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Doutrina de Jesus Cristo

Apostila 2

ÍNDICE

VII. Duas Naturezas – Divina e Humana


VIII. A Humanidade
IX. A Vida Terrena
X. A Morte
XI. A Ressureição
XII. A Glorificação

VII - JESUS CRISTO POSSUÍA DUAS NATUREZAS - A DIVINA E A HUMANA


A união da Divindade com humanidade era essencial à constituição da Pessoa de Cristo. Segue-se,
portanto, que o Cristo é o Deus/Homem. A Divindade e a humanidade se acham unidas nEle, ainda que
não estejam misturadas. Sua humanidade não é deificada, nem Sua Divindade é humanizada. Isso é
claramente impossível A Divindade não pode tomar em sua essência qualquer coisa finita, e o humano é
finito. A humanidade não pode ser absorvida na divindade a ponto de passar a fazer parte desta. As duas
naturezas em uma só Pessoa é verdade, e sempre há de ser verdadeiro acerca do Messias. Temos que
confessar que se trata de mistério, não é por causa disso, porém, que a doutrina deve ser rejeitada.

Contraste entre a Dupla Natureza de Cristo


Como Homem Jesus Cristo sentiu fome (Mt Como Deus Jesus é o Pão da Vida (Jo 6.48)
21.18)
Come Homem Jesus Cristo sentiu sede (Jo 19.28) Como Deus Jesus é a Água da Vida (Jo 4.13-14)

Como Homens Jesus Cristo sentia sono (Mt 824) Como Deus Jesus é o Guarda de Israel que não
dormita nem dorme (Sl 121 4-5)

Como Homem Jesus Cristo se cansava (Jo 4.6) Como Deus Jesus prometeu aliviar os cansados
(Mt 11.28)
Como Homem Jesus Cristo foi tentado em tudo Como Deus Jesus não pode ser tentado pelo mal
(Mt. 4.1-11 e Hb 2.14-18) (Tg 1.13)

Como Homem Jesus Cristo morreu (1 Co. 153) Como Deus Jesus é a ressurreição e a Vida (Jo
11.25)
VIII - A HUMANIDADE
Mediante Sua encarnação, Jesus Cristo entrou na posse de uma natureza física, real e humana, que
consiste de espirito, alma e corpo, o que lhe proporciona autêntica humanidade.
Por isso, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, Mas corpo me preparaste; Hebreus 10:5
Jesus Cristo era o Filho do homem, conforme Ele mesmo se proclamou. Nessa qualidade. Ele é o
representante de toda a humanidade, na qualidade de último, Ele é único e perfeito cabeça de raça.
- Ainda que não tenha deixado a Sua essência divina, Jesus viveu 100% como homem aqui na Terra.

1) CARACTERÍSTICAS DA HUMANIDADE
- Jesus sabia o que era ser homem – Jo 2.24,25; Hb 4.15
- Cresceu em tudo – Lc 2.52
- Teve fome – Mt 4.2
- Teve sede – Jo 19.28
- Teve cansaço – Jo 4.6
- Chorou – Jo 11.35
- Foi tentado – Lc 4.13

2) SENTIMENTOS DE JESUS
- Cristo, como homem, teve sentimentos:
• de alegria (regozijou-se) – Lc 10.21
• de comoção (compadeceu-se) – Mc 6.34
• de tristeza (chorou) – Lc 19.41
• de indignação (irou-se) – Mc 11.15,16; Jo 2.14-17

3) JESUS TINHA IMPECABILIDADE?


- A natureza de Jesus não era corrompida, logo:
• Assim como Adão, mesmo antes da corrupção, o pecado era uma questão de escolha.
• A tentação de Jesus não poderia ser chamada de tentação se não tivesse sido real – Hb 4.15
- Cristo foi obediente como homem – Fl 2.8
- Ele aprendeu a obediência – Hb 5.8

Cristo humanizou-se para aniquilar o que tinha o império da morte, o Diabo. O autor de Hebreus mostra
isso de maneira sublime e sem igual: “E, visto que os filhos participam da carne e do sangue, também ele
participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o
diabo” (Hb 2.14)

IX - A VIDA TERRENA
Jesus viveu como homem nesta terra. Observemos os detalhes de maior destaque em sua história.

1) NASCIMENTO E INFÂNCIA
- O nascimento:
• A visita dos magos – Mt 2.1-11
• Um lugar humilde – Lc 2.1-7,16
• A visita dos pastores – Lc 2.8-20

- Provisão divina (a oferta dos magos) – Mt 2.11


- Proteção divina (o sonho de José) – Mt 2.13
- O tempo no Egito e a volta à Nazaré – Mt 2.14,15,19-23
- A sujeição aos pais – Lc 2.51
• O que mais marcou a infância de Jesus foi a sua obediência a Deus e aos seus pais. O exemplo de
Jesus deve ser seguido por todos aqueles que o recebem como Senhor e Salvador.
- A ida ao Templo – Lc 2.41-50

2) ADOLESCENCIA E JUVENTUDE
A Juventude de Jesus – dos doze aos trinta anos, chamados de os “anos de obscuridade" – tem gerado
alguns questionamentos no meio teológico. Daí a necessidade de considerarmos alguns pontos:

Seu crescimento natural. "E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os
homens" (Lc 2.52). Um dos aspectos mais visíveis da vida de Cristo foi seu desenvolvimento natural. Isto
é, sofrendo e participando das mesmas circunstâncias de uma pessoa humana. As Escrituras mostram que
o nosso Senhor, mesmo sendo Deus, teve um desenvolvimento humano natural: “... o menino crescia e se
fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele" (Lc 2.40).
O desenvolvimento físico e mental de Jesus não deve ser explicado como sendo causado por sua
divindade, mas sim pelo resultado das leis comuns do crescimento humano. Mas o fato de Ele não ter
possuído uma natureza pecaminosa, sem dúvida alguma contribuiu para o seu crescimento em graça e
sabedoria para com Deus e os homens.
Outrossim, o seu desenvolvimento mental não pode ser atribuído ao seu aprendizado tão-somente nas
escolas de seus dias (Jo 7.15); deve ser atribuído também à sua educação em um lar piedoso e temente a
Deus. Ele frequentava com regularidade a sinagoga (Lc 4.16), como também o Templo (Lc 2.14,46,47), e
sua familiaridade com as Escrituras Sagradas é percebido em Lucas 4.17b: "... achou o lugar em que estava
escrito".

Partindo da manjedoura, temos a seguinte ordem cronológica de seu crescimento:


a) Com "um dia" de nascido, envolto em panos (Lc 2.7).
b) Oito dias depois, conduzido ao ato da circuncisão (Lc 2.21).
c) Quarenta e um dias depois, seus pais o levaram ao Templo para a apresentação, segundo a lei cerimonial
(Lc 2.22).
d) Talvez dois anos (ou menos) mais tarde, é visitado pelos magos, que o encontraram numa casa, e não
numa manjedoura.
e) Não sabemos que espaço de tempo Ele passou no Egito. Mas antes dos doze anos, aconteceu o regresso
(Os 11.1; Lc 2.43).
f) Após os seus doze anos, as Escrituras fazem mais algumas referências à sua vida física (Lc 2.43-46).

Os meninos judeus, aos treze anos, deixavam a infância, mesmo que não fossem capazes de discutir, como
o menino Jesus, com os doutores reunidos nos átrios do Templo (Lc 2.46,47). A partir dessa época exigia-
se deles, como dos adultos em geral, que recitassem três vezes por dia a famosa oração Shema Israel, em
que todo o crente deve proclamar sua fé no Deus único e verdadeiro.
“Visto como os filhos participam da carne e do sangue, também Ele participou das mesmas coisas..." (Hb
2.14a). Como Homem, Jesus cresceu também socialmente; participou da vida social dentro dos limites da
aprovação divina. Ele foi a um casamento em Cana da Galiléia (Jo 2.1) e participou de diversos jantares
(Mt 9.11; Lc 19.1-10).

2) A FAMÍLIA DE JESUS
- Depois da ida de Jesus ao Templo, José não é mais mencionado. Provavelmente havia falecido, pois a
família de Jesus o acompanhava.
- Jesus tinha irmãos e irmãs – Mt 13.54-56; Mc 6.1-4
- Seus irmãos não criam nele – Mc 3.21,31; Jo 7.3-5
- Seus irmãos se converteram depois – 1 Co 15.7; Gl 1.19; Jd 1

3) O BATISMO NAS ÁGUAS E NO ESPÍRITO SANTO


- Aparição pública na idade certa – Lc 3.23 x Nm 4.3,23,30,35 Jesus como Sacerdote também iniciou
seu ministério após os 30 anos.
- O testemunho humano – Jo 1.29
- O testemunho divino – Lc 3.21-22;
- O enchimento do Espírito Santo – Lc 3.22 e 4.1

4) A UNÇÃO DO ESPÍRITO
- Não estudou com os mestres – Jo 7.15,16
- Jesus foi ungido pelo Espírito Santo – At 10.38
- A unção veio para operar manifestações específicas – Lc 4.18,19
▪ evangelizar os pobres;
▪ proclamar libertação aos cativos;
▪ restauração da vista aos cegos;
▪ pôr em liberdade os oprimidos
- Jesus é o modelo de ministério. Ninguém pode querer atuar no ministério sem a unção do Espírito – At
1.8; At 6.3,5
Paulo menciona o aperfeiçoamento no ministério cristão. E toma como base o modelo que existia no
ministério de Cristo. Então ele diz: "Até que todos cheguemos a unidade da fé, e ao conhecimento do Filho
de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo" (Ef 4.13).

5) O DESERTO
- Levado pelo Espírito - Mt.4:1 e Lc.4:1
- O jejum – Mt 4.2 e Lc 4.2
- A tentação – Lc 4.13
- A volta no poder – Lc 4.14-21

6) SUA APARÊNCIA FÍSICA


A aparência pessoal de Jesus não mereceu menção particular nas Escrituras. Há poucas alusões à mesma.
É evidente que sua aparência física não deve ser objeto de contemplação, ou forma de representação.
“E o menino crescia, e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele”.
Lucas 2.40
Temos as seguintes descrições a Seu respeito em Isaias (52.14 e 53.2)
14
Como pasmaram muitos à vista dele, pois o seu parecer estava tão desfigurado, mais do que o de
outro qualquer, e a sua figura mais do que a dos outros filhos dos homens. 2 Porque foi subindo como
renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós
para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos.
Essas passagens descrevem uma visão de Isaias do Cristo desfigurado pela dor e pelo sofrimento da cruz,
entretanto o Salmista declara “Tu és mais formoso do que os filhos dos homens; a graça se derramou em
teus lábios; por isso Deus te abençoou para sempre”. (Salmos 45.2)
Certamente os quadros convencionais de Jesus estão longe de transmitir Sua verdadeira aparência física.
Todos seguem o estilo grego, mas Jesus era judeu.

7) A CRUCIFICAÇÃO DE JESUS CRISTO


A crucificação era um método romano de execução. Neste ato se combinavam os elementos de vergonha
e tortura, e por isso este processo de justiçar os réus era olhado com o mais profundo horror.
O castigo da crucificação começava com a flagelação, depois de o criminoso ter sido despojado de suas
vestes. No azorrague muitas vezes os soldados fixavam pregos, pedaços de osso, e coisas semelhantes,
podendo a tortura do açoitamento ser tão forte que muitas vezes o flagelado morria em consequência
dos açoites. Geralmente a flagelação era efetuada estando o réu preso a uma coluna. No caso de Jesus,
parece ter sido o castigo infligido de modo “brando”, antes da sentença. Lc 23.22 - Então pela terceira vez,
lhes perguntou: que mal fez este? De fato - nada achei contra ele para condená-lo à morte; portanto depois
de o castigar, soltá-lo-ei. Jo 19.1-3. Então, por isso, Pilatos tomou a Jesus e mandou açoita lo. Os soldados,
tendo tecido uma coroa de espinhos, puseram na cabeça, e vestiram-no com um manto de purpura.
Chegavam-se a ele e diziam: Salve, o rei dos judeus! E davam-lhe bofetadas. Colocava-se, em geral uma
inscrição sobre a cabeça da pessoa. - Mt - 27.37 - Por cima de sua cabeça puseram escrita a sua acusação:
ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS. - Mc 15.26 - E por cima estava, em epígrafe, a sua acusação: O REI DOS
JUDEUS. – Lc 23.38 - Também sobre ele estava esta epígrafe [em letras gregas, romanas e hebraicas]: ESTE
É O REI DOS JUDEUS - Jo 19.19 Pilatos escreveu também um título e colocou em cima da cruz; o que estava
escrito era: JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS. Em poucas palavras exprimindo o seu crime.

E, levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Caveira, que em hebraico se
chama Gólgota,” (João 19.17). O criminoso levava sua cruz ao lugar da execução, e assim também
procederam com Jesus.

X - A MORTE DE JESUS
1) A NECESSIDADE DA MORTE DE CRISTO
A morte de Cristo se fez necessária, doutro modo Deus não teria sujeitado Seu Filho amado ao sofrimento
e a vergonha da cruz. Se o Filho veio em resposta a um apaixonado amor remidor, veio igualmente, em
obediência filial, pois foi enviado pelo Pai, que preparou para o Filho um corpo para Seu sacrifício
sacerdotal.

a) A Santidade de Deus tornou a necessária


A santidade de Deus, que é um dos atributos da sua natureza divina, exigia que o pecado fosse punido.
Hc 1:13a “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, e a opressão não podes contemplar...”

b) O amor de Deus tornou a necessária


As palavras de Jesus em João 3:16 indicam a intensidade do amor de Deus que se derramou sobre a raça
humana que estava perdida e arruinada. 16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu
Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

c) O pecado do homem tornou a necessária


Is 59.1-2 1 Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu
ouvido, para não poder ouvir. 2 Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e
os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.

A condição da humanidade que estava perdida foi o imã que atraiu o Filho de Deus desde os céus. Ele não
podia satisfazer-se com a glória que tinha junto ao Pai mesmo com toda adoração que recebia da parte de
todas as hostes celestiais de anjos imaculados, enquanto o homem permanecesse alienado e perdido,
longe de Deus. Ef 2:13 13 Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo
chegastes perto.

Pontos de vistas superficiais sobre a expiação provém de pontos de vista superficiais sobre o pecado. Se o
pecado for considerado meramente como ofensa contra o homem, como fraqueza da natureza humana,
uma leve enfermidade moral, e não como a realidade ímpia e a inimizade contra Deus, e passível, portanto,
de condenação e castigo, naturalmente não veremos necessidade da expiação.
É preciso que vejamos o pecado segundo a Bíblia o descreve, como algo que arrasta consigo a ira e a
punição; como culpa que necessita ser expiada; como crime que merece castigo. Quando vemos o pecado
conforme Deus o vê, também percebemos a tremenda necessidade de um Salvador; um Salvador que
expia, que redime; e do sangue de Sua cruz. 1 Pd 2:25 25 Porque éreis como ovelhas desgarradas; mas
agora tendes voltado ao Pastor e Bispo das vossas almas.

d) O cumprimento das Escrituras tornou a necessária


Lc 24.25-27 25 E ele lhes disse: Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!
26
Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória?
27
E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as
Escrituras.
Jesus afirma que as profecias do A.T. sobre a redenção e o redentor precisavam ser cumpridas, e então
mostrou que estava baseada na promessa de redenção feita pelo Pai, se Jesus era o messias autêntico,
então essas predições de Seu sofrimento e Sua morte tinham de ser cumpridas nEle.

e) O propósito de Deus tornou a necessária – (At. 2.23; 1 Pe. 1.18-20; Gl. 4.4-5)
“A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes,
crucificastes e matastes pelas mãos de injustos”; Atos 2.23
Os propósitos eternos de Deus incluem a redenção de Seus escolhidos entre os homens, tirando-os de
seu estado de perdição para si mesmo. Uma vez que não existia outro que tivesse a perfeição necessária
para que pudesse pagar o preço do pecado, o próprio plano divino da Redenção predeterminava que
fosse Cristo o Substituto dos pecadores.
A santidade e o amor de Deus, a pecaminosidade do homem e a promessa de redenção feita por Deus,
tornaram necessária a morte de Cristo.

2) A MORTE DECRISTO FOI PROPICIATÓRIA – (1 Jo 4:10; Is 53.5-12)


“Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela
remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; (Romanos 3.25)
Nos três casos em que esse termo ocorre no novo testamento, é aplicado aquele por quem foi feita a
expiação. Pressupõe uma ofensa e a eliminação da ofensa. Dos conceitos que estão envolvidos na doutrina
da expiação; e o emprego que a palavra tem nas escrituras liga-a, inseparavelmente, ao sacrifício, como o
meio pelo qual é tirada a ofensa.

3) A MORTE DE CRISTO FOI SUBSTITUTIVA


Esse termo substituto, não se encontra na Bíblia, porém o princípio se encontra por todos os
ensinamentos referentes à morte de Cristo; de que Ele tomou o lugar dos pecadores ofensores, levando a
culpa e sofrendo o castigo no lugar dos homens.
1 Pedro 2.24 Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para
os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados. Marcos 10.45 Porque o
Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.
O cristianismo se distingue das demais religiões por ser a única religião redentora. Embora Jesus seja
honrado por Sua obra como mestre religioso, como reformador, Ele é estimado sobretudo pela Sua morte,
por meio da qual Deus e os homens são reconciliados.
“Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as escrituras...” 1 Co. 15.3,4. Sua morte tem conexão direta
com a encarnação. A encarnação tinha em vista a Expiação. Cristo encarnou a fim de poder fazer expiação
e propiciação. Nasceu para morrer. Manifestou-se para tirar os pecados. Encarnou a fim de que, ao assumir
uma natureza semelhante à nossa, oferecesse Sua vida como sacrifício pelos pecados dos homens. A
encarnação foi da parte de Deus uma declaração do Seu propósito de promover salvação para o mundo.
4) SEU PODER DE ENTREGAR A PRÓPRIA VIDA
- A morte não tinha autoridade sobre Jesus pois ele não tinha pecado algum – Rm 5.12; Jo 10.17,18; Lc
4.28-30; Ainda não era chegada a sua hora Jo 7.30; Jo 8.20
- Após assumir os nossos pecados, Cristo decidiu experimentar a morte – 2 Co 5.21

5) O QUE ACONTECEU ENTRE A MORTE E A RESSURREIÇÃO


- O corpo de Jesus não se corrompeu – Sl 16.10; At 2.22-32
▪ o ato profético de Maria de Betânia – Mc 14.3-9
- A morte na carne não afetou o espírito – 1 Pe 3.18
- O que Jesus fez entre a morte e a ressurreição:
▪ desceu ao Hades – Ef 4.9
▪ pregou aos espíritos em cadeia – 1 Pe 3.19-21
▪ levou cativo o cativeiro – Ef 4.8-9
▪ subiu aos céus – Ef 4.10; Hb 2.13; Jo 20.17; Hb 9.23,24

XI - A RESSURREIÇÃO DE JESUS
A redenção se consuma com a ressurreição – Rm 10.9; 1 Co 15.17
Era necessária a ressurreição de Cristo para que se pudesse confiar nEle como salvador. Um Deus
moribundo e crucificado, um Salvador do mundo que não pudesse salvar a si mesmo, teria sido rejeitado
pelo consenso universal da razão. Se a ressurreição não tivesse seguido a crucificação, o desafio dos judeus
teria permanecido como argumento incontestável contra Ele; “Salvou os outros, a si mesmo não pode
salvar-se, desça agora da cruz ó Cristo, o rei de Israel, para que vejamos e acreditemos”.
A conversa dos dois discípulos no caminho de Emaús mostra claramente que por ocasião da sua morte, as
pessoas deixaram de crer Nele; “nós esperávamos que fosse ele quem havia de redimir a Israel, mas...”
O mesmo argumento, entretanto, podia servir, fortemente contra uma redenção espiritual, pois esta seria
ainda muito mais difícil se Ele permanecesse no estado de morto. Pois como poderia alguém derrubar o
império das trevas e colocar o pé sobre os principados e potestades, sobre as forças espirituais do mal,
nas regiões celeste, se Ele mesmo caíra vítima da maldade de homens mortais, permanecendo cativo nas
partes inferiores da terra.
8
Lembra-te de que Jesus Cristo, que é da descendência de Davi, ressuscitou dentre os mortos, segundo
o meu evangelho; 2 Timóteo 2.8
6
Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia.
Mateus 28.6
A morte e a ressurreição de Cristo é o tema central da salvação e da justificação da pessoa humana. Cristo,
morreu por nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação. Esse é o significador de sua morte e sua
ressurreição. Triunfando sobre a morte, por meio de sua ressurreição, Ele tornou-se a garantia da vida
eterna, da ressurreição e da imortalidade.

1) CRISTO NÃO RESSUSCITOU SOZINHO


- Outros também ressuscitaram junto com Ele – Mt 27.50-53
- Entendendo as primícias (um feixe) – 1 Co 15.20

2) APARIÇÕES APÓS A RESSURREIÇÃO


- A Bíblia fala acerca das testemunhas da ressurreição – At 3.15, 5.32, 10.40-41, 13.30-31
- As aparições de Cristo depois da ressurreição:
• Maria Madalena – Jo 20.11-17
• às demais mulheres – Mt 28.9,10
• a Pedro – 1 Co 15.5
• aos discípulos no caminho de Emaús – Lc 24.36-43
• a um grupo de mais de 500 irmãos – 1 Co 15.6
• a Tiago – 1 Co 15.7
• a 7 discípulos junto ao Mar da Galiléia – Jo 21.1-14
• aos apóstolos por cerca de 40 dias – At 1.3
• a Paulo – 1 Co 15.8

3) O CORPO RESSUSCITADO
- Como era o corpo ressuscitado de Cristo?
• podia aparecer num lugar fechado – Jo 20.19,26
• podia desaparecer diante das pessoas – Lc 24.31
• podia ser tocado e até comer – Lc 24.37-43
• é chamado de “o corpo da sua glória” – Fl 3.21

XII - A GLORIFICAÇÃO DE JESUS


Além do corpo glorificado, vemos mudanças no estado em que Jesus estava ao exercer seu ministério
terreno e o estado que assumiu após a sua ressurreição.

1) A ORAÇÃO DE JESUS
- Já vimos que o esvaziamento era temporário. E a seguir Jesus foi exaltado pelo Pai – Fl 2.5-11
- A mesma glória da qual abriu mão seria restituída a Jesus – Jo 17.5

2) A PLENITUDE DA DIVINDADE
- Depois de sua ressureição e glorificação, Jesus Cristo se manifesta de forma diferente daquela que os
seus discípulos conheceram na Galiléia – 2 Co 5.16; Ap 1.15-18
- Nele habita corporalmente a plenitude da divindade – Cl 2.9,10
- Jesus demonstra consigo cada atributo divino do qual abriu mão:
• Onipotência – Mt 28.18
• Onipresença – Mt 28.20
• Onisciência – Mt 24.36 x Ap 1.14 e 2.23
- A humanidade ainda permanece n'Ele, mesmo com a plenitude da divindade – 1 Tm 2.5
- A sujeição final – 1 Co 15.24-28

Sua recepção no Céu. "Esse Jesus... foi recebido no céu" (At 1.11). Esta foi a mensagem dos dois varões
vestidos de branco aos discípulos que se encontravam no monte das Oliveiras com seus olhos fixados no
céu. Eles confirmaram que Jesus tinha sido recebido com honras incomensuráveis na corte celestial.

Sua glorificação. A glorificação de Cristo foi um ato honroso e sem precedente na História. No Céu, Ele foi
entronizado e coroado pelo Pai. Ao morrer e ressuscitar, Jesus completou a missão redentora que do Pai
tinha recebido. Deus ficou plenamente satisfeito quando a obra redentora consumada por seu Filho, que
foi pelo Pai assentado no seu próprio trono (Mc 16.19; Hb 1.3; 12.2; Ap 3.21; 22.1,3).
"Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos,
por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos" (Hebreus 2.9)

Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas”.
(Efésios 4.10).
Cristo encontra-se hoje assentado no seu trono de glória, onde o seu governo divino é exercido.

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