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7 uNt ESTUDO ARQUETII'ICO DA NIOR'I'E
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f 'Aqueles quê êmvida guiaram-rne Íros descaminhos de luz,
ID e nâ morte llumlnarârn o carnlnho das treves.
f, Saudades
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AGRADECI},IENTOS
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UI,I ESTUDO AROUETÍPICO IIA
T I.IORTE
)
I, Este trabalho visa descobrir o que há de corum e
T duradouro, arquetípico, nos mitos e ritos da morte, e de gue
I forma eles podem auxiliar-nos na elaboração desta vivência.
I, Após pesquisar doze mitos encontrei cinco idÉias
t
I principais gue agrupei em guadro esquemático sob os tÍtulos:
p ulação do corpo; chegad a do el ement o de transição;
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L I INTRODUCÃO I
t II CONSIDERACõES TEóRICAS
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L- Pré-Histórica 13
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:' IV O AROUETiPICO NA I.IITOLOGIA DA },IORTE 81
b V CONCLUSõES B9
l,. APêNDICE
h. Ouadro Esquemát ico
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) LISTA DE ILUSTRACõES
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) pág :
, 5 Cérbero e5
, 11 Emma-hoo 64
I - INTRODUCÃO
)
adoecer, com as roupas que costumava usar, Eua bolsa, e
)
sorria da mesma maneira. Feliz, eu pergunto se ela já havia
)
voltado para casa. Ela explica que embora muito próxima, não
)
poderá mais atravessar a rua, mas também não deseia mais
)
) fazê-1 o .
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I
)
suicidio (1). Aqui tive acesso a alsuma bibliografia e pude
out ros col egas r Ílos propusemos ir r at ravés de ent revist as,
I
I
conhecer um pouco da situação psicolósica do paciente
)
terminal. Esse trabalho (e) fortaleceu algumas crÍticas que
) eu já fazia à medicina tradicional, à sua forma de entender
)
o homem na saúde e na doença, rB trajetória entre a vida e a
)
morte, e à sua incompreensão da morte. A formação médica é
)
I
toda centrada em "não deixar morrer". Isto deve ser buscado
)
a gualquer custo, não importando a pessoa gue ali está, seus
) valores, sua opção. Aliás nem lhe É dado o direito de sabe'
)
o gue ten, quanto mais tr direito de opinar sobre o
gostaria de fazer entre a detecção da doenca e sua cura ou
aort e .
*)
I
I
I
I faaí I ias qu e omit am est e dado . Assi m, el iminam a
ü possibilidade do individuo lidar e transformar-se com sua
I doença. O médico atua recomendando intervenções altamente
a rutilantes e humilhantes, ao invés de ajudar o doente a
I rntegrar estes dois polos.
I
a É compreensível que, depois de uma vivência como
F
J
II CONSIDERACõES TEóRICAS
6
Junito de Sousa Brandão escreve: "l'lito é o relato
de ur acontecimento ocorrido no tempo primordial uediante a
Ínt erven ção de ent eE sobren aturais. llito, seg undo l'lirc ea
Eliade, é o relato de uma história verdadeira ocorrida nos
tenpos dos princiPios, "illo tempõre", quando com a
rnterferência dos entes sobrenaturais, uma realidade Passou
a exist ir, seja uma real idade total ou um fragnento. l'lito é
a narrativa de uma criação: conta-nos de que modo algo gue
não era, começou a ser." (6)
Para Jung, o inconsciente coletivo constitui-se de
consciência.
Em PsÍcologia e Rel igião, Jung se refere a
.=iigião como o termo gue "designa a atitude peculiar de uma
'--::sciência que foi modificada Pela exPeriência do
numinoso... Â prática e rePetiCão da experiência original se
t::-a um ritual e uma instituição inutável. Isto não
nec=ssáriamente signi fica petrificação desvital izada. Ao
contrário, tem se mostrado uía forua vátida de exPeriência
religiosa para milhõeE de Pessoasr PoF muitos anos, sem ter
surgido nenhuma necessidade vital de alterá-1a." (8)
O rito, então,é a reatualização do mito. Através
do rito se revive o mito. Segundo Junito de Souza Brandão,
"Através do rito o homem se incorPora ao nito, beneficiando-
I
1
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I
)
)
) PhiIippe Ariés, comenta: "De fato, a passagem da
) rot rna diária, repetit iva e calma, pârã a interiorização
) patet ica não se faz eEpont aneament e e sem auxit io. A
)
órstância entre as linguagems é grande demais. é preciEo,
)
para estabelecer a comunicação, o intermÉdio de um código
)
) recebido de antemão, de um ritual que se aprende pelo
] hábito, desde a infância. Assim exist iam, outrora, códigos
t para todas as ocasiões, para a manifestação de sentimentos
I geralmente inexpressos fazer a corte, dar à luz, mgrrer,
)
c on so 1 ar os en I ut ados . Est es cddigoE já não existem.
)
D Desapareceram em fins do século passado. Âssim os
I sent imentos fora do comum ou não encontram sua expressão e
I são reprÍmidos, ou se expandem com uma violência
I rnsuportável sem nada maiE para canalizá-los. Neste último
I
I iqSo, cornpFometem a ordem e a segurança necessárias à vida
) .otidiana, convindo pois, reprimí-los." (tO,
I Os rÍtuais funerários são tratados de maneira
I .dêntica. São vistos como "prolongadores do sofrimento",
) 'frutos de crenças supersticiosã8", "sem sentido, para
t rent es tão evoluídas. . . ", r porisso são cada vez menoe
I
t assist idos.
I PhiIippe âriés diz ainda: "O que se percebe na
, verdade é uma inversão de val ores onde a manifestação
, pública do luto, ou mesmo sua expressão privada porém de
I
Ionga duraGão, é considerada doentia ou fragueza
I de
D caráter". ( 11 )
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)
) As pessoas estão Procurando, ao evitar os rituais,
) evrtar o contato com os prórrios sentimentos. O Preiuízo
) drsto é não terem um canal adequado e acolhedor, uÍtl modelo
) pera a elaboração desta emoção . Est a consequentemente
)
Fertanece sem transformação, 5em inserção em contexto maior,
)
) e assim o individuo permanece solitário e ameaçado pelas
) suas emocões (de maneira geral, os rituais funerários Prevem
) a companh ia de pessoas durante o 1 ut o: mi55as, rezas,
)
vrsitas de pêsames, altares na casa do falecido, etc. ). Como
)
o ritual é a reatualização do mito, âo ausentar-se do
)
primeiro, pErde-se o segundo. A possibilidade de uma
)
) ccmunicação com o arquétipo, com o inconsciente coletivo,
) lediada pelo mito, desaParece; torna-se necessário descobrir
) sozinho uma maneira de não Permanecer no Profano e atingir o
)
::3:-=do.
)
Se um dos propósitos dos rituais é proteger a
)
) consciência do perigo de tocar o inconsciente, a não
) ofse!.vação daqueles de fato coloca a consciência em risco de
) sucunbir ao inconsciente, esPecialmente se o confronto se dá
)
cor complexos tão fortemente carregados como o da morte.
)
Para mais bem aprofundar estaE reflexões Passo a
)
) apreseniar resumidamente alguns mitos e ritos.
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t fis-t - Cena do Livro dos l'lortos. Anubis conduz o
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: rorto à sala de julgamento onde será pesado seu coração.
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) III.l Pré-Histórica (1e)
)
)
)
) A morte era considerada um poder sobrenatural. Os
) corpos eram objeto de prát icas gue demonst ram não só
) deferências, mas também um culto. Os esgueletos que tem sido
) encontrados em valas cavadas artificialmente, cercados ou
)
cobertos por materiais duráveis, como pedras ou fragmentos
)
)
de ossos eram incontestavelmente enterrados com intenções
) funerárias.
) Huit oE deles foram enterrados com guarn ições
) funerárias, t ais tromo j óias e ornamentos, encont rados
)
próximos dos esgueletos. Sem dúvida, estes eram objetos
)
adquiridos durante Buas vidas. tías, mesmo que eles não
)
) estivessen com estes ornamentos no enterro, os sobreviventes
) não ficavam com eles, apesar de seu considerável valor. O
) fato de seren pertences dos mortos os tornava um tabú.
)
Outros objetos encontrados com os corpos só podiam ter sido
)
colocados pelos sobreviventes, e const ituem genuÍna
)
) ;uarnição funerária, destinada ao uso do morto: utensÍlios,
) obras de arte, comida.
)
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)
Em vários casos, argi Ia pigmentada de vermelho
(cor hematita ou peróxido de ferro) era borrifada sobre a
sepultura e havia traços desta cor no esqueleto e objetos
I
próximos. Certos povoE primitivos atuais, Pot. exemPlo os
I
aàorigenes australianos, ligam pigmento vermelho a sangue, e
I
porlsso o consideram um sÍmbolo de vida e força. é razoavél
)
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t que os corpos foram amarrados no momento da morte para
L ev 1 t ar o " rigor mort is". Esta devia ser a operação
lr. Fr!ncipal, feita para evitar gue os mortos voltassem, para
t eiorrentar os vivos.
t Apesar de medo ser o sentimento dominante, isto
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l.tr não acontecia em todos os casog. Havia também a crenGa de
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) Fig.g Anubis preparando uma múmia.
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) III.a Esípcia (13)
,
)
)
)
) Anubis, a versão 9re9a de Anpú, foi identificado
) com Hermes, o condutor de aImas. Era Anubis que abria as
) entradas do outro mundo para os mortos. Ele era representado
t como um chacal preto com uma cauda espessa, ou como um homem
)
) de pele escura com cabeça de chacal ou cabeça de cão,
) an imal sagrado para Anubis. Por esta razão, os 9regos
l chamaram de Cinópolis a principal cidade de seu culto
) Besde as prirneiras dinast ias, Anubis presidia aos
)
eabalsamenentosa. Orações de funeráis eram, nagueles tempos,
)
quase exclusivamente dedicadas a ele. Nos textoE das
)
t irânides, ânubis é o "guarto filho de Ra"; depois ele foi
t Caritido na família de Osíris e dizia-se que Neftis, deixada
) 'o filhos por Eeu marido Set, gerou-o de OEírisr rm
)
ultério. Abandonado por sua mãe, ao nascer, diz-se que ele
)
:i achado por sua tia, Isis. Isis, não sentindo qualguer
]
t rahcoÍ pela impensada infidelidade de seu marido, aceitou
) criar a criança.0uando atingiu a idade adulta, Anubis
) acompanhou Osíris na conquista do mundo, e guando "0 Deus
] Número Un" foi assassinado eIe ajudou Isis e Neftis a
)
ent errá-l o.
)
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)
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)
, Foi nest a ocasião que Anubis inventou ritos
) funerárioE e enfaixou e múmia de OsÍris para preservá-la do
) contato com o ar e da Eubseguente deterioração. Foi
, conhecido porisso como o "semhor das l'íúmias Enfaixadas". IlaÍ
, em diante, ele presidia funerais, é nesta função que.nóE
,
)
freguentemente o vemosr pFimeiro embalsamando múmias e
, depois recebendo-as na entrada de suas tumbas. Anubis também
t)
)
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)
,
)
a Depois de ter beijado o umbral ele penetrava no
, Sal ão da Dup I a Just iça . Est e era imenso, e ao fundo
, assentava-se OEiris, "o Deus Número Um", o redentor e juiz
a gue esperava seu "filho gue vinha da terra". No centro
,
,
ficava uma enorme balança ao lado da qual ficava Maat, deusa
a da verdade e da justiça, pronta para pesar o coração do
a mort o. Entrementes, Amemait "o Devorador", um monstro
a hÍbrido, part e leãor pãrtt h ipopótamo, parte crocodilo,
a agachava-se por perto esperando para devorar os coracões dos
a
culpados. Em toda a volta do salão, à direita e a esquerda
a
a de OsÍrisr srhtavam-se quarenta e dois personagens, cada um
a segurando uma espada afiada. Alguns tinham cabetraE humanes,
a outros cabeças de animal. Eles eram os guarenta e dois
L
juizes, cada um correspondendo a uma província do Esito; e
a
1, cada um est ava encarregado de examinar algum aspecto
, específico da consciência do morto.
a O próprio morto começavam os procedimentos e sen
a hesitação recitava o gue era então chanado de "confissão
a negativa". Ele se dirigia a cada iuíz em sucessão, chamava-o
a pelo notre para provar que o conhecia, e gue nada tinha e
a
a tener, iá que não tinha cometido Pecado e gue realmente ere
, PUrO.
t Então seguia-se a pesagem da alma, ou Psicostasia.
t )lun dos pratos da balanGa, Anubis ou Hóros colocava líaat, ou
t então seu ideograma, a pena, símbolo da própria verdade. No
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p outro prato ele colocava o coração do morto. Tot então
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corunicava a Osíris. Se os dois pratos estivesEem em
perfeito equilibrio OEiris pronunciava julgamento favorável
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) III.3 - Assírio-Babilônica (14)
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) Sob a terra, além do abiEmo de âpsu, isto é, o
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, .oradia", deus da guerra e destruição, invadiu o inferno.
t Para obter pâzr Ereshkigal concordou em casar-se coÍr ele.
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) III.4 - 6re9a (15)
)
)
)
)
, A obrigação mais grave de um grego era a que
] concerne ao sepultamento de seus mortos, segundo os ritos,
)
sob pena de lhes deixar a alma volitando no ar Por cem enos,
)
sem direito a julgamento.
)
) O sepultamento todavia dependia de certos ritos
) preliminares: o cadáver, após ser ritualmente lavador Et'â
) perfumado com essências e vestido de branco. Depois, era
) envolvido com faixas e colocado em uma mortalhar tnàe Eom o
)
rosto descoberto para gue a alma pudesse ver o caninho que
)
) leva à outra vida. Certos objetos de valor eram enterrados
F con o morto: colares, bracel etes, anéis, punhais . . . Em
) certas épocas, colocava-se na boca do morto uma moeda, óbulo
) destinado ao bargueiro Caronte, Para atravessar a alma pelos
)
quatro rioE infernais. ds vezes, colocava-se bolo de mel,
)
gue the permitia agradar o cão Cérbero, guardião da porta
)
f única de entrada e saída do Hades. O cadáver é exPosto sobre
) u, leito, durante um ou dois diaE, llo vestÍbulo da casar coÍt
I os pés voltados para a porta, ao contrário de como entrou na
)
vida. A cabeca do morto, coroada de floresr F€pousà sobre
)
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-1. pequena almofada. Todo e qualguer homem podia velar o
r3rto, acompanhar-lhe o féretro e assist ir-lhe ao
I e€Êultaaento ou à cremação, mas a lei era extremamente
ft -:grda com a mulher: só podiam entrar na casa onde houvesse
p
)
-! oorto aquelas que estivessem "manchadas" pela proximidade
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)
) ado ou cremado o corPo, a PEicué era
Sepu I t
) ccnduzida Por Hermes, deus PsicoPomPo, até a barca de
) 3eronte. Recebido o óbolo, o demônio da morte levava a alma
t erra além dos quatros terrÍveis rios: Estige (rio mortal),
)
â queront e ( rio das dores ) , Cocito (rio doE gemidos),
I
) Prrrflegetonte (rio das chamas). Do outro lado, Passava Por
) Cerbero e enfrentava o iulgamento. O tribunal era formado
) por três juízes: Éaco, Radamento e }íinos.
) Radamento julgava os Asiáticos e Africanos; Éaco,
)
os Europeus. Em caso de duvida, J'linos intervinha e seu
)
)
veredicto era inaPelável .
)
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III.5 - Romane (16)
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uma divindade alada que trarregava em sua mão direita um rolo
de papel no qual estava escrito o registro do morto. Uma
outra divindade subterrânea, Tajes, ensinava aos etruEcos a
leitura do horóscoPo, isto é, aE regras Para Prever o futuro
pelo exame das vísceras e peI a observação dos rel âmPagos .
)
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) oferec idos sacrifíc ios de sangue, e é provável que os
) ertneiros combates de gladiadores tenham sido instituídos em
, sua honra. SeuS festivais, oS Parentalia e os Feralia, eram
t celebrados em fevereiro. Do dia treze ao dia vinte e seis
I cessava o comérciO e eram fechados os templOs. Tumbas eram
,
) decoradas com viOletas, rosas, lÍrios e mirtas, e sobre elaS
) eram depositados alimentos de vários tipos
, Como os 9re9os, os I at inos Punham as regiõeE
,
rnfernais no centro da Terra. Podiam ser atingidas Por
)
várias aberturaÉ (Cavernas, la9os, PântanoE). Uma das mais
I
a célebres era o Lago Avernus, llã CamPania, um lugar deserto e
, triste na vizinhança de Pozzuoli. As colinas que o
a circundavam foram inicialmente cobertas Por bosques
) consagrados a Hecate ("luci averni") e Perfurados com
I cavidades através das quais, de acordo com Cícero, podiam se
a
, chanar as almas dos mortoE.:Perto de âvernuE a chamada
r Caverna da Cumaean Sibyl pode ainda ger vista'
I Dis Pater Eignifica o maÍs rico de todos os deuseE
, (dis é uma contração de ditis, rico) e de fato o núnero de
I seus súditos continuava e Erescer sem cegsar. Da mesma
I
, forna, oS gregos chamavam de Plutão ao rei dos mortos,
) "ploutos" significando riqueza. DiE Pater nunca foi PoPular,
, seus altares foram raros. Os romanoE sendo suPersticiosos
a não cuidavam de adorar uma Personificação da morte; ou
I talvez eleS reservavam suas homenagens Pera os i{anes.
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D
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I
Orcus representava morte. Seu nome era também
aplicado ao Eubterrâneo. Ele carregava os vivos à força e os
levava para as regiões do inferno. Era, às vezes, confundido
com PIutão.
Februs era provavelmente o deus etrusco que
correspondia a Dis Pater. Parece que a ele era consagrado o
aês de fevereiro; ere o mês dos mortos. Na Etrúria também
era invocado um certo tlancus gue deve ter sido outro Dis
Pat er .
ura ninfa que falava tanto que Júpiter cortou Eua lingua.
Pcr esta razão, ela era chamada lluta ou Tacita. l'lania tomava
parte nos festivaiE da Compitalia e da Feralia; eIa se
tornou una espécie de bicho-papão que aterrorizava as
crianEas pBguenas . J'faniae e r a m figuras grot escas que
representavam os mortos; bonecaE de lã gue eram penduradas
nas portas em honra de Lares, eram também chamadas de
l'ían i ae .
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p Lemures e Larvae eram os f an t asmas d os Ínort os ,
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t Fi g .7 .- Pedra funerária. Em c ima Od in I evando o
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D III.6 - Teutônica (L7»
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I Abaixo de i.lidgard ( serpent e que c ircunda a t erra )
t xá ur nundo semelhante às regiões infernais dos gregos e
I antigos. Esta é e morada dos mortos e correEponde a Niflheim
,
(rundo nebuloso) ou Niflhel dos escandinavos. Este submundo
!
a era imaginado como um lugar sombrio, úmido e gelado. Lá
a vtviam gigantes e anõesr 9up 09 poetas às vezes descreviam
, como seres cobertos com neve e geada. Este reino subterrâneo
a era dominado pela deusa Hel. Sua entrada era guardada por um
a
, cão monstruoso chamado Garm, 9u€ cuidava para gue nenhuma
)
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a ser temidas como demôníos nocivos.
) Alguns espiritos podiam intervir na vida dos
) lrom€Írs e al t erar seus dest inos . Eram deusas muit o sáb iaE,
)
chamadaE "Norns" (Deusas do destino). Eram fiandeiras que
)
seguravam os fios do destino. Conhecedoras dos antigoE
)
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t 'Éepresentadas como moças com penas de cisne, voando pelos
) a-es. Nem toda moça-cÍsne era Valquíria, mas uma Ualquíria
) serpre tinha poder de tornat--se uma moEa-cisne. EIaE
) F 3d:.at, quando queriamr àpâÍpcEt na f orma humana. l.las se um
)
) ''onem conseguisse roubar sua plumagem, €Ias não mais
I escapariam dele e deveriam fazer-lhe a vontade.
)
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I Nasci.mento dos deuses gêmeoE Aura-l,lazda e
I Ahriman.
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I III.7 - Persa ( 18 )
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l Os persas tiveram uma importância especial entre
t os povos do Oriente llédio, sob o ponto de vista religioso.
) No início adoravam vários deuses:âura-Flazda, deus supremo,
t crrador do universo; I'titra, deus dos pastores e da just iça;
)
)
: Naita, deusa da fecundidade.
) l'las as pregações do profeta, ou mago, Zoroastro
) (en lingua 9re9a) ou Zaratustra (segundo a forma original
) a;-iana) provocaram uma verdadeira revolução nas concepcões
)
::l:giosas dos persas.
t A doutrina ensinada por Zoroastro baseava-se num
)
) .rualismo ético entre o bem e o mal . Aura-líazda era o deus do
) 3:=, da luz, da verdade, e da retidão; Ahrinan era o deus
) !: ral, isto é, das trevas e das sombraE e o responsável
) pela díscórdia, pelas desgraças e doencas que afl isem o
I rundo. 0 primeiro criou a vida, o segundo a morte. O ben e o
)
) ral eram os dois princÍpios de tudo, eüE lutavam entre si.
) 0s homens que se diziam âura-ilazda seriam recompensados, os
) que seguissem Ahriman seriam castigados para sempre. Havia,
)í portantor uÍtlã outra vida , mas só Para a alma; o corpo era
)
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I
)
)
)
) e Í.opriedade de Ahriman r seÍldo por isso abandonado em I ugares
) altos, onde as aves de rapina o vinham devorar.
) Após a morte, a alma atravessava a ponte Sinvat
) eara chegar ao outro mundo, onde era pesada em uma balança e
)
:ulgada de acordo com seus feitoE.(19)
)
) Essa religião tinha uma preocupação escatológica,
) rsto é, com o fim do mundo. De acordo com o zoroastrismor uÍt
) dra (no fim do mundo) os mortos regsuscitariam e então
) l.averia o juízo final r cofl o julgamento de todos os homens;
)
?-t bons receberiam sua recompensa e os mausr sru castigo; o
]
) -'.,izo f Ínal marcaria também a vitória decisiva de Aura-l,lazda
) =.-rbre Ahriman.
) Na Pérsia não havia nem templos nem culto, pois
) ôura-l'lazda era homenageado com fogo perpÉtuo, aceso em
) iorres nos altoE montes. Somente divindades populares como
)
iíÍtra e AnaÍta deuses estrangeiros gue conseguiram se
)
) estabelecer na Pérsia eram cultuados com sacrificios
) sangrent os
) Na medida que o próprio homem era o responsável
) pela escolha do bem e do mal, Zoroastro acabou com a crença
)
nos antigos idolos; ao meEmo tempo, mostrou gue a verdade e
t
t a pureza eram as mais perfeitas expressões do culto,
) tornando desneceBsárias, portantor às manifestações
) exteriores da crença no bem.
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)
) 46
)
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)
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I
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I Nenhuma outra rel igião do oriente ],1édio of erecia a
I seus crentes um grau tão elevado de liberdade. Atém dessa
t particularidade, o zoroastrismo diferenciava das religiões
t rr-adrcionais do Esito e da }lesopotâmia também pelo fato de
t que nessas religiões o mesmo deus poderia praticar tanto o
t Der quanto o mal. As idéias de Zoroastro foram reunidas no
I
I irvro Avesta, ou Zend-Avesta.
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Fis.9 Roda da Vida, de onde e alma renasce em
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t III.B - Hindu (?A»
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| De acordo com o Rig-Ueda, o morto era enterrado ou
L crenado. Cremação ere considerada o caminho normal Para
t conseguir um lugar definitivo no próximo mundo, Ílo sol ou
l nas c=trelas.
t Posteriormente, algumas distinções foram feitas.
t Somente o princípio espirÍtual, asu ou manas, ia Para o sol,
ü
ü ievado por âsni. De acordo com Satapatha Brahmana, haviam
ü dors caminhos para os justos, o dos Pais (pitri) e o do sol,
}
enquanto os maus eram conduzidos Para o inferno, Naraka. No
ü
Vedas, o reino de Yama era um paraÍso para o bem, mas em
}
ü Fsranas ere também um lugar Para expiagão dos pecados.
t Segundo os Upanishads, devemos distinguir entre a viagem a
l Brahna, a recompense do conhecimento perfeito, que atinge
ü ura aoradia da qual não se volta, e a viagem aos céus, onde
t após disfrutar a recompensa meretrida, a alma retorna Para
ü
ü
renascer aqui em baixo.
} Esta distinção tem grande importância no destino
L dos Budistas: de um lado transmigração (samsara) sem fim, a
ü condicão normal da existência, e de outro lado, a
r
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a III.9 - Chinesa (el)
a
,
a
a
a Toda e mitologia chinesa resulta de uma mistura de
a Taoísmo e Bud ismo. Ist o t ambém acontece em relação ao
a Inferno, porém parece haver um predomínio Budista.
a
Havia dezoi to infernos, dist ribuidos entre dez
1,
) iortes de Justica, aoE quais estavam ligados. Estas Cortes
a eram presididas pelos Shih-tien Yen-wangr os Reis das Dez
, Cortes de Justiça, (Yen vem de Yama,deus da morte indo-
)
iraniano), enguanto cada Inferno é responsável pela punição
-
Ce um determinado crime.
a,
r, O primeiro dos ReiE-Yama é o mestre supremo do
T rundo dos Infernos, assim como o chefe da primeira Corte de
a Justiça. O primeiro Rei-Yama recebe as almas dos mortos,
J) rnvestiga suas açõeE durante suas vidas passadas e, se
1,
necessário envia-os para oE outros Reis-Yama para serem
)
I, punidas. Dos outros nove, oito cuidam da punição daE almas.
, AEsin, o segundo Rei pune homens e mulhereE desonestos e
tt rédicos ignorantes, o terceiro pune maus mandarins,
I falsários e caluniadoreE, o guarto Rei Pune avaros,
r, forjadores, negociantes desoneEt os e blasfemeadores. Ao
rf
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I Etr
L, C.
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I
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,
)
)
a quinto Rei cabiam os assassinos, descrentes e luxuriosos, ao
) sexto oE sacrilegos, êo sétimo são reservados agueles gue
, violaram túmuloE e venderam ou comeram Earne humana, o
a
oitavo pune aos gue não tem piedade filial, o nono pune
,
a incêndios premeditadoE e tem anexado a Cidade daqueles que
a ilorreram em Acidentes, e finalmente, ao décimo Rei está
a confiada a Roda da Transmigração, e o cuidado para que as
a almas reencarnem nog corPos certos.
a Out ras verEões di zem gue cada Re i julga
a
--eF.aradamenra a alma e gue o Rei da Roda da Transmigração
)
a .-:*,-ide em que forma a alma, aPós ser julgada, renasce.
) Naturalmente, as torturas são muitas e variadas,
a de forma que cada cr ime t en seu c ast i go ap roPriado e
a coerente. Por exemplo, og blasfemeadores tem suas linguas
a arrancadasrElvãros e mentirosos devem beber ouro e Prata
a,
t derretidos; almas mais culpadas são iogadas em óleo fervente
AD ou cortadas em pedacos.
a Os Reis do Inferno possuem multidões de satélites
) que levan suas ordens. Estes são representados nús da
J,
cintura para cima, com dois chifres e armados com tridentes.
a
L Os Reis-Yama são ap reEentad os vest id os Como ImPeradores.,
AD assim como o âugusto Personagem de Jade e o Imperador dos
t Picos 0rientais.
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I,
)
a, Quando os registros da vida e da mort e,
a consideradoE pelo Rei-Yama, mostram que um homem atingiu o
:) fim de Eua existência terrestre, este manda dois de seue
r satélites para prender a alma do homem e trazê-la Perante as
r Cortes de Justiça.do Inferno. êstes satélites são chamados
I,
Cabeça de Boi e Face de Cavalo, Niu-tóri e Na-mien, e eles
-
I são representados com a cabeca do animal CorresPondente.
r, Eles encaminham-se para a casa do homem e de fá o retiram. E
r, aqui, surge o valor dos Deuses da Porta, Porque é geu dever
a verificar gue a ordem de prisão é autêntica e, não anteE de
a que isso seja feito, eles permitirão gue Cabeça de Boi e
:,
) Face de Cavalo entrem.
) Também dizem gue essee dois satélites não são
u enviados pelo Rei-Yama e sim Pelo Rei das Paredes-e dos
1
Fossosr 9uE tem um registro de todos oE habitantes de sua
)
I, área. E então de novo dizem, Porgue toda mitologia do
Ir Inferno é bem confuEar 9Ut as Pessoas engarregadas de trazer
) os nortos são as duas ülu-Ch'âÍI9, Sem-Duração, uma das guais
2 é branca e a outra é negra, também chamadas Kou-hun-shih-
rr
l.
b
tL pretas, um alto chapÉu ponteagudo, uma corda enrolada
pescoço e I Ínguas de fora.
no
L,
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1,
54
L
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r
ü
) seja quem for gue as venha buscar, ãs almas
!'1as
, ( que conservam sua aparência por algum tempo após deixar o
lr
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1,.
L--
)
)
)
I I'las, retornemos àsalmas dos Pecadores. Elas
t comparecem perante cada Rei-Yamar QU€ as Pune pelO crime sob
) sua jurisdição. O Povo crê gue as almas das Pessoag gue
) cometeram crimes muito grandes tenham de sofrer todas as
,
torturaE do inferno, sem distinçao. Este foi, dizem, o caso
t
l do inistro
I'1 Ch'in KuBi, e sem dúvida, dest a maneira o Povo
t elabora o ódio gue sente Por algum Personagem esPecialmente
, detestado. Após cada tortura volta à sua forma original Para
I cumprir mais out ra . Assim se el a foi cort ada em Pequenos
,
Fadacos, as peças juntam-se novamente; e se ela foi atirada
,
, a um caldeirão de ó1eo fervente, ela volta ao original,
, asEim que é tirada de Iá. Quando a alma já sofreu todas as
, puniCões devidas, ela finalmente aPresenta-se ao décimo Rei-
) yama, Qü€ decide em que forma, humana ou animal, a alma será
)
re-nascida.
I
Os budistas creem que há seis formas de
,
, rEnascimento, três das quaÍs são boas (como um deus, como um
, |,s:;ctn ou como ume asura, espécie de demônio) e três das
, quais Eão más (como no inferno ou como um demônio faminto ou
,
como um animal ) . llas o Povo acredita que nascer tromo um ser
,
humano não é necessariamente uma recomPensa, Porque uma alma
,
a de homem pode Eer condenada a nascer como mulher (menos
I honorável que um homem, nos tempos antigos), ou como um
t rnválido ou um mendigo, etc., Etlguanto gue outras vezes uma
,
alna pode renagcer como animal sem ter Pecado. Há numerosas
I
I
t
I
t 5ó
I
!I
I
D
I
u
) lendas sobre este tema. Uma delas conta gue um homem gue
) tinha emprestado dinheiro de outro, morreu antes de ter Pago
; sua divida. Depois da morte ele pediu permissão ao Rei-Yama
: para renascer como um POtro, na família do credor. Logo após
:
renascerr sru senhor vendeu-o pela Soma exata que lhe era
!
a devida. o potro morreu logo depois de ser vendido, e sua
l, alma retornou às Cortes de Justiça do Inferno Para ser
I, julgada. Uma outra lenda, conta gue um estudante que acabara
l, de passar pelos exames imPeriais, andava num templo e entrou
l,
na sala de um sacerdote budista Para descanser. Lá ele
a
dor"miu e sonhou gue t inha se t ornado um al t o d ignat ário, e
1,
u EirÍiquecido Por meio de mentiras. Ele então sonhou gue tinha
) morrido, e gue tinha sido condenado a beber uma quantidade
) de ouro fundido equivalente ao que ele tinha ganho
JÜ
injustamente. Depois, ele sonhou gue tinha re-nascido numa
JÜ
famÍlia de mendigoE, como uma menina, QU€ quando Cresgeu foi
r
vendida, para ser uma concubina. Ele não acordou senão aPós
-
) ter sonhado gue morrera uma segunda vez. comPreendendo então
) a transitoriedade das honras dêste mundo, ele se ret irou
r, para as nontanhas Para Procurar o Caminho'
)
As almas re-encarnadas num animal não Perdem seuÉ
1)
a, sentimentos humanos. Se nasgida Como uÍl galo ou um PorCO, a
I alma sentirá com sensi.bilidade humana todo sofrimento do
rl} anÍnal, quando sua garganta for cortada, e até sofrerá trom
It cada corte de faca. l.las ela não Pode exPrimir sua angúEtia
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)
I el palavras, das guais eIa perdeu o dominio, graças ao
I El:.xir do Esguecimento, l'1ihun-t 'ang. Este eI ixir é composto
t or Lady l.leng r eup vive numa casa const ruída I ogo ant es da
tr
I
)
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I que tinha subido, com seus olhos fechados, a roda girava sob
I seus pés e parecia gue estava caindo; a alma sentia frio por
t todo corpo e abrindo oE olhos via que já tinha o corpo de
ü utra crianCa".
ü Outro conto traduzido pelo Padre l.lieger, menciona
ü
a outro caso: "Tudo era confusão. Seu corpo ere sacudido pelo
a vento. Subitamente guando trruzava uma ponte vermelha, caiu
ü num lago de dez mil jardas de profundidade. Ele não sentia
a ctor, mas seu corpo ficava estreito e pegueno e não era mais
ü
o mesmo. Quando el e parou de cair, seus olhos estavam
ü
s:chados, não gueriam abrir e em seus ouvidos ele ouvia o
t
a euÊ parecia ser som de vozeE de seu pai e de sua mãe.
a Parecia que ele era obieto de um sonho". Neste cago, como no
a caso anterior,- a alma é renascida no corpo de uma criança;
ü
ras naturalmente a impressão é bem diferente e, muito mais
a
desagrádavel Ee Eeu corpo é o de um animal.
I
, O inferno é um mundo independente, com Euas
a próprias cidades e campos. A principal cidade é Feng-tu, na
, qual entram as almas dos mortos através de um Portão,
, chanado de Porta dos Denônios, Kuei-men-kuan. A cidade tem
a
oE palácios dos Reis-Yama, aE Cortes de Justiça, os lugares
a
, óas torturag, assim como as residências dos funcionáriosr oS
t satélites infernais, e es almas esPerando pelo renascimento.
I No lado oposto ao da Porta dos Demônios, a cidade termina
ü nur rio chamado Rio How Nai-ho, transPosto Por três pontes.
I
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t) i,ra é de ouro, para og deuses; umã é de prata, para as almas
oos honens virtuososi a última é para as almas sem méritos e
] rs criainosas. Esta ponte tem várias léguas de comprimento,
I t. s t eo sóment e t rês I an ces e nenh um parapeito. AlmaE
I Erlrinosas ao tentar cruzar a ponte, inevitavelmente caem
L
nas águas gue correm embaixo. Então, elas são atacadas por
)
I serpentes de bronze e cães de ferro gue as mordem e as
t d est roçan .
)
)
b
I
)
)
)
) conseguissem alguém para substituÍ-las. Assim, a alma de um
) enforcado deve trazer a alma de outro enforcado, e assim por
) diante. Para permitir gue elas achem um substituto, estas
, almas podem, após três anos de inferno, retornar livremente
D
à terra, âo lugar onde deixaram seus corpos mortais. Lá elas
,
fazem todo o possivel pare conseguir gue homensr pãssãndo
)
t por perto, morram do meEmo jeito. Por esta razãor oS
t chineses evitam cuidadosamente lugares onde tenha havido um
, assassinao, um suicjdio, ou um acidente causador de morte,
I por medo de Eerem usados pela alma do morto.
t Como vimos, quando as almas dos justos não são
I
, devolvidas imediatamente para uma nova vida Pelo décimo Rei-
a Yama, €las vão, ou para a montanha K'un-lun, o habitat doE
a Imortais, ou pare Amitabha Buddha, na Terra da Extrema
)
Felicidade, ho Ocidente.
,
A Hontanha K'un-lun tem muita semelhança com o
,
, üiimpo dos gregos, mas enquanto estes situavam a habitacão
, J; seus deuses numa montanha em seu próprio paÍsr oe
, chineses a colocavam numa montanha fabulosa longe de sua
) terra, tro centro da Terra.
,
O governante desta região não é senão Lady Oueen
)
, do Ocidente, a Rainha Mãe Urang, esPosa de Augusto Personagem
t de Jade. O palácio é construído no topo da montanha, tem
t nove andares e é feito de jade. Em redor, há magnÍficos
t jardins nos quais crescem a Ílrvore da Imortatidade. Os
t
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)
I
) irort ais lá vivemr hurnir sequência sem f im de divert imentos e
) oanquetes. 0s únicos seres humanos gue estão Iá, são agueles
) que por suas virtudeE foram recompensados com a permissão
) para comer os maravilhos frutos da Árvore da Imortalidade.
)
Os outros homens justos admitidos às feIÍcidades
)
) da vida eterna, vão para a Terra da Extrema Felicidade, rrGl
) 0cidente. Esta terra gue fica no extremo ocidente deste
) universo, é separada de nós por uma infinidade de mundos
)
':umo o nosso. É um lugar de todos os deleites, f echado em
)
todos oE lados e embelezado por sete filas de terracosr coln
)
, sete filas de árvores, cujos ramos são formados de pedras
) preciosasr quE ressoam musicalmente quando o vento ag toca.
) Podem ser achados lagos florescentes de lótus, com um solo
) de areia de ouro e margeng cobertas com sete pedras
)
)
pi'ec iosas. Pássaros com p lumagem mul t icolorida e vozes
) oivinas louvam com suas canções as cinco Virtudes e as
) excelentes Doutrinas. Chuveiros de flores Eaem sobre o solo.
) !'.iaste Eden os just os passam uma vida que é piedosanent e
) ordenada: toda manhã, ào alvorecer eles vão oferecer flores
)
t odos os Budas de out ros Írrundos, e ret ornam a seu mundo
)
para as refeições. Tudo gue ouvem a canção dos pássaros,
)
) a música do vento nas árvores de pedras preciosas faz
) pensar em Budar hã Lei, na comunidade. Suas perigosas
) transmigracões estão encerradas.
)
)
)
)
)
) 6e
)
)
)
I
t,
,
)
a Felizes são agueles gue em vida fervorosamente
t visitaram Amitabha. Na hora da morte seus coracões não serão
t perturbados, porgue o próprio Buda aParecerá. Ele receberá
It
suas almas e as colocará nos tótus dos lagos, onde elas
t permanecerão até o dia em gue, limpas de todas as imPurezas,
t
t escaparão da flor, aberta, e irão conviver com os justos gue
t habitam a Terra da Extrema Felicidade, lro Ocidente.
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)
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)
)
Fig. lt - Emma-hoo,
in fernos .
64
ff
)
I
)
) III .LO - Japonesa (??»
)
)
)
)
) A mitologia japonesa divide o Kami em deuses do
) céu, Ama-Tsu-Kami, e deuseE da terra,(uni-Tsu-Kami, sendo os
)
últimos mais numerosos e viventes nag ilhas do Japão. Essas
)
divindades podem ir da terra para o céu e vice-versa.0 céu,
)
) chamado Ama, é atravessado por um rio celestial, Ama ou
) Gawa, 9ü€ tem um leito amplo, coberto Por seixos.
) No início céu e terra estavam unidos por uma ponte
) gue permitia aoE deuseE irem e voltarem. Um dia, quando os
)
deuseE dormiam, a ponte ou o caminho das estrelas caiu
)
) úentro do mar. Ela formou um Ístmo a oeste de Kyoto, que é
)
)
)
t
p
p
l
ü
t são construidos neste reÍno subterrâneo; são as c asas dos
ü demônios masculinos e femininos.
tl A idéia de recompensa e punição após a mort e só
ü
ven com o budismo.
t O inferno, Figoku, é subterrâneo. É feito de oito
I
ü regiões de fogo e oito de gelo. Há infernos subsidiários. O
ü chefe deste mundo é Emma-hoo (Yama-Raja) que é também o
I supremo juiz do inferno. Tem sobre Buas ordens dezoito
ü
generais e oitenta mi1 homens. Ele tem uma expressão feroz.
t Emma-hoo julsa sónente or homenE, àB mulheres ele
I
t deixa para sua irmã julgar. 0 pecador é trazido à sua
ü presença, ladeado pelas cabeças decapitadas de l'liru-me e
ü Kagu-hana, de quem nada se pode esconder. Todos os pecados
ü passados são refletidos nos olhos do pecador por um espelho.
I Seus pecados são pesados e então Emma-hoo julga. 0 pecador
I
t ficará em tal ou qual região do Inferno, de acordo com a
I gravidade de EeuE pecados, a menos gue sua alma seja salva
t pela oração dos vivos. Neste caso, um bodhisattva resgata-o
I das torturas, e o pecador renasce na terra ou no Paraíso.
t Oni (demônios) são dividos em Oni do Inferno e Oni
ü
T da Terra. Os prime i.roE têm corpo vermelho ou verde, com
t cabeca de boi ou cavalo. Sua ocupacão consiste em cassar os
t pecadores e levá-los em uma carroca de fogo para Emma-hoo.
t
ü
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I
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Fig . t? Jacob vê a túnica de Josçi, manchada coÍn
I
t sangue de cabrito.
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ü
Ia
ü
I
I III.11 - Judaica (e3)
t
a
t
a Vida é um dia entre duas noites. A noite do "ainda
t não", antes do nascimento e a noite do "não mais" após a
t morte. O judaísmo é uma fé gue permeia toda a vida, e a
t morte faz parte da vida.
t Os cuidados iniciais o falecido são governados
t com
,
â graca e a bondade hão-de acompanhar-me todoE os
)
dias de minha vida.
t
I A minha morada será a casa do Senhor ao longo dos
, dias.
) (sl e3)
f
t
f
)
)
) 7A
I
)
)
)
p
b O comportamento pessoal na Eala do falecido deve
) ser consoante com o maior respeito. Não deve haver comida,
) bebida ou fumo em sua presenca. Fora da sala sim. Nenhuma
)
observação desabonadora sobre o falecido deve ser feita,
)
I resaro que seja objetivamente verdadeira. Conversas na sala
) devem restringir-se sómente eo falecido, às suas qualidades
t pessoaiÉ, e ao funeral. O rabino deve ser chamado. Ele
) notificará a Chevra Kadisha (Sociedade funerária) gue
l tratará das providânciaE. Do momento do falecimento até o
,
t enterro, o falecido não deve ser deixado sózinho.
) O judaísmo desenvolveu cinco perÍodoE graduados em
) que o enlutado pode exprimir sua tristeza e relaxar com
) regularidade calculada as tensões Eriadas pgla perda.
) primeiro período é entre a morte e o enterro, lto
O
)
gual o desespero é mais intenso. Aqui, não sómente as
)
) amenidades sociais, maiE também maiores reguisitos
) religiosos são cancelados, êít reconhecimento do estado de
) espírito perturbado.
) O segundo estágio consiste dos t rês d ias seguint es
)
ao enterro, QUt são devotados a chorar e lamentar. O
)
en I u t ado não d eve n em re sPon der a cump rime nt os , e de ve
)
) Permanecer em casa.
)
)
)
)
)
)
) 7L
)
)
)
)
)
) O terceiro é o periodo de "shiva", os sete dias
) seguintes ao enterro. O enlutado emerge de um estado de dor
) intensa para um novo estado em que ele está preparado para
,
falar da perda e pare aceitar conforto de amigos.
)
O quarto é o estásio de "sheloshim", de trinta
)
) dias do enterro.0 enlutado é encorajado a sair de casa
) depois do "shiva" e a lentamente retornar à sociedade-
I O quinto e último estásio é de doze meses, durante
)
os quais as coisa s vol t am ao norma I A busc a de
)
)
divertimentos É refreada. âpós este perÍodo, tradição
) reprova gue um homem persista enlutado.
) O homem tem mantido inabalável +é num mundo além
) da sepultura. A convicção de uma vida após a norte, não
)
comprovada mas inabalável, tem sido alimentada desde o
)
) começo da vida do homem pensante na Terra. Ela aparece na
)
) /C
'.f.l-
)
)
)
)
:3 caloroso sol da eternidade. O pós-vida é uma teoria Para
se!- provada Iógicamente ou demonstrada Por análise racÍonal.
, E axionático. É para a alma o que o oxigênio é para os
,
aul oões. Há pouco significado na vida, til Deus, nas
I
! constantes lutas do homemr lrâE guas realizações, a menos que
) haJa um mundo após a morte.
) A BÍblia, tão vitalmente lisada às ações do homem
i neste mundo, ajuizando sobre as questões morais do dia-a-
,
dia, é relat ivamente silenciosa sobre o "mundo-Por-vir". l'las
,
precisamente este siIêncio é um tributo ao imenso conceito
I
, que se toma por garantido, como a Presença do oxigênio na
, atmosfera. Não são necessárias aPologias elaboradas nem
) abstrações compl exas. A Bíb I ia, que regiEtra o di álogo
,
sagrado entre Deus e o homem, certamente deve basear-se na
t
, existência da alma imortal.
] Se a alma é imortal então a morte não pode ser um
) ato final. Se a vida da alma deve continuar, então a morte
l embora amarga perde o seu tremendo poder de atirar enlutados
)
em uma vida de desesperanca, egonizante Por uma perda
l
) irreparável. TerrÍvel como é, a morte é o limiar de uma nova
, vida, o "mundo-Por-vir".
I O conceito de pós-vida é fundamental na religião
, judaica; é um art igo de fé. l'laimonides considera-o uma das
I t reze verdades básicas.
,
t
f
)
t
) /J
I
)
)
]
r
) Fil ósofos, como Hasdai CreEcas no século XIV,
) rudaram a formutação das verdades básicas mas ainda
) conservaram a imortalidade como o princípio fundamental.
)
Srmon Ben Zemah Duran no século XV reduziu os fundamentos a
)
três, mas a ressurreição neles estava incluida.
)
) A despeito da unanimidade hiEtórica, da opinião
) culta sobre este credo fundamental, os det al hes prát icos da
) imortalidade são ambiguos e va9os. O véu nunca foi
)
penetrado, e apenas estruturas imprecisas podem ser
)
discernidas. A beleza do conceito de imortalidade e o seu
)
) enorme significado rel igioso não iazem em detalhes.
) |'laimonides nega que o homem possa ter uma visão clara do
) pós-vida, e compara o homem na Terra a um cego gue não pode
)
a apreciar cores. Homens de carne e osso não podem
aP ren d er
)
)
ter qualquer conceito preciso do ambiente espiritual puro do
) mundo do além.
) O corpo retorna à terra, pó para pó, mas a alma
)
retorna ao Deus que a criou. Esta doutrina é afirmada não só
)
pelo judaismo e por outras religiões, mas também por muitos
)
filósofos. O Judaismo contudo também acredita numa eventual
)
)
ressurreição do corpo, 9üp se reuniria à alma nutra época
) posteriorr ouor "grande e extraordinário dia do Senhor". A
) forma humana dos homens justos de todaE as épocas,
)
enterrados e há muito decompostos, ressurgirá pela vontade
)
de Deus. A descrição mais dramática desta ressurreicão
)
)
)
)
74
)
)
)
)
r
)
) corporal encontra-se na pro+ecia do "Vale dos Ossos Secos"
) er Ezequiel 37.
) A +é em uma ressurreição do corpo à Primeira vista
)
É.arece incríveI pera a mente contemporânea. I'las quando
)
abordada do pont o de vista de DeuE r PoF gue seria o
)
) renascimento mais miraculoso que o nascimento?
i Esta é uma razão suplementar Para gue o corPo e
) todos os seus membros sejam enterrados no solo e não
)
cremadosr poFeut no primeiro caso exPrime-se a fé na futura
)
ressurreição. Naturalmente Deus todo Poderoso pode recriar o
)
, corpo em qualquer caso, mas, cremacão intencional significa
) uma arrogante negativa da Possibilidade de ressurreição.
) O homem não obt ém sua út t ima redencão, e
)
ressurreição em virtude de sua própria natureza. Não é
I porgue ele tem uma alma imortal gue eIe, inevitavelmente,
,
) será ressurreito. É preciso não subestimar a dependência do
a homem em Deusr euP "acorda os mortos Por grande
) misericórdia", e gue oE recomPensa Por seus méritos,
) provados atravéz de uma vida justa.
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I III .L? - Cristã (e4)
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I
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I A morte é a separacão da alma e do corpo. Raras
t vezes se pode determinar o instante exato em gue isso
I ocorreu. O coracão pode cesgar de bater, a respiração parar,
I mas a alma pode ainda estar presente. Isto permite que a
t
tl Igreja autorize o seus sacerdotes a dar a Absolvição e a
Uncão dos Enfermos condicionais até duas horas depois da
'l
I morte aparente, para o caso de a alma ainda estar presente.
I No entanto, uma vez gue o sangue começa a coagular -e aparece
I
I o "rigor mortis", sabemos com certeza gue a alma deixou o
I corPo.
D A Ext rema-Unc ão r Gru Unç ão dos Enfermos, é um
I sacramento instituído para aIívio espiritual e mesmo
t tenporal dos fiéis gue correm risco de morte por doença ou
t velhice.
t
t No exato momento em gue e alma abandona o corpo, é
)
I
r)
) O Juízo Particular acontece onde morremos. Depois
) desta vida, não há "espaço" ou "lugar". A alma não tem gue
) "ir" a nenhum lugar para ser julgada. Os teólogos
t conjecturam que provavelmente o gue ocorre é gue a alma se
I vê como Deus a vê, em estado de graca ou em pecador com o
t amor a Deus ou rejeitando-Ot pt consequentemente, sabe qual
I
I será o seu destino segundo a infinita iustiça divina. Este
I dest ino é irrevogável
.
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,
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confirmada publicamente. Todos os pecados e virtudes serão
i
-
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c3iírr.ada publicamente. Todos os pecadoE e virtudes serão
b exrostos diante de todos.
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ru - o ARoUETÍPrco NAs r.rrToLoGrAS IIA
} moRTE
)
)
)
l Após um mergulho nestas imagens
mitolósicas pude
) observar gue os rituais funerários
l são realizados devido a
trêE diferentes intençõeE: por medor pãFã protecão
t para si e
para auxíIio à alma do falecido.
)
, observei também cinco idéias comuns
à maioria dos
) mitos' Agrupei-as no esguema do Apêndice,
sob os titulos:
) l'lanipulação do corpo; chegada do
er ement o de transição;
)
Travessia; Julgamento; Destino da alma.
)
8Í
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p
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E:
r, consciência. (e6)
r, Se morte é a extinção da consciência, que
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de energia para ser usada na separação da história Pessoal
de um homem, do mito Por ele vivido.
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)
) Só depois de garant ir as possÍveis neceEsidades do
) corpo e da al ma, Pode-st ent ao ent regar o corPo Para a sua
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)
)
l
l Esta unidade (ego-sombra-arguétipo) parte então
, para uma travessia, a ultrapassagem da fronteira consciente-
) lnconsciente. É neste caminho que o complexo vai se
a "despindo" dos elementos pessoais e depurando-se o
I arquétipo. Os assÍrio-babilônios acreditavam ter que entrar
I
i por sete portõeE, deixando em cada um algo de sua
, vest imenta. Para oE chineses passa-se pel a "Porta dos
, Demônios" e durante quarenta e nove dias a alma ainda pode
,
voltar, caso tenha havido erro. Outra Ienda gue corrobora
)
esta interpretacão é a de que o barqueiro Charon só aceitava
L
a a bordo as almas gue tivessem recebido os devidos ritos
) funerários. Os que não tivessem sido enterrados, ficariam
a vagando cem anos, indo e vindo na praia até sumirem (31). Se
I entendermos gue o corpo representa consciência, então a alma
I ou o arquétipo só pode pasear para o outro mundo (ou pare o
)
) inconsciente) se o primeiro tiver sido deixado.
) Em diversos mitos o "outro mundo" ou o "mundo dos
, mortos" é guardado por um animal ou um monstro, gue cuida
) para gue ninguém vivo entre lá. Este animal com muita
I frequência é um cão, ou tem a cabeça de cão ou de chacal.
)
, Jung, discutindo a presenGa do cão no momento da morte, o
a aproxima do abutre, e o5 considera ajudantes da decomposicão
) e composição ou recriaç ão. O cão rep resent aria a
, possibil idade de vida após a morte. (3?) Então ele ao
, garantir a diferenGa entre vivos e mortos, dá a esperança da
,
I
)
)
, B5
l
l
)
I
I
)
Jung discutindo a idéia do deus morto diz: "...o
) fator pEicológico gue, dentro do homemr possui um poder
) supremor â98 como "Deus"r porguê é sempre ao valor psíquico
)
avassalador que se dá o nome de Deus. Logo gue um deus deixa
)
de ser um fator avassalador converte-se num simples nome.
)
)
)
)
8ó
)
)
I
t
)
) Nele o essencial morreur o seu poder dissipou-se. Por que 05
) deuses do Otimpo perderam seu prestísio e inftuência sobre a
) alma humana? Porque cumPriram sua tarefa e Porgue um novo
) nistério se iniciava: o DeuE que se fez homem".(33)
)
É para expressão deste valor psÍquico avassalador
)
) que uma consciência se formou, 5ê exerceu e morreu. E é este
) mesmo valor gue deve dizer o resultado desta existência:
) este valor continua ou não como um "Deus"? o essencial vive
)
e ainda precisa ser exPresso? desta forma? deve agora ser
)
expresso de outra maneira? esta consciência fracassou em
)
) atualizar o mito que lhe cabia?
) Para ilustrar esta idéia, gostaria de mentrionar
) uma vivência clÍnica. Trata-se da elaboração de um suicídio
) que despertara muita raiva e, lósico, muito conEtrangimento.
)
Ao trabalhar este sentimento, Percebeu-se a traição feita à
)
) humanidade. Ao agir onipotentemente, o suicida ignorara sua
) funCão trotf,o elo de uma corrente enormer QUP é a humanidade.
) Aqui, minha cliente ultraPassou a barreira da elaboração de
) uma perda no âmbito pessoal e faniliar, conseguindo inserÍ-
)
la em um contexto ainda mais amPlo, o da humanidade. A
)
)
mitologia nos convida, nesta etaPa da elaboração, a também
) dar este passo. É mister buscar um Sentido essencial Pera o
) morrer.
)
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)
)
)
)
) 11 t?
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! resultado deste julgamento definirá de gue forma
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) v- coNcLusÃo
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t A morte é a volta à matriz. Se viemos do pó, ao pó
D vol t aremos; saÍmos do vent re da grande mãe, e a ela
,
retornaremos, a consciência emana do inconsciente e a ele
t
D regressa. Em toda volta à origem, deixa de existir um
I diferencial e tressa de existir fluxo; o não fluir é morte.
! Ouem morre é o filho, a matriz sempre permanece. A grande
I mãe, a alma, o deus, o inconsciente, permanecem como antes.
I A morte é arguetÍpica mas quem a experimenta é o ego.-
I
I os mitos oferecem ao ego um caminho Eeguro de
D contato com o inconsciente. ouando uma consciência mergulha
I no out ro mundo, at inge a mat riz e ent ão se enri quece com
I energia dos arquÉtipos, rrtornando potente para enfrentar a
)
arguet ípica vivência da morte. Mas como se sabe está
l ameacado de morte . Se por outro lado, oão enfrenta est e
l
T desafio, hão confronta a morte e precisa escondê-la, negá-
T la. Tem-se uma Eonsciência não transformada pela vivência. é
l um ego desconectado do "self", rompido com a matriz e com a
I possibilidade de vida. Esta consciência portanto está
I Paralisada, o gue significa morte. O e9ol está sempre
)
]
)
)
) 89
)
)
)
)
T
T
)
, buscando a estagnação, a permanência das coisas como estão.
) Luta inglória, porque a vida é movimento, e se parar está
! tudo morto. Portanto, diante de uma morte, faz-se mister
) morrer.
)
Nest as cond içõBS, o en I ut ado deverá percorrer de
,
) fat o os c inco est ág i os ana I isados no capítuIo anterior.pela
) imp ort ânc ia c I ín ica des t a conclusãorpâsso a comentá-los
, sep arad amen t e .
)
No inÍcio,
o conflito entre a entrega à evolução
)
(volta a matriz) e a resistÊncia à mudança (permanece como
)
) ant es ) está centrado no corpo (l.lanipulaçào do Corpo). Certa
)
dava a impressão de que nada havia mudado". É um balançar
)
lento entre " há pouco, tudo era igual" e "já não é mais... A
)
) consciência precisa de tempo para assimilar a transformação.
) Ao mesmo tempo gue se lava o corpor hutn sentido purificador,
I preparatório para a passagem, também se guer agasalhar,
)
vestir e fazer tudo tal como o falecido gostaria.
)
)
É através deste ir e voltar, gue vamos nos
)
despojando dos valores egóicos, trocando-os por valores mais
) profundos e mais espirituais. À medida gue se esgotam as
) possibilidades de manipulação do corpo, forçosamente passa-
)
se a ponderações mais amplas (Transição). Inicia-se uma
)
visão mais inteira da vida da pessoa. Tecem-se considerações
)
I
?0
)
)
I
!
)
t sobre oÉ feitos, sobre seus tracos marcantes e Permanentes.
t Começa-se a buscar em gue medida aquele homem marcou as
, vidas que o cirdundaram. Passa-se da visão momentânea da
)
morte para a inserEão desta na história da Pessoa e do seu
D
meio.0 passar das horas, a dor lancinante que volta
,
) repent inament e a seguir se amen i za, e emoção revivida a
I
6» Brandão, J.de S. "t'litologia Grega" Petrópolis Ed
I Uozes, L98,6, vol. 1,págs. 35 e36.
t 7' JuD9, C. G. "The Structure of the Psyche". C.l,l .,
I U.S.â. I Princ eton University Press, 1985, vol. B
Pá9 . 15e .
,
( 8) JuÍlg, C. G. 'r Psicologia e Religião" Obras Completas.
I Pet rópol is . Ed Vozes, L?78, vol. tl parte L, págs IO
I e 11.
, ( I ) Brandão, de S. "J'litologia Grega" Op cit c I págs 3?
t e 40.
I (10) Ariàs, P " O Homem Diant e da I'lort e " . Rio de Jane iro .
h
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