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ÍNDICE
INTRODUÇÃO
I. A Pré-Existência
II. As Teofanias
III. A Concepção Sobrenatural
IV. A Encarnação
V. A Divindade
VI. O Esvaziamento
INTRODUÇÃO
Cristologia (do Grego Christhos", ungido e "Logia", estudo). É o estudo racional e sistemático que tem
como objeto a vida e obra de Jesus Cristo.
É um dos principais capítulos da teologia, porque estuda aquilo que é próprio no cristianismo, Jesus Cristo,
e porque a Cristologia está intimamente relacionada com a doutrina da salvação.
A história da raça, desde sua concepção, tem sido a história da preparação para a vinda de Cristo. O Antigo
Testamento prediz essa vinda através de tipos, símbolos e profecias. A história de Seu povo, Israel, é uma
história de expectativa, de anseio e de preparação.
O estudo da pessoa de Cristo ganha a maior importância por causa da relação direta que Ele mantém com
o Cristianismo. Pode- se ter o confucionismo sem o Confúcio: o budismo sem Buda, o maometismo sem
Maomé, o mormonismo sem Joseph Smith: a chamada Ciência Cristã sem Mary Baker Eddy, o raiar do
milênio sem Russel, mas é impossível haver o cristianismo sem Cristo, pois, literalmente falando, o
cristianismo é CRISTO e CRISTO é o cristianismo. Não se trata, primeiramente de uma religião, antes, é um
modo de vida, e essa vida é a vida de Jesus posta em ação nos homens. “Cristo em vós, a esperança da
glória”.
Na estrada de Emaús, Cristo começou com Moisés e percorreu todos os Profetas, explicando aos seus
discípulos o que dEle se achava dito em todas as Escrituras.
I - A PRÉ-EXISTÊNCIA
Não devemos limitar Jesus ao tempo e à história, ele é pré-existente. Essa doutrina é clara nas escrituras
“Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele”. (Colossenses 1:17)
O próprio Jesus fala de sua glória e relacionamento que Ele mantinha com o Pai “mesmo antes da fundação
do mundo” (Jo 17.5; 17.24). Por isso, antes mesmo de estudar sobre a divindade de Cristo, veremos um
de seus atributos: sua pré-existência, ou existência anterior ao nascimento físico. Isto definitivamente
coloca Jesus numa posição distinta do que as religiões ensinam acerca dele.
Alguns dizem que ele é um espírito iluminado, que ele é um Deus menor, mas a verdade é que Ele é o
Deus pré-existente, Ele é Eterno.
II - AS TEOFANIAS
Estudamos em Teologia que o que é espírito é capaz de manifestar-se em forma visível.
Teofania é uma palavra de definição teológica que significa: “manifestação/aparição de Deus”. No Velho
Testamento temos algumas revelações de Deus aos homens, das quais podemos ressaltar:
▪ Estas manifestações são limitadas – 1 Jo 4.12
▪ Uma aparente contradição (“eu ví o Senhor”) – Is 6:1
▪ Ninguém pode ver Deus em sua plenitude e viver – Êx 33.20
1) O ANJO DO SENHOR
- Há uma clara distinção entre menções de “o” Anjo do Senhor (artigo definido) e “um” anjo do Senhor
(artigo indefinido).
- Quando a Bíblia usa o artigo definido, não se refere a um anjo qualquer, e sim a uma “teofania”
(manifestação ou aparição limitada de Deus).
- Ele é relacionado com o próprio Deus:
• Gn 18.1,2,13,17,22 e 33
• Gn 22.10-12 e 15-18
• Gn 32.28-30
• Gn 48.15,16
• Êx 3.2-6
• Js 5.13-15 e 6.2
- O nome do Senhor está nele – Êx 23.20,22
- O poder de perdoar/reter pecados é atribuído a Ele – Êx 23.20,22
- Na verdade toda manifestação de Deus (teofania) pertence ao Senhor Jesus, pois é Ele quem revela o
Pai!
2) JESUS, A REVELAÇÃO DE DEUS
- O nome Emanuel – Is 7.14; Mt 1.22,23
- O Deus encarnado – Jo 1.1-3,14
- Acredita-se que as teofanias do Antigo Testamento eram manifestações do próprio Senhor Jesus Cristo,
uma vez que é Ele quem revela o Pai – Jo 14.4-9; Cl 1.15; Hb 1.3
IV - A ENCARNAÇÃO
E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio
de graça e de verdade. (João 1:14).
Ao nascer Cristo se submeteu às condições da vida humana e do corpo humano, Ele se tornou
descendente da humanidade por meio do nascimento humano.
Há algo poderoso por trás da encarnação de Cristo que nossa mente ainda não compreende totalmente.
Os espíritos malignos não confessam que Ele veio em carne – 1 Jo 4.1,2
As seitas o reconhecem como um espírito iluminado ou reencarnado, mas é sua divindade em carne que
faz toda a diferença na redenção!
1) A SUBSTITUIÇÃO
Esse termo não está na Bíblia, mas o princípio da substituição é Bíblico, Cristo tomou o lugar dos ofensores.
- Textos que falam de substituição:
• A profecia de Isaías – Is 53.4-6,11
• A profecia de Caifás – Jo 11.49-52
• A troca da Cruz – 2 Co 5.21; Gl 3.13,14
• Jesus se deu por nós – Tt 2.14
• Cristo provou a morte por todo homem – Hb 2.9
- Só um homem sem pecado seria o substituto perfeito – “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado
por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Co 5.21)
• o nascimento virginal – Mt 1.18
• vitória sobre as tentações – Mt 4.1-11; Lc 4.1-13
• Jesus nunca pecou – Hb 4.15
V - A DIVINDADE
Da realidade de Sua divindade dependem as demais realidades do cristianismo, e isso por toda eternidade.
Negar a divindade de Cristo é refutar todo o Evangelho e a e eficácia da obra redentora. É negar o próprio
Deus!
Se Cristo não é Deus, então ele jamais poderia ter tomado o lugar dos pecadores, a fim de fazer expiação
por seus pecados.
Já vimos na aula sobre pré-existência a comprovação da divindade de Cristo. Vejamos agora outros
argumentos que sustentam isto:
3) IGUALDADE NA TRINDADE
- Com o Pai – Jo 10.30 e Jo 14.23
- Com o Pai e o Espírito Santo – Mt 28.19; 2 Co 13.13
- Seu nome representa a Trindade na Terra:
• Batismo: Mt 28.19 x At 2.38; At 8.12; At 10.47-48; At 19.5
• Libertação: Mc 16.17 x Lc 11.20
4) ADORAÇÃO
Adoração como a que Cristo recebeu é exclusivamente prestada somente à Divindade. Portanto, ao
receber esse culto, Cristo reconheceu Seu Direito como Deus
- Deus não divide glória com ninguém – Is 42.8; Lc 4.8; Ap 19.10
- No entanto, Jesus é adorado desde o nascimento:
• por anjos – Lc 2.13,14
• por homens – Mt 2.11
- Nome diante do qual os joelhos se dobram – Fl 2.8-11
- Adoração no céu – Ap 5.8-14
- Adoração na terra – Mt 15.25 e 28.9,17; Mc 14.3-7; Lc 17.16
- Reverência e reconhecimento até dos demônios – Mc 5.6
As Escrituras registram alguns exemplos de homens que estimularam e aceitaram adoração devida
somente a Deus, e o súbito castigo que lhes sobreveio. Nabucodonosor (Dn 5)
Jesus Cristo, sem qualquer hesitação, aceitou adoração e pareceu encorajá-lo. A vontade revelada de
Deus é que Cristo seja adorado.
Hb 1.6 “E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o
adorem.
Fp 2.9-11 9 Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o
nome; 10 Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e
debaixo da terra, 11 E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.
VI - O ESVAZIAMENTO
2) UM ESVAZIAMENTO TEMPORÁRIO
- Isto não significa que Jesus “perdeu” tais atributos:
• Ele podia pegar de volta tudo de que abriu mão – Jo 10.17,18
• A sua tentação de agir como Deus não seria real se isto não estivesse ao seu alcance – Lc 4.3
- O esvaziamento foi temporário, não permanente.
• assuntos que Jesus “não sabia” como homem – Mt 24.36
• a plenitude da divindade habita n'Ele – Cl 2.9
- A humanidade ainda permanece n'Ele, mesmo com a plenitude da divindade – 1 Tm 2.5