus o Ungido é o Senhor, para
glória de Deus Pai.”
Fp 3:3 “Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em
espírito, e nos gloriamos em Jesus o Ungido, e não confiamos na
carne.”
Fp 3:14 “Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de
Deus em o Ungido Jesus.”
Fp 4:7 “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará
os vossos corações e os vossos pensamentos em o Ungido Jesus.”
Fp 4:19 “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as
vossas necessidades em glória, pelo Ungido Jesus.”
Cl 1:1 “Paulo, emissário de Jesus o Ungido, pela vontade de Deus, e o
irmão Timóteo,”
Cl 1:2 “Aos santos e irmãos fiéis em o Ungido, que estão em Colossos:
Benevolência a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai e do Mestre
Jesus o Ungido.”
Cl 1:3 “Graças damos a Deus, Pai de nosso Mestre Jesus o Ungido,
orando sempre por vós,”
Cl 1:27 “Aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da
glória deste mistério entre os gentios, que é o Ungido em vós,
esperança da glória;”
Cl 2:2 “Para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos
em amor, e enriquecidos da plenitude da inteligência, para
conhecimento do mistério de Deus e Pai, e de o Ungido,”
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Cl 2:12 “Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes


pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos.”
Cl 3:1 “Portanto, se já ressuscitastes com o Ungido, buscai as coisas
que são de cima, onde o Ungido está assentado à destra de Deus.”
Cl 3:3 “Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com o
Ungido em Deus.”
Cl 3:17 “E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em
nome do Mestre Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.”
Cl 4:3 “Orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra
a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de o Ungido, pelo
qual estou também preso;” 1Ts 1:1 “Paulo, e Silvano, e Timóteo, à
igreja dos tessalonicenses em Deus, o Pai, e no Mestre Jesus o Ungido:
Benevolência e paz tenhais de Deus nosso Pai e do Mestre Jesus o
Ungido.”
1Ts 1:3 “Lembrando-nos sem cessar da obra da vossa fé, do trabalho
do amor, e da paciência da esperança em nosso Mestre Jesus o
Ungido, diante de nosso Deus e
Pai,”
1Ts 2:14 “Porque vós, irmãos, haveis sido feitos imitadores das igrejas
de Deus que na Judéia estão em Jesus o Ungido; porquanto também
padecestes de vossos próprios concidadãos o mesmo que os judeus
lhes fizeram a eles,”
1Ts 2:15 “Os quais também mataram o Mestre Jesus e os seus
próprios profetas, e nos têm perseguido; e não agradam a Deus, e são
contrários a todos os homens,” 1Ts 3:2 “E enviamos Timóteo, nosso
irmão, e ministro de Deus, e nosso cooperador no evangelho de o
Ungido, para vos confortar e vos exortar acerca da vossa fé;” 1Ts 3:11
“Ora, o mesmo nosso Deus e Pai, e nosso Senhor
Jesus o Ungido, encaminhe a nossa viagem para vós.” 1Ts 3:13 “Para
confirmar os vossos corações, para que sejais irrepreensíveis em
santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Mestre Jesus
o Ungido com todos os seus santos.”
1Ts 4:1 “Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Mestre
Jesus, que assim como recebestes de nós, de que maneira convém
andar e agradar a Deus, assim andai, para que possais progredir cada
vez mais.”
1Ts 4:14 “Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim
também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com
ele.”
1Ts 4:16 “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com
voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em o
Ungido ressuscitarão primeiro.” 1Ts 5:9 “Porque Deus não nos
destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso
Mestre Jesus o
Ungido,”
1Ts 5:18 “Em tudo daí graças, porque esta é a vontade de Deus em o
Ungido Jesus para convosco.”

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1Ts 5:23 “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o


vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados
irrepreensíveis para a vinda de nosso
Mestre Jesus, o Ungido.”
2Ts 1:1 “Paulo, e Silvano, e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses, em
Deus nosso Pai, e no Mestre Jesus o Ungido”
2Ts 1:2 “Benevolência e paz a vós da parte de Deus nosso
Pai, e da do Mestre Jesus o Ungido.”
2Ts 1:8 “Com labareda de fogo, tomando vingança dos que não
conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso
Mestre Jesus o Ungido;” 2Ts 1:12 “Para que o nome de nosso Mestre
Jesus o Ungido seja em vós glorificado, e vós nele, segundo a graça de
nosso Deus e do Mestre Jesus o Ungido.”
2Ts 2:16 “E o próprio nosso Mestre Jesus o Ungido e nosso Deus e Pai,
que nos amou, e em graça nos deu uma eterna consolação e boa
esperança,”
2Ts 3:5 “Ora o Senhor encaminhe os vossos corações no amor de
Deus, e na paciência de o Ungido.”
1Tm 1:1 “Paulo, emissário de Jesus o Ungido, segundo o mandato de
Deus, nosso Salvador, e do Mestre Jesus o
Ungido, esperança nossa,”
1Tm 1:2 “A Timóteo meu verdadeiro filho na fé: Benevolência,
misericórdia e paz da parte de Deus nosso Pai, e da de o Ungido Jesus,
nosso Mestre.”
1Tm 2:5 “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os
homens, Jesus o Ungido homem.”
1Tm 5:21 “Conjuro-te diante de Deus, e do Mestre Jesus o Ungido, e
dos anjos eleitos, que sem prevenção guardes estas coisas, nada
fazendo por parcialidade.” 1Tm 6:13 “Mando-te diante de Deus, que
todas as coisas vivificam, e de o Ungido Jesus, que diante de Pôncio
Pilatos deu o testemunho de boa confissão,”
2Tm 1:1 “Paulo, emissário de Jesus o Ungido, pela vontade de Deus,
segundo a promessa da vida que está em o
Ungido Jesus,”
2Tm 1:2 “A Timóteo, meu amado filho: Benevolência, misericórdia, e
paz da parte de Deus Pai, e da de o Ungido Jesus, Senhor nosso.”
2Tm 2:19, “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo:
o ETERNO conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome
do Ungido aparte-se da iniquidade.

2Tm 4:1 “Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Mestre Jesus o
Ungido, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu
reino,”
Tt 1:1 “Paulo, servo de Deus, e emissário de Jesus o Ungido, segundo
a fé dos eleitos de Deus, e o conhecimento da verdade, que é segundo
a piedade,”
Tt 1:4 “A Tito, meu verdadeiro filho, segundo a fé comum:
Benevolência, misericórdia, e paz da parte de Deus Pai, e da do
Mestre Jesus o Ungido, nosso Salvador.” Fm 1:3 “Benevolência a vós
e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Mestre Jesus o Ungido.”
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A trindade O filho

Acredito ser muito difícil, mas difícil mesmo, que alguém imparcial
entenda, naturalmente, diante de uma quantidade tão grande de
informação que aponta justamente para o caminho contrário, e,
sabendo das questões gramaticais e interpretativas de Rm. 9.5, Fp.
2.6 e Tt. 2.13, que o emissário Paulo, nesses três versos, esteja
identificando Jesus como sendo o mesmo Deus com o Pai, quando
provas não faltam que ele nunca falou de Deus e Jesus, ou o Pai e o
Filho, acreditando que fossem o mesmo Deus.

Devemos lembrar, ainda, que Paulo ao apresentar seu Deus aos


atenienses, no Areópago, diante do altar dedicado “Ao Deus
Desconhecido”, indica apenas um como sendo esse Deus, e ainda, ao
invés de apresentar uma trindade de pessoas da qual Jesus é um de
seus integrantes, além de não dizer isso, o Apóstolo acrescenta que
Deus “há de julgar o mundo por meio do homem que destinou” (At.
17.31). O mesmo emissário diz também em seus escritos, “Mas Deus
é um” (Gl. 3.20).
Ficou claro para nós qual era a visão de Paulo sobre a natureza de
Jesus. Não resta dúvidas, mas continuaremos os estudos para
alcançar mais compreensão.

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A trindade O filho

Capítulo - 24 O que Jesus ensinou sobre si


mesmo?

“Jesus é Deus” dizem nossos amigos, mas o próprio Mestre nunca


disse que ele era Deus. Veremos nesse ensinamento vital para nossa
redenção, que ele nunca requereu para se o título de Deus.
Referência na Sagrada Instrução
"Porque Deus teu Deus é um fogo que consome, ele é um
Deus zeloso." (Deuteronômio 4:24)
"A ti te foi mostrado para que soubesses que Deus é Deus; nenhum
outro há senão ele." (Deuteronômio 4:35) Em todos os livros que
narram a vida de Jesus, esses documentos históricos nos mostram
que ele sempre apontou Deus como o único Deus. Não restam
dúvidas pelos inúmeros textos encontrados nos livros que contam sua
história, Jesus não é Deus, ele mesmo deixa claro. Veremos agora
todos os textos que o mestre (rabino) Jesus declara só “Deus é Deus”.
8:1 E a vida eterna consiste em: que conheçam a ti só, como o único
Deus verdadeiro...” João 17:3 Podemos ver nessa declaração feita
pelo Rav que ele considerava Deus como o único Deus. Não há Deus
fora do Eterno e antes dele nenhuma Deus se formou.
Vejamos agora mais uma bela afirmação feita por nosso rabino - que
o Deus dele é nosso Deus, que o Pai dele também é nosso Pai.
8:2 “.Meu Pai e seu Pai, meu Deus e seu Deus”
Faço uma pergunta a você caro leitor: Quem é nosso Deus segundo
Jesus? Quem é nosso Pai conforme essa bela explanação do Rav? É
evidente que o único Deus é Deus.
Com isso Jesus nos ensina que ele não é Deus.
Sobre a oração.
Ele nos ensinou que a oração deve ser dirigida somente a Deus. Disse
o rav: “Mas tu, quando praticar a oração, entra no teu quarto e,
fechando a porta, ora a teu Ábba, que está em secreto; e teu Ábba,
que vê em secreto, te recompensará abertamente”
Referência na Sagrada Instrução
"Servireis, pois, ao Deus seu Criador, e ele abençoará o seu pão e a
sua água; e eu tirarei do meio de vocês as enfermidades."
(Shemot - Êxodo – 23:25)
O Rav Jesus deixou claro para todos os seus discípulos, que a oração
deve ser dirigida ao nosso Pai celestial. Em nenhum momento ele
ensinou que deveríamos fazer orações a outro deus.

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A trindade O filho

O Justo Jesus nos deu o exemplo a ser seguido. Como todo mestre,
ele não foi diferente, ele falou e deu testemunho. Em uma das
passagens mais importantes de sua vida ele nos relembrou o modelo
de oração citada nas Escrituras Sagradas (tanach).
Por meio da Lei, o Eterno proíbe qualquer tentativa de diálogo com
um suposto deus, mesmo que não exista um deus além do Eterno (Is
45:21). Nossa oração deve ser somente ao Pai. Vamos ver agora uma
das orações ensinada a nós pelo Rav, ele disse: 10:1 “Mas tu, quando
praticar a oração, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu
Ábba, que está em secreto; e teu Ábba, que vê em secreto, te
recompensará abertamente. E, orando, não useis de vãs repetições,
como os gentios; porque eles pensam que por seu grande falar serão
ouvidos. Por conseguinte, não vos assemelheis a eles; porque seu
Ábba sabe o que necessitais, antes que lhe peçais.
Por conseguinte, vocês orarão desta maneira: Nosso Ábba que
estás nos shamayim, que teu nome seja Separado; venha o teu reino,
a tua vontade seja dominante na terra como nos céus; o nosso pão
cotidiano nos conceda hoje; e perdoa os nossos erros, assim como
nós perdoamos aqueles que praticam o erro contra nós; e não
permita que sejamos vacilantes à tentação; mas desvia-nos de todo
mal. A Ti pertence o reino, o poder, e a kevod, por toda eternidade.
Assim seja.”
Com esse modelo de oração o Rav Jesus nos ensinou sete (7)
preceitos, são eles:
1º Só existe um Pai e não três.
2º O nome do Eterno deve ser Separado (santificado). Não podemos
falar o nome do Eterno em qualquer lugar, no meio da rua, aos
gentios infiéis, temos que temer o nome do Eterno.
3º A vontade do Eterno é soberana e não a nossa, muitos oram ao
Eterno com uma lista de pedidos e exigem que Deus obedeça aos
pedidos. O Eterno faz quando quiser e se Ele desejar fazer.
4º Depender do Eterno para o alimento. Por mais que trabalhamos
para suprir nossas necessidades, temos que entender que só
possuímos alguma coisa porque o Eterno nos concede tudo.
5º Reconhecemos que da mesma forma como perdoamos o próximo
no erro cometido contra nós, o Eterno tem total soberania de nos
perdoar conforme nossas ações. Como podemos pedir perdão ao
Eterno se nós não perdoamos o nosso irmão?

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6º Ele nos ensina a pedir força ao Eterno para obedecermos a sua


Instrução. Desviar do mal é nossa missão, é nosso dever andar nos
caminhos do Eterno.
7º O Reino pertence ao Eterno, não é de Jesus, não é de Moshe e de
mais ninguém. O poder é só dEle e dEle provem a força e a kevod
(glória). E é nos mostrado que a oração é em nome do Eterno, nesse
modelo ele não terminar em seu próprio nome, mas não é um erro
apresentar um mérito de um tzadik para pedir algo ao Eterno.
Abraham por meio de seus méritos pediu para livrar Lót da morte.
Mas lembre-se as orações devem ser na exaltação do nome do
Eterno.
Você estudou algumas das dezenas de instruções do Profeta Jesus, e
esses ensinos são de vital importância para nosso crescimento
espiritual.
Sobre o poder dele.
Todo o poder vem do Eterno.
Disse o mestre Jesus “porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para
sempre. Amém.” O poder vem do Eterno Deus o criador de todas as
coisas. Em outra passagem o mestre continuar a dizer “... para Deus
todas as coisas são possíveis.” Marcos 10:27 Referência na Sagrada
Instrução
“Eu sou Deus Soberano-Poderoso” Bereshit 35:11
Quando o mestre Jesus operava um milagre, de quem era o poder?
O poder é do Eterno Deus. Disse o mestre Jesus:
“As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai,
que está comigo, é quem faz as obras. João 14:10”.
Os milagres vêm do Eterno, todo poder é vindo do Criador, Jesus
não tem poder próprio, porque o Eterno é maior do que ele. Disse
Jesus: “porque meu Pai é maior do que eu. João 14:28”.
Todo o universo é mantido pelo poder que emana do Criador, Ele é
a fonte de toda energia. O mundo e tudo que nele há, existem pela
palavra criadora do Eterno. Não há fonte de poder fora do
Misericordioso. O mestre Jesus não tem em si poder algum a não ser
o que vem do Eterno. Ele disse “Todo poder foi me dado”.
Quem é maior que Jesus?
Resposta: “...eu vou para o Ábba; porque o Ábba é maior do que eu.”
João 14:28
Qual nome deve ser santificado, e qual Jesus santificou?

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“Por conseguinte, vocês orarão desta maneira: Ábba nosso que estás
nos shamayim, que teu nome seja Separado;” Mt 6:9
De quem é o Reino e todo vontade dominante? “venha o teu reino, a
tua vontade seja dominante na terra como no céu;” Mt 6:10
Todo o poder pertence a quem para sempre?
“A Ti pertence o reino, o poder, e a esplendor, por toda eternidade.
Assim seja.” Mt 6:13
Os ensinos de Jesus estão de acordo com os outros profetas, vejam:
“Uma vez falou Deus, duas vezes tenho ouvido isto: que o poder
pertence a Deus.” Salmos 62:11 “e disse: Ó Deus, Deus de nossos pais,
não é você Deus no shamayim? E não é você que governas sobre
todos os reinos das nações? E na tua mão há poder e força, de modo
que não há quem te possa resistir.” II Crônicas 20:06
São muitos os versos da Lei e dos profetas que estão em harmonia
com a mensagem de Jesus. Nosso Rav foi iluminado pelo Criador para
trazer a nós a palavra de restauração.
Vamos fazer algumas perguntas e deixaremos que o mestre Jesus
responda, de agora em diante você verá claramente que o Eterno
Deus é a única fonte de poder.
1ª Jesus podia fazer algum milagre por conta própria, e ele fazia a
vontade de quem?
Resposta: “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como
ouço, assim julgo; e julgo de forma justa, porque não procuro a minha
vontade, mas a vontade daquele que me enviou.” João 5:30
2ª Quem deu força a Jesus como também a todos os profetas?
Resposta: “...foi-me concedido toda a autoridade...” Mt 28:18
3ª Algumas pessoas acreditam que os milagres feito pelo mestre era
de providência dele, mas segundo o mestre Jesus, quem realmente
fazia as obras?
Resposta: “mas o Ábba, que permanece em mim, é quem faz as suas
obras.” João 14:10
Nota:
Todos os milagres que o mestre Jesus realizou a fonte de poder foi o
Eterno Deus.
Após esse estudo, vou lhe fazer uma pergunta caro leitor: Entre
Jesus e os falsos pastores, quem você dará ouvidos? Não permita que
sua vida seja entregue a morte espiritual, tenha vida ouça os ensinos
do mestre Jesus
Ele mostrou que não é Deus, mas somente o Pai é.

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Jesus não é Deus, o próprio Mestre nunca disse tal afirmação.


Veremos nesse ensinamento vital para nossa redenção, que ele nunca
requereu para se o título de Deus.
Referência na Sagrada Instrução
"Porque Deus teu Deus é um fogo que consome, ele é um
Deus zeloso." (Deuteronômio 4:24)
"A ti te foi mostrado para que soubesses que Deus é Deus; nenhum
outro há senão ele." (Deuteronômio 4:35) Em todos os livros que
narram a vida de Jesus, esses documentos históricos nos mostram
que ele sempre apontou Deus como o único Deus. Não restam
dúvidas pelos inúmeros textos encontrados nos livros que contam sua
história, Jesus não é Deus, ele mesmo deixa claro. Veremos agora
todos os textos que o mestre (rabino) Jesus declara só “Deus é Deus”.
8:1 E a vida eterna consiste em: que conheçam a ti só, como o único
Deus verdadeiro...” João 17:3 Podemos ver nessa declaração feita
pelo Rav que ele considerava Deus como o único Deus. Não há Deus
fora do Eterno e antes dele nenhuma Deus se formou.
Vejamos agora mais uma bela afirmação feita por nosso rabino - que
o Deus dele é nosso Deus, que o Pai dele também é nosso Pai.
8:2 “. Meu Pai e seu Pai, meu Deus e seu Deus”
Faço uma pergunta a você caro leitor: Quem é nosso Deus segundo
Jesus? Quem é nosso Pai conforme essa bela explanação do Rav? É
evidente que o único Deus é Deus.
Com isso Jesus nos ensina que ele não é Deus.

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Capítulo - 25 João 1:1 e a divindade de Jesus.


Em João capítulo um, descreve o ato da criação, onde por meio da
palavra Deus criou o mundo. Mas parece que houve acréscimos ao
ponto de as pessoas acreditarem que a palavra se trata de Jesus.
Veremos no estudo abaixo a dissonância entre os primeiros escritos
e o livro de João.
Supondo que a palavra seja Jesus, leia:
“No princípio era Jesus, e Jesus estava com o Pai, e Jesus era o Pai.
Ele estava com o Pai ou era o Pai? Que tremenda confusão, o
entendimento está sem harmonia. Agora veja o texto de forma
harmônica baseado em Gn 1:1

“No princípio existia a palavra, e a palavra estava em Deus, e a


palavra era divina.
Compare e veja a singularidade entre os versículos:

“Pela palavra do Criador foram criados os céus, e todo o exército


deles pelo supro da sua boca. Salmos 33:6”
“Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram
criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é
aparente. Hebreus 11:3”

Observe que os textos acima não falam sobre Jesus, mas sobre a
palavra criadora do Eterno. É fato que em algumas passagens do N.T
(novo testamento) Jesus é comparado como sendo a palavra de Deus,
mas não como uma divindade, mas por ser a boca de Deus entre os
homens, ou seja, um Mensageiro é por isso que ele em alguns
versículos é simbolizado como “a palavra”. Quando um profeta fala
da parte de Deus, o profeta se torna a palavra viva entre os homens,
leia agora os versos que farão você compreender:
“Eis lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu, e
porei as minhas palavras na sua boca, e ele
lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. Deuteronômio
18:18”
“Porém o profeta que tiver a presunção de falar alguma palavra em
meu nome, que eu não lhe tenha mandado

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A trindade O filho

falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá.


Deuteronômio 18:20”
‘Como falou pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio do
mundo; Lucas 1:70”
“E tu lhe falarás, e porás as palavras na sua boca; e eu serei com a
tua boca, e com a dele, ensinando-vos o que haveis de fazer. Êxodo
4:15”
“UM PROFETA TORNA-SE A PALAVRA DE DEUS”
Observe nos textos acima que, um profeta torna-se a palavra de
Deus, porque Deus está nele para falar. Veja agora o que disse o
próprio Jesus:
“Porque eu não tenho falado de mim mesmo; mas o Pai, que me
enviou, ele me deu mandamento sobre o que hei de dizer e sobre o
que hei de falar. João 12:49”
“As palavras que eu vos digo não as digo de mim
mesmo, mas o Pai, que está em mim… João 14:10”
Quando um Mensageiro de Deus fala, fala porque o Misericordioso
opera por meio do profeta.

Vamos analisar a partir de agora cuidadosamente João 1:1


A palavra era divina ou a palavra era de Deus? Os nossos amigos
cristãos afirmam que o versículo de João 1:1 se refere a Jesus. Vamos
então fazer uma simulação retirando o nome “verbo” e trocando por
“Jesus” vamos ver como ficará a harmonia do texto.

Jo 1:1 – “No princípio era a palavra, e a palavra estava com Deus, e


a palavra era divina. [ou de Deus]” Esse versículo atesta que a
palavra do Criador estava com Ele no princípio e que sua palavra era
divina porque advém dEle.
Jo 1:2 “A palavra estava no princípio com Deus.” Antes mesmo de
qualquer objeto físico ou algum ser, existir, a palavra criadora já
estava com o Eterno.
Jo 1:3 “Todas as coisas foram criadas por intermédio da palavra, e
sem ela nada do que foi criado se fez.” [Gn
1:3, Sl 33:6,]

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A trindade O filho

Mais uma vez o texto acima nos revela que o mundo foi criado por
intermédio da palavra Criadora.
Jo 1:4 “Na palavra estava a vida, e a vida era a luz dos homens;”
A vida estava contida palavra. Isso significa que todo o que veio a
existência, ou seja, a vida, veio por meio da palavra criadora do
Eterno.
A luz do homem vem da palavra do Eterno, que ilumina o nosso
caminho.
Jo 1:5 “a luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram
contra ela. [Jo 8:12]”
Quando o homem tem a vida que procede da palavra, ela é luz que
impede que o homem ande nas trevas, o homem precisa de luz para
clarear seu caminho. Mas essa luz só vem da palavra criadora do
Eterno, veja o que o salmista diz:
“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu
caminho.”
O Homem precisa dessa luz que vem da palavra do Eterno.
Todo o profeta que fala a palavra do Eterno, distribui luz para os que
ouvem. Jesus não literalmente é a palavra de Elohim, mas o Eterno
falou por meio dele. Ao ouvir Jesus falar, os homens tiveram vida,
porque a luz do Eterno vem por meio de sua palavra, e a palavra do
Criador não se incorpora ou “se faz carne”, ela faz a carne.
Se Jesus fosse literalmente a palavra do Eterno o que poderíamos
dizer dos seguintes textos: Veja os versículos abaixo:
E veio a mim a palavra do Eterno, dizendo: Ezequiel
22:17
Depois veio a ele a palavra do Eterno, dizendo: 1 Reis 17:2
A palavra do Eterno, que veio a Jeremias, dizendo: Jeremias 18:1
Observe que a palavra do Eterno é dada ao homem comum por meio
dos seus profetas. Essa palavra ilumina o caminho do homem.
Reforçando o estudo sobre João 1:1
Em João 1, seguramente o foco recai sobre o verso 1: “Ἐν ἀρχῇ ἦν
ὁ λόγος καὶ ὁ λόγος ἦν πρὸς τὸν θεόν καὶ θεὸς ἦν ὁ λόγος.” (en
arche[i] ên ho logos kai ho logos ên pros ton theon kai theos ên ro
logos). É interessante perceber algumas construções gregas que em
nossa língua não se permite. “πρός” (pros) é uma preposição que
indica direção mas não a fusão, diferentemente de “εἷς” (heis) que
indica na direção e para dentro, isso pode não parecer nada, mas
significa que o logos estava junto, à direção de Elohim, de forma
íntima, face-a-face, mas não “se fundia” com Ele, ou seja, não é algo
que indique uma única divindade absoluta com o Pai, daí decorre a
segunda parte “καὶ θεὸς ἦν ὁ λόγος” (kai Theos em ho logos).
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A trindade O filho

No grego existe a função atributiva e a função predicativa. Esta


última parte do verso é uma construção predicativa, e é importante,
pois “pros ton Theon kai Theos…”, ao se referir “com Elohim”, João
usa “τὸν θεόν” (O Elohim), e ao falar do λόγος (logos) usa a palavra
θεὸς (Theos) na forma predicativa, permitindo concluirmos a origem
divina do Logos, mas não como sendo O Elohim Deus; de modo que o
texto seria melhor entendido como: “O a palavra era divina” (porque
procede de Deus), e é exatamente dessa forma que o trinitariano Rev.
Dr. Waldyr Carvalho Luz entende Jo. 1.1 e este comenta esse texto
nos seguintes termos:
“Da própria fraseologia se verá que o substantivo anartro não tem
acepção quantitativa, a individualizar, mas, ao contrário, qualitativa,
a qualificar, exatamente o oposto do termo articulado. Logo, θεός é o
predicativo, ὁ λόγος o sujeito; – Destarte, o predicativo θεός não está
a destacar a pessoa do λόγος, mas a expressar-lhe a natureza. Em
outras palavras, θεός não está individualizando ὁ λόγος, dizendo-o
UM DEUS, mas indicando-lhe a essência divinal, qualificando-o como
DIVINO; – Nesta modalidade, o elemento anartro é o predicativo, o
articulado o sujeito, aquele a especificar a natureza deste.”
Vale destacar dessas palavras do Dr. Waldyr a informação que
θεός (Theos) nessa construção não é quantitativo, ou seja, não foi
intenção de João dizer que a palavra de Deus era uma pessoa divina.
Ora, a bíblia diz: “para nós há um só Deus, o Pai” (I Co. 8.6) e Jesus
mesmo diz, acerca de seu Pai, em Jo. 17.3 “E a vida eterna é esta: que
te conheçam, a ti só, por único Elohim verdadeiro”. Logo,
considerando toda argumentação já exposta, qual dever ser o ângulo
de visão de João 1.1?
Será que devemos arrumar argumentos improváveis para desfazer
versículos como estes citados, que mostram Elohim como um e único,
o Pai? Ou devemos, sem qualquer artifício, simplesmente aplicarmos
a regra da gramática grega reconhecida por escritores trinitários que
veem em Jo. 1.1 um qualificativo e não uma atribuição de igualdade?!
Se somente o Pai é Elohim, e a Bíblia o diz reiteradas vezes, então,
acerca de Jo. 1.1 temos duas opções:
1) dizermos que não, e alegarmos que aquele versículo de I
Coríntios deve ser entendido como “há um só Elohim, mas não é
somente o Pai”, optando, desse modo, por algo que não é ensinado
na Bíblia e criarmos uma doutrina.
2) admitirmos que “a palavra era Elohim” em Jo. 1.1, não está
afirmando que a palavra, é o mesmo Elohim, indicado em I Co. 8.6, e
nem mesmo um outro Elohim, que seria pior ainda.
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A trindade O filho

Em João 1:1 não fala que Jesus é a palavra, mas’ que a palavra de Deus
procede dEle e por isso apalavra é divina por procedência.
É um erro fatal achar que quando a bíblia diz “Palavra de Deus” refere-
se a Jesus.
Analise os versículos abaixo:

Fonte: www.unitarismobiblico.com
_____________________
1 Carvalho, Waldyr Luz in Manual de Língua Grega, Vol. 1
– Casa Editora Presbiteriana – 1991, pág. 499 2 Taylor, W. C in
Introdução ao Estudo do Novo Testamento Grego, Juerp – 1990,
pág. 198
3 Rienecker, Fritz & Rogers, Cleon in Chave Linguística do
Novo Testamento Grego – Vida Nova, pág. 161
4 A regra de E. C. Colwell foi publicada pela primeira vez no Journal of
Biblical Literature em 1933, porém é muito discutível e vários
gramáticos questionam sua eficácia. 5 J. N. D. Kelly in Doutrinas
Centrais da Fé Cristã – 3ª Edição 2005 – Paulus. Pág. 31
6 Richard Rubenstein cita Kelly informando que “Havia poucas
palavras em grego que não eram suscetíveis a tantas e tão confusas
gradações de significado quanto
ousia” (Kelly, Early Christian Creeds, 243) 7 Kelly, J.
N. D. Op cit pág. 98 8 William Barclay não é trinitário.
9 Apud. Baclay, William in The Gospel of John, Revised Edition
(1975), pp. 39, 74.
10 Apud F. F. Bruce, The Gospel of John, (Grand Rapids:
Wm. B. Eerdmans, 1983), p. 31

Conclusão:
Jesus não é divino, não é a divindade não é o cerne de nossa
adoração. Nós masurim só adoramos o Eterno e seguimos as
verdades contidas na torah.

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A trindade O filho

Capítulo - 26 - Jesus é o porta voz de Deus.

A Bíblia diz que Deus não é homem


“Deus não é homem…” (Números 23:19)
“…porque eu sou Deus, e não homem…” (Oséias 11:9)
Jesus é chamado de um homem muitas vezes na Bíblia
“…um homem que vos falou a verdade…” (João 8:40)
“Jesus, o Nazareno, um homem aprovado por Deus para vós com
milagres, prodígios e sinais que Deus realizou através dele no meio de
vós, como vós mesmos bem sabeis.” (Atos 2:22)
“Ele julgará o mundo através do homem que escolheu” (Atos 17:31)
“…o homem Ungido Jesus.” (Timóteo 2:5)
A Bíblia diz que Deus não é um filho de homem
“Deus não é homem, nem um filho de homem…” (Números 23:19)
A Bíblia frequentemente chama Jesus de “um filho de homem” ou “o
filho de homem.”
“…assim ficará o filho do homem…” (Mateus 12:40)
“Porque o filho do homem há de vir…” (Mateus 16:27)

“…antes de terem visto chegar o filho do homem com o seu reino.”


(Mateus 28)
“Mas para que saibais que o filho do homem tem autoridade…”
(Marcos 2:10)
“…porque é o filho do homem.” (João 5:27)
Nas escrituras hebraicas, o “filho do homem” também é usado muitas
vezes falando de pessoas (Jó 25:6; Salmos 80:17; 144:3; Ezequiel 2:1;
2:3; 2:6; 2:8; 3:1- 3).

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A trindade O filho

Uma vez que Deus não se contradiz ele diz que não é filho de homem,
e depois se tornar um ser humano que era chamado de “o filho do
homem”? Lembre se, Deus não é confusão.
Seres humanos, incluindo Jesus, também são chamados “filho do
homem” especificamente para distingui-los de Deus, que não é um
“filho do homem” de acordo com a Bíblia.
A Bíblia diz que Jesus negou ser Deus
Jesus falou a um homem que o chamou de “bom,” perguntando-lhe,
“Por que me chamas de bom? Ninguém é bom, exceto Deus.” (Lucas
18:19)
E ele lhe disse, “Por que me perguntas sobre o que é bom? Existe
apenas um que é bom; mas se queres entrar na vida, guarda os
mandamentos.” (Mateus 19:17)
Jesus não ensinou às pessoas que ele era Deus
Se Jesus tivesse dito às pessoas que era Deus, ele teria saudado o
homem. Ao invés disso, Jesus o repreendeu, negando ser bom, ou
seja, Jesus negou que fosse Deus.

A Bíblia diz que Deus é maior que Jesus


“Meu Pai é maior que eu.” (João 14:28)
“Meu Pai é maior que todos.” (João 10:29)
Jesus não pode ser Deus, se Deus é maior que ele. A crença cristã de
que o Pai e o filho são iguais está em contraste direto com as palavras
claras de Jesus.
Jesus nunca instruiu seus discípulos a adorá-lo
“Quando orardes, dizei Nosso Pai que está no céu.” (Lucas 11:2)
“Naquele dia, nada me perguntareis. Se pedirdes alguma coisa ao Pai,
ele vos concederá em meu nome.” (João 16:23)
“Mas a hora vem e agora é, quando os verdadeiros adoradores
adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura
aqueles que assim o adorem.” (João 4:23)

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A trindade O filho

Se Jesus fosse Deus, ele teria buscado adoração para si mesmo


Uma vez que não o fez, ao invés disso buscou adoração para Deus nos
céus, ele, portanto, não era Deus.

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A divindade de Jesus Capítulo 14

Jesus não foi adorado, não é Deus e não pode ser adorado

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Capítulo - 27 Jesus é o próprio Pai?


Há um velho dito popular entre os teólogos que é super verdadeiro:
“Texto (isolado) fora do contexto é pretexto para uma heresia”,
todavia essa prática é muito usada no cristianismo, principalmente
quando se trata de provar o maior dogma da cristandade, o dogma da
trindade cristã.
O mesmo ocorre também quando cristãos tentam provar um outro
dogma, o unicismo, que nós, judeus, consideramos tanto trinitarismo
e unicismo como duas faces de uma mesma moeda romana. Esta
pequena contextualização sobre o capítulo 8 do Livro de João, nos dá
o verdadeiro entendimento, dentro do contexto correto, sem precisar
isolar nenhum texto a fim de gerar um falso entendimento.

Será que Jesus se declarou ser O ETERNO?

Na LEI Sagrada, mais precisamente no Livro de Shemôt/Êxodo


capítulo 3 verso 14, Deus Eterno se declara a Moisés como sendo
“Ehiêh asher Ehiêh”, que os cristãos traduziram erroneamente em
suas bíblias romanizadas como “Eu Sou o que Sou”, já com segundas
intenções de assemelhar às palavras de Jesus em João 8:58,
entretanto, a tradução correta para “Ehiêh asher Ehiêh” é “Eu Serei o
que Serei” que demonstra um significado mais amplo e significativo
para o povo do Eterno.

Voltando nossas atenções ao Livro de João, precisamente no capítulo


8, fazendo uma leitura precisa, isenta de dogmatismos e não
tendenciosa, perceberemos claramente qual é o contexto e o tema
do assunto abordado. Jesus está falando sobre sua origem espiritual
e sua missão como o Enviado do Eterno, e NUNCA sobre sua suposta
natureza divina como parte de uma trindade ou como sendo o próprio
Eterno encarnado.
Entretanto, se formos ler os versos isolados de seu contexto, daremos
margem para um entendimento trinitário/unicista, ou seja, se lermos
o verso “EU SOU” de forma isolada e comparando-o com a errônea
tradução do verso 14 do capítulo 3 de Êxodo, chegaremos à conclusão
de que Jesus está declarando que ele é o próprio Eterno O ETERNO.
Porém, ao lermos o verso 23, que é o verso imediatamente anterior
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A trindade O filho

ao citado, que diz: “E dizia-lhes: Vós sois de baixo, EU SOU (grifo meu)
de cima; vós sois deste mundo, EU não SOU deste mundo.”

Lido este versículo, a pergunta é: Jesus estava reivindicando o que,


dos judeus, ao dizer: “se não credes que EU SOU”? Será que Jesus
estava afirmando que era O ETERNO (ou um coigual), ou apenas
informando que, caso os judeus não cressem que ele era de cima, ou
seja, da parte do ETERNO, morreriam em seus pecados? Eu dei
destaque a todas as expressões “eu sou” ditas por Jesus em letras
maiúsculas, para que os leitores pudessem captar o real sentido das
palavras de Jesus, que era declarar a sua origem espiritual e não a sua
suposta “natureza divina”.

A busca para uma suposta legitimação do dogma trinitário/unicista


em versos como esse, na verdade, enfraquece mais ainda o referido
dogma, enquanto proposta, visto que, expõe a fragilidade de
pensamento que se vê nesses versos uma suposta co-igualdade entre
O ETERNO e o seu Ungido (Messias). Qualquer profissional, como um
professor de gramática, por exemplo, perceberá facilmente que não
é este o sentido real da redação.

O capítulo 8 de João tem 59 versículos, onde 6 vezes aparece a


expressão: “eu sou”. Mas, a que se refere o texto, dentro do
contexto? Qual era a discussão entre Jesus e os judeus? As respostas
a estas perguntas estão na contextualização abaixo.

Contextualização:

Vamos fazer agora uma pequena contextualização textual dos versos


12 ao 59 do capítulo 8 de João, para verificarmos o real sentido da
expressão “eu sou” dita por Jesus.
Verso 12 – “…EU SOU a Luz do mundo; quem me segue não andará
em trevas, mas terá a Luz da Vida…”

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A trindade O filho

Verso 13 – Os fariseus contestam a afirmação de Jesus, dizendo que


era falso o seu testemunho.

Verso 14 – Jesus responde dizendo: “…ainda que eu testifique de mim


mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei de onde venho,
e para onde vou; mas vós não sabeis de onde venho, nem para onde
vou…”

Versos 15, 16 e 17 – Jesus nestes versículos cita a LEI, no que se refere


a validade do testemunho de duas ou mais pessoas (ver
Deuteronômio 17:6 e 19:15).

Verso 18 – “Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica


também o Pai que me enviou.”

Verso 19 – Os fariseus ironicamente perguntam a Jesus: “…onde está


teu Pai…??” Pois eles sabiam muito bem quem era o pai carnal de
Jesus.

Verso 20 – Informa onde se deu este diálogo.

Verso 21 – “Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Eu retiro-me, e buscar-


me-eis, e morrereis no vosso pecado. Para onde eu vou, não podeis
vós ir.”

Verso 22 – Os fariseus não entendem o que Jesus quis dizer, e


questionam: “Para onde irás?”

Veja agora o âmago, ou seja, o entendimento literal da questão:

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A trindade O filho

Verso 23 – “E dizia-lhes: Vós sois aqui de baixo, EU SOU (o destaque é


meu) de cima, vos sois deste mundo, eu não sou deste mundo.”

Prestem bem atenção neste versículo 24!!

Verso 24 – “Por isso vos disse que morrereis em vossos pecados,


porque se não crerdes que EU SOU, morrereis em vossos pecados.”

Pergunta-se: a que se refere o “EU SOU”, dentro do contexto?


“…porque se não credes que eu sou…”, se observarmos o que Jesus
falou no verso 23, teremos a resposta contextualizada, ou seja: “EU
SOU de cima…” que entra em concordância com o verso 24: “se não
credes…” em que mesmo? “EU SOU de cima.”

Verso 25 – “disseram-lhe: Quem és tu? Jesus lhes disse: Isso mesmo


que já desde o princípio vos disse.”

Pergunto: O que Jesus disse desde o princípio do diálogo? A resposta


está no verso 26.

Verso 26 – “Muito tenho que dizer e julgar de vós, mas aquEle que me
enviou é Verdadeiro; e o que dEle tenho ouvido isso falo ao mundo”

Verso – 27 – “Mas eles não entenderam que ele lhes falava do Pai.”

Ou seja: O “EU SOU” repetido várias vezes no texto, é referência à


afirmativa de Jesus, no que diz respeito a sua origem espiritual, ou
seja, “EU SOU de cima”, ou, “EU VENHO do Pai.” Este é o contexto do
“EU SOU” em todo o diálogo de Jesus com os fariseus.

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A trindade O filho

Verso 28 – “Quando levantardes o filho do homem, então conhecereis


quem EU SOU, e que nada faço por mim mesmo, mas falo como meu
Pai me ensinou…”

Verso 29 – “E aquEle que me enviou está comigo. O Pai não me tem


deixado só, porque eu faço sempre o que lhe agrada.”

Verso 30 – “Dizendo ele estas coisas muitos (judeus) creram nele.”

Verso 31 e 32 – “Jesus dizia, pois, aos judeus que creram nele: se vós
permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus
discípulos… E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará….”

Versos – 33 ao 41 segue um diálogo onde os judeus afirmam ter um


pai, que é Abraão. Jesus replica: “…Se fosseis de fato filhos de Abraão
faríeis as obras de Abraão…” etc.

Verso – 42 “…pois que eu saí, e vim de Deus; não vim de mim mesmo,
mas Ele me enviou.” Novamente Jesus afirma qual sua origem
espiritual, e qual era a sua verdadeira missão no mundo!

Versos 43 até 57 segue o diálogo até Jesus reafirmar tudo que já tinha
dito antes em todo o texto EU SOU no verso 58, onde termia o diálogo.

Verso 58 – “Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que antes que


Abraão existisse, eu sou.”

Ou seja: Antes de Abraão, o Eterno já havia planejado este momento,


já estava determinado por Deus enviar um Ungido e Abraão viu e
ouviu esta promessa antes de morrer.
Conclusão:
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A trindade O filho

Portanto, pelo contexto hebraico das Escrituras, o “EU SOU” dito por
Jesus nada tem a ver com a expressão “EU SEREI O QUE SEREI” ou
“Ehiêh asher Ehiêh” dito pelo Eterno a Moisés em Êxodo 3:14, pois
trata-se de estruturas gramaticais e semânticas completamente
diferentes, como querem insinuar tanto a cristandade como alguns
ditos “judeus messiânicos”, para satisfazer suas crenças tanto na
trindade como no unicismo.
Trinitaristas e unicistas estão a praticar o maior pecado que mais irrita
o Eterno, que é a IDOLATRIA, tentam desesperadamente encontrar
dentro dos escritos nazarenos ou mesmo dentro do Primeiros Escritos
hebraico, qualquer apoio que tente provar, por mais distante que
seja, suas crenças heréticas numa trindade de deuses ou num deus
encarnado, para estes, Paulo escreve de maneira bastante enfática:

“Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis do ETERNO, seu


eterno Poder e sua Natureza Divina, têm sido vistos claramente,
sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais
homens são indesculpáveis; …. pois eles mudaram a Verdade do
Eterno em mentira, adorando e servindo a criatura, em lugar do
Criador, que é bendito para todo sempre. Amém!” – (Romanos 1:20-
25).

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Capítulo - 28 Jesus é Deus, segundo Isaías 6:8 e Jo


12:37?
Isaías viu a glória dele. “Dele” quem?
O conjunto dos versos Is. 6.8-10; Jo. 12.37-41 e At. 28 tem sido
reivindicado para afirmar que Deus é o “nome” dos três, ou seja, do
Pai, do Filho e do Espírito Santo. Mas vamos examinar mais de perto
esses versos e seus contextos para vermos se isso se confirma.
O profeta Isaías é descrito nesses versos do capítulo 6 como o agente
de Deus, respondendo positivamente à pergunta: “A quem enviarei,
e quem há de ir por nós?” (v.8). As ações de Isaías produziriam no
povo de Israel, de acordo com o v.10, o “engordar” do coração, o
serem pesados de ouvidos e terem seus olhos fechados.
Olhemos agora para o que nos diz Jo. 12.38 do trecho reivindicado
como uma identificação de Jesus com Deus: “Para que se cumprisse a
palavra do profeta Isaías, que diz: Senhor, quem creu na nossa
pregação? E a quem foi revelado o braço de YHWH?” O primeiro
registro que será feito por quem leu Is. 6.8-10 é a observação de que
esse verso de João 12, não está em nenhum versículo daquele
capítulo de Isaías e realmente não está porque é citação capítulo 53
do mesmo profeta. A redação desse verso é importante quando diz:
“Senhor, quem creu na nossa pregação?”, pois por aí dá para perceber
que é uma exclamação dirigida ao SENHOR (Deus) e NÃO o próprio
SENHOR falando. E João ao citar isso reconhece essa distinção de
forma cristalina. Somente então é que o texto de João segue e cita o
trecho de Isaías 6: “Cegou-lhes os olhos, e endureceu-lhes o coração,
A fim de que não vejam com os olhos, e compreendam no coração, E
se convertam, E eu os cure.” (Jo. 12.40). Aqui fica claro que o que
representa aquele que faz a pergunta “SENHOR, quem deu crédito a
nossa pregação” é aquele cujos efeitos da pregação revela os
corações endurecidos e olhos cerrados, mas nenhum desses dois
versículos escritos no Rolo do Profeta e citados por João, por si só, dão
a entender aos leitores que Deus seja Jesus, pelo contrário já que em
Is. 6 fala-se daquele que é o enviado de Deus e Is. 53 está descrito
aquele que leva a pregação de Deus. Em ambas as passagens faz
referência de um mensageiro de Deus, ou seja, nos dois casos se fala
de mais de um personagem: Deus e outro que é o tipo de o Ungido (o
enviado). A linha trinitária ignora essa necessária percepção do verso,
sem a qual sua plena compreensão fica prejudicada.

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A trindade O filho

É fácil notar que o trecho reivindicado de João 12, então, ao


apresentar duas citações de Isaías, fala de dois personagens nas duas
citações, não apenas de um personagem! Não é citado apenas Deus,
mas, também aquele que seria seu mensageiro; o responsável por
levar SUA pregação. O verso 40 ao dizer “Cegou-lhes os olhos, e
endureceu-lhes o coração…”, não está falando de uma ação direta de
Deus, na verdade fala do resultado da ação de Seu enviado, posto que
em Isaías fala desse mensageiro como alguém que “Engorda o
coração deste povo, e faze-lhe pesados os ouvidos, e fecha-lhe os
olhos”. Quem nos dias da proclamação do Evangelho desempenhou
esse papel? E Jesus também revela: “E ele, respondendo, disse: Eu não
fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.” (Mt. 15.24)

Então, surge o verso 41 de João 12: “Isaías disse isto quando viu a sua
glória e falou dele.”, cuja leitura apressada desfaz esse cenário que se
fala de dois, como se o próprio Isaías fosse apenas um personagem
passivo naquele episódio. Mas, é apenas a leitura apressada que fará
destoar o verso de seu contexto. Percebamos que Jesus mesmo diz
com suas próprias palavras: “E eu dei-lhes a glória que a mim me
deste, para que sejam um, como nós somos um.” (Jo. 17.22). Então a
expressão “viu sua glória” não força uma Co identidade. A unidade
decorre do compartilhamento da Glória, e, a glória de um é a de todos
com quem foi compartilhada. Ora, se a Glória que Jesus tinha
provinha do Pai, então a Glória que se vê do Pai é também a Glória
que se vê no Filho, porque não existem duas Glórias, mas uma única
fonte de Glória e, conforme Jesus disse, é o Pai. Consideremos, então,
o contexto bíblico e indaguemos: Será que o texto de João, em estudo,
está falando do Trono, dos Querubins e daquele que estava assentado
no Trono etc.? Ou está falando clara e objetivamente do outro
personagem envolvido em Isaías, o responsável pela pregação e que
é aquele que pergunta: “… quem deu crédito a nossa pregação?…” e
cuja pregação “Engorda o coração deste povo, e faze-lhe pesados os
ouvidos, e fecha-lhe os olhos; para que ele não veja com os seus olhos,
e não ouça com os seus ouvidos, nem entenda com o seu coração,
nem se converta e seja sarado”. Então, cabe a pergunta: Se João
quisesse dizer que Jesus é Deus (O SENHOR) que estava assentado no
Trono, então, quem era o outro personagem refletido como
anunciador e a quem o restante do contexto faz referência?

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A trindade O filho

A expressão “falou dele”, certamente recai sobre o anunciador das


boas novas, que se diga de passagem é o agente descrito no
Evangelho de João nesses versos e é justamente aquele que leva as
palavras de Deus, conforme descrito em Isaías. É comum dentro do
contexto profético o profeta predizer o fato futuro e facilmente ser
associado como sendo ele mesmo o personagem da profecia; isso é
visto nesse caso e confirmado em At. 8.34, onde mais uma vez cita-se
Isaías: “E, respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz
isto o profeta? De si mesmo, ou de algum outro?” Felipe ao revelar
que ali se falava de outro, não do profeta, mostra que o anunciador
das boas novas apontava para o Ungido e, portanto, distinto, não
somente numericamente, tanto daquele profeta quanto distinto de
Deus que o envio.

Nesse mesmo contexto de Jo. 12, nos versos 44 e 45, mais uma vez
Jesus de forma clara e taxativa se admite como o representante do
Pai, Deus: “E Jesus clamou, e disse: Quem crê em mim, crê, não em
mim, mas naquele que me enviou. E quem me vê a mim, vê aquele
que me enviou.” Aqui ao falar de dois, do que ENVIA e do que é
ENVIADO, a exemplo dos dois versos de Isaías que fala exatamente de
ENVIAR ALGUÉM e fala desse ALGUÉM; Jesus mostra que os dois não
são o mesmo ente. Deus o envio, assim como está claro no livro do
Profeta!

Já At. 28. 25 “Bem falou o Espírito Santo a nossos pais pelo profeta
Isaías”, aqui não se diz e nem força o entendimento de que o Espírito
Santo seja o próprio ETERNO, até porque o papel do Espírito Santo é
explicitado em Jo. 16.13 “Mas, quando vier aquele, o Espírito de
verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si
mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há
de vir.” O máximo que se pode concluir aqui é que o Espírito Santo
transmitiu a Isaías as palavras de Deus, já que o Espírito Santo não fala
de si mesmo. Aliás cabe aqui uma pergunta: Se o Espírito Santo fosse
o próprio ETERNO, por que não falaria de si mesmo?

Qual o grande problema dessa linha de raciocínio que quer ver nesses
versos uma identificação de Pai, Filho e Espírito como sendo ETERNO?
É justamente a intervenção humano, pois na completa ausência de
Jesus se identificando como sendo ETERNO, os homens forçam
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A trindade O filho

compreensões para suprir esse abismo. Jesus falou muitas coisas;


podemos dizer que as palavras de Jesus o Ungido compõe um bom
volume do conteúdo escrito no Novo Testamento, mas em
absolutamente lugar algum das Escrituras encontramos ele dizendo
ser um ente plural com e/ou o mesmo que Deus, pelo contrário, ele
diz: “Não vim de mim mesmo” (Jo. 8.42). Então, já que Jesus se negou
a dizer ser aquilo que ele não é, muitos parecem querer “ajudá-lo”
nessa questão, esse tipo de ajuda, se for seguida uniformemente
transformaria João o imersor em Elias (o que vai adiante de Deus),
Salomão em Jesus (eu lhe serei por Pai e ele me será por filho) e,
pasmem, Satanás em Deus (aquele que incitou Davi a recensear o
povo) e etc.

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A trindade O filho

Capítulo - 29 Jesus e a trindade segundo Gênesis


19:24
Como existe uma ausência perceptível nas Escrituras de algum ensino
formal sobre a trindade os defensores desse dogma buscam tentar
materializar alguma prova a partir de certas passagens bíblicas. Uma
delas é Gn. 19.24 que diz: “Então Deus fez chover enxofre e fogo, de
Deus desde os céus, sobre Sodoma e Gomorra”. Fazendo uso da
leitura que Deus fez chover fogo da parte de Deus alguns alegam que
Deus é pelo menos dois, e, no conceito trinitário, um estaria sobre a
terra (o Filho pé-encarnado) e o outro no céu (o Pai em sua
majestade), mas além disso não ser afirmado em lugar algum desse
relato nas Escrituras, feriria frontalmente Dt. 6.4 que afirma que
“Deus é um”. Mas, se Deus é um, como explicar o relato de Gênesis a
partir da reinvindicação trinitária?

Como já foi falado antes, diante da ausência de qualquer elemento de


ensinamento sobre uma trindade na Bíblia ou mesmo uma
pluralidade em Deus, o caminho trinitário tem sido ler alguns versos
sob uma ótica não bíblica. Uma ótica que já tem como pressuposto
uma pluralidade, no entanto, a Bíblia tem elementos simples que
mostram o engando dessa linha de pensamento.
Note Gn. 4.23 “E disse Lameque a suas mulheres Ada e Zilá: Ouvi a
minha voz; vós, mulheres de Lameque, escutai as minhas palavras”.
Embora o relato registre que Lameque tenha dito para suas mulheres
ouvirem a voz de Lameque, ao invés de “minha voz” referindo-se a
ele, ninguém é movido a entender que haja dois Lameques. Uma
leitura de Deus como sendo dois ou de dois Deus em Gn. 19.24 tem
motivação externa, não a partir do texto em si.

Observe também 1Rs 12:21 “Vindo, pois, Roboão a Jerusalém, reuniu


toda a casa de Judá e a tribo de Benjamim, cento e oitenta mil
escolhidos, destros para a guerra, para pelejar contra a casa de Israel,
para restituir o reino a Roboão, filho de Salomão.” Aqui, mais uma vez,
embora se fale de Roboão como aquele que reuniu tropas para
restituir o reino a Roboão, ninguém reivindica que haja dois Roboão(s)
ou que um mesmo Roboão seja dois. Vide também Gn. 17.23.

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Outro exemplo pode ser encontrado em I Rs. 8.1 “Então congregou


Salomão os anciãos de Israel, e todos os cabeças das tribos, os chefes
dos pais dos filhos de Israel, ao rei Salomão em Jerusalém; para
fazerem subir a arca da aliança do ETERNO desde a cidade de Davi,
que é Sião.” (LTT 2009). Na ACF consta “diante de si” mas deveria
constar “ao rei Salomão”, fazendo constar duas vezes o nome do rei
como está no original hebraico: 1Rs 8:1 “‫אָּ ז י ְַּקהל ְּשֹלמֹה אֶ ת־זִ ְּקני י ְִּש ָּראל‬
‫ְּרּוש ִלָּם‬
ָּ ‫ָּל־ראשי הַ מַ טֹות נ ְִּשיאי הָּ אָּ בֹות לִ ְּבני י ְִּש ָּראל אֶ ל־הַ מֶ לְֶך ְּשֹלמֹה י‬
ָּ ‫אֶ ת־כ‬
‫” ְּ ְֽלהַ עֲֹלות אֶ ת־ ֲארֹון ְּב ִרית־יְּהוָּה מעִ יר דָּ וִד ִהיא צִ ְֹֽיון׃‬

Digno de nota é que no relado de Gênesis 19 há o envolvimento do


representante de Deus. De qualquer jeito a forma literária, como
vimos, não aponta para dois Yah(s) ou que o mesmo ETERNO seja dois,
mas se usa uma forma comum nos escritos bíblicos onde ao invés da
aparição de um pronome após o uso de um nome, há uma recorrência
do nome sem que isso signifique que o mesmo nome se refira a mais
de um.

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Capítulo - 30 Jesus realmente criou o mundo?


Paz e benção, hoje vamos estudar o versículo 26 do primeiro
capítulo de Gênesis. Nesse verso existe uma passagem muito utilizada
por nossos amigos cristãos para afirmar a crença de uma trindade,
que é a crença em três pessoas divinas que forma uma divindade. Na
crença dos cristãos existem: “Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito”
Como você viste, para eles existem três pessoas e cada um é Deus.
Antes de começamos, leremos esse verso: “Assim diz o Eterno, teu
redentor, e que te formou desde o ventre: Eu sou o Eterno que faço
tudo, que sozinho estendo os céus, e espraio a terra por mim
mesmo;” Isaías 44:24
“Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu, o
Eterno, faço todas estas coisas.” Isaías 45:7
Como entender essas passagens citadas a acima com Gênesis 1:26
que diz “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme
a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves
dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil
que se move sobre a terra.” Gênesis 1:26
Na passagem acima destaquei a seguinte frase “…Façamos o
homem à nossa imagem…” e vou confronta-la com o verso vinte e
sete (27) veja: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de
Deus o criou; homem e mulher os criou.” Gênesis 1:27

Análise:
Gênesis 1:26 – ““…façamos o homem à nossa imagem…” – Plural.
Gênesis 1:27 – “E criou Deus o homem à sua imagem” – Singular.
A maioria dos trinitarianos ao mostrarem o verso 26 pulam por cima
do verso 27, justamente porque se interpretarem literalmente o verso
26, terão uma contradição com o 27.
Ninguém pode tirar um texto do seu contexto porque tal ação
causará uma completa desorientação no sentido original, levando o
estudante para confusão. Gênesis 1:26 mostra o Criador dizendo a
outras pessoas que criaria o homem a imagem comum de todos ali
presente. Mas não diz que os que estavam com ELE eram deuses
pertencentes a trindade.

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A trindade O filho

Mas vamos estudar a palavra “Naaseh – Façamos”. Vou agora expor


abaixo várias passagens onde encontramos a mesma palavra e
analisaremos uma a uma.
Gn 11:4 em Hebraico:
“‫ּומגְּ דָּ ל ְּור ֹאשֹו בַ ָּשמַ יִם ְּו ַנ ֲע ֶשה לָּנּו שם |פֶ ן נָּפּוץ עַ ל‬
ִ ‫ֹאמרּו הָּ בָּ ה נ ְִּבנֶה לָּנּו עִ יר‬
ְּ ‫וַי‬
‫ ְּפני כָּל הָּ אָּ ֶרץ‬:”
Em português:
“E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume
toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos
espalhados sobre a face de toda a terra.”

Ex 19:8 em hebraico:
“‫ֹשה אֶ ת ִד ְּברי הָּ עָּ ם‬
ֶ ‫ָּשב מ‬
ֶ ‫ֲשה |וַי‬
ֶ ‫ֲשר ִדבֶ ר יְּהוָּה ַנע‬
ֶ ‫ֹאמרּו כֹל א‬
ְּ ‫וַ ַיעֲנּו כָּל הָּ עָּ ם י ְַּחדָּ ו וַי‬
‫אֶ ל יְּהוָּה‬:”
Em português:
“Então todo o povo respondeu a uma voz, e disse: Tudo o que o
Senhor tem falado, faremos. E relatou Moisés ao Eterno as palavras
do povo.”
OBSERVAÇÃO:
Deus fala como líder, para a Sabedoria: “Façamos”, mas isso não
significa que o poder criador emanou de outros seres. Quem nos criou
foi apenas Deus e só ele estendeu os céus e a terra. Apresento a vocês
um texto onde provavelmente que fala é o Messias (Messias).

Ao dizer “façamos”, o Eterno fala como o todo poderoso chamando


a Sabedoria para contemplar a criação.
“Deus me criou no princípio de seus caminhos, desde então, e antes
de suas obras. Desde a eternidade fui ungido, desde o princípio, antes
do começo da terra. Quando ainda não havia abismos, fui criado,
quando ainda não havia fontes carregadas de águas.
Antes que os montes se houvessem assentado, antes dos outeiros, eu
fui gerado. Ainda ele não tinha feito a terra, nem os campos, nem o
princípio do pó do mundo.

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A trindade O filho

Quando ele preparava os céus, aí estava eu, quando traçava o


horizonte sobre a face do abismo; quando firmava as nuvens acima,
quando fortificava as fontes do abismo, quando fixava ao mar o seu
termo, para que as águas não traspassassem o seu mando, quando
compunha os fundamentos da terra.” Provérbios 8:22-29
Cristãos e judeus afirmam que essa passagem de provérbios se
refere ao Messias (Messias), como você observa no texto quem criou
todas as coisas foi Deus e não o Messias nem muito menos a terceira
divindade da trindade. Se os cristãos alegam que Jesus criou a terra e
ao mesmo tempo alegam que provérbios 8:22 fala sobre ele. Então é
claro que Jesus não criou porque em provérbios só Deus cria tudo.

Quem disse “Façamos” O “Deus Pai”, “Deus Filho” ou o “Deus


Espírito”?
Segundo os cristãos “Deus é trino”, ou seja, “Pai, Filho e Espírito
formam um Deus”, então por que ele usou o plural para si, se é um, o
plural é “façamos”. Não precisaria referir a si mesmo no plural se é
apenas um, porque segundo a crença deles, quando falam “Deus” se
referem a um só.
Vamos supor que na criação tinham 3 pessoas, quem dos três disse
“Façamos”? Se você responder que foi um dos três, eu faço a você
outra pergunta: Por que no verso Gn 1:27 o mesmo que fala no 26,
ele mesmo criou sozinho?
Nessa passagem fica claro que só um fez os céus e a terra: “Eu sou
o Eterno que faço tudo, que sozinho estendo os céus, e espraio a terra
por mim mesmo;” Isaías 44:24”.
Veja o que está escrito na bíblia cristã: “…E adorai aquele que fez o
céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” Ap 17:14. Observe que
está no singular. Não deveria ser “aqueles que fizeram”? Veja você
mesmo o que o próprio Jesus disse: “Que tua vontade seja feita na
terra e nos céus… A ti pertence o reino e o poder”. Amado leitor eu te
pergunto: De quem Jesus estava falando?
Observação: Jesus sempre usa o singular para falar de Deus, se ele
fosse membro da trindade ele falaria “nos” da mesma forma como
sugerem os trinitarianos em Gn 1:26
Não existe 3 criadores, apenas um.
Agora veja o verso de Gênesis 1:27 – “E criou Deus o homem à sua
imagem” Observe bem essa frase. Existem mais de 1500 passagens
onde Deus fala de si mesmo no singular e apenas 2 no plural. Por que
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A trindade O filho

nossos amigos cristãos não levam em consideração as 1500


passagens? Por que se apoiam em apenas 2 versos, para corroborar
tal doutrina da trindade? O próprio Jesus disse que Deus é apenas um,
veja “A vida eterna consiste em crer que Tu é um só” Jo 17:3 Logo se
Jesus fosse o “Deus Filho” ele já mais diria isso.
Como falei existem mais de 1500 passagens na bíblia onde Deus se
mostra como apenas um só.
Textos cristão que provam, que o Criador é um.

Leia abaixo Apocalipse 4:8-11 e estude atentamente.


E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor,
e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia
nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo, é o SENHOR Deus, o
Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir.
E, quando os animais davam glória, e honra, e ações de graças ao que
estava assentado sobre o trono, ao que vive para todo o sempre,
Os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava
assentado sobre o trono, e adoravam o que vive para todo o sempre;
e lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo:
Digno és, SENHOR, de receber glória, e honra, e poder; porque tu
criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas.
Quem é que está assentado no trono principal? Leia: “E os vinte e
quatro anciãos, e os quatro animais, prostraram-se e adoraram a
Deus, que estava assentado no trono, dizendo: Amém. Aleluia!”
Apocalipse 19:4

Você sabe quem está assentado no trono principal? A palavra


“Aleluia” responde toda à questão. Essa palavra é de origem hebraica,
a melhor transliteração é “Aleluyah” que significa: “Louvem Deus”.
Parece meio confuso, mas o nome Deus são as iniciais do nome do
Deus todo Poderoso que é Deus. Portanto quem estava sendo
adorado e criou sozinho os céus e a terra foi Deus o Deus Todo
Poderoso.

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A trindade O filho

Capítulo - 31 O que Jesus ensinou sobre a


trindade?
Primeiramente vamos recapitular o conceito da trindade. Essa
doutrina teve a sua maturação entre o 2º e o 4º século da era cristã.
Entende-se que a trindade é formada por “Deus Pai, Deus Filho e Deus
Espírito Santo” três seres divinos que formam a “Santíssima
Trindade”. Na crença da trindade o Pai é Deus, o Filho é Deus e o
Espírito Santo é também Deus. São seres divinos e individuais que
trabalham juntos. Mas, será mesmo que existe 3 seres divinos? E o
que Jesus nos ensinou sobre a trindade? Vamos a partir de agora nos
adentrar no maravilhoso mundo dos ensinos de Jesus, eu sou Marcos
Pinho um toraista, porque ser um toraista é seguir as instruções de
Deus.
Vamos às perguntas e respostas, e usaremos os escritos dos
discípulos de Jesus para responder.
Primeira pergunta: Se Jesus é um ser da trindade porque ele ensinou
que só há um Deus e esse Deus é o Pai. O que Jesus nos ensinou sobre
Deus?

Resposta: “…, mas vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para
meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.” João 20:17
Observação: Note que Jesus deixa claro quem é nosso Pai e quem é
nosso único Deus. Jesus disse: “…, porque um só é o vosso Pai, o qual
está nos céus.” Mateus 23:9, não temos três pais, mas apenas um só.
Segunda pergunta: Muitos dizem que Jesus disse tais palavras, (me
refiro às respostas da primeira pergunta), porque ele estava na terra
e que agora ele é também Deus juntamente com o Pai, pelo motivo
de estar no céu, seria isso uma verdade? Será mesmo? Agora que
Jesus não está na terra ele é Deus?
Resposta: “A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus,
e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o
nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu,
do meu Deus, e o meu novo nome.” Apocalipse 3:12

Observação: Jesus cita por quatro vezes a frase “do meu Deus”, note
que ele não estava mais na terra e diz a João que o Deus dele é o Pai.
Leiamos o que Jesus disse quando aqui estava: E a vida eterna é esta:
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A trindade O filho

que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus o


Ungido, a quem enviaste. João 17:3. Paulo também reconhecia quem
era o único Deus e Pai, leia o que disse Paulo: “Todavia para nós há
um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só
Mestre, Jesus o Ungido” 1 Coríntios 8:6. Note claramente que Paulo
teve acesso a oração de Jesus em João 17:3 “E a vida eterna é esta:
que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus o
Ungido”.

Terceira pergunta: Se Deus é uma trindade, por que Jesus nunca nos
ensinou sobre isso? Quando Satanás pediu para Jesus adorá-lo, nosso
Mestre responde, dizendo que só o Pai Deus deveria ser adorado.
Resposta: “Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito:
Ao Deus teu Deus adorarás, e só a ele servirás. Mateus 4:10” (Jesus
servia e adorava somente o Pai)

Observação: Jesus vencia todas as tentações com a frase “está


escrito”, mas, em que lugar da bíblia está escrito “Ao Deus teu Deus
adorarás, e só a ele servirás”? Em deuteronômio 6.13 e o nome de
Deus não é “Senhor”, mas YHWH, mas esse é um estudo para outro
dia.

Se você quer saber mais, acesse nosso site www.toraistas.com.br A


quem você vai seguir, a Jesus ou ao seu pastor? Você acabou de ler os
ensinos de Jesus, viu as palavras dele. Agora veja o que ele disse para
a mulher no poço sobre os verdadeiros adoradores.

“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores


adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais
que assim o adorem.” João 4:23

Os verdadeiros adoradores vão adorar a quem? Sim somente ao Pai


e quem é nosso Pai? Jesus responde: “…, mas vai para meus irmãos, e
dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso
Deus.” João 20:17

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A trindade O filho

Jesus não ensinou nada sobre a trindade, porque ela não existe. Deus
o Pai existe e envio seu Mensageiro Jesus e o revestiu com o Espírito
do Santo.

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A trindade O filho

Capítulo - 32 O que Jesus ensinou sobre a


trindade?
Jesus nos ensinou coisas maravilhosas, e um dos ensinamentos que
podemos destacar é que existem falsos adoradores e verdadeiros
adoradores. Quem são os falsos e como podemos identificá-los?
Como podemos saber quem são os verdadeiros? As respostas para
essas perguntas estão nos ensinos de Jesus e em toda a bíblia.
Precisamos primeiro saber quem é o verdadeiro Deus, e com essa
informação poderemos descobrir as respostas para às perguntas
acima.
Jesus respondeu a nós quem é o verdadeiro Deus: “E a vida eterna
é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro…” João
17:3. Nos versículos mais a frente Jesus conversa com Maria e diz a
ele quem de fato é nosso Deus e como deveríamos considerar ser
Jesus, leia: “mas vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para
meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.” João 20:17.

Com esses ensinos de Jesus fica claro que o Pai é nosso Deus e Jesus
é nosso irmão. Agora nós sabemos pelas palavras do profeta Jesus
quem de fato é nosso verdadeiro Deus.
Sobre a adoração verdadeira Jesus disse: “Vós adorais o que não
sabeis; nós adoramos o que sabemos …. Mas a hora vem, e agora é,
em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em
verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. João
4:22,23”
Segundo as palavras de Jesus quem de fato são os verdadeiros
adoradores? Sim, os que adoram o Pai. Jesus nunca pediu para sim
adoração, nunca disse que era deus, e quando um jovem tentou
adorá-lo dizendo “Bom mestre”, bom no sentido de Bom dos bons,
Jesus rebate, e entendo a pretensão do jovem ele respondeu: “Por
que me chamas bom? Não há Bom, senão um, que é Deus.” Lucas
18:19, a palavra aqui Bom não se refere a bondade humana, mas um
tipo de bondade que só Deus pode fazer, por isso Jesus afirmou em
outras palavras ao jovem que nem ele era Bom, somente o PAI.
Uma pergunta para análise, quem são os verdadeiros adoradores?
Jesus responde: “…os verdadeiros adoradores adorarão o Pai…” João
4.23. Quando Satan pediu para que Jesus o adorasse veja a resposta
dele sobre quem deveria ser adorado: “está escrito, ‘Ao Eterno teu

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A trindade O filho

Deus adorarás, e só a ele servirás’.” Mateus 4:10, Jesus estava


recitando um verso de Deuteronômio 6.13.
Está claro como a luz do dia que Jesus ensinou a existência dos falsos
e dos verdadeiros adoradores, nós sabemos que os verdadeiros
adoram o PAI, e os falsos tentam adorar outras pessoas, sobre isso
Jesus disse: “ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que
me enviou.” João 14:24. Um verdadeiro profeta não fala de si mesmo,
mas fala movido por Deus.
Foi Deus que inspirou Jesus a dizer: “…os verdadeiros adoradores
adorarão o Pai…” João 4.23, disse isso porque surgiriam no futuro
várias crenças erradas tais como; trindade, unicismo, bindaismo e
outras crenças onde Jesus também é adorado. Jesus falou inspirado
por Deus, então já mais poderia mentir e falar enganosamente.
Porque o próprio Jesus disse: “E aquele que me enviou está comigo.
O Pai não me tem deixado só, porque eu faço sempre o que lhe
agrada.” João 8:29 “As palavras que eu vos digo não as digo de mim
mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras.” João
14:10.
Nós sabemos por meio das palavras de Jesus que nada do que ele fez
foi por vontade dele, mas pela vontade do Pai, agora ficou claro para
nós o que Deus disse por meio do profeta Isaías em concordância com
as palavras de Jesus, leia: “Lembrai-vos das coisas passadas desde a
antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro
semelhante a mim.” Isaías 46:9 Concordando com isso Jesus disse:
“…Meu Pai, que me deu, é maior do que todos… ‘…porque meu Pai é
maior do que eu ‘” João 10.29 e 14.28.
Devemos fazer a vontade de Deus o PAI todo poderoso, não podemos
agir pela vontade do apostolo Paulo, Pedro, Tiago, David ou Saul e sim
pela vontade exclusiva de Deus, veja o que Jesus disse sobre isso
“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no
céu;” Mateus 6:10
E sabe qual é a vontade de Deus sobre a adoração, Jesus responde: “o
Pai procura a tais que assim o adorem.” João 4:22, observe que é a
vontade do Pai que nós o adoremos.
Chamo a você amado leitor para ser um verdadeiro adorador, adore
somente o PAI (O ETERNO) só ele deve ser adorado, “Ao Eterno teu
Deus adorarás, e só a ele servirás.” Mateus 4:10

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A trindade O filho

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Capítulo - 33 Jesus é Deus por ter dito “Eu e o Pai
somos um”?
João 10.30 “Eu e o Pai somo um”. Sem sobras de dúvidas é um texto
usados por nossos amados irmãos, que creem na doutrina da
trindade, para alegar que “Jesus é o mesmo Deus”. Se o leitor ler esse
texto de forma isolada e conduzida pelo líder religioso, chegará a essa
conclusão, mas se o leitor ler todo o evangelho irá descobrir que Jesus
se referia a união, proposito e conformidade. Jesus era unido com o
Pai por isso ele disse “somos um”.
Leiamos o seguinte verso:
“guarda-os no teu nome, o qual me deste, para que eles
sejam um, assim como nós.” Jo 17:11
Na passagem citada acima, Jesus deixa claro o que de fato ele quis
dizer. Disse “Somos um” porque estava no Pai coberto por seu Santo
nome, também precisamos da gloria do Pai para ser um com o Pai,
vejamos o texto abaixo:
“E eu lhes dei a glória que a mim me deste, para que sejam
um, como nós somos um;” João 17.22
Com essas passagens, fica claro que Jesus não buscou para si, a
alegação que é um deus, porque se assim fosse nós também
podemos ser deuses, pelo simples motivo que, também seremos
um com o Pai como ele também é. Para ficar ainda mais claro
que a ideia de ser um, trata-se de unidade e não de divindade,
leia o texto a seguir:
Jo 17:23 eu neles, e tu em mim, para que eles sejam
perfeitos em unidade, a fim de que o mundo conheça
que tu me enviaste, e que os amaste a eles, assim como
me amaste a mim.

A alegação de alguns judeus que, Jesus se passava por Deus era


infundada. Ninguém é Deus por ser filho de Deus. Esse pequeno grupo
de judeus queriam um falso testemunho para desacreditar Jesus
como o Messias. Leiamos os seguintes versos:
142
23 Andava Jesus passeando no templo, no pórtico de
Salomão. 24 Rodearam-no, pois, os judeus e lhe
perguntavam: Até quando nos deixarás perplexos? Se tu
és o Ungido, dize-no-lo abertamente.
25 Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo disse, e não credes. As
obras que eu faço em nome de meu Pai, essas dão
testemunho de mim. 26 Mas vós não credes, porque não
sois das minhas ovelhas. 27 As minhas ovelhas ouvem a
minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem; 28 eu lhes
dou a vida eterna, e jamais perecerão; e ninguém as
arrebatará da minha mão. 29 Meu Pai, que mas deu, é
maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão
de meu Pai. 30 Eu e o Pai somos um. 31 Os judeus
pegaram então outra vez em pedras para o apedrejar. 32
Disse-lhes Jesus: Muitas obras boas da parte de meu Pai
vos tenho mostrado; por qual destas obras ides apedrejar-
me?
33 Responderam-lhe os judeus: Não é por nenhuma obra
boa que vamos apedrejar-te, mas por blasfêmia; e
porque, sendo tu homem, te fazes Deus.
34 Tornou-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu
disse: Vós sois deuses? 35 Se a lei chamou deuses àqueles
a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a Escritura não
pode ser anulada), 36 àquele a quem o Pai santificou, e
enviou ao mundo, dizeis vós: Blasfemas; porque eu
disse: Sou Filho de Deus?

Observe claramente que no verso de João 10.36, Jesus deixa claro o


porquê eles queriam o apedrejar. Queriam matá-lo porque ele disse
ser filho de Deus. Mas o porquê disso? Para entender o que se passava
na quela época precisaremos nos contextualizar com aquele período
helenístico. Na quela época havia mitos e lendas sobre os filhos dos
deuses, a história de Hercules e entre outras, em que determinados
personagem alegavam ser deuses, porque era “filho de deus”. Nos
mitos gregos, um filho de deus era também um deus. Com isso na
mente, uma minoria judaica quis criar uma falsa narrativa de que
Jesus estava querendo se passar pelo próprio YHWH. Mas não foi isso
que Jesus estava dizendo, ao dizer que ele é filho de Deus, veja o que
realmente ele estava afirmando:
37 Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis. 38
Mas se as faço, embora não me creiais a mim, crede nas
obras; para que entendais e saibais que o Pai está em mim
e eu no Pai.
143
Nessa passagem ele deixa claro que não é o Pai, e nem se coloca em
igualdade, mas diz que é unido com o Pai. Dizer que é filho de Deus,
isso não é blasfêmia, mas para aquele período helênico isso tinha uma
aparência de blasfêmia. Mas, para refutar aquela ideia errada,
enublada pela influência helenística que tinha aqueles doutores, Jesus
cita as seguintes falas:
“34 Tornou-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu
disse: Vós sois deuses? 35 Se a lei chamou deuses
àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a
Escritura não pode ser anulada), 36 àquele a quem o Pai
santificou, e enviou ao mundo,”
Observe a grande jogada de mestre feita por Jesus, ele que era um
grande conhecedor das escrituras. Para entender melhor vamos
analisar Salmos 82.1 e 6:
“Deus [YHWH] está na assembléia divina; julga no meio
dos deuses:... 6 Eu disse: Vós sois deuses, e filhos do
Altíssimo, todos vós.”

Todos os que se elevam em santidade tem a natureza divina [2Pe 1.4],


são feitos a imagem e a semelhança [Gn 1.26] de Deus, são santos e
perfeitos [Lv 11.44] , mas não são iguais a Deus e sim semelhança.
Com aquele discurso Jesus estava dizendo que ele era a imagem e a
semelhança de Deus, não diz ser o próprio Deus, foram os doutores
que pensaram algo totalmente diferente do que Jesus estava
pensando. Mas sabemos que os tais doutores queriam flagrá-lo em
um pecado de morte, para justificar o penduro no madeiro.

144
A doutrina da trindade O Espírito

Capítulo - 34 O Espírito Santo fala, Então é outra pessoa?


O Espírito do Santo, pensa, fala, anda e chora, seria ele uma pessoa
da trindade?

Segundo o dogma da “Santíssima Trindade”, o outro Consolador, é


uma terceira pessoa na divindade, chamada de “Deus Espírito Santo”.
O principal argumento é que, se o espírito Santo, fala (Mateus 10:20),
intercede (Romanos 8:26), entristece (Efésios 4:30), se mentimos para
ele (Atos 5:3-4), etc., então Ele é uma 3ª Pessoa, um 3º Ser Pessoal. O
fato de o Espírito ter ações Pessoais o torna uma Pessoa, um Ser
Pessoal da mesma forma que o Pai e o Filho? Será que o Onipotente
Deus, não pode praticar ações pessoais através de Seu próprio
Espírito?

Quem é o Espírito segundo o pregador Paulo?


“Ora o SENHOR é o Espírito; e onde está o Espírito de Deus aí está à
liberdade.” II Coríntios 3:17.
NOTA: Segundo o dogma da “Santíssima Trindade” o Consolador, é
outra Pessoa, além do Pai e do Filho, porém Paulo é claro em afirmar
que o Espírito É O SENHOR II Coríntios 3:17.
O fato de alguns versos atribuírem ao “espírito” adjetivos e ações
típicas de um ser pessoal não significa que o “espírito” seja um ser
pessoal da mesma forma que o Pai e o Filho. O “espírito” do homem
também tem ações pessoais e isso o torna uma Pessoa? Claro que
NÃO! Vejamos alguns exemplos:
Espírito de Faraó – Foi Perturbado (Gênesis 41:8)
Espírito de Ciro – Foi Despertado (Esdras 1:1)
Espírito de Jó – Sorve (Suga) o Veneno (Jó 6:4)
Espírito de Zofar – Responde por Zofar (Jó 20:3)
Espírito de Asafe – Desfalece (Salmo 77:3)
145
A doutrina da trindade O Espírito

Espírito de Davi – Desfalece (Salmo 143:7)


Espírito de Yeshayahu (Isaías) – Buscou a Deus
(Yeshayahu (Isaías) 26:9)
Espírito de Ezequiel – Excitou-se (Ezequiel 3:14)
Espírito de Nabucodonosor – Perturbou-se (Daniel
2:1-3)
Espírito de Paulo – Revoltou-se (Atos 17:16)
Espírito de Paulo – Ora e Canta (I Coríntios 14:14 e
15)
Espírito de Paulo – Recreou-se (I Coríntios 16:18)
Espírito de Tito – Recreou-se (II Coríntios 7:13)
NOTA: Como vimos na lição 10, a palavra traduzida para “espírito” no
Antigo Testamento é “ruach” e no N.T é “pneuma”. Os escritores
bíblicos escreveram “ruach” de Davi, “ruach” de Deus, “pneuma” de
Paulo, “pneuma” de o Ungido, “pneuma” de Deus, “pneuma” Santo
etc. Em nenhum momento, os escritores bíblicos, queriam dizer que
o “ruach” (espírito) de Davi ou o “pneuma” (espírito) de Paulo era
outra pessoa.
Quando o salmista diz que o seu espírito estava amargurado, na
realidade quem estava amargurado era o próprio salmista. Quando
Paulo diz que o Espírito dele revoltou-se em Atenas, na verdade foi
Paulo que se revoltou!
Da mesma forma o Espírito de Deus. Quando a Sagradas Escrituras diz
que o Espírito de Deus se entristece ou fala, é o próprio Deus quem se
entristece e fala. Quando alguém mente para o Espírito de Deus, na
verdade mentiram para o próprio Deus e não para uma 3ª Pessoa.
Vejamos:
10) Ananias mentiu a Quem?

146
A doutrina da trindade O Espírito

“Disse então Kefa (Pedro): Ananias, por que encheu Satanás o teu
coração para que mentisses ao espírito do Santo, retendo parte da
propriedade? Não mentiste aos homens, mas a Deus.” – Atos 5:3-4

Conclusão:
A ação pessoal de Deus por meio do seu Espírito, não faz do Espírito
dele outra pessoa. Vimos que a bíblia usa essa linguagem “Espírito de
Zofar – Responde por Zofar” não se trata de outa pessoa, mas a
mesma pessoa.
O Espírito de Deus é a maior e a mais Poderosa benção que um servo
pode receber, é nosso dever pedir a Deus e preparar nossa alma para
receber essa grandiosa benção, e é do agrado do Criador conceder.
Somos confortados e guiados por Deus, é desejo dEle estar conosco,
mas nem todos os seres humanos se preparam, nem todos desejam
limpar suas almas para comportar o poder dEle, é o Espírito de Deus
sua presença e seu poder em nosso meio. Deus se manifesta entre os
humanos, sua própria pessoa se manifesta por meio do seu Espírito
Santo. Não é o seu Espírito uma terceira pessoa da trindade, não é o
Espírito outra divindade, mas o próprio ETERNO manifesto numa
dimensão que nós podemos suportar.
Ninguém já mais viu a Deus, mas ninguém já mais ficou sem o consolo
dEle, está sempre ao nosso lado nos confortando, nos iluminando e
guiando seu povo para o caminho da luz. Quando os pais cuidam de
seus filhos lá está a presença de Deus, não importa a raça, língua ou
crença, o ETERNO sempre se faz presente chamando pessoas para se
tornar seu povo, trabalhando nas mentes dos humanos iluminando-
os acerca do que é errado fazer. Porém ao se afastar da presença de
Deus, muitos deixam de ouvir a voz, se impregnam de idolatria,
imoralidade sexual, alimentação contrária aos princípios e da rebeldia
declarada a tudo que é santo.
Adão era cheio do Espírito Santo, mesmo assim pecou, porque
mesmo que sejamos cheios da presença de Deus ele sempre nos dará
liberdade para escolher, ter o Espírito do Santo me dá forças para
147
A doutrina da trindade O Espírito

suportar a tentação, mas sempre será a minha escolha, fazer o certo


ou o errado. Quando Adão preferiu dar atenção ao conselho da sua
esposa Éva, Deus estava presenciando tudo e poderia ter evitado, mas
não fez. O ETERNO não busca uma obediência cega, mas lucida e
envolta de amor. Em todas as eras, em todo o tempo, homens e
mulheres foram munidos de liberdade para escolher entre seguir a luz
ou as trevas. O reino da luz deseja estar em seu coração, cabe a você
e tão somente a você, abrir a porta ou permanecê-la fechada.
Em toda a criação, nos animais terrestres, nos mares e em qualquer
lugar Deus se faz presente por meio do seu Espírito. Não há como fugir
de sua presença, todos estamos imersos no jardim do tempo, nossas
células, nossos pensamentos, todo o nosso ser é sondado por Deus.
Peçam para o Eterno uma porção do seu poder como uma criança
pede para seu pai um copo d’água, busquem sem cessar. Em todas as
vossas orações incluam esse pedido

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A doutrina da trindade Anotações

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